Imazon - Projeto Conectando as Partes

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1 1 Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia Projeto Conectando as Partes Mercado de Produtos Florestais Não-Madeireiros em Belém Estagiária: Shana Sampaio Sieber Supervisora: Simone Carolina Bauch Belém, abril de 2006

2 2 1. INTRODUÇÃO O Bioma Amazônia refere-se a uma área de 6,4 milhões de quilômetros quadrados estendendo-se por nove países da América do Sul. O Brasil abriga 63,0%, ou 4 milhões de quilômetros quadrados desse total e os 37,0% restantes estão distribuídos entre o Peru (10,0%), Colômbia (7,0%), Bolívia (6,0%), Venezuela (6%), Guiana (3,0%), Suriname (2,0%), Equador (1,5%) e Guiana Francesa (1,5%). A Amazônia Legal possui uma área de aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados incluindo os Estados do Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Mato Grosso, parte do Maranhão e uma pequena porção de Goiás representando 59,0% do Brasil. O desmatamento cobre cerca de 14,0% da cobertura vegetal da Amazônia até 2004, atingindo quilômetros quadrados. Considerando apenas o Bioma Amazônia, o desmatamento atingiu 17,0% em As florestas densas, abertas e estacionais cobrem 64,0% da Amazônia Legal e as formações compostas por cerrados, campos naturais e campinaranas cobrem outros 22,0% (Lentini et al., 2005). O desenvolvimento da Amazônia tem se mostrado até os dias atuais causando ampla degradação e desmatamento florestal e proporcionando economias de crescimento e colapso que resultam em pouca riqueza duradoura. O presente trabalho possui dois objetivos, um geral por se tratar de um projeto grande previsto para 4 anos, e outro específico apresentando um estudo realizado na cidade de Belém. A região metropolitana de Belém é considerada um dos principais centros urbanos da Amazônia Legal e possui cerca de 1,8 milhões de habitantes com problemas como favelas (invasões), saneamento básico precário, transporte público de baixa qualidade, escassez de área de lazer, violência crescente e alta taxa de desemprego segundo Paranaguá et al. (2003). O estudo pode gerar certa melhoria na comercialização dos produtos florestais não madeireiros - PFNMs tanto para as comunidades produtoras como para os comerciantes que residem em Belém.

3 OBJETIVOS GERAIS O Projeto Conectando as partes: Melhorando a situação fundiária, o manejo da floresta e a comercialização de seus produtos na Amazônia brasileira têm como principais objetivos contribuir com a conservação da diversidade biológica amazônica, melhorar o padrão de vida e bem-estar das comunidades que dependem da floresta, promover a legalização fundiária, aumentar a capacidade local na prática e compreensão do manejo florestal sustentável, facilitar as condições de negociação e comercialização dos produtos das comunidades, identificando o que vale a pena ser manejado e comercializado a partir das informações relevantes sobre as espécies prioritárias com valor econômico. O projeto é subdividido em três componentes: 1º a questão fundiária; 2º o manejo florestal e 3º o mercado. Através dos trabalhos realizados no 3º componente foram levantadas espécies de maior importância para algumas comunidades do Estado do Pará. A lista resumida das espécies prioritárias compreende o açaí, a andiroba, a castanha-do-pará, a copaíba, o piquiá e o uxi e as comunidades envolvidas estão localizadas nos municípios de Gurupá, Marabá e Porto de Moz. A formulação de políticas públicas que funcionem com baixo custo e que possam ser replicadas por toda a Amazônia também é uma das metas do projeto, visando aumentar a consciência da população a respeito do uso dos produtos florestais e do impacto do seu consumo no meio ambiente. A insegurança fundiária impede a aprovação de iniciativas de manejo florestal e venda dos produtos num mercado formal e reduz o acesso a créditos. Esses e outros entraves como a questão dos mercados dificultam a realização do manejo florestal sustentável. Sem a legalização fundiária não há estímulo para desenvolver o manejo sustentável e sem informação sobre produtividade e consumo seria impossível desenvolver mercados OBJETIVOS ESPECIFICOS O 3º componente do projeto também está realizando trabalhos diretamente nas localidades envolvidas através de aplicações de questionários de opiniões nas lideranças locais obtendo informações como características pessoais, cargo, conhecimento de produtos florestais não-madeireiros, entraves ao uso da floresta e prioridade de investimento. Através de questionários também são levantadas informações para análise de qualidade de vida das

4 4 comunidades como características pessoais, levantamento de renda direta e indireta, satisfação com a vida e avaliação do projeto. O levantamento de espécies de interesse das comunidades, sua produção e comercialização atual são de extrema importância na seleção das espécies prioritárias para realização do presente estudo de mercado realizado em Belém. As atuações do 3º componente do projeto compreendem também outros centros de demanda como nos municípios de Manaus, Marabá, Macapá e São Paulo realizando estudos de mercado em cada uma dessas cidades. Um dos principais objetivos deste trabalho é a identificação dos nichos local e regional para comercialização de produtos florestais não-madeireiros de interesse através da coleta sistemática de informações, mapeamento dos fluxos de comércio caracterizando a cadeia de comercialização iniciado com dados coletados sobre a origem dos produtos e entrevistas nos portos (entrepostos). A análise de casos bem sucedidos de comercialização por comunidades de outros locais da Amazônia brasileira, identificando comunidades que já comercializam os produtos florestais não-madeireiros, também será realizada através de informações fornecidas pelos comerciantes envolvendo os mercados mais próximos das comunidades de estudo até os principais centros de consumo no sudeste do Brasil, além de visitas a campo para estas comunidades (por exemplo, comunidades na Floresta Nacional do Tapajós em Santarém). A identificação de fatores que determinam a demanda de longo prazo nos principais mercados da região também será realizada, porém necessitando de acompanhamento durante os 4 anos do projeto para observação da variação da demanda. A transparência na comercialização dos produtos vai ser imprescindível para capturar um maior valor de mercado para as comunidades e futura redução da pobreza, melhorando o acesso e aumentando os benefícios provenientes dos ecossistemas florestais. A compreensão de atores que antes não eram notados no manejo florestal sustentável como comerciantes e fornecedores peri-urbanos é de extrema importância, pois muitos produtos são comercializados por meios informais dificultando a compreensão do valor e da importância da floresta Amazônica.

5 5 2. DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) é uma instituição de pesquisa, sem fins lucrativos, cuja missão é promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, disseminação de informações e formação profissional. O Instituto foi fundado em 1990, e sua sede fica em Belém, Pará. Em 15 anos de funcionamento, o Imazon publicou cerca de 200 trabalhos técnicos, dos quais 88 foram veiculados em revistas científicas internacionais ou como capítulos de livros. O Instituto editou 29 livros, 10 livretos, 20 números da Série Amazônie e seis da série o Estado da Amazônia. O Imazon realiza atividades de pesquisa aplicada sobre problemas de uso dos recursos naturais, formação profissional e disseminação ampla dos estudos. As atividades de pesquisa do Imazon incluem diagnósticos das atividades de uso do solo, desenvolvimento de métodos para avaliação e monitoramento das atividades de uso do solo, realização de projetos demonstrativos, análise de políticas públicas de uso da terra e elaboração de cenários e modelos de desenvolvimento sustentável para essas atividades. Um dos objetivos do Imazon é formar pesquisadores com capacidade analítica e experiência de campo, voltados ao entendimento e solução dos problemas ambientais da Amazônia. O trabalho envolve a elaboração de um projeto de pesquisa, coleta e análise dos dados e apresentação dos resultados em artigos científicos e reuniões profissionais. Mais de 120 profissionais receberam treinamento no Imazon nas áreas de ecologia, engenharia florestal, direito ambiental, economia rural e mineral, geoprocessamento, planejamento regional e políticas públicas. A excelência do programa de treinamento do Imazon foi

6 6 reconhecida publicamente em 1997, por meio do prêmio Henry Ford de Conservação Ambiental na categoria de Ciência e Formação de Recursos Humanos. Além da publicação em revistas indexadas, os estudos do Imazon são disseminados por meios mais acessíveis, tais como manual, vídeo, Série Amazônia, livros, artigos e reportagens especiais para jornais e revistas de grande circulação (Gazeta Mercantil, O Liberal, Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo, Veja, Correio Brasiliense, Revista Época etc.). A equipe do Imazon é formada por cerca de 50 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, estagiários, além de pesquisadores associados de instituições nacionais e internacionais que se inserem em diferentes programas de atuações do Instituto, dentre os quais, Monitoramento da Paisagem, Política e Economia Florestal, Cenário de Ocupação, Ecologia e Manejo Florestal, Floresta e Comunidade (no qual o presente trabalho está incluído) e Cidades Sustentáveis.

7 7 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Considerações sobre os produtos de interesse Açaí (Euterpe oleraceae) O açaí é nativo do Pará e ocorre também no Amapá, Amazonas, Maranhão, Guianas e Venezuela. Naturalmente os açaizais densos aparecem em áreas de várzea e igapó, mas crescem melhor em áreas abertas com abundância de sol para o desenvolvimento dos frutos e nos solos bem drenados. O açaizeiro pode alcançar mais de 25 metros de altura com 9 a 16 cm de diâmetro do tronco formando touceiras de vários estipes. A maior abundância de frutos ocorre entre julho e dezembro, na estação seca. O fruto de açaí produz o vinho muito consumido com farinha na Amazônia, polpa congelada, sorvete, chopp, picolé, açaí em pó, geléia, bolo, mingau, corante e bombons. O palmito pode ser consumido fresco ou enlatado e seu estipe (tronco) também pode ser utilizado em construções rurais como ripas e caibros. A palha do açaizal é utilizada em casas, na fabricação de cestos, tapetes, abanadores, peconha, como adubo e ração animal; e o coaratá (que cobre o cacho) também serve como brinquedo e como rede para bebês. O cacho também pode ser usado como adubo, vassoura de quintal, e, queimado, serve como repelente. O caroço serve como adubos e, quando secos pode ser utilizado na fabricação de bijuteria. 1 Extraído do livro SHANLEY, P. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica.

8 8 A raiz é utilizada como chás no combate a verminoses e o sumo do palmito do açaizeiro batido e espremido ajuda a estancar o sangue no caso de acidentes. A polpa de açaí possui um elevado valor calórico que pode chegar até 247 calorias por 100 gramas de polpa. O vinho de açaí é rico em cálcio, ferro, fósforo, lipídios, vitamina B1, vitamina A e vitamina C. A germinação das sementes ocorre em 30 a 40 dias em boas condições de umidade e na terra firme os plantios são realizados através de mudas produzidas em 4 ou 5 meses. Um açaizeiro produz cerca de 4 a 8 cachos por ano. Cada cacho pesa 4 quilos de fruto e uma touceira produz cerca de 120 quilos por safra. Em açaizais manejados com capina e poda, a produção por hectare pode atingir de quilos por ano, na terra firme, e até quilos na várzea. Os estipes de açaí podem ser colhidos várias vezes, porém acaba diminuindo a quantidade de produção de frutos através de colheitas excessivas. O corte de troncos velhos e mais altos para retiradas de frutos e o corte dos palmitos tenros facilita o manejo deixando os troncos médios produtivos e não-produtivos e a palhada para ser utilizada como adubo. A retirada das flores do açaizeiro quando ainda estão novas possibilita a produção de fruto na entressafra mudando a época do pico de frutificação possibilitando a produção o ano inteiro Andiroba (Carapa guianensis) A andirobeira ocorre em toda a bacia Amazônica, América Central e África preferindo as várzeas nas margens dos rios, mas podendo ser encontrada em terra firme. A árvore de andiroba possui médio a grande porte, tronco reto que pode atingir 30 metros de altura e raízes em forma de tábuas chamadas de sapopemas. No leste do Pará a andiroba floresce entre agosto e outubro e frutificam entre janeiro e abril podendo ocorrer variações na produção em diferentes regiões. O óleo extraído das sementes pode ser usado como repelente de insetos, cicatrização e recuperação da pele e, ainda como remédio para baques, inchaços, reumatismo, vermes e para cicatrizar cordão umbilical. A madeira é resistente ao ataque de insetos e turus de ótima qualidade utilizada para cavaco e na construção civil. A casca que pode se desprender facilmente da árvore e possui

9 9 uso medicinal como chás contra febre, vermes, combatendo bactérias e no tratamento de tumores. O pó da casca cura feridas servindo como cicatrizante para afecções da pele. A germinação das sementes de andiroba ocorre nos seis primeiros dias e termina após 2 a 3 meses de semeadura e o crescimento da árvore pode chegar a 1,6 metros por ano. A produção pode ser estimada em aproximadamente 10 anos. A produção de uma árvore varia de 25 a 200 kg de sementes, cada kg contém cerca de 55 sementes e cada fruto produz cerca de 12 a 16 sementes. As indústrias extraem o óleo quebrando as sementes em pedaços pequenos que são aquecidos e prensados com um rendimento que varia de 8 a 12 litros para 40 kg de semente. As comunidades acabam tendo um rendimento menor porque extraem o óleo sem a prensa com uma produção que pode variar de 1 a 6 litros por 40 kg de semente. A andiroba se desenvolve tanto em pleno sol como na sombra, favorecendo o seu plantio em áreas degradadas e sistemas agroflorestais Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa) No Brasil a castanheira só ocorre na Amazônia em áreas altas de terra firme podendo ocorrer também em outros países amazônicos como Bolívia e Peru. No Acre a castanheira aparece somente no leste do estado. No Pará as flores aparecem entre setembro e fevereiro e os frutos amadurecem e caem entre janeiro e abril. A castanha pode ser comida fresca, descascada, em bombons, sorvetes, doces, farinha e leite para temperar comida. Produtos como sabonetes, cremes e xampu são fabricados a partir do óleo da castanha e o ouriço é utilizado como artesanato, brinquedos, carvão, pilãozinho, tigela para coletar seringa e até mesmo como remédio. O chá da casca da castanheira também pode ser usado como remédio para diarréia. A madeira foi muito utilizada para estacas e construção, porém atualmente é ilegal a derrubada de castanheiras silvestres. O chá do ouriço da castanha é um ótimo remédio para hepatite, anemia e problemas intestinais, e pode ser obtido através do ouriço limpo e após 2 a 3 horas de descanso na água obtendo uma cor de sangue. A castanha é rica em proteínas e calorias, possui minerais como fósforo, potássio e vitamina B, além de grandes quantidades de metionina, que é um dos elementos nutritivos mais limitados na dieta amazônica. Estudos recentes mostraram que a castanha-do-brasil

10 10 contém selênio, um mineral que pode prevenir o câncer e combater certos vírus, além de fornecer energia e reduzir a chance de pegar doenças. As pessoas que consomem selênio ficam mais simpáticas e confiantes podendo resolver problemas como ansiedade, cansaço, depressão e perda de memória. As recomendações para o consumo são de 2 castanhas por dia logo depois de descascadas. As sementes possuem certa dormência e uma forma de tratar as sementes é realizar a colheita quando elas estiverem ainda frescas e armazená-las em recipiente com areia úmida, na sombra, em lugar ventilado e drenado. Depois de 5 meses, deve-se retirar a casca das sementes jogando fora as que foram danificadas na ponta, para que dentro de 2 semanas inicie a germinação. A germinação ocorre em 60 a 275 dias e com tratamento pode chegar de 14 a 100 dias. Depois de aproximadamente 9 meses a muda pode estar pronta para o plantio. A árvore cresce 1 cm de diâmetro por ano e atinge a produção em 5 a 12 anos. Uma castanheira produz em média 29 ouriços por ano e uma árvore produz cerca de 470 castanhas. Cada ouriço possui em média 16 castanhas e cada uma pode pesar 7 gramas. O plantio de castanhais deve ser realizado próximo a uma floresta para que a castanheira possa ser polinizada e produzir frutos. O plantio deve ser realizado em dias chuvosos e as mudas devem ter suas folhas da parte de baixo cortadas, deixando apenas as 4 ou 5 folhas mais altas, assim a planta perde menos água quando o sol está muito forte Copaíba (Copaifera sp) As árvores de copaíba podem ser encontradas em todos os trópicos, mas com maior incidência no Brasil, onde 16 espécies têm ampla distribuição. Ocorre na floresta de terra firme, nas margens dos lagos e igarapés e nas matas do cerrado do Brasil central. As árvores podem atingir cerca de 36 metros de altura, 140 cm de diâmetro, ou rodo de até 3 metros. A copaibeira floresce na estação chuvosa entre janeiro e abril e frutifica de maio a setembro. O óleo de copaíba é metabolizado no centro do tronco por canais secretores na medula da árvore e possui função medicinal como antibiótico e antiinflamatório. A extração do óleo é realizada com a utilização de trado que perfura a árvore até o centro do caule (20 a 50 cm de profundidade no tronco, conforme a grossura da árvore). É utilizado como cicatrizante de feridas e úlceras e também contra dermatose, psoríase e infecções na garganta. As pessoas

11 11 devem tomar 2 gotas de óleo de copaíba pingado em uma colher de sopa de mel de abelha 2 vezes ao dia como remédio para dor de garganta. O uso industrial do óleo de copaíba como fixador na fabricação de verniz, perfume, tintas e na revelação de fotografias também é realizado. A sua utilização na produção de sabonetes, cremes, xampus e usos farmacêuticos em linhas de produtos naturais são de extrema importância. A madeira extraída serve para a construção civil e fabricação de tábuas servindo como repelente de insetos, principalmente cupins, e o chá da casca também pode ser utilizado como antiinflamatório como substituto do óleo. A germinação leva 35 dias para completar seu ciclo e a árvore cresce 50 cm por ano podendo iniciar sua produção quando atingir mais de 40 cm de diâmetro. A produção de óleo de copaíba pode variar de acordo com o tipo de solo e ao longo do tempo podendo chegar de 100 mililitros a 60 litros por ano e por árvore, sendo que algumas árvores podem não produzir. A copaíba cresce preferencialmente em meia sombra no estágio das mudas e em seguida no sol para se desenvolver e prefere não ser plantada com outras espécies Piquiá (Caryocar villosum) O piquiá ocorre em toda a Amazônia, com maior concentração na terra firme da região do estuário. A árvore de piquiá pode atingir até 50 metros de altura, tronco de até 2,5 metros de diâmetro ou rodo superior a 5 metros. O piquiazeiro produz flores durante a estação seca entre os meses de agosto até outubro e os frutos estão desenvolvidos no período de fevereiro até abril. A madeira é de alta qualidade, compacta e pesada, muito utilizada nas construções civil e naval e de grande importância para armação do fundo interno das embarcações. É muito usada também na fabricação de canoas, curral e portões; pois é resistente à água e evita rachaduras. O fruto é consumido depois de cozido em água e sal e o óleo pode ser usado em frituras. A casca do fruto é rica em tanino e substitui a noz de galha na preparação de tinta para escrever, para tingir rede de dormir e fio. A casca também pode ser utilizada para fazer sabão.

12 12 O piquiá é uma excelente fonte de calorias e energia, possui proteína, fibra e outros carboidratos e gordura. A germinação pode ocorrer em média entre 2 meses a 1 ano de semeadura e seu crescimento pode chegar a 1 metro a cada ano por 10 anos. A produção acontece depois de 10 a 15 anos. Em média a produção chega a 350 frutos por árvore variando muito de ano pra ano, podendo não haver produção. As mudas de piquiá não crescem bem na sombra, portanto no caso de usar essas árvores para o enriquecimento das florestas, são necessárias grandes clareiras para receber maior quantidade de sol Uxi (Endopleura uchi) O uxi é originário da Amazônia brasileira, ocorre frequentemente no estuário do Pará e regiões como Bragantina, Guamá e Capim, parte ocidental do Marajó e nas regiões dos Furos. É uma espécie tipicamente silvestre da mata alta de terra firme. A árvore pode atingir de 25 a 30 metros de altura, 1 metro de diâmetro ou 3 metros de rodo. O uxizeiro floresce entre outubro e novembro e chega a frutificar entre fevereiro e maio, mas em algumas áreas próximas a Belém como Boa vista, Viseu e Mosqueiro, algumas árvores podem produzir na entressafra, nos meses de julho a agosto. O fruto pode ser consumido in natura e através de produtos como o picolé, sorvete de massa, vinho, suco e óleo. A madeira é extraída para a indústria madeireira e utilizada nas marcenarias. O chá da casca é consumido para combater o colesterol, diabetes, reumatismo e artrite. O óleo é utilizado na alimentação e como remédio no tratamento de sinusite e prisão de ventre. As sementes são utilizadas como artesanato, defumação e amuletos. O caroço possui um pozinho que antigamente era utilizado para cobrir manchas na pele e aliviar coceiras. A fumaça das sementes quebradas e acesas dentro de uma lata pode espantar carapanã e espíritos maus. O uxi é uma excelente fonte de calorias e vitaminas (B, B1, B2 e C), além de apresentar fibras, ferro e minerais como o potássio, cálcio, magnésio, fósforo e sódio. O óleo de uxi é rico em fitoesteróis que em alimentos reduz o nível de colesterol no sangue.

13 13 A germinação ocorre entre 10 a 16 meses de semeadura e o crescimento é lento e pode chegar a 1 metro por ano ao sol. A produção em plantios começa com 7 a 10 anos de desenvolvimento e pode variar muito de ano para ano. Uma árvore de uxi pode produzir em média 1000 frutos por ano. Algumas práticas para aumentar a densidade e melhorar a produção incluem o enriquecimento de plantio, corte de vegetação que compete por luz e nutrientes, fogo para controlar formigas no tronco e galhos, além de limpeza do solo a cada 6 meses para ajudar na coleta dos frutos e adubar os uxizeiros. Quando a árvore fica velha e diminui a produção é retirada para abrir espaço e sol para as outras árvores.

14 14 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Introdução ao Estudo de Mercado e Pesquisa de Marketing Um estudo de mercado visa caracterizar o mercado; identificando a demanda e a oferta de determinado produto, os concorrentes e novas oportunidades de negócio (Varian, 2000). Visa caracterizar a cadeia de comercialização, os produtores, atravessadores, processadores e consumidores. Uma cadeia de produção possui atores econômicos que buscam obter o máximo de lucro em suas atividades para se defender contra as forças de concorrência ou transformá-las em seu favor. Para definir a cadeia de produção deve-se considerar as relações comerciais diretas entre clientes e fornecedores, as relações comerciais indiretas entre o fluxo de compra e venda dos clientes e fornecedores e as relações tecnológicas como elemento de base da construção da cadeia. Após a identificação da cadeia de produção o comerciante pode conseguir vantagens competitivas através de estratégias que devem permitir a influência na dinâmica concorrencial da cadeia (Batalha et al., 2001). Segundo Varian (2000) o mercado é o conjunto de atores envolvidos em diversos processos de troca. A troca é voluntária e, portanto, só ocorre se for beneficial para ambas as partes. Quando se trata do mercado em termos mais amplos, não se considera as transações individualmente, apenas o seu resultado. A pesquisa de marketing é a identificação, coleta, análise e disseminação de informações de forma sistemática e objetiva e seu uso visando a melhorar a tomada de decisões relacionadas à identificação de problemas (e oportunidades) em marketing. A pesquisa identifica informações necessárias para os atores envolvidos nas comercializações,

15 15 concebe o método para a coleta destas informações, gerencia e implementa o processo de coleta de dados, analisa os resultados e comunica as conclusões e suas implicações (Malhotra, 2001). O método de coleta de dados utilizado, o método de survey, apresenta um questionário estruturado de uma amostra da população e é destinado a obter informações específicas dos entrevistados. Baseia-se no interrogatório dos participantes e é direto, ou seja, o objetivo é conhecido pelo respondente. O questionário é estruturado visando certa padronização no processo de coleta de dados, apresentando questões em ordem predeterminada e simples de ser aplicado permitindo a coleta de dados de forma confiável (respostas limitadas). Porém, o método apresenta como desvantagem a hesitação ou incapacidade dos informantes em responder as questões dos pesquisadores. O método de survey pode ser classificado em entrevistas telefônicas, entrevistas pessoais nas residências, entrevistas pessoais nos locais de compras e entrevistas postais (Malhotra, 2001). Para a capacitação da equipe que trabalha no projeto, foi realizado um curso de economia e treinamento em estudo de mercado incluindo dia de campo na Feira do Ver-o- Peso com aplicação de questionários-testes com comerciantes e consumidores para posterior discussão Questionários Os questionários para entrevistas de comerciantes foram aplicados visando à realização do estudo de mercado e caracterização da cadeia de comercialização; identificação dos produtores, atravessadores, processadores e consumidores. Dados como a origem e destino do produto, o preço de compra e venda e a importância do produto também foram coletados. Os questionários para entrevistas de consumidores visam à realização da pesquisa de marketing através da caracterização do consumidor, dos produtos, da quantidade de consumo, do preço que se paga pelo produto e identificação dos produtos que podem ser substitutos e complementares. Os questionários utilizados classificam-se como estruturados apresentando perguntas abertas e fechadas Amostragem

16 16 Uma população é um agregado, ou soma, de todos os elementos que compartilham algum conjunto de características comuns, conformando o universo para o problema de pesquisa de marketing. Uma informação sobre a população pode ser extraída utilizando um censo ou uma amostragem. O censo representa a enumeração completa dos elementos de uma população, onde as características populacionais são obtidas diretamente. A amostra representa um subgrupo de uma população, selecionado para participação no estudo (Malhotra, 2001). A amostragem foi realizada através da definição da população de interesse, ou seja, a população que trabalha com produtos florestais não-madeireiros Definição da população de interesse: levantamento das empresas que trabalham com produtos florestais não-madeireiros O levantamento foi realizado através da consulta à lista telefônica e à outras fontes para identificar empresas do ramo. Foram contatadas por telefone 20 empresas que representam 10% das empresas listadas. A identificação de redes de supermercados e suas lojas (quatro maiores redes), principais sorveterias e ervanários também foi realizada Segmentação do mercado: amostragem aleatória das empresas A amostragem foi realizada através das entrevistas com todas as empresas que tem produtos florestais não-madeireiros de grande importância na renda do comerciante. No total foram entrevistados através dos questionários de comerciantes sete estabelecimentos (centrais de abastecimentos, gerência ou proprietários), dentre eles, quatro supermercados, duas sorveterias e uma indústria de cosméticos, além de quatro ervanários (40,0%) dos 10 identificados. Os questionários para entrevistas de consumidores foram aplicados em 6 lojas de supermercados o que representa 20% das lojas de cada rede de supermercado Aplicação de questionários nas empresas a) Entrevistas com comerciantes Contato com 20 empresas por telefone

17 17 e Ervanários Visitas nas 11 mais importantes: Supermercados, Sorveterias, Indústria b) Entrevistas com consumidores Seleção sistemática dos consumidores 30 questionários por supermercado selecionado Definição da população de interesse: levantamento das feiras que trabalham com produtos florestais não-madeireiros em Belém O levantamento do número das feiras de Belém foi realizado através do auxílio da SECON (Secretaria de Economia de Belém) com o fornecimento do cadastro das feiras e dados de comercialização dos entrepostos, além de visitas nas 44 feiras identificadas e quatro portos de abastecimento para identificação do número de bancas por produto de interesse que são comercializados em cada feira Segmentação do mercado: amostragem das feiras A segmentação do mercado, especificamente das feiras, foi realizada através de técnicas de amostragem estratificadas com a divisão dos estabelecimentos por tamanho de acordo com o levantamento de número de bancas por produto de interesse em cada feira. O total de feiras foi dividido em 4 classes de diversidade de PFNMs ofertados. As feiras que possuíam menos de oito PFNMs de interesse foram descartadas representando a quarta classe de tamanho, na terceira classe foram sorteadas 6 feiras (15,0%), na segunda classe foram sorteadas duas feiras (18,0%) e na primeira classe foram amostradas todas as feiras, pois é a classe onde se insere a feira do Ver-o-Peso, a maior feira que comercializa grande diversidade de produtos florestais não-madeireiros de Belém (Gráfico 1). A quantidade de comerciantes entrevistados de cada feira amostrada foi realizada através de técnicas de amostragem sistemática, 50,0% dos comerciantes foram entrevistados, um sim e um não, passando para o próximo quando o anterior recusa a entrevista. Os questionários de consumidores foram realizados através de amostragem sistemática dos consumidores que estão passando no momento; a cada três consumidores que estão passando, um é entrevistado.

18 18 Gráfico 1. Número de bancas por produto florestal não-madeireiro de interesse de cada feira Feiras em Belém Número de bancas com PFNM de interesse Feira Feiras descartadas Aplicação de questionários nas feiras a) Entrevistas com Comerciantes Seleção sistemática 50 % dos comerciantes Seleção aleatória dos comerciantes dos portos de abastecimento no horário de chegada dos produtos (às 5:00 horas da manhã) b) Entrevista com consumidores: Seleção sistemática dos consumidores 60 de cada feira

19 19 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos são resultados preliminares que ainda estão em processo de análise. Esses resultados serão de grande valia no desenvolvimento do Projeto Conectando as Partes: Melhorando a situação fundiária, o manejo da floresta e a comercialização de seus produtos na Amazônia brasileira. Foram realizados, no total, 715 questionários para entrevistas de consumidores e 185 questionários para entrevistas de comerciantes, e a compilação dos dados obtidos gerou inúmeras tabelas apresentadas a seguir Resultados preliminares do estudo de mercado a partir dos questionários obtidos com comerciantes A tabela 1 mostra a origem dos produtos de interesse comercializados, ressaltando que somente os produtores de açaí vêm até Belém comercializar seus produtos, mas a maioria dos comerciantes entrevistados compra seus produtos de produtores. No caso da castanha, uxi, piquiá, andiroba e copaíba, a maioria dos comerciantes compra seus produtos de atravessadores. Deve-se destacar também a grande importância do atravessador que se mostra consolidado na cadeia de comercialização, porém esta consolidação mostra-se na maioria das vezes de forma prejudicial, como o relato de uma das feirantes da feira do Ver-o-Peso.... tinha que acabar com o atravessador para o produtor poder comercializar com a gente... (Dna Carmelita). Esses resultados irão ajudar a nortear as possíveis soluções dos grandes entraves da comercialização desses produtos nas comunidades.

20 20 Tabela 1. Origem do produto, em %. Origem do produto Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Produtores 2,6 23,3 0,0 0,0 0,0 0,0 Compra de produtores 13,2 46,5 41,0 48,4 45,0 35,7 Compra de atravessadores 47,4 37,2 61,5 61,3 65,0 78,6 Fonte: Dados da pesquisa. Observa-se na tabela 2 que os comerciantes de açaí possuem um maior número de fornecedores. Para os produtos da copaíba, andiroba e açaí os comerciantes possuem interesse em aumentar a quantidade de fornecedores, justamente para aumentar o poder de barganha dos comerciantes e possibilitando a comercialização dos produtos das comunidades envolvidas. Algumas dificuldades na escolha dos fornecedores podem ser demonstradas pelas palavras de uma feirante do Ver-o-Peso do Setor das Ervas Medicinais.... O fornecedor tem que ser uma pessoa de confiança e vender o produto certo, verdadeiro, sem ser misturado... (Beth Cheirosinha). Tabela 2. Número de fornecedores e interesse do comerciante (em %) em aumentar a quantidade de fornecedores. Fornecedores Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP N de fornecedores 4,6 6,0 14,7 38,5 6,3 8,4 4,1 3,2 3,6 3,0 2,5 2,0 Interesse 40,0 53,0 48,7 41,9 55,0 64,3 Fonte: Dados da pesquisa. A tabela 3 apresenta as formas de pagamento realizadas pelos comerciantes indicando que a maioria dos comerciantes de açaí, uxi, andiroba e copaíba pagam seus fornecedores à vista, e os comerciantes de castanha e piquiá, à prazo. Tabela 3. Forma de pagamento ao fornecedor, em %. Forma de pagamento ao fornecedor Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba À vista 42,9 67,4 69,2 41,9 70,0 71,4 À prazo 52,4 11,6 30,8 64,5 25,0 21,4 Consignação 0,0 2,3 0,0 0,0 5,0 7,1 Fonte: Dados da pesquisa. Observa-se na tabela 4 que somente os comerciantes de açaí vendem o seu produto na maioria das vezes para atravessadores. Isso identifica as entrevistas realizadas nos portos de

21 21 abastecimento, onde é comercializado o açaí in natura para os atravessadores que trabalham com máquina que produzem o vinho do açaí, muito consumido com farinha na alimentação das pessoas que vivem em Belém. Para os outros produtos de interesse, a maioria dos comerciantes vende seus produtos para consumidores finais. Tabela 4. Destino do produto, em %. Consumidor Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Consumidor final 95,2 37,2 92,3 96,8 100,0 100,0 Atravessador 28,6 76,7 25,6 22,6 5,0 7,1 Fonte: Dados da pesquisa. A tabela 5 mostra que a maioria dos comerciantes possui os produtos florestais nãomadeireiros como principal fonte de renda destacando a grande importância desses produtos no mercado e comercializam esses produtos a mais de uma década. Os dados de importância na renda foram atribuídos pelos entrevistados (comerciantes) de acordo com uma escala de 0 a 10. Tabela 5. Importância dos produtos na renda e tempo de comercialização dos produtos (em anos). Comerciantes Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP Importância na renda 6,8 2,4 9,3 2,0 6,8 2,6 6,2 3,0 7,2 3,4 7,4 2,3 Anos com o produto 14,7 12,4 18,1 12,8 16,6 13,6 18,4 12,8 17,5 13,8 15,8 12,4 Fonte: Dados da pesquisa. A tabela 6 apresenta a variação do consumo de produtos florestais não-madeireiros em relação ao passado que aumentou na maioria das vezes e em relação ao futuro que tende a aumentar ainda mais. Esse resultado destaca que a comercialização desses produtos é promissora nos principais mercados da região. Alguns relatos a seguir explicam essas variações de consumo ao longo do tempo. As vendas nos próximos anos devem aumentar através de pesquisa, televisão, mídia, conhecimento da população e eficiência do produto... (Beth Cheirosinha comerciante do Setor das Ervas Medicinais da Feira do Ver-o-Peso).

22 22 As vendas nos próximos anos devem diminuir por causa do desmatamento, o pessoal está deixando de plantar... essas frutas demoram muitos anos para dar e a tendência é acabar... (Gerson comerciante da Feira São Brás). Tabela 6. Variação do consumo, em%. Consumo Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Aumentou 85,7 88,4 66,7 51,6 65,0 57,1 Passado Constante 9,5 7,0 25,6 32,3 25,0 42,9 Diminuiu 9,5 4,7 7,7 12,9 10,0 0,0 Aumentou 85,7 88,4 51,3 48,4 70,0 57,1 Futuro Constante 9,5 2,3 25,6 19,4 20,0 28,6 Diminuiu 4,8 9,3 23,1 32,3 10,0 14,3 Fonte: Dados da pesquisa. Observa-se na tabela 7 e nos mapas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 que os municípios de origem de cada produto de interesse na maioria dos casos estão localizados próximos a Belém destacando-se o caso da castanha-do-pará que apresenta como um dos municípios de origem a cidade de Marabá isolada do centro de comercialização. Também é interessante notar que o Ceará aparece como uma importante fonte de castanha, apesar de não ser uma região produtora, mostrando a falta de informação neste mercado. Esse resultado comprova que por se tratar de um produto não-perecível há uma maior possibilidade de negociação da castanha entre comunidades mais distantes. Tabela 7. Municípios de origem dos produtos. Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Origem % Origem % Origem % Origem % Origem % Origem % Marabá 16,4 Barcarena 16,4 Acará 15,0 Acará 13,0 Cametá 23,3 Tucuruí 13,6 Capitão 12,7 Acará 9,0 Boa Vista 13,3 Barcarena 8,7 Acará 10,0 Barcarena 9,1 Poço Bujaru 10,9 Ponta de 9,0 Barcarena 8,3 Cametá 8,7 Barcarena 10,0 Marajó 9,1 Pedra Barcarena 10,9 Abaetetuba 6,0 Moju 6,7 Marajó 6,5 Marajó 10,0 Tomé Açu 9,1 Moju 7,3 Anajás 6,0 Mosqueiro 6,7 Moju 6,5 Abaetetuba 6,7 Ceará 7,3 Muaná 6,0 Ilha de 6,0 Marajo Fonte: Dados da pesquisa.

23 23 Figura 1. Municípios de origem do Açaí. Fonte: Dados da pesquisa. Figura 2. Municípios de origem da castanha-do-pará. Fonte: Dados da pesquisa.

24 24 Figura 3. Municípios de origem da andiroba. Fonte: Dados da pesquisa. Figura 4. Municípios de origem da copaíba. Fonte: Dados da pesquisa.

25 25 Figura 5. Municípios de origem do piquiá Fonte: Dados da pesquisa Figura 6. Municípios de origem do uxi. Fonte: Dados da pesquisa.

26 Resultados preliminares da pesquisa de marketing a partir dos questionários obtidos com consumidores As tabelas 8 e 9 mostram a grande falta de informação e interesse dos consumidores a respeito dos produtos florestais não-madeireiros. O resultado destaca que cinco dos dez produtos mais consumidos não são nativos da floresta demonstrando a falta de consciência sobre o que é uma floresta dos consumidores. O produto mais consumido é o cupuaçu e em segundo lugar está o açaí. Tabela 8. Consumo dos produtos da floresta. Produto % dos consumidores 1 Cupuaçu 47,13 2 Açaí 40,70 3 Banana 37,76 4 Bacuri 22,38 5 Laranja 17,20 6 Manga 16,78 7 Maçã 12,59 8 Pupunha 12,45 9 Abacate 11,75 10 Castanha 9,93 Fonte: Dados da pesquisa Ressalta-se na tabela 9 a falta de interesse dos consumidores com a origem e forma de produção dos produtos florestais e nível de consciência ambiental baixo. Tabela 9. Preocupação com a origem. Preocupação % de respostas Com certeza 4,30 Sim 24,10 Mais ou menos 0,60 Não 70,70 De jeito nenhum 0,30 Fonte: Dados da pesquisa. A tabela 10 mostra que na ausência de determinado PFNM, os consumidores recorrem a outros produtos. No caso específico da andiroba e copaíba verifica-se uma taxa relativamente alta de substituição pelos consumidores.

27 27 Tabela 10. Produtos substitutos Castanha Açaí Uxi Piquiá Andiroba Copaíba Substituto % Substituto % Substituto % Substituto % Substituto % Substituto % Coco 15,0 Banana 20,0 Banana 14,0 Banana 20,0 Copaíba 27,0 Andiroba 35,0 Açaí 11,0 Nenhum 18,0 Açaí 11,0 Nenhum 13,0 Remédio 11,0 Nenhum 18,0 Nenhum 11,0 Cupuaçu 14,0 Cupuaçu 8,0 Pupunha 13,0 Nenhum 22,0 Remédio 18,0 Cupuaçu 9,0 Bacaba 11,0 Manga 7,0 Açaí 7,0 Mel 12,0 Mel 7,0 Banana 7,0 Acerola 6,0 Piquiá 7,0 Bacuri 7,0 Arnica 9,0 Abacate 5,0 Refrigerante 6,0 Nenhum 6,0 Cupuaçu 7,0 Bacuri 5,0 Pupunha 6,0 Uxi 7,0 Castanha 5,0 de Caju Pupunha 5,0 Fonte: Dados da pesquisa.

28 28 6. CONCLUSÃO Os resultados mostraram que há pouca ou nenhuma informação sobre o que é uma floresta e os consumidores não têm preocupação com a origem dos produtos. A falta de percepções ambientais das pessoas (consumidores) pode ser explicada pelo fato de possuírem outras prioridades, as pessoas vivem numa condição precária nas cidades e isso dificulta a consciência na conservação florestal. E isso vai gerar também dificuldades para a implementação de estratégias de conscientização desta população. Talvez a elaboração de trabalhos de educação ambiental alternativos com a população urbana possa ser realizada para que passem a incorporar no dia-a-dia a preocupação com o meio ambiente. A pesquisa mostrou a grande diversidade de produtos florestais não-madeireiros consumidos pela população da cidade de Belém, de modo que, estratégias de conservação da floresta e práticas de manejo dos recursos naturais são importantes, além da preservação ambiental, para a perpetuação das tradições culinárias, religiosas e fitoterápicas desta mesma população. O fato dos municípios que produzem os diferentes produtos consumidos estarem próximos à cidade de Belém, pode ser um fator que facilite uma atuação, governamental e não-governamental, no sentido de equacionar os problemas apontados por esta pesquisa, tais como, a falta de produtos na entressafra, melhorar a qualidade, armazenamento e acondicionamento dos produtos, promover melhor organização dos produtores e comerciantes, aumentar o nível de consciência dos consumidores no que diz respeito ao uso e conservação dos produtos da floresta, incentivar uma articulação entre os diferentes atores econômicos, melhorar a circulação e acesso à informação para todos os atores sociais, etc. Através da melhoria da comercialização dos produtos nas comunidades e conseqüente melhoria da qualidade de vida e aumento da renda pode-se incentivar a conscientização das pessoas pela Floresta Amazônica. E isso pode ser conquistado através da articulação entre os comerciantes e agricultores de modo que todos possam se beneficiar com a comercialização dos produtos, e facilitado em virtude da proximidade da maioria dos agricultores do município de Belém. Os produtores das comunidades precisam de informação sobre o mercado, incluindo determinantes de demanda, sensibilidade do preço e da renda e custos de transação do atendimento dessa demanda.

29 29 Foi observada grande apreensão dos feirantes com a chegada de grandes empresas do setor de cosméticos que estão comprando grande quantidade de produtos nas comunidades e preocupando tanto comerciantes quanto consumidores desses produtos em Belém. Eles acreditam que pode haver falta de fornecimento de produtos em virtude das ações dessas empresas. Além da diminuição da demanda, explicada pela preferência dos consumidores em comprar diretamente nesses estabelecimentos, principalmente quando se trata de turistas que acabam utilizando feiras como o Ver-o-Peso somente como ponto turístico. (Em anexo segue uma reportagem do Jornal O Liberal sobre o assunto). Destaca-se a importância do projeto na organização da negociação entre todos os agentes econômicos para não ocorrer esses problemas. Além disso, o projeto também capacita os agricultores no manejo florestal sustentável o que pode possibilitar um aumento da oferta de PFNMs de modo que possa trazer aumento da renda e do trabalho para as comunidades e ao mesmo tempo atender o aumento da demanda.

30 30 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LENTINI, M.; PEREIRA, D.; CELENTANO, D.; PEREIRA, R Fatos Florestais da Amazônia. Belém: Imazon, p. SHANLEY, P., Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Editores: Patrícia Shanley e Gabriel Medina. Belém: CIFOR, Imazon, p. PARANAGUÁ, P.; MELO, P.; SOTTA, E. D.; VERÍSSIMO, A. Belém Sustentável. Belém: Imazon, p. MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, p. VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus, p. BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão Agroindustrial. GEPAI: Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. São Paulo: Atlas, p.

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