Microeconomia. Bibliografia. Teoria da Produção. Arilton Teixeira Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7.
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- Dalila Mirela Batista Mendes
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1 Microeconomia Arilton Teixeira Bibliografia Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7. 2 Teoria da Produção As firmas operam no mercado. O objetivo das firmas é maximização dos retornos para seus acionistas (proprietários). Como obter este objetivo? 3 1
2 Estratégia Para alcançar seus objetivos, a firma estabelece um conjunto de políticas. A este conjunto de política chamaremos estratégia. Nesta primeira abordagem, assumiremos ue as firmas uerem maximizar lucro (como alcançar esta meta?). 4 Pontos Básicos da Estratégia Tamanho da firma; Mercado: organização industrial (número de participantes) do mercado onde opera; Posição no mercado: como competir; Organização Interna: departamentos, hieraruia, etc. 5 Indústria Poupança e Empréstimos ( Saving and Loans ) Instituições financeiras nos USA ue podem tomar emprestado (via depósitos) do público para realizar empréstimos. Exemplo semelhante no ES: Caderneta de Poupança Tamoyo. 6 2
3 Depósitos não honrados pelas instituições eram garantidos pelo governo americano através da FSLIC (Federal Savings and Loan Insurance Corporation). Depósitos tinham baixa remuneração, pois tinham baixo risco, dada a garantia do governo. Qual deveria ser o comportamento ótimo destas empresas ao investir tais recursos? 7 Crise nos Anos 80 Tradicionalmente estas instituições financiavam imóveis (baixo retorno, mas com baixo risco). A partir dos anos 80, estas instituições passaram a fazer investimentos em papéis de alto risco, mas com alto retorno. Seria esta política ótima para o dono das empresas? Seria ótima para os donos dos depósitos? 8 Para os donos os ganhos eram muito bons e os riscos eram do governo. Se ocorrer ganhos, os donos das empresas levam os lucros. Se tiver perdas, os cidadãos (via governo) arcam com o prejuízo. Os donos das empresas eram responsáveis até o montante de capital investido. 9 3
4 A firma Decisões dos gerentes, para serem implementadas, dependem do funcionamento da hieraruia interna da firma. Mas, uais decisões devem ser implementadas? Quais os instrumentos a serem observados ou utilizados? 10 Conceitos Básicos Para estudar a firma, devemos antes conhecer conceitos e entender as restrições ue as firmas se defrontam. 11 Função de Produção É a relação entre a uantidade de insumos empregados para fazer um bem e a uantidade produzida deste bem. 12 4
5 Exemplo Número de Produto Trabalhadores Função de Produção Número de Trabalhadores Produto Marginal (PMg) Produto Marginal (PMg): é o aumento do produto devido ao uso de uma unidade adicional de insumo. Produto Marginal Decrescente: é a propriedade segundo a ual a PMg de um insumo declina à medida ue a 15 uantidade do insumo aumenta. 5
6 Exemplo Número de Produto PMg Trabalhadores Produção e Custos O valor total pago por todos os insumos usados na produção de um determinado bem é chamado de custo. Assim o custo é o gasto associado para produzir um determinado bem. 17 Produção e Receita O valor total recebido pela empresa pela venda dos bem produzidos é chamada de receita. Assim o receita é o montante recebido pela venda dos bens produzidos. 18 6
7 Conceitos Fundamentais Receita Total: uantia ue a empresa recebe pela venda de sua produção; Custo Total: uantia ue a empresa paga para pelos insumos usados na produção; 19 Função lucro: indica o lucro máximo ue a firma pode obter para cada uantidade produzida. A função lucro é igual à receita total menos o custo total. 20 Função Custo É a regra ue associa o custo total para produzir uma determinada uantidade Q. Qual a importância da função custo? A firma deve saber uanto seu custo varia com a produção. Ex: mudanças na demanda devem ou não acarretar aumento da produção. 21 7
8 Exemplo Número de Produto PMg Custo da Custo dos CT Trabalhadores Fixo - CF Trabalhadores - CV Custo Total Qua nt i da de P r oduz i da 23 Custo de Capital O preço do trabalho é facilmente calculado: é dado pelo salário pago aos trabalhadores. Qual é o preço do capital? O custo de capital é dado por seu custo de oportunidade: o ue deixamos de ganhar se tivéssemos alocado nossos recursos em outras atividade. 24 8
9 O custo de capital traz embutido o risco do setor ou país. Países com maior risco tem maior custo de capital. Ou seja, investimento tem maior retorno para pagar pelo risco maior. Quando o risco de um país aumenta, o investimento cai. 25 Função Custo - Gráfico CT CT() 26 Custo Fixo e Custo Variável Custo Fixo: como o nome diz, não varia com a uantidade produzida; Ex: despesas de administração, impostos sobre bens imóveis, etc; Custo Variável: aumenta junto com a produção; Ex: trabalho, matérias primas, etc. 27 9
10 Curto Prazo x Longo Prazo A definição de custo fixo e variável depende do período de tempo em ue se está analisando. Ex: capacidade produtiva, etc. 28 Definições: Custo Médio e Marginal Custo Fixo Médio: é o custo fixo dividido pela uantidade produzida. CF CFMe= Custo Variável Médio: é a variação do custo total para se produzir uma unidade adicional. CV CVMe= 29 Custo Médio: é o custo total dividido pela uantidade produzida. CT ( ) CMe = = CFMe + CVMe Custo Marginal: é a variação do custo total para se produzir uma unidade adicional. CT CMg = 30 10
11 Exemplo Quantidade CT CF CV CFMe CVMe CMe CMg Custo Total Qua nt i da de 32 Curvas de Custo Escala Eficiente: ponto de CMe mínimo 2.50 CMg CMe CVMe 0.50 CFMe Qu a nt i d a de 11
12 Relação Entre Custo Médio e Marginal O custo médio está caindo uando o CMg < CMe; O custo médio esta aumentando uando o CMg > CMe. O custo médio está no ponto mínimo uando CMg = CMe. Este ponto é chamado de Escala Eficiente 34 CMe CMg Gráfico CMg > CMe CMg < CMe CMg CMe 35 Retornos de Escala Se o custo médio cai com o aumento da produção temos retorno crescente de escala. Se o custo médio fica constante com o aumento da produção temos retorno constante de escala. Se a custo médio aumenta com o aumento da produção temos retorno decrescente de escala
13 Custo Médio CMe RCE RDE CMe * 37 CMe Custo Médio RCE RCoE RDE CMe 38 Importância da Função Custo Se o preço do bem ue nós produzimos aumenta, devemos ou não aumentar a produção? Se o custo marginal for maior ue o novo preço, o aumento da produção reduz o lucro. Se o custo marginal for menor ue o novo preço, então um aumento da produção aumenta o lucro
14 Longo Prazo x Curto Prazo O longo prazo é o período de tempo onde todas as variáveis podem ser ajustadas, como a capacidade de produção. Políticas ótimas no curto prazo podem mudar para o longo prazo. Ex: horas extras ou nova planta. 40 Curva de Custo de Curto Prazo O curto prazo é o período de tempo no ual a capacidade produtiva é dada. Para cada planta, existe uma curva de custo de curto prazo. Assim teremos também uma função custo marginal e média de curto prazo. Elas serão a soma dos custos fixos e variáveis. A função custo de longo prazo é o envoltório das funções de curto prazo. 41 Curva de Custo de Longo Prazo O longo prazo é o período de tempo onde todas as variáveis podem ser ajustadas, como a capacidade de produção. Políticas ótimas no curto prazo podem mudar para o longo prazo. Ex: horas extras ou nova planta
15 A curva de custo de longo prazo é o envoltório das curvas de custo de curto prazo. Ou seja, a custo de longo prazo está sempre abaixo das curvas de custo prazo. No longo prazo, as firmas tem maior opções de ajuste. 43 Função Custo - Gráfico TC CT_LP CT_CP1 CT_CP2 A B 44 CMe Custo Médio CMe_CP1 CMe_CP2 CMe_CP3 CMe_LP RCE RCoE RDE A B C 45 15
16 Custo Contábil x Custo Econômico O custo contábil é baseado em valores históricos e explícitos; O custo econômico é o custo de oportunidade da produção dos bens e serviços vendidos; Esta distinção leva à distinção entre lucro econômico e lucro contábil. 46 Lucro Contábil x Lucro Econômico Lucro Contábil: a receita total menos os custos explícitos. Lucro Econômico: receita total menos todos os custos de oportunidade da produção dos bens e serviços vendidos. 47 Exemplos As peuenas propriedades não contabilizam os custos da mão de obra dos donos ue trabalham na empresa. O custo de capital das peuenas empresas não é considerado
17 Lucro Econômico (EP) e Valor da Empresa O valor da empresa é igual a soma do fluxo de EP trazido a valor presente. Ou seja, EP1 EP2 EPT NPV = ( 1+ r) ( 1+ r) ( 1+ r) T De forma reduzida NPV = T EP t t= ( + ) t 1 1 r 49 Se os lucros econômicos são constantes (suponha também ue o investimento tenha depreciação zero), estamos basicamente tratando de uma perpetuidade. Neste caso temos EP NPV = r A euação acima sintetiza a relação entre NPV e EP. 50 Observação Dizer ue o lucro econômico é zero, não significa dizer ue não estamos remunerando o investimento. Significa ue a remuneração do investimento é igual ao custo de oportunidade. Ou seja, o retorno do investimento não está acima do custo de oportunidade
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