ARQUITETURA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA _ PARTE II. Grécia e Roma
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- Rodrigo Sanches Graça
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1 ARQUITETURA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA _ PARTE II Grécia e Roma
2 PARA ENTENDER A ARQUITETURA GREGA Existem três fontes de informações diferentes sobre a arte e a arquitetura gregas, que por vezes são contraditórios entre si: 1. os próprios monumentos, fonte segura mas insuficiente; 2. As cópias feitas na época romana, sem as quais desconheceríamos muitas que já haviam se perdido, mas há dúvidas quanto à fidelidade aos modelos, e enfim; 3. fontes literárias, redigidas pelos próprios gregos, mas em muitos textos há menções à edificações que não mais existem. É difícil conciliar os vários testemunhos e apresentar um quadro coerente. O período de formação da civilização grega abarca cerca de 400 anos, entre a 700 a.c. Os tempos mais precisos que chegaram a nós, como relação ao significado da civilização grega, datam de 776 a.c. esta civilização foi criada a partir da junção de povos que dominaram e absorveram a população micênica, e de diferenciaram em dois grupos importantes: os dórios no continente e os jônios, nas ilhas e costa da Ásia banhadas pelo Mar Egeu. Essa civilização teve grande revés com a Guerra do Peloponeso, na qual os espartanos derrotaram os atenienses entre 431 e 404 a.c. Ela deixou de existir com a dominação romana, a partir de 146 a.c. Antecedida pelo período do helenismo da conquista macedônica, ocorrida entre 338 e 146 a.c.
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4 OS TEMPLOS GREGOS E AS SUAS PLANTAS As plantas dos templos não são diretamente determinadas pelas ordens escolhidas para os mesmos, e variam de acordo com as dimensões dos edifícios. Mas há caracteres fundamentais que podem ser analisadas numa planta típica geral dos templos gregos. O núcleo é chamado cella ou naos ( recinto que contém a imagem da divindade), além do pórtico, ou pronaos, com duas colunas ladeadas por pilastras ( antae ). Muitas vezes acrescenta-se um segundo pórtico, através da cella, para tornar a planta mais simétrica. Nos grandes templos, este corpo central que apresenta a entrada e o recinto com imagem da divindade ( cella e pronaos ) é envolvido por uma colunata chamada peristilo e o edifício diz-se então períptero, neste modelo mais comum de templo.
5 A ACRÓPOLE GREGA DEATENAS COM SEUS VÁRIOS ACRESCENTAMENTOS A ideia de que os templos deveriam ser feitos de pedra e exigiam numerosas colunas, veio com certeza do Egito, muito embora o templo faraônico fosse concebido de maneira a produzir efeito e ser visto do interior, ao passo que no grego se dá mais importância ao aspecto externo, mais imponente. As cerimônias religiosas efetuavam-se, em regra, em altares erguidos do lado de fora, servindo a fachada como pano de fundo. Assim, entre os gregos, a colunata interior passou a ser exterior. Os gregos também devem ter aprendido com os egípcios muito da sua técnica de talhar a pedra e realizar a construção em cantaria, além dos conhecimentos de geometria para fazer os traçados dos templos, mas não se sabe quando essa transmissão de saberes de fez. No entanto, a apropriação da pedra foi muito diferente entre as duas civilizações.
6 OS TEMPLOS GREGOS: DÓRICO E JÔNICO No caso dos templos jônicos, eles apresentam muitas afinidades com o Oriente Próximo, e contém elementos diferentes da ordem dórica, a coluna jônica é menos sólida e mais esbelta. É bem possível que a coluna jônica tenha origem egípcia, e por via terrestre tenha chegado através da Síria. O mais vasto complexo desse tipo de templo é o Erectéion ( a.c. ), em frente ao Parthenón grego, sendo que este, originalmente era um santuário polivalente. Em 480 a.c. os persas destruíram os templos e estátuas da Acrópole, a colina sagrada que se ergue sob Atenas, e foi convertida em fortaleza. A Acrópole foi reconstruída no século V a.c., em um ambicioso empreendimento da arquitetura grega. O maior desses templos presentes na Acrópole é o Parthenon.
7 A BASÍLICA E O TEMPLO DE POSEIDON DE PAESTUM DÓRICOS ( 550 E 460 AC. ) Nos templos dóricos da civilização grega, alguns exemplares demonstram a transição da madeira para a pedra, com o exagero do estreitamento superior do fuste, para conseguir maior estabilidade da coluna, como no caso da Basílica de Paestum ( 550 a.c. ), o mais conservado templo dórico hoje existente, em conjunto com o templo de Poseidon ( c. 460 a.c. ), ambos situados na Itália, a época em que os gregos dominavam essa área. Somente em 273 ac é que os romanos irão transformar a região em colônia.
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9 ERECTÉION ( TEMPLO JÔNICO ) O Eréction possui dois pórticos ligados aos lados, um, bastante grande, voltado para o norte e o outro, menor, para o sul em direção ao Parthenon. Este é o célebre Pórtico das Cariátides, cujo telhado assenta em seis estátuas de mulheres colocadas sob um parapeito, ao invés das colunas habituais ( mil anos depois a edificação tornar-se-á um harém turco ). Há relevos ornamentais nas bases e capitéis das colunas com molduras de portas e janelas também ricos em ornamentação. Tais elementos ornamentados teriam custado mais do que as estátuas. O templo foi consagrado aos deuses Atena e Hefesto e também ao rei mítico Herecteu.
10 CAPITÉIS CORÍNTIOS Inicialmente, quando este capitel foi inventado, ao final do século V a.c., ele foi pensado enquanto um substituto mais trabalhado para o capitel jônico, as suas folhas de acanto parecem brotar do alto do fuste. Inicialmente eram utilizados apenas na decoração interna dos templos, um século depois de sua criação aparece substituindo as colunas jônicas nos exteriores dos templos. Em dos seus exemplares mais conhecidos é o Monumento de Lisícrates ( c. 334 a.c. ), ele é oco, não tem entrada, e foi o prêmio para Lisícrates, por ter ganho um concurso de poesias. Pouco depois este capitel já era utilizado em grandes edifícios.
11 O PARTHENON SÉCULO V A.C. Consagrado à Atena, ergue-se no local mais elevado da Acrópole, dominando toda a cidade e arredores. Foi construído pelos arquitetos Ictinos e Calícrates entre 448 e 432 a.c. Para a construção do maior e mais luxuoso templo da Grécia continental usou-se o dinheiro comum dos Estados aliados de Atenas para a mútua defesa contra os persas. Após ter vencido esse povo, pensou-se ser justo e construir o que havia sido destruído na Acrópole, além de edificar um templo monumental. Alguns historiadores romanos consideraram que essa construção e seus gastos foi um dos motivos para que Atenas perdesse a Guerra do Peloponeso contra Esparta entre 431 e 404 a.c.
12 RESTAUROS DO PARTHENON O Parthenon serviu a quatro religiões diferentes, incluindo o cristianismo, tendo sido até uma mesquita turca. Ele foi o modelo mais perfeito do templo dórico clássico, e mostra um contraste interessante com o Templo de Poseidon de Paestrum, a partir de uma harmonia equilibrada, com o entablamento baixo com relação à própria altura e largura das colunas, sendo estas mais finas, os capitéis de tamanho menor e a carga suportada pelas colunas diminutas. São desvios intencionais da regularidade geométrica, chamado requinte. O Parthenon talvez seja o edifício mais influente de todos os tempos, ele foi tudo o que os gregos quiseram que sua arquitetura inigualável fosse. Hoje ele é ruína, feito de mármore, tinha teto de madeira originalmente. Sobreviveu de forma relativamente tranquila até uma explosão de pólvora em seu interior no século XVII, quando os turcos dominavam a Grécia e os venezianos a atacaram. Nessa época havia uma cúpula no teto do Parthenon, pois ele servia como Mesquita. Hoje a poluição causa ainda mais danos, e o monumento está desaparecendo.
13 ALGUMAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS UTILIZADAS NO PARTHENON... A luz do sol penetrava por entre os fustes da colunata ( corredores externos de colunas que circundam todos os lados dos templos gregos ) e dava ao edifício certa profundidade às paredes. Para assegurar que o templo parecesse perfeito ( perfeitamente reto e em proporção ) ao olho humano, os arquitetos utilizaram uma técnica conhecida como êntase para deformar levemente as colunas e arquitraves nas fachadas e laterais do edifício. Essa distorção faz o olho enxergar linhas retas, enquanto que, se não fosse a técnica, o olho humano enxergaria suas curvas. A técnica exigia grande raciocínio matemático e habilidade dos construtores gregos.
14 O EDIFÍCIO MAIS COPIADO DO MUNDO... Como a maioria dos templos gregos, o Parthenon era ricamente colorido em tons de vermelho, azul e dourado, com estátuas exageradas aos nossos olhos, sempre com bastante movimento, nada lembrando o cenário e as cores atuais. Simbolicamente, o templo, local de reunião e veneração representava um navio de combate grego ( a base de seu poder ), um tear doméstico ( importância da vida doméstica ) e o próprio povo, representado pelas colunas como que rodeando o edifício. A vela cresce no frontão ( a partir do efeito da êntase ) e o tear eram as fachadas: símbolo de todos os valores essenciais que mantinham unida a sua civilização ). Muitas representações dessa edificação foram construídas em diferentes partes do mundo, influenciado a arquitetura além da era industrial.
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16 O TEMPLO DE POSEIDON ( 460 A.C. ) E O PARTHENON ( 448 A.C. )
17 PROPILEUS Assim que o Parthenon foi concluído, outro edifício foi construído, a entrada monumental da Acrópole, iniciada em 437 a.c até 432 a.c. sob a direção do arquiteto Mnesicles que ergueu a parte principal em 5 anos, mas as obras foram interrompidas pela Guerra do Peloponeso. Também de mármore, era tão requintado quanto o Parthenon, a partir da adaptação de elementos do templo dórico a uma função diferente, convertendo uma passagem íngreme entre rochedos foi convertida em um magnífico acesso ao recinto sagrado da Acrópole. Da edificação só sobrou um dos pórticos, o oriental. O pórtico ocidental possuía o primeiro exemplo conhecido de uma sala projetada especialmente para a exposição de quadros. Houve também nesta edificação uma tendência de integração de elementos jônicos e estruturas dóricas, semelhante ao Parthenon.
18 OUTRAS EDIFICAÇÕES GREGAS... O TEATRO Durante três séculos, do fim da Guerra do Peloponeso até a conquista romana ( 404 a 146 a.c. ), a arquitetura grega manteve-se quase que estacionária. Após esse período, as moradias começam a se tornar maiores e mais suntuosas, o repertório formal de elementos arquitetônicos se enriqueceu e o teatro ao ar livre adquire forma regular e bem definida. Até o século IV a.c., o auditório era simplesmente uma encosta provida de bancos de pedra. A partir de então, assentos de pedra envolvem a orquestra ( ou espaço para os executantes das danças e peças ), como no Teatro de Epidauro ( 325 a.c. ). Capacidade para pessoas em 55 fileiras
19 PARA ENTENDER A ARQUITETURA ROMANA Dentre todas as civilizações do mundo antigo, a de Roma é a que contém as informações mais pormenorizadas, desde do período da Monarquia até a ocorrência do Império. De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, que durou entre 753 a.c. a 509 a.c., já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas. Depois de várias transformações políticas, sociais e de guerras ocorridas, a partir do século I a.c. até o século III d.c., o Império Romano prevaleceu ao período da República ( 509 a.c. a 31 a.c. ). Para tanto, as conquistas territoriais provocaram uma alteração significativa em Roma. Aumentam o luxo, a riqueza, o número de escravos disponíveis e os latifúndios, que eram distribuídos como forma de recompensa aos oficiais vitoriosos. Ocorreu um empobrecimento da plebe e dos pequenos agricultores. Aumentaram as tensões sociais que assinalam o início de um período de guerras civis, cujo desenlace foi à crise da República e a implantação do Império. Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios.
20 O IMPÉRIO ROMANO
21 A ESPECIFICIDADE ROMANA... Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou. Nesse sentido, a sociedade romana mostrou-se tolerante com as tradições alheias, desde que não ameaçassem a segurança do Estado. As populações das províncias fundiam sua cultura à dos romanos, que já tinha bastante influência grega e etrusca, por isso não há um estilo coerente nesta civilização. A sociedade romana, por isso, era cosmopolita e seus templos, apesar de serem dedicados a outros deuses que não os romanos, tinham seus santuários construídos como os dos romanos. De qualquer modo, mesmo com tantas influências, havia um modo de vida pública e particular especificamente romano, de tal modo que os elementos tomados aos etruscos e aos gregos logo receberam um inconfundível cunho romano.
22 ALGUMAS EDIFICAÇÕES RELIGIOSAS DO FINAL DO PERÍODO DA REPUBLICA ( SEC. II E I A.C. ) Entre os exemplares mais conhecidos está o Templo da Fortuna Virillis, para o século II a.c. e o Templo da Sibila para o século I a.c. O mais antigo exemplar bem conservado desta espécie de edificação é o Templo da Fortuna. Este apresenta elegantes colunas jônicas que em conjunto com seu entablamento resultante da influência helênica do período macedônico, que resultará na conquista da Grécia por Roma em 146 d.c. Mas não se trata de uma réplica de templos gregos, porque há nele uma série de elementos etruscos ( o alto podium, o pórtico profundo e a cella larga, mas que não está dividida como nos templos etruscos ). Os romanos precisavam de templos largos porque não só os utilizavam para abrigar a imagem da divindade, mas também para a exposição de troféus ( estátuas e armas ) trazidos pelos exércitos conquistadores. É um novo templo, e não somente um arranjo de elementos gregos e etruscos.
23 OUTROS DIFERENCIAIS ROMANOS NOS TEMPLOS O Templo da Sibila, por sua vez, é o modelo dos templos redondos do fim da República, com um podium elevado, com degraus em frente a escada e um exterior de inspiração grega. As técnicas da pedra talhada nas soleiras e peitoris das portas e janelas lembram os templos gregos, mas as paredes foram construídas segundo uma técnica antes nunca encontrada. Tais paredes são feitas de concreto, amálgama de argamassa ( mistura de elementos diversos, como o betume e a cal ) saibro, cascalho e de restos de tijolos e de telhas, recobertas com placas de pedra. Este modo de construção já existia no Oriente Próximo, para a construção de fortificações, mas os romanos exploraram as suas potencialidades, tornando possível vastos empreendimentos arquitetônicos. Para dar melhor acabamento, os romanos utilizavam um revestimento de tijolos, placas de calcário, mármore ou estuque ( argamassa resultante da adição de gesso, água e cal ). Esse revestimento decorativo hoje desapareceu dos restos da maioria das edificações remanescentes.
24 O PANTEÃO ROMANO O Panteão Romano está para a Roma antiga assim como o Parthenon está para a Grécia antiga. Ele representa o ponto alto do projeto e da engenharia estrutural romanos e resume a diferença entre as técnicas gregas e romanas da construção. O Panteão original foi construído em 27 a.c, e sofreu um incêndio em 80 dc, tendo sido reconstruído em 125, era dedicado a todos os deuses em uma atitude sincretista que visava abarcar todos os povos sob a dominação do Império romano. Ele é um gigantesco templo com cúpula construído no coração de Roma. É provável que tenha sido projetado pelo próprio Imperador Adriano. Mas enquanto o Parthenon é requintadamente belo, o Panteão, em comparação, é bruto, isso porque a arquitetura romana era mais prática para os romanos do que para os gregos.
25 O PANTEÃO ROMANO MÉTODOS CONSTRUTIVOS O Panteão era um edifício vasto, de engenharia arrojada: sua cúpula é de 43,2 metros de diâmetro, foi a mais ambiciosa do mundo até Brunelleschi erguer a cúpula da Catedral de Florença entre 1420 e A cúpula do Panteão é feita de concreto, técnica que permitia a realização de uma construção plástica ( maleável que possibilitava construções mais livres e em grande escala ). O olho no centro do teto servia para escoar a fumaça de um altar central e simbolizava o sol no céu. Apresenta colunas coríntias de granito em seu exterior que se repetem no interior, com seu piso em mármore, restaurado em 1873 que mantém o formato original
26 AS CIDADES ROMANAS ( EXEMPLO DE PÁTIO DAS CASAS URBANAS DE POMPÉIA ) As cidades romanas eram grandes e populosas, até o grande incêndio de Roma, ocorrido em 64 d.c., as casas dos cidadãos eram em boa parte feitas de madeira e tijolos de barro, chamadas insulae, que após o incêndio deveriam apresentar assoalhos e paredes de concreto à prova de fogo. A partir deste momento, as casas urbanas eram agrupadas ao redor de pátios que apresentavam uma saída disfarçada para a rua, a qual muitas vezes era colocada entre lojas. Já as casas dos grandes proprietários e imperadores eram completamente diferentes, como a vila de Adriano ( d.c. ) com pavilhões, bibliotecas, banhos, gazebos e jardins constituídos a partir de uma arquitetura paisagística que nunca fora tão sofisticada. Para a população comum das cidades, havia banhos públicos e estádios como o Coliseu. Banhos, Circos e Estádios foram os três lugares de encontros mais populares da Roma Antiga, além do Fórum de César, do qual sobraram apenas ruínas.
27 POMPÉIA 79 D.C. ( ÁTRIOS EXTERNOS E SAÍDAS DAS CASAS )
28 AFRESCOS E PINTURAS DE POMPÉIA
29 A VILA DE ADRIANO ( SÉCULO II )
30 BANHOS ( BATH )E O FÓRUM DE CÉSAR
31 ARCOS E ABÓBADAS O Arco e a Abóbada eram elementos fundamentais da arquitetura monumental romana, e serviam de base para projetos de construção de esgotos, pontes e aquedutos. As primeiras obras nesse sentido foram criadas para servir a cidade de Roma, logo no fim do século IV a.c., e delas pouco ou nada resta. Há outras construções mais recentes que demonstram a alta qualidade da engenharia romana. Arcos e Abóbadas, além do emprego do concreto permitiram aos romanos criar vastos espaços interiores. As termas de Caracala ( 212 a.c 16 d.c. ) tem seu edifício principal medindo 225 por 115 metros, erguendo-se por trás de um grande complexo de lazer com estádio, ginásio, biblioteca e salões de palestras. Nunca mais se construiu algo parecido.
32 AQUEDUTO ( SÉCULO I A.C. ) A Pont du Gard, aqueduto romano na França, é um exemplo de longevidade estrutural; retire a pedra fundamental de um dos arcos e toda a estrutura de anos desmoronará
33 O ARCO DE CONSTANTINO E O ARCO DE TITO
34 A POLÍTICA ROMANA DO PÃO E CIRCO O coliseu é o maior monumento que restou da civilização romana, ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, que a partir do século I foi palco de sangrentas lutas de gladiadores. Antes de começar os combates, os gladiadores desfilavam em frente aos imperadores e diziam Salve César, os que vão morrer te saúdam. Para construir esta edificação foram utilizadas 240 mil toneladas de travertino, uma rocha calcária retirada de uma pedreira a 20 km de distância. O Coliseu foi construído no alto do Monte Palatino, inaugurado no ano 80 d.c. em uma festa que durou 100 dias. Na ocasião, foi relatada com admiração a aparição de 64 feras ao mesmo tempo na arena, decorada com cenários grandiosos. Durante este tempo nove mil animais e dois mil gladiadores morreram. Com capacidade de abrigar 50 mil pessoas, ele apresenta quatro andares.
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36 CONHECENDO MAIS O COLISEU ( 80 D.C. ) Os três primeiros andares da construção tem 80 arcadas e o quarto tem pilastras salientes e pequenas janelas. Originalmente, as arcadas do segundo e terceiro andares possuíam estátuas e a arena ao centro era de madeira coberta de areia. Um grande toldo preso por dentro em 240 mastros protegia os espectadores. A sua estrutura é de concreto, e ele apresenta quilômetros de escadarias e túneis abobadados, obra prima da engenharia romana, era eficiente no escoamento da enorme corrente humana que comparecia aos espetáculos. O exterior monumental reflete a articulação com seu interior. Há um perfeito equilíbrio entre os elementos horizontais e verticais na armação das colunas e entablamentos que enquadra os três andares de arcadas. As três ordens estão sobrepostas ( dórica, jônica e coríntia ), estruturalmente dispensáveis, mas a sua função estética era indispensável pois é através delas que a imensa fachada mantém uma escala humana.
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38 FONTES E BIBLIOGRAFIA HINTZEN-BOHLEN, Brigite, Arte e Arquitectura ROMA. Lisboa, Dinalivro, LEFEVRE, François, História do Mundo Grego Antigo. São Paulo, Martins, Fontes, ROBERTSON, D. S., Arquitetura Grega e Romana. São Paulo, Martins Fontes, CHING, Francis D. K., Dicionário Visual de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, JANSON, H. W., História Geral Da Arte O Mundo Antigo e a Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, CUNHA, J. C., A História das Construções. Belo Horizonte, Autêntica, BALLANTYNE, Andrew. Edificações da Pré-História à Atualidade. Porto Alegre, Bookman, COLE, Emily, História Ilustrada da Arquitetura. São Paulo, Publifolha, GLANCEY Jonathan, A História da Arquitetura. São Paulo, Edições Loyola,
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