A liderança dos processos de regeneração urbana Bairros Críticos
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- Marcelo Capistrano Mascarenhas
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1 A liderança dos processos de regeneração urbana Bairros Críticos FACTORES PARA A MUDANÇA Presidente da Câmara Municipal da Moita João Manuel de Jesus Lobo
2 . Maior envolvimento, como autarcas e uma maior participação da população.. Definição de estratégias que não se limitem só ao nosso da Amoreira Núcleo de Dinamização
3 . Intervenção transversal na conjugação de medidas similares ou complementares com os municípios vizinhos.. Actuações que envolvam a resolução de problemas comuns e / ou economia em A Baixa da Banheira no contexto do PDM
4 Câmara Municipal da Moita tem vindo a promover a requalificação urbana de uma forma continua. Conjugando a valorização do meio e da envolvente, a criação de infra-estruturas e equipamentos, com a dinamização de acções de carácter sócio-cultural e económico.
5 1995 Programa de Recuperação e Requalificação Urbanística do Vale da Amoreira, lançado em Operação de Revitalização Urbana do Vale da Amoreira (ORUVA).
6 Mas o processo de mudança não se esgotou nesta intervenção. Ela serviu, fundamentalmente, de rampa de lançamento para outras intervenções. Tendo por principio que a regeneração urbana é um processo contínuo no espaço e no tempo.
7 2000 Proqual Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da AML É executado até 2006, assegurando um processo contínuo de 10 Anos de Revitalização Urbana.
8 2005 Determinados os 3 territórios onde iria ser implementada, de forma experimental, a Iniciativa Bairros Críticos - IBC 2006 Assinatura do Protocolo de Parceria, candidatura para financiamento de alguns projectos incluídos no Plano de Acção elaborado pelo Grupo de Parceiros Locais
9 Muitos dos projectos prioritários identificados na (IBC) continuam sem financiamento definido. Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária da Baixa da Banheira (Ministério da Educação) Requalificação da Avenida 1.º de Maio (IHRU) Arranjos exteriores das zonas A, B, D, E (IHRU)
10 Muitos dos projectos que já haviam sido identificados no âmbito da intervenção anterior, Proqual. Foram apontados como prioritários pelo Grupo de Parceiros Locais no Plano de Acção da Iniciativa Bairros Críticos. O modelo (IBC) visava alavancar a sustentabilidade da intervenção, assente em diagnósticos participados.
11 Até os investimentos sectoriais dos Ministérios, que deveriam ser coincidentes com as prioridades identificadas pelo Grupo de Parceiros Locais no Plano de Acção, acabaram por não acontecer. Condicionou uma intervenção abrangente e participada, provocou alterações profundas no relacionamento e na motivação dos actores locais.
12 Os actores locais são os principais dinamizadores da ligação de proximidade á população. Sabemos que preconceitos as falsas irreversíveis, intervenções futuras. expectativas condicionando podem e criar limitando
13 2008 Vale Construir o Futuro Apresentada pelo Município da Moita, em conjunto com catorze parceiros, com especial referência para o IHRU, que permitirá concretizar projectos fundamentais. De facto regista-se a incapacidade da Administração Central em executar os projectos de acordo com o previsto.
14 Procuramos outros instrumentos financeiros que garantam a continuidade dos processos de requalificação urbana. Desenvolvendo um processo contínuo de revitalização urbana com mais de 15 anos. PDM no inicio da década de 80 e a sua Revisão sustentada na Carta Estratégica Moita 2010 (processo que demorou quase treze anos)
15 O Município da Moita criou competências para a resolução dos seus problemas urbanos mais prementes. Dependemos estreitamente da evolução da região, estando actualmente sujeitos a um conjunto de desafios incontornáveis. A construção do futuro dependerá da intervenção concertada de múltiplos participação. agentes, numa gestão estruturada na
16 Três aspectos principais para as políticas de desenvolvimento urbano: 1 - Desenvolver uma visão estratégica sobre os territórios e a regeneração urbana. 2 - Articular as estruturas técnicas do planeamento estratégico com uma gestão pro-activa. 3 - Sustentar uma maior participação da população e dos agentes locais.
17 As temáticas da reabilitação urbana pressupõem uma nova atitude, com meios mais eficazes e participados. A gestão da cidade ganha assim uma importância crucial para o sucesso das operações de regeneração urbana.
18 Duas ordens de factores contribuem para essa necessidade de mudança: 1 - Profundas alterações da sociedade e das políticas, com a constatação de problemas e carências fortemente persistentes ao nível das necessidades mais básicas 2 Clarificar o papel do Poder Local, quer ao nível das políticas sectoriais, quer das novas parcerias para a regeneração urbana, quer ao nível da complementaridade entre municípios.
19 Propõe-se que, os municípios passem progressivamente de um agente provisor directo; para um interveniente activo e regulador, clarificando papéis, relações, expectativas e responsabilidades. Constatam-se tendências para a redução do papel directo da Administração Central na provisão de regeneração urbana. Devemo-nos centrar nas responsabilidades sociais de conservação das diferenças positivas das regiões e pessoas.
20 Estratégia de Regeneração Urbana 1 - A mobilização e envolvimento de todos os intervenientes; 2 - A recuperação e invenção da identidade municipal como reforço do conceito de metrópole; 3 - A promoção dos municípios no sistema urbano metropolitano;
21 Que a formulação das prioridades passe de um modelo centrado no acesso ao financiamento; para um modelo centrado no desenvolvimento do habitat. Que a natureza das carências e dos incentivos passe de um modelo orientado em aspectos quantitativos relativamente indiferenciados; para modelos orientados por aspectos qualitativos diferenciados;
22 Que a localização das intervenções parta de um modelo que procura responder aos problemas dos territórios; para um modelo de âmbito mais vasto, envolvendo mais que um município; Que a tipologia e sentido das acções caminhe de um modelo mononucleado num curto espaço de tempo; para um modelo polarizado pelas parcerias, visando a satisfação das necessidades em diversos momentos e diferentes modos;
23 Que exista maior aproximação entre as políticas urbanas e as politicas sociais, transitando de um modelo rígido centrado nos programas de betão ; para um modelo de apoio a grupos sociais carenciados e / ou considerados prioritários; Que haja a diversificação das fontes de financiamento que, sem reduzir a responsabilidade do Estado, este não seja o único financiador e os municípios a única fonte de resposta para o encontro de novos recursos.
24 A implementação destas orientações será possível se for aprofundada a responsabilidade das autarquias, através: 1 - Implementação das Regiões Administrativas como instrumento do Poder Local intermédio; 2 - Transferência da gestão dos fundos para a Região, Junta Metropolitana ou Associação de Municípios;
25 A implementação destas orientações será possível se for aprofundada a responsabilidade das autarquias, através: 3 - Reforço da participação do Poder Local no planeamento e gestão urbana dos seus territórios; 4 - Criação de Programas Locais (regionais e municipais) de Regeneração Urbana de médio longo prazo.
26 Num momento em que se pressiona o Poder Local e se tenta relativizar a importância dos serviços públicos. Os municípios são agentes da mudança, que congregam forças e entidades distintas. Os Municípios, e a Moita não é excepção, são empreendedores exemplares na condução de processos que exigem liderança.
27 Uma vedação construída por vizinhos têm um impacto bastante diferente de uma outra construída por guardas armados. (Kevin Lynch1999:265)
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