FARMÁCIA NÃO É UM SIMPLES COMÉRCIO ESTABELECIMENTO DE PROJETO: FARMÁCIA SAÚDE
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- Luísa Lemos Valverde
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1 PROJETO: FARMÁCIA ESTABELECIMENTO DE SAÚDE FARMÁCIA NÃO É UM SIMPLES COMÉRCIO
2 - Estabelecimentos farmacêuticos têm instituído práticas que distorceram o seu papel social: Indução ao consumo desnecessário e irracional de medicamentos; Propaganda abusiva; Comercialização de todo tipo de produto. - Reduz o papel do medicamento a apenas um produto de consumo - Descaracterização social do estabelecimento farmacêutico COMÉRCIO!!!
3 O objetivo do projeto é a reorientação dos estabelecimentos farmacêuticos, tornando-os capazes de atuar verdadeiramente como estabelecimentos de saúde e de auxiliar o Estado na implementação de diversas políticas de orientação, prevenção e recuperação da saúde dos cidadãos. VISANDO PRINCIPALMENTE: - Farmacêutico efetivamente profissional da saúde (assistência farmacêutica); - Uso correto, seguro e racional de medicamentos.
4 1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - RECURSOS HUMANOS. - Definir o real papel do profissional. - USUÁRIO Medicamento Ações de atenção à saúde 1.1 Farmacêutico. - Atua como co-responsável na terapia do paciente e na promoção do uso racional de medicamentos. O foco é o usuário e não apenas o produto!!! - ANVISA na consulta pública nº69/07 lançou as atribuições dos farmacêuticos responsáveis técnicos.
5 Algumas atribuições: - Conhecer, interpretar e estabelecer condições para cumprimento da legislação; - Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição de medicamentos e demais produtos; - Avaliar prescrição médica; - Assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos produtos; - Notificar a ocorrência de problemas relacionados a medicamentos e qualquer desvio de qualidade ou irregularidade de produtos dispensados às autoridades competentes; - Elaborar, atualizar e divulgar os POP s de todas as atividades do estabelecimento;
6 -Atualizar escrituração dos medicamentos sujeitos à controle especial e manter a guarda dos mesmos; - Prestar orientação farmacêutica; -Promover treinamento de funcionários; - Supervisionar e promover auto-inspeções periódicas; -Informar à autoridade sanitária a suspeita de reações adversas, queixas técnicas, fraude, falsificações de medicamentos e demais produtos de interesse à saúde; - Dispensar medicamentos sujeitos à prescrição somente mediante apresentação da reiceita e respectiva avaliação do farmacêutico; - O farmacêutico deve permanecer identificado de modo que o usuário o identifique facilmente : roupa branca, jaleco e crachá de identificação.
7 1.2. Colaboradores. -Técnicos e auxiliares de farmácia devem realizar suas atividades sob supervisão do farmacêutico responsável. -Realização de treinamentos permanentes de acordo com as necessidades, incluindo registros destes programas: documentação sobre as atividades de capacitação realizadas, data e hora da realização, conteúdo ministrado, quem participou com assinaturas, identificação do treinador em cada atividade específica. -Todos devem ser motivados e receber treinamento, incluindo instruções de higiene, saúde, conduta e elementos básicos de microbiologia, relevantes para manutenção dos padrões de limpeza do ambiente e qualidade dos produtos e serviços.
8 2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. - INSTALAÇÕES - Segue RDC nº 328/99, requisitos exigidos para dispensação de produtos de interesse à saúde em farmácias e drogarias: -Paredes, piso e teto lisos e impermeáveis, sem rachaduras e resistentes aos sanitizantes; -Ventilação e iluminação compatíveis com as atividades; -Instalações elétricas conservadas e em boas condições de segurança e uso; -Equipamentos de combate à incêndio; -Proteção contra entrada de insetos e roedores; -Acesso aos estabelecimentos independente; -Sanitário de fácil acesso; -Local para guarda dos pertences dos funcionários;
9 -Almoxarifado ter capacidade suficiente para assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de produtos, exigência quanto à temperatura (registros); -Segurança adequada para armazenamento de produtos inflamáveis (normas técnicas federais, estaduais, municipais) -Armário com chave para os medicamentos sujeitos à controle especial; -Local adequado (fora da área de dispensação) para produtos apresentam comprovadamente irregularidades ou prazo de validade vencido. - Ambiente específico para execução dos serviços farmacêuticos sobretudo, acompanhamento farmacoterapêutico.
10 3. Documentação -Manter registros de todas as atividades executadas: programa de combate a insetos e roedores, manutenção e calibração de aparelhos e equipamentos, entre outros tanto para informação aos que trabalham no local quanto para órgãos fiscalizadores Licença ou Alvará Sanitário, expedido pelo órgão Estadual 3.1. Licença ou Alvará Sanitário, expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de VS. É emitido perante visita e análise dos seguintes documentos: - Formulário preenchido para requerimento de cadastro municipal de VS; - Documento de comprovação da habilitação profissional e vínculo empregatício; -Cópia do Ato Constitutivo, quando necessário; -Manual de Boas Práticas Operacionais conforme atividades desenvolvidas.
11 3.2. Autorização de Funcionamento (AF), expedida pela ANVISA: válida por uma ano, que possibilita às farmácia e drogarias o comércio de medicamentos industrializados em sua embalagem original, incluindo os presentes na Portaria 344/98 e suas atualizações Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias com manipulação, expedida pela ANVISA: válida por um ano, para o exercício de atividades de extração, produção, transformação, fabricação, fracionamento, manipulação, embalagem, distribuição, transporte, reembalagem, importação e exportação das substâncias constantes das listas da Portaria 344, para se obter essa autorização devem ser apresentados diversos documentos. Obs. Farmácias e unidades de saúde que dispensam medicamentos em suas embalagens originais adquiridos no comércio nacional ficam isentas dessa autorização.
12 3.4. Certidão de regularidade, expedida pelo CRF: empresas que estão em situação regular perante órgão. Deve ser afixada em lugar visível ao público (indicando nome, função e horário de assistência de cada farmacêutico e o horário de funcionamento do estabelecimento. Validade é até 31 de março de cada ano Certificado de Escrituração Digital, expedido pela ANVISA: documento emitido pelo sistema informatizado após credenciamento do estabelecimento no SNGPC Selo de Assistência Farmacêutica, expedido pelo CRF-SP: documentos criado pelo CRF-SP como forma de garantir a presença do farmacêutico em farmácias e drogarias por período integral para prestar atendimento adequado à população Manual de Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias, segundo as especificações de cada estabelecimento.
13 3.8. Procedimento Operacional Padrão (POP): padroniza e minimiza a ocorrência de desvios na execução de tarefas. Recomenda-se que sejam revisados anualmente Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS): documento que descreve todas as etapas do Gerenciamento de Resíduos (segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário, coleta e transporte externo, disposição final). Resíduos gerados em farmácias e drogarias são classificados em: Grupo B químicos Grupo D comum Grupo E perfurocortante contaminado com Grupo B.
14 4. Assitência Farmacêutica Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Lembrar sempre que os medicamentos não são simples produtos de comércio e que exigem condições especiais em sua comercialização, o farmacêutico deve estar atento a todo o processo de assistência farmacêutica. Dentre as ações da assistência farmacêutica, destaca-se: - Aquisição; - Armazenamento; - Dispensação.
15 5. FARMACOVIGILÂNCIA Tem o papel de proteger a população de danos causados por produtos comercializados e faz com que as notificações sirvam como subsídios para orientar os usuários de medicamentos sobre possíveis reações adversas advindas do consumo de determinados medicamentos. Toda e qualquer suspeita de reação adversa a medicamentos ou desvio da qualidade deve ser notificada, mesmo que não se disponha de todas as informações sobre o evento.
16 NOTIFICAR: - Eventos adversos decorrentes de superdosagem; - Abuso e uso errôneo de medicamentos; - Erros de administração de medicamentos; - Perda de eficácia dos medicamentos; - Uso de medicamentos para indicações que não foram aprovadas pela ANVISA e que não possuem comprovação clínica; - Interações de medicamentos com substâncias químicas, outros medicamentos e alimentos; - Casos de intoxicação aguda ou crônica por medicamentos.
17 INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS CRESCIMENTO CONSIDERÁVEL A PARTIR DE 2006 QUANDO COMPARADO AOS ANOS ANTERIORES. USO ABUSIVO DE MEDICAMENTOS, A AUTOMEDICAÇÃO OU IMPRUDÊNCIA NO ARMAZENAMENTO. JUSTIFICATIVA DA POPULAÇÃO: Diante da dificuldade para conseguir consulta no serviço público, o doente muitas vezes não encontra outra solução além de tomar remédio por conta própria.
18 Outro Desconhecido Animais não Peçonhentos 4354 Outros Animais Peç./Venenosos 2672 Animais Peç./Escorpiões 6473 Animais Peç./Aranhas 3538 Animais Peç./Serpentes 5294 Alimentos 472 Plantas Drogas de Abuso Metais Produtos Químicos Industriais 4653 Cosméticos 676 Domissanitários 6546 Raticidas 4319 Produtos Veterinários 965 Agrotóxicos/Uso Doméstico 2247 Agrotóxicos/Uso Agrícola 5591 Medicamentos
19 6. ESTRATÉGIAS PARA TRASNFORMAR A FARMÁCIA EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE Um aspecto norteador essencial é a integração destes estabelecimentos ao SUS para que seja possível atuar no sentido de garantir que a farmácia esteja integrada ao sistema de atendimento primário de saúde. Atenção básica bem organizada garante resolução de cerca de 80% das necessidades e problemas de saúde.
20 6.1. Prestação de serviços farmacêuticos. - Acompanhamento farmacoterapêutico; - Verificação da temperatura corporal; - Verificação de pressão arterial; - Aplicação de medicamentos injetáveis; - Monitoramento de glicemia capilar; - Realização de pequeno curativos. Sala equipada Como procedimento ético impõe o tratamento sigiloso dos dados e informações obtidos em decorrência de serviços farmacêuticos prestados. Resultados não são conclusivos para diagnóstico de doenças, apenas base para o acompanhamento farmacoterapêutico.
21 6.2. Programa Farmácias Notificadoras. (Criado pela ANVISA, em parceria com CVS e CRF) - Ampliar as fontes de notificação de casos suspeitos de efeitos adversos e queixas técnicas de medicamentos, estimulando o desenvolvimento de ações de saúde em farmácias e drogarias. PARA TORNAR-SE UMA FARMÁCIA NOTIFICADORA: Estabelecimento deve estar regular perante os três órgãos parceiros e os farmacêuticos devem inscrever-se e participar da capacitação que conta com representantes da ANVISA< CVS e CRF-SP.
22 6.3. Fracionamento de medicamentos. Disponibilizar o produto na quantidade adequada e suficiente para o tratamento. O fracionamento de medicamentos somente é permitido em farmácias e drogarias inscritas na junta comercial de seu Estado, registrada e em situação regular no CRF e com licença e autorização do órgão sanitário competente para esta atividade. ATIVIDADE EXCLUSIVA DO FARMACÊUTICO (Resolução CFF nº 437/05)
23 6.4. Campanhas de Educação em Saúde. Farmacêutico tem importante papel de orientar o cidadão sobre todas as questões relacionadas à saúde, incluindo os sintomas, fatores de risco e prevenção de doenças. Diversos temas: - Automedicação; - Automedicação; - Câncer de pele; - Infecções sexualmente transmissíveis; - Diabetes; - Hipertensão; - Gripe aviária e suína; - Doenças respiratórias; - Asma; - Obesidade; - Dengue...
24 6.5. Coleta de medicamentos a serem descartados. Prevenir ou minimizar os riscos e problemas de saúe causados pela degradação ambiental Não comercialização de produtos alheios ao ramo farmacêutico. -Além de ser infração sanitária, fere os princípios éticos da profissão. - Relação de produtos alheios ( - É aceito o comércio de correlatos, ou seja, substâncias, produtos, aparelhos ou acessórios cujo uso esteja ligado `defesa e proteção da saúde, higiene pessoal ou de ambientes, ou para fins diagnósticos e analíticos, assim como cosméticos, perfumes, produtos ópticos, acústica médica, odontológicos e veterinários (com registro na ANVISA).
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