FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: PATOLOGIA E DIETOTERAPIA I
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- Gabriella Azambuja Franco
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1 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: PATOLOGIA E DIETOTERAPIA I
2 SISTEMA PULMONAR Desde o nascimento até a maturidade e durante a vida adulta o sistema pulmonar mescla-se com a nutrição. Em geral, o bem estar nutricional de um indivíduo, bem como o metabolismo apropriado de nutrientes específicos, são essenciais para a formação, desenvolvimento, crescimento, maturação e proteção de pulmões saudáveis e de outras estruturas e processos do corpo ao longo da vida.
3 SISTEMA PULMONAR A respiração é o mecanismo de troca de gases que permite aos seres vivos extrair a energia química gerada pelos alimentos (ATP) e utilizá-la nas diversas atividades metabólicas.
4 SISTEMA PULMONAR
5 SISTEMA PULMONAR FUNÇÕES Trocas gasosas permite que o corpo obtenha o oxigênio necessário para atingir sua demanda metabólica celular e removem o dióxido de carbono produzido por esses processos; Filtrar, aquecer e umedecer o ar inspirado; Sintetizar surfactante que permite as trocas gasosas; Regular o equilíbrio ácido básico; Produzir ácido araquidônico; Converter angiotensina I em angiotensina II
6 RESPIRAÇÃO SISTEMA PULMONAR Nos alvéolos pulmonares Nos alvéolos pulmonares o oxigênio difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (hematose); Nos tecidos Ocorre processo inverso: o oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. E o gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sangüíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue.
7 SISTEMA PULMONAR A desnutrição afeta negativamente os processos respiratórios de modo que altera: A estrutura, elasticidade e função dos pulmões; A massa, força e resistência dos músculos respiratórios; Os mecanismos de defesa imunológicos pulmonares; Controle da respiração Estado nutricional
8 SISTEMA PULMONAR Deficiência de nutrientes Proteína e ferro hemoglobina O 2 Cálcio, magnésio, fósforo e potássio Comprometem a função dos músculos respiratórios a nível celular Hipoproteinemia Pressão osmótica Deslocamento de fluido para o interstício Edema pulmonar
9 SISTEMA PULMONAR Deficiência de nutrientes Ptn e fosfolipídios Surfactante Colapso alveolar Vitamina C Colágeno Tec. conjuntivo de sustentação dos pulmões Água, glicoproteínas e eletrólitos Composição do muco normal das vias aéreas
10 SISTEMA PULMONAR Doença pulmonar X estado nutricional Aumento das necessidades energéticas trabalho respiratório elevado Ingestão reduzida anorexia, dispnéia, dificuldade na mastigação e deglutição, tosse, fadiga. Digestão adequada mais difícil Absorção, circulação, uso celular, armazenamento e excreção da maioria dos nutrientes reduzida
11 Mecanismos da perda de peso
12 Conseqüências das alterações musculares e pulmonares da desnutrição Diminuição do desempenho respiratório ao esforço; Ocorrência de insuficiência respiratória aguda; Dificuldade de interromper o uso da ventilação artificial, uma vez que os músculos respiratórios se atrofiam durante a ventilação mecânica prolongada, pelo fato de eles só apresentarem movimentos passivos; Maior suscetibilidade a infecções respiratórias
13 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Doença lentamente progressiva, parcialmente reversível, caracterizada por obstrução das vias aéreas, que não se modifica significativamente por vários meses e modesta ou nenhuma reversibilidade com o uso de medicamentos. É causada por uma resposta exacerbada dos pulmões (inflamação) quando são diariamente irritados pela inalação de substâncias nocivas, principalmente as contidas na fumaça do cigarro (90% dos casos de DPOC). As alterações pulmonares refletem-se em outros órgãos, principalmente no coração e nos músculos periféricos.
14 SISTEMA PULMONAR As doenças respiratórias podem ser: RESTRITIVAS As que se caracterizam por uma diminuição da expansão dos pulmões com diminuição da capacidade pulmonar e perda da área de trocas gasosas OBSTRUTIVAS Que resultam da obstrução parcial ou total à passagem do ar em qualquer via aérea
15 Doenças Pulmonares restritivas Doenças da pleura Pneumotórax (pneumo = ar) pode ser espontâneo (ruptura alveolar por doença pulmonar) ou traumático (acidente). Há uma lesão da pleura e o ar que deveria estar apenas no pulmão, começa a vazar para a cavidade torácica.
16 Doenças Pulmonares restritivas Doenças da parede torácica e abdominal Escoliose acentuada Obesidade Doenças que afetam a musculatura Poliomielite Miastenia gravis - fraqueza muscular grave, causada por uma súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos.
17 Doenças Pulmonares restritivas Alteração do parênquima pulmonar Doenças do colágeno (artrite reumatóide, Lúpus) Doença pulmonar parenquimatosa difusa ou intersticial (DIP s) Grupo HETEROGÊNEO de alterações do interstício que apresentam um quadro clínico semelhante.
18 Doenças Pulmonares obstrutivas Doença caracterizada por desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo, que não é totalmente reversível, ou obstrução e está associada à inalação de gases e partículas nocivas. O diagnóstico da DPOC se baseia em elementos obtidos da história clínica, do exame físico e dos exames complementares. Outro elemento importante da história é o relato de tabagismo, a principal causa da DPOC, mas não é obrigatório. Outras causas importantes são poeira, fumo e a fumaça de combustão de lenha.
19 Doenças Pulmonares obstrutivas DPOC Enfisema Bronquite crônica Asma Fibrose cística
20 Doenças Pulmonares obstrutivas Fatores de risco Tabagismo Exposição à inalação de partículas ou gases nocivos Poluição do ar Fumo passivo Hereditariedade Infecções respiratórias na infância São grupos de risco as pessoas com: Mais de 40 anos de idade, com história de tabagismo superior a dez anos; Atividade profissional de risco respiratório comprovado; Tosse ou expectoração crônica ou dispnéia (dificuldade em respirar) de esforço; Deficiência de alfa1-antitripsnina.
21 Doenças Pulmonares obstrutivas Sintomas Tosse Produção de expectoração freqüente Dispnéia ao esforço História de exposição a fatores de risco para a doença Em 75% dos pacientes com DPOC a tosse ou precede ou aparece simultaneamente com a dispnéia.
22 Agentes nocivos inalados Inflamação Lesão pulmonar Estreitamento das vias aéreas e fibrose Destruição da parede alveolar (enfisema) Hipersecreção de muco (bronquite)
23 Enfisema pulmonar Agentes agressores (cigarro) Inflamação macrófagos Lesão leucócitos Elastase alfa1-antitripsina inativa Destruição dos septos alveolares Redução da capacidade de oxigenar o sangue Débito Cardíaco + Hiperventilação compensatória Hipoxemia tecidual ( O 2 no sangue) e Caquexia respiratória (Diminuição da massa muscular e perda de peso)
24 Enfisema pulmonar - Sintomas Falta de fôlego Tosse crônica, acompanhada de bastante muco ou bastante seca Dificuldade em respirar - dispnéia Perda de peso Capacidade reduzida de fazer exercícios Lábios, lóbulos da orelha, pele e unhas podem ficar azulados por causa da escassez de oxigênio no sangue. Hipertrofia ventricular direita devido ao aumento da pressão nas artérias pulmonares e ICC
25 Todas as formas de doença pulmonar obstrutiva crônica fazem com que o ar fique retido nos pulmões. O número de capilares nas paredes alveolares diminui.
26 Bronquite crônica Agentes agressores (cigarro) Inflamação Hiperplasia e hipertrofia das células mucosas do brônquio Produção de muco Metaplasia escamosa do epitélio brônquico (cílios) Aumento do DC Deficiência na excreção de muco hiperinsuflação Excesso de muco nas vias aéreas Risco de infecções por bactérias
27 Bronquite crônica - Sintomas Tosse Expectoração Falta de ar (dispnéia) Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do trabalho cardíaco Febre quando a bronquite crônica estiver associada à uma infecção respiratória Cansaço
28
29 Tratamento nutricional OBJETIVOS Fornecer uma alimentação que promova a manutenção da força, massa e função muscular respiratória a fim de satisfazer as demandas das atividades diárias; Manter uma reserva adequada de massa corporal magra e tecido adiposo evitar a perda de peso; Corrigir o desequilíbrio hídrico, comum em pacientes com DPOC; Controlar as interações entre drogas e nutrientes que interferem no apetite e na absorção de nutrientes; Promover melhoria na qualidade de vida
30 Tratamento de DPOC Interrupção do tabagismo Antibióticos quando resultam de infecção Broncodilatadores melhoram o fluxo de ar Corticóides - freqüência e gravidade dos sintomas Oxigênio (uso de oxigênio em casa), quando necessário, também poderá melhorar os sintomas dos doentes, além de aumentar a expectativa de vida de pacientes com hipoxemia Dietoterapia
31 Avaliação Nutricional na DPOC Avaliação individual Histórico médico e nutricional Peso habitual, altura, pregas cutâneas, circunferência do braço - Estado nutricional Exames hematócrito, hemoglobina, proteínas séricas Histórico alimentar Recordatório 24h, frequência de consumo alimentar Paciente hospitalizado ou em casa
32 Dietoterapia Recomendações: Calorias - Homens: 25 a 30Kcal/Kg/dia Mulheres: 20 a 25Kcal/Kg/dia Evitar o uso de proteínas como fonte energética Desnutridos - aumentar 500 a 1000Kcal/dia Obesos - diminuir 500Kcal/dia do VET (excesso de peso limita a capacidade do exercício) Fracionamento 5 a 6 refeições por dia
33 Dietoterapia PROTEÍNAS Ingesta de 1,2 a 1,7 g ptn/kg peso seco ou 15 a 20% do VET Para manter ou restaurar os pulmões e a força muscular, bem como para promover a função imunológica. LIPÍDIOS 30 a 45% do Valor Energético Total CARBOIDRATOS 40 a 55% do Valor Energético Total
34 Dietoterapia VITAMINAS Para pessoas que continuam a fumar, pode ser necessária a suplementação com vitamina C. MINERAIS Ingesta adequada de cálcio (1000* mg) e magnésio (H-400* M-310* mg). *faixa etária de anos Alguns pacientes com retenção hídrica necessitam de restrição líquida e de sódio. Dependendo do diurético prescrito pode ser necessária maior ingestão dietética de potássio.
35 Dietoterapia Outras recomendações Para quem usa oxigênio: Alimentar-se lentamente Mastigar bem os alimentos Para prevenir aspiração: tomar cuidado para que haja seqüência apropriada de respiração e deglutição, bem como postura ereta adequada durante alimentação
36 Dietoterapia Outras recomendações Anorexia: Ingerir primeiro os alimentos mais energéticos Utilizar alimentos preferidos Fracionar a dieta durante o dia Adicionar manteiga, margarina, maionese e/ou creme de leite para aumentar o valor calórico dos alimentos. Saciedade Precoce: Limitar líquidos às refeições; beber somente 1h após Dar preferência aos alimentos frios
37 Dietoterapia Outras recomendações Dispnéia: Fadiga: Descansar antes das refeições Usar broncodilatadores antes das refeições Comer devagar Descansar antes das refeições Ter alimentos preparados para os períodos de fadiga Escolher alimentos de fácil preparo
38 Dietoterapia Outras recomendações Flatulência: Consumir menor quantidade de alimentos e com maior frequência Não consumir alimentos que favoreçam o aparecimento Comer devagar Constipação: Fazer exercícios, se toleráveis Aumentar a quantidade de fibras e água Problemas dentários: Modificar a consistência para facilitar a mastigação
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