Estrutura de vidros. Prof. Dr. Eduardo Bellini Ferreira PPG-CEM USP São Carlos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estrutura de vidros. Prof. Dr. Eduardo Bellini Ferreira PPG-CEM USP São Carlos"

Transcrição

1 Estrutura de vidros Prof. Dr. Eduardo Bellini Ferreira PPG-CEM USP São Carlos

2 O que é o vidro? Vidro: material sólido não-cristalino que apresenta o fenômeno da transição vítrea. Legenda: Silício Oxigênio Sílica cristalina (Quartzo, Areia) Sílica vítrea (Vidro)

3 Cristal x Vidro Tetraedro de SiO 2 Quartzo

4 Volume Resfriamento lento de um líquido Líquido Sólido cristalino T fusão Temp.

5 Volume Resfriamento rápido de um líquido Líquido Líquido Super-resfriado Sólido cristalino T fusão Temp.

6 Volume Resfriamento rápido de um líquido Líquido Líquido Super-resfriado Vidro Sólido cristalino T g T fusão Temp.

7 Cristal x Vidro Vidro de sílica SiO 2 Tetraedro de SiO 2

8 Comprovação experimental

9 Efeito modificadores

10 Técnicas de fabricação vidros

11 Técnicas de fabricação vidros

12 Volume Transição Vítrea T g líquido líquido super-resfriado vidro cristalização cristalização2 material cristalino T g T fusão Temp.

13 Relaxação estrutural e temperatura fictícia Relaxação estrutural a mudança no valor de qualquer propriedade com o tempo, após uma perturbação qualquer. Temperatura fictícia temperatura que corresponde ao equilíbrio da estrutura congelada do vidro. Na lousa!

14 Características dos vidros Não têm um ponto de fusão (ou liquidus) verdadeiro. Isotrópicos as propriedades são não dependem da direção. Viscosidade, coeficiente de expansão térmica, volume específico, índice de refração, etc. variam linearmente com a composição química.

15 Viscosidade Resistência de um líquido à deformação causada por uma tensão cisalhante Unidades: Poise (P) (CGS) água = 1cP Pa.s (SI) 1 cp = 1 mpa.s 1 P = 10-1 Pa.s Quanto maior a viscosidade, maior a resistência ao escoamento

16 Viscosidade Uma das propriedades mais importantes do ponto de vista do processo de fabricação de vidros Muda dramaticamente com a mudança da temperatura Pode variar 20 ordens de magnitude A viscosidade da água a 20 C é muito próxima de 1 centipoise (1 cp; valor exato: 1,002 cp)

17 Viscosidade de líquidos (a 20 C) (Pa s) álcool etílico... 0, acetona... 0, metanol... 0, álcool propílico... 2, benzeno... 0, água... 1, nitrobenzeno... 2, mercúrio... 17, ácido sulfúrico óleo de oliva óleo de rícino... 0,985 glicerol... 1,485 polímero derretido piche vidro

18 A viscosidade determina as condições de fusão a homogeneidade do vidro o regime de temperaturas para Conformação Recozimento Têmpera térmica a máxima temperatura para se evitar a devitrificação

19 Um processo industrial pode ser associado ao seu gradiente de velocidade Processo Gradiente de velocidade (s -1 ) Moldagem 0,1-10 Extrusão Estiramento de fibra

20 Pontos de viscosidade importantes para os fabricantes de vidro

21 Pontos de viscosidade importantes para os fabricantes de vidro

22 Métodos de medida de viscosidade

23 Métodos de medida de viscosidade

24

25 Tipos de vidros

26 Vidro soda-cal-sílica

27 Vidros ao chumbo ( cristais )

28 Vidros borosilicatos

29

30 Tensões residuais vs. Recozimento resfriamento aquecimento

31 Dependência da taxa de resfriamento

32 Recozimento

33 Recozimento

34 Viscosidade versus Tempo de relaxação estrutural Viscosidade ( T ) ( T G ) Tempo de relaxação estrutural Módulo de cisalhamento a uma taxa infinita (resposta elástica instantânea) = 30 GPa.

35 Viscosidade versus Tempo de relaxação estrutural Vidros fluem à temperatura ambiente? ( T) ( T) G Em (T g ) = Pa.s T g = 816 K (T g ) = 2 x anos Ou seja, muito maior que a unidade do Universo ~10 10 anos! Zanotto, E. D. Do cathedral glasses flow? Am. J. Phys. 66 (1998) Zanotto, E. D. & Gupta, P. K. Do cathedral glasses flow? Additional remarks 67 (1999)

36 A cristalização acima de T g ocorre a uma dada taxa... Cinética de transformação de fases de acordo com Johnson, Mehl, Avrami e Kolmogorov: 4 3 ( t) 1 exp Iu t 3 4 (t) = fração volumétrica cristalizada I = taxa de nucleação u = taxa de crescimento t = tempo

37 Cinéticas calculada versus experimental

38 Critério para formação de vidros

39 Devitrificação (cristalização descontrolada)

40 Volume Cristalização do vidro Líquido Líquido Super-resfriado Vidro Devitrificação ou Vitrocerâmica T g T fusão Temp.

41 Vitrocerâmicas Cerâmicas obtidas a partir da cristalização controlada de vidros Nucleação e crescimento Muitos núcleos Poucos núcleos

42 E se controlarmos a cristalização...

43 Exemplos de Vitrocerâmicas Macor / Corning Zerodur / Schott Substrato HD / Corning Ceran / Schott Otawa Dental Lab. Vision / Corning Fotoceram / Corning

44 b-quartzo SS (Li,R)O.Al 2 O 3.nSiO 2 onde R = Mg 2+, Zn 2+ e n = 2 a 10 Vision Zerodur, Ceram e Robax Narumi e Neoceram Keraglas e Eclair Corning EUA Schott Alemanha NEG Japão Eutokera Corning/St. Gobain

45 VLT telescope in Chile (8.2 m mirrors with adaptive optics) Dr. Mark J. Davis On the road to Cerro Paranal, Chile Mirror fabrication in Mainz, Germany (

46

Vitrocerâmicas (glass ceramics)

Vitrocerâmicas (glass ceramics) Vitrocerâmicas (glass ceramics) São materiais inorgânicos policristalinos contendo fração minoritária de fase vítrea, obtidos através da cristalização controlada de certos vidros (50 a 90% cristalinos

Leia mais

2. Considerando a figura dada na questão 2, explique a principal dificuldade de conformação da sílica fundida em relação ao vidro de borosilicato.

2. Considerando a figura dada na questão 2, explique a principal dificuldade de conformação da sílica fundida em relação ao vidro de borosilicato. Lista de Exercícios Materiais Cerâmicos 1. Num vidro, a deformação pode ocorrer por meio de um escoamento isotrópico viscoso se a temperatura for suficientemente elevada. Grupos de átomos, como por exemplo

Leia mais

VIDROS. 70% ou mais de sílica

VIDROS. 70% ou mais de sílica VIDROS Obsidiana vidro natural. O nome vem de Obsius, romano que, segundo Plinius, descobriu esta rocha na Etiópia. A obsidiana é uma rocha vulcânica, formada pelo resfriamento rápido do magma, antes que

Leia mais

exp E η = η 0 1. Num vidro, a deformação pode ocorrer por meio de um escoamento isotrópico viscoso se a temperatura

exp E η = η 0 1. Num vidro, a deformação pode ocorrer por meio de um escoamento isotrópico viscoso se a temperatura Lista de Exercícios 09 / 2018 Materiais Cerâmicos 1. Num vidro, a deformação pode ocorrer por meio de um escoamento isotrópico viscoso se a temperatura for suficientemente elevada. Grupos de átomos, como,

Leia mais

UNIDADE 14 Estrutura e Propriedades dos Materiais Cerâmicos

UNIDADE 14 Estrutura e Propriedades dos Materiais Cerâmicos UNIDADE 14 Estrutura e Propriedades dos Materiais Cerâmicos 1. Num vidro aquecido submetido a uma tensão, a deformação pode ocorrer por meio de um escoamento isotrópico viscoso se a temperatura for suficientemente

Leia mais

T v. T f. Temperatura. Figura Variação da viscosidade com a temperatura para materiais vítreos e cristalinos (CARAM, 2000).

T v. T f. Temperatura. Figura Variação da viscosidade com a temperatura para materiais vítreos e cristalinos (CARAM, 2000). 7 ESTRUTURAS AMORFAS 7.1 Introdução Também chamadas de estruturas vítreas, as estruturas amorfas são formadas por arranjos atômicos aleatórios e sem simetria ou ordenação de longo alcance. Esse tipo de

Leia mais

O vidro é um material transparente ou translúcido, liso e brilhante, duro e frágil.

O vidro é um material transparente ou translúcido, liso e brilhante, duro e frágil. O vidro é um material transparente ou translúcido, liso e brilhante, duro e frágil. Os vidros formam-se a partir de líquidos inorgânicos super-resfriados e altamente viscosos, não apresentando estruturas

Leia mais

Polímeros no Estado Sólido

Polímeros no Estado Sólido Química de Polímeros Prof a. Dr a. Carla Dalmolin carla.dalmolin@udesc.br Polímeros no Estado Sólido O Estado Sólido Sólidos Cristalinos: Possuem um arranjo ordenado de átomos/moléculas, formando um retículo

Leia mais

Principais propriedades mecânicas

Principais propriedades mecânicas Principais propriedades mecânicas Resistência à tração Elasticidade Ductilidade Fluência Fadiga Dureza Tenacidade,... Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às

Leia mais

5 Discussão dos resultados

5 Discussão dos resultados 103 5 Discussão dos resultados É importante observar a ausência de dados na literatura sobre soldagem de poliamida 12 pelo processo de termofusão, para comparação específica com os dados obtidos nesta

Leia mais

Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)

Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) APLICAÇÃO DE MÉTODOS TERMOANALÍTICOS AOS MATERIAIS PMT

Leia mais

A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume

A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume Deslocações no KCl. O KCl é transparente e as deslocações (linhas brancas) foram decoradas com impurezas para as tornar

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais MATERIAIS CERÂMICOS

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais MATERIAIS CERÂMICOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais MATERIAIS CERÂMICOS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de 2005

Leia mais

Metalurgia Física Prof. Dr. Guilherme Verran Crescimento da Fase Sólida

Metalurgia Física Prof. Dr. Guilherme Verran Crescimento da Fase Sólida Crescimento da Fase Sólida Introdução O crescimento dos cristais e a solidificação dos metais líquidos é uma função direta da mobilidade atômica. Fatores térmicos e cinéticos devem ser levados em consideração

Leia mais

Frederico A.P. Fernandes

Frederico A.P. Fernandes Universidade Estadual Paulista UNESP Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS Departamento de Eng. Mecânica Programa de Pós-Graduação em Eng. Mecânica Disciplina: Ciência dos Materiais de Engenharia

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DIVISÃO DE ENSINO

Universidade Estadual de Ponta Grossa PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DIVISÃO DE ENSINO Universidade Estadual de Ponta Grossa PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DIVISÃO DE ENSINO PROGRAMA DE DISCIPLINA SETOR: Ciências Agrárias e de Tecnologia DEPARTAMENTO: Engenharia de Materiais DISCIPLINA: Ciência

Leia mais

Necessária onde a sinterização no estado sólido não é possível (Si 3

Necessária onde a sinterização no estado sólido não é possível (Si 3 Líquido tem a função de cobrir as partículas dos pós e causar uma rápida densificação a temperaturas mais baixas que as necessárias para a sinterização no estado sólido Necessária onde a sinterização no

Leia mais

Fluidos Conceitos fundamentais PROFª. PRISCILA ALVES

Fluidos Conceitos fundamentais PROFª. PRISCILA ALVES Fluidos Conceitos fundamentais PROFª. PRISCILA ALVES PRISCILA@DEMAR.EEL.USP.BR Reologia e Reometria Reologia e Reometria A palavra reologia vem do grego rheo (fluxo) e logos (ciência), foi um termo sugerido

Leia mais

1. Algumas Propriedades dos Líquidos

1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1.1 Viscosidade Alguns líquidos, como o melaço e o óleo de motor, fluem lentamente; enquanto que outros, como a água e a gasolina, fluem rapidamente. A resistência

Leia mais

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento estrutural a partir do qual ele é feito Materiais são frequentemente

Leia mais

Estudo de cristalização de polímeros termoplásticos por DSC

Estudo de cristalização de polímeros termoplásticos por DSC Escola de Engenharia de Lorena Curso de Engenharia de Materiais Laboratório de Engenharia de Materiais Estudo de cristalização de polímeros termoplásticos por DSC Prof. Carlos Yujiro Shigue Introdução

Leia mais

Prova escrita de: 2º Exame Final de Ciência de Materiais (Correcção) Nome:

Prova escrita de: 2º Exame Final de Ciência de Materiais (Correcção) Nome: Prova escrita de: 2º Exame Final de Ciência de Materiais (Correcção) Lisboa, 29 de Janeiro de 2008 Nome: Número: Curso: 1. Aplicou-se uma carga de tracção de 48900N a um varão de aço com 25cm de comprimento

Leia mais

MATERIAIS CERÂMICOS. Curso: Engenharia de Produção / Engenharia Civil 1. ESTRUTURAS E PROPRIEDADES DE CERÂMICAS

MATERIAIS CERÂMICOS. Curso: Engenharia de Produção / Engenharia Civil 1. ESTRUTURAS E PROPRIEDADES DE CERÂMICAS Curso: Engenharia de Produção / Engenharia Civil MATERIAIS CERÂMICOS 1. ESTRUTURAS E PROPRIEDADES DE CERÂMICAS Materiais cerâmicos são materiais inorgânicos e não-metálicos. A maioria dos materiais cerâmicos

Leia mais

CONCEITOS. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho

CONCEITOS. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho CONCEITOS Materiais e Processos de Produção ESTRUTURA DA MATÉRIA ÁTOMOS PRÓTONS NÊUTRONS ELÉTRONS MOLÉCULAS ESTADOS DA MATÉRIA TIPO DE LIGAÇÃO ESTRUTURA (ARRANJO) IÔNICA COVALENTE METÁLICA CRISTALINO AMORFO

Leia mais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Resistência dos Materiais I SLIDES 04 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedades Mecânicas dos Materiais 2 3 Propriedades

Leia mais

CONDUTIVIDADE TÉRMICA (K) T 1 > T 0

CONDUTIVIDADE TÉRMICA (K) T 1 > T 0 CONDUTIVIDADE TÉRMICA (K) Condução térmica fenômeno segundo o qual o calor é transmitido das regiões de alta temperatura para regiões de baixa temperatura em uma substância. K - Habilidade de um material

Leia mais

Tecnologia Mecânica III

Tecnologia Mecânica III Prof. Engº Marcos A. Gasparin dos Santos Email: m.gasparin@globo.com Departamento de Mecânica/Mecatrônica Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza ETEC JORGE STREET Revisão: 01 de 03/02/2016

Leia mais

Laboratório de Física I. Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos. 1 o semestre de 2014

Laboratório de Física I. Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos. 1 o semestre de 2014 4310256 Laboratório de Física I Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos 1 o semestre de 2014 5 de fevereiro de 2014 3. Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos

Leia mais

Materiais cerâmicos. Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP

Materiais cerâmicos. Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP Materiais cerâmicos Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP jdsantos@fe.up.pt Ligação química Typical elements in Ceramics 2 Ligação química 3 Conceitos básicos Definição

Leia mais

Produto amolecido. Produto moldado. moléculas

Produto amolecido. Produto moldado. moléculas ω PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS 1) A respeito dos materiais poliméricos elastoméricos (elastômeros) é errado afirmar que: a) Quando submetidos a tensão, os elastômeros

Leia mais

PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS 1) Em relação aos defeitos cristalinos qual das seguintes afirmações é incorreta: a) Numa discordância em cunha o vetor de Burgers

Leia mais

Propriedades Físicas da Matéria

Propriedades Físicas da Matéria Propriedades Físicas da Matéria Condutividade Térmica k Massa Específica ρ Calor Específico a Pressão Constante cp Difusividade Térmica α Viscosidade Cinemática (ν) ou Dinâmica (μ) Coeficiente de Expansão

Leia mais

CERÂMICAS As Cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas.

CERÂMICAS As Cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas. CERÂMICAS As Cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas. DEFINIÇÃO Cerâmica vem da palavra grega keramus que

Leia mais

SMM0302 Processamento de Materiais I. Solidificação e Fundição

SMM0302 Processamento de Materiais I. Solidificação e Fundição SMM0302 Processamento de Materiais I Solidificação e Fundição O que é solidificação? O que é fundição? Solidificação: transformação de fase: líquido sólido Fundição: Produção de peças pela solidificação

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE Departamento de Engenharia Mecânica CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE Alunas: Juliana de Paiva Corrêa Orientadora: Mônica Feijó Naccache Introdução O uso de compósitos com matriz

Leia mais

PROPRIEDADES MECÂNICAS III Propriedades de tração

PROPRIEDADES MECÂNICAS III Propriedades de tração INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS III Propriedades de tração Propriedades dos Materiais Ten Cel Sousa Lima, D. C. SUMÁRIO Regime plástico Propriedades

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS MARCELO GOMES BACHA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS MARCELO GOMES BACHA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS MARCELO GOMES BACHA Sinterização de vidro soda-cal-sílica comercial assistida por campo elétrico São Carlos 2017 MARCELO GOMES BACHA Sinterização

Leia mais

COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS POLÍMEROS

COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS POLÍMEROS COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS POLÍMEROS INTRODUÇÃO - Propriedades físicas dependem da mobilidade da cadeia polimérica. - A mobilidade é função da vibração dos átomos das moléculas, que por sua vez é proporcional

Leia mais

Plasticos e Vidros para Construção

Plasticos e Vidros para Construção Materiais de Construção Plasticos e Vidros para Construção Autor: Eng.º José James Nicol s Maputo, Outubro de 2010 PLASTICOS Conteudo: 1. Introdução ao estudo do plástico: Definição; Fabricação; Classificação;

Leia mais

Propriedades Térmicas

Propriedades Térmicas Propriedades Térmicas Quais os pontos principais no estudo de propriedades térmicas? Como o material responde ao calor? Como definir... - Capacidade Calorífica - Expansão Térmica - Condutividade Térmica

Leia mais

FÍSICA TÉRMICA. Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1

FÍSICA TÉRMICA. Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1 FÍSICA TÉRMICA Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1 Domínio da Física Térmica Como pode água aprisionada ser ejetada

Leia mais

Fornos para tratamentos térmicos

Fornos para tratamentos térmicos Fornos para tratamentos térmicos Fornos de resistência em vácuo ou atmosfera controlada (recozimentos, envelhecimentos) Fornos de têmpera em óleo ou banho de sais Forno de indução com cadinho vertical

Leia mais

Cerâmicos encontrados na natureza como a argila. Utilizado basicamente para peças de cerâmica tradicional.

Cerâmicos encontrados na natureza como a argila. Utilizado basicamente para peças de cerâmica tradicional. PROCESSAMENTO DE CERÂMICOS 1. Características de materiais cerâmicos - alta dureza (resistência à abrasão) e resistência a elevadas temperaturas - alta fragilidade - grande diferença entre resistência

Leia mais

PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE MATERIAIS 1 SEMESTRE DE 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE MATERIAIS 1 SEMESTRE DE 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE MATERIAIS 1 SEMESTRE DE 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FÍSICA E QUÍMICA DE MATERIAIS NÍVEL:

Leia mais

Aula 2 Propriedades Mecânicas de Cerâmicas

Aula 2 Propriedades Mecânicas de Cerâmicas Aula 2 Propriedades Mecânicas de Cerâmicas Materiais Cerâmicos II Engenharia de Materiais e Manufatura EESC/USP São Carlos Prof. Dr. Eduardo Bellini Ferreira Resumo Cerâmicas diferem da maioria dos metais

Leia mais

Correlação entre Microestrutura, Resistência à Tração e Resistência à Corrosão. Campinas, 2010.

Correlação entre Microestrutura, Resistência à Tração e Resistência à Corrosão. Campinas, 2010. Correlação entre Microestrutura, Resistência à Tração e Resistência à Corrosão Campinas, 2010. INTRODUÇÃO Uma liga metálica é a mistura homogênea de dois ou mais metais. Ligas Metálicas possuem propriedades

Leia mais

METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA

METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA OBJETIVOS definir as características dos materiais metálicos quanto a: resistência à deformação (tensão de escoamento) comportamento sob deformação a altas temperaturas

Leia mais

VIDROS & PIGMENTOS. Doutoranda: Thais Ballmann Orientadora Profª Drª Marilena Valadares Folgueras

VIDROS & PIGMENTOS. Doutoranda: Thais Ballmann Orientadora Profª Drª Marilena Valadares Folgueras VIDROS & PIGMENTOS Doutoranda: Thais Ballmann Orientadora Profª Drª Marilena Valadares Folgueras SUMÁRIO Conceitos Iniciais; Vidros; Vitrocerâmicos; Aplicações; Pigmentos; Pesquisa. MATERIAIS CERÂMICOS

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2 FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2 PROF.: KAIO DUTRA Fluido Como um Contínuo Se isolarmos um volume no espaço de ar de 0,001 mm³ (em torno do tamanho de um grão de areia), existirão em média

Leia mais

Por isso, quem mata o tempo é suicida! Aula 3 de FT

Por isso, quem mata o tempo é suicida! Aula 3 de FT Por isso, quem mata o tempo é suicida! Aula 3 de FT Quais são os tipos de tensões? O quociente força pela área da superfície onde ela é exercida é denominado de tensão. Consequências! Na mecânica as principais

Leia mais

É possível observar fenómenos de fusão, cristalização e outras

É possível observar fenómenos de fusão, cristalização e outras A análise térmica permite caracterizar materiais em termos das suas propriedades físico-químicas ao nível macromolecular É possível observar fenómenos de fusão, cristalização e outras transições de fase

Leia mais

TRABALHO A QUENTE E A FRIO METALOGRAFIA QUANTITATIVA. SMM0193 Ciência e Engenharia dos Materiais

TRABALHO A QUENTE E A FRIO METALOGRAFIA QUANTITATIVA. SMM0193 Ciência e Engenharia dos Materiais TRABALHO A QUENTE E A FRIO METALOGRAFIA QUANTITATIVA SMM0193 Ciência e Engenharia dos Materiais CONTORNOS DE GRÃOS Materiais Poli-cristalinos são formados por mono-cristais com diferentes orientações.

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

PRÁTICA: LÍQUIDOS: DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

PRÁTICA: LÍQUIDOS: DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE PRÁTICA: LÍQUIDOS: DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE 1. Introdução No estado líquido as moléculas estão mais próximas uma das outras e entre elas existem forças atrativas. Para um líquido fluir suas moléculas

Leia mais

Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid

Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid Tensão Propriedades Mecânicas: Tensão e Deformação Deformação Elástica Comportamento tensão-deformação O grau com o qual

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS

CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS Cerâmicas de Alta Tecnologia/ Cerâmicas Avançadas Cerâmica Vermelha Materiais de Revestimento (Placas Cerâmicas) Cerâmica Branca Materiais Refratários Vidro, Cimento e Cal Funções,

Leia mais

MATERIAIS CERÂMICOS. PMT Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

MATERIAIS CERÂMICOS. PMT Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais MATERIAIS CERÂMICOS PMT 3110 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2 Roteiro da Aula

Leia mais

PMT5783 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS VIDROS

PMT5783 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS VIDROS PMT5783 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS VIDROS Samuel Toffoli 1 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS VIDROS PMT5783 Fundamentos de Ciência e Engenharia de Materiais 2 Definições ASTM: produto inorgânico de fusão que foi

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES MATERIAIS CERÂMICOS Materiais Cerâmicos A característica comum a estes

Leia mais

AULA 07 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS

AULA 07 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS AULA 07 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS Conceitos fundamentais σ Os materiais experimentam dois tipos de deformação: elástica e plástica. Elástica: retornável. Plástica: permanente. ε Em uma escala microscópica:

Leia mais

Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais

Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais DIFUSÃO 1) Defina difusão. Como a difusão pode ocorrer em materiais sólidos? 2) Compare os mecanismos atômicos de difusão intersticial e por lacunas. Explique

Leia mais

Disciplina: MAF 2130 Química aplicada às engenharias

Disciplina: MAF 2130 Química aplicada às engenharias Pontifícia Universidade Católica de Goiás Av. Universitária 1.440, Setor Universitário Goiânia-GO, CEP: 74605-010 Fone: +55 62 3946-1000 Disciplina: MAF 2130 Química aplicada às engenharias Prof. Dr. Julio

Leia mais

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação.

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. TEMPERATURA Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. É possível associar a existência de uma energia à energia cinética média desses constituintes

Leia mais

Mecanismos para promover a confiabilidade de cerâmicas:

Mecanismos para promover a confiabilidade de cerâmicas: Mecanismos para promover a confiabilidade de cerâmicas: Limitada pela sua fragilidade (tendência a falhar catastroficamente pelo crescimento de uma trinca, que se origina de um pequeno defeito) 1. Aprender

Leia mais

SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica. Extrusão de Materiais Plásticos

SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica. Extrusão de Materiais Plásticos SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica Extrusão de Materiais Plásticos Polímero fundido Polímeros cristalinos: Existe uma alteração descontínua no volume específico à T m. Polímeros amorfos: Sem alteração

Leia mais

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA Introdução à Lubrificação Lubrificação É o fenômeno de redução do atrito entre duas superfícies em movimento relativo por meio

Leia mais

DuPont Zytel. resina de nylon. Guia de Produtos e Propriedades

DuPont Zytel. resina de nylon. Guia de Produtos e Propriedades Guia de Produtos e Propriedades DuPont Zytel resina de nylon O logotipo Oval da DuPont, DuPont, The Miracles of Science*, e Zytel são marcas registradas ou marcas requeridas de E.I. du Pont de Nemours

Leia mais

Engenharia e Ciência dos Materiais II. Prof. Vera Lúcia Arantes

Engenharia e Ciência dos Materiais II. Prof. Vera Lúcia Arantes Engenharia e Ciência dos Materiais II Prof. Vera Lúcia Arantes [Lee, 1994:35] Sinterização: definição e força motriz Sinterização pode ser definida como a remoção dos poros de uma peça cerâmica, previmanete

Leia mais

CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS

CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS Smith cap 10 13. 1 13. 2 MATERIAIS CERÂMICOS São materiais inorgânicos não metálicos. Constituídos por elementos metálicos e nãometálicos, ligados quimicamente entre si. Ligações:

Leia mais

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

Leia mais

Materiais de Engenharia Michel Ashby e David Jones Copyright Elsevier, 2018

Materiais de Engenharia Michel Ashby e David Jones Copyright Elsevier, 2018 Lista de Exercícios Por Prof. Pedro Nascente (Revisor Técnico) 1. Considere um fio de uma liga de níquel com 5 m de comprimento e diâmetro de 0,75 mm. Os valores do módulo de Young e do coeficiente de

Leia mais

METALOGRAFIA QUANTITATIVA

METALOGRAFIA QUANTITATIVA METALOGRAFIA QUANTITATIVA Engenharia e Ciência dos Materiais I Profa. Dra. Lauralice Canale CONTORNOS DE GRÃOS Materiais Poli-cristalinos são formados por mono-cristais com diferentes orientações. A fronteira

Leia mais

Revisão sobre Rochas e Minerais. Sheila R. Santos 1

Revisão sobre Rochas e Minerais. Sheila R. Santos 1 Revisão sobre Rochas e Minerais 1 Definição de rocha: Corpos sólidos naturais que contém um ou mais minerais. Uma determinada rocha é sempre composta de um agregado de minerais com padrão definido, formados

Leia mais

INTRODUÇÃO A REOLOGIA

INTRODUÇÃO A REOLOGIA Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Introdução às Operações Unitárias na Indústria de Alimentos INTRODUÇÃO A REOLOGIA Profa. Marianne Ayumi Shirai Definição de fluido Uma substância

Leia mais

+ MECÂNICA DOS FLUIDOS. n DEFINIÇÃO. n Estudo do escoamento de li quidos e gases (tanques e tubulações) n Pneuma tica e hidraúlica industrial

+ MECÂNICA DOS FLUIDOS. n DEFINIÇÃO. n Estudo do escoamento de li quidos e gases (tanques e tubulações) n Pneuma tica e hidraúlica industrial Mecânica Sólidos INTRODUÇÃO MECÂNICA DOS FLUIDOS FBT0530 - FÍSICA INDUSTRIAL PROFA. JULIANA RACT PROFA. MARINA ISHII 2018 Fluidos O que é um fluido? MECÂNICA DOS FLUIDOS PROPRIEDADE SÓLIDOS LÍQUIDOS GASES

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU TRABALHO DE MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Professor Dr. João Candido Fernandes Tema: Viscosidade e índice

Leia mais

1 Conceito de calorimetria. 2 Introdução. 3 Definição de caloria. 4 Calor específico. 5 Calorímetro (interativo) 6 Tabela de calores específicos

1 Conceito de calorimetria. 2 Introdução. 3 Definição de caloria. 4 Calor específico. 5 Calorímetro (interativo) 6 Tabela de calores específicos 1 Conceito de calorimetria 2 Introdução 3 Definição de caloria 4 Calor específico 5 Calorímetro (interativo) 6 Tabela de calores específicos 7 Capacidade térmica 8 Trocas de calor 9 Calor latente 10 Curva

Leia mais

Física dos Materiais

Física dos Materiais Física dos Materiais 4300502 1º Semestre de 2016 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Luiz C. C. M. Nagamine E-mail: nagamine@if.usp.br Fone: 3091.6877 homepage: http://disciplinas.stoa.usp.br/course/view.php?id=10070

Leia mais

AR-GLAS. Tubos e bastões de vidro especial

AR-GLAS. Tubos e bastões de vidro especial Tubos e bastões de vidro especial A SCHOTT é um principal grupo tecnológico internacional nas áreas das especialidades de vidros e vitrocerâmicos. Com mais de 130 anos de desenvolvimento excecional, conhecimentos

Leia mais

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Em vários casos, no processo de fabricação de peças cerâmicas, as reações entre os diferentes constituintes dos corpos cerâmicos são interrompidas

Leia mais

Equação Geral da Condução

Equação Geral da Condução Equação Geral da Condução Para um sistema unidimensional demonstrouse: q x = k A T x x Para um sistema multidimensional o fluxo de calor é vetorial: q,, =q x,, i q y,, j q z,, k = k T i k T j k T k =k

Leia mais

SEQUÊNCIAS DE PRODUÇÃO

SEQUÊNCIAS DE PRODUÇÃO SEQUÊNCIAS DE PRODUÇÃO EXTRUSÃO PRODUZ PERFIS CONTÍNUOS COM SEÇÃO TRANSVERSAL SIMPLES OU COMPLEXA DESENHO ESQUEMÁTICO DE UMA EXTRUSORA EXEMPLOS DE EXTRUSORAS POLIMÉRICAS EXEMPLOS DE EXTRUSORAS POLIMÉRICAS

Leia mais

Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água

Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água slide 1 Propriedades fundamentais da água A palavra hidráulica vem de duas palavras gregas: hydor (que significa água ) e aulos (que significa tubo ). É importante

Leia mais

Cinemática dos Fluidos

Cinemática dos Fluidos Professor: Andouglas Gonçalves da Silva Júnior Instituto Federal do Rio Grande do Norte Curso: Técnico em Mecânica Disciplina: Mecânica dos Fluidos 27 de Julho de 2016 (Instituto Mecânica dos Fluidos Federal

Leia mais

Construir o elo de ligação entre o estado de tensão e o estado de deformação.

Construir o elo de ligação entre o estado de tensão e o estado de deformação. Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologia Curso de ngenharia Civil Disciplina: Mecânica dos Sólidos 2 Código: CIV3 Professor: duardo Nobre Lages Relações Constitutivas Maceió/AL Objetivo stado

Leia mais

Quarta aula. Segundo semestre de 2015

Quarta aula. Segundo semestre de 2015 Quarta aula Segundo semestre de 2015 Exercícios Ex 2 Se a pressão em A é 36500 Pa, especifique a pressão em B na escala absoluta. Dado: pressão atmosférica igual a 95200 Pa. Exercícios (cont.) Ex 4 Se

Leia mais

Introdução aos Materiais Cerâmicos

Introdução aos Materiais Cerâmicos Introdução aos Materiais Cerâmicos Sumário Introdução Processamento de materiais cerâmicos Propriedades mecânicas Materiais cerâmicos As Cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não-metálicos,

Leia mais

Aula 11: Estruturas de Solidificação

Aula 11: Estruturas de Solidificação Disciplina: Metalurgia Física Parte II: Solidificação Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica 1. Introdução 2. Lingotes e Peças Monocristalinos; 3. Lingotes e Peças Policristalinos: Mecanismos

Leia mais

Transformações no estado sólido COM DIFUSÃO. A.S.D Oliveira

Transformações no estado sólido COM DIFUSÃO. A.S.D Oliveira Transformações no estado sólido COM DIFUSÃO Transformações no estado sólido COM DIFUSÃO Transformações induzidas por uma alteração de temperatura Movimento atômico ativado termicamente Alteração da composição

Leia mais

Propriedades Térmicas. DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid Callister Cap. 19

Propriedades Térmicas. DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid Callister Cap. 19 DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid Callister Cap. 19 Entende-se como propriedade térmica como a resposta de um material à aplicação de calor. À medida que um sólido absorve energia na forma de calor, a sua

Leia mais

Injeção - 1/5. Injeção

Injeção - 1/5. Injeção Injeção Injeção - 1/5 O processo de moldagem por injeção consiste essencialmente na fusão da resina PET, através do amolecimento do PET num cilindro aquecido e sua injeção no interior de um molde, onde

Leia mais

Aula 5 Materiais Cerâmicos Propriedades Mecânicas

Aula 5 Materiais Cerâmicos Propriedades Mecânicas Aula 5 Materiais Cerâmicos Propriedades Mecânicas Materiais Cerâmicos II Engenharia de Materiais e Manufatura EESC/USP São Carlos Prof. Dr. Eduardo Bellini Ferreira O estado vítreo Relaxação estrutural

Leia mais

Cesar Edil da Costa e Eleani Maria da Costa TRATAMENTO TÉRMICO POR SOLUÇÃO PRECIPITAÇÃO

Cesar Edil da Costa e Eleani Maria da Costa TRATAMENTO TÉRMICO POR SOLUÇÃO PRECIPITAÇÃO O tratamento térmico de solubilização consiste em aquecer a liga até uma temperatura dentro do campo monofásico a e aguardar nessa temperatura até que toda a fase que possa ter estado presente seja completamente

Leia mais

CAP 12 MATERIAIS POLIMÉRICOS E COMPÓSITOS

CAP 12 MATERIAIS POLIMÉRICOS E COMPÓSITOS CAP 12 MATERIAIS POLIMÉRICOS E COMPÓSITOS Smith cap 7+ 13 12. 1 POLÍMEROS MATERIAIS POLIMÉRICOS: Elastómeros (borrachas): grandes deformações elásticas Plásticos: Termoplásticos: Necessitam de calor para

Leia mais

SUBSTÂNCIA PURA & MISTURAS

SUBSTÂNCIA PURA & MISTURAS SUBSTÂNCIA PURA & MISTURAS Química Professora: Danielle Átomos & Moléculas H + H H H H + H + O O H H Átomos Moléculas Sistemas Materiais Substância Pura Mistura Simples Composta Homogênea Heterogênea

Leia mais

VIDRO 1. RESUMO O vidro é um material inorgânico, cujo elemento básico é a sílica encontrada em abundância na areia, que se une a óxidos fundentes,

VIDRO 1. RESUMO O vidro é um material inorgânico, cujo elemento básico é a sílica encontrada em abundância na areia, que se une a óxidos fundentes, VIDRO 1. RESUMO O vidro é um material inorgânico, cujo elemento básico é a sílica encontrada em abundância na areia, que se une a óxidos fundentes, estabilizantes e substâncias corantes para formar o silicato.

Leia mais

A8 - Cinética e microestrutura das transformações estruturais

A8 - Cinética e microestrutura das transformações estruturais A8 - Cinética e microestrutura das transformações estruturais Cinética vs. Equilíbrio Diagramas de fase: sistema em equilíbrio termodinâmico, para o qual os sistemas tendem, dado tempo suficiente Os Materiais,

Leia mais

Propriedades dos Materiais ENGENHARIA DOS MATERIAIS PROF. KARLA NUNES 2017

Propriedades dos Materiais ENGENHARIA DOS MATERIAIS PROF. KARLA NUNES 2017 Propriedades dos Materiais ENGENHARIA DOS MATERIAIS PROF. KARLA NUNES 2017 Porque devo conhecer as propriedades dos materiais? O conhecimento das propriedades dos materiais é muito importante na seleção

Leia mais