Mercado Financeiro 2015

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1 Mercado Financeiro 2015

2 Editorial Comitê Editorial Durval Corrêa Meirelles Juarez Jonas Thives Júnior Ornella Pacífico Jair do Canto Abreu Júnior Andreia Marques Maciel Autora do Original Beatriz Selan UniSEB Editora Universidade Estácio de Sá Todos os direitos desta edição reservados à UniSEB e Editora Universidade Estácio de Sá. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do UniSEB e Editora Universidade Estácio de Sá. A violação dos direitos autorais é punível como crime (Código Penal art. 184 e ; Lei 6.895/80), com busca, apreensão e indenizações diversas (Lei 9.610/98 Lei dos Direitos Autorais arts. 122, 123, 124 e 126).

3 Sumário Mercado Financeiro Capítulo 1: Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros... 7 Objetivos de sua aprendizagem... 7 Você se lembra?... 7 Introdução Origem e Evolução Histórica do SFN Estrutura atual do SFN Subsistema Normativo Subsistema Intermediação Instituições de Liquidação e Custódia Organismos Internacionais do Sistema Financeiro Internacional Mercados Financeiros e seus instrumentos Atividades Reflexão Leitura recomendada Referências No próximo capítulo Capítulo 2: Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas Objetivos de sua aprendizagem Você se lembra? Introdução Definição de risco Demais informações sobre risco Títulos de renda fixa e suas características Atividades Reflexão Leitura recomendada Referências No próximo capítulo Capítulo 3: Mercados Acionistas e suas Importâncias Objetivos de sua aprendizagem Você se lembra? Introdução Sobre ações e seus tipos Forma de circulação das ações e os rendimentos dos acionistas... 89

4 Rendimentos das Ações e Risco Mercado Primário e Mercado Secundário e seu funcionamento Abertura de capital: integrantes e processo O mecanismo do Tag along As Bolsas de Valores Atividades Reflexão Leitura recomendada Referências No próximo capítulo Capítulo 4: Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais Objetivos de sua aprendizagem Você se lembra? O que é risco Teoria dos Mercados Eficiente Risco total Associando risco e retorno com o comportamento do investidor: teoria da preferência Teoria do Portfólio: retorno esperado O que é um investidor institucional? Atuação dos Investidores Institucionais ANBIMA Atividades Reflexão Leitura recomendada Referências No próximo capítulo Capítulo 5: Avaliações de Ações e Mercados Derivativos Objetivos da sua aprendizagem Você se lembra? Modelos de avaliação de ações Mercado de derivativos Tipos de mercados derivativos Mercado de ouro no Brasil Atividades Reflexão Leitura recomendada Referências Gabarito

5 Prezados(as) alunos(as) Bem vindo(a) à disciplina Mercado Financeiro! Ela é de fundamental importância para os alunos que serão futuros gestores. Seu objetivo é levar o aluno a conhecer o funcionamento do sistema financeiro brasileiro e dos processos de intermediação financeira. Estudar os principais métodos de avaliação de carteira de títulos que proporcionem a melhor relação risco e retorno na gestão de investimentos. Sua importância é visualizada com maior intensidade quando se pensa na crescente globalização dos mercados financeiros, principalmente dos mercados de capitais, em que o setor empresarial vem exigindo maiores responsabilidades profissionais e uma sólida formação acadêmica, sob os pontos de vista teórico e prático nas técnicas de administração de investimentos e na avaliação de riscos de carteiras de títulos e valores mobiliários, visando a otimização de seus resultados financeiros. Neste cenário a disciplina Mercado Financeiro passa a ser de fundamental importância para os alunos do curso de Administração. Além da compreensão do funcionamento do mercado financeiro brasileiro, será oferecido todo o instrumental analítico para as alternativas de investimentos nos principais ativos transacionados nos mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial e, também, a metodologia da moderna teoria de carteira eficiente com a finalidade de avaliar, medir e quantificar o risco de uma carteira de ações. A disciplina proporciona o estabelecimento de relações interdisciplinares com os conteúdos de outras disciplinas, tais como: - Matemática para Negócios; - Matemática Financeira; - Estatística; - Administração Financeira. Apresentação

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7 Neste capítulo, vamos estudar a estrutura do sistema financeiro nacional (SFN) e as principais características das instituições que o compõem. Você vai ver que estas instituições são responsáveis pela realização dos fluxos de recursos financeiros entre os poupadores e tomadores de recursos. Você vai entender também, que é necessário o conhecimento do sistema financeiro devido à importância que o mesmo exerce na economia e no segmento empresarial do país, demonstrando como isto pode refletir na sua vida pessoal e profissional. Além disso, você vai conhecer alguns dos principais mercados financeiros e suas oportunidades de financiamento para as diversas necessidades dos gestores. Conhecer a definição do Sistema Financeiro Nacional e a sua evolução no Brasil; Entender quais as instituições são responsáveis pela legislação e regulamentação; Entender o papel e os mecanismos necessários para o bom funcionamento do sistema e as instituições de intermediação; Conhecer os mercados financeiros e seus principais instrumentos. De ter feito algum financiamento ou leasing de um imóvel ou de um veículo? Estas são operações realizadas por instituições especializadas em oferecer este tipo de crédito para os agentes econômicos deficitários, como as financeiras, as sociedades de arrendamento mercantil e, o mais comum hoje em dia, os bancos múltiplos. CCCCCCCCCC Introdução O Sistema Financeiro Nacional (SFN) pode ser definido como o conjunto de instituições financeiras, que tem na transferência de recursos dos agentes poupadores para os agentes tomadores de recursos, sua principal função,

8 Mercado Financeiro por meio da qual financia o crescimento da economia. Logo, torna-se evidente a função, tanto econômica, quanto social, desse sistema. A intermediação financeira, por meio da qual é possível alocar os recursos excedentes aos poupadores às mãos dos agentes tomadores, que buscam tais recursos para financiar seus projetos de investimentos, permite que todos os participantes deste mercado se encontrem em melhor situação, isso porque, os poupadores auferem rendimentos como pagamento pelos empréstimos e os tomadores conseguem fazer suas atividades e projetos se desenvolverem e funcionarem. De acordo com Assaf Neto (2011, p. 37), a necessidade de conhecimento do SFN é crescente ao longo do tempo, explicada pela importância que o segmento empresarial de um país exerce na economia, como também, pela maior complexidade que suas operações vem apresentando. A evolução histórica do Sistema Financeiro Nacional pode ser dividida em quatro grandes fases, que serão abordadas a seguir. O principal objetivo do sistema financeiro nacional (SFN), segundo Faria (2003, p. 1) é aproximar tomadores e aplicadores de recursos da maneira mais segura, objetiva e transparente possível. Sua estrutura oferece aos agentes econômicos segurança e rapidez nas operações de troca de recursos e alternativas variadas na destinação destes recursos, promovendo o desenvolvimento equilibrado do país. Assaf Neto (2003, p. 74), complementa que, por meio do SFN, viabiliza-se a relação entre agentes carentes de recursos para investimentos e agentes capazes de gerar poupança e, consequentemente, em condições de financiar o crescimento da economia. Mas como a maior fatia de todo dinheiro que nela circula está nos bancos parte mais importante do SFN, toda atividade da economia, obviamente, é obrigada a passar por eles (FARIA, 2003, p.1). Assim, os bancos possuem diversos produtos financeiros a fim de movimentar esta fatia de dinheiro, seja produtos para tomadores de recursos, por empréstimo para capital de giro, como produtos para os agentes aplicadores de recursos, a caderneta de poupança. Proibida a reprodução UniSEB 8

9 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 Sistema financeiro é composto por instituições econômicas que ajudam a promover o encontro entre poupadores (aqueles que consomem menos do que ganham) e os investidores (aqueles que precisam de dinheiro emprestado). Quando um país poupa grande parte do seu produto, isso significa que mais recursos financeiros estarão disponíveis para futuros investimentos em capital, gerando maior produtividade e melhoria no padrão de vida do país. Portanto, o Sistema Financeiro transfere recursos escassos de poupadores para tomadores de empréstimo. A título de ilustração, o Banco Central oferece a evolução da quantidade de instituições dentro do SFN. Percebemos uma tendência à redução na quantidade de instituições, o que pode indicar dois processos: fusões de intermediários financeiros ou enxugamento das agências em decorrência da crise financeira de 2009 (Gráfico 1.1). Essa redução é da ordem de 15% em relação ao número de instituições em Fonte: Banco Central do Brasil (2014) EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB O que é SFN, então? É um conjunto de instituições responsáveis pela captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regulação de processo. Na próxima seção, conheceremos um pouco da sua origem e da sua evolução histórica. 1.1 Origem e Evolução Histórica do SFN As quatro grandes fases que marcaram a evolução histórica do sistema financeiro nacional foram (BRITO, 2005, p. 2): 1. Da Família Real até a Primeira Guerra Mundial ( ). 2. Da Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial ( ). 9

10 Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB 3. Após a Segunda Guerra Mundial até a Grande Reforma Financeira ( ). 4. Da Grande Reforma Financeira até hoje (1.964 nossos dias). Os principais eventos que marcaram a primeira fase foram: a abertura dos portos, com acordos comerciais diretamente entre as partes envolvidas; a criação do Banco do Brasil; e em decorrência do comércio internacional, a permissão para instalação de bancos estrangeiros no país. Os principais eventos da segunda fase foram: a criação da Inspetoria Geral de Bancos em 1.920; a criação da Câmara de Compensação em 1.921; e o fortalecimento dos critérios e normas para atividade de intermediação financeira, com consequente crescimento da atividade bancária no país. Com relação aos principais eventos ocorridos na terceira fase, o autor cita a criação, em 1.945, da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), com função de supervisão e controle do mercado monetário, dividindo com o Banco do Brasil as demais funções executivas de autoridade monetária, em período que se estendeu por quase duas décadas; a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de fornecer créditos de longo prazo; e substituição de importação, processo financiado principalmente pelo BNDES. Por fim, entre os eventos da quarta fase estão: Aprovação da Lei 4.595, de 31 de dezembro de Lei de Reforma Bancária; Criação do Banco Central; Organização do Sistema Financeiro, sendo composto por: Banco Central, Conselho Monetário Nacional, Banco do Brasil e demais instituições financeiras públicas e privadas; Aprovação da Lei Lei da Regulamentação do Mercado de Capitais; Em 21 de setembro de 1.988, foram estabelecidos os bancos múltiplos, consolidando diversas atividades financeiras sob uma única entidade jurídica, por meio da Resolução 1.524/1.988; Em 22 de abril de 2.002, iniciou-se um novo sistema de pagamentos brasileiro, reduzindo o risco de liquidação financeira das transações bancárias e transferindo para o setor privado o risco de crédito do Banco Central com instituições financeiras que apresentam saldo negativo na conta de reservas bancárias. A seguir, será apresentada a atual estrutura do Sistema Financeiro Nacional. 10

11 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 Fortuna (2013) e Oliveira et alii (2006) evidenciam que até 1964, nosso SFN não era exatamente estruturado como mostra a evolução anterior. Ele só se regulou como o sistema que conhecemos hoje em decorrência das leis que possibilitaram seu reordenamento. O quadro 1.1 seguir apenas sumariza como se deu esse reordenamento considerando os instrumentos necessários (ou seja, as leis que surgiram) e a solução colocada pela adoção de tal legislação. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Lei da Correção Monetária (Lei 4.357/64) Lei do Plano Nacional de Habitação (Lei 4.380/64) Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (Lei 4.595/64) Lei do Mercado de Capitais (Lei 4.728/65) Lei da CVM (Lei 6.385/67) Lei das S.A. (Lei 6.404/76) Instituiu normas para a indexação dos débitos fiscais, criou títulos públicos federais com cláusula de correção monetária (ORTN) que seriam destinados a antecipar receitas, cobrir déficits públicos e promover investimentos. Criou-se o Banco Nacional de Habitação (BNH) que ficaria responsável pela gestão do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) voltado ao incentivo à construção civil e obras de saneamento e infraestrutura urbana. Ficaria responsável por instrumentos próprios de captação de recursos como as Letras Hipotecárias, as Letras Imobiliárias e as Cadernetas de Poupança. Posteriormente, foram adicionados os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS. Criação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil. Criação das normas operacionais, as rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação das entidades do SFN no subsistema intermediação. Criação de normas e regulamentos básicos para a estruturação do sistema de investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e à crescente demanda por crédito. Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para cuidar da responsabilidade de regulamentar e fiscalizar as atividades relacionadas ao mercado de valores mobiliários como ações, debêntures etc. Criação de regras claras para as características, forma de constituição, composição acionária, estrutura de demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e deveres de acionistas e órgãos estatutários e legais. 11

12 Mercado Financeiro Nova Lei das S.A. (Lei /01), Decreto e MP 8, todos de 31/10/2002 Resolução CMN de 28/11/2002 Consolidação dos dispositivos da Lei da CVM e da Lei das S.A., melhorando a proteção aos minoritários e dando força à atuação da CVM como órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo os fundos de investimento e os mercados de derivativos. Criação de regras para disciplinar os requisitos e procedimentos para a constituição, autorização para funcionamento, transferência de controle societário e reorganização societária, bem como o cancelamento da autorização para funcionar de instituições financeiras e demais entidades equiparadas que precisam de autorização prévia do BC para operar no país. Adaptado de Fortuna (2013) e Oliveira et alii (2006) 1.2 Estrutura atual do SFN De acordo com Assaf Neto (2011, p. 37), todo processo de desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais, que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados para os setores produtivos carentes de recursos mediante intermediários e instrumentos financeiros. O sistema financeiro nacional é constituído por um subsistema normativo e por um subsistema de intermediação, conforme figura a seguir: Subsistema normativo Sistema Financeiro Nacional (SFN) Subsistema de intermediação Fonte: Desenvolvido pelo autor Proibida a reprodução UniSEB Para Assaf Neto (2011, p. 37), por meio do subsistema de intermediação, viabiliza-se a relação entre agentes carentes de recursos para investimento e os agentes capazes de gerar poupança e, consequentemente, em condições de financiar o crescimento da economia. O subsistema normativo é responsável por fiscalizar as atividades desenvolvidas por esse subsistema de intermediação. 12

13 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Segundo classificação de Cavalcante, Misumi e Rudege (2009, p. 36), o subsistema normativo regula e controla o subsistema de intermediação. Regulação e controle são exercidos por meio de normas legais, expedidas pela autoridade monetária, ou pela oferta seletiva de crédito levada a efeito pelos agentes financeiros do governo. Já o subsistema de intermediação é constituído pelas instituições financeiras públicas ou privadas, que atuam no mercado financeiro. A seguir serão apresentadas as estruturas detalhadas dos dois subsistemas. O SFN, segundo Assaf Neto (2003, p. 75), pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos superavitários para os deficitários. O sistema financeiro possui uma função econômica e social em função deste processo de distribuição de recursos no mercado, em que a poupança disponível será direcionada para os setores produtivos carentes de recursos. O SFN é dividido em dois grandes subsistemas: normativo e de intermediação. O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades. Estas atividades são executadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações e debêntures). Compõem ainda este sistema, três outras instituições financeiras que apresentam um caráter especial de atuação, assumindo certas responsabilidades próprias no mercado financeiro: o Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal (CEF). O subsistema de intermediação é composto de várias instituições classificadas em bancárias e não bancarias, de acordo com a capacidade que apresentam de emitir moeda, instituições auxiliares do mercado, e instituições definidas como não financeiras, porém integrantes do mercado financeiro. Faz parte também dessa classificação o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), cujos recursos captados são investidos no âmbito do sistema de habitação. 13

14 Mercado Financeiro Conselho monetário nacional CMN Comissões consultivas Subsistema normativo Banco Central do Brasil Bacen Comissão de valores mobiliários CVM Instituições especiais Sistema financeiro nacional Banco do Brasil BB Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES Caixa Econômica Federal CEF Instituições financeiras bancárias Subsistema do intermediação Institições financeiras não bancárias Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo SBPE Instituições auxiliares Instituições não financeiras Figura 2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Fonte: Assaf Neto (2003, p.76) Proibida a reprodução UniSEB A seguir, você irá conhecer detalhadamente, as principais características de cada uma das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional. Essa diferenciação das instituições do sistema financeiro nacional facilita o entendimento, então, de cada uma das suas funções. É importante destacar que, seja no subsistema normativo seja no subsistema intermediação, a preocupação maior é favorecer o encontro dos agentes econômicos superavitários e deficitários de modo a ampliar a riqueza do país. 14

15 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 Conforme citado por muitos autores (FORTUNA, 2013; OLIVEI- RA et ali, 2006; CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2005), o encontro desses dois agentes intensifica o investimento do país, em decorrência da utilização de recursos monetários para os mesmos, e amplia a renda e o produto nacional do país. Veremos nas demais seções quais são os papéis centrais desses subsistemas e as instituições integrantes deles (comentando-as inicialmente). É interessante caracterizar as instituições pertencentes à estrutura do SFN: intermediários financeiros e as instituições auxiliares. As primeiras, segundo Fortuna (2013) captam poupança diretamente do público por meio de iniciativa e responsabilidade próprias na aplicação desses recursos junto aos agentes deficitários. São exemplos dessa categoria os bancos. Já as instituições auxiliares colocam em contato os poupadores com os investidores facilitando o acesso destes àqueles, como as bolsas de valores. 1.3 Subsistema Normativo A estrutura do subsistema normativo pode ser representada conforme figura a seguir: Conselho Monetário Nacional (CMN) Subsistema Normativo Banco Central (Bacen) Comissão Valores Mobiliários (CVM) B.B. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Figura 3 Estrutura do subsistema normativo Instituições Especiais BNDES CEF Fonte: Desenvolvido pelo autor 15

16 Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Assaf Neto (2011, p. 38) afirma que o subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades por meio, principalmente, do Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão normativo máximo, e do Banco Central do Brasil (Bacen). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio ao sistema financeiro, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do Ações são títulos de propriedade que representam uma parcela do capital social de uma entidade. Debêntures são obrigações de longo prazo, também emitidas por sociedades anônimas, mas com características de título de dívida, uma vez que costumam pagar juros periódicos e o principal no vencimento. mercado de valores mobiliários (ações e debêntures). O mercado de valores mobiliários será estudado com detalhes nos próximos capítulos. Ainda, segundo o mesmo autor, no subsistema normativo enquadram-se três outras instituições financeiras que apresentam um caráter especial de atuação, assumindo certas responsabilidades próprias e interagindo com vários outros segmentos do mercado financeiro, como é o caso do Banco do Brasil (BB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal (CEF). Portanto, o Subsistema Normativo é o grande responsável pela elaboração das regras e normas que deverão ser cumpridas pelas demais instituições financeiras, bem como fiscalizá-las. Também fazem parte desse subsistema, de acordo com Fortuna (2013), o Conselho de Recursos do SFN, a Superintendência de Seguros Privados e a Secretaria de Previdência Complementar. Sinteticamente, o órgão máximo do SFN é o Conselho Monetário Nacional (CMN) que, por excelência, não tem funções executivas, sendo o principal responsável pela direção da política monetária, creditícia e cambial do país. Ele foi criado pela Lei 4.595/1964 e sofreu algumas alterações na sua composição ao longo dos anos. Fortuna (2013) evidencia que podemos entendê-lo como um Conselho de Política Econômica do país. A Conexão: Para conhecer mais sobre o Subsistema Normativo, acesse o site do Banco Central em < 16

17 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Medida Provisória 542/1994 que dispõe sobre o Plano Real, simplificou a composição do CMN como vista anteriormente. Isso ocorreu porque anteriormente o conselho tinha uma quantidade variável de membros, sendo que no Governo de Castelo Branco ele era composto por seis membros e no Governo Itamar até o surgimento do Plano Real ele era composto por treze membros. Um dos mais importantes objetivos do conselho é estabelecer as metas de inflação e, sob a Lei /2011, fundar, para fins de política monetária e cambial, as condições específicas para a negociação de contratos de derivativos, estabelecendo limites, compulsórios e definindo as próprias características dos contratos existentes e criando novos (FORTU- NA, 2013). Além disso, o conselho ficou responsável por todo um conjunto de atribuições específicas destacando-se: Autorização de emissão de papel-moeda; Aprovação dos orçamentos monetários preparados pelo Banco Central; Fixação de diretrizes e normas de política cambial; Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias; Criação de limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros; Determinação da taxa de recolhimento compulsório das instituições financeiras; Regulação sobre as operações de redesconto de liquidez; e Estabelecer ao Banco Central o monopólio de operações cambiais quando o Balanço de Pagamentos exigir. O site do Banco Central indica que, juntamente com o CMN, funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) como órgão de assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. A Comoc manifesta-se previamente sobre os assuntos de competência do CMN. O segundo órgão mais importante do SFN é o Banco Central (BC) que é o órgão executivo central do sistema financeiro, sendo responsável pelo cumprimento das disposições legais sobre o funcionamento do sistema decididas no CMN. O BACEN tem, portanto, uma função de fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional, bem como Além disso, segundo Fortuna (2013), são funções do BACEN: 17

18 Mercado Financeiro Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo que tenha um correto funcionamento para o mercado cambial; Determinar periodicamente, via COPOM (Comitê de Política Monetária), a taxa de juros de referência para operações de um dia com títulos públicos (taxa Selic); Formalizar e institucionalizar de forma complementar ao COPOM, via Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), os processos par a discussão interna via divulgação do Relatório de Estabilidade Financeira e apresentando sua visão do sistema financeiro e suas condições de risco. Podemos resumir, então, as tarefas do BC como sendo o Banco dos Bancos: com recolhimento de depósitos compulsórios e redescontos de liquidez; Gestor do Sistema Financeiro Nacional: criador das normas, autorizações, fiscalizações e intervenções; Executor da Política Monetária: com a determinação da taxa Selic, o controle dos meios de pagamento preocupando-se com a liquidez no mercado e a determinação do orçamento monetário e os instrumentos da política monetária; Banco Emissor: responsável pela emissão do meio circulante (moeda) e preocupação com o saneamento desse meio circulante; Banqueiro do Governo: financiando o Tesouro Nacional com emissão de títulos públicos, administrando as dívidas públicas interna e externa, sendo o Gestor e Fiel Depositário das reservas internacionais do país, e sendo o representante no Sistema Financeiro Internacional; e Centralizador do Fluxo Cambial: criador das normas, autorizações, registros e fiscalização/intervenção do mercado cambial. Proibida a reprodução UniSEB Já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode ser entendida como uma autoridade de apoio no SFN, segundo Fortuna (2013), que é responsável por regular e fiscalizar o mercado de capitais e as sociedades de capital aberto do país. A CVM foi criada pela Lei 6.385/1976 para regular e fiscalizar o mercado de capitais, principalmente às sociedades de capital aberto. É, portanto, um órgão normativo do SFN voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional. 18

19 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 Está vinculada ao Ministério da Fazenda e tem autonomia financeira. Segundo Fortuna (2013, p. 23), sua principal função é proteger os investidores, manter a eficiência e a ordem dos mercados e aumentar a facilidade de formação de capital por parte das empresas. Em 2001, editou-se a Lei das S.A.s e os poderes fiscalizatórios e disciplinadores da CVM foram ampliados de forma a incluir a Bolsa de Mercadorias e Futuros, as entidades do mercado de balcão organizado e as entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) foi criado pelo Decreto /85 como um integrante do Ministério da Fazenda. Sua principal responsabilidade é julgar, em segunda e última instância, os recursos das decisões relativas à aplicação de penalidades administrativas pelo BC e pela CVM. Por fim, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) foi criada pela Lei /09 para substituir a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) que era responsável pelo controle e fiscalização dos planos e benefícios e das atividades das entidades de previdência privada fechada. É integrante do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) (FORTUNA, 2013; BACEN, 2014). EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB 1.4 Subsistema Intermediação Ao participar do Sistema Financeiro Nacional, as instituições financeiras servem de intermediários entre os agentes superavitários e deficitários. Entende-se por instituições financeiras os principais agentes econômicos do subsistema intermediação. O subsistema intermediação é responsável pelas operações de intermediação financeira. Oliveira et alii (2006, p. 33) mostram que, de acordo com a Lei 4.595/64, as instituições financeiras são pessoas jurídicas públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Além disso, as instituições financeiras podem ser divididas em dois grandes tipos: bancárias ou não bancárias. Define-se uma instituição bancária aquela que pode criar moeda por meio do recebimento de depósitos à vista, por exemplo. Os bancos múltiplos são considerados instituições bancárias. Essas instituições são constituídas obrigatoriamente como so- 19

20 Mercado Financeiro ciedades anônimas e compreendem os bancos comerciais, os múltiplos e as caixas econômicas. Oliveira et alii (2006) afirma que suas funções são oferecer crédito às empresas; criar moeda (sem que seja por meio de impressão de moeda, atividade própria do Banco Central); prestar serviços às pessoas físicas e jurídicas como o recebimento de cheques, prestação de serviços de cobrança, contas a pagar, arrecadação de tributos, custódia de títulos, serviços relacionados ao câmbio etc. Por outro lado, as instituições não bancárias são aquelas que não recebem depósitos à vista e trabalham com ativos não monetários como ações, letras de câmbio, certificados de depósitos bancários (CBD), debêntures etc. Essas instituições são conhecidas da população e geralmente são formadas por corretoras, bancos de investimento, financeiras, sociedades de arrendamento mercantil etc. Para facilitar, o quadro 1.2 abaixo indica os tipos de integrantes financeiros e não financeiros desse subsistema. Proibida a reprodução UniSEB Bancos Comerciais Bancos de Investimento Bolsas de Valores Bancos Múltiplos Bancos de Desenvolvimento Sociedades Corretoras Caixas Econômicas Sociedades de crédito, financiamento e investimentos. Sociedades de crédito imobiliário Sociedades de Arrendamento Mercantil Cooperativas de crédito Bolsas de Mercadorias e Futuros Sociedades Distribuidoras de títulos e valores mobiliários Sociedades corretoras de câmbio Instituições Não Financeiras: Fomento Mercantil e Sociedades Seguradoras Quadro 1.2 Instituições do subsistema intermediação 1.5 Instituições de Liquidação e Custódia De acordo com Assaf Neto (2003, p. 107), grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são escriturais, ou seja, não são emitidos fisicamente, exigindo maior organização em sua liquidação e transferência. 20

21 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 Desta maneira, todas as negociações referentes a estes valores são controladas e custodiadas por dois sistemas especiais, denominados de Selic e Cetip. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Selic - Sistema especial de Liquidação e Custódia Segundo o Banco Central do Brasil, o Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. Reforçando, todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. Este sistema constitui-se de um grande computador, que, segundo Assaf Neto (2003, p. 107), tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. O sistema, A foi criada em outubro de 2009 como resultado da união da ANBID Associação Nacional dos Bancos de Investimento com a ANDIMA Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro e representa 325 associados, entre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em parceria com a ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação de operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do comprador. Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro. 21

22 Mercado Financeiro 1. Compra de títulos associada com operação compromissada in Vendedor 1 4 Comprador 2 3 Banco Central 2. Volta de operações compromissadas intradia associada com venda de títulos Comprador 4 1 Vendedor 3 2 Banco Central Títulos Fundos Figura 4 Diagrama Selic Exemplos de operações associadas Fonte: Banco Central do Brasil Proibida a reprodução UniSEB Cetip Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados A Cetip é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, como por exemplo, CDB, RDB, CDI, Debêntures, etc, além de títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). Segundo o Banco Central do Brasil, na qualidade de depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. Com poucas exceções, os títulos são emitidos escrituralmente, isto é, existem apenas sob a forma de registros eletrônicos (os títulos emitidos em papel são fisicamente custodiados por bancos autorizados). As operações de compra e venda são realizadas no mercado de balcão, incluindo aquelas processadas por intermédio do CetipNet (sistema eletrônico de negociação). 22

23 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo Organismos Internacionais do Sistema Financeiro Internacional A globalização e as transações comerciais entre países possibilitaram o surgimento de instituições financeiras internacionais para assegurar as relações de troca entre as moedas e empréstimos dos países. Os organismos internacionais são responsáveis por manter o bom funcionamento do sistema financeiro internacional que também tem a função de intermediar as relações entre poupadores e tomadores de empréstimos em nível internacional. Algumas dessas instituições serão conhecidas nessa seção. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Banco Mundial O Banco Mundial, mais conhecido como BIRD Banco Internacional para Reconstituição e Desenvolvimento, foi fundado na década de 1940 e possui cem países membros. De acordo com Carvalho (2007) os recursos do Banco Mundial são aportados pelos países membros, a partir da subscrição de capital, proporcional à participação do país no comércio internacional. Inicialmente, de Recuperação Europeia foi o principal Conhecido oficialmente como Programa seu objetivo era promover a restauração econômica da Europa, seguintes à Segunda Guerra Mundial. Fonte: plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos complementando os recursos Wikipédia ( do Plano Marshall. Com o passar dos anos, passou a ocupar um papel importante como fonte de recursos de longo prazo para os países em desenvolvimento, em projetos de infraestrutura. O banco empresta a governos ou a projetos que tenham garantia governamental. O crescimento no volume e no montante de transações e a demanda por novas soluções e novos modelos de operação motivaram a criação de várias instituições complementares a fim de agregar aos seus propósitos iniciais outras ações capazes de alavancar o desenvolvimento econômico. 23

24 Mercado Financeiro É um banco responsável por empréstimos com baixas taxas de juros, crédito com taxas de juro zero e financiamento para países em desenvolvimento. Eles investem em diversas áreas como educação, saúde, administração pública, infraestrutura, desenvolvimento do setor financeiro privado, da agricultura e da gestão do meio ambiente e dos recursos naturais. Proibida a reprodução UniSEB Banco para Compensações Internacionais Os aspectos globais da economia atual envolvem as transações internacionais por empresas multinacionais, governos soberanos e seus bancos centrais. Contudo, essa participação precisa ser conhecida e organizada por entidades internacionais que favoreçam as transferências de renda entre países em moedas internacionais. Assim, a organização desse sistema financeiro internacional passa pelo Banco para Compensações Internacionais (BIS do inglês Bank for International Settlements). O BIS é uma organização internacional que fomenta a cooperação entre Bancos Centrais e outras agências de modo a trazer estabilidade monetária e financeira. Ele surgiu em 1930 após as mudanças internacionais decorrentes da Crise de 1929, com a quebra da Bolsa de Nova York e as reparações financeiras após a 1ª Guerra Mundial. Pode ser considerado a instituição financeira internacionais mais velha do mundo e que retém o papel de centralizar as cooperações entre bancos centrais. Atualmente, a missão do BIS é servir aos Bancos Centrais na busca pela estabilidade financeira e monetária, permitir cooperação internacional nestas áreas e agir como banco central dos Bancos Centrais. Assim, suas funções são: Promover a discussão e facilitar a colaboração entre Bancos Centrais; Oferecer suporte no diálogo entre as autoridades responsáveis pela estabilidade financeira; Conduzir pesquisas sobre problemas de política monetária dos bancos centrais; Agir como a principal contrapartida para os bancos centrais nas suas operações financeiras. 24

25 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID O Banco Interamericano de Desenvolvimento foi criado em 1959 por iniciativa da Organização dos Estados Americanos (OEA) para financiar projetos viáveis de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial regional na área da América Latina e o Caribe (FORTUNA, 2013; BID, 2014). Seu histórico remete a mudanças ocorridas após a sua criação. Isso porque em 1976, ele passou a admitir países membros de fora do continente americano e em 1986, criou-se uma subsidiária (Inter-American Investment Corporation IIC) para promover pequenas e médias empresas privadas cujo foco fosse exportação ao oferecer empréstimos e participação em capitais de risco. Atualmente, ele é composto por 48 países (18 países da região envolvendo a América Latina e o Caribe) que são representados pela Diretoria Executiva. A contribuição ao capital pelos membros é aumentada a intervalos regulares, geralmente de quatro anos, de acordo com Fortuna (2013). Realizou empréstimos e subsídios em 2013 da ordem de US$ 14 bilhões para o desenvolvimento da região e não financia apenas projetos, mas também ajustamentos estruturais como reformas econômicas setoriais buscando o aumento da eficiência. Ele é sediado em Washington, DC, e tem como principais clientes Governos Centrais, províncias, estados, municípios, empresas privadas e organizações não governamentais. Uma das suas principais bandeiras, segundo informações do seu site, é auxiliar os clientes a eliminar a pobreza e a desigualdade, promovendo o crescimento econômico sustentável. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Fundo Monetário Internacional Uma das instituições financeiras mais importantes do mundo globalizado, a criação do FMI (Fundo Monetário Internacional) começou a ser discutida a partir da Grande Depressão na década de 1930, sendo finalizada em Bretton Wood em 1944, com o início das suas operações marcado para 1946 e com 39 membros. Fortuna (2013) evidencia a organização dessa grande instituição monetária internacional. Ela é formada por um Conselho de Dirigentes formado pelo Ministro da Fazenda ou o Presidente do Banco Central de cada país-membro. As decisões são tomadas pelo voto ponderado de cada país, de acordo com a quota de contribuição ao fundo que ele desempe- 25

26 Mercado Financeiro nha. É importante frisar que os EUA têm 18% dos votos o que os dá o direito de veto nas decisões mais importantes. Vale ressaltar que o principal objetivo do FMI é garantir um sistema monetário internacional ordenado, estável, previsível e livre, criando as bases para o crescimento balanceado do comércio internacional e da economia dos países-membros (FORTUNA, 2013, p. 1053). Ou seja, ele é o supervisor do sistema monetário internacional focando nas políticas monetária e cambial dos países membros, servindo de consultor em momentos de crise e concedendo crédito quando ocorrem desequilíbrios temporários do balanço de pagamentos dos países membros. Mas qual é o tamanho desse fundo? você deve-se perguntar. Ele é a soma da subscrição (quotas) de seus membros, que refletem a importância de cada membro na economia mundial elas são revistas a cada cinco anos e são conhecidas como Special Drawing Rights (SDR). Os SDRs são ativos de liquidez internacional, criados pelo FMI e que circulam entre os bancos centrais via trocas por moedas fortes com outros países-membro. O gráfico 1 abaixo indica o percentual de cada moeda que integra o SDR. O valor do SDR é determinado pelo movimento das taxas de câmbio entre estas moedas. Proibida a reprodução UniSEB 1.7 Mercados Financeiros e seus instrumentos O que vamos aprender nessa seção envolve os diversos mercados financeiros que compõem o SFN. Entende-se por mercados financeiros o mecanismo ou ambiente por meio do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. São mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos dos agentes superavitários, isto é, que tem um excesso de fundos, até aqueles agentes deficitários, ou seja, que tem necessidade de fundos. De acordo com Assaf Neto (2003, p. 106), a intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com base em quatro subdivisões estabelecidas para o mercado financeiro. Mercado Monetário. Mercado de Crédito. Mercado de Capitais. Mercado Cambial. 26

27 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 O quadro abaixo sumariza as principais características de cada tipo de mercado. Quadro 1.3 Características dos mercados financeiros segundo Pinheiros (2009). Vamos conhecer um pouco de cada um desses mercados nas próximas seções. EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Mercado Monetário Segundo Assaf Neto (2003, p. 107), o mercado monetário encontrase estruturado visando o controle da liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo como parâmetro de referencia a taxa de juros, que se constitui em sua mais importante moeda de transação. Os papéis que lastreiam as operações do mercado monetário; caracterizam-se pelos reduzidos prazos de resgate e alta liquidez. Neste mercado, são negociados, os papéis emitidos pelo: Banco Central do Brasil: voltados à execução da política monetária do Governo Federal. Tesouro Nacional: emitidos com o objetivo de financiar o orçamento público, além de diversos títulos emitidos pelos Estados e Municípios. No mercado monetário ainda são negociados os certificados de depósitos interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras, e títulos de emissão privada, como o certificado de depósito bancário (CDB) e debêntures. Estes títulos serão vistos em detalhes no capítulo Mercado de crédito Conforme Assaf Neto (2003, p. 118), o mercado de crédito tem por objetivo fundamental suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, podendo ser por meio de conces- 27

28 Mercado Financeiro são de empréstimos às pessoas físicas ou por empréstimos e financiamentos às empresas. As operações desse mercado são, normalmente, realizadas por instituições financeiras bancárias, mais especificamente bancos comerciais e múltiplos. Os bancos têm por objetivo principal reforçar o volume de captação de recursos, percebe-se que suas atividades têm evoluído para um processo de diversificação de produtos financeiros, bem como na área de serviços prestados. As operações de financiamento de bens de consumo duráveis praticadas pelas sociedades financeiras muitas vezes também são incluídas no campo do mercado de crédito. A atuação do mercado torna-se mais abrangente considerando essa estrutura, pois disponibiliza recursos a médio prazo aos consumidores de bens de consumo, por meio de instituições financeiras não bancárias. Composição % ,7 32, ,2 21,5 17,9 17, ,2 4,2 5,2 6,5 8,7 7,9 10,2 9,6 0 Setor público Indústria Habitação Rural Comércio PF Outros serviços Figura 5 Direcionamento do crédito para as atividades econômicas Fonte: Banco Central do Brasil (2014) Proibida a reprodução UniSEB Além disso, esse mercado financeiro é conhecido pelo famoso spread bancário. Define-se como spread bancário a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar moeda a um agente deficitário e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro com um agente superavitário. Esse valor pode variar de acordo com a operação, já que cada uma delas envol- 28

29 Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros Capítulo 1 ve certo risco. O Brasil, contudo, é famoso por ter um dos maiores spreads bancários do mundo. O gráfico abaixo indica a evolução mensal do spread bancário de 2011 a março de 2014 com dados do Banco Central. pontos percentuais Spread Bancário - Operações de Crédito Livres (até mar/14) mar 11 jun 11 set 11 dez 11 mar 12 jun 12 set 12 dez 12 mar 13 jun 13 set 13 dez 13 mar 14 Gráfico 2 bancário em operações de crédito livres (até março de 2014). Banco Central do Brasil (2014). EAD-15-Mercado Financeiro Proibida a reprodução UniSEB Integra esse mercado, também, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Também segundo o Banco Central (2014), o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. Ele foi criado com a Resolução de 31 de agosto de 1995 e na Resolução de 23 de maio de 2013 deu-se nova redação ao sistema de garantia do FGC. Estão associados ao FGC a Caixa Econômica Federal, os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em funcionamento no País, que: recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo; 29

30 Mercado Financeiro realizem aceite em letras de câmbio; captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto títulos emitidos, após , por empresa ligada. Ele tem como finalidade, proteger os depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação; contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica. Para tanto, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ ,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Proibida a reprodução UniSEB Mercado de Câmbio A moeda de uma economia é como se fosse um produto negociável no mercado, que pode ser comprado ou vendido a determinado preço em relação à outra moeda. A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um país aceita negociar sua moeda por meio da compra ou venda de moeda estrangeira. Assaf Neto (2003, p.53) afirma que o Banco Central é o responsável por adquirir moeda estrangeira e por pagar em moeda nacional os exportadores de bens e serviços, assim como, os devedores que tenham obtido empréstimos no exterior. A taxa de câmbio é o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira. Segundo Passos (2005), é o preço de uma moeda em termos de outra. Obviamente há pelo menos tantas taxas de câmbio quanto moedas estrangeiras. Contudo, a expressão taxa de câmbio geralmente indica o preço de uma moeda internacional de referencia que, no caso brasileiro, é o dólar-norte americano. Assim, quando falamos que um dólar norte-americano vale R$ 2,00, já estamos expressando a taxa de câmbio entre duas moedas: US$ 1,00 = R$ 2,00. De acordo com Maia (2011), como a taxa é o preço da moeda, está sujeita à lei de oferta e da procura. As mesmas forças que, no mercado 30

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