DIREITO ADMINISTRATIVO TRT-MG Técnico Administrativo

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1 DIREITO ADMINISTRATIVO TRT-MG Técnico Administrativo CONCURSO: Tribunal Regional do Trabalho Minas Gerais CARGO: Técnico Administrativo PROFESSOR: Adriel Sá Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br

2 AULA INAUGURAL Sumário CONSIDERAÇÕES INICIAIS...3 CRONOGRAMA DE AULAS...5 PODERES E DEVERES ADMINISTRATIVOS INTRODUÇÃO PODER DISCRICIONÁRIO PODER VINCULADO PODER REGULAMENTAR PODER HIERÁRQUICO PODER DISCIPLINAR PODER DE POLÍCIA CONCEITO POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA MEIOS DE ATUAÇÃO COMPETÊNCIA PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E DELEGADO FASES OU CICLO DO PODER DE POLÍCIA SANÇÕES PRESCRIÇÃO DA AÇÃO PUNITIVA ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA USO E ABUSO DE PODER QUADRO SINÓPTICO DA AULA BIBLIOGRAFIA QUESTÕES COMENTADAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS GABARITOS

3 Considerações iniciais Olá, concursandos de todo o Brasil! Vamos iniciar nossos estudos para o concurso do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais? Mais uma vez o C24h larga na frente para apoiar você nessa caminhada. Meu intuito é fazer com que você gabarite (isso mesmo: acertar todas as questões) na disciplina de. Sou Adriel Sá e desde 1999 sou servidor público federal, atuando sempre na área administrativa dos órgãos por onde passei. Portanto, é uma disciplina na qual tenho contato diariamente. Também atuo como professor de, Administração Geral e Administração Pública nos sites preparatórios para concursos TecConcursos, Estratégia Concursos e Concurseiro Fiscal. Esse curso contemplará todos os temas do edital publicado em 07/05/2015. A ilustre banca FCC é, sem dúvida, uma excelente organizadora, e responsável por conduzir vários dos concursos regionais da área fiscal, defensoria, procuradoria e Tribunais (TRTs, TREs e TRFs). Costuma prezar pela qualidade dos certames e, nos últimos tempos, anda assombrando os concursandos. As provas estão bastante criativas e gigantescas. Acabou aquela "historinha" de que DECOROU, PASSOU! Vamos utilizar muitas questões para fixação do conteúdo, além de outras que se fizerem necessárias para a compreensão total do assunto, desde que sigam o mesmo estilo de cobrança da organizadora FCC. Pessoal, sabemos que quanto mais difíceis são os concursos, maior a necessidade de nos prepararmos, tomando por base, obviamente, excelentes materiais. E o material PDF, professor, é suficiente? Nem sempre! E a lógica é simples de compreender. Os alunos, infelizmente, prezam materiais mais resumidos, sintéticos, direto ao ponto. E, dentro de uma lógica empresarial, os Professores acabam traduzindo no PDF a tendência (passada) das ilustres organizadoras, com materiais objetivos, pragmáticos. No entanto, o bom do PDF é não ter limitação de folhas. Nós, Professores, podemos avançar por doutrina, jurisprudência, questões de fixação. O problema é que as aulas ficam um pouco cansativas, e até enfadonhas. Mas é um mal necessário, em se tratando de um concurso tão concorrido como esse. Portanto, vamos realizar aprofundamentos teóricos apenas no estritamente necessário à sua prova

4 As aulas deste curso são preparadas de acordo com mais de 15 bons livros doutrinários de (incluindo o nosso, com lançamento previsto para a segunda semana de maio, pela Editora Gen/Método), além de algumas teses de Mestrado/Doutorado, e jurisprudências do STF, STJ e TCU. Ressalte-se que a ideia não é criar o Direito, mas sim organizá-lo, para simplificar os seus estudos. Então, amigos(as), nosso propósito é encurtar o caminho da sua aprovação! Esse curso abordará, de forma detalhada, a seguinte EMENTA do edital (por didática, a sequência das aulas pode nem sempre corresponder à sequência abaixo): NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 1 Direito administrativo. 1.1 Conceito. 1.2 Objeto. 1.3 Fontes. 2 Regime jurídicoadministrativo. 2.1 Conceito. 2.2 Princípios constitucionais da Administração Pública. 3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 5 Poderes da Administração Pública. 5.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 5.2 Uso e abuso do poder. 6 Organização administrativa. 6.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. 6.2 Administração direta e indireta. 6.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 7 Serviços públicos. 7.1 Conceito e princípios. 7.2 Delegação: concessão, permissão e autorização. Ressalta-se que o tema Agentes públicos (Disposições Constitucionais e Lei 8.112/1990) será visto em módulo à parte, apresentado pelo Prof. Davi Sales. Vamos em frente, certos de que a vitória chegará para todos aqueles que perseverarem. Tenham fé! "Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor!" Sl Forte abraço a todos! Adriel Sá. adriel@concurseiro24horas.com.br

5 Cronograma de aulas Aula Data Conteúdo Inaugural 08/05/ Poderes da Administração Pública. 5.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 5.2 Uso e abuso do poder. 2 20/05/ /05/ /06/ /06/ Direito administrativo. 1.1 Conceito. 1.2 Objeto. 1.3 Fontes. 2 Regime jurídico-administrativo. 2.1 Conceito. 2.2 Princípios constitucionais da Administração Pública. 6 Organização administrativa. 6.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. 6.2 Administração direta e indireta. 6.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 7 Serviços públicos. 7.1 Conceito e princípios. 7.2 Delegação: concessão, permissão e autorização. 6 30/06/2015 Resumão de véspera

6 PODERES E DEVERES ADMINISTRATIVOS 1. Introdução O Estado, por seu uma ficção jurídica, não age por si mesmo, sendo impulsionado por seus agentes públicos. Assim, a esses agentes públicos, de diversos níveis de atuação, são conferidas prerrogativas peculiares para que os interesses legítimos da sociedade seja efetivamente alcançado. No campo administrativo, esse conjunto de prerrogativas de Direito Público, concedidos, de regra, por lei, é chamado de Poderes da Administração. No entanto, da mesma forma que a Administração concede essas prerrogativas, é necessário buscar um equilíbrio por meio de diversos deveres impostos aos agentes públicos. Essa contrapartida aos Poderes da Administração denominase Deveres da Administração. Considerando os princípios basilares que regem a Administração Pública, temos que enquanto o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado remete-nos à ideia de poderes, o princípio da indisponibilidade vincula-se ao contexto dos deveres, formando, portanto, esse binômio de poder-dever. Segundo Hely Lopes Meirelles, para o particular, o poder de agir é uma faculdade; já para o administrador público há uma obrigação de atuar, desde que se apresente a oportunidade de exercitá-lo em benefício da comunidade. A seguir, alguns principais deveres dos agentes públicos: A subordinação hierárquica, que ocorre pelo acatamento às ordens legais, provenientes de autoridade competente, de forma adequada e com objetivos lícitos. O dever de eficiência, entendido como as ações do agente público no sentido de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. O dever de probidade, que deve estar vinculado à conduta do administrador público como elemento necessário à realização de seus atos

7 O dever de prestar contas, como encargo de gestão de bens e interesses públicos. Ainda, o dever de lealdade com as instituições, também denominado dever de fidelidade, que exige de todo servidor a maior dedicação ao serviço e o integral respeito às leis e às instituições constitucionais. 2. Poder discricionário O poder discricionário se traduz no fato de que a lei não tem condições de apresentar, com detalhes, todas as condutas de um agente público. São várias as situações em que é necessária a intervenção discricionária de valoração dessas condutas, ou seja, pode o indivíduo, na qualidade de administrador público, avaliar a conveniência e oportunidade dos atos de interesses coletivos que vai praticar. Esse juízo discricionário, porém, não pode ser confundido com arbitrariedade, pois ao contrário dos particulares de modo geral, a Administração só pode fazer aquilo que a lei determina ou autoriza - princípio da legalidade administrativa caput do art. 37 da CF/1988. Desse modo, ainda que presente os critérios de discricionariedade, o agente deve pautar sua conduta em parâmetros pautados em lei, não se admitindo ações que extrapolem esses limites. Não há discricionariedade de forma absoluta! A discricionariedade é resumida em um binômio: conveniência e oportunidade. A conveniência indica em que condições vai se conduzir o agente (o seu modo de agir); a oportunidade, o momento em que a atividade deve ser produzida. Os elementos ou requisitos do ato administrativo são: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Os três primeiros são sempre vinculados, ou seja, sobre estes o agente não possui liberdade quanto à decisão e à forma de agir. Assim, a discricionariedade, quando existente, diz respeito aos dois últimos, motivo e objeto (conteúdo dos atos

8 administrativos), que constituem, em essência, o mérito administrativo, existente nos atos discricionários. 1 Apontando a doutrina de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, podemos considerar que haverá discricionariedade para a Administração Pública nas seguintes situações: A própria lei concede a possibilidade à Administração de agir de forma discricionária, como no caso de remoção de ofício do servidor, para atender necessidade de serviço; A lei é omissa, dado que não há viabilidade de se prever por meio de normas de cunho geral e abstrato todas as hipóteses que surgirão para a decisão administrativa; A lei prevê certa competência diante de determinada situação, mas não a conduta a ser adotada. Temos como exemplo o poder de polícia, para o exercício do qual é impossível traçar todas as condutas possíveis diante de lesão ou ameaça de lesão à vida, à segurança pública. Ainda, citamos os casos de discricionariedade por parte da Administração quando esta faz interpretação de conceitos jurídicos indeterminados. Esses conceitos são estabelecidos pelo legislador, porém, de forma imprecisa, incerta, fluida, como por exemplos, os requisitos de relevância e urgência para a edição de medidas provisórias e os bons antecedentes comprovados a partir de documentos constantes em assentamento funcional. 3. Poder vinculado O poder vinculado, também chamado de poder regrado, é aquele conferido por lei à Administração para a prática de atos nos quais a liberdade de atuação é mínima ou inexistente. Determinada servidora pública teve seu primeiro filho. Qual é a margem de discricionariedade de a Administração indeferir a licença gestante, e indeferir a licença paternidade do pai, se igualmente servidor público? Nenhuma! 1 Destaca-se que a posição majoritária é de que a competência, a finalidade e a forma são elementos sempre vinculados. No entanto, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, apenas a competência e a finalidade serão sempre elementos vinculados

9 Nos atos vinculados, a doutrina majoritária informa que todos os elementos que o compõem encontram expressa previsão legal, e o órgão/entidade responsável pela prática do ato não goza de liberdade para implementação dos atos vinculados, para os quais haveria uma única saída prevista na lei. 4. Poder regulamentar O poder regulamentar é a prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização. O mais conhecido destes atos regulamentares são os decretos, expedidos pelos chefes do Executivo. Entretanto, nem todos os decretos possuirão caráter regulamentar. O art. 84 da CF/1988, por exemplo, atribui ao Presidente da República a competência privativa para decretar a intervenção, estado de sítio e estado de defesa. Nessas situações, está-se diante da função política, de ato tipicamente de governo, de natureza não regulamentar. Alguns autores preferem falar em poder normativo, uma vez que o poder regulamentar representaria apenas uma das formas pelas quais se expressa o normativo do Estado. Considerando essa corrente, podemos expor o seguinte esquema: A regra é que o poder regulamentar seja exercido pelos chefes do Poder Executivo. Nesse sentido, a CF/1988 dispõe, no inc. IV do art. 84, que compete ao Presidente da República privativamente, dentre outras atribuições: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução

10 O detalhe importante está no fato de que os atos regulamentares ou normativos não podem inovar no ordenamento jurídico. Logo, não se confunde com as leis, apesar da proximidade quanto ao conteúdo abstrato e geral. No que consistiria, então, a diferença dos normativos administrativos para as leis? As leis são normas originárias, responsáveis por criar, de regra, o direito novo. Por sua vez, os atos normativos administrativos possuem natureza derivada, isto é, são atos secundários, uma vez que deverão estar adstritos aos limites impostos pelas leis. Entretanto, há uma polêmica e discutível exceção constitucional que autoriza ato do chefe do Poder Executivo Federal a inovar na ordem jurídica: expedição de decretos autônomos. Os decretos autônomos foram reintroduzidos em nossa ordem jurídica por intermédio da Emenda Constitucional 32/01. Compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre (art. 84, inc. VI): a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Hoje, para fins de concursos públicos, deve ser aceita a existência de decretos autônomos tão só nessas hipóteses apresentadas. 5. Poder hierárquico Nas relações pautadas na hierarquia, vislumbra-se vínculo de subordinação entre órgãos e agentes. A hierarquia é o escalonamento vertical dos órgãos e agentes da Administração objetivando a organização da função administrativa. Portanto, onde ocorrer o desempenho da função administrativa, poderá ocorrer uma relação hierárquica. O poder hierárquico é o poder que permite à Administração distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar, fiscalizar, rever, delegar ou avocar a atuação de seus agentes, estabelecendo as relações de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Apresentamos o seguinte esquema sobre o poder hierárquico:

11 Agora, vejamos cada um dos aspectos elencados nesse diagrama. Ordenar implica impor ao subordinado a conduta a ser adotada diante do caso concreto. Cabe reforçar que o dever de obediência não se aplica às ordens emanadas manifestamente ilegais. Delegar consiste na transferência do exercício de atribuições de um órgão a outro no aparelho administrativo. Fiscalizar significa verificar se a conduta dos subordinados alinha-se com as disposições das normas legais e regulamentares, bem como em relação às diretrizes fixadas pelos agentes superiores. Avocar é a possibilidade que tem o superior de trazer para si as funções exercidas por um subalterno. É medida excepcional, que só pode ser realizada à luz de permissivo legal e que desonera o subordinado com relação a qualquer responsabilidade referente ao ato praticado pelo superior. Revisar implica a apreciação pelos superiores quanto aos aspectos dos atos praticados pelos agentes inferiores, mantendo-os ou invalidando-os. Ocorrerá de ofício (iniciativa da Administração) ou por provocação do interessado. Por fim, não devemos confundir vinculação administrativa com subordinação hierárquica. A vinculação administrativa possui âmbito externo, sendo consequência do controle que as pessoas federativas têm sobre as pessoas administrativas

12 componentes da Administração Indireta, a exemplo do controle finalístico do Ministério da Fazenda Administração Direta sobre o BACEN Administração Indireta). Já a subordinação hierárquica possui âmbito interno, estabelecida entre órgãos de uma mesma entidade. 6. Poder disciplinar Em decorrência do poder hierárquico temos o poder disciplinar, entendido como a possibilidade de a Administração aplicar sanções àqueles que, submetidos à ordem interna, descumpram as ordens advindas da hierarquia existente. O poder disciplinar é normalmente identificado como aquele que permite aplicação de penalidades aos servidores públicos. Na verdade, a conclusão está incompleta. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, celetista, contratual ou temporário. Então, particulares também podem ser submetidos ao poder disciplinar? Sim! É o caso, por exemplo, dos que firmam contratos com a Administração Pública, que estarão submetidos às sanções disciplinares pelo vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual, já que o contrato cria um vínculo especial do contratado com a Administração

13 Boa parte da doutrina entende que o exercício do poder disciplinar seria essencialmente discricionário. De fato, o poder disciplinar decorre, em boa medida, do escalonamento hierárquico verificado no exercício da atividade administrativa. Com efeito, se ao superior é dado poder de fiscalizar os atos dos subordinados, nada mais lógico que, em se verificando o descumprimento de ordens ou normas, tenha-se a possibilidade de impor as devidas sanções que a conduta infratora exija. Ocorre que o poder disciplinar é um poder-dever, que obriga a autoridade a apenar o infrator, caso a sanção a ser aplicada esteja na esfera de sua competência. Para ratificar o que se afirma, vejamos o que estabelece o art. 143 da Lei 8.112/1990: A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover sua apuração imediata (...). Verificada a conduta que constitua uma possível infração, não pode a autoridade se furtar da devida apuração. Ressalta-se que a não apuração de uma infração da qual uma autoridade tenha conhecimento poderá implicar a responsabilidade de tal administrador, conforme se extrai do art. 320 do Código Penal, que considera crime: Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente (...). Bem, onde residiria a discricionariedade do poder disciplinar? Vamos verificar alguns exemplos na Lei 8.112/1990. Uma das punições previstas pela lei (art. 127) é a demissão. Dentre as hipóteses para aplicação desta, encontra-se a insubordinação grave em serviço (inc. VI do art. 132). Mas, o que seria uma insubordinação grave? A lei não a define, tratando-se, portanto, de um conceito jurídico indeterminado, o que, para parte da doutrina, gera a discricionariedade da Administração ao interpretá-lo. Noutra passagem (art. 130), a lei diz que a suspensão será aplicada nos casos de reincidência das faltas puníveis com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias. Mas quantos seriam os dias para cada infração? É nesse sentido que existe discricionariedade no exercício do poder disciplinar. Registre-se, ainda, que não há de se confundir o poder disciplinar, administrativo com o poder punitivo geral do Estado (jus puniendi). Enquanto aquele é de ordem interna, abrangendo as infrações relacionadas ao serviço aos encargos da Administração, este é mais amplo, realizado, por exemplo, pelo Poder Judiciário, ao reprimir crimes e contravenções

14 Também é importante salientar que os atos de punição disciplinar sempre deverão ser motivados, ou seja, contendo a exposição dos motivos, de fato e de direito, que levaram à aplicação da sanção disciplinar. Sobre o tema, o art. 50, inc. II, da Lei 9.784/1999, que regula o processo administrativo na Administração Pública Federal, estabelece que, dentre outros, os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções. 7. Poder de polícia 7.1. Conceito Dentre os poderes da Administração, o poder de polícia é o único com definição legal, extraído do art. 78 do Código Tributário Nacional: Atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos. Pela definição doutrinária, temos que o poder de polícia é a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Sobre o caráter negativo ou positivo do poder de polícia, destacamos a lição de Celso Antônio Bandeira de Mello (grifou-se): Tendo em vista encarecer a ideia de que através do poder de polícia pretendese, em geral, evitar um dano, costuma-se caracterizá-lo como um poder negativo. Ao contrário da prestação de serviços públicos, que se preordena a uma ação positiva, com obtenção de resultados positivos, como é o oferecimento de uma utilidade ou comodidade aos cidadãos, o poder de polícia seria negativo, pois sua função cingir-se-ia a evitar um mal, proveniente da

15 ação dos particulares. A afirmativa, entretanto, não procede. É excessivamente simplista. Caracterizar o poder de polícia como positivo ou negativo depende apenas do ângulo pelo qual se encara a questão. Com efeito, tanto faz dizer que através dele a Administração evita um dano, quanto que por seu intermédio ela constrói uma utilidade coletiva. Colocada a matéria nos termos da segunda assertiva, a atividade de polícia teria de ser considerada positiva. Em resumo, o poder de polícia consiste na limitação do exercício das liberdades individuais, quando assim exigir o interesse público. É uma intervenção eminentemente negativa do Estado na sociedade. Contudo, muitas vezes o exercício do poder de polícia pode levar à exigência de obrigações positivas do Estado com relação ao particular. Para Odete Medauar, o poder de polícia está sujeito a um regime jurídico, com as seguintes peculiaridades: a) Poder de polícia é atuação administrativa sujeita ao direito público, precipuamente; b) É regido pelos princípios constitucionais que norteiam a Administração: legalidade (incluindo a observância de normas relativas à competência para seu exercício e o âmbito territorial de tal atuação), impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência; c) Atende a regra do favor libertatis, pois o regime de polícia não pode significar proibição geral do exercício de um direito. Por isso, caso haja qualquer dúvida sobre a extensão das medidas ou sobre a possibilidade de medidas limitativas no uso do poder de polícia, a interpretação deve ser em favor da liberdade. Portanto, inconfundível com o conceito de desapropriação, que representa a supressão de todo o direito e não seu condicionamento, restrição e limitação; d) Deve haver congruência entre as medidas de limitação e os fins que as justificam (princípio da proporcionalidade); e) Nem sempre a medida de polícia é exercício de poder discricionário, pois há casos em que a Administração apenas concretiza o texto da lei ao atuar; p. ex, o Código de Edificações impõe a fiscalização sobre seu cumprimento e a aplicação de sanções; f) A limitação decorrente do poder de polícia deve ser motivada; g) Deve ser observado o devido processo legal. É obvio que o exercício do poder de polícia não pode ser exercido de maneira ilimitada. Assim, têm-se como limites ao exercício do poder de

16 polícia, dentre outros: os direitos do cidadão, prerrogativas individuais e liberdades públicas asseguradas na Constituição e nas leis. Outros pressupostos de limitação do poder são a proporcionalidade dos atos de polícia, bem como a observância do devido processo legal. Em decorrência da proporcionalidade, que pode ser entendida como a adequada relação entre a medida restritiva e o benefício a ser atingido, a decisão adotada pela autoridade não poderá ultrapassar o necessário para atingimento do benefício desejado pela coletividade, sendo desproporcional o ato de polícia praticado com abuso de poder, podendo ser corrigido pela atuação do Poder Judiciário, por exemplo. Por fim, para a aplicação das sanções decorrentes do poder de polícia deve ser observado o devido processo legal (due process of law), garantindo-se ao administrado o direito à ampla defesa, assegurado constitucionalmente (art. 5º, LIV e LV, CF/1988) Polícia administrativa e judiciária A polícia administrativa é atividade da Administração com início e fim no âmbito da função administrativa, levada a efeito por entidades e órgãos administrativos, incidindo basicamente sobre as liberdades e propriedades dos indivíduos. Já a polícia judiciária atua na preparação da atuação da função jurisdicional, sendo executada por órgãos de segurança, referindo-se ao indivíduo, ou seja, aquele que poderia cometer um ilícito penal. Portanto, quando atua na área de ilícito puramente administrativo (preventiva ou repressivamente) a polícia é administrativa. Quando o ilícito penal (crimes e contravenções) é praticado, é a polícia judiciária que age. Pode-se afirmar, ainda, que a polícia administrativa reveste-se, eminentemente, de caráter preventivo, mas, em certos casos, terá caráter repressivo; já a polícia judiciária é eminentemente repressiva, mas pode agir, em alguns casos, de modo preventivo. Abaixo, quadro que resume as diferenças entre polícia administrativa e polícia judiciária:

17 Poder de polícia Administrativa Judiciária Natureza Eminentemente preventiva Eminentemente repressiva Incidência Bens, direitos e atividades Pessoas Competência Toda a Administração Pública (de Direito Público) Corporações específicas Sanções Administrativas Criminais (CP e CPP) 7.3. Meios de atuação A polícia administrativa atua de forma eminentemente preventiva, e, bem por isso, o ordenamento prevê as limitações administrativas, por meio de diplomas limitadores e sancionadores da conduta daqueles que utilizam bens ou exercem atividades que possam afetar a coletividade. De forma mais restrita, o poder de polícia também atua de forma repressiva, visando punir os infratores das normas públicas. Sabendo que o poder de polícia em sentido amplo engloba as atividades dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), podem ser listados os seguintes instrumentos de atuação do poder de polícia: Atos normativos em geral: a lei (Poder Legislativo) é o ponto de partida, é o veículo responsável por criar, em abstrato, as limitações administrativas ao exercício dos direitos e das atividades individuais. Por sua vez, para disciplinar a aplicação da lei aos casos concretos, podem ser expedidos decretos, resoluções, instruções (Poder Executivo); Atos administrativos e operações materiais: aplica-se a lei aos casos concretos, como as preventivas de fiscalização (vistoria, licença, autorização) e as repressivas (interdição de estabelecimento, apreensão e destruição de mercadorias e internação compulsória de indivíduos drogados)

18 7.4. Competência De regra, a competência para exercer o poder de polícia é da entidade federativa à qual a CF/1988 conferiu o poder de regular a matéria - princípio da predominância do interesse. Os assuntos de interesse nacional foram reservados à regulamentação e policiamento da União (competências enumeradas); os de interesse regional, às normas estaduais (competências remanescentes); e, por fim, os de interesse local, aos cuidados dos municípios (competências indicadas). Em resumo, a atividade de polícia administrativa compete a quem legisla sobre a matéria, sem que se afaste, contudo, a possibilidade de competência concorrente entre os entes políticos, quando da coincidência de interesses Poder de polícia originário e delegado O exercício do poder de polícia administrativo, doutrinariamente, é dividido em originário e delegado. De maneira originária, o poder de polícia é exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), abarcando os atos administrativos praticados por estas, no exercício do poder de polícia, por intermédio de seus órgãos. Ocorre que o poder público, conhecidamente, não age exclusivamente por órgãos e agentes internos a sua estrutura. Assim, de maneira delegada, o poder de polícia é levado a efeito pelas pessoas administrativas do Estado, componentes da Administração Indireta, em decorrência de delegação legal da entidade estatal a qual pertence. Duas são as condições para validade dessa delegação, conforme a jurisprudência do STF: I) Deve decorrer de lei formal, oriunda do regular exercício da função legislativa; II) O delegatário (aquele que recebe a delegação) deve ser integrante da Administração Indireta, devendo possuir, ainda, personalidade jurídica de direito público

19 7.6. Fases ou ciclo do poder de polícia De início, devemos ter em mente que, como regra geral, não se admite a outorga do poder de polícia a pessoas da iniciativa privada, sem vínculo oficial com os entes públicos, dado que tais pessoas não possuem o poder de império (ius imperii), próprio e privativo do Poder Público. Para Diogo de Figueiredo Moreira Neto, o poder de polícia é ou pode ser exercido em quatro fases, ou como prefere o autor, ciclos de polícia, correspondendo a quatro modos de atuação: a ordem de polícia; o consentimento de polícia; a fiscalização de polícia e a sanção de polícia. A ordem de polícia é o preceito legal, a satisfação da reserva constitucional, apresentada de duas formas: negativa absoluta, quando são vedadas certas formas de exercício de atividades e de uso da propriedade privada, impondo-se restrições; negativa com reserva de consentimento, quando são vedadas determinadas formas de exercício de atividades e de uso da propriedade privada, sem o consentimento prévio e expresso da Administração, impondo-se condicionamentos. Nestes dois casos, o instrumento de atuação administrativa do poder de polícia é a limitação. O consentimento de polícia é o ato administrativo de anuência, que possibilita a utilização da propriedade pelo particular ou o exercício da atividade privada, quando o legislador tenha exigido controle prévio da compatibilidade do uso do bem ou do exercício da atividade com o interesse público. Nem sempre o ato de consentimento expresso será necessário. Ou seja, em alguns casos, o poder de polícia incide sobre atividades ou bens, mesmo que estes não tenham sido expressamente consentidos

20 Como exemplo, temos a fiscalização do uso da propriedade (que deve atender sua função social), pois se torna desnecessário que o legítimo proprietário obtenha consentimento para que a possua. Entretanto, não pode lá estabelecer o cultivo de plantas que levam à produção de substâncias ilícitas. Nesse caso, mesmo que não houvesse consentimento expresso, incidiria o poder de polícia. A fiscalização de polícia se fará para a verificação do cumprimento das ordens de polícia, como também para se observar os abusos que possam existir na utilização de bens e nas atividades que foram consentidas pela Administração. Esta fiscalização pode ser preventiva ou repressiva e pode ser iniciada de ofício ou ser provocada. Por fim, a sanção de polícia é a submissão coercitiva do infrator a medidas inibidoras impostas pela Administração, sempre que falhar a fiscalização preventiva e for verificada a ocorrência de infrações às ordens de polícia. Assim, entende-se que parte do ciclo do poder de polícia pode ser delegada a particulares, amenizando a jurisprudência do STF de que a atividade é indelegável às pessoas de Direito Privado. De forma mais pactuada à doutrina está a jurisprudência do STJ (REsp /MG). Para esse Tribunal, o poder de polícia, em sentido amplo, vem sendo dividido em quatro grupos: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público

21 7.7. Sanções As sanções de polícia são atos administrativos decorrentes do cometimento, pelos particulares em geral, de infrações administrativas. As sanções devem sempre ser criadas por lei, não podendo ser instituídas por decreto ou outro ato de natureza infralegal. De maiores incidências em concursos públicos, são considerados exemplos de atos punitivos: multa, interdição, demolição, destruição e embargo de obra. Nos termos do art. 5º, LV, da CF/1988, a aplicação das penalidades dependerá do amplo direito de defesa e de contraditório. Obviamente, a observância dos aludidos princípios não precisa ser, em todos os casos, prévia. Na interdição de estabelecimento comercial que acarrete risco à saúde pública, o contraditório é diferente. No caso, está-se diante de situação de emergência em que o Estado deverá coibir, previamente, a ação do particular, resguardando-se de prejuízo maior a toda uma coletividade Prescrição da ação punitiva A ação punitiva da Administração Pública Federal Direta e Indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infrações à legislação em vigor, prescreve em cinco anos, a contar da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado (Lei 9.873/1999). Não é do conhecimento do fato, como é com relação aos servidores federais na Lei 8.112/1990. Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal Atributos do poder de polícia

22 As características usualmente apontadas quanto ao exercício do poder de polícia são (DICA): Discricionariedade, Coercibilidade e Autoexecutoriedade. Pelo atributo da discricionariedade, a Administração detém razoável liberdade de atuação no exercício do poder de polícia. Dentro dos limites dados pela lei, poderá valorar critérios de conveniência e oportunidade para a prática dos atos de polícia administrativa. A regra é que a atividade decorrente do poder de polícia, sobretudo a administrativa, é discricionária, mas, em determinadas circunstâncias, é vinculada. É o caso das concessões de licenças, atos administrativos vinculados e definitivos, por meio dos quais a Administração reconhece o direito subjetivo de um particular à prática de determinada atividade, a partir do preenchimento de certas condições necessárias ao gozo desse direito. Para exercer uma profissão, há que se obter licença para tanto. Cumpridos os requisitos para a obtenção desta, a Administração deverá concedê-la ao particular. Assim, pode-se afirmar que a regra é a discricionariedade do exercício do poder de polícia, mas nada impede que este, em determinadas situações, seja vinculado. Em razão do atributo da coercibilidade, as medidas adotadas pela Administração no exercício do poder de polícia podem ser impostas de maneira coativa aos administrados, independente de prévia manifestação judicial. Contudo, a coercibilidade não está presente em todos os atos que decorrem do poder de polícia administrativa. Como exemplo, temos as licenças, autorizações e permissões, decorrentes do poder de polícia, que necessitam da concordância do destinatário do ato. A autoexecutoriedade consiste na possibilidade de os atos decorrentes do exercício do poder de polícia ser imediata e diretamente executados pela própria Administração, independentemente de autorização ou intervenção por ordem judicial. É pressuposto necessário para garantir agilidade às decisões administrativas no uso do poder de polícia. Da mesma forma que no atributo da coercibilidade, nem todo ato de polícia é dotado de autoexecutoriedade

23 Nas multas, permite-se, de maneira autoexecutória, apenas a imposição, mas não cobrança, a qual deverá ser realizada por meio da ação adequada na esfera judicial. Parte da doutrina ainda desdobra o atributo da autoexecutoriedade em outros dois: a exigibilidade e a executoriedade. Em decorrência da exigibilidade, a decisão administrativa constante de um ato de polícia se impõe ao administrado, independentemente de sua concordância. Para fazer valer esse instituto, a Administração pode lançar mão de meios indiretos de coação, tais como as multas ou a impossibilidade de licenciamento de veículo, enquanto não pagas as multas anteriores. Já pela executoriedade, haverá coação direta ou material do administrado para a prática de um ato. Há executoriedade, por exemplo, na dissolução de uma reunião ocorrente em determinado local, em face de não ter sido previamente informado à instituição competente para adoção das medidas cabíveis Uso e Abuso de Poder Os poderes concedidos aos agentes para o bom desempenho de suas atribuições de interesse público devem ser usados com normalidade, dentro dos contornos da lei. Não pode a autoridade ir além dos limites que lhe foram estabelecidos. Para que não sejam invalidados, os atos das autoridades e dos agentes em geral devem ser legítimos, legais e morais, atendo-se, em qualquer espécie, aos interesses públicos da coletividade. O mau uso do poder, de forma desproporcional, ilegal ou sem atendimento ao interesse público constitui o abuso de poder. Como esclarece Hely Lopes Meirelles, o abuso de poder tanto pode se revestir da forma comissiva (ação) como omissiva (inércia), sendo ambas capazes de

24 afrontar a lei e de causar lesão a direito individual, e, por isso, protegido por mandado de segurança, nos termos do inc. LXIX do art. 5º da CF/1988. O abuso de poder ou de autoridade é gênero que comporta as seguintes espécies: I) O agente atua fora dos limites de sua competência (excesso de poder); e, II) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo (desvio de poder ou de finalidade). Na primeira forma, verifica-se o excesso de poder, com o agente público exorbitando das competências que lhe foram atribuídas, invadindo competências de outros agentes, ou praticando atividades que não lhe foram conferidas por lei. O vício aqui é de competência, tornando o ato arbitrário e ilícito. Na segunda forma, verifica-se o desvio de poder ou finalidade, onde embora o agente esteja atuando nas raias de sua competência, pratica ato visando fim diverso do fixado em lei ou exigido pelo interesse público. Consequentemente, o vício do ato, nesse caso, é de finalidade. Ocorre que, além dessas duas formas tradicionais, temos uma terceira forma de expressão de abuso de poder: a omissão, quando constatada a inércia da Administração injustificada em fazer o que lhe compete, verificando violação do poder-dever de agir. No desvio de poder ou finalidade, pode ocorrer a violação de forma ampla ou de forma específica. De forma ampla quando o ato praticado ofende genericamente o interesse público, como a concessão de vantagens pecuniárias a um grupo de servidores, ou de forma específica, quando o ato desatende o objetivo previsto em norma, tal como no exemplo da remoção de ofício do servidor como forma de punição

25 Quadro sinóptico da aula Poderes e Deveres Administrativos - Na Administração Pública, quem detém o poder deve exercitá-lo, sob pena de a omissão acarretar a responsabilidade direta do Estado e regressiva do agente público. - Reserva do possível: sustenta a ideia de que nem todas as metas governamentais podem ser alcançadas, especialmente pela costumeira escassez de recursos financeiros. Essas omissões são genéricas e não acarretam a responsabilidade civil do Estado. - A lei faculta ao administrador a liberdade (porém limitado pela lei) de adotar uma dentre duas ou mais condutas hábeis, a qual deverá estar alinhada ao melhor atendimento do interesse público. - Refere-se ao conteúdo dos atos administrativos, ou seja, aos elementos objeto e motivo. Poder Discricionário - O Poder Judiciário pode se manifestar sobre a legalidade do ato discricionário, mas não acerca do mérito. - Ocorrências: A própria lei concede a possibilidade à Administração de agir de forma discricionária; A lei é omissa; A lei prevê certa competência, mas não a conduta a ser adotada. - Conveniência e oportunidade: a primeira indica em que condições vai se conduzir o agente; a segunda, ao momento em que a atividade deve ser produzida. Poder Vinculado ou Regrado - É aquele conferido por lei à Administração para a prática de atos nos quais a liberdade de atuação é mínima, ou mesmo inexistente, pois todos os elementos que o compõem encontram expressa previsão legal. - Prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização. Poder Regulamentar - De modo geral, não são instrumentos que devam trazer novidades para o Direito. No entanto, alguns autores o consideram espécie do gênero poder normativo. - Possuem natureza derivada (atos secundários), uma vez que deverão estar adstritos aos limites impostos pelas leis. Sofre controle de legalidade a cargo do Poder Judiciário e controle político, exercido, na esfera federal, exclusivamente pelo Congresso Nacional (sustação do ato)

26 - Decorrente do poder disciplinar, permite à Administração distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo as relações de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. - Aspectos do poder hierárquico: Poder Hierárquico Ordenar: impor ao subordinado a conduta a ser adotada diante do caso concreto. Delegar: transferir o exercício de atribuições de um órgão a outro no aparelho administrativo. Fiscalizar: verificar se a conduta dos subordinados se alinha com o que dispõem as normas legais e regulamentares, bem como em relação às diretrizes fixadas pelos agentes superiores. Avocar: possibilidade (excepcionalmente) que tem o superior de trazer para si as funções exercidas por um subalterno Revisar: apreciar os aspectos dos atos praticados pelos subalternos, para mantendo-os ou invalidando-os. - Prerrogativa de que dispõe o administrador público de apurar infrações e aplicar penalidades, alcançando todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Poder Disciplinar - Trata-se de um poder-dever, que obriga a autoridade a apenar o infrator, caso a sanção a ser aplicada esteja na esfera de sua competência. Assim, é vinculada a atuação da autoridade no que diz respeito à apuração. - Difere do poder punitivo do Estado por ser de ordem interna, abrangendo as infrações relacionadas ao serviço aos encargos da Administração. - Faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Poder de Polícia Conceitos Em sentido amplo, corresponde à "atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos", abrangendo atos do Legislativo e do Executivo; Em sentido restrito, abrange "as intervenções, quer gerais e abstratas, como os regulamentos, quer concretas e específicas (tais como as autorizações, as licenças, as injunções) do Poder Executivo, destinadas a alcançar o mesmo fim de prevenir e obstar ao desenvolvimento de atividades particulares contrastantes com os interesses sociais"; compreende apenas atos do Poder Executivo (por Celso Antonio Bandeira de Mello). Meio de Atuação - A polícia administrativa atua de forma eminentemente preventiva, pois o ordenamento prevê as limitações administrativas, por meio de diplomas limitadores e sancionadores da conduta daqueles que utilizam bens ou exercem atividades que possam afetar a coletividade. Competência - De regra, a competência para exercer o poder de polícia é da entidade federativa à qual a CF/1988 conferiu o poder de regular a matéria. Distribuiu-se, constitucionalmente, o exercício da competência com baliza no princípio da

27 predominância do interesse. TRT-MG Técnico Administrativo Poder de Polícia Originário e Delegado Originário: exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Delegado: exercido pelas pessoas administrativas do Estado, componentes da Administração Indireta. - Corresponde a quatro modos de atuação: ordem de polícia, consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia. Fases ou Ciclos do Poder de Polícia Ordem de polícia: é o preceito legal, a satisfação da reserva constitucional; Consentimento de polícia: o ato administrativo de anuência (nem sempre será necessário); Fiscalização de polícia: verificação do cumprimento das ordens de polícia ou para se observar abusos; Sanção de polícia: submissão coercitiva do infrator a medidas inibidoras. - Delegáveis: consentimento e fiscalização de polícia. Sanções de Polícia Prescrição da Ação Punitiva - Atos administrativos decorrentes do cometimento, pelos particulares em geral, de infrações administrativas. Devem sempre ser criadas por lei, não podendo ser instituídas por decreto ou outro ato de natureza infralegal. - A ação punitiva da Administração Pública Federal Direta e Indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infrações à legislação em vigor, prescreve em cinco anos, a contar da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado (e não do conhecimento do fato). Autoexecutoriedade Consiste na possibilidade de os atos decorrentes do exercício do poder de polícia ser imediata e diretamente executados pela própria Administração, independentemente de autorização ou intervenção ordem judicial. Coercibilidade Atributos do Poder de Polícia Em razão desse atributo, as medidas adotadas pela Administração no exercício do poder de polícia podem ser impostas de maneira coativa aos administrados, independente de prévia manifestação judicial. Discricionariedade A Administração detém razoável liberdade de atuação no exercício do poder de polícia. Dentro dos limites dados pela lei, poderá valorar critérios de conveniência e oportunidade para a prática dos atos de polícia administrativa, determinando critérios para definição, por exemplo, de quais atividades irá fiscalizar, bem como as

28 sanções aplicáveis em decorrência de certa infração, as quais devem estar previstas em lei. Polícia Administrativa Polícia Administrativa e Judiciária É atividade da Administração que se exaure em si mesma, ou seja, com início e fim no âmbito da função administrativa, levada a efeito por entidades e órgãos administrativos, incidindo basicamente sobre as liberdades e propriedades dos indivíduos. Possui caráter eminentemente preventivo. Polícia Judiciária Atua na preparação da atuação da função jurisdicional, sendo executada por órgãos de segurança, referindo-se ao indivíduo, ou seja, aquele que poderia cometer um ilícito penal. Possui caráter eminentemente repressivo. - Verificando-se relevante interesse da coletividade ou do Estado, ocorre a possibilidade, de maneira correlata, do exercício do poder de polícia administrativa para a proteção desses interesses. Limites ou Condições de Validade - Proporcionalidade, entendida como a adequada relação entre a medida restritiva e o benefício a ser atingido. - Devido processo legal, garantindo-se ao administrado o direito à ampla defesa. Graus de Eficácia das Medidas de Polícia Uso e Abuso de Poder Grau mínimo: contempla a imposição de determinado dever aos particulares, sem que, portanto, importe a atuação positiva do Estado em relação aos indivíduos. Grau médio: quando ocorrida a condição ou o termo a que se subordinam. Nesses casos, há uma conduta que pode ser exigida desde logo pela Administração e que o particular se encontra sujeito a obedecer. Grau máximo: a Administração pode promover medidas concretas e materiais necessárias à satisfação das determinações impostas. O agente atua fora dos limites de sua competência (excesso de poder). O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo (desvio de poder ou finalidade). Chegamos ao final da nossa aula inaugural. Vejamos, após a bibliografia utilizada, algumas questões de concursos sobre o tema em estudo. Inicialmente, as questões estarão comentadas; na sequência, as mesmas questões serão apresentadas em forma de lista para você resolvê-las como um teste. Após a conclusão, verifique seu rendimento pelo gabarito e proceda à correção pelos comentários apresentados. Tudo pronto? Então, vamos lá!

29 Bibliografia DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella.. 27ª edição. São Paulo: Editora Atlas, MEDAUAR, Odete. Moderno. 16ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. Paulo: Malheiros, ª edição. São MELO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de. 28ª edição. São Paulo: Malheiros, MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de. Rio de Janeiro: Ed. Forense, NOHARA, Irene Patrícia.. 4ª edição. São Paulo: Atlas,

30 Questões comentadas QUESTÃO 01 - FCC - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual (SEFAZ PE)/ De acordo com o disposto na Lei Complementar n o 107/2008, a propósito das atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal da Receita Estadual de Pernambuco tem-se que esses servidores exercem a) poder de polícia em nome da Administração Estadual, nos limites da lei, atuando somente de forma repressiva, ou seja, diante da prática de infração pelo administrado. b) medidas de polícia administrativa, nos termos e limites que lhes autorize a lei, atuando tanto preventivamente, como por ocasião das fiscalizações, quanto repressivamente, quando exercem atribuição de controle de débitos fiscais. c) as atribuições taxativamente descritas na lei, sendo-lhes vedado o exercício de medidas de polícia, estas que são de competência exclusiva da Administração centralizada. d) poder normativo, na medida em que lhes cabe disciplinar direitos e obrigações dos administrados. e) poder hierárquico e poder disciplinar, não lhes cabendo, contudo, a prática de medidas de polícia administrativa. Comentários: A resposta é a letra B. Os Auditores Fiscais exercem a fiscalização sobre atividades dos particulares em geral. O poder do Estado que recai sobre os particulares sem vínculo especial com a Administração é o poder de polícia administrativa. Quando há um vínculo contratual ou estatutário, o poder exercido é o disciplinar. Enquanto condicionamento e limitação de atividades alheias, o poder de polícia é exercido, de regra, preventivamente, afinal, o Estado não quer que os particulares façam. No entanto, quando a ordem do Estado é inobservado, resta-lhe o uso dos meios coercitivos diretos ou indiretos, atuando, portanto, repressivamente. Os demais itens estão incorretos. Vejamos: (A) poder de polícia em nome da Administração Estadual, nos limites da lei, atuando somente de forma repressiva, ou seja, diante da prática de infração pelo administrado. O erro é que o poder de polícia é exercido, primariamente, de forma preventiva. A forma repressiva só se faz presente quando a coercibilidade (atributo do poder de polícia) é inoperante. Entra em cena, neste caso, o atributo da autoexecutoriedade

31 (C) as atribuições taxativamente descritas na lei, sendo-lhes vedado o exercício de medidas de polícia, estas que são de competência exclusiva da Administração centralizada. O poder de polícia é a restrição e limitação do Estado das atividades, direitos e bens alheios em prol da preservação do interesse público. Neste caso, o Auditor Fiscal desempenha-o regularmente quando designado para o curso de suas ações fiscais. Outro erro é que o poder de polícia não é exclusivo da Administração Centralização ou Direta, sendo prerrogativa de todas as autoridades de Direito Público, ainda que localizadas na Administração Indireta ou Descentralizada. (D) poder normativo, na medida em que lhes cabe disciplinar direitos e obrigações dos administrados. Trata-se da incidência do poder de polícia. (E) poder hierárquico e poder disciplinar, não lhes cabendo, contudo, a prática de medidas de polícia administrativa. Não há hierarquia entre os particulares em geral e a Administração. E, por inexistir vínculo especial, não há a incidência do poder disciplinar. Gabarito: letra B. QUESTÃO 02 - FCC - Procurador Judicial (Recife)/ Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens: I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário. II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública. III. A Súmula vinculante n o 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. Comentários: A resposta é a letra D (V, V e F)

32 I - VERDADEIRO. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário. O cargo comissionado é considerado, doutrinariamente, como ad nutum, ou seja, são cargos de livre escolha e exoneração. Essa liberdade é aplicação direta do Poder Discricionário. Acrescento que a exoneração dos detentores dos cargos comissionados não precisa ser previamente motivada. II - VERDADEIRO. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública. A punição do servidor público é expressão do Poder Hierárquico e Disciplinar. É hierárquico porque a aplicação da penalidade advém do superior, e do disciplinar, por este o que faculta a apuração e a aplicação concreta da penalidade. III - FALSO. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública. A Súmula Vinculante 13 é expressão do Poder Normativo, desempenhado, na espécie, pelo STF. No entanto, não se pode falar que o STF realizará, no caso, a apuração e aplicação de penalidades. Gabarito: letra D. QUESTÃO 03 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 19ª Região)/Administrativa/ Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder a) disciplinar. b) de polícia. c) regulamentar. d) hierárquico. e) normativo-disjuntivo. Comentários: A resposta é a letra D. É o poder hierárquico que permite à Administração distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes,

33 estabelecendo as relações de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Do poder hierárquico resultam, ainda, as prerrogativas dos superiores de ordenar, fiscalizar, rever, DELEGAR ou avocar, com relação aos subordinados. Só um detalhe adicional! Nem sempre a delegação é uma decorrência da hierarquia. Por exemplo, o DETRAN pode delegar a Polícia Militar a faculdade de aplicar multas de trânsito. E entre as instituições não existe qualquer laço hierárquico ou de subordinação. Gabarito: letra D. QUESTÃO 04 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 5ª Região)/Administrativa/ São Poderes inerentes à Administração pública o poder normativo, o poder disciplinar e o poder de polícia. Quanto a estes dois últimos, é correto afirmar que o a) poder disciplinar alcança as sanções impostas aos servidores públicos, mas não abrange as sanções impostas às demais pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa, como, por exemplo, os estudantes de uma escola pública. b) poder de polícia é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. c) poder disciplinar é discricionário, por essa razão a Administração, pautada em juízo de conveniência e oportunidade, pode decidir entre instaurar ou não procedimento adequado para apurar falta cuja prática é imputada a servidor público. d) poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. e) fundamento do poder de polícia é a hierarquia, por essa razão, referido poder abrange as sanções impostas a particulares que não integram a estrutura interna administrativa. Comentários: A resposta é a letra "D". O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Em síntese: particulares também podem se submeter às vias do poder disciplinar. É o caso, por exemplo, dos que firmam contratos com a Administração Pública, que estarão submetidos às sanções disciplinares pelo

34 vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual, já que o contrato cria um vínculo especial do contratado com a Administração, permitindo-a lançar mão de seu poder disciplinar. Os demais itens estão incorretos. Vejamos: a) poder disciplinar alcança as sanções impostas aos servidores públicos, mas não abrange as sanções impostas às demais pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa, como, por exemplo, os estudantes de uma escola pública. Todas as pessoas submetidas à administração interna acham-se alcançadas pelo poder disciplinar. b) poder de polícia é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. Essa é a definição para poder disciplinar. c) poder disciplinar é discricionário, por essa razão a Administração, pautada em juízo de conveniência e oportunidade, pode decidir entre instaurar ou não procedimento adequado para apurar falta cuja prática é imputada a servidor público. O poder disciplinar tanto pode ser discricionário como vinculado. Tratando-se da aplicação da penalidade, o ato é VINCULADO, afinal, não pode o agente público escolher entre punir ou não punir. Agora, no momento de graduar a penalidade, será possível, para determinadas infrações, certa discricionariedade, como ocorre com a penalidade de suspensão. e) fundamento do poder de polícia é a hierarquia, por essa razão, referido poder abrange as sanções impostas a particulares que não integram a estrutura interna administrativa. Entre a Administração e os particulares sujeitos ao poder de polícia não há hierarquia. Aplica-se a supremacia geral. Gabarito: letra D. QUESTÃO 05 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Apoio Especializado/Contabilidade/ Propaganda irregular foi fixada em locais públicos da cidade, em desatendimento à legislação que disciplina o setor. Em reação, as autoridades competentes promoveram a remoção do material de propaganda, autuando e multando os responsáveis pela conduta. Esses, irresignados, questionaram a atuação, que foi a) regular, expressão do poder disciplinar, na medida em que a fiscalização e a punição dos responsáveis autoriza o diferimento do contraditório e da ampla defesa

35 b) irregular, expressão do poder regulamentar, na medida em que seria necessária a edição de ato normativo específico para a apreensão e imposição das sanções. c) regular, expressão do poder de polícia, estando a conduta embasada na legislação que disciplina o setor. d) regular, expressão do poder vinculado, cabendo, assim, à Administração apenas o juízo de oportunidade e conveniência sobre a conduta. e) irregular, expressão do poder discricionário, na medida em que a atuação da Administração deve ser sempre vinculada. Comentários: A resposta é a letra C. O art. 78 do Código Tributário Nacional assim define o poder de polícia: Atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos. O conceito doutrinário de poder de polícia pode ser assim definido: a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado". Fácil, então, perceber que a ação estatal é definitivamente regular. Vejamos os erros das demais alternativas: Alternativa A O poder disciplinar é a prerrogativa de que dispõe o administrador público de apurar infrações e aplicar penalidades. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Alternativa B - O poder regulamentar é a prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização

36 Alternativa D O poder vinculado ou Regrado é aquele conferido por lei à Administração para a prática de atos nos quais a liberdade de atuação é mínima, ou mesmo inexistente. Alternativa E - O poder discricionário diz respeito à margem de avaliação por parte do agente público quanto à conveniência e à oportunidade de agir. A discricionariedade refere-se, ainda, ao conteúdo dos atos administrativos, ou seja, dois de seus elementos, o objeto e o motivo. Gabarito: letra C. QUESTÃO 06 - FCC - Analista Judiciário (TJ PE)/Educador Físico/ Considere sob o foco do poder hierárquico: I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular. III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico. Está correto o que se afirma APENAS em a) II, III e IV. b) II e IV. c) I, II e III. d) I e III. e) I, III e IV. Comentários: A resposta é a letra D (V, F, V e F). I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. Item CERTO. Nos termos da Lei de Processo Administrativo, a avocação é ato de retirar, TEMPORARIAMENTE, o exercício da competência do SUBORDINADO. A avocação é, ainda, sempre excepcional e motivada. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular

37 Item ERRADO. A revisão hierárquica é uma decorrência do poder hierárquico. Porém, não pode ocorrer de forma desmedida. Se o ato já é definitivo ou gerou direito adquirido, por uma questão de segurança jurídica, o ato não poderá ser revisto. III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. Item CERTO. Delegar é o movimento inverso da avocação. Refere-se ao ato de transferir o exercício da competência. Uma diferença em relação à avocação é de que se permite a delegação para autoridades não sujeitas à hierarquia. O subordinado não pode recusar a delegação; os subordinados devem cumprir as ordens do chefe, salvo as manifestamente ilegais, o que não é o caso. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico. Item ERRADO. Subordinação não se confunde com vinculação. A subordinação é uma decorrência da hierarquia, existe entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica. A vinculação, por sua vez, é um laço mais tênue, é o que ocorre entre a Administração Direta e Indireta, em que não há hierarquia. Gabarito: letra D. QUESTÃO 07 - FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Com relação ao poder hierárquico, considere as afirmativas a seguir: I. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. II. Delegar é conferir a outrem delegações originalmente competentes ao que delega. No nosso sistema político são admitidas delegações entre os diferentes poderes. III. O poder hierárquico é privativo da função executiva, sendo elemento típico da organização e ordenação dos serviços administrativos. IV. Avocar é trazer para si funções originalmente atribuídas a um subordinado. Nada impede que seja feita, entretanto, deve ser evitada por importar desprestígio ao seu inferior. V. É impossível rever os atos dos inferiores hierárquicos, uma vez realizada a delegação, pois tais atos não podem ser invalidados em quaisquer dos seus aspectos. Está correto o que consta APENAS em a) I, II, III e IV

38 b) II e III. c) I e V. d) I, III e IV. e) II, IV e V. Comentários: - Item I: CERTO. A despeito de as relações hierárquicas serem inerentes ao interior do Poder Executivo, não se pode afirmar que se restrinjam a este, no âmbito da Administração Pública. De fato, onde ocorra o desempenho da função administrativa, portanto, poderá ocorrer uma relação hierárquica, mesmo no âmbito do Legislativo ou no Judiciário. - Item II: ERRADO. O erro está em dizer que delegar é conferir a outrem delegações originalmente competentes ao que delega. Na realidade isto é subdelegar. Delegar é atribuir competência que, originalmente, pertence a uma instituição ou a alguém. Quando este recebe tal competência e as repassa a outrem (terceiro), subdelega a execução da atividade. Daí o erro na construção do item. Quanto à possibilidade de delegação de um poder para outro, isso é possível. Por exemplo, vejamos o que diz a CF/1988, no dispositivo abaixo transcrito: Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. Note que, apesar das reservas do 1º, é possível a delegação de competência pelo Congresso Nacional (Poder legislativo) para o Presidente da República (Poder Executivo), para a edição de leis delegadas. - Item III: CERTO. De fato, o poder hierárquico não se restringe ao Poder Executivo. Refere-se a toda a função administrativa do Estado, ou seja, a FUNÇÃO EXECUTIVA tem, por natureza, a hierarquia como base, já que é preciso que a Administração se organize, que estabeleça sua hierarquia. - Item IV: CERTO. Avocar é a possibilidade que tem o superior de trazer para si as funções exercidas por um subalterno. Apesar da possibilidade de ser

39 realizada (veja o art. 14 da Lei 9.784/1999, na legislação abaixo), a avocação é medida excepcional, que só pode ser realizada à luz de permissivo legal e que desonera o subordinado com relação a qualquer responsabilidade referente ao ato praticado pelo superior. Agora, bem interessante a parte do item em que o examinador diz que a avocação deve ser evitada por importar desprestígio ao seu inferior. Imagine o seguinte: um monte de competências a alguém acaba sendo desempenhado por seu chefe, por entender que o sujeito que teve a competência avocada seria inexperiente, pouco preparado para o trabalho que teria de fazer. O fato se espalha, gerando, muito provavelmente, comentários maldosos a respeito (o tal desprestígio do item). Isso, na prática, é o que acontecerá. E o item está correto, então. - Item V: ERRADO. Em razão do primado da hierarquia, é plenamente possível que os superiores revejam os atos de seus subordinados. Assim, os itens I, III e IV estão corretos. Gabarito: letra D. QUESTÃO 08 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ O exercício do poder disciplinar pelo agente público pode ser considerado um poder discricionário porque, dentro dos limites da Lei, a) a punição aplicada não necessita de justificativa da autoridade que a impõe. b) apoia-se no dever que possui a Administração de punir internamente as infrações funcionais de seus servidores. c) não exige o direito à ampla defesa e ao contraditório. d) no seu exercício, não é necessária a apuração nem a sanção da conduta afrontosa dos deveres funcionais. e) tem a liberdade de escolher a punição que entenda satisfazer a necessidade da Administração Pública. Comentários: A resposta é a letra "E". Quanto à discricionariedade, boa parte da doutrina entende que o exercício do poder disciplinar seria essencialmente discricionário, sobretudo por que as sanções disciplinares não são tão delineadas, isto é, tão tipificadas quanto no Direito Penal. Todavia, estamos diante de uma pseudo discricionariedade no exercício do poder disciplinar, pois tal discricionariedade é reduzida pelo dever que tem as autoridades de determinar a apuração de eventuais infrações cometidas por seus subordinados

40 De fato, o poder disciplinar decorre, em boa medida, do escalonamento hierárquico verificado no exercício da atividade administrativa. Com efeito, se ao superior é dado poder de fiscalizar os atos dos subordinados, nada mais lógico que, em se verificando o descumprimento de ordens ou normas, tenha-se a possibilidade de impor as devidas sanções que a conduta infratora exija. Nesse quadro, parte da doutrina entende que o poder disciplinar seria uma faculdade de sancionar, no âmbito interno da Administração Pública, as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Mas cabem algumas pequenas observações com relação a esta visão. O termo faculdade, por vezes, dá a impressão de que o uso do Poder Disciplinar é decisão discricionária da autoridade, a qual avaliaria a conveniência em agir. Não é! Em verdade, trata-se de um poder-dever, que obriga a autoridade a apenar o infrator, caso a sanção a ser aplicada esteja na esfera de sua competência. Para ratificar o afirmado, basta ver o que estabelece o art. 143 da Lei 8.112/1990: A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover sua apuração imediata (...). Por exemplo, uma das punições previstas pela lei (art. 127) é a demissão. Dentre as hipóteses para aplicação desta, encontra-se a insubordinação grave em serviço (inc. VI do art. 132). Mas, o que seria uma insubordinação grave? A lei não a define, tratando-se de um conceito jurídico indeterminado, o que, para parte da doutrina, gera a discricionariedade da Administração ao interpretá-lo. Noutra passagem (art. 130), a lei diz que a suspensão será aplicada nos casos de reincidência das faltas puníveis com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias. Mas quantos seriam os dias para cada infração? É nesse sentido que existe discricionariedade (pequena) no exercício do poder disciplinar. Gabarito: letra E. QUESTÃO 09 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Judiciária/ O poder disciplinar é a faculdade a) que detém o agente público de demitir todo aquele que se opõe à execução do poder discricionário dos agentes públicos. b) que deve exercer o agente político contra todo servidor que comete ato criminoso

41 c) do agente público de punir faltas funcionais ou violação de deveres funcionais por outros agentes públicos. d) de um agente público orientar a ação administrativa de servidores hierarquicamente subordinados. e) que exerce todo administrador sobre os seus administrados. Comentários: A resposta é a letra "C". O poder disciplinar é a prerrogativa de que dispõe o administrador público de apurar infrações e aplicar penalidades. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Em síntese: particulares também podem se submeter às vias do poder disciplinar. Gabarito: letra C. QUESTÃO 10 - FCC - Analista Judiciário (TRT 16ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ Considere as afirmações abaixo. I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal. A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em a) III, apenas. b) I, II e III. c) I e II, apenas. d) II, apenas. e) I e III, apenas. Comentários:

42 A resposta é a letra "C". TRT-MG Técnico Administrativo I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. Correto. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. Correto. Para Irene Patrícia Nohara, da relação hierárquica pode ser excluída determinados tipos de atividades, como aquelas dos órgãos consultivos, isso porque a função é desempenhada com o máximo de liberdade, independentemente dos posicionamentos dos órgãos superiores. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal. Incorreto. Caso a Administração constate que uma falta foi cometida por servidor, a discricionariedade reside na escolha da pena a ser aplicada, pois, no que diga respeito à determinação de apuração, a autoridade deve agir VINCULADAMENTE, isto é, determinar que seja feita. Assim, a discricionariedade não é ilimitada. Gabarito: letra "C". QUESTÃO 11 - FCC - Assessor Jurídico (TCE-PI)/ O poder disciplinar atribuído à Administração pública, considerando o disposto na Lei nº 8.112/90, a) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos estritos termos da lei. b) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na aplicação da pena. c) abrange discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado, mas não para definição da pena cabível, que se submete à legalidade estrita. d) submete-se ao princípio da eficiência, o que concede discricionariedade para instauração do procedimento disciplinar, prescindindo de previsão legal

43 e) constitui-se poder essencialmente vinculado, posto que em razão da possibilidade de imposição de punição, a lei não deixa qualquer margem de escolha ao administrador. Comentários: A resposta é a letra B. A Lei 8.112/1990 disciplina o regime jurídico funcional dos servidores públicos civis da União. No art. 128 da Lei, vê-se a possibilidade de discricionariedade na aplicação da sanção: Art Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Veja que, na própria lei, diz-se que na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Isto admite natureza discricionária. No entanto, fica o registro de que não há discricionariedade para a instauração do procedimento disciplinar, daí a incorreção da letra C. Vejamos: Art A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Gabarito: letra B. QUESTÃO 12 - FCC - Procurador Legislativo (Cam Mun SP)/ Analise as seguintes afirmações, acerca do exercício do poder disciplinar pela Administração: I. O afastamento preventivo do servidor público e a chamada verdade sabida não são admitidos após a Constituição Federal de 1988, pois tais institutos violam os princípios da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, nela consagrados. II. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III. A renúncia formal ao direito de defesa, pelo acusado, dispensa a constituição de defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II. c) III

44 d) I e III. e) II e III. Comentários: A resposta é a letra B (F, V e F). I - FALSO. O instituto da verdade sabida não foi, de fato, recepcionado pela atual CF/1988, afinal, todas as penalidades devem ser precedidas de contraditório e de ampla defesa. O erro é que se admite o afastamento preventivo do servidor, por não ser esta medida uma penalidade. Há previsão de afastamento preventivo, por exemplo, na Lei 8.429/1992 e na Lei 8.112/1990. II - VERDADEIRO. É certo que o poder de autotutela conferido à Administração Pública implica não somente uma prerrogativa, como também uma obrigação de sanear os vícios e restabelecer o primado da legalidade em hipótese na qual se depara com equívocos cometidos nas incontáveis atividades que desempenha. Por isso, a anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III - FALSO. Se o acusado não apresenta a defesa, ocorre sua revelia e, no processo administrativo disciplinar, o único efeito da revelia é a necessidade de designação de defensor dativo, já que não se pode seguir o processo administrativo disciplinar sem a apresentação de defesa. Acrescenta-se que o defensor dativo não precisa ser, necessariamente, advogado; todavia, sua escolha deve seguir a mesma regra utilizada para a escolha do presidente da comissão, ou seja, deve ter cargo ou nível de escolaridade igual ou superior ao acusado. Veja-se que a desnecessidade de advogado reitera o conteúdo da Súmula Vinculante nº 5 do STF. Gabarito: letra B. QUESTÃO 13 - FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/ O poder disciplinar a) sujeita todos os administrados, em especial aqueles detentores de especial vínculo com a administração pública. b) se destina exclusivamente à apuração de infração e imposição de sanções aos servidores públicos ocupantes de cargo público, não abrangendo outros vínculos com a administração. c) se aplica às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, tais como servidores públicos integrantes da administração direta, indireta, membros do ministério público e da defensoria pública

45 d) se expressa para aplicação de penalidades às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, sendo, no caso de servidores públicos, decorrente da hierarquia. e) se traduz, dentre outras situações, pelo poder de auto-organização, por meio da edição de decreto autônomo, para estabelecimento de condutas e penalidades pelo respectivo descumprimento. Comentários: A resposta é a letra D. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Gabarito: letra D. QUESTÃO 14 - FCC - Assessor Técnico do Controle Interno (ALERN)/ O poder disciplinar se caracteriza a) pelo poder que detém o superior hierárquico para dar ordens aos administrados. b) pela existência de níveis de subordinação entre os órgãos e agentes públicos da mesma pessoa jurídica. c) pelo dever de obediência dos servidores públicos e seus superiores hierárquicos. d) pela faculdade da Administração pública para aplicar sanção disciplinar aos seus servidores. e) pelo dever da Administração pública em apurar infrações e aplicar penalidades aos seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Comentários: A resposta é a letra "E". Como afirmado anteriormente, o poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Em síntese: particulares também podem se submeter às vias do poder disciplinar. É o caso, por exemplo, dos que firmam contratos com a Administração Pública, que estarão submetidos às sanções disciplinares pelo vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual, já que o contrato cria

46 um vínculo especial do contratado com a Administração, permitindo-a lançar mão de seu poder disciplinar. Gabarito: letra E. QUESTÃO 15 - FCC - Procurador do Município de Cuiabá/ Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar: a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta. d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo. Comentários: A resposta é a letra E. De fato, nem todas as leis precisam de regulamentação. No entanto, se o chefe do Executivo entender politicamente conveniente, poderá detalhar sua aplicação, conforme garante o inc. IV do art. 84 da CF/1988. Os demais itens estão errados. Vejamos: a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. Ao contrário do que afirma o quesito, no Brasil, são legais os decretos executivos ou regulamentares, conforme previsto no inc. IV do art. 84 da CF. Os autorizados ou delegados são inconstitucionais. A forma de se delegar atividade legislativa é a lei delegada, e não por decreto autorizado. b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. O Poder Normativo da Administração Pública é, de fato, exercido por meio de decretos, resoluções e portarias. Ocorre que tais atos são de natureza secundária. c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta

47 O poder regulamentar é, na verdade, espécie do gênero Poder Normativo. O Poder Normativo se espalha por toda a Administração Pública, ao passo que o Regulamentar é privativo do chefe do Executivo. d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. O Congresso Nacional tem competência EXCLUSIVA para sustar os atos do poder EXECUTIVO. Perceba que o item cita dos demais poderes, o que está incorreto, portanto. Gabarito: letra E. QUESTÃO 16 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Administrativa/ A Administração pública, ao desempenhar o poder regulamentar, exerce função de natureza a) executiva, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados apenas do Chefe do Executivo para complementar as leis. b) normativa, porquanto expede atos de efeitos gerais e abstratos, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, inserido- se no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas, como é o caso de instruções normativas, resoluções e portarias. c) normativa, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, não se inserindo no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas. d) legislativa, porque expede normas com efeitos individuais e concretos, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do chefe do executivo para explicitação das leis, não se inserindo no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas. e) executiva, porque expede atos gerais e abstratos emanados do Poder Executivo, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, inserindo-se, por essa razão, no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas, como é o caso de instruções normativas, resoluções e portarias. Comentários: O gabarito preliminar foi a letra "B". No entanto, a questão foi anulada, em razão de divergência doutrinária

48 Os atos normativos expedidos pelos chefes dos Executivos e seus auxiliares (ministros e secretários, conforme o caso) não se confundem, contudo, com as leis, apesar da proximidade quanto ao conteúdo abstrato e geral. No que consistiria, então, a diferença dos normativos administrativos para as leis? Tanto as leis quantos os atos administrativos normativos são normas, claro. Todavia, as leis são normas originárias, responsáveis por criar, de regra, o direito novo, sobretudo no que diz respeito à criação de novas obrigações, em razão de disposição constitucional expressa, o inc. II do art. 5º da CF/88, que dispõe: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de LEI. Com esta informação, afastamos a correção da letra "D", afinal a função regulamentar não é legislativa. A função executiva não se confunde com a regulamentar. A primeira é dirigida a prática de atos concretos e individuais. A regulamentar, por sua vez, é para a edição de atos dotados de generalidade e abstração. Assim, afastamos a correção das letras "A" e "E". Ficamos entre as alternativas "B" e "C". Na letra "B", houve um "probleminha", apesar de ter sido o gabarito inicial. No Brasil, a tripartição de Poderes é flexível, afinal, ao lado da função primordial, o Poder pode exercer atividades atípicas, como é o exemplo clássico do. Por isso, alguns autores preferem falar em poder normativo em vez de poder regulamentar, uma vez que este representa, na visão destes autores, apenas uma das formas pelas quais se expressa o normativo do Estado. Nesse contexto, o poder normativo é gênero, no qual se encontra a espécie poder regulamentar. No essencial, o poder regulamentar é o exercido pelos chefes do Executivo. Com efeito, a CF/1988 dispõe no inc. IV do art. 84 que compete ao Presidente da República privativamente, dentre outras atribuições: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução Portanto, em tese, a edição de instruções, resoluções e portarias normativas insere-se no PODER NORMATIVO, por ser o regulamentar privativo do chefe do Executivo. Em razão da divergência doutrinária, a banca preferiu pela anulação. A rigor, a banca organizadora poderia ter invertido o gabarito para alternativa "C", considerando o fato de o poder regulamentar ser privativo do chefe do Executivo. Porém, como sobredito, há bons autores que consideram a edição de portarias normativas como poder regulamentar de 2º grau. Gabarito: anulada

49 QUESTÃO 17 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 2ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Diante de real demanda de pessoal na Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado ente federado editou decreto criando número bastante relevante de cargos os quais deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, regra expressa da Constituição Federal. A conduta adotada pelo Governador a) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres estatais. b) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a ser desenvolvida. c) não é compatível com a norma constitucional, que exige convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse público na conduta. d) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial, mediante provocação do Chefe do Executivo. e) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade orçamentária para esse incremento de despesas. Comentários: A resposta é a letra "A". O instrumento utilizado para a criação de cargos públicos é a lei, como previsto no inc. X do art. 48 da CF/1988. Como a criação de cargos públicos dá-se por lei, a extinção ou transformação ocorrem igualmente, por lei, como decorrência do princípio da simetria jurídica ou paralelismo das formas. É dizer, como se faz, desfaz-se. Se o cargo público é criado por lei, por lei deve ser extinto ou transformado. Sobre o tema, o STF dispôs que a CF/1988 NÃO OFERECE guarida à possibilidade de o Governador criar e reestruturar órgãos públicos por meio de simples decreto (RE /DF). No entanto, esta é mais uma daquelas regras com exceções. No Direito Administrativo é muito incomum regras sem exceções. Sobre o tema, o inc. VI do art. 84 da CF/1988 possibilita que, por Decreto Autônomo, cargos públicos sejam extintos, com o detalhe de que devem estar vagos. Esclareça-se, também, que a competência para deflagrar o processo legislativo de criação de cargos é reservada aos chefes do Executivo (art. 61, 1 o, inciso II, a, da CF/1988), mas se e somente se os cargos forem da estrutura do Poder Executivo. Ante a independência dos Poderes (art. 2 o da CF/1988), caberá ao Poder Judiciário encaminhar o projeto de lei para a criação dos cargos de sua própria estrutura

50 Gabarito: letra A. TRT-MG Técnico Administrativo QUESTÃO 18 - FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/ O Secretário de Estado da Justiça editou decreto para regulamentar o horário de atendimento dos fóruns estaduais, estabelecendo, diversamente do previsto na legislação estadual, que o atendimento aos advogados seria feito no período da tarde. A medida é a) legal quanto à competência e ilegal quanto ao objeto, na medida em que não poderia ter contrariado a legislação estadual, devendo o decreto apenas explicitar os termos da lei. b) legal, desde que o decreto não tenha restringido o número de horas de atendimento franqueadas aos advogados, apenas concentrado a disponibilidade delas no período da tarde. c) inconstitucional, na medida em que a competência para editar decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o Secretário de Estado fazê-lo. d) constitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é passível de delegação, mas é ilegal quanto ao conteúdo, pois contrariou a legislação vigente. e) inconstitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é privativa do Chefe do Executivo, mas é legal quanto ao conteúdo, tendo em vista que a medida se encaixa na competência para edição de decretos autônomos, uma vez que trata da organização da administração. Comentários: A resposta é a letra "C". Incumbe à Administração complementar as leis, criando os mecanismos para o efetivo alcance dos objetivos do Estado (ligados ao interesse público, lembrese!). Essa é a principal característica do poder regulamentar, o qual pode ser entendido como a prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização. O mais conhecido destes atos regulamentares são os decretos, expedidos pelos chefes do Executivo. Entretanto, nem todos os decretos possuirão caráter regulamentar. O art. 84 da CF/1988, por exemplo, atribui ao presidente da República a competência privativa para decretar a intervenção, estado de sítio e estado de defesa. Nessas situações, está-se diante da função política, de ato tipicamente de governo, de natureza não regulamentar. Com outras palavras, não cabe aos Ministros, e, por simetria, aos Secretários estaduais, distritais e municipais a edição de decretos. Esclareça-se, por oportuno, que é o poder regulamentar é indelegável. O que se admite delegação é o conteúdo de decretos autônomos

51 Gabarito: letra C. TRT-MG Técnico Administrativo QUESTÃO 19 - FCC - Analista Judiciário (TRT 1)/Administrativa/ O poder regulamentar da Administração pública consiste em a) impor restrições à atuação de particulares, em benefício da coletividade, nos limites da lei. b) controlar a atividade de órgãos inferiores, dando ordem a subordinados e verificando a legalidade dos atos praticados. c) editar normas complementares à lei, para a sua fiel execução. d) organizar a atividade administrativa, inclusive com a avocação de competências e criação de órgãos. e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e particulares que contratam com a Administração. Comentários: A resposta é a letra C. Repete-se que incumbe à Administração complementar as leis, criando os mecanismos para o efetivo alcance dos objetivos do Estado (ligados ao interesse público, lembre-se!). Essa é a principal característica do poder regulamentar, o qual pode ser entendido como a prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis, e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização. Os demais itens estão incorretos. Vejamos: Na letra A, definiu-se o poder de polícia, assim entendido como a imposição de restrições à atuação de particulares, em benefício da coletividade, nos limites da lei. Na letra B, temos como decorrência do poder hierárquico o controle da atividade de órgãos inferiores, dando ordem a subordinados e verificando a legalidade dos atos praticados. Na letra D, a organização da atividade administrativa, inclusive com a avocação de competências e criação de órgãos, é uma decorrência da hierarquia. Na letra E, apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e particulares que contratam com a Administração é definição para poder disciplinar. Gabarito: letra C

52 QUESTÃO 20 - FCC - Analista Judiciário (TRT 1)/Judiciária/Execução de Mandados/ A Administração pública editou um decreto organizando o segmento imobiliário de sua administração. A medida é a) constitucional, desde que não tenha implicado em criação de órgão ou aumento de despesa. b) inconstitucional, tendo em vista que a autonomia da administração pública para tanto estaria restrita a extinção de cargos vagos. c) constitucional, desde que tenha havido autorização legislativa e que não tenha implicado extinção de cargos, ainda que vagos. d) inconstitucional, na medida em que o executivo não possui competência para edição de decretos autônomos em decorrência de seu poder regulamentar, nem para organizar a administração pública. e) inconstitucional, tendo em vista que a organização da administração deve ser promovida por meio de lei. Comentários: A resposta é a letra A. Os decretos autônomos foram reintroduzidos em nossa ordem jurídica por intermédio da Emenda Constitucional 32/2001. A partir da promulgação desta, compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Portanto, no caso concreto, é constitucional a expedição do referido decreto, na condição de não implicar aumento de despesas. Gabarito: letra A. QUESTÃO 21 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 15ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Caracteriza-se o poder de polícia administrativa, de forma não exaustiva, pela prática de atos a) impositivos de obrigações de não fazer, jamais impondo obrigações positivas. b) preventivos, no sentido de conformar a conduta dos administrados à lei, ficando os atos repressivos na esfera da polícia judiciária. c) normativos gerais inovados, cuja finalidade é sempre estabelecer as condutas esperadas dos administrados e aquelas passíveis de reprimenda

53 d) repressivos, mediante provocação de administrados diante de danos verificados, não havendo espaço para a prática de atos de fiscalização preventiva. e) concretos e específicos, que envolvem fiscalização e repressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente. Comentários: O conceito de poder de polícia, ainda que cercado por entendimentos doutrinários, possui base legal. E este dispositivo é o Código Tributário Nacional, que em seu artigo 78 declara: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Deste conceito conseguimos extrair o núcleo do poder de polícia, que é a restrição da atividade de um particular em prol de toda a coletividade. Quanto à forma de exercício, o Poder de Polícia pode ser classificado em PREVENTIVO e REPRESSIVO. É preventivo todo o controle feito como forma de restringir um direito individual em prol da coletividade. Os melhores exemplos seriam as licenças e autorizações necessárias para que um particular, por exemplo, possa ter o direito de exercer uma determinada atividade. Já o controle repressivo, por sua vez, engloba as sanções aplicadas pela autoridade competente quando da ocorrência de infrações por parte dos particulares. Assim, temos que: Letra A: Errada. O poder de polícia pode implicar tanto em obrigações positivas (fazer algo) quanto negativas (deixar de fazer). Letra B: Errada. A Polícia Judiciária pode se manifestar preventiva ou repressivamente. Letra C: Errada. De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, o poder de polícia pode ser conceituado como A atividade da Administração Pública, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivíduos, mediante ação ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva,

54 impondo coercitivamente aos particulares um dever de abstenção ( non facere ) a fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo. Tais atos, porém, não podem inovar no ordenamento jurídico, situação que apenas ocorre com a lei e, em alguns casos restritos, com os decretos autônomos. Letra D: Errada. Como já mencionado, a polícia administrativa pode dar-se em dois momentos: antes da ocorrência (preventivamente) ou depois (repressivamente). Letra E: Certa. O poder de polícia manifesta-se de forma concreta e específica. Na apreensão de mercadorias irregularmente armazenadas em uma farmácia, temos um típico caso em que um direito particular está sendo restringido em prol da coletividade. Gabarito: letra E. QUESTÃO 22 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ Durante fiscalização em bares e restaurantes localizados em determinada região de Salvador, os agentes municipais constataram, em alguns estabelecimentos, a existência de produtos alimentícios impróprios para o consumo ou com data de validade expirada. Os agentes municipais, devidamente amparados em previsão legal, a) podem apreender os gêneros alimentícios impróprios para o consumo e com data de validade expirada, como medida de polícia administrativa, não estando autorizados a interditar os respectivos estabelecimentos, conduta que se respalda no poder disciplinar e, portanto, depende de prévia autorização da autoridade superior. b) devem apreender os produtos impróprios para o consumo e com data de validade expirada, podendo, inclusive, promover a interdição do estabelecimento como medida de polícia protetiva da saúde pública, diferindose o contraditório e a ampla defesa. c) devem multar os estabelecimentos faltosos, providenciando, na sequência, o ajuizamento de ação judicial de natureza cautelar para obter a apreensão das mercadorias e a interdição daqueles. d) podem interditar os estabelecimentos e apreender as mercadorias, não sendo possível a imposição de multa, tendo em vista que o regular exercício do poder de polícia não se coaduna com o diferimento do contraditório e da ampla defesa, que devem ser prévios à qualquer sanção. e) devem autuar os estabelecimentos, como medida de polícia decorrente de poder disciplinar hierárquico e apreender as mercadorias impróprias para o consumo ou com data de validade expirada, como medida de polícia sancionadora

55 Comentários: TRT-MG Técnico Administrativo A resposta é a letra "B". As sanções de polícia são atos administrativos decorrentes do cometimento, pelos particulares em geral, de infrações administrativas. As sanções devem sempre ser criadas por lei, não podendo ser instituídas por decreto ou outro ato de natureza infralegal. Essencialmente, são exemplos de atos punitivos: multa; interdição; demolição; destruição; e embargo de obra. Nos termos do art. 5º, LV, da CF/1988, a aplicação das penalidades dependerá do amplo direito de defesa e de contraditório. Obviamente, a observância dos aludidos princípios não precisa ser, em todos os casos, prévia. Portanto, no caso concreto, além da apreensão dos bens impróprios, a autoridade pode interditar o estabelecimento, multá-lo e destruir os bens impróprios. Gabarito: letra B. QUESTÃO 23 - FCC - Analista Judiciário (TRT 2ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições a) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação. b) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade. c) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios. d) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho. e) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas. Comentários: A resposta é a letra "D". O administrador público só pode fazer ou deixar de fazer o que a lei permite ou autoriza. Logo, o poder de polícia, para ser desempenhado, não dispensa a existência de lei prévia

56 A Administração detém razoável liberdade de atuação no exercício do poder de polícia. Dentro dos limites dados pela lei, poderá valorar critérios de conveniência e oportunidade para a prática dos atos de polícia administrativa, determinando critérios para definição, por exemplo, de quais atividades irá fiscalizar, bem como as sanções aplicáveis em decorrência de certa infração, as quais devem estar previstas em lei. A regra é que a atividade decorrente do poder de polícia, sobretudo a administrativa, é discricionária, mas, em determinadas circunstâncias, é vinculada. É o caso das concessões de licenças, atos administrativos vinculados e definitivos, por meio dos quais a Administração reconhece o direito subjetivo de um particular à prática de determinada atividade, a partir do preenchimento de certas condições necessárias ao gozo desse direito. Por exemplo, para exercer uma profissão, que é um direito constitucional, há que se obter licença para tanto. Cumpridos os requisitos para a obtenção desta, a Administração deverá concedê-la ao particular. Assim, pode-se afirmar que a regra é a discricionariedade do exercício do poder de polícia, mas nada impede que este, em determinadas situações, seja vinculado. Gabarito: letra D. QUESTÃO 24 - FCC - Analista (DPE RS)/Processual/ Determinada Municipalidade recebeu reiteradas denúncias de pais de alunos sobre irregularidades em alimentos vendidos na cantina de uma escola particular, em virtude de indisposições repetidas experimentadas por seus filhos. Instaurado procedimento, na primeira fiscalização foi constatada a existência de grande número de alimentos com data de validade expirada. Diante da situação, e considerando o histórico das denúncias que instruem o processo, os fiscais podem a) apreender as mercadorias vencidas, prosseguindo o processo administrativo com regular observância do contraditório e da ampla defesa, para somente ao fim se decidir pela imposição de multa e suspensão da licença de funcionamento do estabelecimento. b) multar o estabelecimento e seus responsáveis, não lhes sendo possível a interdição do estabelecimento em virtude do mesmo funcionar nas dependências de uma escola privada. c) autuar e multar os responsáveis pelo estabelecimento de ensino, não podendo, no entanto, interditar a cantina, em razão da necessidade de atendimento dos alunos da instituição. d) cassar, liminarmente, a licença do estabelecimento e encerrar o processo administrativo, como forma de expressão do poder de polícia administrativa, prescindindo- se de observância do contraditório e da ampla defesa em face das provas encontradas

57 e) interditar o estabelecimento, sem prejuízo de eventual apreensão de mercadorias, imposição de multa e regular prosseguimento do processo administrativo, nos termos da lei, como forma de expressão do poder de polícia administrativa. Comentários: A resposta é a letra "E". As sanções de polícia são atos administrativos decorrentes do cometimento, pelos particulares em geral, de infrações administrativas. As sanções devem sempre ser criadas por lei, não podendo ser instituídas por decreto ou outro ato de natureza infralegal. Os demais itens estão incorretos. Abaixo: a) apreender as mercadorias vencidas, prosseguindo o processo administrativo com regular observância do contraditório e da ampla defesa, para somente ao fim se decidir pela imposição de multa e suspensão da licença de funcionamento do estabelecimento. A Administração NÃO PRECISA aguardar o fim do processo para só depois aplicar a multa. Primeiro, aplica-se a multa, e depois se confere o contraditório e ampla defesa. E se a Administração for convencida, cancela-se a multa. b) multar o estabelecimento e seus responsáveis, não lhes sendo possível a interdição do estabelecimento em virtude do mesmo funcionar nas dependências de uma escola privada. A interdição é um dos atos punitivos decorrentes do poder de polícia. Claro que tal medida, por ser mais drástica, deve ser acompanhada da devida cautela. c) autuar e multar os responsáveis pelo estabelecimento de ensino, não podendo, no entanto, interditar a cantina, em razão da necessidade de atendimento dos alunos da instituição. Idem item "B". Acrescento que, em alguns casos, o Estado não dará contraditório e ampla defesa prévios. É o que a doutrina chama de contraditório postergado. d) cassar, liminarmente, a licença do estabelecimento e encerrar o processo administrativo, como forma de expressão do poder de polícia administrativa, prescindindo- se de observância do contraditório e da ampla defesa em face das provas encontradas. Todos os atos punitivos devem observar o contraditório, previa ou concomitantemente ou, excepcionalmente, diferido ou postergado

58 Gabarito: letra E. TRT-MG Técnico Administrativo QUESTÃO 25 - FCC - Técnico Judiciário (TRE RO)/Administrativa/ Considere as seguintes atividades: I. Limita direitos. II. Disciplina direitos. III. Regula a prática de ato. IV. Regula a abstenção de fato. Considera-se poder de polícia, desde que preenchidos os demais requisitos legais, as atividades da Administração pública descritas em a) I e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) II e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Comentários: A resposta é a letra "E" (todos os itens estão corretos). Dos poderes da Administração, o de polícia é o único com uma definição legal. O conceito é encontrado no CTN em razão do seu exercício constituir hipótese de incidência das taxas, em virtude do que dispõe a CF/1988 (art. 145, II). Como exemplo, vejamos trecho da ADI 2424/CE do STF. O Tribunal julgou procedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil - PC do B, para declarar a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei /2000, do Estado do Ceará, que criavam taxas de exercício do poder de polícia e de utilização de serviços prestados pelos órgãos de segurança pública e defesa da cidadania. Entendeu-se, no caso, que a segurança pública somente pode ser sustentada por impostos, dado que consubstancia dever do Estado e direito de todos, sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio (CF, art. 144, caput, inciso V e 5º). Precedentes citados: ADI 1942 MC/PA (DJU de ). ADI 2424/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, 1º Vê-se a amplitude do conceito dado pela norma. São diversas áreas que podem exigir a atuação da polícia administrativa: segurança, higiene, mercado. Todavia, com sinceridade, esse conceito não é um dos melhores, por ser extenso demais e informar muito pouco!

59 Para a doutrina, por sua vez, o poder de polícia é a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Poder de Polícia é atividade do estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, este manifestado nos mais variados setores da sociedade, como saúde, segurança, educação, meio ambiente, defesa do consumidor, patrimônio cultural, propriedade. Ou seja, o poder de polícia destina-se a LIMITAR E DISCIPLINAR direitos, bem como REGULAR a prática de atos e abstenção de fato. Essa última característica dá ao poder de polícia sua conotação NEGATIVA. Gabarito: letra E. QUESTÃO 26 - FCC - Oficial de Justiça (TJ PE)/Judiciária e Administrativa/ Em matéria do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, considere: I. A finalidade do poder de polícia se restringe à defesa do Estado e de sua Administração, conferindo-lhe poderes para anular liberdades públicas ou direitos dos cidadãos. II. O poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. III. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. IV. As condições de validade do poder de polícia são diferentes as dos demais atos administrativos comuns porque limitadas à proporcionalidade da sanção e à legalidade dos meios empregados pela Administração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II e III. e) II, III e IV. Comentários: A resposta é a letra "D" (F, V, V e F). I - FALSO. A finalidade do poder de polícia se restringe à defesa do Estado e de sua Administração, conferindo-lhe poderes para anular liberdades públicas ou direitos dos cidadãos

60 O poder de polícia é a para a proteção do Estado, sem dúvida. Porém, não há como ignorar o fato de que o poder de polícia é importante mecanismo para a proteção dos cidadãos em geral. Veja o caso da interdição de estabelecimento prestes a ruir. Ademais, o Poder de Polícia é só para LIMITAR OU CONDICIONAR, não se destina, sobremodo, a anular nada. II - VERDADEIRO. O poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. São atributos do Poder de Polícia: DICA, nesta ordem, discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade. III - VERDADEIRO. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. Acrescento ao item o fato de que, para o STF, a delegação não pode ser feita a particulares. E, para o STJ, parte do ciclo do poder de polícia pode ser delegado a particulares, como é o caso do ato de fiscalização e consentimento. IV - FALSO. As condições de validade do poder de polícia são diferentes as dos demais atos administrativos comuns porque limitadas à proporcionalidade da sanção e à legalidade dos meios empregados pela Administração. São condições de validade do poder de polícia: adequação, necessidade e proporcionalidade. Gabarito: letra D. QUESTÃO 27 - FCC - Assessor Técnico do Controle Interno (ALERN)/ Constituem exemplos de atos decorrentes do exercício do poder de polícia pela Administração pública: a) inquéritos policiais contra os servidores que praticaram crime. b) mandados de busca domiciliar. c) licenças, autorizações ou notificações. d) circulares para orientação dos administrados. e) pareceres para orientação dos administrados. Comentários: A resposta é a letra "C". O poder de polícia é a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos

61 individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Poder de Polícia é atividade do estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, este manifestado nos mais variados setores da sociedade, como saúde, segurança, educação, meio ambiente, defesa do consumidor, patrimônio cultural, propriedade. São exemplos, portanto, de atos de polícia: as licenças, autorizações ou notificações. Em todos os casos, há limitações ou condicionamentos para os particulares em geral. Gabarito: letra C. QUESTÃO 28 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 6)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ O conceito moderno de poder de polícia o define como a atividade do Estado que limita o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. Em relação ao poder de polícia administrativa, é correto afirmar que a) é exclusivo da autoridade superior do ente público competente para a fiscalização. b) compreende a adoção de medidas repressivas para aplicação da lei ao caso concreto. c) incide subsidiariamente à polícia judiciária, inclusive para coibir a prática de ilícito penal. d) cria obrigações e limitações aos direitos individuais quando a lei não tiver disposto a respeito. e) impõe apenas obrigações de fazer, na medida em que não pode impor abstenções e proibições aos administrados. Comentários: O poder de polícia é a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Consiste em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, este manifestado nos mais variados setores da sociedade, como saúde, segurança, educação, meio ambiente, defesa do consumidor, patrimônio cultural, propriedade. É desempenhado por todo agente público a quem a Lei tenha entregue tal tarefa, não só a mais alta autoridade da instituição envolvida (errada a letra A). Só pode ser exercido nos termos da lei, e, por isso, não pode criar obrigações que nela, a Lei, não esteja prevista (errada a letra D). Além disso, pode impor às administrações tanto obrigações de fazer (tirar carteira para dirigir veículo automotivo, por exemplo) quanto abstenções e proibições (não usar a propriedade para fins que não sejam sociais). Errada, portanto, a letra E

62 No que se refere à polícia judiciária, cabem algumas explicações adicionais: ela atua na preparação da atuação função jurisdicional, sendo executada por órgãos de segurança (polícia civil de um estado, a exemplo), referindo-se ao indivíduo, ou seja, aquele que poderia cometer um ilícito penal. Evidentemente, há ilícitos penais que repercutirão na esfera administrativa. A doutrina indica que há uma linha de diferenciação básica entre a polícia administrativa e a judiciária, que diz respeito à ocorrência ou não de ilícito penal. Com efeito, quando atua na área de ilícito puramente administrativo (preventiva ou repressivamente) a polícia é administrativa. Quando o ilícito penal (crimes e contravenções) é praticado, é a polícia judiciária que age. Como exemplo de Polícia Administrativa pode-se citar a fiscalização de atividades de comércio, sobre condições de estocagem de alimentos. A polícia administrativa, por conseguinte, não é atividade subsidiária à polícia judiciária. É atividade própria, com diferenças marcantes. Pois bem, de fato, o Poder de Polícia pode trazer medidas repressivas, como as multas. Gabarito: letra B. QUESTÃO 29 - FCC - Técnico Judiciário (TST)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Pode exercer poder de polícia a) a Receita Federal do Brasil. b) a Petróleo Brasileiro S.A. PETROBRAS. c) o Banco do Brasil S.A. d) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES. e) o Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO. Comentários: A resposta é a letra A. O exercício do poder de polícia administrativo, doutrinariamente, é dividido em originário e delegado. De maneira originária, o Poder de Polícia é exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (União, Estados e Distrito Federal e Municípios), abarcando os atos administrativos praticados por estas, no exercício do Poder de Polícia, por intermédio de seus órgãos. Ocorre que o poder público, conhecidamente, não age exclusivamente por órgãos e agentes internos a sua estrutura. Quando o poder de polícia é levado a efeito pelas pessoas administrativas do Estado, componentes da Administração indireta, em decorrência de delegação (outorga) legal da

63 entidade estatal a qual pertence está-se diante do poder de polícia delegado. Duas são as condições para validade dessa delegação, conforme a jurisprudência do STF: I) Deve decorrer de lei formal, oriunda do regular exercício da função Legislativa; II) O delegatário (aquele que recebe a delegação) deve ser integrante da administração indireta, devendo possuir, ainda, personalidade jurídica de direito público. Enfim, a doutrina não admite outorga do poder de polícia a pessoas da iniciativa privada, sem vínculo oficial com os entes públicos, dado que tais pessoas não possuem o poder de império, próprio e privativo do Poder Público. Nas alternativas B a E, foram listadas pessoas jurídicas de Direito Privado, logo incompetentes para o exercício regular do Poder de Polícia. Vejamos: >> Petróleo Brasileiro S.A. PETROBRAS, e Banco do Brasil (sociedades de economia mista); >> Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, e Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO (empresas públicas). As sociedades de economia mista e as empresas públicas são entidades empresariais do Estado, dotadas de personalidade jurídica de Direito Privado, integrantes da Administração Indireta ou Descentralizada do Estado. Gabarito: letra A. QUESTÃO 30 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Judiciária/ O exercício do poder discricionário pelo agente público, dentro dos limites da lei, a) deve se pautar pelo princípio do imperativo categórico. b) decorre de determinação explícita do superior hierárquico. c) objetiva beneficiar sempre os mais necessitados. d) depende da vontade do agente público. e) se funda nos critérios de oportunidade e conveniência. Comentários: A resposta é a letra "E"

64 Não é difícil perceber a impossibilidade de a lei prever todas as condutas a serem adotadas pelos administradores públicos, em face das situações concretas que se apresentam e que exigem pronta solução. Dessa maneira, a lei faculta ao administrador a liberdade de adotar uma dentre duas ou mais condutas hábeis, a qual deverá estar alinhada ao melhor atendimento do interesse público. Resulta-se, assim, o juízo discricionário por parte do responsável pelo ato. Porém, detalhe! O juízo discricionário de forma alguma pode ser confundido com livre arbítrio, ou, ainda, arbitrariedade. De fato, a Administração Pública, ao contrário dos particulares de modo geral, só pode fazer aquilo que a lei determina ou autoriza (princípio da legalidade administrativa caput do art. 37 da CF/1988). Logo, ainda que haja margem de opção, a conduta do agente deve estar pautada na lei, não se admitindo ações que desbordem de seus limites. Não possui o administrador público a ampla e irrestrita possibilidade de escolher livremente as ações, uma vez que limitado, sempre, pela lei. Assim, pode-se afirmar que arbitrariedade é, para a Administração Pública, sinônimo de ilegalidade. Na visão da maior parte dos estudiosos, a discricionariedade é resumida em um binômio: conveniência e oportunidade. A primeira parte do binômio indica em que condições vai se conduzir o agente (o modo de agir deste); a segunda, ao momento em que a atividade deve ser produzida. Gabarito: letra E. QUESTÃO 31 - FCC - Técnico do Ministério Público de Sergipe/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Um Secretário de Estado toma conhecimento de ilícito administrativo praticado por determinado servidor público integrante de seu órgão. Com a notícia, publica portaria com indicação de membros da comissão processante para apuração dos elementos necessários à identificação dos fatos e de sua autoria. Obedecidos todos os trâmites legais, a comissão oferece relatório conclusivo para a autoridade competente para o julgamento que, a partir dos elementos constantes dos autos e da sua valoração, aplica a pena de demissão ao servidor faltoso. Neste caso hipotético, o ato administrativo de publicação da portaria para apuração de responsabilidade é a) vinculado, pois a apuração do ilícito administrativo depende do juízo de conveniência e oportunidade da autoridade. b) vinculado, assim como o ato administrativo da autoridade que aplica a pena ao servidor público. c) discricionário, assim como o ato administrativo da autoridade que aplica a pena ao servidor público. d) discricionário, enquanto que o ato administrativo que estabelece a pena é vinculado

65 e) vinculado, embora o ato administrativo editado pela autoridade que aplica a pena ao servidor seja discricionário. Comentários: Estamos diante de uma situação onde o Secretário de Estado toma conhecimento de uma infração administrativa. Ele PODE ou DEVE publicar a portaria com a designação da comissão que irá investigar os fatos no âmbito do PAD (Processo Administrativo Disciplinar)? Com toda certeza, trata-se de uma obrigação do Secretário, motivo pelo qual o ato administrativo de publicação da Portaria é VINCULADO. Obedecidos todos os trâmites, a Comissão entrega para a autoridade competente um relatório com as suas conclusões acerca da infração cometida. Nele, ela opina sobre todos os fatos ocorridos, bem como sobre a responsabilização do Servidor Público. Ao proceder ao julgamento, a autoridade competente determina a PUNIÇÃO do servidor. Ato Vinculado ou Discricionário? Ainda que o ato de PUNIR, sempre que sejam encontrados motivos para tal, seja vinculado, a Administração, ao receber o relatório, procede a uma VALORAÇÃO da conduta executada pelo servidor. E isso ocorre porque a autoridade julgadora NÃO está obrigada a seguir o relatório da comissão, que possui caráter opinativo e não vinculatório. Assim, temos: Ato de punir (quando houver motivos para tal): SEMPRE VINCULADO. Escolha da penalidade que melhor se adequa ao caso narrado pelo relatório da comissão: ATO DISCRICIONÁRIO. Gabarito: letra E. QUESTÃO 32 - FCC - Analista Judiciário (TRT 19ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/ A atuação discricionária da Administração pública a) nem sempre se fundamenta por razões de conveniência e oportunidade. b) permite, excepcionalmente, a edição de atos que contrariem a lei, desde que favoráveis ao interesse público. c) aplica-se aos atos administrativos vinculados. d) tem como exemplo a revogação de atos administrativos. e) tem como exemplo a anulação de atos administrativos. Comentários:

66 A resposta é a letra D. TRT-MG Técnico Administrativo Não é difícil perceber a impossibilidade de a lei prever todas as condutas a serem adotadas pelos administradores públicos, em face das situações concretas que se apresentam e que exigem pronta solução. Dessa maneira, a lei faculta ao administrador a liberdade de adotar uma dentre duas ou mais condutas hábeis, a qual deverá estar alinhada ao melhor atendimento do interesse público. Resulta-se, assim, o juízo discricionário por parte do responsável pelo ato. Exemplo de ato discricionário clássico é a revogação. Esta é o desfazimento de atos legais e eficazes, por motivo de conveniência e oportunidade. E este binômio representa o mérito administrativo, presente em atos de conteúdo discricionário. Os demais itens estão incorretos. Abaixo. a) nem sempre se fundamenta por razões de conveniência e oportunidade. b) NÃO permite, AINDA QUE excepcionalmente, a edição de atos que contrariem a lei, desde que favoráveis ao interesse público. A DISCRIONARIEDADE É A MARGEM DE FLEXIBILIDADE CONFERIDA PELO LEGISLADOR. c) NÃO SE aplica aos atos administrativos vinculados. e) NÃO tem como exemplo a anulação de atos administrativos, AFINAL, A ANULAÇÃO É TÍPICO ATO VINCULADO. DIANTE DA ILEGALIDADE, É DEVER DO ESTADO ANULAR O ATO ADMINISTRATIVO. Gabarito: letra D. QUESTÃO 33 - FCC - Oficial de Justiça (TJ PE)/Judiciária e Administrativa/ No que se refere aos poderes administrativo, discricionário e vinculado, é INCORRETO afirmar: a) Mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo há limitações impostas pelos princípios gerais de direito e pelas regras de boa administração. b) A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e à finalidade do ato, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe. c) Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, mas lembrando a dificuldade de se encontrar um ato administrativo inteiramente vinculado

67 d) A atividade discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. e) Na categoria dos atos administrativos vinculados, a liberdade de ação do administrador é ampla, visto que não há necessidade de se ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la. Comentários: A resposta é a letra "E". A banca organizadora inverteu os conceitos de poder discricionário com o vinculado. Contraposto ao poder discricionário, há o poder vinculado ou regrado, enfim, aquele conferido por lei à Administração para a prática de atos nos quais a liberdade de atuação é mínima, ou mesmo inexistente. Na definição de Hely Lopes Meirelles, poder regrado ou vinculado é aquele que o Direito Positivo confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formação. Nos atos vinculados, a doutrina majoritária informa que todos os elementos que o compõem encontram expressa previsão legal, e o órgão/entidade responsável pela prática do ato não goza de liberdade para implementação dos atos vinculados, para os quais haveria uma única saída prevista na lei, por esta determinada. Alguns outros autores consideram não existir poder vinculado estrito senso, uma vez que este não encerra prerrogativa do Poder Público, mas mera restrição à atuação administrativa. E, ainda assim, para a doutrina poucas são as situações de vinculação pura, não sendo recomendável, por isso, a oposição rígida entre poder vinculado e discricionário, devendo ser considerado o aspecto dominante no exercício do poder. São exemplos clássicos de poder vinculado: a licença para construir e a aposentadoria compulsória. Por exemplo: o servidor público efetivo, ao completar 70 anos de idade, deverá ser aposentado compulsoriamente, não havendo espaço para que a Administração opte por mantê-lo em atividade. Gabarito: letra E. QUESTÃO 34 - FCC - Analista Judiciário (TRF 5ª Região)/Administrativa/ A atuação da Administração Pública a) não admite discricionariedade, em face do princípio da legalidade previsto na Constituição Federal. b) possui caráter discricionário, afastando a possibilidade de atos vinculados

68 c) é pautada pelo princípio da legalidade, o que determina a prática de atos vinculados, reservada a discricionariedade apenas para o mérito de tais atos. d) não admite discricionariedade, salvo em relação às atividades de organização e funcionamento da própria Administração. e) admite discricionariedade quando a lei atribui à Administração a possibilidade de escolha de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. Comentários: A resposta é a letra E. Na discricionariedade, a lei reserva à Administração Pública uma margem de liberdade para sua atuação, diante de uma situação concreta. Veja o exemplo do ato de autorização de porte de armas. Para o autor Celso Antônio Bandeira de Mello, são as seguintes explicações para a discricionariedade: intenção deliberada do legislador; impossibilidade material de regrar todas as situações, inviabilidade jurídica da supressão da discricionariedade e impossibilidade lógica de supressão da discricionariedade. Gabarito: letra E. QUESTÃO 35 - FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/ Trata-se de ato administrativo em que NÃO se faz presente o atributo da discricionariedade: a) ato revogatório de outro ato administrativo. b) autorização para transporte de substâncias perigosas em via urbana. c) concessão de licença requerida por servidor público, para tratar de interesses particulares. d) concessão de aposentadoria voluntária, requerida por servidor público. e) prorrogação de prazo de validade de concurso público. Comentários: A resposta é a letra D. A discricionariedade é a faculdade, admitida por lei, para que os administradores possam agir com maior margem de escolha, o que a doutrina reconhece como mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Uma vez cumprido os requisitos da aposentadoria voluntária, a Administração Pública não tem margem de escolha, deve garantir a aposentação. Os demais itens evidenciam itens com discricionariedade

69 Na letra A, a revogação é o desfazimento do ato administrativo por motivo de conveniência e oportunidade. Enfim, é ato discricionário do Estado. Distinguese, nesse ponto, da anulação. Na letra B, as autorizações são atos discricionários. As licenças, por exemplo, são atos vinculados. Na letra C, as licenças e afastamentos, previstos na Lei 8.112/1990, podem ser discricionários ou vinculados, conforme o caso. Para tratar de interesses particulares, é típico ato discricionário, pois fica a critério da Administração Pública. Na letra E, nos termos da CF/1988, a Administração PODE prorrogar o prazo de validade do concurso. Ou seja, não há obrigação de a Administração prorrogar a validade do certame. Gabarito: letra D. QUESTÃO 36 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Quando o agente público atua fora dos limites de sua competência ele comete a) desvio de poder. b) omissão. c) improbidade administrativa. d) excesso de poder. e) prevaricação. Comentários: A resposta é a letra "D". Os poderes concedidos aos agentes para o bom desempenho de suas atribuições de interesse público devem ser usados com normalidade, dentro dos contornos da lei. Não pode a autoridade, por achar-se no uso legítimo dos poderes que lhe foram cometidos, ir além dos limites que lhe foram estabelecidos. Para que não sejam invalidados, os atos das autoridades e dos agentes em geral devem, então, ser legítimos, legais e morais, atendo-se, em qualquer espécie, aos interesses públicos da coletividade. O mau uso do poder, de forma desproporcional, ilegal ou sem atendimento ao interesse público constitui o abuso de poder, que pode ocorrer de duas formas: I) O agente atua fora dos limites de sua competência; e, II) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo

70 No primeiro caso, verifica-se o excesso de poder, com o agente público exorbitando das competências que lhe foram atribuídas, invadindo competências de outros agentes, ou praticando atividades que não lhe foram conferidas por lei. O vício aqui é de competência, tornando o ato arbitrário, ilícito, portanto. Na segunda situação, embora o agente esteja atuando nas raias de sua competência, pratica ato visando fim diverso do fixado em lei ou exigido pelo interesse público. Ocorre, então, o que a doutrina costumeiramente chama de desvio de poder ou de finalidade. Consequentemente, o vício do ato, nesse caso, não é de competência do agente, mas de finalidade. Gabarito: letra D. QUESTÃO 37 - FCC - Técnico do Ministério Público de Sergipe/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Diante de um ato administrativo editado com desvio de poder, a Administração pública tem o dever de buscar a a) revogação do ato, uma vez que o seu vício decorre da ausência de previsão da competência para sua edição nas atribuições legais do agente que o praticou. b) anulação do ato, porque a matéria, de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado que se pretende obter. c) anulação do ato, já que o agente o pratica visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. d) convalidação do ato, pois o vício decorrente do desvio de poder é sanável, impondo-se a preservação dos atos já produzidos sob sua vigência, em nome do princípio da segurança jurídica. e) revogação do ato, diante da inobservância das formalidades legais que condicionam sua existência. Comentários: Mesmo nas atividades discricionárias, o uso do poder pelo administrador sujeita-se aos limites legais, não podendo esses limites ser extrapolados, sob pena de se praticar arbitrariedade. Temos então que uma parcela do poder é conferida a cada agente público, que deve exercê-lo dentro do ESTRITAMENTE necessário, sob pena de restar configurado abuso de poder. O abuso de poder se divide em duas espécies: - Excesso de poder (vício no requisito competência)

71 - Desvio de poder ou finalidade (vício no requisito finalidade). O desvio de poder, também conhecido como desvio de finalidade, liga-se, como o próprio nome sugere, ao não cumprimento da finalidade para a qual o ato foi editado. Neste caso, e considerando que o requisito FINALIDADE é sempre VINCULADO, não há que se falar em revogação. Da mesma forma, tal requisito é impossível de ser convalidado (em suma, apenas a competência e a forma podem ser objeto de tal instituto). Logo, o ato administrativo praticado com desvio de finalidade deve ser, obrigatoriamente, ANULADO. Das duas alternativas que mencionam a ANULAÇÃO, apenas a letra C liga-se ao conceito de FINALIDADE. Na letra B, o requisito que não foi respeitado foi o motivo. Gabarito: letra C. QUESTÃO 38 - IESES - Notário e Registrador (TJ RS)/Remoção/ Assinale a alternativa correta. a) Pelo poder de polícia, a Administração Pública limita direitos individuais em benefício do Estado. b) Pelo poder regulamentar, a Administração Pública complementa a disciplina da lei, editando atos legislativos e regulamentos. c) Pelo poder de polícia, a Administração Pública está autorizada a agir com discricionariedade e mitigar o princípio da legalidade. d) Pelo poder disciplinar, a Administração Pública apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e a terceiros sujeitos à disciplina administrativa. Comentários: A resposta é a letra "D". d) Pelo poder disciplinar, a Administração Pública apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e a terceiros sujeitos à disciplina administrativa. O poder disciplinar é a prerrogativa de que dispõe o administrador público de apurar infrações e aplicar penalidades. Na doutrina, o poder disciplinar é normalmente identificado como aquele que permite aplicação de penalidades aos servidores públicos. Na verdade, a conclusão está perfeita, porém incompleta. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem por isso, alcança todas as

72 pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. Em síntese: particulares também podem se submeter às vias do poder disciplinar. É o caso, por exemplo, dos que firmam contratos com a Administração Pública, que estarão submetidos às sanções disciplinares pelo vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual, já que o contrato cria um vínculo especial do contratado com a Administração, permitindo-a lançar mão de seu poder disciplinar. As demais alternativas estão incorretas: a) Pelo poder de polícia, a Administração Pública limita direitos individuais em benefício do Estado. O art. 78 do Código Tributário Nacional assim define o poder de polícia: Atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos. Note que o exercício do poder de polícia não se dá apenas em benefício do Estado em si, mas do fim almejado pelo Estado: o interesse público. Assim, o poder de polícia é a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Poder de Polícia é atividade do estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, este manifestado nos mais variados setores da sociedade, como saúde, segurança, educação, meio ambiente, defesa do consumidor, patrimônio cultural, propriedade. b) Pelo poder regulamentar, a Administração Pública complementa a disciplina da lei, editando atos legislativos e regulamentos. Não há como o legislador prever todas as soluções a serem adotadas, em face das situações reais enfrentadas pela Administração Pública. Logo, incumbe à Administração complementar as leis, criando os mecanismos para o efetivo alcance dos objetivos do Estado (ligados ao interesse público). Essa é a principal característica do poder regulamentar, o qual pode ser entendido como a prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva concretização. Assim,

73 o poder regulamentar se funde em atos administrativos (como os regulamentos, por exemplo) e não atos legislativos. c) Pelo poder de polícia, a Administração Pública está autorizada a agir com discricionariedade e mitigar o princípio da legalidade. Sobre o exercício do poder de polícia, algumas considerações devem ser observadas: congruência entre as medidas de limitação e os fins que as justificam (princípio da proporcionalidade); nem sempre a medida de polícia é exercício de poder discricionário, pois há casos em que a Administração apenas concretiza o texto da lei ao atuar; p. ex, o Código de Edificações impõe a fiscalização sobre seu cumprimento e a aplicação de sanções; a limitação decorrente do poder de polícia deve ser motivada; deve ser observado o devido processo legal. Gabarito: letra "D". Questões sem comentários QUESTÃO 01 - FCC - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual (SEFAZ PE)/ De acordo com o disposto na Lei Complementar n o 107/2008, a propósito das atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal da Receita Estadual de Pernambuco tem-se que esses servidores exercem a) poder de polícia em nome da Administração Estadual, nos limites da lei, atuando somente de forma repressiva, ou seja, diante da prática de infração pelo administrado. b) medidas de polícia administrativa, nos termos e limites que lhes autorize a lei, atuando tanto preventivamente, como por ocasião das fiscalizações, quanto repressivamente, quando exercem atribuição de controle de débitos fiscais. c) as atribuições taxativamente descritas na lei, sendo-lhes vedado o exercício de medidas de polícia, estas que são de competência exclusiva da Administração centralizada. d) poder normativo, na medida em que lhes cabe disciplinar direitos e obrigações dos administrados. e) poder hierárquico e poder disciplinar, não lhes cabendo, contudo, a prática de medidas de polícia administrativa

74 QUESTÃO 02 - FCC - Procurador Judicial (Recife)/ Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens: I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário. II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública. III. A Súmula vinculante n o 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. QUESTÃO 03 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 19ª Região)/Administrativa/ Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder a) disciplinar. b) de polícia. c) regulamentar. d) hierárquico. e) normativo-disjuntivo. QUESTÃO 04 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 5ª Região)/Administrativa/ São Poderes inerentes à Administração pública o poder normativo, o poder disciplinar e o poder de polícia. Quanto a estes dois últimos, é correto afirmar que o a) poder disciplinar alcança as sanções impostas aos servidores públicos, mas não abrange as sanções impostas às demais pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa, como, por exemplo, os estudantes de uma escola pública. b) poder de polícia é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna

75 c) poder disciplinar é discricionário, por essa razão a Administração, pautada em juízo de conveniência e oportunidade, pode decidir entre instaurar ou não procedimento adequado para apurar falta cuja prática é imputada a servidor público. d) poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. e) fundamento do poder de polícia é a hierarquia, por essa razão, referido poder abrange as sanções impostas a particulares que não integram a estrutura interna administrativa. QUESTÃO 05 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Apoio Especializado/Contabilidade/ Propaganda irregular foi fixada em locais públicos da cidade, em desatendimento à legislação que disciplina o setor. Em reação, as autoridades competentes promoveram a remoção do material de propaganda, autuando e multando os responsáveis pela conduta. Esses, irresignados, questionaram a atuação, que foi a) regular, expressão do poder disciplinar, na medida em que a fiscalização e a punição dos responsáveis autoriza o diferimento do contraditório e da ampla defesa. b) irregular, expressão do poder regulamentar, na medida em que seria necessária a edição de ato normativo específico para a apreensão e imposição das sanções. c) regular, expressão do poder de polícia, estando a conduta embasada na legislação que disciplina o setor. d) regular, expressão do poder vinculado, cabendo, assim, à Administração apenas o juízo de oportunidade e conveniência sobre a conduta. e) irregular, expressão do poder discricionário, na medida em que a atuação da Administração deve ser sempre vinculada. QUESTÃO 06 - FCC - Analista Judiciário (TJ PE)/Educador Físico/ Considere sob o foco do poder hierárquico: I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular. III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico

76 Está correto o que se afirma APENAS em a) II, III e IV. b) II e IV. c) I, II e III. d) I e III. e) I, III e IV. QUESTÃO 07 - FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Com relação ao poder hierárquico, considere as afirmativas a seguir: I. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. II. Delegar é conferir a outrem delegações originalmente competentes ao que delega. No nosso sistema político são admitidas delegações entre os diferentes poderes. III. O poder hierárquico é privativo da função executiva, sendo elemento típico da organização e ordenação dos serviços administrativos. IV. Avocar é trazer para si funções originalmente atribuídas a um subordinado. Nada impede que seja feita, entretanto, deve ser evitada por importar desprestígio ao seu inferior. V. É impossível rever os atos dos inferiores hierárquicos, uma vez realizada a delegação, pois tais atos não podem ser invalidados em quaisquer dos seus aspectos. Está correto o que consta APENAS em a) I, II, III e IV. b) II e III. c) I e V. d) I, III e IV. e) II, IV e V. QUESTÃO 08 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ O exercício do poder disciplinar pelo agente público pode ser considerado um poder discricionário porque, dentro dos limites da Lei, a) a punição aplicada não necessita de justificativa da autoridade que a impõe. b) apoia-se no dever que possui a Administração de punir internamente as infrações funcionais de seus servidores. c) não exige o direito à ampla defesa e ao contraditório

77 d) no seu exercício, não é necessária a apuração nem a sanção da conduta afrontosa dos deveres funcionais. e) tem a liberdade de escolher a punição que entenda satisfazer a necessidade da Administração Pública. QUESTÃO 09 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Judiciária/ O poder disciplinar é a faculdade a) que detém o agente público de demitir todo aquele que se opõe à execução do poder discricionário dos agentes públicos. b) que deve exercer o agente político contra todo servidor que comete ato criminoso. c) do agente público de punir faltas funcionais ou violação de deveres funcionais por outros agentes públicos. d) de um agente público orientar a ação administrativa de servidores hierarquicamente subordinados. e) que exerce todo administrador sobre os seus administrados. QUESTÃO 10 - FCC - Analista Judiciário (TRT 16ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ Considere as afirmações abaixo. I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal. A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em a) III, apenas. b) I, II e III. c) I e II, apenas. d) II, apenas. e) I e III, apenas

78 QUESTÃO 11 - FCC - Assessor Jurídico (TCE-PI)/ O poder disciplinar atribuído à Administração pública, considerando o disposto na Lei nº 8.112/90, a) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos estritos termos da lei. b) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na aplicação da pena. c) abrange discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado, mas não para definição da pena cabível, que se submete à legalidade estrita. d) submete-se ao princípio da eficiência, o que concede discricionariedade para instauração do procedimento disciplinar, prescindindo de previsão legal. e) constitui-se poder essencialmente vinculado, posto que em razão da possibilidade de imposição de punição, a lei não deixa qualquer margem de escolha ao administrador. QUESTÃO 12 - FCC - Procurador Legislativo (Cam Mun SP)/ Analise as seguintes afirmações, acerca do exercício do poder disciplinar pela Administração: I. O afastamento preventivo do servidor público e a chamada verdade sabida não são admitidos após a Constituição Federal de 1988, pois tais institutos violam os princípios da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, nela consagrados. II. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III. A renúncia formal ao direito de defesa, pelo acusado, dispensa a constituição de defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. QUESTÃO 13 - FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/ O poder disciplinar a) sujeita todos os administrados, em especial aqueles detentores de especial vínculo com a administração pública

79 b) se destina exclusivamente à apuração de infração e imposição de sanções aos servidores públicos ocupantes de cargo público, não abrangendo outros vínculos com a administração. c) se aplica às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, tais como servidores públicos integrantes da administração direta, indireta, membros do ministério público e da defensoria pública. d) se expressa para aplicação de penalidades às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, sendo, no caso de servidores públicos, decorrente da hierarquia. e) se traduz, dentre outras situações, pelo poder de auto-organização, por meio da edição de decreto autônomo, para estabelecimento de condutas e penalidades pelo respectivo descumprimento. QUESTÃO 14 - FCC - Assessor Técnico do Controle Interno (ALERN)/ O poder disciplinar se caracteriza a) pelo poder que detém o superior hierárquico para dar ordens aos administrados. b) pela existência de níveis de subordinação entre os órgãos e agentes públicos da mesma pessoa jurídica. c) pelo dever de obediência dos servidores públicos e seus superiores hierárquicos. d) pela faculdade da Administração pública para aplicar sanção disciplinar aos seus servidores. e) pelo dever da Administração pública em apurar infrações e aplicar penalidades aos seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. QUESTÃO 15 - FCC - Procurador do Município de Cuiabá/ Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar: a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta. d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo

80 QUESTÃO 16 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Administrativa/ A Administração pública, ao desempenhar o poder regulamentar, exerce função de natureza a) executiva, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados apenas do Chefe do Executivo para complementar as leis. b) normativa, porquanto expede atos de efeitos gerais e abstratos, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, inserido- se no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas, como é o caso de instruções normativas, resoluções e portarias. c) normativa, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, não se inserindo no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas. d) legislativa, porque expede normas com efeitos individuais e concretos, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do chefe do executivo para explicitação das leis, não se inserindo no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas. e) executiva, porque expede atos gerais e abstratos emanados do Poder Executivo, cuja formalização se processa, basicamente, por decretos e regulamentos, que são atos emanados do Chefe do Executivo para complementar as leis, inserindo-se, por essa razão, no poder regulamentar os atos normativos editados por outras autoridades administrativas, como é o caso de instruções normativas, resoluções e portarias. QUESTÃO 17 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 2ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Diante de real demanda de pessoal na Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado ente federado editou decreto criando número bastante relevante de cargos os quais deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, regra expressa da Constituição Federal. A conduta adotada pelo Governador a) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres estatais. b) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a ser desenvolvida

81 c) não é compatível com a norma constitucional, que exige convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse público na conduta. d) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial, mediante provocação do Chefe do Executivo. e) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade orçamentária para esse incremento de despesas. QUESTÃO 18 - FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/ O Secretário de Estado da Justiça editou decreto para regulamentar o horário de atendimento dos fóruns estaduais, estabelecendo, diversamente do previsto na legislação estadual, que o atendimento aos advogados seria feito no período da tarde. A medida é a) legal quanto à competência e ilegal quanto ao objeto, na medida em que não poderia ter contrariado a legislação estadual, devendo o decreto apenas explicitar os termos da lei. b) legal, desde que o decreto não tenha restringido o número de horas de atendimento franqueadas aos advogados, apenas concentrado a disponibilidade delas no período da tarde. c) inconstitucional, na medida em que a competência para editar decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o Secretário de Estado fazê-lo. d) constitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é passível de delegação, mas é ilegal quanto ao conteúdo, pois contrariou a legislação vigente. e) inconstitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é privativa do Chefe do Executivo, mas é legal quanto ao conteúdo, tendo em vista que a medida se encaixa na competência para edição de decretos autônomos, uma vez que trata da organização da administração. QUESTÃO 19 - FCC - Analista Judiciário (TRT 1)/Administrativa/ O poder regulamentar da Administração pública consiste em a) impor restrições à atuação de particulares, em benefício da coletividade, nos limites da lei. b) controlar a atividade de órgãos inferiores, dando ordem a subordinados e verificando a legalidade dos atos praticados. c) editar normas complementares à lei, para a sua fiel execução. d) organizar a atividade administrativa, inclusive com a avocação de competências e criação de órgãos

82 e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e particulares que contratam com a Administração. QUESTÃO 20 - FCC - Analista Judiciário (TRT 1)/Judiciária/Execução de Mandados/ A Administração pública editou um decreto organizando o segmento imobiliário de sua administração. A medida é a) constitucional, desde que não tenha implicado em criação de órgão ou aumento de despesa. b) inconstitucional, tendo em vista que a autonomia da administração pública para tanto estaria restrita a extinção de cargos vagos. c) constitucional, desde que tenha havido autorização legislativa e que não tenha implicado extinção de cargos, ainda que vagos. d) inconstitucional, na medida em que o executivo não possui competência para edição de decretos autônomos em decorrência de seu poder regulamentar, nem para organizar a administração pública. e) inconstitucional, tendo em vista que a organização da administração deve ser promovida por meio de lei. QUESTÃO 21 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 15ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Caracteriza-se o poder de polícia administrativa, de forma não exaustiva, pela prática de atos a) impositivos de obrigações de não fazer, jamais impondo obrigações positivas. b) preventivos, no sentido de conformar a conduta dos administrados à lei, ficando os atos repressivos na esfera da polícia judiciária. c) normativos gerais inovados, cuja finalidade é sempre estabelecer as condutas esperadas dos administrados e aquelas passíveis de reprimenda. d) repressivos, mediante provocação de administrados diante de danos verificados, não havendo espaço para a prática de atos de fiscalização preventiva. e) concretos e específicos, que envolvem fiscalização e repressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente. QUESTÃO 22 - FCC - Analista Judiciário (TRT 5ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ Durante fiscalização em bares e restaurantes localizados em determinada região de Salvador, os agentes municipais constataram, em alguns estabelecimentos, a existência de produtos alimentícios impróprios para o consumo ou com data de validade expirada. Os agentes municipais, devidamente amparados em previsão legal,

83 a) podem apreender os gêneros alimentícios impróprios para o consumo e com data de validade expirada, como medida de polícia administrativa, não estando autorizados a interditar os respectivos estabelecimentos, conduta que se respalda no poder disciplinar e, portanto, depende de prévia autorização da autoridade superior. b) devem apreender os produtos impróprios para o consumo e com data de validade expirada, podendo, inclusive, promover a interdição do estabelecimento como medida de polícia protetiva da saúde pública, diferindose o contraditório e a ampla defesa. c) devem multar os estabelecimentos faltosos, providenciando, na sequência, o ajuizamento de ação judicial de natureza cautelar para obter a apreensão das mercadorias e a interdição daqueles. d) podem interditar os estabelecimentos e apreender as mercadorias, não sendo possível a imposição de multa, tendo em vista que o regular exercício do poder de polícia não se coaduna com o diferimento do contraditório e da ampla defesa, que devem ser prévios à qualquer sanção. e) devem autuar os estabelecimentos, como medida de polícia decorrente de poder disciplinar hierárquico e apreender as mercadorias impróprias para o consumo ou com data de validade expirada, como medida de polícia sancionadora. QUESTÃO 23 - FCC - Analista Judiciário (TRT 2ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/ O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições a) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação. b) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade. c) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios. d) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho. e) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas. QUESTÃO 24 - FCC - Analista (DPE RS)/Processual/ Determinada Municipalidade recebeu reiteradas denúncias de pais de alunos sobre irregularidades em alimentos vendidos na cantina de uma escola particular, em

84 virtude de indisposições repetidas experimentadas por seus filhos. Instaurado procedimento, na primeira fiscalização foi constatada a existência de grande número de alimentos com data de validade expirada. Diante da situação, e considerando o histórico das denúncias que instruem o processo, os fiscais podem a) apreender as mercadorias vencidas, prosseguindo o processo administrativo com regular observância do contraditório e da ampla defesa, para somente ao fim se decidir pela imposição de multa e suspensão da licença de funcionamento do estabelecimento. b) multar o estabelecimento e seus responsáveis, não lhes sendo possível a interdição do estabelecimento em virtude do mesmo funcionar nas dependências de uma escola privada. c) autuar e multar os responsáveis pelo estabelecimento de ensino, não podendo, no entanto, interditar a cantina, em razão da necessidade de atendimento dos alunos da instituição. d) cassar, liminarmente, a licença do estabelecimento e encerrar o processo administrativo, como forma de expressão do poder de polícia administrativa, prescindindo- se de observância do contraditório e da ampla defesa em face das provas encontradas. e) interditar o estabelecimento, sem prejuízo de eventual apreensão de mercadorias, imposição de multa e regular prosseguimento do processo administrativo, nos termos da lei, como forma de expressão do poder de polícia administrativa. QUESTÃO 25 - FCC - Técnico Judiciário (TRE RO)/Administrativa/ Considere as seguintes atividades: I. Limita direitos. II. Disciplina direitos. III. Regula a prática de ato. IV. Regula a abstenção de fato. Considera-se poder de polícia, desde que preenchidos os demais requisitos legais, as atividades da Administração pública descritas em a) I e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) II e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV

85 QUESTÃO 26 - FCC - Oficial de Justiça (TJ PE)/Judiciária e Administrativa/ Em matéria do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, considere: I. A finalidade do poder de polícia se restringe à defesa do Estado e de sua Administração, conferindo-lhe poderes para anular liberdades públicas ou direitos dos cidadãos. II. O poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. III. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. IV. As condições de validade do poder de polícia são diferentes as dos demais atos administrativos comuns porque limitadas à proporcionalidade da sanção e à legalidade dos meios empregados pela Administração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II e III. e) II, III e IV. QUESTÃO 27 - FCC - Assessor Técnico do Controle Interno (ALERN)/ Constituem exemplos de atos decorrentes do exercício do poder de polícia pela Administração pública: a) inquéritos policiais contra os servidores que praticaram crime. b) mandados de busca domiciliar. c) licenças, autorizações ou notificações. d) circulares para orientação dos administrados. e) pareceres para orientação dos administrados. QUESTÃO 28 - FCC - Técnico Judiciário (TRT 6)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ O conceito moderno de poder de polícia o define como a atividade do Estado que limita o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. Em relação ao poder de polícia administrativa, é correto afirmar que a) é exclusivo da autoridade superior do ente público competente para a fiscalização

86 b) compreende a adoção de medidas repressivas para aplicação da lei ao caso concreto. c) incide subsidiariamente à polícia judiciária, inclusive para coibir a prática de ilícito penal. d) cria obrigações e limitações aos direitos individuais quando a lei não tiver disposto a respeito. e) impõe apenas obrigações de fazer, na medida em que não pode impor abstenções e proibições aos administrados. QUESTÃO 29 - FCC - Técnico Judiciário (TST)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Pode exercer poder de polícia a) a Receita Federal do Brasil. b) a Petróleo Brasileiro S.A. PETROBRAS. c) o Banco do Brasil S.A. d) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES. e) o Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO. QUESTÃO 30 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Judiciária/ O exercício do poder discricionário pelo agente público, dentro dos limites da lei, a) deve se pautar pelo princípio do imperativo categórico. b) decorre de determinação explícita do superior hierárquico. c) objetiva beneficiar sempre os mais necessitados. d) depende da vontade do agente público. e) se funda nos critérios de oportunidade e conveniência. QUESTÃO 31 - FCC - Técnico do Ministério Público de Sergipe/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Um Secretário de Estado toma conhecimento de ilícito administrativo praticado por determinado servidor público integrante de seu órgão. Com a notícia, publica portaria com indicação de membros da comissão processante para apuração dos elementos necessários à identificação dos fatos e de sua autoria. Obedecidos todos os trâmites legais, a comissão oferece relatório conclusivo para a autoridade competente para o julgamento que, a partir dos elementos constantes dos autos e da sua valoração, aplica a pena de demissão ao servidor faltoso. Neste caso hipotético, o ato administrativo de publicação da portaria para apuração de responsabilidade é a) vinculado, pois a apuração do ilícito administrativo depende do juízo de conveniência e oportunidade da autoridade

87 b) vinculado, assim como o ato administrativo da autoridade que aplica a pena ao servidor público. c) discricionário, assim como o ato administrativo da autoridade que aplica a pena ao servidor público. d) discricionário, enquanto que o ato administrativo que estabelece a pena é vinculado. e) vinculado, embora o ato administrativo editado pela autoridade que aplica a pena ao servidor seja discricionário. QUESTÃO 32 - FCC - Analista Judiciário (TRT 19ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/ A atuação discricionária da Administração pública a) nem sempre se fundamenta por razões de conveniência e oportunidade. b) permite, excepcionalmente, a edição de atos que contrariem a lei, desde que favoráveis ao interesse público. c) aplica-se aos atos administrativos vinculados. d) tem como exemplo a revogação de atos administrativos. e) tem como exemplo a anulação de atos administrativos. QUESTÃO 33 - FCC - Oficial de Justiça (TJ PE)/Judiciária e Administrativa/ No que se refere aos poderes administrativo, discricionário e vinculado, é INCORRETO afirmar: a) Mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo há limitações impostas pelos princípios gerais de direito e pelas regras de boa administração. b) A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e à finalidade do ato, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe. c) Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, mas lembrando a dificuldade de se encontrar um ato administrativo inteiramente vinculado. d) A atividade discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. e) Na categoria dos atos administrativos vinculados, a liberdade de ação do administrador é ampla, visto que não há necessidade de se ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la

88 QUESTÃO 34 - FCC - Analista Judiciário (TRF 5ª Região)/Administrativa/ A atuação da Administração Pública a) não admite discricionariedade, em face do princípio da legalidade previsto na Constituição Federal. b) possui caráter discricionário, afastando a possibilidade de atos vinculados. c) é pautada pelo princípio da legalidade, o que determina a prática de atos vinculados, reservada a discricionariedade apenas para o mérito de tais atos. d) não admite discricionariedade, salvo em relação às atividades de organização e funcionamento da própria Administração. e) admite discricionariedade quando a lei atribui à Administração a possibilidade de escolha de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. QUESTÃO 35 - FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/ Trata-se de ato administrativo em que NÃO se faz presente o atributo da discricionariedade: a) ato revogatório de outro ato administrativo. b) autorização para transporte de substâncias perigosas em via urbana. c) concessão de licença requerida por servidor público, para tratar de interesses particulares. d) concessão de aposentadoria voluntária, requerida por servidor público. e) prorrogação de prazo de validade de concurso público. QUESTÃO 36 - FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Quando o agente público atua fora dos limites de sua competência ele comete a) desvio de poder. b) omissão. c) improbidade administrativa. d) excesso de poder. e) prevaricação. QUESTÃO 37 - FCC - Técnico do Ministério Público de Sergipe/Administrativa/"Sem Especialidade"/ Diante de um ato administrativo editado com desvio de poder, a Administração pública tem o dever de buscar a

89 a) revogação do ato, uma vez que o seu vício decorre da ausência de previsão da competência para sua edição nas atribuições legais do agente que o praticou. b) anulação do ato, porque a matéria, de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado que se pretende obter. c) anulação do ato, já que o agente o pratica visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. d) convalidação do ato, pois o vício decorrente do desvio de poder é sanável, impondo-se a preservação dos atos já produzidos sob sua vigência, em nome do princípio da segurança jurídica. e) revogação do ato, diante da inobservância das formalidades legais que condicionam sua existência. QUESTÃO 38 - IESES - Notário e Registrador (TJ RS)/Remoção/ Assinale a alternativa correta. a) Pelo poder de polícia, a Administração Pública limita direitos individuais em benefício do Estado. b) Pelo poder regulamentar, a Administração Pública complementa a disciplina da lei, editando atos legislativos e regulamentos. c) Pelo poder de polícia, a Administração Pública está autorizada a agir com discricionariedade e mitigar o princípio da legalidade. d) Pelo poder disciplinar, a Administração Pública apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e a terceiros sujeitos à disciplina administrativa. Gabaritos 01 B 02 - D 03 - D 04 - D 05 - C 06 - D 07 - D 08 - E 09 - C 10 - C 11 - B 12 - B 13 - D 14 - E 15 - E 16 - anulada 17 - A 18 - C 19 - C 20 - A 21 - E 22 - B 23 - D 24 - E 25 - E 26 - D 27 - C 28 - B 29 - A 30 - E 31 - E 32 - D 33 - E 34 - E 35 - D 36 - D 37 - C 38 - D

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