Aula 5 DESPESA PÚBLICA

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1 Aula 5 DESPESA PÚBLICA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, então qualquer caminho serve...". Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa autoestima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, trapaças, tramóias e mau humor. Buscando o sucesso depois de compreendidas as classificações da receita pública, estudadas na aula anterior, trataremos agora da despesa pública. A despesa assume fundamental importância na Administração Pública por estar envolvida em situações singulares, como o estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, possibilita a realização de estudos e análises acerca da qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal das contas públicas. O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no espaço. O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não Prof. Sérgio Mendes 1

2 diminuir a situação líquida patrimonial. Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo. Consoante o Glossário do Tesouro Nacional, a despesa pública é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento. De acordo com Core, "no tocante à despesa, as classificações, basicamente, respondem as principais indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto orçamentário. A cada uma dessas indagações, corresponde um tipo de classificação. Ou seja: quando a pergunta é 'para que' serão gastos os recursos alocados, a resposta será encontrada na classificação programática ou, mais adequadamente, de acordo com a portaria n. 42/99, na estrutura programática; 'em que' serão gastos os recursos, a resposta consta da classificação funcional; 'o que' será adquirido ou 'o que' será pago, na classificação por elemento de despesa; 'quem' é o responsável pela programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação institucional (órgão e unidade orçamentária); 'qual o efeito econômico da realização da despesa', na classificação por categoria econômica; e 'qual a origem dos recursos', na classificação por fonte de recursos". Outra visão é a que divide a classificação dos gastos públicos em três: segundo sua finalidade, sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução do gasto. No entanto quer dizer a mesma coisa: a finalidade é observada na estrutura programática assim determinada pela Portaria 42/1999, a natureza na classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto pode ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos, denominadas de classificações orçamentárias da despesa. A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas (programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza (categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). Prof. Sérgio Mendes 2

3 1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os cidadãos em geral. A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em: Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática. Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa. De acordo com Cunha, citado por Core, "com base nas classificações utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional; já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas (em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa". 2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas estatais, conforme disposto no 5. do art. 165 da CF/1988: Prof. Sérgio Mendes 3

4 Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A classificação por esfera aponta "em qual orçamento" será alocada a despesa. Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os seguintes códigos: CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 10 Orçamento Fiscal 20 Orçamento da Seguridade Social 30 Orçamento de Investimentos 3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis Prof. Sérgio Mendes 4

5 pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. A classificação institucional aponta "quem faz" a despesa. Ela permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto pode ser identificado na classificação institucional. Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os "órgãos" "Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios", "Encargos Financeiros da União", "Operações Oficiais de Crédito", "Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal" e "Reserva de Contingência". No entanto, são um conjunto de dotações administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária: Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária Exemplos: O Órgão Ministério da Educação tem diversas Unidades Orçamentárias, como Instituto Benjamin Constant; Universidade Federal de Juiz de Fora; INEP. Todas essas correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. Mas também tem outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior/FIEES - Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de Crédito) e Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação (Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios). São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura administrativa, são somente fundos que geram recursos. 4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação "em que" área de ação governamental a despesa será realizada. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos Prof. Sérgio Mendes 5

6 públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. Essa Portaria dispõe em seu art. 4. que: Art. 4. Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária Função Subfunção A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. No entanto, tem-se a função "Encargos Especiais", a qual engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais", que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria 42/1999. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. Prof. Sérgio Mendes 6

7 Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 - Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. Atenção: as subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. Exemplos: FUNÇÃO SUBFUNÇÃO Planejamento e Orçamento Administração Geral Administração Financeira Controle Interno Normatização e Fiscalização 04 - Administração Tecnologia da Informação Ordenamento Territorial Formação de Recursos Humanos Administração de Receitas Administração de Concessões Comunicação Social Atenção Básica Assistência Hospitalar e Ambulatorial 10 - Saúde Suporte Profilático e Terapêutico Vigilância Sanitária Vigilância Epidemiológica Alimentação e Nutrição Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como Saúde e Atenção Básica. No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos Prof. Sérgio Mendes 7

8 combinar as subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: Saúde e Formação de Recursos Humanos, usada na classificação da capacitação de recursos humanos dos profissionais do Ministério da Saúde. Assim, utilizaremos a função que é ligada ao Órgão - Função Saúde e a subfunção Formação de Recursos Humanos, que é ligada à ação, ao que vai ser efetivamente realizado. A classificação funcional pode ser usada, na prática, em diversas situações. Por exemplo, se tivermos que fazer um estudo sobre as despesas da União com Ensino Superior, devemos consultar a respectiva subfunção. Da mesma forma ocorreria se tivéssemos que avaliar as despesas com atenção básica a saúde, com controle externo, com defesa terrestre, etc. 5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual - PPA, que é de quatro anos. A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando permitir a representação do programa de trabalho. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. O programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual. A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode ser observada na estrutura programática. As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc. Prof. Sérgio Mendes 8

9 As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999: Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplos: "Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde", "Manutenção de Sistema de Transmissão de Energia Elétrica"; "Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde". Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos: "Implantação da rede nacional de bancos de leite humano", "Implantação de Poços Públicos", "Construção da Interligação das Rodovias BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais". Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões; Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM, FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF); Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, benefícios previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou vinculadas; Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.). Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é forma pela qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada no PPA, LDOs e LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. Segundo o MTO, as atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê Prof. Sérgio Mendes 9

10 do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como "servidor treinado" e "estrada construída". A unidade de medida é o padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Exemplos de Subtítulos: Localizações Padronizadas (uso SOF): 0001 Nacional NA 0002 No Exterior EX Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 0010 Na Região Norte NO 0020 Na Região Nordeste NE 0030 Na Região Sudeste SD 0040 Na Região Sul SL 0050 Na Região Centro-Oeste CO Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 0011 No Estado de Rondônia RO 0012 No Estado do Acre AC 0013 No Estado do Amazonas AM 0014 No Estado de Roraima RR 0015 No Estado do Pará PA 0016 No Estado do Amapá AP Etc. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos Programa Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: Prof. Sérgio Mendes 10

11 Ação Subtítulo Ao observar o 1. dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 1 Dígito Tipo de Ação 1, 3, 5 ou 7 Projeto 2, 4, 6 ou 8 Atividade 0 Operação Especial 9 Ação não orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos da União, mas que participa dos programas do PPA) Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são atividades (exceto o zero). 6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8. estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o desdobramento facultativo do elemento da despesa Categoria Econômica Grupo de natureza Modalidade de Aplicação Elemento de despesa Desdobramento facultativo do elemento Atenção: o art. 6. da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 1. nível - Categoria econômica da despesa Prof. Sérgio Mendes 11

12 Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país. A despesa é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: 3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital; 4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. 2. nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 1 - Pessoal e Encargos Sociais 2 - Juros e Encargos da Dívida 3 - Outras Despesas Correntes 4 - Investimentos 5 - Inversões financeiras 6 - Amortização da Dívida 9 - Reserva de Contingência e Reserva do RPPS GND das despesas correntes Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público e despesas com contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição de servidores e Prof. Sérgio Mendes 12

13 empregados públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, 1., da LRF. Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílioalimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. GND das despesas de capital Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Atenção: consoante a natureza da despesa, o grupo "amortização da dívida" deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo "juros e encargos da dívida" deverá ser classificado na categoria econômica de despesas correntes. Cuidado: o grupo "amortização da dívida" deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. Não se confunde com "amortização de empréstimos", que é uma das origens das receitas de capital. Reservas Com relação à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as Reservas do RPPS e de Contingência serão identificadas como grupo "9", todavia não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se darão efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos. Prof. Sérgio Mendes 13

14 Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS: consoante o MCASP, os ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial, destinado a garantir desembolsos futuros do RPPS, do ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário representará a fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de execução de despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva orçamentária para suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias previstas serão menores que as despesas orçamentárias. Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo Poder Público. Os outros riscos a que se refere o 3. do art. 4. da LRF são classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos Fiscais de Dívida. Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB) se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços. Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços provoca incremento no PIB. 3. nível - Modalidade de aplicação A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. Prof. Sérgio Mendes 14

15 A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Observa-se que o termo "transferências", utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação atual: 20 transferências à união Modalidades de Aplicação 30 transferências a estados e ao Distrito Federal 40 transferências a municípios 50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos 70 transferências a instituições multigovernamentais 71 transferências a consórcios públicos 80 transferências ao exterior 90 aplicações diretas 91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 99 a definir 4. nível - Elemento de despesa Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 163, de Exemplos: 11 - Vencimentos e Vantagens fixas - Pessoal Civil; 39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica (exemplo: energia elétrica); 61 - aquisição de imóveis; 91 - Sentenças Judiciais; etc. Prof. Sérgio Mendes 15

16 É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer apenas em operações especiais. É também vedada a utilização de elementos de despesa denominados típicos de gastos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais. Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e subvenções sociais. 5. nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa. 7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO - IDUSO Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais. Identificador de Uso - IDUSO 0 Recursos não destinados à contrapartida 1 Contrapartida - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento-BIRD 2 Contrapartida - Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID 3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo 4 Contrapartida de outros empréstimos 5 Contrapartida de doações 8. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO - IDOC O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o Identificador de Uso - IDUSO - igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e o respectivo IDOC. O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se Prof. Sérgio Mendes 16

17 referem os pagamentos. Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será Neste sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária. Conforme estabelecido no 5. do art. 7. do PLDO-2012, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência. Identificador de Resultado Primário 0 Financeira 1 Primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais ou legais da União e constem do Anexo IV do PLDO Primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo específico citado no item anterior e não abrangida pelo PAC. 3 Primária discricionária abrangida pelo PAC. 4 Despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que não impactam o resultado primário. 10. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES Segundo a doutrina, a despesa pública pode ainda ser classificada nos seguintes aspectos: quanto a sua forma de ingresso ou natureza, competência institucional, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade: Forma de ingresso ou natureza: Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores, etc. Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou Prof. Sérgio Mendes 17

18 seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, etc. Vários autores utilizam o termo "natureza" nesta classificação. Atente para não confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo "forma de ingresso" é o mais apropriado neste caso. Competência institucional: classifica as despesas de acordo com o ente político competente a sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Entidades executoras do orçamento: Despesa Orçamentária Pública: aquela executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. Despesa Orçamentária Privada: aquela executada por entidade privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução. Afetação patrimonial: Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Exemplos: despesas correntes, exceto aquisição de materiais para estoque e a despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos e, assim, são não efetivas. Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Exemplo: despesas de capital, exceto as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e, assim, são efetivas. Regularidade ou periodicidade: Ordinárias: compostas por despesas perenes e que possuem característica de continuidade, pois se repetem em todos os exercícios, como as despesas com pessoal, encargos, serviços de terceiros, etc. Extraordinárias: não integram sempre o orçamento, pois são despesas de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as despesas decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna, etc. 11. ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Esta é a estrutura completa da programação orçamentária: Prof. Sérgio Mendes 18

19 Fonte: MTO Exemplo: 12. CLASSIFICAÇÕES NA LEI 4320/1964 Vamos dar uma atenção especial a alguns artigos da Lei 4320/1964 relacionados ao tema. Repare que há diferenças entre os conceitos estudados na classificação da despesa por natureza. Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES: Prof. Sérgio Mendes 19

20 Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. DESPESAS DE CAPITAL: Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. Trata-se de uma exceção ao princípio da discriminação. Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4320/64, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas. Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Prof. Sérgio Mendes 20

21 Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções. Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. A subvenção econômica e a contribuição são os instrumentos de cooperação financeira da União com entidades ou empresas do setor privado que dependem de autorização expressa em lei especial. Segundo o Decreto /86: Art. 61. A subvenção econômica será concedida a empresas publicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante expressa autorização em lei especial. Art. 63, 2. A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se destina a atender ao ônus ou encargo assumido pela União. Prof. Sérgio Mendes 21

22 QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DA ESAF 1) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) Segundo definido no Manual Técnico de Orçamento para o exercício de MTO- 2010, o sistema de planejamento e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela aplicação de recursos oriundos do orçamento. b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. A classificação institucional relaciona os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. Resposta: Letra C 2) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP ) Assinale a opção verdadeira a respeito da programação qualitativa do orçamento público no Brasil. a) É a organização do gasto público de forma a proporcionar a identificação dos programas com a classificação funcional e econômica da despesa. b) É a organização do orçamento em uma estrutura funcional e econômica de forma a permitir ao administrador público o cumprimento das políticas públicas. c) É a organização do orçamento em programas orçamentários, que são compostos por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. d) É a organização do orçamento em projetos claramente definidos, inclusive com as especificações dos montantes financeiros a eles alocados. e) A programação qualitativa está relacionada com o alinhamento dos gastos aos programas e às políticas públicas. A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em qualitativa e quantitativa. No que tange à programação qualitativa, o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto Prof. Sérgio Mendes 22

23 dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática. Resposta: Letra C 3) (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ/CE ) A classificação administrativa legal da despesa pública no Brasil, sob a ótica do programa de trabalho da entidade, não inclui: a) o órgão. b) a função. c) o projeto. d) a origem dos recursos. e) a atividade. a) Correta. O órgão compõe a classificação institucional da despesa. b) Correta. A função compõe a classificação funcional da despesa. c) Correta. O projeto compõe a classificação programática da despesa. d) É a incorreta. A origem dos recursos compõe a classificação por natureza da receita. e) Correta. A atividade compõe a classificação programática da despesa. Resposta: Letra D 4) (ESAF - Analista Tributário - Receita Federal ) Assinale a opção correta, em relação à classificação programática e econômica da despesa, no âmbito da Administração Federal. a) Os programas são compostos por ações que, articuladas, concorrem para o cumprimento de um objetivo comum, enquanto que a classificação econômica define objeto do gasto. b) Os programas delineiam as áreas de atuação e a classificação econômica define a origem dos recursos a serem aplicados. c) A classificação programática constitui-se na definição das áreas de atuação do governo e a classificação econômica define os critérios de pagamentos da despesa. d) A classificação econômica se preocupa com a origem dos recursos, enquanto os programas definem as prioridades do ponto de vista macroeconômico. e) A classificação programática tal como a classificação econômica pode ser mensurada por indicadores de desempenho. Prof. Sérgio Mendes 23

24 O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Já a classificação econômica ou por natureza da despesa é composta pela categoria econômica, pelo grupo a que pertence a despesa, pela modalidade de sua aplicação, pelo elemento de despesa e pelo desdobramento facultativo do elemento. Possibilita tanto informação macroeconômica sobre o efeito do gasto do setor público na economia, através das primeiras três divisões, quanto para controle gerencial do objeto final do gasto, através do elemento de despesa e seu desdobramento facultativo. Resposta: Letra A 5) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) À luz da disciplina constitucional e legal das despesas públicas e do orçamento, é correto afirmar: a) as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender manifestação de outras entidades de direito público ou privado, são classificadas como transferências de capital. b) a aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, é classificada como investimento. c) as dotações destinadas à constituição de entidades ou empresas que visem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias, classificamse como investimento. d) consideram-se subvenções sociais as destinadas a atender despesas de investimentos de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. e) as leis orçamentárias são de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, mesmo em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. As quatro primeiras alternativas são respondidas pelo art. 12 da Lei 4320/64. a) Errada. As dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender manifestação de outras entidades de direito público ou privado, são classificadas como transferências correntes. Prof. Sérgio Mendes 24

25 b) Errada. A aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, é classificada como inversão financeira. c) Errada. As dotações destinadas à constituição de entidades ou empresas que visem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros, classificam-se como inversão financeira. d) Errada. As subvenções, para os efeitos da lei, são as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas. Logo, consideram-se subvenções sociais as destinadas a atender despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. e) Correta. Na esfera federal, a CF/1988, em seu art. 84, XXIII, determina que a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da República. No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. A diferença que se faz é que a competência exclusiva é indelegável e a competência privativa é delegável. O problema é que a CF/88 não é rigorosamente técnica neste assunto. No caso das leis orçamentárias, seriam matérias de competência exclusiva do presidente da república, porque são atribuições indelegáveis. Resposta: Letra E 6) (ESAF - Analista - Administração e Finanças - SUSEP ) O administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a entidade, embora mediante transferência. b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área meio. e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade no desempenho de suas atividades. A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Modalidades de Aplicação Prof. Sérgio Mendes 25

26 20 transferências à união Modalidades de Aplicação 30 transferências a estados e ao Distrito Federal 40 transferências a municípios 50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos 70 transferências a instituições multigovernamentais 71 transferências a consórcios públicos 80 transferências ao exterior 90 aplicações diretas 91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 99 a definir Logo, o administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes (aplicação direta). Resposta: Letra C 7) (ESAF - Analista - Planejamento e Execução Financeira - CVM ) Acerca da programação qualitativa da despesa orçamentária, assinale a opção que torna correta a seguinte frase: "A estruturação atual do orçamento público considera que as programações orçamentárias estejam organizadas em (1) e que essas(es) possuam programação (2)." a) (1) programas de trabalho /// (2) física e financeira b) (1) funções /// (2) funcional c) (1) subfunções /// (2) econômica d) (1) projetos /// (2) por metas físicas e) (1) atividades /// (2) por metas qualitativas A estruturação atual do orçamento público considera que as programações orçamentárias estejam organizadas em programas de trabalho. A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em física e financeira. Resposta: Letra A Prof. Sérgio Mendes 26

27 8) (ESAF - Analista - Administração e Finanças - SUSEP ) A respeito dos dispêndios extraorçamentários, também conhecidos como despesa extraorçamentária, é correto afirmar: a) toda baixa no patrimônio não prevista na lei orçamentária é um dispêndio extraorçamentário. b) a saída de recursos a título extraorçamentário não se observa nas entidades da administração direta em razão de estarem submetidas à lei orçamentária anual. c) os dispêndios, quando ocorrem, advêm de ingressos extraorçamentários do mesmo exercício. d) os dispêndios extraorçamentários estão relacionados sempre com as operações da atividade fim da entidade. e) não alteram a situação patrimonial líquida, visto que são oriundos de fatos contábeis permutativos. As despesas extraorçamentárias são aquelas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, etc. As despesas extraorçamentárias são fatos permutativos porque alteram a composição qualitativa dos elementos que integram o Patrimônio sem, no entanto, afetar sua substância líquida. Resposta: Letra E 9) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) A respeito da programação qualitativa do orçamento, é correto afirmar: a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza econômica da despesa (corrente e capital). b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das naturezas da despesa. e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em qualitativa e quantitativa. No que tange à programação qualitativa, o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática. Resposta: Letra E Prof. Sérgio Mendes 27

28 10) (ESAF - Analista - Administração e Finanças - SUSEP ) A respeito da classificação orçamentária da despesa e da receita pública na esfera federal, é correto afirmar, exceto: a) as despesas obedecem a uma classificação econômica, enquanto as receitas se submetem a uma classificação programática. b) a classificação da receita pública por natureza procura identificar a origem do recurso segundo o seu fato gerador. c) a classificação institucional da despesa indica, por meio do órgão e da unidade orçamentária, qual instituição é responsável pela aplicação dos recursos. d) a classificação da despesa por função indica em que área de atuação do governo os recursos serão aplicados. e) ao classificar economicamente a despesa e a receita na elaboração do orçamento, a administração pública sinaliza para a sociedade o tipo de bens que irá adquirir e a origem dos recursos que irá arrecadar. a) É a incorreta. Tanto as despesas como as receitas obedecem a várias classificações, entre elas a classificação econômica. No entanto, a classificação programática se aplica apenas às despesas. b) Correta. As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. c) Correta. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. A classificação institucional aponta "quem faz" a despesa. Ela permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. d) Correta. A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação "em que" área de ação governamental a despesa será realizada. e) Correta. Ao classificar economicamente a despesa e a receita na elaboração do orçamento, a administração pública sinaliza para a sociedade o tipo de bens que irá adquirir, a origem dos recursos que irá arrecadar, o impacto dos gastos públicos na economia do país, a capitalização dos bens públicos, etc. Resposta: Letra A 11) (ESAF - AFC/CGU - Auditoria e Fiscalização ) A classificação institucional da despesa é um critério indispensável para a fixação de responsabilidades e os consequentes controles e avaliações. Aponte a única opção que não pode ser considerada vantagem do critério institucional. a) Permite comparar imediatamente os vários órgãos, em termos de dotações recebidas. b) Usado de forma predominante, impede que se tenha uma visão global das finalidades dos gastos do governo, em termos das funções precípuas que deve cumprir. Prof. Sérgio Mendes 28

29 c) Permite identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. d) Serve como ponto de partida para o estabelecimento de um programa de contabilização de custos dos vários serviços ou unidades administrativas. e) Quando combinado com a classificação funcional, permite focalizar num único ponto a responsabilidade pela execução de determinado programa. a) Correta. A classificação institucional permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária. b) É a incorreta. Trata-se de uma desvantagem. Na classificação institucional temos o agente encarregado do gasto, ou seja, o órgão e a unidade orçamentária. Para que se tenha uma visão global das finalidades dos gastos do governo, é necessário combiná-la com outras classificações, como com a estrutura programática assim determinada pela Portaria n 42/99 e com a classificação por natureza da despesa. c) Correta. A classificação institucional aponta "quem faz" a despesa, permitindo identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. d) Correta. É um ponto de partida importante, pois a classificação institucional nos leva ao agente encarregado do gasto, fundamental para a implantação de um sistema de custos no nível serviço, órgão ou unidade. e) Correta. Combinada com outras, a classificação institucional nos permite chegar a diversas informações, como focalizar dentro de um programa a responsabilidade por sua execução. Resposta: Letra B 12) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP ) Assinale a opção verdadeira a respeito dos programas de governo. a) Programa é um módulo integrador entre o plano e o orçamento e tem como instrumento de sua realização as ações de governo. b) Programa é o conjunto de ações de uma unidade orçamentária e visa à integração do plano de governo do ente ao orçamento. c) Um programa, do ponto de vista orçamentário, é o conjunto de atividades e projetos relacionados a uma determinada função de governo com vistas ao cumprimento da finalidade do Estado. d) É o conjunto de ações de caráter continuado com vista à prestação de serviços à sociedade. e) Os programas de governo são considerados temporários e permanentes, dependendo das condições de perenidade das ações desenvolvidas pelo ente público. O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de estruturação, na concepção inicial da reforma orçamentária de 2000, o plano deveria terminar no programa e o orçamento começar no programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi Prof. Sérgio Mendes 29

30 modificada nos PPA's 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de detalhamento de ação. Resposta: Letra A 13) (ESAF - Analista Administrativo - ANA ) - Considerada a categorização da despesa pública, classificam-se como investimentos as despesas com o (a): a) planejamento e a execução de obras. b) aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização. c) aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital. d) constituição ou aumento do capital de empresas. e) pagamento de contribuições e subvenções. O planejamento e a execução de obras são investimentos, enquanto que são inversões financeiras: a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; a aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas. O pagamento de contribuições e subvenções são despesas correntes. Resposta: Letra A 14) (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ/CE ) Assinale a opção falsa em relação às características da classificação econômica da despesa estabelecidas pela Lei n /64 e Portaria STN/SOF n. 163/2001. a) O primeiro dígito do código da natureza da despesa indica que a despesa é classificada como corrente ou de capital. b) A origem dos recursos, em termos tributários, está presente na classificação. c) A modalidade aplicação 40 significa que os recursos são destinados a transferências para municípios. d) A despesa de pessoal identifica-se na classificação econômica da despesa. e) A indicação de que os recursos são destinados à aquisição de serviços identifica-se pelo elemento de despesa. a) Correta. O 1 Nível - Categoria Econômica da classificação por natureza discrimina as despesas em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: 3 - Despesas Orçamentárias Correntes e 4 - Despesas Orçamentárias de Capital. b) É a incorreta. Origem é uma classificação da Receita. É a subdivisão das Categorias Econômicas das Receitas, que tem por objetivo identificar a origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio público. c) Correta. A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. A modalidade de aplicação 40 indica que os recursos são destinados a transferências para municípios. Corresponde às despesas realizadas mediante transferência de Prof. Sérgio Mendes 30

31 recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta. d) Correta. O 1 Nível - Categoria Econômica da classificação por natureza obedece ao critério econômico. As despesas com pessoal compõem as despesas correntes. e) Correta. O 4 Nível - Elemento de Despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Resposta: Letra B 15) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) De acordo com o Manual Técnico do Orçamento , assinale a única opção incorreta quanto a elemento de despesa. a) Tem por finalidade identificar os objetos de gastos que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. b) Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 163, de c) É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer apenas em operações especiais. d) Não é vedada a utilização de elementos de despesa que representem gastos efetivos em operações especiais. e) São elementos de despesa vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, entre outros. Vamos resolver a questão pelo atual MTO. O examinador pede a alternativa incorreta: a) Correta. O elemento da despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. b) Correta. As classificações da despesa por categoria econômica, por grupo de natureza, por modalidade de aplicação e por elemento de despesa, e respectivos conceitos e/ou especificações, constam do Anexo II da Portaria Interministerial 163, de c) Correta. A utilização dos elementos de despesa 41- Contribuições, 42- Auxílios e 43-Subvenções Sociais pode ocorrer apenas em operações especiais. É vedada a utilização em projetos e atividades desses elementos. d) É a incorreta. É vedada a utilização de elementos de despesa que representem gastos efetivos (ex: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc) em operações especiais. e) Correta. São elementos de despesa vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material Prof. Sérgio Mendes 31

32 permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Resposta: Letra D 16) (ESAF - AFC/STN - Contábil - Financeiro ) Segundo o que dispõe a Portaria Interministerial STN/SOF n 163, de , na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à natureza, deverá ser feita: a) obrigatoriamente por sub-elemento de despesa. b) somente por categoria econômica e grupo de despesa. c) somente por categoria econômica. d) por categoria econômica e elemento de despesa. e) no mínimo por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Segundo a Portaria Interministerial STN/SOF n 163/01: Art. 6 Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Resposta: Letra E 17) (ESAF - AFC/CGU - Correição ) Na classificação da despesa pública segundo a natureza, no Brasil, um Grupo de Natureza da Despesa agrega os elementos de despesa com a mesma característica quanto ao objeto de gasto. Identifique qual despesa não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Investimentos. c) Amortização de empréstimos. d) Inversões financeiras. e) Juros e encargos da dívida. QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 1 - Pessoal e Encargos Sociais 2 - Juros e Encargos da Dívida 3 - Outras Despesas Correntes 4 - Investimentos 5 - Inversões financeiras 6 - Amortização da Dívida 7 - Reserva do RPPS 9 - Reserva de Contingência Prof. Sérgio Mendes 32

33 Cuidado^ Amortização de empréstimos é receita de capital. O Estado é o credor. É a devolução do montante de um empréstimo que o devedor fez ao Estado. Já amortização da dívida é despesa de capital. É o Estado devedor pagando suas dívidas. Resposta: Letra C 18) (ESAF - Técnico de Nível Superior - ENAP/MPOG ) A despesa pública brasileira pode ser classificada segundo categorias econômicas, grupos de despesa e modalidades de aplicação. Identifique a única opção que não pertence aos grupos de natureza de despesa. a) Pessoal e Encargos. b) Juros e Encargos da Dívida Pública. c) Outras Despesas Correntes. d) Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos. e) Inversões Financeiras e Amortização da Dívida Pública. Pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas correntes são grupos de natureza da despesa que compõem as despesas correntes. Inversões financeiras e amortização da dívida são grupos que compõe as despesas de capital. Já o termo "Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos" corresponde à modalidade de aplicação 50. São as despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. Resposta: Letra D 19) (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ/CE ) Despesas Correntes segundo a classificação orçamentária brasileira são aquelas efetuadas para a manutenção dos serviços anteriormente criados na Administração Pública. Aponte a única despesa que não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Conservação e adaptação de bens imóveis. c) Subvenções sociais. d) Salário família. e) Aquisição de instalações. Pessoal e encargos sociais, conservação e adaptação de bens imóveis, subvenções sociais e salário família são todas despesas correntes. A aquisição de instalações é uma despesa de capital. Prof. Sérgio Mendes 33

34 Resposta: Letra E 20) (ESAF - AFC/STN - Contábil - Financeiro ) Na execução do Orçamento Geral da União importa registrar todos os atos e fatos relativos à realização da receita e da despesa, mesmo que essas não sejam efetivas. Assinale, a seguir, a opção que indica uma receita não efetiva e uma despesa efetiva, respectivamente. a) Recebimento de imposto de renda e pagamento de pessoal. b) Recebimento de dívida ativa e aquisição de material de consumo. c) Recebimento de operação de crédito e pagamento de serviços de terceiros - pessoa jurídica. d) Recebimento de contribuições previdenciárias e aquisição de veículos. e) Recebimento de receitas de serviços e pagamento de empréstimos. a) Errada. Recebimento de imposto de renda é receita efetiva e pagamento de pessoal é despesa efetiva. b) Errada. Recebimento de dívida ativa é receita não-efetiva e aquisição de material de consumo é despesa não-efetiva, desde que o material passe pelo estoque do almoxarifado. Assim não há diminuição imediata do patrimônio líquido, somente quando o material for realmente utilizado. Essa é a interpretação no caso desta alternativa. c) Correta. Recebimento de operação de crédito é receita não-efetiva e pagamento de serviços de terceiros - pessoa jurídica é despesa efetiva. d) Errada. Recebimento de contribuições previdenciárias é receita efetiva e aquisição de veículos é despesa não-efetiva. e) Errada. Recebimento de receitas de serviços é receita efetiva e pagamento de empréstimos é despesa não-efetiva. Resposta: Letra C 21) (ESAF - Auditor - TCE/GO ) A dotação orçamentária destinada a amortização da dívida pública externa classifica-se como: a) transferência corrente. b) transferência de capital. c) inversão financeira. d) despesa de custeio. e) investimento. Prof. Sérgio Mendes 34

35 Segundo o art. 12 da Lei 4320/64, são transferências de capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Resposta: Letra B 22) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU ) Sobre os conceitos e classificações relacionados com Despesa Pública, assinale a opção correta. a) Segundo a Portaria Interministerial n. 163/2001, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, deverá constar da Lei Orçamentária, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação e elemento da despesa. b) Os Grupos de Natureza da Despesa podem relacionar-se indistintamente com qualquer Categoria Econômica da Despesa. c) São exemplos de despesas de capital aquelas derivadas do pagamento do serviço da dívida: Juros e amortização da dívida. d) A Modalidade de Aplicação permite a identificação das despesas intraorçamentárias. e) Toda despesa corrente é uma despesa primária, mas nem toda despesa primária é uma despesa corrente. a) Errada. O art. 6 da Portaria Interministerial n 163/2001 dispõe que, na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. b) Errada. Os Grupos de Natureza da Despesa relacionam-se à Categoria Econômica correspondente. c) Errada. A amortização da dívida é despesa de capital. No entanto, são exemplos de despesas correntes aquelas derivadas do pagamento do serviço da dívida, como juros e encargos da dívida. d) Correta. O elemento motivador da criação das operações intraorçamentárias foi a inclusão, na Portaria Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de aplicação "91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social". e) Errada. Nem toda despesa corrente é uma despesa primária. Por exemplo, o pagamento de juros de dívidas da União é uma despesa corrente e financeira. Resposta: Letra D Prof. Sérgio Mendes 35

36 23) (ESAF - Analista Administrativo - ANA ) Assinale a opção verdadeira a respeito da classificação da despesa pública adotada no Brasil, conforme Manual da Despesa Nacional. a) A classificação econômica da despesa, em obediência aos arts. 12 e 13 da Lei n /64, é feita por categoria econômica, elementos de despesas e subitem. b) As ações são operações das quais resultam produtos que contribuem para atender ao objetivo de um programa. c) As subfunções são agregadores de um conjunto de programas e tem como objetivo direcionar os recursos para as ações e atividades. d) A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de execução dos créditos e está estruturada em três níveis hierárquicos, a saber: órgão, unidade orçamentária e unidade gestora. e) A classificação programática reflete a alocação dos recursos segundo o critério de prioridade do governo e os órgãos executores. a) Errada. A Lei 4.320/64 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elementos nos artigos 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8 estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa Lei. No entanto, não há menção a subitem. b) Correta. As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluemse também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, etc, e os financiamentos. c) Errada. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. d) Errada. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. e) Errada. A finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Prof. Sérgio Mendes 36

37 Resposta: Letra B 24) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP ) Assinale a opção verdadeira tendo como base as disposições da Portaria MOG n. 42/1999 a respeito da discriminação da despesa por função, subfunção e programa. a) A competência para a definição e estruturação dos programas nas três esferas de governo é da União, cabendo aos Estados, Distrito Federal e Municípios uma competência residual. b) O uso obrigatório da estrutura de classificação definida nesse instrumento normativo alcança a União, Estados, Distrito Federal, porém, os Municípios estão dispensados de aplicá-la. c) Os programas são instrumentos de organização da ação governamental cujos indicadores são definidos na lei orçamentária anual. d) Na elaboração da lei orçamentária anual, é permitida a combinação de subfunções com funções diferentes daquela a que está vinculada. e) As operações especiais são aquelas que, embora resulte em um produto, não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. a) Errada. Segundo o art. 3 da Portaria 42/99, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria. b) Errada. O disposto na Portaria 42/99 se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de Ou seja, a Portaria tem eficácia há vários anos. c) Errada. Segundo a referida Portaria, o Programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual. d) Correta. Segundo o art. 1, as subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas na forma do Anexo da Portaria 42/99. e) Errada. As Operações Especiais são as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Resposta: Letra D Prof. Sérgio Mendes 37

38 25) (ESAF - AFC/STN ) De acordo com o Manual Técnico do Orçamento, tanto na edição 2008 quanto na edição 2009 (1 a versão), sobre a classificação de receitas e despesas públicas é correto afirmar: a) receitas devem ser classificadas como Financeiras (F), quando seu valor é incluído na apuração do Resultado Primário no conceito acima da linha, ou Primárias (P), quando seu valor não é incluído nesse cálculo. b) a classificação funcional da despesa reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. c) as receitas não-financeiras são basicamente as provenientes de operações de crédito, de aplicações financeiras e de juros. d) despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, são classificadas como inversões financeiras. e) as receitas provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais e de serviços são classificadas como primárias. a) Errada. A apuração do resultado primário pode ocorrer pelos critérios "abaixo da linha" ou "acima da linha". A receita é classificada, ainda, como Primária (P) quando seu valor é incluído na apuração do Resultado Primário no conceito acima da linha, e Não-Primária ou Financeira (F) quando não é incluída nesse cálculo. b) Errada. A classificação institucional da despesa reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. c) Errada. As receitas financeiras são basicamente as provenientes de operações de crédito (endividamento), de aplicações financeiras e de juros. d) Errada. As despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, são classificadas como investimentos. e) Correta. As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais e de serviços são classificadas como primárias. Resposta: Letra E 26) (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ/CE ) O demonstrativo da execução orçamentária do Setor Público, em um determinado exercício, apresentou o seguinte resultado em unidades monetárias: Receita Prof. Sérgio Mendes 38

39 Receita Tributária-$ CURSO ON-LINE - RECEITA FEDERAL Receita de Aplicações Financeiras-$ Receita de Operações de Crédito-$ Despesa Despesas Correntes-$ Despesa de Juros da Dívida Pública-$ Despesa de Capital-$ Despesa de Amortização da Dívida Pública-$ Identifique, nas opções abaixo, o montante que corresponda ao resultado primário desse exercício. a) $ b) $ c) $ d) $ e) $ O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Em outras palavras, corresponde à diferença entre receitas primárias e despesas primárias. Receitas Primárias: $ Receita Tributária-$ Despesas Primárias: $ Despesas Correntes = $ Despesa de Capital = $ Resultado Primário = Receita Primárias - $ = $ Despesas Primárias = $ Resposta: Letra D 27) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP ) Assinale a opção falsa a respeito da conceituação e classificação da despesa orçamentária brasileira. Prof. Sérgio Mendes 39

40 a) A devolução de depósitos feitos em garantia é uma despesa que transita pelo orçamento, embora sem afetar a situação patrimonial líquida. b) A despesa orçamentária nem sempre é uma despesa de caráter econômico, ou seja, não afeta a situação patrimonial líquida. c) O consumo de um ativo do ente público pode não decorrer de uma despesa orçamentária. d) Na classificação econômica da despesa, utiliza-se complementarmente a modalidade de aplicação para determinar se os recursos foram aplicados pela mesma esfera de governo ou se foram transferidos. e) Na classificação econômica, os grupos de despesa têm a finalidade de agrupar as despesas que apresentam as mesmas características em relação ao objeto do gasto. a) É a incorreta. A devolução de depósitos feitos em garantia é uma despesa extraorçamentária, logo não transita pelo orçamento. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos. b) Correta. A despesa orçamentária pode ser efetiva, que é aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade; ou não-efetiva, que é aquela que no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. c) Correta. O consumo de um ativo do ente público pode decorrer de uma despesa extraorçamentária, como a diminuição de disponibilidades com o pagamento de restos a pagar. d) Correta. O 3 nível - modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. e) Correta. O 2 Nível - GND é um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Resposta: Letra A 28) (ESAF - AFC/STN - Econômico - Financeiro ) Com base no conceito de despesa pública, aponte a única opção falsa. a) São exemplos de despesas extra-orçamentárias os pagamentos de restos a pagar do exercício anterior, serviços de terceiros e encargos diversos. Prof. Sérgio Mendes 40

41 b) A despesa pública, segundo a Lei n 4.320/64, classifica-se em despesa corrente e despesa de capital. c) É definida como o gasto ou compromisso de gastos dos recursos governamentais, devidamente autorizados pelo poder competente, com o objetivo de atender às necessidades de interesse coletivo, prevista na Lei do Orçamento. d) As despesas orçamentárias são as que, para serem realizadas, dependem de autorização legislativa e que não podem se efetivar sem crédito orçamentário correspondente. e) As despesas de capital são os gastos realizados pela administração pública com a finalidade de criar novos bens de capital e que constituirão incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou através de mutação patrimonial. a) É a incorreta. São exemplos de despesas extraorçamentárias os pagamentos de restos a pagar do exercício anterior. Serviços de terceiros e encargos diversos são despesas orçamentárias. b) Correta. Segundo o art. 12 da Lei 4320/64, a despesa classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Despesas Correntes e Despesas de Capital. c) Correta. É mais uma definição para despesa pública. d) Correta. As despesas orçamentárias são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. e) Correta. As despesas de capital em geral são não-efetivas, pois, no momento da sua realização, não reduzem a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Porém, podem também causar mutação patrimonial, como as transferências de capital, que causam decréscimo patrimonial e, assim, são efetivas. Resposta: Letra A 29) (ESAF - Auditor - TCE/GO ) Quanto ao aspecto legal, a despesa orçamentária pode ser estudada de acordo com os enfoques jurídico, econômico e administrativo-legal. Identifique a única opção falsa no que diz respeito ao enfoque econômico. a) A despesa orçamentária é dividida em duas categorias básicas, que são as despesas correntes e as despesas de capital. b) As despesas de capital são despesas sem as quais a máquina administrativa e de serviços do Estado não funcionaria e, neste item, são incluídas as despesas do governo relacionadas com o pagamento dos encargos da dívida pública. Prof. Sérgio Mendes 41

42 c) Por meio das despesas por categorias econômicas, é possível apurar a capacidade de poupança do governo e o peso de cada componente na estrutura de gastos. d) As despesas correntes são as que se referem a desembolsos ou aplicações das quais não resulta compensação patrimonial e, consequentemente, geram diminuição no patrimônio. e) Os gastos governamentais por categorias econômicas são apresentados nos balanços gerais de cada unidade que compõe a estrutura governamental. a) Correta. Segundo o art. 12 da Lei 4320/64, a despesa classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Despesas Correntes e Despesas de Capital. b) É a incorreta. As despesas correntes são despesas sem as quais a máquina administrativa e de serviços do Estado não funcionaria e, neste item, são incluídas as despesas do governo relacionadas com o pagamento dos encargos da dívida pública. c) Correta. Assim como a receita, o 1 Nível - Categoria Econômica da classificação por natureza obedece ao critério econômico. A despesa é classificada em duas categorias econômicas, despesas Correntes e despesas de Capital. Por meio delas é possível apurar a capacidade de poupança do governo e o peso de cada componente na estrutura de gastos, avaliando se o governo privilegia ou não a formação e aquisição de bens de capital. d) Correta. Em geral, as despesas corrente são efetivas, pois, no momento da sua realização, reduzem a situação líquida patrimonial da entidade. e) Correta. Os gastos governamentais por categorias econômicas compõem a contabilidade das unidades da estrutura governamental. Resposta: Letra B 30) (ESAF - AFC/CGU ) A classificação funcional e a estrutura programática visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI, forma o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura: Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE Com relação ao assunto, indique a opção correta. a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE a ação governamental. b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. Prof. Sérgio Mendes 42

43 c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa. d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é uma atividade. e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito da codificação EEEE. A parte da estrutura programática extraída pela questão é a seguinte: A A B B B C C C C D D D D E E E E Função Subfunção Programa Ação Subtítu o a) Errada. Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE é o Subtítulo. b) Correta. A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. c) Errada. A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, mesmo que diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria 42/99. No entanto, trata-se de uma classificação independente dos programas. Cuidado ainda com a exceção à matricialidade, a função 28 - Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. d) Errada. Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é um projeto, com exceção do dígito 9, o qual corresponde às ações não-orçamentárias. e) Errada. As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito (zero) da codificação DDDD. Resposta: Letra B 31) (ESAF - Técnico de Nível Superior - ENAP/MPOG ) O Orçamento Público Brasileiro vem sofrendo alterações ao longo das últimas décadas e novas características vêm sendo incorporadas. Nos recentes conceitos associados à estrutura programática da despesa orçamentária, o Programa é o instrumento de organização da atual atuação governamental. Indique qual é o tipo de programa do qual resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade. Prof. Sérgio Mendes 43

44 a) Programa de Gestão de Políticas Públicas. b) Programa de Serviços ao Estado. c) Programa de Apoio Administrativo. d) Programa Finalístico. e) Programas Estratégicos. Os Programas são classificados em dois tipos: Finalísticos e de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais. Os Programas Finalísticos resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração. Resposta: Letra D 32) (ESAF - Técnico de Nível Superior - SPU/MPOG ) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: a) função. b) subfunção. c) programa. d) projeto e) atividade. O instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como atividade. Resposta: Letra E 33) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, entende-se por Atividade: a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao setor público. c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo. Prof. Sérgio Mendes 44

45 d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo. e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. a) Errada. Segundo o art. 2 da Portaria 42/99, entende-se por programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA. b) Errada. Consoante o 1 do art.1, como função deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. c) Errada. Segundo o art. 2, entende-se por operações especiais as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. d) Correta. Conforme o art. 2, entende-se por atividade um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo. e) Errada. Consoante o 2 do art. 1, a função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Resposta: Letra D 34) (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ/CE ) A Classificação Funcional da Despesa Pública no Brasil substituiu a Classificação Funcional- Programática dos dispêndios públicos. Segundo a nova estrutura Funcional, identifique a única resposta falsa. a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesas. b) O subprograma representa uma agregação do programa. c) O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações concorrentes para um objetivo comum. d) A função representa o nível mais elevado de agregação de informações sobre as diversas áreas de despesa que competem ao setor público. Prof. Sérgio Mendes 45

46 e) A atividade é um instrumento de programação que envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente. a) Correta. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. b) É a incorreta. Não há previsão de subprogramas, tampouco seriam maiores que os programas. c) Correta. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. d) Correta. A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. e) Correta. A atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Resposta: Letra B 35) (ESAF - APOFP -. SEFAZ/SP ) A classificação programática é considerada a mais moderna classificação orçamentária de despesa pública. A portaria n. 42/99, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, propôs um elenco de funções e subfunções padronizadas para a União, Estados e Municípios. Assim, de acordo com a referida Portaria, a despesa que não se inclui na nova classificação é a despesa por: a) Função. b) Subprograma. c) Projeto. d) Atividade. e) Subfunção. A Portaria 42/99 do MPOG atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do 1 do art. 2 e 2 do art. 8, ambos da Lei 4320/64; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, Prof. Sérgio Mendes 46

47 atividade, operações especiais; e dá outras providências. Essa Portaria dispõe que: Art. 4 Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Logo, não se inclui na nova classificação a despesa por subprograma. Resposta: Letra B 36) (ESAF - AFC/CGU - Correição ) A Portaria n. 42/1999 atualizou a discriminação da despesa por Funções e Subfunções de Governo. Assim, indique qual é a opção correta com relação ao conteúdo da referida portaria. a) A função visa a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. b) As operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção das ações do Governo, mas geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços. c) O programa é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um projeto. d) A Função Indústria tem como subfunção a Subfunção Turismo. e) Nos balanços e nas leis orçamentárias, as ações serão identificadas em termos de função, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. a) Errada. A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. b) Errada. As Operações Especiais são as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. c) Errada. O projeto é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; d) Errada. A Subfunção Turismo pertence originalmente à função Comércio e Serviços. Mas vale ressaltar: As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na forma do Anexo a Portaria 42/99. e) Correta. Segundo a referida Portaria: Prof. Sérgio Mendes 47

48 Art. 4 Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Resposta: Letra E 37) (ESAF - Processo Seletivo Simplificado - Diversos Órgãos ) Assinale a opção que indica a correta definição de Funções de Governo, segundo a regulamentação vigente. a) É o maior no nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. b) É a classificação dos gastos do governo, segundo o tipo de bem a ser adquirido. c) É a classificação dos gastos de governo, segundo a atividade desempenhada por cada órgão. d) Permite a agregação dos gastos no menor nível dentro da unidade orçamentária. e) Demonstra o menor nível de agregação dos recursos no Plano Plurianual. A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. Resposta: Letra A 38) (ESAF - AFCE - TCU ) Identifique a opção falsa com relação à classificação da despesa pública segundo a natureza, contida na Portaria Interministerial n. 163, de 4 de maio de 2001, a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. a) Categoria econômica. b) Grupo de natureza da despesa. c) Elemento de despesa. d) Modalidade de aplicação. e) Desdobramento obrigatório do elemento de despesa. O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o desdobramento facultativo do elemento da despesa. Prof. Sérgio Mendes 48

49 Categoria Econômica Grupo de natureza Modalidade de Aplicação Elemento de despesa Desdobramento facultativo do elemento Logo, não há desdobramento obrigatório do elemento da despesa. Resposta: Letra E 39) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) Com base no Manual Técnico do Orçamento , a despesa é classificada em duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital. Aponte a única opção incorreta no que diz respeito à Despesa. a) Classificam-se em despesas correntes todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. b) Investimentos são despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. c) Agrupam-se em amortização da dívida as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna ou externa. d) São incluídas em inversões financeiras as despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização. e) Classificam-se em despesas de capital aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, incluindo-se as despesas com o pagamento de juros e comissões de operações de crédito internas. Vamos resolver a questão pelo atual MTO. O examinador pede a alternativa incorreta: a) Correta. Classificam-se como despesas correntes todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. b) Correta. Classificam-se como investimentos as despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. c) Correta. Classificam-se como amortização da dívida as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. d) Correta. Classificam-se como inversões financeiras as despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos Prof. Sérgio Mendes 49

50 representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas. e) É a incorreta. Classificam-se como despesas de capital aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Porém o grupo "juros e encargos da dívida" deverá ser classificado na categoria econômica de despesas correntes. Tal grupo corresponde às despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. Resposta: Letra E 40) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG ) A respeito da estruturação do orçamento no Brasil, é correto afirmar, exceto: a) a classificação por função e subfunção demonstra em que área de governo a despesa está sendo realizada. b) a estratégia de realização da despesa é definida pela modalidade de aplicação. c) o insumo que se pretende utilizar ou adquirir é definido pela classificação econômica da despesa. d) a classificação institucional é definida em dois níveis hierárquicos, a saber: órgão e unidade orçamentária. e) o efeito econômico da realização da despesa é definido pelo grupo de natureza da despesa. A questão foi anulada, porém são válidos os comentários de cada item. Vimos que a estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em Programação qualitativa e quantitativa (física e financeira). Vamos aos quadros: Prof. Sérgio Mendes 50

51 Programação qualitativa: Fonte: MTO Programação quantitativa Física: Fonte: MTO Programação quantitativa Financeira: Fonte: MTO Assim: Prof. Sérgio Prof. Sérgio Mendes 51

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