O SABER-FAZER DO ARQUIVISTA-EDUCADOR: REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE AUXILIAR DE ARQUIVO DO PRONATEC/JOÃO PESSOA
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- Anderson Desconhecida Benke
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1 O SABER-FAZER DO ARQUIVISTA-EDUCADOR: REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE AUXILIAR DE ARQUIVO DO PRONATEC/JOÃO PESSOA Josivan Soares Ferreira 1; Marli Batista Fidelis 2; Diana Marinho Dias 3 1 Arquivista e Especialista em Gestão em Arquivos josivansoares@yahoo.com.br 2 Arquivista da UFPE e Mestra em Ciência da Informação - marli.uepb@gmail.com 3 Graduanda do Tecnólogo em Gestão Pública UCS dianamarinho_linda@hotmail.com Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo apresentar um relato de experiência sobre a importância do Arquivista-Educador para a formação de estudantes cônscios sobre a importância dos arquivos para a sociedade. A pesquisa nasceu a partir da problemática em disseminar no meio acadêmico e mercadológico sobre a necessidade dos arquivistas atuarem nas áreas institucionais e profissionalizantes de educação. Tal afirmativa justificase pela necessidade na formação em Arquivologia ou experiência na área de arquivos para os educadores dos cursos de Auxiliar de Arquivos do PRONATEC, a partir da análise e questionamento dos alunos egressos da turma N1/noite em João Pessoa. A pesquisa tem como metodologia a descrição exploratória, enfatizando analiticamente os índices estatísticos obtidos. Por fim, conclui-se que o contributo dos arquivistas para a formação profissionalizante de estudantes dos níveis médios e profissionalizante permite criar multiplicadores cônscios sobre a importância da salvaguarda e preservação da memória. Palavras-chave: Arquivista-educador. Relato de Experiência. Arquivologia. 1 INTRODUÇÃO A ideia, desta pesquisa, nasceu a partir das reflexões e da experiência em sala de aula nas disciplinas Noções Básicas de Administração e Organização de Arquivos e Tabela de Temporalidade 1, ministradas no Curso Profissionalizante de Auxiliar de Arquivos, promovido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego- PRONATEC, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba-IFPB. Dessa forma, a partir da análise do perfil dos estudantes do referido curso, viu-se a necessidade em refletir sobre a urgência na contribuição do Arquivista-Educador para a construção de estudantes e cidadãos cônscios sobre a importância dos arquivos para a sociedade paraibana através da formação profissionalizante na área de auxiliar de arquivos. 1 As disciplinas ora apresentadas foram lecionadas nos meses de fevereiro e março de 2016, para a turma N1/
2 Por fim, entende-se que a formação do Educador/Facilitador em Arquivologia, pósgraduação ou vivência na área de educação profissionalizante é fator determinante para a formação consciente sobre a importância dos arquivos para a sociedade. 2 O PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC: BREVE HISTÓRICO Criado no dia 26 de outubro de 2011 com a sanção da Lei nº /2011 pela Presidenta Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego-PRONATEC tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira. Objetivos: Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional presencial e a distância; Construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação profissional e tecnológica nas redes estaduais; Aumentar as oportunidades educacionais aos trabalhadores por meio de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; Aumentar a quantidade de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de educação profissional e tecnológica e melhorar a qualidade do ensino médio. 3 A EXPERIÊNCIA DO ARQUIVISTA-EDUCADOR: REFLEXÕES IMPRESSÕES SOBRE A ARTE DE EDUCAR A formação em Arquivologia na Paraíba tem possibilitada criar e ampliar o escopo de atuação Arquivista para além dos espaços e instituições públicas, a partir das demandas e necessidades das instituições em todo o Brasil. Dessa forma, além da atuação enquanto Gestor da Informação assiste-se a emergência dos profissionais de Arquivologia direcionarem seus olhares e ações teóricas-metodológicas para a docência e Consultoria Arquivista. A Consultoria-Arquivista, grosso modo, visa identificar as necessidades de gestores e empresas no que diz respeito às questões de gestão de documentos, gestão da informação arquivística, como também atuar como Educador na área de Capacitação de gestores, colaboradores, secretarias etc, de profissionais que trabalham e necessitam da organização dos documentos de arquivos enquanto produtos de informação. Outrossim, através do PRONATEC, tem-se quebrado paradigmas em relação aos espaços de atuação do Arquivista nos cursos de Capacitação profissional e técnica de Auxiliar de Arquivos. Tal experiência exitosa foi desenvolvida nos meses de fevereiro e março de 2016, no Curso de Auxiliar de Arquivo promovido Governa Federal do Brasil através do PRONATEC, em parceria com o instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba. O curso conta com uma carga horária de 200 horas/aulas
3 Por fim, mediante as inquietações percebidas em sala de aula, as expectativas em relação a atuação do Arquivista, mercado de trabalho, espaços de atuação e formação dos professores do referido curso, procedeu-se a elaboração e aplicação de um questionário controlado a fim de verificar a satisfação dos referidos alunos da turma n1/noite Ressalta-se, por fim, que a experiência de docência em Arquivologia possibilitou refletir e contribuir para a conscientização de alunos desde o ensino básico ao superior sobre a preservação do patrimônio documental nacional e, por conseguinte, salvaguarda da memória, pois o arquivo consolida-se enquanto um Espaço de Educação e Produção de Conhecimento. 4 METODOLOGIA Através do método exploratório, foi aplicado um questionário controlado no mês de março de 2016, com os egressos da turma N1/noite João Pessoa, contendo 14 perguntas, num universo de 16 alunos. O questionário foi dividido em três tópicos, a saber: 1) Socioeconômico e Você: Idade, sexo, escolaridade, etnia e ocupação; 2) Escolha do Curso e 3) Expectativas dos Egressos do curso. 5 ANÁLISE DOS DADOS A partir da análise dos dados dos 16 alunos, contendo cada questionário 14 perguntas, construímos gráficos autoexplicativos para os tópicos 2 e 3, e reflexão textual apenas, para o tópico 1, que perfazem o perfil do egresso do curso de auxiliar de arquivo. Dessa forma, em relação ao Perfil socioeconômico e Você, observou-se que a idade média dos alunos é de 29 anos, variando numa faixa entre 15 a 45 anos. Já em relação ao sexo, 13 alunos são do sexo feminino e apenas 3 alunos são homens. No quesito escolaridade, 11 alunos têm ensino médio completo, 2 estão cursando o ensino fundamental, 1 um curso técnico, 1 tem apenas o ensino fundamental completo e 1 curso o ensino superior. No tocante a etnia, temos que 12 alunos reconhecem-se pardos, 3 brancos e 1 outros. Ou seja, nenhum aluno se autoreconhece enquanto negro. Por fim, em relação à ocupação, constatou-se que 13 alunos não trabalham e apenas 3 trabalham. Em relação aos questionamentos sobre Escolha do Curso, temos o seguinte gráfico abaixo: Gráfico 1 Escolha do Curso
4 Fonte: Pesquisa Direta, Neste primeiro gráfico, podemos perceber que a grande maioria, 98%, ou seja, 14 alunos já conheciam a área e demonstrava interesse em cursá-lo. Mas, em relação ao interesse precípuo, 97%, optaram pelo curso por falta de opção de outrem; 10 alunos demonstraram curiosidade sobre o curso, como também eram seu primeiro curso o PRONATEC. Já quando os alunos foram questionados sobre As expectativas em relação ao curso, temos a seguinte constatação: Gráfico 2 Expectativas do Egressos do Curso Fonte: Pesquisa Direta, Nos quesitos relacionados à importância do curso e da profissão (Auxiliar de Arquivo, Técnico de Arquivo e Arquivista) serem importantes para a sociedade, se recomendariam o curso, se acreditam ser importantes professores com formação em Arquivologia e se o conhecimento teórico e prático do professor facilita conscientização sobre a importância do arquivo, obteve-se 100% de aprovação. E, por fim, 98% dos egressos do curso (14 alunos), tiveram suas expectativas em relação ao curso atingidas. 6 CONCLUSÕES Contribuir para formação consciente e cidadã sobre a importância dos arquivos para a sociedade enquanto um espaço de memória social é o grande desafio de qualquer arquivista. Utilizar-se dos espaços acadêmicos, escolares e institucionais para disseminação de multiplicadores de para preservar seus arquivos e, por conseguinte, para a construção de novos saberes e conhecimentos é o dever do Arquivista-Educador. Assim, esta pesquisa vislumbrou criar espaços dialógicos e educacionais para a formação profissionalizante de auxiliares de arquivos através da atuação de arquivistas e gestores da informação. E por fim, pensar e refletir sobre urgência para atuação dos Arquivistas além dos aspectos institucionais e burocráticos, como também educacionais
5 REFERÊNCIAS JARDIM, J. M. Sistemas e políticas públicas de arquivos no Brasil. Niterói: EDUFF, GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, LEVIN, Jack. Estatística para ciências Humanas. São Paulo: PEARSON,
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