ENTRE O QUE DIZ A LEI 10639/03 E OS DESAFIOS DE ESTUDO DA HISTÓRIA DE RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NO AMBIENTE ESCOLAR

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1 ENTRE O QUE DIZ A LEI 10639/03 E OS DESAFIOS DE ESTUDO DA HISTÓRIA DE RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NO AMBIENTE ESCOLAR Eliud pereira de Souza Jacome 1 Luiz Felippe Santos Perret Serpa 2 Resumo: O presente artigo pretende abordar os desafios de se trabalhar com a lei /03 e as religiões afro-brasileiras, discorrendo sobre os problemas para a aplicação da lei nas escolas públicas e abordando pressupostos teóricos sobre a religião afro-brasileira, em especial o candomblé. Para concretizar a proposta da pesquisa, foi realizada uma entrevista com alunos da Escola Municipal Faustiniano Ribeiro Lopes, da cidade de São Gabriel, com o objetivo de verificar o que é religião para os alunos e os conhecimentos dos mesmos sobre a temática. Muitas sociedades veem as religiões de matriz africana de forma preconceituosa, o que se torna um dos motivos para pesquisar sobre o tema, para tentar diminuir e encontrar possibilidades de acabar com essa discriminação, ressaltando que a história e cultura africana é um elemento de fundamental importância para a formação identitária brasileira. Palavras-chave: Educação; Lei /03; Religião afro-brasileira. INTRODUÇÃO Este artigo tem como referência uma pesquisa realizada sobre o que diz a lei /03 e os desafios de ensino e estudo da história de religiões afrodescendentes no ambiente escolar. Foi realizada na cidade de São Gabriel-BA, na escola de ensino fundamental Faustiniano Ribeiro Lopes, no segundo semestre do ano de Teve como objeto de análise entrevistas feitas a alunos do 7º ao 9º ano, com o intuito de compreender quais os conhecimentos dos alunos sobre religiosidade, mais especificamente sobre religião africana. As raízes deste trabalho estão na experiência como docente da instituição pesquisada e em estudos anteriores, motivados pela ausência de representação do afro-brasileiro, tanto em discussões quanto nos currículos escolares e nos planos didáticos. A escolha do tema surgiu de inquietações oriundas de observações feitas nos espaço da instituição, onde constatei que 1 Graduanda do 7º Semestre do Curso de Licenciatura em Letras/Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias Campus XVI Irecê. 2 Orientador Mestre em Linguagem e Educação pela UFBA e professor da área de Estágio e Prática Pedagógica no Curso de Letras do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias Campus XVI Irecê. 26

2 ocorriam, em algumas instâncias, as mais variadas formas de preconceito e discriminações, especialmente em se tratando de religiões de matriz africana, principalmente candomblé. É de suma importância o estudo da Lei /03, pois também significa o reconhecimento da importância do combate ao preconceito, ao racismo e à discriminação na agenda brasileira de redução das desigualdades. E para que haja essa redução, é preciso maior valorização da História e da Cultura Africana, pois os mesmos tiveram um lugar especial na formação da cultura brasileira, fazendo do Brasil um país rico e plural. O propósito central da pesquisa foi, por um lado, examinar e estudar sobre o que é, e quais são as religiões de matriz africana que mais influenciaram a cultura brasileira. Por outro lado explicar sobre o que aborda a lei 10639/03 em relação ao estudo da história dessas religiões no ambiente escolar, indicando e entendendo os fatores que seriam determinantes de dificuldades para o ensino da História de religiões africanas na instituição pesquisada, a partir da fala dos alunos entrevistados, acerca dos conhecimentos e opiniões deles sobre tal temática. Os objetos de observação e análise foram a lei /03, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB/Lei 9.394/96, que torna obrigatório o estudo sobre a cultura e história afro-brasileira e africana nas instituições públicas e privadas da educação básica, isto é, ensino fundamental e médio; e os dados da entrevista com os alunos do ensino fundamental. Os participantes das entrevistas foram selecionados a partir de critérios como o comportamento e localidade onde residem, uma vez que, na escola pesquisada, o público estudantil é dividido entre a sede e os povoados do município, tendo assim os alunos pontos de vista diversificados de acordo com as tradições e os costumes do grupo social. A proposta da entrevista foi verificar o que os estudantes entendem por religião, saber se os mesmos conhecem a história de alguma religião africana, o que eles pensam a respeito dessa temática, se praticam alguma forma de preconceito e saber se são a favor do estudo desse tema em sua escola, já que os mesmos vieram de uma sociedade com visões estereotipadas já pré-estabelecidas por uma cultura dominante. A partir das respostas dos alunos, analisei o porquê destas e identifiquei os desafios que os profissionais da educação possam encontrar para trabalhar essa temática. Muitas sociedades e instituições religiosas veem as religiões de matriz africana como do mal, principalmente o candomblé. Isto me instigou a escrever sobre o tema, uma vez que, desde o século XIX, vivemos em um mundo em que prevalecem os ideais de uma cultura 27

3 dominante, mas que não se leva em conta o processo de formação do nosso país, sendo que, para essa formação, tivemos a ajuda de um povo sofredor, que devido ao processo de escravidão, veio para essas terras deixar um pouco de sua cultura, de sua crença. Assim vejo a necessidade de desfazer essas confusões, principalmente no ambiente escolar, local onde está se formando cidadãos. Para dar suporte teórico a essa pesquisa, tenho como base o material do Centro de estudos afro-orientais/universidade Federal da Bahia Setor religiosidade afro-brasileira, projeto de atuação pedagógica e capacitação de jovens monitores material do professor (2006). Este documento traz informações sobre o candomblé, a diversidade no currículo escolar, ética e discriminação. Tenho também como material o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicoraciais, reflexões de Zenilda dos Santos Barros, em Educação e relação étnico-raciais (2010), que trata de diversos conceitos relacionados à temática, tais como, preconceito e discriminação. Além disso, são utilizadas ainda as obras De olho na cultura: pontos de vistas afro-brasileiros, de Ana Lucia Silva(2005) e Uma história do negro no Brasil, de Wlamyra R.de Albuquerque. Com base em tais pressupostos teóricos, o presente trabalho tem em sua estrutura o objetivo de argumentar sobre as religiões afro-brasileiras e seu percurso histórico, estabelecer as relações entre a lei 10639/03, a educação brasileira e as religiões afro-brasileiras, além de apresentar a lei 10639/03 no contexto da Escola Faustiniano Ribeiro Lopes, esclarecendo os principais desafios de estudo em relação às religiões de matriz africana. 1. AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA As políticas públicas de promoção da igualdade racial, através das chamadas ações afirmativas, fornecem informações contra o racismo e a discriminação racial. No âmbito da educação, é necessário reconhecer os valores e a cultura da civilização africana, além das contribuições dos afrodescendentes no processo de formação da sociedade brasileira. Por isso a lei /03 recomenda o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. Dentre esses critérios recomendados pela lei, que devem ser estudados na educação básica, está a história das religiões afro-brasileiras. 28

4 São consideradas religiões afro-brasileiras todas as que tiveram origem nas religiões tradicionais africanas que, por sua vez, foram trazidas para o Brasil pelos negros na época da escravidão. Faz-se necessário relembrar, ou melhor, mostrar um pouco da história dessas religiões, para melhor entendermos como elas contribuíram para a formação da nossa sociedade e também para tentar diminuir posturas preconceituosas e discriminatórias em relação à religião, processo esse iniciado desde o século XVI, quando a religião do branco teria que ser a verdadeira e única, teria que ser abraçada por todos os povos. É nesse sentido que o Candomblé (religião de matriz africana mais seguida em nosso país) se afirma como um elemento de resistência e luta pela liberdade religiosa do negro, isso desde o período colonial até a República, pois, mesmo após a extinção da escravatura, declarar-se do Candomblé era motivo de punições. Desde a escravidão, a luta dos povos vai se caracterizar por diversas formas de enfrentamento. Uma delas foi à criação dos quilombos que surgiram espalhados pelo Brasil, vistos como a forma mais expressiva de ser contra a escravidão. Segundo Santos (2011), o Candomblé também se constituirá como elemento de resistência contra a repressão policial e a resistência legal instituída pelo Estado. A repressão policial, justificada de diversos modos, era um instrumento de poder associado pela classe dominante para alcançar seus objetivos. Apesar da forte opressão e intervenção legal com invasões, prisões, espancamentos e destruição de objetos sagrados, essas repressões policiais jamais conseguiram degradar o conteúdo da religião afro-brasileira. Mesmo com a conhecida Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, proclamando a abolição da escravatura, o Candomblé continua sendo um elemento de resistência, pois mesmo os negros passando a ser livres, na verdade sua aceitação na sociedade não ocorreu, uma vez que eram vistos como marginais e eram proibidos de fazer uso de suas crenças, por serem distintas da religião das elites brancas. Somente após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, quando houve a separação entre o Estado e a Igreja, é que essa situação preconceituosa toma outros rumos, mas mesmo assim ainda havia diversos tipos de discriminação como, por exemplo, em relação aos locais onde eram realizados os cultos, como os terreiros de Candomblé. Podemos perceber que, mesmo após a abolição, em 1888, ainda existem perseguições, desvalorização da cultura do negro afrodescendente, pois a religião dos africanos era vista como bruxaria, feitiçaria ou magia negra, visões estas baseadas em estereótipos que se transformavam em julgamento prévio negativo. 29

5 Santos (2011, p. 15) afirma que outra forma de violência que teve início no período escravista é tratar a cultura, especialmente a religião do povo negro, como folclore: não há superioridade/inferioridade de culturas ou traços culturais de modo absoluto, não há nenhuma lei natural que diga que as características de uma cultura a façam superior a outras. Diante dessa afirmação, podemos perceber que insistir em tal postura é negar e tentar reduzir a complexidade das religiões de matriz africana no Brasil. O preconceito com a religião do povo negro tem um grande percurso histórico. Para percebê-lo basta analisar as expressões usadas para caracterizá-las (mandinga, macumba...). O Candomblé é o maior representante das lutas e resistências do negro, bem como reafirmam as crenças e as identidades, que tanto a sociedade da elite, como o Estado, tentaram apagar, silenciar da história e da memória do povo brasileiro. A respeito do percurso histórico preconceituoso em se tratando de religião afrobrasileira, Santos (2011) argumenta: Não é difícil, desse modo, entender a árdua trajetória pela qual teve e ainda tem que trilhar o povo negro para se impor enquanto ser humano, assegurar direitos que lhes são inerentes, e isso passa por direito à cidadania, de resistir a toda sorte de opressão, contudo, ainda assim, não só se espera, mas, acima de tudo, exige-se dele, a despeito de ter passado e enfrentar singular realidade, que esse possa demonstrar um equilíbrio emocional supra-humano. Também não é difícil entendermos a razão pela qual, muitos negros ainda não conseguirem ver-se como tal ou ainda insistem em lutar para afastar-se conscientemente ou não de sua negritude, sobretudo de sua raiz religiosa matricial. Apesar de tudo isso, candomblé foi o fator mais emblemático do negro no Brasil. (SANTOS, 2011, p.08) 2. A RELAÇÃO ENTRE A LEI /03, A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E A RELIGIÃO AFRO-BRASILEIRA A educação é um espaço para modificar as dificuldades existentes entre a representação do Brasil como um país diversificado e as desigualdades existentes em relação à cultura e às relações étnico-raciais. Por isso, a lei /03 textualiza que a educação é o principal caminho para o reconhecimento e valorização histórica da população negra e para a diminuição dos preconceitos e do racismo. Infelizmente a educação brasileira dá mais valor às contribuições europeias do que as contribuições de culturas e povos considerados menos importantes, como a cultura africana. Como prova dessa afirmação, Barreto (2010, p. 28) enfatiza que, em decorrência disso, 30

6 [...] na maior parte das vezes em que se faz referências às culturas africanas e afrodescendentes nos livros didáticos, além de ser reservado pouco espaço, são reproduzidas algumas representações, distorcidas, como a idéia de que a África é um país dotado de homogeneidade étnico-racial e não um continente culturalmente diverso e complexo. Isso condiz com a lei das diretrizes curriculares da educação das relações étnicas raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana (2003), esta que, por sua vez, além de enfatizar que existe pouca representação da cultura afro-brasileira nas escolas, também reflete sobre a falta de informação dos docentes para trabalhar com esses temas em sala de aula, o que resulta em relações escolares marcadas pelo preconceito e discriminação. Para Barreto (2010, p.29) educação é a forma pela qual o ser humano produz si mesmo, com as ideias, os valores, os símbolos, os hábitos, as atitudes e as habilidades que os tornam distinto de outros seres. Diante disso, podemos perceber que a educação brasileira ainda é falha, pois a mesma ainda não consegue fazer com que os povos saibam conviver com as diferenças, agindo assim de forma preconceituosa, principalmente em se tratando de cultura e religião afro-brasileira. O parecer CNE/CP nº 003/2004, defende a diversidade no currículo escolar. Nele contêm algumas formas de como se trabalhar com a diversidade religiosa nas escolas, para que seja mostrada a importância e a influência dos povos africanos para a constituição da nossa identidade nacional. Uma dessas formas é modificar o que se tem valorizado como o conhecimento legitimo, ou seja, desconstruir os estereótipos e as visões errôneas sobre a cultura negra. Aquilo que as crianças e adolescentes brasileiros aprendem na escola e que é tido como um conhecimento universal expressa na verdade valores, conhecimentos, hábitos e sensibilidades de apenas um segmento da sociedade, constituído pela camada dominante, representando um patrimônio cultural feito por e para esta camada, reproduzido na escola com o objetivo de perpetuar tal estrutura de poder. (CEAO,2006, p.5) Um dos problemas de se trabalhar com essa temática constitui-se, assim, em avaliar e modificar o pensamento predominante na sociedade. Quando tratamos de religião, estamos tratando de diferentes formas de ver o mundo. Crenças tidas como verdades dão origem à intolerância, ao desrespeito, tanto mais quando o assunto é uma religião historicamente marginalizada, à qual estão associadas também outras formas de discriminação, que resultam em exclusão social de suas crenças, como o candomblé. 31

7 Embora o Brasil, como já foi dito, seja um país diversificado, o seu processo de educação é pautado no modelo europeu. A educação vem sendo considerada um lugar de negação dessa diversidade, produzindo assim uma ideologia de inferiorização das civilizações africanas. E é essa ideologia negativa que a lei /03 tem como função, desconstruir. No que diz respeito ao ensino religioso, a situação é pior. Sempre se impôs a religião do branco que, por muito tempo, também foi a religião do estado brasileiro, havendo assim um silenciamento dos povos de outra religião. Tais posturas estão presentes, também, nos ambientes escolares. A Lei 9475/1997 diz que o ensino religioso é parte integrante da formação básica e que deve ser assegurado o direito à diversidade, então não podemos aceitar posturas radicais, que neguem e excluam a religião afro-brasileira. A escola precisa, então, trabalhar com o legado cultural dos povos africanos, mas com outro olhar, entendendo que a aprendizagem é o fator mais importante, pois assim nos abrimos para diversos saberes. Podemos perceber, através destas reflexões, que a Lei /03 assegura um trabalho voltado à diversidade, que entende a religião africana como parte constituinte da cultura brasileira, não se esquecendo de incluí-la na sua formação histórica e civilizatória, construindo dessa forma ricos costumes e saberes. 3. A LEI /03 NO CONTEXTO DA ESCOLA FAUSTINIANO RIBEIRO LOPES: OS DESAFIOS DE ESTUDO Para entendermos quais os desafios de estudo das religiões afro-brasileiras na educação básica, foi realizada uma pesquisa na Escola Municipal Faustiniano Ribeiro Lopes na cidade de São Gabriel, cujo objetivo foi entrevistar alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, para verificar quais os seus conhecimentos sobre religiosidade. Tal prática se deu com o propósito de examinar como tem sido o ensino sobre a história e cultura afrobrasileira e africana de acordo com a lei /03. A conversa foi realizada com vários alunos, dentre os quais apenas quatro não foram monossilábicos e foi a partir dos dados coletados que se chegou a diversas considerações. A princípio os alunos se assustaram com o tema da pesquisa, pois não acreditavam ser tema tão importante a ponto de ser tratado em trabalhos acadêmicos. A leitura dos dados coletados baseou-se inicialmente no conceito da representação social do afro-descendente e de suas religiões, que poderiam ser desenvolvidas em sala de aula. Tais conceitos também 32

8 ajudaram na apreciação das entrevistas, servindo de base para a percepção e análise das entrelinhas, das contradições e dos distanciamentos dos discursos dos alunos com as possíveis práticas efetivas dos professores. A primeira pergunta realizada aos estudantes foi: Para você o que é religião? O intuito foi saber se os alunos têm algum conhecimento prévio sobre o tema. As respostas demonstraram que não há em entendimento concreto do que seja religião: É uma coisa que as pessoas usam para ficar mais próximo, ou um pouco ligado as coisas de Deus. (Aluno 01). Para mim uma religião é um destino que cada um de nós devemos seguir. (Aluno 02). Religião para mim é uma pessoa ir para uma só igreja. (Aluno 03). Religião não existe é um mito, uma verdade pra quem nela acredita, para mim se você só acreditar em Deus você já é religioso. (Aluno 04). Pode-se perceber que há algumas confusões e contradições nas respostas dos alunos em relação ao que é religião. Isso devido à falta de orientação por parte da escola, como também da família, ou porque o ensino religioso ainda não foi implantado na escola. O ensino religioso é considerado um dos componentes curriculares do Ensino Fundamental. Há alguns documentos legais destinados a orientar as escolas para a sua implementação, começando pela Constituição da República Federativa dobrasil/1988 que, no capitulo III, Da educação, da cultura e do desporto, dispõe: Art. 210 serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Acrescenta: o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituíra disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental (BRASIL, 1988). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional regulamenta a oferta do ensino religioso da seguinte forma: Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº de ) 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 2ºOs sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. 1º São ressalvadas os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. 33

9 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. (BRASIL, 1996). Por fim a resolução do Conselho Nacional de Educação-CNE/CEB nº 07/2010, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, estabelece que o ensino religioso integre o rol dos componentes curriculares obrigatórios no Ensino Fundamental. Com isso podemos perceber que na escola não há um ensino eficaz sobre religião, pois alunos não conseguem distinguir o seu conceito. Jurema Nunes (2002) distingue o que é religião e o que é religiosidade. O sagrado constitui uma categoria universal da experiência humana. Uma das formas de relacionar-se com essa categoria é através do que conhecemos por religião. A religião e a noção de religiosidade estão entre nós desde sempre. A experiência religiosa, dizem alguns, está na base da ação social e dá-lhe sentido. Religião seria o resultado do que somos capazes de registrar em relação ao inefável e religiosidade seria a disposição do indivíduo para integrar-se às coisas sagradas. Advindo do latim, re-ligare, pode ser um conjunto de práticas e crenças relacionadas com o transcendental, que tem como elementos derivativos os rituais, os códigos e as leis morais. Enquanto algumas encontram a base de tais códigos e leis nos dogmas, outras têm preceitos e interdições. (NUNES, 2002, p.47). As demais perguntas efetuadas estão relacionadas à religião de matriz africana e ao ensino dessas religiões na escola. Os alunos afirmaram conhecer algumas religiões afrobrasileiras, em especial o candomblé, mas não conhecem a sua história, não sabem como surgiu, como veio para o Brasil e a partir de quais influências se intensificaram no nosso país. Isso comprova que a Lei /03 não vem sendo efetivamente cumprida na escola, pois a mesma defende o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, o que inclui o ensino da história das religiões de matriz africana, que é uma peça fundamental na história do Brasil e no processo de formação da identidade do povo brasileiro. Concretizando um dos principais desafios de se trabalhar com essa temática nas escolas, estão os pensamentos dos estudantes em relação à caracterização das religiões afrobrasileiras, pois os mesmos afirmam o seguinte: É uma religião meio maluca como uma macumba (aluno 1) É uma religião bastante interessante, super radical (aluno 2) É uma religião de danças africanas (aluno 3) É uma religião como qualquer outra (aluno 4) Percebemos, a partir dessas ideias, que há uma visão estereotipada sobre as características das religiões afros, uma vez que são vistas como macumba. Porém, o termo 34

10 macumba é utilizado sem mesmo saber o seu significado, pois Macumba é uma espécie de árvore africana e um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afrobrasileiras, como o candomblé e a Umbanda. O termo, porém, acabou se tornando uma forma pejorativa de se referir a essas religiões. Na árvore genealógica das religiões africanas, macumba é uma forma variante do candomblé. O preconceito foi gerado porque, na primeira metade do século XX, igrejas neopentecostais e outros grupos consideravam profana a prática desses cultos. Por conta dos preconceitos em relação a essas crenças, os alunos afirmaram que não seguiriam nenhuma religião de matriz africana. Mesmo agindo de forma preconceituosa, os alunos entendem que é importante conhecer e entender a história das religiões de matriz africana sendo nós brasileiros, pois a nossa origem é dos africanos, somos descendentes deles (aluno 02), o que condiz com a lei /03 que afirma a importância de se trabalhar essa temática, já que o Brasil tem a urgente necessidade de resgate dos valores civilizatórios africanos e das contribuições dos afrodescendentes ao processo de formação da sociedade brasileira. Na Escola Municipal Faustiniano Ribeiro Lopes vêm sendo realizados estudos sobre a temática afro-brasileira, desde alguns anos, e como o entrevistados estudam entre dois e três anos na instituição, já participaram de algumas atividades, estas que são realizadas nas disciplinas de Geografia, História, Língua Portuguesa e Artes. Além do professor e do aluno, o livro didático é um instrumento de fundamental importância no combate às desigualdades étnico-raciais e religiosas, porém os livros da escola em análise não vêm implementando conteúdos relacionados a esse tema, o que vem a ser mais um desafio de estudo das religiões afro-brasileiras, desafio este que não deveria estar acontecendo, pois, segundo os eixos fundamentais do plano nacional da Lei: Os princípios e critérios estabelecidos no PNLD definem que, quanto à construção de uma sociedade democrática, os livros didáticos deverão promover positivamente a imagem de afrodescendentes e, também, a cultura afro-brasileira, dando visibilidade aos seus valores, tradições, organizações e saberes sócio científicos. Para tanto, os livros destinados a professores (as) e alunos (as) devem abordar a temática das relações étnico-raciais, do preconceito, da discriminação racial e violências correlatas, visando à construção de uma sociedade anti-racista, justa e igualitária. (BRASÍLIA-DF, 2004, p.24). Compreendemos que é necessária maior atenção à formação dos profissionais de educação, pois, através da fala dos alunos, é evidenciado que alguns docentes não têm conhecimento necessário para a aplicação da lei. De acordo com as ações para o sistema nacionais de ensino: 35

11 No art. 1º da Resolução, é atribuído aos sistemas de ensino a consecução de condições materiais e financeiras assim como prover as escolas, professores e alunos de materiais adequados à educação para as relações étnico rraciais. Deve ser dada especial atenção à necessidade de articulação entre a formação de professores e a produção de material didático, ações que se encontram articuladas no planejamento estabelecido pelo Ministério da Educação, no Plano de Ações Articuladas. (BRASÍLIA-DF, 2004, p. 27) Nesse sentido, faz-se necessário a criação de programas de formação continuada, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. CONSIDERAÇÕES FINAIS A principal questão que tentei responder ao longo da pesquisa foi: quais os desafios para implementar a lei /03 e trabalhar com as religiões afro-brasileiras? Para isso, é preciso compreender quais os conteúdos, concepções e recursos pedagógicos para a promoção da igualdade racial e extinção dos preconceitos religiosos. Os depoimentos dos entrevistados da escola Faustiniano Ribeiro Lopes do 7º ao 9º ano, entre 13 e 18 anos, apontam a necessidade imediata de formação e capacitação do docente, avanços no material didático e paradidático e maior participação familiar. Toda a riqueza historiográfica sobre a África e sobre as relações com o Brasil, da qual já foi apontada uma pequena parcela, precisa ser incorporada pelas políticas institucionais da educação como diretrizes curriculares, e apoiada por livros didáticos e outros materiais que sirvam de suporte para trabalhar com a temática em foco. Diante dos estudos realizados sobre as religiões afro-brasileiras, através dos pressupostos teóricos já citados, pode-se concluir que o cerne das religiões tradicionais do continente africano é a criatividade e a emoção. Pode-se afirmar que a religiosidade tradicional da África possui uma interação flexível, ou seja, os africanos foram capazes de criar e recriar expressões de sua religiosidade em várias situações, reagindo a mudanças e perigos. A realização deste trabalho permitiu perceber a complexidade dos desafios e algumas perspectivas de criação de possibilidades para a implementação de políticas de ações afirmativas no campo da educação voltada para as religiões afro-brasileiras. Entre essas 36

12 medidas e iniciativas, é possível citar, organizar e selecionar a bibliografia, inclusive a formação de bibliotecas especializadas (tanto de história africana, da cultura afro-brasileira e das questões étnico-raciais); incluir essa temática na formação dos profissionais; capacitá-los com vistas ao cumprimento da Lei /03; incorporar aos livros didáticos a rica produção desses conhecimentos. Conforme os estudos, é possível concluir que as tradições africanas, tão importantes, foram tidas como inferiores e a lei /03 impõe a necessidade de se ensinar tais saberes nas escolas. Esse é um grande desafio da educação para a diversidade e para uma valorização da história e ancestralidade africana e de suas manifestações no Brasil, a partir do respeito. A invisibilidade da herança africana no Brasil foi construída em racismos, pré-concepções e falta de conhecimento. Tal ação não condiz com as propostas da lei /03. O combate contra esse comportamento, pois, constitui-se, assim, como um real desafio. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, WlamyraR. de. Uma história do negro no Brasil. Salvador; centro de Estudos Afro-brasileiros, ANAIS DO III ENCONTRO NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES ANPUH -Questões teórico-metodológicas no estudo das religiões e religiosidades. IN: Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá (PR) v. III, n.9, jan/2011. ISSN BARROS, Zenilda dos Santos. Educação e relações étnico-raciais Brasília: Ministério da educação, BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília : BRASIL. Senado Federal. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes curriculares nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e cultura Afrobrasileira e Africana. Brasília, CEAO Centro de Estudos Afro-orientais: Projeto de Atuação pedagógica e Capacitação de Jovens Monitores (material do professor), Disponível em: Acessado em 23 de maio de 2013, às 16h00minhs. MOTTA-POTH, Désirée HENDGES, Graciela H. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial,

13 OLIVEIRA, Iolanda de. SILVA, Beatriz Gonçalves. PINTO, Regina Pahim. Negro e Educação: escola, identidades e políticas públicas. São Paulo: Ação Educativa, 2005, p.230 a 240. Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) Língua portuguesa. Brasília: MEC, SOUZA, Ana Lúcia Silva. De olho na cultura: pontos de vista afro-brasileiros. Salvador: centro de Estudos Afro-brasileiros,

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