A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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1 A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 3

2 SUMMARY 1. INTRODUÇÃO 2. USO DA TERRA E PASTAGEM 2.1 TENDÊNCIAS DE DESMATAMENTO 2.2 USO DA TERRA E RECUPERAÇÃO DE PASTAGEM 2.3 LEI DE PROTEÇÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA (LEI FEDERAL N 12,651/2015) 3. BIODIVERSIDADE E PECUÁRIA 4. EMISSÕES DE GEES E AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO 5. CONTRIBUIÇÕES BRASILEIRAS PARA O ACORDO DE PARIS 6. O USO DA ÁGUA 7. PECUÁRIA SUSTENTÁVEL E A AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 8. INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA PECUÁRIA SUSTENTÁVEL 9. CONCLUSÕES 10. REFERÊNCIAS GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 5

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4 GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 7

5 SUMÁRIO EXECUTIVO Os desafios para se definir e promover uma pecuária sustentável no Brasil estão fundamentalmente relacionados com questões ambientais estratégicas. Desmatamento, emissões de GEE, pastagens degradadas, obstáculos à intensificação, uso da água e perda de biodiversidade são alguns dos problemas mais comuns relacionados com a produção de carne bovina. O objetivo deste Whitepaper é organizar dados e informações confiáveis sobre estes tópicos, considerando-se a importância da pecuária para a segurança alimentar no Brasil e no mundo, assim como a necessidade de se promover uma nova dinâmica de uso da terra com base na recuperação de pastagens e intensificação da pecuária. No Acordo de Paris, as Partes se comprometem a promover a redução das emissões e promover a adaptação e recuperação dos ecossistemas. As contribuições do Brasil envolvem não só a redução do desmatamento, mas também a restauração de 12 milhões de hectares e a recuperação de até 15 milhões de hectares de pastagens, que são os principais problemas evidenciados pelos debates sobre a sustentabilidade da pecuária no Brasil. 8

6 MENSAGENS-CHAVE O compromisso voluntário do Brasil de reduzir 80% do desmatamento na Amazônia até 2020, abaixo dos níveis de 2005, já foi alcançado em 74%; O desmatamento pode ser causado por vários fatores como a exploração madeireira ilegal, deficiências na política de posse da terra, expansão agrícola e pecuária, desmatamento de pequenas áreas e desmatamento em assentamentos rurais e terras indígenas; A dinâmica de uso da terra no Brasil envolve recuperação de pastagens, o desmatamento ilegal zero, a intensificação da pecuária, restauração da vegetação nativa e a competição por terras entre os diferentes produtos agrícolas; A recuperação de pastagens é um fator-chave para promover a pecuária sustentável no Brasil ao englobar as emissões de carbono, a redução da pressão por novos desmatamentos e o apoio ao uso responsável da água; Existem previsões de que em 2030 as áreas de pastagem cheguem a 161 milhões de hectares, liberando 17 milhões de hectares para outras culturas, florestas plantadas e restauração sob a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei Federal nº / 2015); O processo de adequação e cumprimento da Lei de Proteção da Vegetação Nativa representa uma enorme oportunidade para equilibrar a produção e a proteção e criará uma agenda de restauração de pelo menos 12 milhões de hectares; O Cadastro Ambiental Rural - CAR alcançou 244 milhões de hectares do total de 398 milhões de hectares, o que representa 61,5% da área total a ser registrada até outubro de 2015; na Amazônia, a área já registrada chegou a 78,5%; Existem 190 milhões de hectares de áreas protegidas localizadas em estabelecimentos rurais - Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal que estocam até 99 bilhões de toneladas de CO2e e apoiam o alcance das metas de biodiversidade do Brasil; O CAR poderia ser usado como uma ferramenta para monitorar a conformidade ambiental e para alcançar uma informação transparente sobre o desmatamento nas fazendas individualmente; A conservação da vegetação nativa nas fazendas e a melhoria das boas práticas agrícolas são formas de se promover as principais metas de biodiversidade (metas 4, 5, 7, 11 e 15), bem como os principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs 2, 6, 12 e 15) ; As emissões de GEEs e o saldo de remoções da pecuária devem ser melhorados considerando o sequestro pelas pastagens e melhorias metodológicas para seguir o Acordo de Paris, conforme a UNFCCC; As emissões de metano pela pecuária utilizando-se o GTP representaram milhões de toneladas de CO2e em 2012 em comparação com milhões de toneladas de CO2e com base no GWP; A recuperação de pastagens e os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, que incluem variação de estoques de carbono no solo, fermentação entérica, adubação nitrogenada e com esterco, podem significar a redução de emissões de até 100 e 25 milhões de toneladas de CO2e respectivamente; A recuperação de pastagens e a disseminação de boas práticas são as ações mais promissoras para a pecuária sustentável e o desenvolvimento de projetos voltados para isso - pelo Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável do Brasil - estão na vanguarda da pecuária responsável no Brasil. GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 9

7 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste Whitepaper é reunir as informações mais atualizadas sobre os desafios ambientais relacionados com a pecuária no Brasil e organizá-las de tal maneira que possam informar e promover um debate aberto, dinâmico e construtivo sobre questões transversais relacionadas com o setor da pecuária no Brasil. O Acordo de Paris que foi selado na 21a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC - COP21), como um acordo que compromete as Partes a reduzir e sequestrar GEEs, adotar ações de adaptação e promover o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de baixo carbono, é por excelência um momento de mudança que aborda padrões de produção, políticas e exigências dos consumidores para a construção fundamentada na sustentabilidade sob uma abordagem econômica ampla. Além disso, a aprovação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na septuagésima sessão da Sessão Geral das Nações Unidas, ocorrida em 25 de setembro de 2015, criou uma agenda ampla e de longo prazo para o desenvolvimento sustentável, com metas claras relacionadas com nutrição e segurança alimentar (ODS 2), desafios ambientais (ODS 12, 13 e 15) diretamente relacionados com a produção de alimentos. A agenda dos ODS é um tema comum multilateral a ser trabalhado como base para promover o desenvolvimento sustentável. Os desafios da sustentabilidade dos sistemas de produção de alimentos, o acesso à alimentação, a disponibilidade de alimentos nutritivos, saudáveis e diversificados depende de vários fatores, tais como o abastecimento de água, terras produtivas, tecnologia e possibilidade de incorporação das boas práticas agrícolas. A produção animal no Brasil, assim como outros produtos alimentares, tem um papel fundamental a desempenhar quando se trata de alimentos nutritivos e segurança alimentar. A base para um debate racional sobre os principais desafios ambientais do setor pecuário no Brasil deve ter sua fundamentação em dados confiáveis que levem em conta os padrões da produção pecuária de hoje (2015), uma breve comparação com o passado (2005) e as projeções para o futuro (2030). A dinâmica e políticas de uso da terra, tendências de desmatamento, o engajamento do setor privado e ações no sentido de abordar os principais tópicos relacionados com sustentabilidade, as emissões de GEE e práticas agrícolas de baixa emissão de carbono, recuperação e intensificação de pastagens, uso responsável da água, assim como o foco em melhoria contínua são algumas das tarefas sobre as quais este Whitepaper irá tratar. 10

8 2. PASTAGENS E DINÂMICAS DO USO DA TERRA TENDÊNCIAS DE DESMATAMENTO Os últimos onze anos marcaram uma mudança significativa nas taxas de desmatamento da Amazônia. Em 2014 o desmatamento anual foi de km2 em comparação com km2 em 2004, o que significou uma redução de 82%. Desmatamento e rebanho bovino na Amazônia Fontes: PRODES/INPE, UFG-LAPIG A redução do desmatamento na Amazônia se deve a diferentes políticas, como o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm-2004). Políticas privadas, como a Moratória da Soja e o compromisso de desmatamento zero da indústria da carne bovina, lançados em 2006 e 2009, respectivamente têm também papel importante no combate ao desmatamento no bioma amazônico. Além disso, em 2010, o Brasil apresentou formalmente à UNFCCC seu compromisso voluntário de reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até 2020, abaixo dos níveis de O Brasil já atingiu 74% disso e a meta prevê um desmatamento de km2 na Amazônia em Os padrões de desmatamento na Amazônia, considerando a escala, mostra que a conversão de áreas menores que 25 hectares representa 60% da área total desmatada no bioma entre 2001 e 2011, em comparação com 30% no início da década. Áreas de 25 a 500 hectares contribuíram com 35% (comparado a 50% anteriormente) e áreas maiores de 500 hectares representaram 5% do total desmatado (comparado a 20% anteriormente). 1 PPCDAm, , Junho GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 11

9 O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), lançado em 2004, foi ferramenta fundamental para monitorar o desmatamento em áreas maiores que 25 hectares utilizando o sistema (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) MODIS. No entanto, o novo desafio agora são as áreas menores. Para resolver isso, desde 2007 o governo publica uma lista dos municípios-alvo, com altas taxas de desmatamento. Também é importante mencionar o desmatamento que ocorre em áreas de reforma agrária. De 2001 a 2011 a conversão de florestas nessas áreas representou 19% do total da área convertida na Amazônia. A pecuária é geralmente apontada como a principal causa de desmatamento no Brasil. De fato, não é possível estabelecer uma correlação clara e automática entre desmatamento e formação de pastagens. Na verdade, existem diferentes vetores de desmatamento na Amazônia e a pecuária se torna uma atividade normal em qualquer área já desmatada. Aproximadamente 60% da área convertida até 2008 foi ocupada pela pecuária bovina de acordo com o TerraClass. Nos últimos 10 anos o número de bovinos aumentou principalmente no Norte do Brasil, ao passo que estabilizou-se nas regiões Sul e Sudeste. É importante notar, todavia, que a área de pastagem está diminuindo, enquanto que a produtividade animal está aumentando. A intensificação da pecuária, genética e boas práticas são fundamentais para uma melhoria contínua na sustentabilidade da pecuária no Brasil, tendo a redução do desmatamento e recuperação de pastagens como base. Área de pastagem (mi ha) X produção de carne por hectare Fonte: Agroconsult/IBGE. Também é importante citar que a indc (Contribuição Nacionalmente Determinada pretendida) brasileira contempla o desmatamento ilegal zero na Amazônia até A plena aplicação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei Federal nº / 2012), o acompanhamento rigoroso com base no PPCDAm, a boa gestão das áreas protegidas, a revegetação natural na Amazônia, que perfazia 16,5 milhões de hectares em 2010 e a adoção de projetos de REDD plus formam uma matriz complexa de políticas e ações para coibir o desmatamento ilegal. 2PPCDAm, , Junho TerraClass

10 2.2 USO DA TERRA E RECUPERAÇÃO DE PASTAGEM A interação entre as políticas de conservação e de produção estão na vanguarda da sustentabilidade da agricultura e pecuária. De um lado, as políticas de conservação com base no Sistema Nacional de Áreas Protegidas - SNUC, representam 107 milhões de hectares (Ministério do Meio Ambiente, fevereiro de 2015). Adicionalmente, as terras indígenas representam 110 milhões de hectares. Além disso, existem 190 milhões de hectares de vegetação natural protegida em fazendas devido a exigências de conservação pelo Código Florestal (Áreas de Preservação Permanente - APPs e áreas de Reserva Legal) e 92 milhões de hectares de vegetação remanescente, não abrangidos por políticas específicas de conservação. Por outro lado, as áreas agrícolas compreendem 70 milhões de hectares (apenas para a primeira colheita) e 170 a 180 milhões de hectares de pastagens. Dada a quantidade de pastagens disponíveis, a possibilidade de melhorar a produtividade através da implantação de tecnologias, a disponibilidade de áreas degradadas para serem restauradas e o desafio de promover a restauração da vegetação nativa, o uso da terra para a agricultura e pecuária vai passar por um processo de acomodação nas próximas décadas. A figura abaixo ilustra o cenário de uso da terra no Brasil em Uso da terra no Brasil (2014) GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 13

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12 Os aspectos mais relevantes das mudanças de uso da terra para a agricultura e pecuária nos próximos anos virá de três fontes: A rea de pastagem que será recuperada (pastagem degradada); A área de pastagem que será intensificada (utilizando diferentes tecnologias para plantio e manejo de pastagens, passando pelo uso de genética, rotação lavoura-pecuária e integração de lavoura, pecuária e floresta); A área que será liberada pelas pastagens para outras atividades agrícolas. A expansão da pecuária e da agricultura não depende de desmatamento. A mudança no uso da terra que ocorre sobre pastagens será fundamental para permitir uma utilização mais eficiente da terra, considerando as diferenças de produtividade. De 178 milhões de hectares em 2014/2015 estima-se que em 2030 a área de pastagens será de 161 milhões de hectares, liberando 17 milhões de hectares de terra para lavouras, florestas plantadas e também para restauração sob a Lei de Proteção de Vegetação Nativa (Lei Federal nº / 2015). Área de pastagem e produção de carne no Brasil 16, , ,000 14, ,775 13, ,000 Thousand MT 12,000 10,000 8,000 6,000 9,666 10, , , ,000 Thousand ha 4, , ,000 2, , (E) 2030 (P) 150,000 Beef production Pasture area Source: ABIEC and Agroicone. A intensificação da pecuária e a recuperação de pastagens também irá aumentar a produtividade do rebanho bovino, que segundo projeções irá atingir, em média, 6@/hectare em 2030 (de 4@/ha/ano em 2015). No entanto, este processo dependeria de vários fatores, como por exemplo: Difusão de conhecimentos sobre a intensificação da pecuária bovina e seus benefícios para os produtores; Adoção de boas práticas agropecuárias; Fazer manejo de pastagens; Melhorar o acesso ao crédito rural permitindo investimentos por produtores menos capitalizados; GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 15

13 Contratação de assistência técnica para implementar a intensificação e disponibilizar financiamento para este tipo de assistência; Incentivar os produtores a fazerem controle de custos e receitas das suas propriedades; Apoiar os produtores no cumprimento da Lei de Proteção da Vegetação Nativa; Melhorar o uso de insumos e genética. O compromisso do setor privado para conter e controlar o desmatamento, o processo de conformidade à Lei de Proteção da Vegetação Nativa, o controle rígido sobre o desmatamento ilegal e o processo de intensificação serão fatores-chave afetando o uso da terra e, especificamente, a dinâmica das áreas de pastagens nos próximos anos. 2.3 LEI DE PROTEÇÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA (LEI FEDERAL Nº / 2015) A lei de Proteção da Vegetação Nativa recentemente promulgada (anteriormente conhecida como Código Florestal ) é um instrumento fundamental de política com o objetivo de promover a restauração da vegetação natural, conter o desmatamento ilegal e regular com alto grau de controle a conversão permitida ou desmatamento legal. A lei 2012 sucedeu o Código Florestal de 1965 e as suas várias alterações e regulamentos relacionados com as obrigações de manter e restaurar Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal (APPs) (chamadas de RL). As APPs são áreas que devem ser preservadas, tanto em áreas rurais quanto urbanas e seus critérios variam de acordo com a largura dos rios e corpos d água, inclinação de encostas, topos de morros e manguezais. Por outro lado, a RL significa uma área de vegetação nativa que deve ser mantida em propriedades rurais, sendo de 80% na Amazônia (50% em alguns casos), 35% em áreas de Cerrado na Amazônia Legal e 20% em outras áreas. A nova lei cria um processo de conformidade, considerando os produtores que desmataram antes e depois de julho de 2008, com regras específicas para cada um dos dois casos. Basicamente, os produtores irão restaurar áreas de APPs e RL com plantio de espécies nativas, promover revegetação natural se possível e, no caso de RL, compensar em áreas remanescentes de vegetação natural que seriam legalmente elegíveis para o desmatamento, desde que no mesmo bioma e unidade da federação (a compensação em diferentes Estados teria que ocorrer em áreas prioritárias e seguir critérios rigorosos). Nesse caso, a compensação pode tornar-se uma espécie de pagamento por serviços ambientais em que o proprietário será pago para conservar a vegetação natural. Embora a regulamentação relacionada com a Cota de Reserva Ambiental - CRAs ainda não tenha sido aprovada, há diferentes sistemas destinados a criar mercados de compensação em muitos Estados, com perspectivas promissoras de se tornarem uma ferramenta essencial para a compensação ambiental e incentivo do mercado no futuro. O primeiro passo exigido pela nova lei é a inscrição da propriedade no Cadastro Ambiental Rural- CAR, uma plataforma web para registro eletrônico (SiCAR), que irá agregar informações sobre Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, assim como se há um déficit de vegetação. Assim, pela primeira vez na história, o país terá uma fonte confiável e clara de informações que descrevem o cenário real da vegetação natural protegida por fazendas e o déficit de APPs e RLs, que terá que ser restaurado ou passar por revegetação. A este respeito, até outubro de 2015, as propriedades rurais inscritas no CAR atingiram uma área de milhões de hectares do total de 398 milhões de hectares, o que representa 61,5%. A Amazônia atingiu 78,5%, o Centro-Oeste 60% e o Sudeste 58,5%, enquanto no Sul esse percentual foi de 27,5% e no Nordeste 32%. O prazo de cadastro no CAR para os produtores que queiram utilizar os mecanismos de conformidade é maio de A característica mais proeminente do CAR é que ele pode ser usado como ferramenta para o planejamento 16

14 da paisagem, para o planejamento das fazendas e para dar transparência quanto à adequação ambiental das explorações agrícolas brasileiras. A utilidade do CAR no futuro, dada a possibilidade de passar informações claras e confiáveis sobre a situação de uso da terra, pode ser de tornar-se um instrumento importante para os produtores, a indústria, varejistas e consumidores. Além disso, a partir de 2017, os produtores sem CAR não serão elegíveis para crédito com lastro em recursos públicos dos bancos. Como segundo passo, a lei cria o Programa de Regularização Ambiental - PRA, definindo regras específicas a serem seguidas por todos os produtores, que terão que adequar as APPs e/ou áreas de RL. Assim, a restauração é o objetivo final para a adequação e a recuperação natural (revegetação), onde é possível; as áreas de RL poderiam também ser compensadas e 50% do déficit de RL poderia ser plantado com espécies exóticas desde que alguns requisitos sejam seguidos. Alguns Estados já aprovaram a regulamentação dos PRAs, como é o caso do Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul, por exemplo. No Pará, especificamente, os produtores terão até setembro de 2016 para aderir ao PRA Estadual, que realmente levaria aos chamados Termos de Compromisso, que contêm as ações de adequação a serem feitas em cada fazenda individualmente. Por outro lado, São Paulo aprovou uma Lei de PRA mas as regras de adequação estão pendentes, e Mato Grosso tem um projeto de PRA prestes a ser aprovado, bem como outros Estados. Mesmo com o registro dos estabelecimentos rurais no CAR ainda não completo, o déficit estimado para APPs chega a 6 milhões de hectares e o de RLs chega a 19 milhões de hectares. A maior parte desse déficit está localizada na Amazônia (até 9,1 milhões de hectares), no Cerrado (6,7 milhões de hectares) e Mata Atlântica (7,4 milhões de hectares). Este processo de adequação cria uma grande oportunidade para equilibrar a produção com a proteção, gerando uma agenda de restauração para o Brasil. Assim, o indc apresentado pelo Brasil prevê a restauração de até 12 milhões de hectares de florestas para fins múltiplos, que atende a agenda de adequação. É essencial mencionar que, além da agenda de restauração trazida pelo processo de adequação, os requisitos de APPs e RLs já protegem 190 milhões de hectares sob as novas regras. Os estoques de carbono nesta vegetação das fazendas representam externalidades positivas da agricultura brasileira, apesar de até hoje não existirem políticas eficazes para incentivar e promover a conservação e incremento dos estoques de carbono, independentemente dos requisitos legais. A figura abaixo representa a quantidade estimada de carbono estocado em APPs e áreas de RL, no valor de 99 bilhões de toneladas de CO2 equivalente. Além disso, a restauração de pelo menos 12 milhões de hectares de APPs e RLs pode gerar um sequestro de carbono de até 4,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, o que representa mais de 10 vezes as emissões da agricultura no Brasil com base nos dados Carbono em reserva legal e APPs (toneladass CO2e) AMAZON 73,761,657 CERRADO CAATINGA ATLANTIC FOREST PANTANAL PAMPA 15,059,574 7,587,233 2,819, , ,031 Fonte: Agroicone based on Soares-Filho et. al Cadastro Ambiental Rural, Boletim Informativo, Outubro Available at file:///users/rodrigocalima/downloads/boletim_informativo_car_out2015.pdf 5Soares Filho, B. et al Cracking Brazil s Forest Code. Science vol. 344, pp GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 17

15 Deve-se ressaltar que a agenda de conformidade é uma política de longo prazo, prevista para durar até 20 anos após a adesão de cada um dos produtores ao processo de conformidade. Alinhado com o processo do CAR nos Estados, a aprovação de PRAs para embasar o processo de conformidade e o início da restauração vai promover uma nova dinâmica no uso da terra. 3. BIODIVERSIDADE E PECUÁRIA Considerando-se a extensão das áreas de pastagem e as diferentes políticas e ações que promovem a redução do desmatamento e desmatamento ilegal zero, é importante situar a pecuária no contexto da proteção à biodiversidade. O mapa abaixo representa os diferentes biomas brasileiros. 18

16 É importante assumir que o cumprimento da Lei de Proteção da Vegetação Nativa iria promover a restauração e um controle rigoroso sobre o desmatamento legal (somente aqueles que estão em conformidade com os critérios de APPs e RLs e que se inscreveram no CAR seriam elegíveis para solicitar autorização de desmatamento legal). Em paralelo, o cumprimento das políticas contra o desmatamento ilegal, bem como a melhoria das políticas de conservação com base no Sistema Nacional de Áreas Protegidas teria um grande impacto na redução do desmatamento e perda da biodiversidade. A redução das áreas de pastagens devido à restauração e intensificação irá também desempenhar um papel importante no apoio aos valores da biodiversidade, especialmente com a conservação das Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal, que são áreas protegidas pela Lei de Proteção da Vegetação Nativa. As APPs e áreas RL existentes somam 190 milhões de hectares, a maioria localizada na Amazônia e no Cerrado. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) irá capturar geograficamente a localização dessas áreas nos diferentes biomas, ligando-as a cada exploração agrícola, o que vai permitir uma informação transparente sobre como os produtores estão tratando suas obrigações relacionadas com a conservação. Naturalmente, as atividades de pecuária sobre áreas recém-desmatadas têm externalidades negativas, considerando-se a biodiversidade. No entanto, as exigências de conservação em fazendas já em vigor têm um papel importante na conservação da biodiversidade, contribuindo para as Metas de Biodiversidade de Aichi e as metas de biodiversidade do Brasil. Além disso, o processo de intensificação que leva a ganhos de produtividade e a restauração de pastagens degradadas tendem a reduzir a necessidade de novas áreas convertidas e, por isso, elas terão impactos importantes para o monitoramento de indicadores de biodiversidade ao longo do tempo. As Metas de Biodiversidade de Aichi complementam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o avanço da pecuária sustentável tem um papel fundamental a desempenhar quando se trabalha com essas metas. Por exemplo, a Meta 4 (produção e consumo sustentáveis), Meta 5 (perda de habitats naturais), Meta 7 (agricultura sustentável e conservação da biodiversidade), Meta 11 (áreas protegidas) e Meta 15 (resiliência do ecossistema) estão intimamente relacionadas com o desenvolvimento da pecuária sustentável e a implantação das melhores práticas, considerando-se as características regionais. A tabela abaixo inclui informações sobre áreas de terras indígenas, áreas protegidas com base em áreas de SNUC, APPs, RL e áreas remanescentes de vegetação nas fazendas. BIOMAS ÁREA DO BIOMA (HECTARES) TERRAS INDÍGENAS REGULARIZADAS (TIs) ÁREAS PROTEGIDAS NO ÂMBITO DO SNUC (UCS) ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) ÁREAS DE RESERVA LEGAL - LR REMANESCENTE DE TIS + UCS + APPS + LR + VEGETAÇÃO VEGETAÇÃO NATURAL EM FAZENDAS REMANESCENTE / BIOMA AMAZÔNIA 419,694,300 99,983,417 96,439,600 4,787, , 112, , 654, % CAATINGA 84,445, ,385 1,118,100 2,319,642 15, 031, , 798, % CERRADO 203,644,800 9,971,023 6,585,200 3,278, , 977, , 081, % MATA ATLÂNTICA 111,018, ,013 3,096, ,923 11, 200, 514 4, 018, % PAMPA 17,649,600 3, , , 912 2, 543, 675 3, 043, % PANTANAL 15,035, ,055 6, , 445 2, 534, 544 7, 275, % TOTAL 851,487, ,227, ,663,082 11, 957, , 399, , 872, % Fontes: Ministério do Meio Ambiente/Cadastro Nacional de Unidades de Conservação-CNUC (2015); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Soares-Filho et. al. (2014); Instituto Socioambiental ISA (2014). Notes: SNUC National System of Protected Areas does not include Environmental Protected Areas, called APAs. GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 19

17 4. EMISSÕES DE GEES E AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO O padrão de emissões de GEEs no Brasil mudou nos últimos anos. Em 2005, as emissões provenientes do uso da terra, mudanças no uso da terra e silvicultura (LULUCF) representaram 58% do total das emissões de CO2 equivalente. Em 2012 esse número mudou para 15%, devido à redução do desmatamento, e os setores agrícola e de energia tornaram-se os setores mais importantes em termos de emissões, representando 37% cada um. Perfil das Emissões de GEE brasileiras Fonte: MCTI/2014. O metano (CH4) responde por 62% e o óxido nitroso (N2O) por 38% do total das emissões agrícolas (446 milhões de toneladas de CO2 equivalente). A queima de resíduos, as emissões dos solos e a fermentação entérica são a principal fonte de emissões de metano, onde a fermentação entérica da pecuária de corte representa 75%, seguida por 12% da pecuária de leite e 13% da fermentação entérica de outros animais, esterco e queima de resíduos da cana de açúcar e arroz. As principais emissões de N2O vem de solos agrícolas devido a dejetos de animais, uso de fertilizantes sintéticos e animais em pastagens. Na Segunda Comunicação à UNFCCC (2005), o Brasil destacou um aspecto metodológico relacionado com a contabilização com base no Potencial de Aquecimento Global (GWP) versus o Potencial de Temperatura Global (GTP). O GTP compara as emissões de gases de efeito estufa por meio de suas contribuições para a mudança na temperatura média da superfície da Terra em um determinado período de tempo futuro e reflete melhor a real contribuição dos vários gases de efeito estufa para mudança climática. Portanto, o GTP permitiria políticas de mitigação mais apropriadas. O GWP não representa adequadamente a contribuição relativa dos diferentes gases de efeito estufa para a mudança climática. Seu uso poderia superestimar e erroneamente salientar a importância de gases de efeito estufa que permanecem na atmosfera por apenas curtos períodos de tempo, como o metano, conduzindo a estratégias erradas 6MCTI, Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa - 2a edição,

18 e inadequadas de mitigação no curto e longo prazos, orientando erroneamente as prioridades de mitigação. Importância exagerada tem sido atribuída à redução das emissões de metano e de alguns gases industriais que permanecem na atmosfera por um curto período de tempo, assim desviando o foco da necessidade de reduzir-se as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis e do controle de gases industriais que permanecem na atmosfera durante um longo período de tempo. A importância do debate sobre a medição do balanço de carbono com GWP e/ou GTP não é novo na UNFCCC. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas afirma a métrica e horizonte de tempo mais adequados dependerá de quais aspectos da mudança climática são considerados mais importantes para uma aplicação particular. Nenhuma métrica individualmente pode comparar com precisão todas as consequências de diferentes emissões, e todos têm limitações e incertezas. Portanto, é importante situar o debate sobre a metodologia mais adequada para contabilizar GEEs de curta permanência na atmosfera. As emissões de metano devido à pecuária são altamente impactadas pelo uso do GWP considerando o seu fator de emissão. A tabela abaixo mostra a diferença nos fatores de emissão GTPs e GWPs e seu impacto sobre as emissões totais de metano e óxido nitroso do setor agrícola em GWP vs GTP e Emissões da Pecuária GHG EMISSÕES GWP GTP CO 2e (GWP) CO 2e (GTP) VARIAÇÃO (2012) (GTP/GWP) CH 4 13, , % 12, 654, 890 N 2 O , % 25, 798, 422 TOTAL , , % 40, 081, 507 Fontes: Agroicone based on Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Available at: and GTP-100 for CH4 and N2O SHINE et al. (2005). A indc brasileira também destaca a importância de capturar as diferenças das metodologias de GWP e GTP. A terceira comunicação nacional à UNFCCC, que está prestes a ser publicada, também irá considerar as duas metodologias. Em paralelo, seria importante observar como o Acordo de Paris vai afetar o balanço e contabilização de emissões do uso da terra, mudança no uso da terra e dos setores da silvicultura e agricultura. É razoável dizer que, em futuro próximo, as partes tomarão decisões considerando as metodologias e as regras para contabilização detalhada de carbono, que irá cobrir pastagens e pecuária de corte. No Brasil, já é possível notar melhorias em aspectos metodológicos relacionados com os GEEs na pecuária. Portanto, é necessária a organização de dados e informações para análise integrada a nível regional, o desenvolvimento de novos métodos de avaliação, a padronização metodológica e a criação de bases de dados de fatores de emissão para avaliações de ciclo de vida contabilizando a pegada de carbono em sistemas de produção bovina e o desenvolvimento de aplicativos para sistemas de produção a fim de permitir uma avaliação do balanço de gases de efeito estufa e estratégias para mitigação de emissões de GEEs em fazendas. 7MCTI 2010, Second National Communication of Brazil, page 16. 8IPCC, 2013: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Stocker, T.F., D. Qin, G.-K. Plattner, M. Tignor, S.K. Allen, J. Boschung, A. Nauels, Y. Xia, V. Bex and P.M. Midgley (eds.)]. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA. SPM D.2 p.15. 9BARIONI, Luís Gustavo. Pecuária e balanço de carbono. 2015, to be published GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 21

19 Juntamente com a melhoria das metodologias de contabilização de GEEs, é relevante citar que a adoção de práticas de baixo carbono pode ter impactos positivos sobre a pecuária e outras práticas agrícolas. O Brasil adotou a orientação rumo a uma agricultura de baixo carbono em 2010, como parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas (Lei Federal nº / 2009 ), que foi promulgada depois que o Brasil assumiu o compromisso de Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas - NAMAs, durante a COP15 em Copenhague. O Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) é um plano setorial para a mitigação e adaptação das mudanças climáticas, criado pelo Governo Federal e gerido pelo Ministério da Agricultura. Entre as suas várias metas, existem incentivos financeiros especificamente para as 6 seguintes ações mais relevantes: Recuperação de pastagens degradadas (15 milhões de hectares); Plantio direto (8 milhões de hectares); Fixação biológica de nitrogênio (5,5 milhões de hectares); Integração lavoura-pecuária-floresta - ilpf (4 milhões de hectares); Florestas plantadas (3 milhões de hectares); Tratamento de resíduos de animais (4,4 milhões de m3). Para atingir tais objetivos, foi criada uma linha especial de incentivo/crédito, aprovada pelo Banco Central, para o financiamento de tecnologias/projetos sustentáveis, que só em 2014 ofereceu 4,5 bilhões de Reais com taxas juros anuais de 5%. Através do Plano ABC espera-se que um total de 197 bilhões de Reais possa ser utilizado para financiar projetos de agricultura de baixo carbono durante o período de , alcançando reduções de até 163 milhões de toneladas de CO2e até Todavia, apesar da importância do Plano ABC como um programa de financiamento de mitigação de GEE, ele já enfrenta desafios que precisam ser superados no futuro próximo. Nesse sentido, de acordo com a última avaliação regional de desembolso/crédito relativa ao período 2014/2015, pode-se identificar claramente uma desproporção severa entre as regiões no desembolso e contratos assinados. As regiões Sudeste e Centro-Oeste receberam 958 milhões de Reais e 1 bilhão de Reais, respectivamente, enquanto o Norte e Nordeste, que precisam fortemente de mais apoio para desenvolver suas economias e reduzir a pobreza, especialmente entre a população rural, receberam apenas 295 milhões de Reais e 311 milhões de Reais, respectivamente. A melhoria do Plano ABC a partir de 2016 contará com o Acordo de Paris e com a necessidade de se criar um ambiente propício destinado a promover a recuperação de pastagens e boas práticas agropecuárias quando se trata de pecuária. A capacidade de medir reduções de GEE com base no Plano é também um desafio transversal que merece atenção. Considerando-se um potencial de mitigação de 6,78 tco2e/ha para a recuperação de pastagens e sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, que incluem a variação do estoque de carbono no solo, fermentação entérica, esterco e adubação nitrogenada, estas ações podem mitigar cerca de 100 e 25 milhões de tco 2e, respectivamente (Observatório ABC, 2013). Outros estudos, tais como o Implicações Econômicas e Sociais (IES-Brasil, 2014) incluíram o conteúdo de carbono de floresta no sistema ilpf. Isso levaria um aumento no potencial de mitigação de 106 tco2e/ha em 20 anos. De acordo com o Imaflora, 10Regulated by the Federal Decree No 7,390/ Federal Decree No 7,390/2010, Article 6. 12BACEN Resolution 3,896 de 17/08/10. 22

20 Com o uso de áreas de pastagens degradadas atualmente existentes no Brasil e a adoção de práticas de baixo carbono, até 2030 será possível atender a demanda por produtos agrícolas e também reduzir em 50% as emissões de GEE do setor agrícola, sem causar desmatamento. Intensificação moderada da produção pecuária, o uso de sistema de cultivo com plantio direto e a implementação de sistemas de IAFP são essenciais para alcançar este cenário. Reconhecendo que a recuperação de pastagens e a intensificação da pecuária são os principais fatores para ganhos em produtividade, é importante considerar o sequestro de carbono a partir de uma melhor gestão de pastagens, recuperação de pastagens e práticas como ilpf como parâmetros para analisar-se o ciclo de vida da produção de carne no Brasil. Estes números poderiam ser melhorados se os estoques de carbono por desmatamento evitado, devido ao aumento da taxa de lotação nessas áreas (recuperação de pastagens e ilpf permitem um aumento na produtividade geral nessa área) fossem também considerados, e também relacionados à restauração relacionada com a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei Federal nº / 2015). Esses fatores permitirão balanços precisos de GEE da produção agrícola. 5. CONTRIBUIÇÕES BRASILEIRAS PARA O ACORDO DE PARIS Em sua Contribuição Nacionalmente Determinada pretendida-indc recentemente apresentada, o Brasil estabeleceu uma redução absoluta de GEE 37% abaixo dos valores de 2005 até 2025, indo além e alcançando 43% em Foi o primeiro país em desenvolvimento a se comprometer com uma redução absoluta. Para conseguir essa redução o Brasil deverá adotar medidas relacionadas com uso da terra, bioenergia, restauração florestal, agricultura de baixo carbono e eficiência energética. As medidas mais relevantes são: Reforçar e fazer cumprir a implementação do Código Florestal, nos níveis federal, estadual e municipal; Desmatamento ilegal zero na Amazônia Brasileira e compensação de emissões de gases de efeito de estufa devido à supressão legal de vegetação até 2030; Restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares de florestas até 2030, para fins múltiplos; Melhorar os sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, visando coibir práticas ilegais e insustentáveis. Especificamente para atividades de agricultura, como parte do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), o Brasil se comprometeu a restaurar um adicional de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, bem como aumentar 5 milhões de hectares de terras cultivadas com sistemas de integração lavourapecuária-floresta até Além dessas medidas, apesar de já ter um programa de biocombustíveis de sucesso, o Brasil quer melhorar este segmento energético. Em outras palavras, o país tem a meta de aumentar em 18% até 2030 seu consumo de biocombustíveis tais como o etanol, biocombustíveis avançados (segunda geração), assim como aumentar a quota de biodiesel na mistura do diesel. 13Piatto, Marina. Voivodic, Mauricio; Costa Junior, Ciniro. Perspective Imaflora. The road to Brazilian agriculture: increased production with lower emissions. October GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 23

21 Finalmente, quanto ao setor da energia como um todo, o país comprometeu-se a continuar seus esforços para manter uma matriz sustentável, alcançando 45% de energias renováveis na matriz energética até 2030, incluindo: O aumento entre 28% e 33% do uso de outras fontes de energia renovável que não hidroeletricidade no mix total de energia até 2030; Expansão do uso doméstico de fontes de energia não fósseis, aumentando para pelo menos 23% a quota de energias renováveis (exceto energia hidrelétrica) no fornecimento de energia até 2030, inclusive através do aumento da quota de energia eólica, de biomassa e solar; Atingir ganhos de 10% de eficiência no setor da eletricidade até Portanto, a pecuária irá desempenhar um papel importante nas contribuições brasileiras do Acordo de Paris. De um lado, a restauração sob a Lei de Proteção da Vegetação Nativa poderia levar a um sequestro de carbono de até 4,5 bilhões de toneladas de CO2e nos próximos 30 anos. Adicionalmente, a compensação de áreas de Reserva Legal iria funcionar como uma prática desmatamento evitado e, portanto, armazenar carbono na vegetação natural que poderia ser legalmente convertido. A aplicação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa e seu processo de conformidade abrem uma agenda enorme de mitigação e adaptação para o Brasil, tendo o setor agrícola como o principal agente. Políticas para promover e incentivar não só a restauração, mas também a redução do desmatamento legal serão parte de uma próxima geração de políticas relacionadas com a dinâmica do uso da terra no Brasil. Além disso, é importante citar a recuperação de pastagens como um indicador chave de sustentabilidade para a pecuária. O aumento das pastagens recuperadas vai permitir o aumento da produção, em períodos curtos, com emissões de GEEs reduzidas. 6. O USO DA ÁGUA A água é um recurso natural escasso e absolutamente necessário para a vida e a produção de alimentos. O uso responsável da água tem uma relação íntima com a segurança alimentar e erradicação da pobreza, bem como padrões sustentáveis de produção e consumo. As mudanças climáticas tendem a aumentar o stress térmico, as secas e inundações, criando uma competição por água devido ao crescimento populacional, aos fluxos migratórios, à urbanização, à industrialização, à segurança alimentar e energética e eventos de impacto climático. Como um valor geral, considera-se que a agricultura consuma 70% da água doce do mundo, chegando a 90% em alguns países em desenvolvimento. O sector da pecuária é rotulado como tendo uso intenso de água, devido ao desmatamento, à degradação de pastagens, aos impactos dos animais sobre os cursos de água e solo e da pegada hídrica da indústria. O fato da produção de carne bovina no Brasil ser baseada em pastagens extensivas, cobrindo algo em torno de 170 a 180 milhões de hectares, e a degradação de pastagens resultar em pastagens de baixa produtividade e diferenças de degradação do solo, a recuperação de pastagens degradadas é uma ação fundamental relacionada com o uso responsável da água. Da mesma forma que para o carbono e a biodiversidade, a possibilidade de restaurar áreas de pastagens - atingindo os 15 milhões de hectares do Plano ABC, além dos 15 milhões de hectares da INDC do Brasil - vão significar uma grande conquista para promover a pecuária sustentável. Além disso, sistemas de pastoreio e cultivo misto, com base na adoção de boas práticas como a rotação de lavoura-pecuária, a integração lavoura-pecuária-floresta, a qualidade do pasto, a redução do estresse térmico e o encurtamento da terminação dos animais pode reduzir o impacto da pecuária nos recursos hídricos. 24

22 Adicionalmente, a restauração de Áreas de Preservação Permanente é um aspecto crítico que pode trazer impactos positivos para a proteção da água em rios, bacias hidrográficas e mananciais de água. A restauração de áreas de Reserva Legal em pastagens degradadas e de baixa produtividade também é outra maneira de melhorar a proteção da água e criar indicadores positivos de carbono e biodiversidade. A pegada hídrica para produzir carne - tida como l/kg - é fortemente dependente de água verde (água da chuva) - 93%, água azul (água superficial e subterrânea) - 4%, e água cinza (água necessária para a diluição dos efluentes do processo de produção) - 3%. No Brasil, a água verde representa a água necessária para produzir pastagens e grãos e está diretamente ligada ao desafio de aumentar a produtividade de carne e grãos em relação ao uso do solo, reduzir a degradação de pastagens, conter o desmatamento, promover o tratamento do esterco e outras ações. A melhoria das métricas usadas para calcular a pegada hídrica da carne bovina no Brasil deve considerar características regionais e padrões específicos de produção. Métricas de abordagem ampla tendem a gerar resultados desequilibrados e generalizar a produção de carne como um modelo padrão. Também é importante considerar que as ações de adaptação em harmonia com o Plano ABC e o Plano de Adaptação futuro a ser aprovado no Brasil deveria abordar o uso da água e sua disponibilidade a fim de minimizar os efeitos das alterações climáticas e os impactos sobre a produção de alimentos. Entre as ações de adaptação do Plano ABC, algumas estão diretamente relacionadas com o uso da água: O desenvolvimento de mapas de prioridade para a conservação da água; Sistematizar as capacidades regionais para a implementação e adaptação de diferentes sistemas de uso de recursos naturais (biodiversidade, água e solo); Desenvolver projetos de pesquisa sobre a conservação e a utilização sustentável dos recursos hídricos, do solo, sobre o fluxo de gases e nutrientes, incluindo sistemas naturais produtivos e diversos diretamente relacionados visando a sua adaptação e resistência às mudanças climáticas. Ao passo que a relação entre o uso racional da água, irrigação, pecuária sustentável, segurança alimentar e erradicação da pobreza podem gerar benefícios econômicos, ambientais e sociais, é importante considerar o potencial para recuperar áreas de pastagens e áreas de preservação, aumentando a produtividade do rebanho e reduzindo a utilização da terra como uma maneira de gerir os recursos hídricos de forma responsável na pecuária brasileira. 7. PECUÁRIA SUSTENTÁVEL E A AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) aprovados pelas Partes das Nações Unidas, em setembro 2015 substitui os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), um conjunto de metas que promovem o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, adotado em Assim, os ODS são um conjunto intergovernamental de 17 objetivos com 169 metas visando promover medidas concretas para o desenvolvimento sustentável até 2030 que vão muito mais além do que os ODM, abordando não só os temas anteriormente mencionados, mas também as causas profundas da pobreza e da necessidade universal de desenvolvimento. Neste sentido, é importante citar entre os seus 17 objetivos, os ODS que estão diretamente relacionados com o debate sobre pecuária sustentável. A) ODS2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável GTPS - A PECUÁRIA BRASILEIRA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 25

23 ODS2 é profundamente importante, uma vez que trata de um dos problemas mais graves e mais antigos da humanidade - a fome. É sabido e também declarado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que atualmente o mundo tem 805 milhões de pessoas que passam fome, a maioria localizada no continente Africano, especialmente em áreas rurais, em que 90 milhões de crianças menores de cinco anos de idade estão perigosamente abaixo do peso e uma pessoa em cada quatro passa fome. Portanto, o aumento da oferta de alimento, tornando-o mais acessível e disponível para os pobres é desafio-chave para alcançar este objetivo. Da mesma forma, deve-se ressaltar que a população mundial está em constante crescimento, assim, a produção de alimentos não deve apenas atender a população global de hoje, especialmente aqueles que não têm acesso a ela, mas também planejar-se para suportar um número muito maior, neste caso, 8,5 bilhões de pessoas até 2030 e 9 bilhões até 2050, em sua maior parte em países pobres e em desenvolvimento. Além disso, a concentração do crescimento populacional nos países mais pobres apresenta seu próprio conjunto de desafios, tornando-se mais difícil de erradicar a pobreza e combater a fome, que são cruciais para o sucesso das ODS (por exemplo, cerca de 31 milhões por ano em 2050 na África e no Sul e Oeste da Ásia juntos ). Por último, a fim de alimentar essa população maior e em crescimento até 2050, a produção de alimentos deve aumentar em 70 por cento (descontando-se os alimentos utilizados para biocombustíveis). A produção anual de cereais deverá subir para cerca de 3 bilhões de toneladas a partir das 2,1 bilhões de hoje e a produção anual de carne terá de aumentar em mais de 200 milhões de toneladas para chegar a 470 milhões de toneladas. A este respeito, uma vez que o ODS2 tem como núcleo principal três componentes inter-relacionados (i) acabar com a fome, (ii) segurança alimentar e (iii) a melhoria da nutrição, esperando que essas demandas tenham correspondência, ele objetiva o seguinte: Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular dos pobres e das pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, à alimentação segura, nutritiva e suficiente durante o ano todo (meta ODS2 2.1); Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo o alcance, até 2025, das metas acordadas internacionalmente sobre baixa estatura e baixo peso em crianças menores de 5 anos de idade, assim como atender às necessidades nutricionais de meninas adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e idosos (ODS2 meta 2.2); Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e os rendimentos dos produtores de alimentos em pequena escala, em particular de mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastoralistas e pescadores, incluindo, através de acesso seguro e igualitário à terra e a outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades para agregação de valor e de emprego não-rural ( ODS2 meta 2.3); Até 2030, assegurar sistemas de produção de alimentos sustentáveis e implementar práticas agrícolas eficientes que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às alterações climáticas, condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres e que melhoram progressivamente a qualidade do solo (ODS2 meta 2,4); Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas e animais de produção e suas espécies selvagens relacionadas, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas muito 14FAO, FIDA e PMA FAO, FIDA e PMA O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, Fortalecimento de um ambiente favorável para a segurança alimentar e nutrição. Roma, FAO 15Id., Supra. 16FAO report How to Feed the world in 2050.High Level Expert Forum, Rome, October Available at: 17World agriculture: towards 2030/2050 Interim report Prospects for food, nutrition, agriculture and major commodity groups. Global Perspective Studies Unit Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, June Available at: 18FAO study How to Feed the world in Available at 26

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