JAQUELINE MAFRA LAZZARI KARINA CESTARI DONÁ CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES CARDIOPATAS INTERNADOS NO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU/SC

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA JAQUELINE MAFRA LAZZARI KARINA CESTARI DONÁ CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES CARDIOPATAS INTERNADOS NO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU/SC Itajaí (SC) 2009

2 1 JAQUELINE MAFRA LAZZARI KARINA CESTARI DONÁ CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES CARDIOPATAS INTERNADOS NO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU/SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista na Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Beatriz Helena Eger Schmitt. Itajaí (SC) 2009

3 2 Agradecemos à Deus, por nunca nos ter deixado nos momentos difíceis e por nos ter permitido chegar até aqui. Aos pais, pela base sólida, que sempre nos deu força para encarar a vida de frente. Aos avós, irmãos e namorados que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que nós chegássemos até esta etapa de nossas vidas. À professora e orientadora Beatriz Helena Eger Schmitt, pela oportunidade oferecida, por seu apoio, amizade e amadurecimento dos nossos conhecimentos que nos levaram a execução e conclusão desta monografia. À professora Elisabete Rabaldo Bottan, pelo convívio, apoio, amizade e incentivo que tornou possível a conclusão desta monografia. À banca examinadora, não só por terem aceito nosso convite, mas também pela contribuição na avaliação deste trabalho. Aos mestres, a nossa gratidão pela dedicação, amizade e por compartilharem conosco seus conhecimentos e nos auxiliarem na busca da realização plena de nossos ideais profissionais e humanos. Ao Hospital Santa Catarina de Blumenau, por permitir a realização desta pesquisa. Aos pacientes que participaram da pesquisa, sem os quais não seria possível a realização deste trabalho. Aos amigos e colegas pelo encorajamento e companheirismo. E a todos aqueles que, direta e indiretamente, contribuíram para que esta pesquisa fosse concluída.

4 3 SUMÁRIO 1 ARTIGO REVISÃO DE LITERATURA... 14

5 4 1 ARTIGO (A ser submetido à Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial)

6 5 CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES CARDIOPATAS INTERNADOS NO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU/SC ORAL CONDITION OF CARDIOPATIC PATIENTS ADMITTED AT SANTA CATARINA HOSPITAL IN BLUMENAU / SC Beatriz Helena Eger Schmitt Mestre em Odontopediatria. Professora da disciplina de Odontopediatria e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde Individual e Coletiva do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Jaqueline Mafra Lazzari Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Karina Cestari Doná Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Endereço para correspondência: Beatriz Helena Eger Schmitt Rua Prefeito Frederico Busch Junior, 255 sala 305. Blumenau SC - CEP: Fone: (47) beschmit@terra.com.br Resumo Objetivo: Analisar a condição oral de pacientes cardiopatas internados no Hospital Santa Catarina de Blumenau/SC. Métodos: Pesquisa do tipo descritivo, transversal, tendo como população-alvo os pacientes cardiopatas internados no Hospital Santa Catarina de Blumenau (SC), no período de julho a dezembro de A amostra foi não probabilística e os critérios de inclusão foram: adulto, independente do gênero e não portador de cardiopatia congênita. A coleta de dados constou da aplicação de um questionário sobre hábitos de higiene oral e avaliação clínica visual (dos pacientes dentados) mediante análise dos seguintes indicadores: cálculo e placa visível clinicamente e sinais clínicos de inflamação da mucosa gengival. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Catarina de Blumenau, sob o n 003/08. Resultados: Foram consultados 118 pacientes; 72,03% possuíam 61ou mais anos e 59,0% eram do gênero masculino. Sobre a situação de edentulismo, 72,88% eram edentulos parciais. A realização de higienização oral, duas ou mais vezes ao dia foi informada por 88,98 e 38,1% nunca receberam orientação de

7 6 higiene oral. A inflamação gengival foi identificada em 45,6%; 87,8% apresentavam placa e 74,4% cálculo. Conclusão: A condição de saúde oral dos cardiopatas avaliados é considerada preocupante, portanto, sugere-se a importância da inclusão do CD na equipe hospitalar. Palavras-chave: endocardite bacteriana; doenças cardiovasculares; cardiopatias; periodontite; doenças periodontais. Abstract Objectives: To verify the oral conditions of interned cardiopathic patients at the Santa Catarina Hospital in Blumenau/SC. Methods: A transversal descriptive research comprehending the interned cardiopathic patients at the Santa Catarina Hospital in Blumenau/SC from July to December of The sample was no probabilistic and the inclusion criteria were: adults independent of sex, and non carrier of congenital cardiopathy. The data collecting consisted of a questionnaire about oral hygiene and clinical visual evaluation only in the patients who had teeth analyzing the following indicators: dental calculus and plaque clinically visible and inflammation clinical signs of the gingival mucosa. Results: Ninety patients were valuated; 72, 03% had 61 or more years old and 59, 00% were masculine. Relating to edentulism, 72, 88% of the patients were partially edentulous. The gingival inflammation was identified in 45,6%; 87,8% presented dental plaque and 74,4% presented dental calculus. The oral hygiene twice or more in a day was informed by 88, jyhgu98% of the patients, 61,01% didn t frequent the dental surgeon and 38,13% had never received oral hygiene orientation. Conclusion: The oral condition of the cardiopathic patients valuated is considered concerned, then, it is suggested as very important, the presence of a dental surgeon as a member of the hospital staff. Keywords: Endocardites, Bacterial; Cardiovascular Diseases; Heart Diseases; Periodontitis; Periodontal Diseases. Introdução O estudo proposto refere-se à condição oral dos pacientes portadores de doenças cardiovasculares, tema este que vem ganhando grande relevância na área odontológica e

8 7 médica, pois, nos últimos anos, a odontologia tem modificado seu paradigma de atenção, privilegiando a visão integral de atenção ao paciente. A saúde oral pode favorecer a prevenção de doenças sistêmicas bem como diminuir o agravamento das mesmas. Entre essas doenças, podemos citar a doença cardiovascular que, segundo a Organização Mundial da Saúde, constitui a principal causa de morte e de invalidez temporária, ou permanente, no mundo e consequentemente no Brasil 7. Estudos têm procurado ligar os mecanismos da doença cardíaca com doenças que acometem a cavidade oral, tendo em vista que estas possuem a mesma etiologia multifatorial. Muito embora alguns destes estudos não sejam conclusivos, demonstram a necessidade da manutenção de uma saúde oral adequada, pois, a mesma influi na 6, 10, 13, 11. condição sistêmica do indivíduo A higiene oral, no entender de Saba-Chujfi et al. 16, é condição essencial para a manutenção da saúde bucal e, portanto, também é fundamental para a manutenção da saúde geral, através da redução de riscos. Daí porque a necessidade de se tornar imprescindível o exame oral de pacientes hospitalizados independentemente do motivo de sua internação. Observando esses aspectos, o objetivo desta pesquisa foi analisar a condição oral de pacientes cardiopatas internados no Hospital Santa Catarina de Blumenau/SC, através de exame clínico visual no período de julho a dezembro de Portanto, este estudo, também, se constituiu numa contribuição para a conscientização de pacientes e profissionais da área da saúde quanto à importância de um controle da saúde oral dos pacientes hospitalizados e, principalmente, no pré e pós-operatório. Materiais e métodos A pesquisa proposta foi do tipo descritivo, transversal, tendo como populaçãoalvo pacientes cardiopatas internados no Hospital Santa Catarina de Blumenau, no período de julho a dezembro de A amostra do tipo não probabilística foi obtida de modo acidental. Os sujeitos foram contatados diretamente no leito e esclarecidos sobre os objetivos Para inclusão na amostra, foram adotados os seguintes critérios: adulto independente do gênero e não portador de cardiopatia congênita. e procedimentos da pesquisa. A partir das explicações, para os que, por livre e espontânea vontade,

9 8 aceitaram participar da pesquisa, foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em duas vias, ficando uma das vias com o pesquisado. A coleta de dados foi dividida em duas etapas: a primeira constou em uma avaliação clínica visual da condição oral dos pacientes que apresentavam um ou mais dentes em boca, mediante a observação dos seguintes indicadores: cálculo, placa visível, situação de edentulismo e inflamação da mucosa gengival. Para tais avaliações, foram utilizados os seguintes critérios: -A situação de edentulismo (parcial, total ou ausência) foi anotada em ficha clínica. -A análise da presença ou ausência de placa e cálculo foi dicotômica (SIM, para presença de cálculo e/ou placa; NÃO, para ausência de cálculo e/ ou placa). -A gengiva foi considerada normal quando apresentava as seguintes características: coloração rosa opaca (exceto em pacientes afro-descendentes em que a pigmentação melânica é mais escura) e superfície opaca e/ou com aspecto de casca de laranja 9. A gengiva foi classificada como inflamada quando apresentou crescimento do contorno gengival devido ao edema ou à fibrose, transição da coloração para uma tonalidade avermelhada além de poder ocorrer sangramento espontâneo (relatado pelo paciente durante o exame clínico visual) e presença de fístula 4. Durante o exame clínico visual foram respeitadas as normas de biossegurança através do uso de Equipamentos Individuais de Segurança (máscara, luvas, gorro, jaleco), além de espátulas de madeira. Todos os materiais utilizados eram descartáveis. A segunda etapa constou na aplicação de um questionário sobre hábitos de higiene oral que foi realizada em todos os pacientes consultados. Também foi aplicado um questionário sobre hábitos de higiene oral (frequência de higienização, freqüência de visita ao dentista e se já receberam orientação de higiene oral profissional). Os dados coletados foram lançados em ficha própria e analisados em duas categorias: condição oral e hábitos de higiene oral. Posteriormente, foi calculada a frequência relativa para cada um dos critérios clínicos e itens sobre cuidados com a saúde bucal. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Catarina de Blumenau, sob o n 003/08. Resultados

10 9 Foram consultados 118 pacientes, dos quais 28 (24%) não foram incluídos no exame clínico visual por serem edêntulos totais. Portanto, 90 pacientes foram avaliados clinicamente (76,2% da população-alvo) sendo que 72,03% se encontravam na faixa etária de 61 anos ou mais e 59,0% eram do gênero masculino. A situação de edentulismo identificada nos pacientes consultados está disposta no gráfico 1. 3% 24% Total Parcial Ausência 73% edentulismo. Gráfico1: Distribuição da freqüência relativa para cada um dos indicadores de Com relação aos cuidados para com a saúde e higiene oral, 88,98% afirmaram realizar a higienização oral duas ou mais vezes ao dia, 38,1% não frequentavam o cirurgião-dentista e 38,1% disseram nunca ter recebido qualquer tipo de orientação sobre higiene oral. Os dados referentes aos indicadores avaliados através de exames clínicos visuais estão dispostos no gráfico 2.

11 10 100,0 87,8 80,0 74,4 60,0 45,6 54,4 40,0 25,6 20,0 12,2 0,0 Inlamada Normal Ausência Presença Ausência Presença Gengiva Cálculo Placa Gráfico 2: Distribuição da freqüência relativa para cada um dos indicadores avaliados mediante observação clínica visual. Discussão A doença periodontal é uma condição inflamatória crônica de caráter infeccioso com eventos imuno-inflamatórios, que leva a uma produção de altos níveis de citocinas pró-inflamatórias. Por este motivo, as doenças periodontais podem contribuir para a exacerbação e/ou desenvolvimento das doenças cardiovasculares que dependem da formação de ateroma 12, 13, 16. Alguns estudos têm evidenciado uma relação entre periodontite e doença cardiovascular 6, 11. As infecções bucais são consideradas fatores de risco para as doenças cardiovasculares assim como o tabagismo, hipertensão e o alto teor de triglicerídeos 7, 8. Entretanto, de acordo com Cunha-Cruz e Nadanovsky 5, muito embora vários mecanismos têm sido propostos para comprovar essa associação, o conhecimento atual ainda não é suficiente para explicar o mecanismo biológico dessa suposta relação. Isso se justifica pelo fato de existirem fatores limitadores, como os fatores de risco em comum e a dificuldade de se determinar se a doença periodontal ocorreu antes do início da doença cardiovascular ou, até mesmo, porque a doença periodontal pode aparecer antes da doença cardiovascular, mas não ser a sua causa. Devido a estes aspectos, o objetivo deste estudo não foi o de comprovar a associação entre doenças cardiovasculares e doenças periodontais, mas sim analisar a condição oral de pacientes cardiopatas e enfatizar a importância de que medidas

12 11 simples, como a higiene oral, podem contribuir para a redução de riscos comuns às duas doenças. O primeiro aspecto que merece atenção é o alto índice de sujeitos com edentulismo e o significativo percentual de pacientes que afirmaram não efetivar consulta odontológica com regularidade. Como destacaram Abrahão et al. 1, mesmo sendo edêntula, a pessoa não pode se furtar da avaliação odontológica periódica, pois ela pode vir a desenvolver uma bacteriemia através de úlceras causadas por próteses mal adaptadas. Com relação aos indicadores placa e cálculo visíveis clinicamente, os resultados sugerem que os pacientes hospitalizados apresentam uma higiene oral precária, muito embora um expressivo número tenha afirmado que costuma realizar a higiene oral duas ou mais vezes ao dia. Esta situação contraditória pode ser justificada por três possíveis motivos: a higienização dos pacientes não é eficiente na remoção da placa; por estar em ambiente hospitalar não estão tendo os devidos cuidados com a sua higiene ou esses pacientes não realizavam a sua higiene oral com a frequência que responderam no questionário, mas tiveram uma resposta automática, baseada no que eles acreditam ser uma freqüência de higiene oral ideal. A análise da condição gengival demonstrou que 45,6% dos pacientes apresentavam inflamação gengival. Esse índice é baixo, considerando-se a frequência de placa e cálculo, mas pode se justificar pelo fato de ter sido realizada uma avaliação clínica visual, pois um exame clínico periodontal com a realização de sondagem, poderia acarretar uma bacteriemia. Nestes casos de acordo com Andrade 3, a American Heart Association preconiza a profilaxia antibiótica prévia ao procedimento. Procurouse então, poupar o paciente já submetido a diversos medicamentos a mais uma terapêutica medicamentosa. Abrahão et al. 1 ainda complementa que em pacientes com uma higiene oral precária, doença periodontal ou infecções periapicais, a bacteriemia pode ocorrer espontaneamente, expondo os pacientes a risco para a endocardite bacteriana. É fundamental destacar que da mesma forma que a saúde geral do paciente pode influenciar sobre a sua saúde oral, o contrário também é verdadeiro e o tratamento periodontal é importante, pois reduz o número de microorganismos e seus produtos, reduzindo desta forma o risco de doenças cardiovasculares. Microorganismos presentes na cavidade bucal influem na saúde sistêmica do indivíduo, interferindo em sua resposta

13 12 imunológica, portanto, é fundamental a manutenção de boas condições de saúde oral 11, Torna-se necessário e fundamental para a manutenção da saúde oral e geral, a inclusão do CD na equipe hospitalar, bem como a conscientização dos demais integrantes desta equipe quanto à importância da atuação dos CDs nos hospitais. Esta atuação não deve estar voltada apenas ao trabalho do cirurgião bucomaxilofacial nas emergências em que ocorrem traumas faciais, devem também ser feitos exames orais de pacientes especiais que precisam de tratamento odontológico em centros cirúrgicos, como é o caso dos pacientes cardiopatas. Nestes pacientes qualquer tipo de infecção ou inflamação é um fator de risco, por isso a presença do dentista no ambiente hospitalar facilita o exame e o tratamento pré e pós-cirúrgico. Além de outras possibilidades, como a prevenção do câncer oral, tratamento cirúrgico das deformidades de origem dentofaciais e lesões patológicas e a clínica dental para atendimento de emergências nos hospitais. Esta idéia é fortalecida através do Projeto de Lei 2776/2008, que torna obrigatória a participação do cirurgião-dentista nas equipes multiprofissionais das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em outras áreas de clínicas e hospitais brasileiros públicos e privados, incorporando novos conceitos na área de saúde para melhoria da qualidade de vida por meio da recuperação plena do paciente 2. Conclusão De acordo com os resultados obtidos conclui-se que: - A saúde oral dos pacientes cardiopatas avaliados é considerada preocupante pelo alto índice de edentulismo, inflamação gengival, placa e cálculo observados por avaliação clínica visual. Referências Bibliográficas: 1. Abrahão JMB, Siqueira Júnior JF, Andrade ED. Prevenção da endocardite bacteriana: Recomendações atuais. Rev Bras Odontol 1997; 54 (6): ABRAOH. Associação Brasileira de Odontologia Hospitalar. Atuação obrigatória do CD tem bom trâmite na Câmara. Brasília (data de acesso 15 de dezembro de 2008); URL disponível em: A=s 3. Andrade ED. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2 a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2006.

14 13 4. Clafey N. Doença gengival induzida pela placa. In: Lindhe J, Karring T, Lang NP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 4 a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p Cunha-Cruz J, Nadanovsky P. Doenças periodontais causam doenças cardiovasculares? Análise das evidências epidemiológicas. Cad. Saúde Pública 2003: 19(2): Dias LZS. Doença periodontal como fator de risco para a doença cardiovascular. (Tese de Doutorado) Rio de Janeiro: Faculdade de Odontologia, Unigranrio; Feliciano FC. A doença periodontal como fator de risco nas enfermidades cardiovasculares. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Periodontia) Rio de Janeiro: Faculdade de Odontologia, Unigranrio; Ferraz Júnior AML, Carvalho AM de. Inter-relação entre doença periodontal e cardiopatia: revisão de literatura. Periodontia 2006; 16 (02): Leduc G, Block LL. Qualidade dos trabalhos restauradores e a saúde periodontal. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Itajaí: Curso de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí; Lima DLF, Moreira MMSM, Saba-Chujfi E, Pereira SLS, Soares Filho WA. Análise epidemiológica da doença periodontal em pacientes cardiopatas isquêmicos no hospital de Messejana, na cidade de Fortaleza- Ceará. Periodontia 2004; 14 (2): Lorenzo JL de, Lorenzo A de. Manifestações sistêmicas das doenças periodontais: prováveis repercussões. Rev Assoc Paul Cir Dent 2002; 56 (3): Kunze BJ de C, Pilatti GL, Goiris FAJ. A doença periodontal como fator de risco para as doenças cardíacas coronarianas. Rev ABO Nac 2002; 10 (2): Maia AP, Martins BR, Amaral BA, Alves PM, Galvão HC, Seabra EG. Relação entre doença periodontal e doença cardiovascular. Perio News 2008; 2 (4): Nóbrega FJ de O, Garcia Filho OA, Seabra EG, Seabra FRG. Doença periodontal como fator de risco para o desenvolvimento de alterações cardiovasculares. Rev Bras Patol Oral [online] 2004; (data de acesso 29 de março de 2008); 3(1). URL Disponível em: Pannuti CM, Moraes RB, Savioli RM. Doença periodontal e doença cardiovascular: aplicabilidade das evidências na prática da promoção de saúde. In: Serano Júnior CV, Oliveira MCM, Lotufo RFM, Moraes RGB de, Morais TM de. Cardiologia e Odontologia uma visão integrada. São Paulo: Santos; p Saba-Chujfi E, Pereira SAS, Dias LZS. Inter-relação das doenças periodontais com as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares isquêmicas. Periodontia 2007; 17 (02): Segura RCF, Tramontina VA, Farhat S, Kim SH. Doença periodontal e alterações sistêmicas um novo paradigma. J Bras Endod 2001; 2 (5):

15 2. REVISÃO DA LITERATURA 14

16 15 Joshipural et al. (1996) verificaram a incidência de doença coronariana relacionando com o número de dentes presentes em boca e doença periodontal, explorando a associação dos mediadores químicos. Dentre os homens com doença periodontal e com dez ou menos dentes, foi observada uma alta incidência de doença coronariana, quando comparado com os portadores de dentição intacta. A perda de dentes pode significar doença periodontal prévia que levou a exodontias. Três caminhos que podem ligar a infecção oral com a doença cardiovascular foram citados, na primeira uma infecção oral secundária poderia causar bacteriemia transitória, na segunda ocorreria uma inflamação sistêmica causada por uma injúria imunológica gerada por uma bactéria oral e na terceira uma injúria do sistema vascular que se deve a endotoxinas microbianas. Essas endotoxinas bacterianas podem afetar a integridade endotelial, metabolismo de lipoproteína, coagulação sanguínea, síntese de prostaglandina e função plaquetária. Abrahão et al. (1997) apresentaram as recomendações da Associação Americana do Coração no que diz respeito à prevenção da endocardite bacteriana em procedimentos odontológicos. A endocardite habitualmente se desenvolve em pacientes com defeitos cardíacos estruturais, resultante de bacteriemias por microorganismos que se estabelecem em válvulas cardíacas danificadas, no endocárdio ou no endotélio adjacente a defeitos anatômicos. O mais importante é ressaltar que a bacteriemia pode ocorrer espontaneamente em pacientes com uma higiene oral precária, com doença periodontal ou infecções periapicais mesmo sem estar durante um procedimento odontológico e, por este motivo, indivíduos com risco de vir a ter uma endocardite deveriam manter as melhores condições possíveis de higiene oral, reduzindo a capacidade destas fontes potenciais de microorganismos. Além de que a incidência e magnitude de bacteriemias são proporcionais ao grau de inflamação e infecção. Até mesmo pacientes edentados podem vir a desenvolver uma bacteriemia através de úlceras causadas por próteses mal adaptadas e, por este motivo, deveriam ser analisados periodicamente ou procurar um profissional caso sinta algum desconforto. Grossi (2001) discutiu as complicações sistêmicas, como diabetes mellitus e doenças cardiovasculares, causadas pelo ataque da placa dental e propagação sistêmica da infecção bucal. O biofilme subgengival é um

17 16 reservatório de contínua renovação de lipossacarídeos e outros produtos bacterianos e toxinas, que têm acesso à circulação sistêmica. Esses lipossacarídeos e produtos da superfície de algumas bactérias periodontais, como a Porphyromonas gingivalis, podem promover a proliferação do músculo liso, agregação plaquetária, degeneração gordurosa e depósito nas paredes dos vasos após episódios de bacteriemias, recrutamento de células inflamatórias e secreção de mediadores inflamatórios no endotélio vascular. Os lipossacarídeos também podem estimular indiretamente a produção, pelo fígado, da proteína C reativa, cujos níveis elevados podem servir como marcadores para prever futuros infartos do miocárdio. A identificação de patógenos periodontais nas placas ateromatosas de carótidas humanas levam à evidências diretas do papel das doenças periodontais sobre a doença cardíaca. Segura et al. (2001) realizaram uma revisão de literatura com o objetivo de apontar possíveis riscos e consequências da doença periodontal na saúde geral do indivíduo. O mais importante a ressaltar é que ao examinarmos e tratarmos a saúde oral de um paciente, deve-se ter em mente de que a saúde geral do mesmo pode influenciar diretamente em sua saúde bucal e o contrário também é verdadeiro. O controle de microorganismos presentes na cavidade oral influi de maneira positiva na saúde sistêmica do indivíduo, interferindo em sua resposta imunológica. Diante das evidências, faz-se necessário ressaltar a importância do tratamento periodontal com o objetivo da redução dos níveis de microorganismos patológicos, reduzindo desta forma, o risco de alterações sistêmicas associadas à doença periodontal. Villar e Brito (2001) realizaram um estudo com o objetivo de determinar a ocorrência clínica da doença periodontal em pacientes avaliados no Hospital Universitário Lauro Wanderley e clínicas particulares. A endocardite infecciosa é uma doença cardíaca grave que resulta da colonização de bactérias, fungos e vírus nas válvulas cardíacas previamente comprometidas, esses agentes infecciosos, quando encontram condições favoráveis de colonização, levam a deposição de fibrina e plaquetas em torno da infecção, produzindo uma vegetação. A doença cardíaca pré-existente se torna um fator predisponente de alto risco quando está associado à doença periodontal. Foram selecionados cem indivíduos e divididos em dois grupos. O grupo 1 foi constituído por

18 17 pacientes com doença periodontal avançada e o grupo 2 por indivíduos com ausência de doença até doença periodontal incipiente. O grupo 1 apresentou condições precárias de higiene oral, com presença de doença periodontal em 76% da amostra, enquanto que no grupo 2 esse número foi de 24%. Ao analisar os resultados pode-se verificar a importância da higiene oral e doença periodontal influenciando significativamente sobre o acometimento de endocardite infecciosa, pois não existem dúvidas de que uma fonte de infecção dentária crônica é o fator de risco mais comum na endocardite infecciosa, especialmente em pacientes de risco. Dias (2002) afirmou que dados experimentais, epidemiológicos e clínicos sugerem que doenças periodontais podem constituir um fator de risco para doenças cardiovasculares e aterosclerose. Foi realizado um estudo com 61 pacientes portadores de doença periodontal e diagnosticados com doença aterosclerótica coronariana obstrutiva. Constataram nas amostras intra-orais que 95% dos pacientes tinham pelo menos um patógeno periodontal. Ao relacionar a presença dos patógenos periodontais avaliados nas amostras intra-orais e nos cateteres-balões nos mesmos indivíduos verificou-se uma associação significativa, o que sugere a importância dos patógenos periodontais no início e/ou desenvolvimento de lesões ateroscleróticas. Kunze, Pilatti e Goiris (2002) discutiram a participação de microorganismos decorrentes da doença periodontal e a liberação de citocinas dentro da inflamação que, em conjunto com outros fatores de risco clássicos, tomam parte da patogênese das doenças cardíacas coronarianas. A partir dos dados obtidos concluíram que há realmente uma associação entre as patologias citadas e que, o mecanismo de associação se baseia no fato de que o processo inflamatório da doença periodontal apresenta similaridades com a aterogênese e tromboembolia ligada à infecção. Os mediadores químicos que se tornam presentes em altos níveis nestas inflamações (prostaglandinas e citocinas como a interleucina 1 e o fator de necrose tumoral) induzem a agregação plaquetária e trombose. Concluíram, também, que a doença periodontal deveria ser incluída como um fator de risco para a aterosclerose e doença cardíaca coronariana, e por este motivo torna-se essencial a conscientização profissional para a promoção de saúde bucal nestes pacientes como medida profilática contra as doenças cardíacas coronarianas.

19 18 Lorenzo e Lorenzo (2002) discutiram evidências de que infecções bucais acentuadas, principalmente periodontites, se comportam como fatores de risco para cardiopatias, nascimentos de bebês prematuros de baixo peso, colonização de artefatos ortopédicos, abscessos em diversos órgãos, pneumonias e interferência no controle do diabetes mellitus. Desde o século passado determinou-se que infecções orais se constituem fatores de risco para o estabelecimento de endocardite infecciosa. Estudos atuais apontam que a doença periodontal favorece a ocorrência de patologias vasculares, como a aterosclerose, que podem evoluir para isquemia e infarto do miocárdio consequentemente. Devido ao aumento de vascularização e da ulceração do epitélio, bactérias periodontais e seus produtos tóxicos podem invadir a circulação e se instalar no endotélio vascular, o que ocorre em seguida é uma intensa resposta inflamatória com grande liberação de mediadores inflamatórios que predispõe o acúmulo e penetração de monócitos na parede vascular, proliferação da musculatura lisa, degeneração gordurosa e a coagulação intravascular, culminando na formação de trombos. Foi constatado que pacientes com periodontite possuem aumentos nas taxas sanguíneas de marcadores de inflamação (proteína C-reativa, interleucina 6 e neutrófilos) que se constituem como fatores de risco para a doença cardiovascular, pois potencializam a inflamação das lesões ateroscleróticas. Diante destas constatações, os autores acreditam que torna-se cada vez mais importante a manutenção da saúde oral e que seria importante a elaboração de novas pesquisas sobre o assunto pois este envolve situações de risco que médicos, cirurgiões-dentistas e as demais pessoas devem conhecer para preveni-las. Cunha-Cruz e Nadanovsky (2003) avaliaram até que ponto os estudos epidemiológicos apóiam a hipótese de que as doenças periodontais causam doenças cardiovasculares. As doenças cardiovasculares (DCV) e doenças periodontais (DP) possuem muitos fatores de risco em comum, sendo que as condições de saúde oral e as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas através de fatores sociais e comportamentais, ou seja, é possível que as associações dos estudos reflitam apenas no fato de que pessoas que vivem em melhores condições e têm maior qualidade de vida possuam menor risco a doenças cardiovasculares e melhor saúde oral. Outro fato limitador dos estudos é determinar se a DP ocorreu antes do início da DCV, para afirmar a sua

20 19 causalidade. No entanto, mesmo apresentando componentes etiológicos em comum, a DP pode aparecer antes da DCV sem ser causa da mesma. Outro ponto é que vários mecanismos têm sido propostos para relacionar os níveis altos de mediadores inflamatórios presentes na DP na formação de placas de ateroma, ou sugerem que microorganismos periodontopatogênicos invadem a circulação e induzem a agregação plaquetária, aumentando o risco de eventos trombogênicos, no entanto, esse conhecimento atual ainda não é suficiente para explicar o mecanismo biológico da suposta associação. Estudos de intervenção, durante 21 anos de seguimento, demonstraram que a remoção das DP não diminuiu o risco individual para as DCV e que indivíduos edêntulos apresentam o mesmo risco de DCV que os indivíduos com periodontite. Outros estudos devem ser desenvolvidos para esclarecer as possíveis relações causais entre DP e DCV, sendo que os mesmos devem apresentar as seguintes características: a prevalência e a incidência da DCV devem ser significativamente maiores em pacientes com DP do que em pacientes sem DP; o início da DCV deve seguir-se ao início da DP; a remoção ou redução da DP deve diminuir a incidência da DCV; animais experimentais com DP ou com microrganismos inoculados devem desenvolver mais DCV do que animais sadios sem DP; microrganismos da DCV devem ser os mesmos microrganismos orais do paciente; a associação postulada entre DP e DCV deve ser biologicamente plausível. Cury et al. (2003) discutiram estudos que sugerem um efeito potencial da periodontite sobre algumas doenças sistêmicas. A entrada de microorganismos e seus produtos na corrente sanguínea pode ser resultante da infecção periodontal, sendo denominados respectivamente de bacteriemia e endotoxemia. Alguns pacientes em especial devem receber profilaxia antibiótica previamente a intervenção odontológica que possa causar bacteriemia. Entre eles podemos citar indivíduos portadores de cardiopatia valvular reumática e outras doenças valvulares adquiridas. A endocardite infecciosa aguda pode ser resultante de bacteriemias, sendo os agentes etiológicos mais comuns os estreptococos orais. Mecanismos podem contribuir para interação entre infecções periodontais e dentais e doenças cardiovasculares, tais como os efeitos diretos dos agentes infecciosos na

21 20 formação do ateroma, comum predisposição e fatores de risco em comum para essas doenças. Nóbrega et al. (2003) analisaram o mecanismo que envolve o interrelacionamento entre a doença periodontal e as doenças cardiovasculares, baseado em dados encontrados na literatura. A partir da revisão de literatura, confirmaram que, da mesma forma que a saúde geral do paciente pode influir na sua saúde oral, o contrário também é verdadeiro. O tratamento periodontal é importante, pois, a partir dele diminui-se o número de microorganismos e seus produtos, além das substâncias liberadas pelo próprio hospedeiro, em resposta à presença do biofilme dentário, reduzindo dessa forma o risco de alterações sistêmicas como as doenças cardiovasculares. Feliciano (2004) estudou a doença periodontal como fator de risco para as doenças cardiovasculares. Estudos recentes relacionam a condição oral, em especial a doença periodontal, por seu caráter infeccioso, como fator de risco às doenças cardíacas. Existem várias hipóteses para explicar a associação dessas duas doenças, uma delas é que, em pacientes infectados, apenas a ação de escovar os dentes pode produzir uma bacteriemia assintomática, levando ao aumento de leucócitos e desencadeando eventos de agregação plaquetária. Além disso, a doença periodontal é causada por microorganismos gram-negativos Aggregatibacter actinomycetemcomitans,, Streptococcus sanguis e Porphyromonas gengivalis) e os seus produtos bacterianos, como lipopolissacarídeos e endotoxinas, podem afetar a integridade endotelial, coagulação sanguínea e função de plaquetas. Essas bactérias têm a capacidade de penetrar no tecido gengival, resultando em uma resposta imunológica e produção de medidores inflamatórios que irão gerar eventos tromboembolíticos e ateroscleróticos. Ainda existe a possibilidade de que a relação entre essas duas doenças seja resultante de um fenótipo monócito hiperinflamatório, esses pacientes liberam altos níveis de mediadores próinflamatórios que têm papel fundamental na patogenicidade da doença periodontal e desenvolvimento de lesões ateroscleróticas e eventos tromboembolíticos. Pacientes com doenças periodontais apresentam maior nível de fibrinogênio plasmático e células sanguíneas brancas, que são fatores de risco para doenças cardiovasculares, promovendo formação de trombose. Estudos epidemiológicos experimentais e evidências clínicas demonstram que

22 21 pacientes com manifestações de doença cardiovascular ou infarto cerebral apresentam infecções periodontais mais graves, e que essa gravidade relaciona-se à aterosclerose. Pacientes com periodontite apresentam 50% mais risco às doenças cardíacas do que aqueles com um mínimo de doença periodontal. A presença de dentes é um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares, demonstrando a relação entre infecções orais e doenças cardíacas isquêmicas. As características em comum da doença periodontal e doença cardiovascular podem estar relacionadas com idade, raça, sexo, educação, nível sócioeconômico, estado civil, peso corporal, pressão arterial, classe social, fumo, concentração de lipídios séricos, diabetes, álcool, base genética de susceptibilidade, dieta e higiene. Lima et al. (2004) avaliaram a associação entre doença periodontal e doença cardíaca, mediante a análise da incidência de doença periodontal em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina instável (AI). Foram avaliados 81 pacientes, com idade entre 38 e 90 anos, divididos em três grupos: saudáveis, doentes e desdentados totais. Destes pacientes, 61,7% dos pacientes haviam sofrido IAM e 38,3% AI, sendo que 39,5% eram desdentados totais e 60,5% possuíam mais de três elementos dentais. Dos pacientes desdentados totais 37,5% afirmaram história de doença periodontal anterior. Dos pacientes dentados, 85,7% eram portadores de doença periodontal em diferentes níveis. Embora a incidência de periodontite nos pacientes com história de IAM e AI tenha sido alta, não foi possível provar a sua relação direta, pois muitas variáveis são ligadas diretamente a elas. De acordo com Lotufo e Pannuti (2004), infecções crônicas podem disseminar seus microorganismos para outros órgãos do corpo, o que é denominado infecção focal. Desta forma, infecções orais podem envolver a participação de microorganismos no desenvolvimento de doenças à distância. Evidências têm demonstrado uma possível relação de condições sistêmicas com a doença periodontal, entre elas, citamos a endocardite infecciosa, doenças cardiovasculares, aterosclerose e outros. A cavidade oral contém praticamente a metade da microbiota do corpo humano, aproximadamente 6 milhões de microorganismos, que são encontrados em praticamente todos os nichos da cavidade bucal. Estes microorganismos oferecem um contínuo desafio para o desenvolvimento de infecções oportunistas na cavidade oral,

23 22 como a doença periodontal. Neste caso as bactérias da microbiota subgengival têm acesso à corrente sanguínea do tecido conjuntivo subepitelial através do epitélio ulcerado da bolsa, podendo através desta via causar, então, uma infecção focal. Ferraz Júnior e Carvalho (2006) efetuaram uma revisão de literatura com o objetivo de elucidar os principais mecanismos biológicos que relacionam a doença periodontal com as doenças cardiovasculares. Estudos antigos reportavam que a periodontite severa é um fator de risco para o estabelecimento de endocardite infecciosa, porém, hoje em dia estudos mais recentes relatam que a doença periodontal predispõe à alterações vasculares, como a aterosclerose, que pode evoluir para uma isquemia e consequente infarto do miocárdio. Por este motivo, a American Academy of Periodontology considera as infecções orais como fatores de risco para doenças cardiovasculares, podendo compará-las com o tabagismo, hipertensão e alto teor de triglicerídeos. As principais cardiopatias que afetam a população do mundo moderno podem ser classificadas da seguinte maneira: doença coronariana, hipertensão arterial, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca, sendo que, esses quatro principais grupos de cardiopatias têm uma grande relação com a aterosclerose. Estudos sugerem que as doenças periodontais, devido a sua natureza infecciosa, poderiam produzir a injúria desencadeadora da aterosclerose ou até mesmo, agravar o processo préexistente. A correlação entre doença periodontal e doença cardiovascular também pode ser vista com relação ao papel dos mediadores inflamatórios e imunológicos. O aumento dos índices de proteína C-reativa tem sido relacionado ao infarto agudo do miocárdio e a morte súbita por cardiopatias. Esta mesma proteína é encontrada em altos níveis em pacientes com doença periodontal. Os autores concluíram que existe uma forte ligação entre a doença periodontal e as cardiopatias e enaltecem a importância do tratamento periodontal como forma de eliminar a atuação de um potencial fator de risco às doenças cardiovasculares. Neben, Novaes e Solis (2006) realizaram um estudo a respeito da associação da doença periodontal com fatores de exposição e condições sistêmicas, como as doenças cardiovasculares. Algumas hipóteses podem justificar essa associação, entre elas citamos: citocinas são liberadas como

24 23 resposta aos agentes infecciosos relacionados à doença periodontal e podem iniciar e propagar a formação de um ateroma; a resposta inflamatória ao lipopolissacarídeo de patógenos periodontais pode agravar o quadro clínico das duas condições; eventos tromboembólicos podem ser influenciados por patógenos periodontais. A doença periodontal pode estar relacionada com o desenvolvimento ou colaborar para o agravamento de doenças cardiovasculares, entretanto, como as duas condições apresentam fatores de risco em comum, a sua associação causal é mais difícil de ser comprovada. Dias et al. (2007) analisaram a relação existente entre doenças periodontais e acidente vascular cerebral, através de evidências encontradas na literatura. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das doenças cardiovasculares que possuem uma grande relação com a aterosclerose, e é subdividido em infartos hemorrágicos e isquêmicos, sendo este último a causa mais freqüente dos AVCs. As doenças periodontais são infecções crônicas causadas por patógenos anaeróbios que culminam na formação de bolsas periodontais levando à destruição do ligamento e do osso alveolar. Algumas bactérias como o Actinobacillus actinomycetemcomitans e o Porphyromonas gingivalis são exclusivas da cavidade oral e podem se disseminar para outras áreas do corpo, levando a infecções em órgãos vitais. A aterosclerose, principal doença cardiovascular, é uma condição crônica progressiva que afeta artérias e músculos e é composta por um acúmulo de lipídios/proteínas e um componente inflamatório. A presença de agentes infecciosos pode levar a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, é neste contexto que a doença periodontal tem sido apontada como um dos vários fatores que contribuem para a ocorrência de doenças cardiovasculares, talvez até mais importante que o fumo. Tal associação foi comprovada em um estudo prospectivo em que 1147 pacientes com avaliação periodontal foram monitorados por 18 anos e foi observado que a perda óssea periodontal estava associada com o risco aumentado para AVC. É importante acrescentar que bactérias periodontais foram encontradas em placas ateromatosas de pessoas que sofreram AVC. Com base no estudo os autores puderam concluir que os mecanismos básicos que poderiam explicar como a doença periodontal leva a um risco aumentado de AVC ainda não são conclusivos e claros, entretanto algumas teorias são sugeridas: 1) pacientes com doença periodontal apresentam alterações

25 24 fisiopatológicas/imunológicas que levariam a um aumento no surgimento de lesões ateroscleróticas e eventos tromboembolíticos, tornando-os mais susceptíveis ao AVC; 2) fatores sistêmicos modificam o processo inflamatório que ocorre nas duas doenças; 3) presença do fenótipo monocítico hiperinflamatório pode ser a base biológica comum para o desenvolvimento da doença periodontal e formação de ateroma/avc, sendo esta última teoria complementação da anterior. Diante disto, estudos longitudinais experimentais de larga escala são necessários para determinar causalidade e confirmar a associação, como também medidas de prevenção devem ser realizadas para evitar o surgimento das duas doenças. Nonnenmacher et al. (2007) avaliaram a associação entre doença coronariana e condição periodontal usando um estudo de caso controle e sequência da reação de polimerase para análise microbiológica. Foram avaliados noventa homens, entre 48 e 80 anos e não foram observadas diferenças significativas entre os casos e controles considerando a idade, índice de massa corpórea e número de dentes presentes. Os pacientes com doença aterosclerótica tiveram bolsas profundas e pior condição periodontal do que indivíduos sem doença aterosclerótica, mostrando que há uma ligação entre doença periodontal e aterosclerótica, no entanto a Prevotela intermedia foi o único patógeno periodontal que teve seu nível aumentado em pacientes com doença aterosclerótica. Pannuti, Moraes e Savioli (2007) realizaram uma revisão de literatura com o objetivo de quantificar e qualificar a intensidade das evidências da associação entre as doenças ateroscleróticas e a saúde oral. A compreensão da doença periodontal e da doença cardiovascular é essencial no esclarecimento das possibilidades da relação causal a partir da morbidade oral. A maneira mais comum da ocorrência da doença periodontal pode ser entendida como uma manifestação de origem inflamatória, infecciosa e imunológica. A aterosclerose tem natureza multifatorial, decorrente de uma inflamação crônica da parede arterial, com depósitos de substâncias gordurosas, restos celulares, colesterol, plaquetas, fibrina e cálcio, que conduzem à formação de placas enrijecidas e diminuição da elasticidade e luz dos vasos. Existem indícios de que as infecções crônicas estejam associadas às doenças cardiovasculares e evidenciam que existem quatro possibilidades

26 25 de relacioná-las: suscetibilidade em comum, inflamação, infecção direta dos vasos e reatividade cruzada entre antígenos bacterianos e autógenos. Na hipótese da suscetibilidade em comum, a presença de um fenótipo monocítico hiperinflamatório, comum às duas doenças, seria o mecanismo biológico a relacionar as ocorrências. Na hipótese de inflamação, a doença periodontal sucede da interação entre o lipopolissacarídeo (LPS) das bactérias e os monócitos. Este fato leva à liberação de diversas citocinas (mediadores inflamatórios) no local, fato este que é essencial para o início e progressão do comprometimento do periodonto. Na trombogênese, esta interação ocorre de forma semelhante, desde a formação do ateroma até o aparecimento da doença cardiovascular, em que o LPS bacteriano (de origem bucal) pode ter um efeito vascular significativo e desencadear a liberação das citocinas na circulação. Esses mediadores inflamatórios, que são provenientes da lesão bucal, podem desencadear agregação e adesão plaquetária na parede vascular interna. As mesmas citocinas ainda podem iniciar uma resposta aguda sistêmica. Recentes estudos mostraram que pode ocorrer aumento da proteína C reativa (PCR) em pacientes com doença periodontal. Tanto a PCR como a interleucina 6 são marcadores sistêmicos da doença periodontal e estão ligados às complicações da aterosclerose. Na hipótese da infecção, as bactérias entram na circulação induzindo a um aumento da atividade de prócoagulação das células endoteliais, podendo resultar na aterosclerose e suas complicações. Alguns microorganismos associados à doença periodontal, como por exemplo, o Phorphyromonas gingivalis, teriam a capacidade de ultrapassar os tecidos e invadir a corrente circulatória e, ao se disseminarem, poderiam ativar uma resposta de fase aguda que colabore com futuros eventos tromboembólicos. E, a hipótese da reatividade cruzada, em que as bactérias periodontais induzem a uma resposta imune local e a reatividade cruzada entre esta resposta e o epitélio vascular é o que culminaria no processo que desenvolveria a doença cardiovascular. Diante dos níveis de evidências discorridos, é necessária a adoção de medidas integradas entre os segmentos odontológico e médico para diminuir os riscos à saúde. A inclusão do cirurgiãodentista nas equipes hospitalares deveria ser praticada em todos os hospitais do país. Desta forma, teríamos melhores condições de promoção de saúde aos pacientes em atendimento.

27 26 Rech et al. (2007), analisaram a associação entre doença periodontal e síndrome coronariana aguda e avaliaram a relação entre periodontite e pacientes com síndrome coronariana aguda. Esta é uma área que necessita novas pesquisas para um melhor entendimento entre os eventos isquêmicos agudos e a doença periodontal. Os resultados obtidos a partir desta pesquisa evidenciam a hipótese de que infecções orais podem estar relacionadas aos eventos inflamatórios e trombóticos, e desta forma, influenciar na ocorrência de eventos coronarianos agudos. Estes processos estimulariam a liberação de citocinas, como interleucina 1 e fator de necrose tumoral, na presença de lipopolissacarídeos bacterianos. Tais substâncias agiriam sistemicamente, a partir do complexo vascular periodontal, ou seriam liberadas pelas células endoteliais coronarianas e teriam capacidade de promover agregação plaquetária e formação de trombos. Os autores ainda salientam que um recente estudo mostrou que a extinção de uma periodontite avançada através da extração do elemento dentário comprometido leva a redução de marcadores de risco inflamatórios e trombóticos, sustentando a hipótese de que o tratamento da doença periodontal pode reduzir a ocorrência de eventos cardiovasculares. Os autores concluíram, que não houve associação independente entre a doença periodontal e a síndrome coronariana aguda. Entretanto, houve associação independente entre periodontite e síndrome coronariana aguda. Rösing, Haas e Fiorini (2007) discorreram sobre o entendimento da prevenção no contexto do paradigma de Medicina Periodontal. Na promoção de saúde geral, se abordarmos fatores de risco em comum, podemos ter um resultado efetivo em um grande número de doenças com baixo custo e maior eficácia do que se levarmos em consideração doenças específicas isoladamente. As doenças cardiovasculares, por exemplo, possuem fatores de risco em comum com a periodontite, ou seja, ao evitarmos esses fatores, ambas estarão sendo beneficiadas. Apesar da doença periodontal estar sendo associada com várias doenças sistêmicas, como as doenças cardiovasculares, a influência do tratamento periodontal sobre essa condição precisa ser melhor esclarecida. Saba-Chujfi, Pereira e Dias (2007) efetuaram uma análise bibliográfica de pesquisas sobre a possível associação entre a presença de doenças

28 27 periodontais e as alterações cardiovasculares e/ou cerebrovasculares isquêmicas. Os autores afirmam que a aterosclerose é a principal responsável pela maioria dos casos de doenças cardiovasculares e doenças cerebrovasculares isquêmicas. A aterosclerose é um processo multifatorial e suas consequências são a obstrução de artérias coronárias, disfunção endotelial, alteração da agregação plaquetária, trombose e espasmo. Esta doença é evolutiva e pode progredir até a obstrução total da artéria coronária e instabilização das plaquetas, levando a angina e infarto. Nos últimos anos, várias evidências científicas têm comprovado a interrelação entre a patogênese da aterosclerose e a presença de infecções crônicas. Através de diversos mecanismos, alguns microorganismos podem infectar as células do endotélio vascular e desta forma, dar início à patogênese da formação das placas de ateroma ou apenas acelerar este processo. Infecções crônicas orais tais como as infecções do periodonto, têm sido associadas com o processo de formação da aterosclerose. Estas mesmas infecções parecem aumentar o risco de doença cardiovascular e doenças cerebrovasculares isquêmicas da mesma forma que os fatores ditos como clássicos, devido à inflamação da doença periodontal que leva à presença de altos níveis de mediadores químicos que exacerbam a aterogênese. Embora a frequência de periodontite crônica seja elevada, esta condição não pode ser considerada como a principal causa de doenças cardiovasculares. No entanto, as doenças periodontais podem contribuir para a exacerbação e/ou o desenvolvimento de infartos por problemas ateromatosos, pois expõem o indivíduo às reações inflamatórias por microorganismos patogênicos. A higiene bucal inadequada contribui para o maior acúmulo de microorganismos sobre as superfícies dentárias e tecidos adjacentes, predispondo à infiltração de mais bactérias e seus produtos, no interior dos tecidos e na corrente sanguínea, elevando o risco para alterações sistêmicas ateromatosas. No futuro, pela associação da doença periodontal com a doença arterial coronariana e o acidente vascular cerebral isquêmico, a odontologia terá maior importância do que apenas de salvar dentes e sorrisos. Além disto, as doenças periodontais constituem-se como um possível fator de risco que pode ser eliminado trazendo benefícios a um imenso número de pacientes, tendo em vista que o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral se tratam de doenças com alta morbi-mortalidade.

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