ASPECTOS CIVIS DO TERCEIRO SETOR (30/06/2008) Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB CAMPINAS
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- Ruth Corte-Real Paixão
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1 ASPECTOS CIVIS DO TERCEIRO SETOR (30/06/2008) Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB CAMPINAS Rodrigo Mendes Pereira
2 Rodrigo Mendes Pereira Casado, pai e MUITO FELIZ. OAB SP EXPOSITORES (1) Empreendedor Social, professor, articulista e assessor / consultor jurídico e técnico em projetos sociais. Graduado em Direito pela USP. Pós-graduado pela FIA/FEA/USP (MBA - Gestão e Empreendedorismo Social). Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/SP, com o seguinte projeto de dissertação: ONGs e o Bom Samaritano: Investigando a Afinidade entre Terceiro Setor e Religião. Cursos de extensão nas áreas de Direito e de Administração do 3º Setor e de Captação de Recursos pela EAESP/FGV. Membro Fundador e Vice-Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/SP. Professor e coordenador de cursos focados no Terceiro Setor da Escola Superior de Advocacia ESA - da OAB/SP.
3 PROPOSTA Aspectos Civis do Terceiro Setor OAB SP O que é o Terceiro Setor? Quais as Organizações que o Integral? Associações e Fundação: Instituição e Constituição; Estatuto Social (Código Civil e LRP / UPF / CNAS-CEAS / OSCIP / Normas Tributárias e Contábeis / Prestação de Contas)
4 CONCEITOS (1) Observações Iniciais: Terceiro Setor: Campo e Conceito Recentes. Processo de conhecimento das característica, dos elementos, da própria essência e lógica. Não existe unanimidade sobre conceito e abrangências. Conceitos variam conforme a ênfase dada a um dos elementos ou características: diferenciação dos outros setores, abrangência, finalidade ou natureza jurídica.
5 Maria da Glória Marcondes Gohn - UNICAMP: OAB SP CONCEITOS (2) o terceiro setor é um tipo de Frankenstein : grande, heterogêneo, construído de pedaços, desajeitado, com múltiplas facetas. É contraditório, pois inclui tanto entidades progressistas como conservadoras. Abrange programas e projetos sociais que objetivam tanto a emancipação dos setores populares e a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, com justiça social, como programas meramente assistenciais, compensatórios, estruturados segundo ações estratégico-racionais, pautadas pela lógica de mercado. Um ponto em comum: todos falam em nome da cidadania.(...) O novo associativismo do terceiro setor tem estabelecido relações contraditórias com o antigo associativismo advindo dos movimentos sociais populares (na maioria urbanos) dos anos 70 e 80.
6 Rosa Maria Fischer - CEATS: OAB SP CONCEITOS (3) Terceiro Setor é a denominação adotada para o espaço composto por organizações privadas, sem fins lucrativos, cuja atuação é dirigida a finalidades coletivas ou públicas. Sua presença no cenário brasileiro é ampla e diversificada, constituída por organizações nãogovernamentais, fundações de direito privado, entidades de assistência social e de benemerência, entidades religiosas, associações culturais, educacionais, as quais desempenham papéis que não diferem significativamente do padrão conhecido de atuação de organizações análogas em países desenvolvidos. Essas organizações variam em tamanho, grau de formalização, volume de recursos, objetivo institucional e forma de atuação. Tal diversidade é resultante da riqueza e pluralidade da sociedade brasileira e dos diferentes marcos históricos que definiram os arranjos institucionais nas relações entre o Estado e o Mercado.
7 CONCEITOS (4) Conceito (Rodrigo Mendes Pereira): Terceiro Setor é o espaço ocupado pelas organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos ou econômicos, de interesse social, e que não possuem finalidade, natureza ou legislação específicas; assim como pelos projetos, ações e atividades de interesse social desenvolvidos por indivíduos, empresas e governo, normalmente por meio de grupos, movimentos ou alianças (parcerias) intersetoriais, com o objetivo de fomentar, apoiar ou complementar a atuação das organizações formalmente constituídas e acima caracterizadas. Comentários: Não integram: Sociedades Cooperativas; Partidos Políticos; Sindicatos; Serviços Sociais Autônomos e Organizações Religiosas. Integram: Associações e Fundações.
8 PARÊNTESE (1) : RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL Instituto ETHOS: A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários. Ética é a base da Responsabilidade Social e se expressa através dos princípios e valores adotados pela organização. Não há Responsabilidade Social sem ética nos negócios. Comentários: Evolução do Modelo Neoclássico da Teoria da Firma (maximização dos lucros e a obedecer às leis) para a Ética nos Negócios e a Stakeholder Theory. (Stakeholders são grupos que podem afetar ou ser afetados pelas atividades de uma organização, de maneira positiva ou negativa)
9 PARÊNTESE (2) : INSTERSECÇÃO ENTRE A RSE E O ISP Intersecção entre a RSE e o ISP, que se refere ao fato de que o investimento social está incluído na agenda da responsabilidade social empresarial, ou seja, o investimento social diz respeito à relação da organização empresarial com o stakeholder comunidade, envolvendo o repasse de recursos privados para fins públicos, tendo como beneficiário principal a comunidade em suas diversas formas (conselhos comunitários, organizações não governamentais, associações comunitárias etc). * Já com relação às práticas envolvendo os outros stakeholders (os acionistas, os funcionários, os prestadores de serviços, os fornecedores, os consumidores, o meio ambiente, o governo), a organização empresarial utiliza recursos privados para fins privados, sendo ela a beneficiária principal, uma vez que as práticas de responsabilidade social objetivam contribuir para que as empresas alcancem excelência e sustentabilidade em seus negócios através da ética no mercado.
10 PARÊNTESE (3) : INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO GIFE: investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. Incluem-se neste universo as ações sociais protagonizadas por empresas, fundações e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias ou indivíduos. Comentários: * Da Filantropia Tradicional (centrada no doador / paternalista / reagir ao presente) para o ISP (centrado no receptor / desenvolvimento social / projetar o futuro) * Assistência Social difere de Assistencialismo. *Ações de Marketing não são ISP.
11 CONCEITOS (5) Lester Salamon Instituto de Políticas Públicas da Johns Hopkins Univesity: Embora a terminologia utilizada e os propósitos específicos a serem perseguidos variem de lugar para lugar, a realidade social subjacente é bem similar: uma virtual revolução associativa está em curso no mundo, a qual faz emergir um expressivo terceiro setor global, que é composto de: (a) organizações estruturadas; (b) localizadas fora do aparato formal do Estado; (c) que não são destinadas a distribuir lucros auferidos com suas atividades entre os seus diretores ou entre um conjunto de acionistas; (d) autogovernadas; (e) envolvendo indivíduos num significativo esforço voluntário.
12 Manual sobre Instituições Sem Fins Lucrativos do Sistema de Contas Nacionais da ONU FASFIL e JRU - MAPA Cinco Critérios: (a) Privadas/ não integram o Estado; (b) Sem Fins Lucrativos / não distribuem excedentes; (c) Institucionalizadas / legalmente constituídas; (d) Auto- Administradas / capazes de gerar suas próprias atividades; e (e) Voluntárias / constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas / esforço voluntário (bens e serviços) Comentários: Metodologia: Projeto Comparativo Internacional 22 países John Hopkins University-JRU (Lester Salamon) e ISER (Leilah Landin) FASFIL: Associações / Fundações / Organizações Religiosas. Exclusões FASFIL: Sindicatos / Partidos Políticos / Entidades do Sistema S / Cooperativas (sociedade cooperativa). Divergência JRU-Mapa/FASFIL: Exemplo - Sindicatos.
13 Noções Preliminares PESSOAS JURÍDICAS Vida cada vez mais complexa. Homem (pessoa física titular de direitos e obrigações) sem força para fazer tudo sozinho. Conjugação de esforços (serviços e bens). União de pessoas e de patrimônios (pessoa jurídica de direito privado titular de direitos e obrigações) para alcançar uma finalidade comum. Sociedade e Associação Destaque ao aspecto PESSOAL. Patrimônio destacado para um fim determinado (pessoa jurídica de direito privado titular de direitos e obrigações). Fundação - Destaque ao aspecto PATRIMONIAL. Início da existência legal das pessoas jurídicas de direito privado: registro de seus atos constitutivos (art. 45 do CC). Constituição Federal e Leis (pessoa jurídica de direito público titular de direitos e obrigações).
14 PESSOAS JURÍDICAS SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL (2) Pessoas Jurídicas de Direito Privado (art. 44 do C.C.): Associações. Sociedades (Com fins lucrativos Simples e Empresariais, inclusive as sociedades cooperativas. E as cooperativas sociais?). Fundações. Organizações Religiosas ). (incluída pela Lei , de Partidos Políticos (incluído pela Lei , de ).
15 PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO SEM FINS ECONÔMICOS (SEM FINS LUCRATIVOS) SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL a) Associações (arts. 44 e 53): União de pessoas que se organizam para fins não econômicos; (b) Fundações (arts. 44 e 62): Dotação especial de bens livres destinado ao fim especificado pelo instituidor, que poderá, inclusive, declarar a maneira que a fundação será administrada. A fundação apenas poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência; (c) Organizações Religiosas (art. 44, 1º): Liberdade de criação, organização, estruturação interna e o funcionamento, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento; (d) Partidos Políticos (art. 44, 3º): São organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
16 IDENTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS PELA CF Observações: - Liberdade de associação para fins lícitos (art. 5º, XVII); - Liberdade de associação sindical e profissional (art. 8º, caput); - Liberdade de crença e de exercício de cultos religiosos (art. 5º, VI). Entidades sem fins lucrativos: - Associações (art. 5º, XVIII e XIX) - Fundações Privadas (art. 150, VI, c ) - Sindicatos (art. 8º, incisos I à VIII, e art. 150, VI, c ) - Partidos Políticos (art. 17 e art. 150, VI, c ) - Cultos Religiosos e Igrejas (art. 19, I, e art. 150, VI, b ) - Serviço Social Autônomo (art. 240, e art. 62 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias)
17 O que é ONG? OAB SP TERCEIRO SETOR SOB O PRISMA JURÍDICO (1) Conceito não jurídico. Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (associação e fundação) que têm como finalidade a defesa de direitos sociais, difusos e emergentes. (cidadania/conquista e expansão dos direitos sociais e da democracia). Instituição, Instituto ou Entidade também não têm um significado jurídico-fiscal. Quais são as pessoas jurídicas que integram as instituições sem fins lucrativos (art. 150, VI, c, da CF imunidade de impostos)? Segundo José Eduardo Sabo Paes:... qualquer entidade permitida em lei: associações, fundações e serviço social autônomo.
18 TERCEIRO SETOR SOB O PRISMA JURÍDICO (2) Terceiro Setor X Finalidade Publica (Alexandre Ciconello ABONG): * As entidades do terceiro setor não necessariamente objetivam finalidade pública. * A idéia de finalidade pública não está vinculada ao formato jurídico de uma associação ou fundação. * É uma distorção relacionar o conceito de Terceiro Setor a entidades privadas sem fins lucrativos com finalidade pública, uma vez que isto induz a uma interpretação equivocada de que entidades que compõem o Terceiro Setor têm uma natural vocação pública.
19 TERCEIRO SETOR SOB O PRISMA JURÍDICO (3) Categorias pelas finalidades sociais conveniente à sociedade (gênero) : (a) Interesse ou caráter público: benefício de toda a sociedade ou de segmentos do conjunto da sociedade (entidades assistenciais, beneficentes, filantrópicas, de defesa de direitos, de origem empresarial - braço social ) e (b) Ajuda Mútua (Auto-Ajuda): defender interesses coletivos, mas num círculo restrito, específico, de pessoas, ou seja, o benefício mútuo ou interno de um determinado grupo (associações de classe, associações de moradores, associações comerciais, clubes sociais, recreativos e esportivos). Títulos, Registros e Certificados concedidos às entidades de interesse público (benefícios e incentivos fiscais e acesso aos recursos públicos): UPF (Estadual e Municipal), CNAS (Conselho Estadual e Municipal), CEAS, OSCIP, OS, Outros Conselhos (Criança e Adolescente, Idoso). Ministério Público: interesse social (fiscalização) = interesse público. Auto- Ajuda não caracteriza interesse social. Sociedade (=Associação) e Fundações são destinadas a fins de interesse coletivo (art. 11 da LICC). Vedado fins particulares.
20 TERCEIRO SETOR SOB O PRISMA JURÍDICO (4) Organização Religiosa (universo de pessoas congregadas segundo um doutrina de fé). Segundo a ANAMEC Associação Nacional de Mantenedoras de Escolas Católicas do Brasil, de autoria de seu Consultor Jurídico Eduardo de Rezende Bastos Pereira): O Código Civil, na parte que trata das pessoas jurídicas de direito privado, não interferiu no funcionamento das organizações religiosas (Paróquias, Dioceses, Arquidioceses, Institutos de Vida Consagrada etc). Professor Roberto Dornas, presidente da CONFENEN Confederação Nacional do Estabelecimentos Particulares de Ensino, comenta em boletim daquela entidade que:... Parece-nos surgir um problema quanto ao entendimento do que seja organização. A nosso ver, não se confunde com associação e sociedade. Entendemos que organização religiosa é estritamente igreja ou entidade destinada exclusivamente à profecia vocacional, a tratar e cuidar apenas de religião, crença e fé. (CONTINUA...)
21 TERCEIRO SETOR SOB O PRISMA JURÍDICO (5) Organização Religiosa (Continuação...)...As associações mantidas por entidades religiosas ou formadas por religiosos com outros objetivos como escolas, hospitais, instituições de assistência social não são organizações religiosas para os fins previstos na lei /2003. Em conseqüências, têm que adaptar seus estatutos ao novo Código Civil É este também o meu entendimento. (Circular nº 01/2004 da ANAMEC). Comentários VOCAÇÃO MISTA (Religiosa e Assistêncial): ASSOCIAÇÃO (Ex. Congregação e Institutos e Vida Consagrada)
22 276 mil entidades. 1,5 milhão de pessoas remuneradas. OAB SP TERCEIRO SETOR NO BRASIL 2002 FASFIL Expressivo crescimento: 62% das instituições foram criadas a partir de Sugestão: Leia a Pesquisa.
23 Direitos Individuais e Coletivos : OAB SP CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (CIDADÃ) Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes... Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
24 COMPARAÇÃO: ASSOCIAÇAO X FUNDAÇÃO (1) 1) Natureza: Associação: Reunião de Pessoas para fins não econômicos (Não requer patrimônio prévio). Fundação: Dotação especial de bens livres destinado ao fim especificado pelo instituidor, que poderá, inclusive, declarar a maneira que a fundação será administrada. Pela lei a fundação apenas poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência aspecto já superado por interpretação extensiva (incluindo outros fins) pelo Ministério Público (Patrimônio é essencial para a constituição. Deve ser compatível com as finalidades pretendidas pelo instituidor. Exame pelo MP). 2) Origem ou forma de criação: Associação: Assembléia de Constituição, com a aprovação do Estatuto Social e Eleição dos Administradores. Fundação: Manifestação de vontade do instituidor (escritura pública ou testamento), designando os bens (patrimônio) e quem irá organizá-la.
25 COMPARAÇÃO: ASSOCIAÇAO X FUNDAÇÃO (2) 3) Aquisição da Personalidade Jurídica: Associação: Registro do Estatuto Social e respectiva Ata de Constituição, Aprovação do Estatuto e Eleição dos Administradores em Cartório. Fundação: Escritura ou Testamento; Elaboração do Estatuto Social que deverá ser aprovado pelo MP; e Registro do Estatuto Social em Cartório. 4) Finalidade: Associação: Passível de alteração por deliberação dos associados. Fundação: Permanente. Comentários: * Estatuto Social: Normas obrigatórias (Código Civil e Lei dos Registros Públicos), além de cláusulas obrigatórias, no caso da entidade pretender Títulos, Registros e Qualificações. * Estatuto Social adequado a realidade da entidade. Deve-se cumprir o que consta no Estatuto.
26 COMPARAÇÃO: ASSOCIAÇAO X FUNDAÇÃO (3) 5) Modo de Administração: Associação: Órgãos típicos: Assembléia Geral Deliberativo; Diretoria Deliberativo ou Executório; e Conselho Fiscal. Fiscalizatório. Fundação: Órgãos típicos: Conselho Curador Delibera e traça as diretrizes; Conselho Administrativo ou Diretoria Executa; e Conselho Fiscal Fiscaliza. 6) Controle do MP: Associação: Controle Genérico: Denúncias e indícios de irregularidades. Fundação: Controle Específico: Instituição e suficiência da dotação de bens inicial; adequação das atividades aos fins; legalidade e pertinência dos atos dos administradores; aplicação dos recursos financeiros.
27 COMPARAÇÃO: ASSOCIAÇAO X FUNDAÇÃO (4) 7) Prestação de Contas: Associação: Obrigatória apenas (?) no caso de possuir títulos, registros e qualificações públicos (Relatório de Atividades e Demonstrativos Contábeis e Financeiros - Anuais). Fundação: Obrigatória ao MP (Relatório de Atividades e Demonstrativos Contábeis e Financeiros Anuais SICAP / Sistema de Cadastro e Prestação de Contas) OBS: (a) Código Civil determina que o estatuto das associação conterá a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas; (b) Normas Contábeis que tratam das Entidades Sem Finalidade de Lucro (NTC T 10.19) determinam a obrigatoriedade da elaboração e divulgação das demonstração contábeis; (c) Normas Tributárias que tratam da imunidade e isenção de tributos (especialmente o art. 14 do Código Tributário Nacional) exigem a escrituração das receitas e despesas.
28 COMPARAÇÃO: ASSOCIAÇAO X FUNDAÇÃO (5) 8) Vantagens e Desvantagens: Associação: Flexibilidade, autonomia e não exigência de patrimônio prévio. Alteração estatutária pode causar problemas, especialmente no tocante a destinação dos bens. Fundação: Maior segurança. Perenidade dos fins desejados pelo instituidor. Credibilidade pelo controle externo do MP.
29 REGISTROS 1) Na Secretaria da Receita Federal, para obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica); 2) Na Prefeitura, para inscrição no CCM (Cadastro de Contribuintes Municipal) e para regularização do espaço físico que será utilizado como sede social da entidade (Alvará de Funcionamento); 3) no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); 4) na Caixa Econômica Federal, em razão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço); e 5) Órgãos tributantes - levando em conta as atividades desenvolvidas e as obrigações acessórias (ISS e ICMS).
30 NOÇÕES PRELIMINARES (1) * Fundamentação Legal (Código Civil - CC Lei /02 e Lei de Registros Públicos - LRP Lei 6.015/73). Normas Gerais: arts. 44 a 52 do CC. Associações: arts. 53 a 61 do CC. Fundações: arts. 62 e 69 CC. Adaptação ao CC: arts , e Publicação em 11/01/02. Vigência em 11/01/03. Adaptação (1 ano da vigência): até 11/01/04. Lei /04 (2 anos da vigência): até 11/01/05. Lei /05: Até 11 de janeiro de 2007.
31 NOÇÕES PRELIMINARES (2) * Importância do Estatuto Social e Cautelas para a sua Redação: É a Constituição (lei magna) da entidade: regula ou determina como devem ser regulados todos os aspectos da entidade. Deve prever normas obrigatórias (CC e LRP), além de cláusulas obrigatórias para a obtenção de títulos, registros e qualificações e para fruição da imunidade (CTN). Deve estar adequado à realidade da entidade: deve-se cumprir o que está escrito no Estatuto. Deve conduzir para uma gestão eficiente e transparente. * Antes de elaborar ou alterar o Estatuto: PLANEJAR
32 Estatuto Social (Código Civil e LRP) (1) 1) Denominação, o fundo social (quando houver), os fins e a sede da associação ou fundação, bem como seu tempo de duração. Comentários: Explicitar a natureza jurídica (associação ou fundação). Finalidade vista a luz dos registros, titulações e qualificações pretendidos. Explicitar as atividades (inclusive as atividades-meio) para desenvolver as finalidades e a forma da constituição de unidades ou filiais. Explicitação sobre questões envolvendo gratuidade (concessão ou não, critérios etc). Possibilidade do associado ser titular de quota o fração ideal do patrimônio da associação. Sede repercute na autorização de funcionamento (alvará) e a finalidade repercute na inscrição nos órgãos competentes (saúde, educação).
33 Estatuto Social (Código Civil e LRP) (2) 2) Modo pelo qual se administra e representa a entidade, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente. 3) Modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos. 4) Forma de gestão administrativa e aprovação das respectivas contas. Comentários: Responsabilidade dos Administradores violação da lei ou do estatuto). (excessos, abusos,
34 Comentários OAB SP Estatuto Social (Código Civil e LRP) (3) Órgãos típicos: (a) Associação: Assembléia Geral Deliberativo; Diretoria Deliberativo e/ou Executório; Conselho Fiscal. Fiscalizatório; (b) Fundação: Conselho Curador Delibera e traça as diretrizes; Conselho Administrativo ou Diretoria Executa; Conselho Fiscal Fiscaliza. Assembléia: destituição dos administradores e alterar o estatuto. Conselho Fiscal: obrigatório para as OSCIPs
35 Comentários OAB SP Estatuto Social (Código Civil e LRP) (4) Órgãos: Competência. Maneira como atuam (forma colegiada e/ou com atribuições individuais de seus membros). Critérios para a eleição dos administradores. Direito de 1/5 dos associados convocar da reunião do órgãos deliberativos. Posse dos membros dos órgãos no dia 1º de janeiro. Remuneração de dirigente? Aprovação anual das Contas e dos Relatórios de Atividades. Que órgão deve aprovar?
36 Estatuto Social (Código Civil e LRP) (5). 5) Se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações da entidade. 6) Requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados. 7) Os direitos e deveres dos associados. Comentários: Exclusão: justa causa, ampla defesa e recurso Critério para a admissão Categorias: Direito a voto a todos os associados? (não). Opção: categoria que não integra o quadro social. Qualidade intransmissível e Restituição das contribuições.
37 Estatuto Social (Código Civil e LRP) (6) 8) Fontes de recurso para a manutenção. Comentários: Fontes X Patrimônio Explicitar as atividades-meio. Questões sobre a aplicação dos recursos.
38 Estatuto Social (Código Civil e LRP) (7) 9) Condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução ou extinção e, se isto ocorrer, destino de seu patrimônio. Comentários: Quota e Fração Restituição das contribuições Destino do patrimônio levando em conta a titulação, registro ou qualificação. 10) Os nomes dos fundadores ou instituidores e dos membros da diretoria, provisório ou definitiva, com indicação da nacionalidade, estado civil e profissão de cada um, bem como o nome e residência do apresentante dos exemplares (requisitos para o registro).
39 Títulos, Registros e Qualificações (1) (a) Diferenciar as entidades que os possuem, inserindo-as num regime jurídico específico; (b) Demonstrar à sociedade que a entidade possui credibilidade; (c) Facilitar a captação de investimentos privados e a obtenção de financiamentos; (d) Facilitar o acesso a benefícios fiscais; (e) Possibilitar o acesso a recursos públicos, assim com a celebração de convênios e parcerias como o Poder Público; (f) Possibilitar a utilização de incentivos fiscais pelos doadores. OBS: Os títulos, registros e qualificações podem ser obtidos na esfera federal, estadual e municipal.
40 1) UPF: OAB SP Títulos, Registros e Qualificações (2) (a) Oferecer dedução fiscal (IR pessoas Jurídicas); (b) Receber subvenções, auxílios e doações; (c) Realizar sorteios, desde que autorizado pelo Ministério da Justiça; (d) Pré-requisito para obter o CEAS; (e) Pré-requisito para requerer isenção da cota patronal devida ao INSS, caso se cumpra cumulativamente outros requisitos previstos na legislação específica.
41 Títulos, Registros e Qualificações (3) 2) Registro no CNAS: (a) Possibilidade de acesso a recursos públicos por meio de subvenções ou convênios com o CNAS e fundos; (b) Possibilitar a obtenção do CEAS (cumulativo). 3) CEAS: A Pré-requisito para requerer isenção da cota patronal devida ao INSS, caso se cumpra cumulativamente outros requisitos previstos na legislação
42 4) OSCIPS: OAB SP Títulos, Registros e Qualificações (4) (a) Possibilidade de remuneração de dirigentes sem a perda de benefício fiscal; (b) Oferecer dedução fiscal- IR pessoa jurídicas (Necessidade da Renovação facultativa?); (c) Celebrar Termos de Parceira com o Poder Público. 5) OS: (a) Habilitar a entidade a celebrar contrato de gestão com a Administração Pública; (b) Facilitar a administração de recursos materiais, financeiros e humanos do Poder Público sem as amarras e burocracia das normas a ele inerentes, o que, para alguns juristas, é inconstitucional (ADINs STF - nº e )
43 Estatuto Social (Utilidade Pública Federal) (1) OBS: REQUISITOS E DOCUMENTOS SITE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ( - Cidadania Utilidade Pública Federal * Estar em efetivo funcionamento há pelo menos três anos (requisito) * Possuir personalidade jurídica e ser entidade sem fins lucrativos (natureza); * Servir desinteressadamente a coletividade e comprovadamente promover a educação ou exercer atividades de pesquisas científicas, de cultura, inclusive artísticas, ou filantrópicas, estas de caráter geral ou indiscriminado, predominantemente (finalidade ou objetivos sociais);
44 Estatuto Social (Utilidade Pública Federal) (2) * Não remunerar, por qualquer forma, os cargos de sua diretoria, conselhos fiscal, deliberativos ou consultivos (cláusula estatutária obrigatória redação literal); e * não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto (cláusula estatutária obrigatória redação literal). * Relatórios Circunstanciados dos serviços desenvolvidos nos três anos anteriores a formulação do pedido, acompanhado dos demonstrativos contábeis daqueles exercícios (aprovação das contas e relatório de atividadesdocumentação necessária) CNEs/MJ (requisito)
45 Utilidade Pública Federal (Orientações MJ - Documentos) (1) (...) 7) Relatórios quantitativos em termos percentuais com gratuidade e qualitativos das assistências realizadas nas atividades desenvolvidas pela entidade nos três últimos anos, separadamente, ano por ano. Se mantenedora, deverá apresentar conjuntamente os relatórios das mantidas (RELATÓRIO DE ATIVIDADES modelo CNEs/MJ); (...) 10) Quadro demonstrativo detalhado das receitas e despesas dos 3 (três) últimos anos, separadamente, assinado por profissional habilitado, com carimbo e nº do CRC. Se a entidade for mantenedora, deverá apresentar conjuntamente os demonstrativos das suas mantidas (DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS que devem acompanhar o Relatório de Atividades);
46 Utilidade Pública Federal (Orientações MJ - Documentos) (2) 11) Declaração da requerente de que se obriga a publicar, anualmente, o demonstrativo de receitas e despesas realizadas no período anterior, quando subvencionada pela União. OBS1. Fundações Privadas: Escritura Pública de Instituição; Aprovação do Estatuto pelo Ministério Público (MP); Aprovação dos 3 últimos Demonstrativos Financeiro pelo MP. OBS2. Se as cláusulas obrigatórias (não remuneração e não distribuição de lucros) não constarem no Estatuto há no mínimo 3 anos: Declaração e RAIS 3 anos.
47 Estatuto Social (Registro no CNAS) (1) OBS: REQUISITOS E DOCUMENTOS SITE MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME ( - Ministério de A a Z Conselhos CNAS - Instruções para requerer o Registro * Ser uma entidade sem fins lucrativos que desenvolva uma das seguintes finalidades ou objetivos sociais: I - a proteção à família, à infância, à maternidade, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - ações de prevenção, habilitação, reabilitação e integração à vida comunitária de pessoas portadoras de deficiência; IV - a integração ao mercado de trabalho; V - a assistência educacional ou de saúde; VI o desenvolvimento da cultura; VII o atendimento e assessoramento aos beneficiários da Lei Orgânica da Assistência Social e a defesa e garantia de seus direitos;
48 Estatuto Social (Registro no CNAS) (2) OBS: REQUISITOS E DOCUMENTOS SITE MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME ( - Ministério de A a Z Conselhos CNAS - Instruções para requerer o Registro * Estabeleça em seu Estatuto Social as mesmas cláusulas obrigatórias necessárias à obtenção do CEAS. Comentários: Registro e CEAS concomitantemente OSCIP e Registro (sim) OSCIP e CEAS (não)
49 (...) OAB SP Registro no CNAS (Instruções CNAS - Documentos) 5) relatório de atividades, assinado pelo representante legal da entidade em que se descrevam, quantifiquem e qualifiquem as ações desenvolvidas; (...)
50 Estatuto Social (CEAS) (1) OBS: REQUISITOS E DOCUMENTOS SITE MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME ( - Ministério de A a Z Conselhos CNAS - Instruções para requerer concessão e renovação do Certificado * Ser uma entidade sem fins lucrativos que desenvolva uma das seguintes finalidades ou objetivos sociais: I - A proteção à família, à infância, à maternidade, à adolescência e à velhice; II - O amparo às crianças e adolescentes carentes; III - Ações de prevenção, habilitação, reabilitação e integração à vida comunitária de pessoas portadoras de deficiência; IV - Promover, gratuitamente, assistência educacional ou de saúde; V - Promover a integração ao mercado de trabalho; VI - O desenvolvimento da cultura; VII - Promover o atendimento e o assessoramento aos beneficiários da Lei Orgânica da Assistência Social e a defesa e garantia do seus direitos;
51 Estatuto Social (CEAS) (2) * Previsão estatutária que especifique que a entidade presta serviços gratuitos a quem dele necessitar (carentes), segundo critérios definidos pela entidade, porém tendo como parâmetros as determinações legais referentes à gratuidade. Comentários: Percentual de Gratuidade a ser aplicado: 20% Receita Bruta, 60% SUS, Impossibilidade/Forma alternativa escalonada, Entidade Mista. (Vide Art. 3º do Decreto 2.536/98, Instruções CNAS, Lei do PROUNI). * Aplicar suas rendas, seus recursos e eventual resultado operacional integralmente no território nacional e na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais (cláusula estatutária obrigatória redação literal);
52 Estatuto Social (CEAS) (3) * Não distribuir resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela do seu patrimônio, sob nenhuma forma (cláusula estatutária obrigatória redação literal); * Não perceber seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou equivalentes remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos (cláusula estatutária obrigatória redação literal); * Em caso de dissolução ou extinção, destinar o eventual patrimônio remanescente a entidade congênere registrada no CNAS ou a entidade pública (cláusula estatutária obrigatória redação literal).
53 * Outros Requisitos: OAB SP CEAS (Instruções CNAS) (1) 1) Estar legalmente constituída no País e em efetivo funcionamento, nos três anos imediatamente anteriores ao requerimento; 2) Estar previamente inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social do município de sua sede se houver, ou no Conselho Estadual de Assistência Social, ou Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; 3) Estar previamente registrada no CNAS. A Entidade poderá formular em um único processo o pedido de Registro e o pedido de Certificado. Neste caso, deverá obter, preencher o Requerimento/Questionário utilizado para requerer o Certificado; 4) Possuir a Utilidade Pública Federal; 5) Aplicar a Gratuidade nos percentuais definidos pela legislação. (já comentado quando do Estatuto)
54 CEAS (Instruções CNAS) (2) Documentos Necessários (vide instruções CNAS): (...) 5) Relatórios de atividades (referente aos três exercícios anteriores à solicitação) COMENTÁRIOS: A Prestação das Contas instrumentalizadas nos Demonstrativos Contábeis e Financeiros e o Relatório de Atividades devem ser APROVADOS por órgão social da entidade.
55 CEAS (Instruções CNAS) (3) Documentos Necessários (vide instruções CNAS): 6) Demonstrativos Contáveis e Financeiros (três exercícios anteriores à solicitação): (a) Balanços patrimoniais; (b) Demonstrativos dos resultados dos exercícios; (c) Demonstração de mutação do patrimônio, (d) Demonstração das origens e aplicações de recursos; (e) Notas Explicativas (referente aos três exercícios anteriores à solicitação)
56 CEAS (Instruções CNAS) (4) COMENTÁRIOS: Auditagem: Valores referentes ao exercício de 2006 (Resolução CNAS nº 47, de 15/03/07): * Estão desobrigadas da auditagem as entidades que tenham auferido receita bruta igual ou inferior a R$ ,53 * Será exigida auditoria por auditores legalmente habilitados no Conselho Regional de Contabilidade, quando a receita bruta auferida for superior a R$ ,53 e inferior a R$ ,08 * Será exigida auditoria por auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários - CVM, quando a receita bruta auferida for superior a R$ ,08.
57 CEAS (Instruções CNAS) (5) Documentos Necessários (vide instruções CNAS): 7) Demonstrativo de Serviços Prestados (referente aos três exercícios anteriores à solicitação - Área de Saúde) (...)
58 Estatuto Social (OSCIP) (1) * Finalidade ou objetivos sociais: I - promoção da assistência social; II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei; IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei; V - promoção da segurança alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; VII - promoção do voluntariado;
59 Estatuto Social (OSCIP) (2) * Finalidade ou objetivos sociais: VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
60 Estatuto Social (OSCIP) (3) OBS: REQUISITOS E DOCUMENTOS SITE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ( - Cidadania OSCIP * COMENTÁRIOS sobre as Finalidade ou objetivos sociais: As atividades podem ser desenvolvidas mediante a execução direta, por meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoio. Cláusula estatutária informando a gratuidade nos serviços de educação ou de saúde. (previsão necessária)
61 Estatuto Social (OSCIP) (4) * Previsão estatutária onde a entidade especifique que ela é sem fins lucrativos, nos termos definidos pela Lei das OSCIPS: que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas de seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução de seus objetivos sociais. (previsão necessária) * a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência (cláusula estatutária obrigatória);
62 Estatuto Social (OSCIP) (5) * a adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes para coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório (cláusula estatutária obrigatória); * a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade (cláusula estatutária obrigatória); * a previsão de que, em caso de dissolução de entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta (cláusula estatutária obrigatória);
63 Estatuto Social (OSCIP) (6) * a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a qualificação instituída por esta lei, o respectivo acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, seja transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta lei, preferencialmente com o mesmo objeto social (cláusula estatutária obrigatória); * A possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade, que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente à sua área de atuação (cláusula estatutária obrigatória) (PODE OU NÃO REMUNERAR VÍNCULO?);
64 Estatuto Social (OSCIP) (7) * As normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão no mínimo: (a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das normas brasileiras de contabilidade; (b) que se dê publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório de atividades e demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-se à disposição para exame de qualquer cidadão; (c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes, se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objetos do termo de parceria, conforme previsto em regulamento; (d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas organizações da sociedade civil de interesse público será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal (cláusula estatutária obrigatória).
65 Estatuto Social (OSCIP) (8) * Previsão de que os serviços de saúde e educação devem ser prestados de forma inteiramente gratuita e com recursos próprios, vedado o seu condicionamento a qualquer doação, contrapartida ou equivalente. (previsão necessária); * Previsão que veda o exercícios dos cargos de direção por quem exerça cargos, empregos ou funções públicas junto ao Poder Público (previsão conveniente e recomendada); *Previsão que veda qualquer discriminação (previsão conveniente e recomendada, inclusive sugerida no modelo de Estatuto oferecido pelo Ministério da Justiça);
66 OSCIP (Documentos Necessários / orientações do MJ) (...) 4) Balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício; (...) OBS: aprovação das contas: Relatório de Atividades e Demonstrações (prestação de contas: CNEs/MJ).
67 Agenda (Prestação de Contas) (1) Registro no CNAS: Comunicar o CNAS sempre que houver alterações estatutárias ou cadastrais. CEAS: Requerer a renovação do Certificado junto ao CNAS, antes do término de sua validade (a cada período de 3 anos). Utilidade Pública Federal: Encaminhar anualmente, até o dia 30 de abril de cada ano (EM 2008 / EXERCÍCIO 2007: Excepcionalmente até 31 de JULHO), Relatório de Atividades e Demonstrativos Contábeis e Financeiros do ano anterior, ao Ministério da Justiça (CNEs/MJ). OSCIPS: Prestação de contas anual, mediante o encaminhamento de Relatório Anual de Execução de Atividades, Demonstrações Contábeis e Financeiras, e Parecer e Relatório de Auditoria Independente, somente para os casos em que os recursos recebidos, por meio do Termo de Parceira, for igual ou superior a R$ ,00. Pedido de RENOVAÇÃO FACULTATIVO: hipótese de dedução no IR das pessoas jurídicas doadoras? A partir de (CNEs/MJ) para todas (RENOVAÇÃO OBRIGATÓRIA). Prestação anual até 30 de junho de cada ano. (EM 2008 / EXERCÍCIO 2007: Excepcionalmente até 31 de JULHO).
68 Agenda (Prestação de Contas) (2) Entidades já isentas das Contribuições Previdenciárias: (a) Apresentar, anualmente, até 31 de janeiro, ao órgão do INSS jurisdicionante de sua sede, Plano de Ação das Atividades a Serem Desenvolvidas Durante do Ano em Curso. (b) Apresentar, anualmente, até 30 de abril, ao órgão do INSS jurisdicionante de sua sede, Relatório Circunstanciado de suas Atividades no Exercício Anterior Fundações: SICAP (30 de junho de 2008). Outros Órgãos (Conselhos Municipais ou Estaduais, Utilidade Pública Municipal ou Estadual etc): Verificar caso a caso. Obrigações Tributárias Acessórias: DIPJ, DCTF, DIRF, DACON.
69 Estatuto Social (IMUNIDADE / ISENÇÃO) Hipóteses de Imunidade: (a) Art.150, VI, c, da CF Imunidade de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei (FINALIDADES ESSENCIAIS) (b) Art. 195, 7º, da CF Imunidade de contribuições para a seguridade social às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei Definições e Requisitos: IMUNIDADE: Limitação constitucional à competência de instituir tributos. Requisitos: POLÊMICA (LEI ORDINÁRIA OU LEI COMPLEMENTAR - Código Tributário Nacional Art. 14) ISENÇÃO: Concedida e revogada por lei infraconstitucional do ente tributário que tem a competência para instituir o tributo (renúncia ou favor legal). Requisitos: Definidos pela lei do ente tributário.
70 Estatuto Social (Insegurança Jurídica) (1) Comentários : Para usufruir as imunidade as entidades DEVERIAM CUMPRIR APENAS as exigências da Lei Complementar (Código Tributário Nacional CTN Art. 14): I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título (discussão: não distribuir é igual a não remunerar?); II - aplicarem integralmente no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
71 Estatuto Social (Insegurança Jurídica) (2) Comentários : Entretanto, o Poder Público determina outras exigências: a) Pedidos burocráticos e anuais de reconhecimento da Imunidade. Exigência de outros requisitos além do CTN (portadora de títulos e qualificações e adoção de algumas práticas não remunerar dirigentes, atender percentual de gratuidade etc). b) Segundo o Poder Público, para usufruir a imunidade ( isenção ) das contribuições sociais, a entidade precisa do CEAS (Art. 55 da Lei 8.212/91). Para obter o CEAS, precisa da UPF. E para obter tanto o CEAS e a UPF não pode remunerar dirigentes.
72 Estatuto Social (Insegurança Jurídica) (3) Comentários : c) Também a Legislação Tributária Federal veda a remuneração de dirigentes quando caracteriza as entidades que são consideradas imunes de impostos, nos temos art. 150, VI, c, da CF. (Art. 12 da Lei 9532/97). A lei excepciona, neste aspecto, as entidades qualificadas como OSCIPS que, assim, podem remunerar. d) Os requisitos do Art. 14 do CTN e do art. 55 da Lei 8.212/91 repercutem no teor do Estatuto Social.
73 MENSAGEM FINAL: São Paulo: Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria (Primeira Epístola ao Coríntios, capítulo 13, versículo 3) DESEJANDO A PAZ DE DEUS Rodrigo Mendes Pereira romepe@terra.com.br
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