Técnicas passivas; Técnicas ativas.
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- Neusa Veiga de Santarém
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2 Definição: a conservação de energia deve ser entendida como a utilização de uma menor quantidade de energia para a obtenção de um mesmo produto ou serviço através da eliminação do desperdício; Técnicas passivas; Técnicas ativas.
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4 Na maioria dos processos industriais utilizase ao mesmo tempo energia térmica e elétrica. Um exemplo é um sistema de prensagem/secagem em uma agroindústria, onde tem-se uma matéria úmida que sofre um processo inicial de secagem por meio de uma prensa com utilização de energia elétrica e de vapor.
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7 Representam conjuntos de medidas do lado da demanda e dos instrumentos políticos que são usados para implementar eficiência energética. Implicam em custos adicionais, tempo e incertezas.
8 Existem diversos tipos de programas: Programas com o objetivo de disseminação de informações sobre tecnologias eficientes; Programas para incentivo de energia solar e fontes renováveis; Programas de substituição de lâmpadas e outros equipamentos; Programas para estabelecer padrões de desempenho energético para equipamentos;
9 Só os mecanismos de mercado não são suficientes para atingir níveis desejáveis de eficiência energética ou a viabilização do maior uso de fontes renováveis. Os programas devem intervir no mercado consumidor de energia.
10 Embora já exista grande conhecimento sobre estratégias políticas, formas gerenciais e alternativas tecnológicas para o uso racional de energia; São muitas as barreiras que impedem um rápido avanço nos níveis de eficiência energética.
11 Informação Pouco conhecimento das possibilidades de melhorias no uso de energia por parte dos consumidores, vendedores, produtores e administradores públicos; Na medida que algumas técnicas de eficiência energética são economicamente favoráveis.
12 Os consumidores geralmente não acompanham as avanços de tecnologias disponíveis para conservar energia; É necessário que os vendedores de equipamentos tenham a informação adequada; Investimento contínuo em programas aducacionais e de disseminação de boa informação.
13 Barreiras legais e institucionais O planejamento tradicional tende a associar maior credibilidade a alternativas de geração de energia altamente centralizadas; Não favorecem investimentos em medidas de conservação de energia ou em opções descentralizadas de produção de eletricidade.
14 Os técnicos são mal preparados para analisar comportamento de mercado de energia, e como implementar medidas políticas para alterar padrões de consumos existentes; Falta de preparo para tomar decisões quanto ao lado da demanda.
15 Procedimentos legais de contabilidade impedem que os custos de programas de conservação entrem no cálculo da tarifa.
16 Barreiras Financeiras A maioria dos consumidores não fazem investimentos em conservação de energia porque não possuem capital para este fim; Apesar de algumas medidas serem vantajosas e com um rápido retorno, eles não tem crédito; Um consumidor pode ter capital, mas a eficiência energética não é prioridade de investimento.
17 Um consumidor industrial pode preferir gastar capital em uma nova linha de produção; Desconsiderando investimentos na melhoria das instalações elétricas existentes.
18 Barreiras tecnológicas e de infraestrutura Diversas oportunidades de conservar energia dependem de novas tecnologias que podem não estar presentes (disponíveis) em alguns países ou regiões; Importância da qualidade do equipamento que é produzido localmente.
19 Exemplo: é importante introduzir reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes, porque eles consomem menos energia quando comparados com os eletromagnéticos, mas também é importante que eles sejam produzidos com bons fatores de potência.
20 Tarifas e preços de energia Em alguns países as tarifas são fixadas administrativamente pelas agências do governo; Baseadas nos custos médios de produção de eletricidade, os quais não refletem os custos reais.
21 Exemplo: Muito poucos consumidores pagam taxas mais elevadas no pico, embora o custo de produção para a companhia para esse serviço seja sempre mais alto; Outra prática é o subsídio aos consumidores de determinadas regiões; Isso impede o uso de recursos regionais existentes para a produção de eletricidade e a introdução dos programas de conservação de energia.
22 A maioria das CEs, dos grandes consumidores e o governo tem acesso ao capital com baixas taxas de juros; O que não é o caso da maioria dos consumidores. Taxas de desconto: Governos: 4 a 12% Consumidor re- CEs (Brasil): 10 a 12% -dencial: 35 a 70% Indústria: 15 a 20%
23 Substituição entre eletricidade e gás Uma opção para economizar energia é a substituição da eletricidade em alguns usos finais por outros combustíveis, tais como gás. Em regiões com grande dependência do carvão e petróleo para produzir eletricidade, ao promover-se a substituição acima pode-se obter redução das emissões.
24 Substituição entre eletricidade e energia solar Iluminação, calefação e aquecimento de água são os principais usos finais onde existem a oportunidade para utilização de energia solar; É necessário analisar cada caso particular para determinar os custos e os benefícios da substituição de eletricidade por energia solar.
25 Aproveitamento da iluminação natural; Arquitetura adequada pode promover o aproveitamento da energia solar para calefação; Substituição de sistemas de aquecimento de água elétricos por sistemas a energia solar.
26 Cogeração Processo combinado de produção de calor e potência, que permite o uso da energia liberada pela combustão de uma fonte energética.
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28 -Campanhas de informação pública; -Etiquetagem de equipamentos de energia; -Padrões para construções e aparelhos -Aquisição de tecnologias; -P&D; -Mecanismos fiscais e financeiros.
29 Etiquetagem e informação Disseminação de informação sobre as medidas de conservação de energia ou tecnologias mais eficientes; Programas de educação, seminários, treinamento, propaganda, foldes; EX: Questões de eficiência são inseridas no currículum de arquitetos e engenheiros.
30 A etiquetagem é feita em cooperação com fabricantes de equipamentos, informando o consumo de energia ao consumidor.
31 Padrões de desempenho e regulamentação Padrão: código, guia, norma, etc; Padrões podem ser introduzidos para novos equipamentos que consomem energia, materiais e construções; Objetivo: criar um sistema regulador para que novos produtos tenham níveis de consumo menores que aqueles que estão sendo substituídos.
32 Padrões de desempenho para edificações são um bom exemplo; A suécia tem um dos mais rigorosos padrões de construções do mundo, sendo que as casa suecas estão entre as mais confortáveis e eficientes do ponto de vista energético.
33 Os padrões de eficiência de energia podem ser um meio efetivo para retirar do mercado os produtos que consomem energia de modo exagerado.
34 Licitações Tecnológicas Agências de governo, podem ajudar a criar um mercado para novos equipamentos eficientes ao realizar grandes compras dos mesmos; Licitações públicas por meio de editais.
35 Atividades desenvolvidas e implementadas essencialmente pelas CEs, dentro de uma área geográfica; DSM Mudanças nos padrões de uso de eletricidade; Estas mudanças: alteração de hábitos, horários de utilização de eletricidade, tempo de uso, características técnicas dos equipamentos.
36 A Lei no. 9478, de 6 de agosto de 1997, restabelece os princípios e objetivos da Política Energética Nacional; Em seu artigo 1º, a competência do Estado brasileiro quanto à proteção ao meio ambiente e à promoção da conservação de energia, dentre outros assuntos.
37 A Lei 9991, de 24 de julho de 2000, determina a aplicação do montante de 0,5% da receita operacional líquida das concessionárias distribuidoras de energia elétrica em projetos de eficiência energética voltados ao uso final.
38 A Lei 10295, de 17 de outubro de 2001, a Lei da Eficiência Energética (regulamentada pelo decreto 4059, de 19 de dezembro de 2001); Estabelece o procedimento para a adoção de níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética em usos finais comercializados no país.
39 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica PROCEL; Criado em 1985, foi formalizado como Programa de Governo, por meio de decreto em 1991; Ações nas áreas: de iluminação pública, industrial, saneamento, educação, edificações, prédios públicos, gestão energética municipal, informações, desenvolvimento tecnológico e divulgação.
40 Programa nacional de racionalização do uso dos derivados de petróleo e do gás natural CONPET; Criado em 1991, o CONPET é constituído de vários programas; Transporte de carga, passageiros e combustíveis, educação, marketing e premiação.
41 Os fundos Setoriais: Fomentam projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados a diversos temas PROESCO: em 19 de maio de 2006, o BNDES aprovou o PROESCO, programa destinado a financiar projetos de eficiência energética.
42 Segmento Residencial Esse setor é responsável por mais de 11% do consumo de energia e por mais de 23% do consumo de eletricidade O potencial de conservação é de 30% em edifícios existentes e 50% em edifícios em construção.
43 50% dos recursos programas de conservação de energia das concessionárias são destinados pela ANEEL a projetos junto aos consumidores residenciais de baixa renda; As linhas de ação neste setor são: substituição de equipamentos e substituição energética: troca de chuveiros elétricos por aquecedores solares.
44 Substituição de equipamentos: Iluminação e refrigeração (36% da carga residencial); Iluminação: troca de lâmpadas incandescentes por fluorescente compacta; Refrigeração: Substituição de refrigeradores antigos por aqueles com selo Procel.
45 Condicionamento de ar: substituição de condicionadores antigos por equipamentos novos com selo procel; Substituição energética: Os chuveiros respondem por 24% do consumo A ação é a substituição de chuveiros por aquecedores solares
46 Procel-Edifica: Selo de ecnomia de energia em edifícios comerciais e públicos. Selo A até E. Programa voluntário. Tende a tornar-se obrigatório.
47 Apoiar a implantação da Regulamentação da Lei de Eficiência Energética (Lei /2001) no que toca às Edificações Brasileiras, além de orientar tecnicamente os agentes envolvidos e técnicos de Prefeituras, para adequar seus Códigos de Obras e Planos Diretores.
48 Segmento Comercial e de serviços O desperdício nesse setor é estimado em 14%. Substituição de equipamentos: Iluminação, refrigeração, condicionamento de ar, motores elétricos e bombas.
49 Substituição energética: troca de chuveiros por aquecedores solares e a gás (hospitais, clubes, hotéis, pousadas e lavanderias). Otimização de projetos: Iluminação: sistema automatizado e projetos luminotécnicos adequados. Refrigeração: projeto implementação de sistemas de refrigeração, isolamento térmico, dimensionamento correto de compressores e regulagem de termostatos e automação.
50 Condicionamento de ar: elaboração de projeto para implementação de isolamento adequado,dimensionamento de equipamentos, automação de sistemas de climatização da infra-estrutura existente. Bombeamento: elaboração de projeto de reavaliação de dimensionamento de motores e bombas; verificação de vazamentos; controle eletrônico de velocidade dos motores.
51 Segmento de transporte: Responde por 27% da matriz de consumo de energia, ficando atrás somente do setor industrial. Racionalização do consumo de combustível da frota veicular de caminhões e ônibus: Teinamento de condutores e administradores de frotas.
52 Otimização da matriz de modais de transporte: Carga e passageiros Plano Nacional de Logística e Transportes - Investimentos na malha ferroviária e hidroviária.
53 Segmento Industrial A classe industrial é responsável pela maior parcela no consumo, com 37,5 % do consumo final de energia e 46% do consumo final de eletricidade. Os sistemas motrizes são responsáveis por aproximadamente 50% do consumo. Sistemas Motrizes: acionamento eletroeletrônico, motor elétrico, acoplamento motor carga, cargas mecânicas acionadas.
54 Cargas mecânicas acionadas: bombas, compressores, ventiladores, exaustores e correias transportadoras. Ações no setor: Substituir sistemas moto-bombas ineficientes por equipamentos de alta eficiência;
55 Substituir motores elétricos superdimensionados por motores com a potência correta e de alto rendimento com Selo PROCEL. Instalações de bombeamento com controlador eletrônico de velocidade em motores. Dimensionamento adequado de motores e bombas.
56 Eliminação de vazamentos de água; Dimensionamento adequado de motores para sistemas motrizes;
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