PROJECTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS - O CASO DE ALJUSTREL
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- Teresa Brás Pacheco
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1 GESTÃO, PROJETO, CONSTRUÇÃO E ENCERRAMENTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS MINEIROS SEMINÁRIO PROJECTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS - Autores Sónia Figueiredo J. Sousa Cruz
2 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO Decreto lei nº10/2010, de 4 Fevereiro Gestão de Resíduos das Explorações de Depósitos Minerais e de Massas Minerais. Resíduos de Extracção (Directiva nº2006/21/ce) Decreto lei nº198-a/2001, de 6 Julho, alterado pelo DL nº 60/2005 de 9 de Março Regime Jurídico da concessão do exercício de actividade de recuperação ambiental das áreas mineiras abandonada. Resolução do Conselho de Ministros nº 62/2011 de 22 de Dezembro. Concessionário: EXMIN/EDM
3 PROJECTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS. LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO - Complexo Mineiro de Aljustrel: Algares S. João e Moinhos Área metalúrgica Pedras Brancas - Vila de Aljustrel, Distrito de Beja - Bacias hidrográficas tributários da ribeira do Roxo (afluente do Rio Sado): Bacia da Ribeira de Água Forte (37,8 Km2) Bacia da Ribeira de Água Azeda (12,1 Km2) Bacia da Ribeira do Farrôbo (29,3 Km2)
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5 legenda ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO REGIONAL Faixa Piritosa Ibérica: Província metalogénica de dimensão mundial (Sulfuretos Maciços Polimetálicos e Vulcanogénicos) Formações antigas paleozóicas (grupo Filito- Quartzítico, Complexo Vulcânico Sedimentar, Grupo do Flysch do Baixo Alentejo), metamorfizadas e afectadas por uma tectónica complexa. Comportamento hidrogeológico anisotrópico e variável, controlado por fracturas (permeabilidade secundária). Meios fissurados estáveis em regime estático e semi-estático. Alterações do regime com trabalhos mineiros. Aluviões quaternários e cobertura eluvial (10-7 a 10-6 m/s)
6 RELEVÂNCIA DA MINA DE ALJUSTREL NO CONTEXTO SÓCIO- ECONÓMICO DA REGIÃO O reconhecimento dos minérios aflorantes em Algares (gossan ou chapéu de ferro) remota a tempos imemoráveis (fenícios) tendo atingido o seu auge no período Romano. A actividade mineira marcou, desde esses tempos e até ao dia de hoje, o tecido laboral na região, que inicia um ciclo de modernidade em 1847 e que se estende até 1993 centrada na exploração das pirites e sulfuretos associados (cobre, zinco chumbo e arsénio). Neste período a actividade mineira, por força da queda dos preços do minério no mercado, tem sucessivas paragens da produção, criando instabilidade nas populações e um forte passivo ambiental. Em 2006 cria-se um novo ciclo, com a reactivação da mina do Moinho e Feitais.
7 PROJECTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS. SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA DA ÁREA MINEIRA ABANDONADA DE ALGARES Pilha de safrão Situação de abandono das mais complexas. Área: 60 ha Vol. total de resíduos no exterior- > 0,45x106 m3 Descargas de caudais de cheia provenientes da Barragem de Águas Industriais (BAI). Coexistências de estruturas abandonadas a céu aberto e em subterrâneo, com depósitos dispersos de minério, resíduos e escombros, provenientes da lavra. Produção de efluentes ácidos (lixiviação) a partir dos depósitos e da infiltração das águas superficiais nas estruturas geológicas. Contaminação das águas superficiais e aquíferos como consequência da acidez, do elevado teor de metais pesados e de alguns iões maioritários, especialmente de sulfatos. Contaminação dos solos, limitando usos potenciais e a sua capacidade de revegetação, aumentando os riscos de erosão. B. Águas Fortes Escoamento águas ácidas
8 A.M. ALGARES- Vista aérea
9 H2O Sulfuretos (pirite)+o2+bactérias Águas ácidas Lixiviação de sais e metais Contaminação hidrológica
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12 ESTRATÉGIA PARA A REQUALIFICAÇÃO HIDROLÓGICO-AMBIENTAL DA ÁREA MINEIRA 1.Caracterização do passivo ambiental e em particular o impacte hidrológico-ambiental 2.Hierarquização dos impactes ambientais em termos da importância e do risco 3.Identificação das técnicas de actuação (preventivas e correctoras) 4.Definição de prioridades no contexto da importância dos impactes ambientais e das disponibilidades orçamentais da EXMIN/EDM 5.Experimentação 6.Faseamento do Projecto
13 ESTUDOS E PROJECTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA ESTUDO DIRECTOR DE SULFURETOS POLIMETÁLICOS MACIÇOS 1ª E 2ª FASES (EXMIN/Frasa, ) Objectivo: Definir e desenvolver, com base num case study, os estudos de ordem geral e de ordem especificas, associados à remediação de uma grande área mineira abandonada de sulfuretos polimetálicos (Aljustrel). EIA ASSOCIADO AOS PROJECTOS E OBRAS NA A.M. DE ALJUSTREL 1ª FASE E ÀS SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO DAS FASES SUBSEQUENTES (GIBB, Portugal, ) ANTEPROJECTO E PROJECTO DE EXECUÇÃO (LCW, ) Fase 1A, 1B, 2 e 3 - num processo iterativo de realizações em função dos resultados das fases anteriores e das disponibilidades financeiras de projecto.
14 TÉCNICAS DE ACTUAÇÃO HIDROLÓGICO-AMBIENTAL TÉCNICAS PREVENTIVAS: Desvio de águas superficiais. Saneamento dos terrenos contaminados e acondicionamento in situ. Acondicionamento dos resíduos perigosos em cavidades mineiras e/ou no exterior. Impermeabilização superficial dos resíduos. Drenagem superficial e semi-superficial. Recobrimento vegetal dos depósitos e plataformas saneadas. TÉCNICAS CORRECTIVAS Leitos de calcário/argila expandida nos sistemas de tratamento e drenagem. Bacias de concentração-evaporação e sedimentação. Estruturas de arejamento. Pantanais (wetlands). Recuperação de infra-estruturas.
15 CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA Caracterização hidroquímica e diagrama de fluxos
16 ORDEM DE PRIORIDADES NA ACTUAÇÃO 1. Desvio dos caudais circundantes e de descarga da BAI. 2. Limpeza e saneamento dos terrenos naturais, incluindo a remoção de monstros e infra-estruturas abandonadas. 3. Construção de sistemas de drenagem superficial. 4. Acondicionamento e/ou estabilização de taludes dos depósitos contaminantes de maior risco (carga poluente e estabilidade) e construção de sistemas de drenagem superficial e semi-superficial. 5. Impermeabilização 6. Condução de águas ácidas as estações piloto de tratamento. 7. Monitorização e acompanhamento. 8. Restauração, valorização e divulgação do Património arqueológico-mineiro.
17 FASE 1A (2006)
18 FASE 1B ( ) Volumetria: Algares: Safrões (gray waste) -> m 3 Pirites e outros m 3 S. João/Pedras Brancas m 3
19 FASE 2 ( ) FASE 2 (Algares e S. João) (3ª Empreitada) Algares: Construção de um pantanal-piloto (wetland) a jusante da BAI; Construção de bacias de concentração-evaporação a sul da corta de Algares e de um canal de arejamento, unindo as bacias de concentração-evaporação com o pantanal piloto; Construção das condutas de alimentação de água limpa e doméstica ao pantanal piloto (CD1 e C3); Conclusão da vala de recolha de lixiviados (LX3), iniciada na fase anterior, por forma a conduzir os caudais captados até à barragem localizada a montante das células de cementação; Construção de uma vala de recolha de lixiviados (LX5), com o objectivo de colectar os caudais percolados através da fundação da barragem e de facilitar o escoamento até ao pantanal piloto; Instalação de grades metálicas nos portais das galerias e vedar as aberturas dos poços identificados com interesse arqueológico-mineiro e ambiental, a preservar.
20 FASE 2 ( ) Planta e perfil das bacias de concentração - evaporação
21 FASE 3 (4ª Empreitada) Solução inicial (Projecto 2009) FASE 3 (Algares) (4ª Empreitada) Construção de um pantanal (wetland) imediatamente a jusante do pantanal piloto, constituído por 14 bacias dispostas em cascata segundo dois eixos paralelos (Não realizado e substituído por uma zona húmida); Construção de um pantanal de ribeira, ao longo da ribeira da Água Forte, a jusante dos anteriores sistemas de tratamento e com inicio após o atravessamento da linha de caminho de ferro e da estrada Algares - Castro Verde; Construção da estrutura de entrada das águas lixiviadas recolhidas na LX5 nas bacias das wetlands; Construção de uma vala impermeável de drenagem (LX6), unindo as wetlands ao pantanal de ribeira da Água Forte; Construção de vala de drenagem de águas lixiviadas, revestida (LX7); Selagem dos depósitos de escombreira da antiga corta e conclusão do sistema de drenagem superficial iniciado no Fase1B; Impermeabilização dos depósitos de safrões da escombreira central e do depósito de safrões S4; Recuperação paisagística da área mineira não tratada paisagisticamente nas fases anteriores.
22 FASE 3 (4ª Empreitada) Solução final ( em curso)
23 FASE 3 ( em curso)
24 SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Soluções geotécnicas
25 PROJECTO DE INSTALAÇÕES DE RESÍDUOS. SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Soluções geotécnicas
26 SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Tratamento químico e ecológico das águas ácidas.
27 SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Tratamento químico e ecológico das águas ácidas.
28 SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Tratamento químico das águas ácidas. Argila expandida ( fina ) Brita calcária (grosseira)
29 SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS E DE TRATAMENTO DAS ÁGUAS ÁCIDAS Tratamento químico das águas ácidas. (From: Tencate )
30 Antes Depois MUITO OBRIGADO Antes Depois
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