Desvendando a referenciação em uma audiência de conciliação: uma abordagem socio-interacional

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1 Desvendando a referenciação em uma audiência de conciliação: uma abordagem socio-interacional Glauce Soares Fernandes* Patrícia Martins Neves Crochet* RESUMO: Este artigo pretende desvendar os processos de referenciação em uma audiência de conciliação do Procon de Juiz de Fora, evidenciando como a questão é complexa e produtiva. Para tanto, assumisse os pressupostos teóricos da abordagem sócio-interacional e também a visão cognitivista que acredita que os referentes não podem ser definidos a priori do contexto comunicativo, pois eles são, antes de tudo, objetos do discurso criados no momento exato em que são exigidos e de acordo com as intenções comunicativas dos participantes da interação. Palavras-chave: Referenciação; Interação; Cognição; Objeto-de-discurso. Introdução Através da compreensão de que o conhecimento é regulado por uma integração entre contexto, percepção, linguagem e experiências, argumenta-se que a realidade possa ser criada, entre diversas situações, e transformada em referente por meio da cognição ou da interpretação humana. Assim, os referentes são criados e podem condicionar o evento lingüístico, processo este que se constitui na prática social, já que o sujeito opera sobre o material lingüístico, fazendo escolhas significativas para representar os estados de coisas, com o objetivo de construir sentido, o que contribui para o argumento de que linguagem, cognição e mundo social estabelecem entre si uma estreita relação. Dessa forma, entendemos o processo de referenciação como resultado de uma operação colaborativa dos parceiros na interação que se realiza quando se usa um termo ou se cria uma situação discursiva referencial com a finalidade de designar, representar ou sugerir algo que será visto como objeto-de-discurso, o que lhes confere uma dinamicidade. Seguindo os estudos de MARCUSCHI (2000) e KOCH (2002), devemos deixar claro que quando nos referimos a algo não estamos etiquetando, apontando ou relacionando, mas agindo para construção de interpretações; estamos participando de uma atividade conversacional. Nosso corpus tem por base transcrições gravadas durante uma audiência de conciliação no Procon de Juiz de Fora O Procon é um órgão cuja função é defender os direitos dos consumidores, sendo a audiência de conciliação entendida como evento de fala constituído por

2 um(a) reclamante, um(a) reclamado(a), um(a) mediador(a) e, dependendo da situação, um(a) advogado(a). Caracteriza-se pelo conflito, já que os participantes estão em interação face a face, buscando um acordo por meio de negociação. Mais especificamente, nosso trabalho contempla a audiência de conciliação denominada de OK Veículos, cujos participantes são: José (reclamante 1), Lucas (reclamado), Pedro (reclamante 2 e amigo do consumidor), Marta (atendente mediadora 1), Jorge (mecânico do consumidor) e finalmente, Ana (mediadora 2 e advogada do Procon) Essa audiência tem como foco de conflito a compra de um carro usado na Agência OK Veículos pelo reclamante 1 O reclamante alega que o carro apresentou vários defeitos depois de efetuada a compra, por essa razão ele tentou negociar com a Agência, mas como não obteve sucesso, resolveu acionar o Procon. Estruturamos o trabalho da seguinte forma: depois desta breve introdução, na primeira seção apresentamos os pressupostos teóricos que sustentam a nossa discussão; na segunda seção desenvolvemos a análise, na qual tentaremos mostrar como os participantes referenciais do discurso são introduzidos na cena comunicativa, como eles são mantidos e como são tratados no universo discursivo, construído no interior da cena interativa. Além disso, pretendemos mostrar como se dá a progressão referencial e como a questão da referenciação é problemática e não pode ser definida a priori, pois conforme KOCH (2004), depende das escolhas referenciais do sujeito em interação com outros sujeitos em função de suas intenções comunicativas. 1. Fundamentação teórica Para sustentar nossa investigação, adotaremos os princípios teóricos oferecidos por alguns estudiosos da referenciação, tais como MIRA MATEUS (1989), JOHN LYONS (1977), BROWN & YULE (1983). Além desses estudiosos, assumiremos as postulações de KOCH (2002), essenciais para a nossa análise das progressões temáticas, disponibilizadas no recorte de nosso corpus. E por fim, utilizaremos a proposta de PRINCE para classificar as entidades do discurso, e ainda para verificar o status dos referentes, seguiremos as considerações de GORSKI (1985). Conforme LYONS (1977), a referência é uma noção dependente do enunciado. O locutário utiliza um ato de referência, ele refere, ou seja, confere à expressão uma referência. Se a referência for bem sucedida, a expressão referencial permite que o alocutário identifique o referente.

3 Para OGDEN e RICHARDS (1923), apud LYONS (1977), o referente é qualquer objeto ou estado de coisas no mundo exterior que é identificado por meio de uma palavra ou expressões. Já para KOCH (2002), numa visão mais moderna sobre o assunto, o referente é objeto-dediscurso, que é constituído sociocognitivamente no interior da interação: os referentes são altamente dinâmicos, ou seja, transformam-se e reconstroem-se constantemente no curso da progressão textual. É justamente a noção de referente proposta por KOCH (2004), que assumiremos em nossa investigação. Modernamente, a noção de referência sofreu uma revisão, ancorada no modelo cognitivista. Para estes, os objetos e as coisas não existem objetivamente no universo. A realidade extralingüística é construída pelo observador, ou seja, os objeto, as coisas só existem na cena discursiva. KOCH & MARCUSCHI (1998) adotam essa perspectiva para tratar a questão da compreensão e produção de entidades referenciais. Segundo KOCH (2004), sempre que usamos uma forma simbólica, manipulamos a própria percepção da realidade de maneira significativa. Para a autora, a realidade é construída, mantida e alterada pela forma como, sociocognitivamente, interagimos com ela. O modo como nós interpretamos e construímos nossos mundos se dá por meio da interação física, social e cultural. De acordo com MARCUSCHI (2000), referir não é etiquetar, nem apontar, nem relacionar, mas sim, agir colaborativamente na produção de orientações interpretativas. A referência é um processo ou uma atividade conversacional. Segundo o autor, há um principio básico, fundamental para a compreensão da referência, que pode ser assim postulado: todas as nossas atividades, sejam elas lingüísticas ou não, são sempre contextualizadas, históricas ou interacionais e não dependem de um mundo a priori ou de um mundo explicitado objetivamente (MARCUSHI, 2000). Na visão MIRA MATEUS (1989), a referenciação é a possibilidade de correspondência entre expressões de um sistema simbólico e objetos exteriores ao sistema simbólico. A autora afirma que, nas línguas naturais essa possibilidade pode ser formulada assim: uma expressão de uma dada língua natural, quando usada num dado contexto comunicativo, tem um dado sentido e um dado valor referencial (MATEUS, 1989, p.51). Ainda conforme a autora, o sentido e o valor referencial de uma dada expressão são de competência do significado dos elementos que a constituem e das condições em que o enunciado foi proferido. Logo, podemos constatar que para

4 Mateus, o processo de referenciação é dinâmico, na medida em que o sentido e o valor referencial de uma dada expressão podem assumir valores diferentes em situações distintas. O processo de referenciação não é construído a priori ao discurso, mas sim no momento exato em que o discurso se processa. Os pronomes são categorias essenciais em nossa análise, aliás, não só em nossa investigação, mas principalmente no estudo dos processos de referenciação. Segundo BROWN & YULE (1983), os pronomes numa visão formal, são expressões usadas pelos falantes para se referirem a entidades dadas. Devido a sua falta de conteúdo, muitos lingüistas acreditam que os pronomes não podem ser considerados como expressões referenciais, podendo apenas ser usados dentro de um texto que apresente uma expressão nominal plena. A relação entre o pronome e a expressão nominal plena é entendida como uma relação antecedente anáfora. O uso de pronome sem um antecedente nominal pleno é tratado por muitos lingüistas como um caso de Dêixis e, sendo assim, não contribuem para o processo de referenciação. Este parece ser o posicionamento de LYONS (1979), apud BROWN & YULE (1983), que defende que o uso anafórico é derivado do uso dêitico. Em uma outra perspectiva, defendida por YULE (1979), apud BROWN & YULE (1983), o uso de pronomes sem um antecedente nominal pleno é descrito como um exemplo de anáfora controlada pragmaticamente. Nesse caso, a exigência de uma expressão antecedente não é essencial. O termo anáfora é usado para qualquer expressão que o falante use para fazer referência, com a certeza de que o ouvinte será capaz de identificar o referente (o objeto) pretendido, por meio das condições contextuais e co-textuais. Dessa maneira, trataremos a questão pronominal, como um processo de referenciação e não como um processo de dêixis. De acordo com PRINCE (1981), as entidades que participam de uma determinada atividade discursiva, podem ser classificadas de acordo com o tipo de informação que carregam, sendo assim, a autora classifica as informações em três tipos: nova, evocada e inferível. Com o intuito de estabelecer uma progressão temática satisfatória em nossas análises, seguiremos a taxinomia proposta por PRINCE. Outra noção importante para o desenvolvimento do nosso estudo, tem a ver com o status dos referentes. Este está relacionado com a função das expressões referenciais. Uma expressão referencial pode ter a função de identificar ou de criar um referente no momento da interação discursiva. A função de criar ou identificar um referente se estabelece sob o ponto de vista dos

5 participantes do ato discursivo. Para tratar desta questão, seguiremos as idéias de GORSKI (1985). Agora que já definimos os pressupostos teóricos assumidos neste trabalho, passaremos a desvendar algumas questões que permeiam o campo da referenciação. 2. Desvendando a referenciação Conforme já dissemos na introdução, primeiramente, vamos verificar como os participantes referenciais são introduzidos no momento da interação verbal. O primeiro participante a ser introduzido na cena discursiva é o reclamante 1 (José). A introdução desse participante referencial no universo discursivo se faz por meio de uma pronominalização, ou seja, ele é introduzido através de um pronome pessoal, a partir da fala de um outro participante referencial, que é o reclamado (Lucas). Exemplo (1): 03 Lucas: >ele fez uma reclamação. não é isso.< Como mencionamos anteriormente, os pronomes são tratados por muitos estudiosos como um exemplo claro de dêixis, uma vez que não há um antecedente explícito e representado por uma expressão nominal plena. Mas para outros lingüistas como BROWN & YULE (1983), a exigência de uma expressão nominal plena não compromete o processo de referenciação, sendo assim, o pronome ele, exemplificado no exemplo (1), é visto como um caso de referenciação pronominal. Dentro da nossa abordagem assumiremos o posicionamento de BROWN & YULE e, consideraremos os pronomes como processos legítimos de referenciação. Sendo assim, podemos afirmar que os outros participantes da cena interativa, através da expressão referencial pronominal ele, serão capazes de descobrir o referente pretendido pelo participante referencial reclamado. Isso ocorre devido às condições contextuais. O segundo participante referencial no universo do discurso é o reclamado (Lucas), que é introduzido na cena interativa através de uma elipse, construída pelo próprio participante. Exemplo (2):

6 27 Lucas: agor[a a r e ]clamação >que ele tá< faze:ndo, (1.0) vou 28 Marta: [>>ººhumhu-ºº<<] 29 Lucas: partir de um princípio. O terceiro e quarto participante referencial no universo do discurso é, respectivamente, a atendente Marta (mediadora 1), e o reclamante 2 (Pedro) que são introduzidos no discurso, por meio de um pronome pessoal eu. Podemos então dizer que os próprios participantes se inserem na cena discursiva, conforme podemos verificar através dos exemplos (3) e (4): Exemplo (3): 21 Marta: [EU VOU::: [PEDI::R SÓ Exemplo (4): 16 Pedro: [eu posso opi- opinar em alguma coisa? O quinto participante referencial a ser introduzido na cena discursiva é o mecânico do reclamante 1, José. Este participante entra em cena por meio de uma expressão nominal definida que está associada ao papel desempenhado por este participante na sociedade (BROWN & YULE, 1983). É a fala do participante José que o introduz no discurso. Exemplo (5): 20 gol, (.) >peguei um gol,< (.) o mecânico reprovou?, (0.2) O sexto e último participante referencial a ser introduzido no discurso é a mediadora 2, Ana, advogada do Procon. Este participante também é introduzido no mundo discursivo por meio de um pronome observado na fala do participante reclamado (Lucas). Devido ao seu papel social de destaque em nossa sociedade, este participante é introduzido por um pronome de tratamento, que apresenta um caráter mais formal. Exemplo (6):

7 04 Lucas Hum,hum. do carro é( ) a senhora não me conhece, sabe onde é o 05 problema do carro= Todos estes participantes referenciais são mantidos ou recuperados na cena interativa, por meio de vários processos de referenciação, tais como o uso de elipses (pronome nulo), o uso de pronomes clíticos, o uso de nome próprio e também através do emprego de expressões nominais definidas. Como já vimos anteriormente, alguns desses processos de referenciação também são responsáveis pela introdução de participantes referenciais no mundo discursivo. Pretendemos exemplificar cada processo de referenciação usado como estratégia de progressão dos participantes referenciais, partindo da análise de um dos participantes apenas, pois os processos de referenciação são sempre os mesmos. Dessa forma, selecionamos o primeiro participante referencial por apresentar um maior número de estratégias de progressão referencial. Primeiramente, exemplificaremos o uso de elipse muito recorrente em nosso corpus, para garantir a progressão do processo referencial. Exemplo (7): 03 Lucas: =comp- (0.8) >olhou a uno, levou a uno no mecânico. voltou (0.5) 04 dizendo< que a uno tinha um defeito. (0.5) mandamos arrumar. Através do exemplo (7), podemos perceber, que o uso de elipses como processo de referenciação em português é muito produtivo, conforme KOCH (2002). Por sermos uma língua ainda de sujeito nulo, muitas vezes, preferimos o uso de um pronome nulo, como estratégia de manutenção e garantia de um participante referencial ou de um objeto referencial. No exemplo acima citado, as desinências número pessoal em negrito são responsáveis pela manutenção do participante referencial reclamante 1 (José) na cena interativa. Em seguida, temos a manutenção referencial por meio do uso de clíticos: Exemplo (8): 13 Lucas: deixa eu contar a his [tó[ria. depois cê fala?,] ((irritado))

8 No exemplo (8), podemos observar o uso do pronome clítico cê como uma importante operação de manutenção do participante reclamante 1 (José) dentro da cena discursiva. Agora exemplificaremos o emprego de nomes próprios, doravante NPs, como processo referencial: Exemplo (9): 03 Marta: não, pera [aí:::::] José::. va::mos com calma. Como podemos notar, o exemplo (9) apresenta um processo de referenciação, que se realiza através do nome próprio José. De acordo com MIRA MATEUS (1989), em regra geral, os nomes próprios são empregados em situações concretas de comunicação e designam um único e mesmo indivíduo, identificável pelo falante e pelo o ouvinte. Para BROWN & YULE (1983), os NPs são usados para identificar individuais de forma única, em contextos específicos, ou seja, para os autores, os NPs vinculam uma noção de unicidade. Em nosso corpus, como há um contexto particular e os participantes da cena interativa também são indivíduos particulares, podemos afirmar que quando os participantes discursivos utilizam essa forma de estratégia referencial o fazem porque a noção de unicidade está preservada. Assim, quando a mediadora Marta diz: José, ela não está se referindo a todos os indivíduos que foram nomeados por esse nome próprio, mas somente ao indivíduo José que faz parte do contexto de interação. Portanto, os NPs encontrados em nosso corpus de pesquisa, mantém a noção de unicidade. E, finalmente, exemplificaremos o emprego de expressões nominais definidas: Exemplo (10): 23 Marta: [o consumidor] se sent[iu lesa::]do?= Consoante MIRA MATEUS (1989), o exemplo (10), ilustrado acima, apresenta uma descrição definida com uso referencial. Nas palavras da própria autora: (...) quando usadas referencialmente, as descrições definidas selecionam sobre o conjunto definido intencionalmente pela propriedade ser x, a parte singular ÚNICA e DETERMINADA que para um dado LOC, constituem o referente do discurso (MATEUS, 1989, p. 62) Sendo assim, em (5) temos: Ser X= ser consumidor.

9 Ainda de acordo com MIRA MATEUS (1989), as descrições definidas com uso referencial pressupõem a existência do designado, ou seja, há uma condição de existência. Essa condição de existência nos remete a uma velha divergência entre os filósofos e os lingüistas no tratamento da referenciação. Para os primeiros, a descrição do referente deve satisfazer a condição de ser verdadeira acerca do referente. Para os lingüistas, mais especificamente para LYONS, a condição mais fundamental e geral que governa o uso das descrições definidas consiste em se poder partir do princípio de que o ALOC é capaz de identificar o referente com base nas propriedades que, corretamente ou não, são atribuídas a uma descrição (LYONS, 1977, p. 151). O Loc pode mesmo acreditar na existência de um referente ao usar uma descrição definida, mas isso não implica necessariamente que a descrição do referente seja verdadeira ou até mesmo que o LOC a considere verdadeira. Além disso, o LOC pode falar de coisas mesmo não estando certo disso; o máximo que se pode se dizer é que o LOC ao usar uma expressão referencial singular definida, se vincula, pelo menos, temporariamente e provisoriamente, à crença na existência de um referente que satisfaz a sua descrição, e convida o interlocutor a fazer o mesmo (LYONS, 1977, p. 152). Já para BROWN & YULE (1983), o valor referencial dos SNs definidos varia conforme sua utilização no discurso e/ou tipo de discurso (conforme fontes de definitivização). Quando o SN faz uma referência a uma entidade já mencionada no discurso, temos um uso anafórico, quando faz referência a objetos salientes no contexto físico, temos um uso dêitico. De acordo com esse valor de uso referencial, podemos dizer que a expressão nominal definida, exemplificada no exemplo (10), o consumidor, representa um uso referencial do tipo anafórico, uma vez que faz referência a uma entidade já mencionada no discurso, a entidade reclamante 1 (José). As descrições definidas usadas pelos falantes e escritores pretendem se referir a um individual no mundo (BROWN & YULE, 1983, p. 212). Assim, quando a atendente Marta emprega a expressão referencial o consumidor, ela tem a intenção de fazer referência a um indivíduo específico e ela acredita que os outros participantes da cena interativa serão capazes de identificar prontamente a entidade referida por meio da expressão referencial o consumidor. Dessa maneira, a expressão referencial escolhida por Marta apresenta uma leitura específica.

10 É importante considerarmos também como os participantes referenciais são tratados no mundo discursivo. Conforme nossas observações, os participantes referenciais são tratados no mundo discursivo de acordo com o papel social que eles desempenham no modelo de discurso. Sendo assim, o reclamante 1 é tratado como aquele que foi lesado; o reclamante 2 é tratado como acompanhante e testemunha da vitima; o reclamado é tido como o infrator; a atendente Marta assume o seu papel de mediadora 1, cabe a ela determinar quem deve ou não falar e quando falar pois, ela representa a autoridade na cena interativa e, finalmente, a advogada Ana exerce o seu papel de autoridade máxima, aquela pessoa que diz o que deve ser feito e como será feito. De acordo com GORSKI (1985), a referenciação é uma relação que se estabelece entre um elemento do texto e uma entidade do modelo de discurso. Segundo a autora, o modelo de discurso se caracteriza como uma representação mental de uma situação ou evento, onde os objetos se estruturam de acordo com os papéis que desempenham uns em relação aos outros (GORSKI, 1985, p. 01). Para a autora, o modelo de discurso é construído quase que concomitantemente pelo falante e pelo ouvinte. Logo, para ela a referenciação manifesta-se ora como CRIAÇÃO da entidade que os participantes do discurso devem introduzir em seus modelos, ora como IDENTIFICAÇÃO da entidade que já estiver presente em suas mentes (GORSKI, 1985). As expressões referenciais indefinidas são normalmente usadas para introduzir entidades no discurso. Adotando essa visão, podemos dizer, que as expressões indefinidas referenciais possuem a função de criar uma entidade discursiva e que as expressões definidas referenciais, através de alguns mecanismos referenciais, ajudam na identificação das entidades já introduzidas no mundo discursivo. Devemos salientar ainda, que nos estudos da análise do discurso, as informações contidas nos textos são caracterizadas como VELHAS ou DADAS e NOVAS. Conforme CHAFE (1976), o status de informação VELHA/NOVA é determinado pelo FALANTE e tem a ver com o conhecimento que ele assume, com base em contextos lingüísticos e extralingüísticos, estar ou não presente na CONSCIÊNCIA do OUVINTE no momento em que o enunciado é produzido. Para CLARK & HAVILAND (1977), apud GORSKI (1985), a distinção velho-novo desempenha na língua uma função específica, segundo a qual o falante e o ouvinte concordam implicitamente sobre o modo como uma informação já conhecida pelo ouvinte e uma informação nova apareceriam nos enunciados. Há uma espécie de contrato, segundo o qual o ouvinte deveria encontrar um antecedente direto para qualquer informação velha. Entretanto, na prática, o falante

11 nem sempre adere a este contrato, deixando lacunas em seus enunciados que o ouvinte precisa preencher com INFERÊNCIAS. Ellen PRINCE (1981) propõe uma nova classificação para as entidades em três grupos: NOVA, EVOCADA e INFERÍVEL. Seguindo a classificação de PRINCE, vamos analisar a progressão temática na audiência de conciliação do Procon, que constitui o nosso campo de pesquisa. A primeira informação apresentada em nosso corpus está ilustrada no exemplo (11): Exemplo (11): 03 Lucas: >ele fez uma reclamação. não é isso.< Nesse exemplo, a expressão referencial indefinida uma reclamação exerce o papel de criar uma entidade (reclamação) no modelo de discurso (audiência de conciliação). Essa informação recebe o status de informação nova, já que a entidade (reclamação) é introduzida no discurso. Podemos então concluir que o artigo indefinido sinaliza a informação nova, ou seja, ele é um mecanismo de criação de entidades referenciais no modelo de discurso. Ainda de acordo com PRINCE (1981), as entidade novas podem ser classificadas como nova-em-folha quando o ouvinte precisa criá-la ou disponível quando a entidade já está na mente do ouvinte, precisando apenas que ele a coloque no modelo. A entidade nova-em-folha pode ainda ser ancorada em outras entidades do discurso ou não. Sendo assim, uma reclamação é entendida com uma entidade nova-em-folha e não ancorada. Esta entidade será retomada no modelo de discurso e, quando isso ocorre, ela ganha o status de informação evocada, conforme classificação de PRINCE (1981), ou velha (dada) de acordo com a terminologia antes de PRINCE. Podemos ilustrar a informação evocada por meio do seguinte exemplo: Exemplo (12): 27 Lucas: agor[a a r e ]clamação >que ele tá< faze:ndo, (1.0) vou Em (12), a entidade a reclamação é denominada de evocada textualmente, pois de acordo com PRINCE (1981), ela pode ser retomada no próprio texto. Há ainda um outro tipo de

12 entidade evocada, denominada por PRINCE de situacionalmente evocada, que pode ser considerada informação dada por razões situacionais, tais como os participantes do discurso, bem como elementos do contexto extralingüístico. Em nosso corpus encontramos este tipo de entidade situacionalmente evocada, que vamos ilustrar com a repetição do exemplo (1): 03 Lucas: >ele fez uma reclamação. não é isso.< Em (1), a entidade ele é situacionalmente evocada, já que não pode ser retomada no próprio texto, mas a situação discursiva permite a sua identificação e conseqüentemente a sua retomada. Quando o participante referencial enuncia ele, imediatamente todos os outros participantes do discurso identificam o reclamante 1 (José). Os dois tipos de entidades evocadas (textualmente e situacionalmente) caracterizam-se por ser um processo referencial de identificação da entidade que já estiver presente na mente dos participantes discursivos. Nas entidades evocadas textualmente a relação de referência pode ser estabelecida entre um elemento do texto e uma entidade do modelo de discurso, já representado no texto por um SN, quando existe um antecedente lingüístico explícito. Já nas entidades evocadas, o SN ou pronome pode apontar diretamente para o objeto no contexto situacional físico sem que haja referência anterior no texto (GORSKI, 1985). Também encontramos em nosso corpus um terceiro tipo de informação que situa-se numa posição intermediária entre os dois primeiros tipos, já exemplificados anteriormente. Este tipo de informação é denominada de inferível e caracteriza-se por já fazer parte do modelo de discurso (como as evocadas), embora não tenha ainda se manifestado no texto (como as novas). As entidades inferíveis podem: (i) estar contidas em outras que já fazem parte do modelo do discurso, como evocadas ou mesmo inferíveis; (ii) não contidas podem ser inferidas exclusivamente com base em modelo cultural ou consenso generalizado. As entidades inferíveis também são entendidas como processo referencial de identificação e a relação estabelecida é a que se mantém entre um elemento do texto e uma entidade do modelo de discurso ainda não apresentada no texto, devendo ser inferida (GORSKI, 1985). Para ilustrar apresentamos o exemplo (13). Exemplo (13):

13 23 José: aí peguei um monza, >levei no mecânico, o mecânico tava bo-=olhou 24 o: carro,< o motor é carro usado.=não ia mexer no carro?, (.) olhou Em o motor, temos uma entidade inferível, embora não tenha se manifestado ainda no texto, pois faz parte do modelo de discurso, uma vez que o tema da conversa é o defeito apresentado pelo carro comprado por José. Trata-se de uma entidade inferível contida, porque esta entidade, o motor, faz parte de uma outra entidade, que é a entidade o carro. Portanto, o falante está se referindo ao motor do carro. Encontramos também exemplos de entidade inferível não-contida, exemplificada a seguir: Exemplo: (14): 28 Ana: =faz a ata marta, explicando o que aconteceu. tem algumas coisas:, A entidade a ata será inferida exclusivamente com base no modelo cultural. Já faz parte do nosso conhecimento cultural/ou de mundo que no final de cada audiência, é necessário se fazer uma ata para registrar tudo o que ocorreu neste encontro. A progressão temática realiza-se em nosso corpus, por meio de estratégias referenciais, tais como a anáfora (abrangendo a repetição, a pronominalização; a substituição lexical, a definitivização, ou qualquer referência a elementos do mundo exterior) e a inferência. Já exemplificamos os casos de pronominalização, que é um tipo de anáfora com o exemplo (1); a definitivização com o exemplo (12), que evidencia como o artigo definido serve para identificar uma entidade já mencionada no mundo discursivo Também já ilustramos a inferência com os exemplos (13) e (14). Então, fica faltando a repetição e a substituição lexical. Começaremos pela primeira: Exemplo (15): 27 Lucas: agor[a a r e ]clamação >que ele tá< faze:ndo, (1.0) vou 12 ele em nada. (1.0) agora. essa reclamação que ele fe::z, (1.5) num

14 Como vimos através dos dois exemplos acima, a repetição é um mecanismo referencial que auxilia na progressão referencial. Agora vamos apontar um caso de substituição lexical: Exemplo (16): 23 José: aí peguei um monza, >levei no mecânico, o mecânico tava bo-=olhou 24 o: carro,< o motor é carro usado.=não ia mexer no carro?, (.) olhou Nesse exemplo temos uma substituição lexical, monza por carro. Conforme podemos notar, esta substituição envolve um processo metonímico, pois primeiro o falante utiliza o nome do veículo e logo, em seguida, ele substitui o nome do veículo pelo próprio veículo. Dessa maneira, podemos afirmar que a coesão manifesta-se a nível lingüístico e pode ser entendida como uma propriedade do texto que se processa por meio de mecanismos referenciais que dão conta das relações estabelecidas entre os elementos do texto e entidades já presentes no modelo de discurso, mencionado ou não no texto, consoante GORSKI (1985). A referenciação é construída no interior do modelo de discurso e depende fundamentalmente das escolhas e intenções dos participantes. Quando nos referimos a algo não o fazemos a uma entidade objetiva independente de nós. Na verdade, a referenciação é uma atividade discursiva que envolve cooperação e interação, na qual os referentes são vistos como objetos do discurso e também uma atividade cognitiva caracterizada pelo mental, representacional e prototípica (MARCUSHI, 2000) Nós também entendemos que a referenciação se constrói na interação cooperativa e que os referentes são vistos como objetos-de-discurso conforme MARCUSCHI (2002); KOCH (2004). Com a finalidade de ilustrar o aqui exposto, trataremos do conflito referencial apresentado em nosso corpus de pesquisa. Exemplo (17): 01 (( med. 1 conversa com alguém)) 02 (3.8) 03 Lucas: >ele fez uma reclamação. não é isso.< 04 Marta: <fez (.) é porque: ele comprou:: um mo::nza, (0.5) na tu:a:: 05 (1.2)

15 06 Lucas: >lá no meu estacionamento.< 07 Marta: na loja, né? (0.5) e: no primeiro mês de uso o carro::: (0.2) 08 apresentou alguns (0.2) defeitos ou- e ele teve que:: (0.5) 09 arca:r com isso. = Nesse trecho da audiência de conciliação, percebemos um conflito aparentemente de categoria, um conflito referencial acerca da nomeação para o local onde a compra do veículo foi efetuada. Nesse momento, a atendente do Procon Marta refere-se ao local da compra do carro por meio do pronome possessivo tua, mas o reclamado Lucas intervém e afirma no meu estacionamento. Esta afirmação não é aceita pela atendente que logo em seguida completa a sua referenciação com o SP na loja. Esse conflito referencial é reintroduzido novamente como tópico discursivo no fim da audiência como podemos perceber pelo exemplo (18): 06 Marta =tá mas se você tem uma con[cessionária, você tem que você tem que 07 emitir uma nota.] 08 Lucas [meu estacionamento, meu estacionamento] 09 José ahã! 10 Ana então você não tem uma, uma loja de vender carro= 11 José =então ele não pode vender carro, não é? 12 (1.0) 13 José porque estacionamento é um estacionamento, ele não pode vender 14 carro. 15 (9.0) 16 ((Med está analisando as notas de orçamento de peças)) 17 Ana tecnocarro é (por conta)do vencedor, não é? a loja é ok! 18 automóveis, é estacionamento? 19 Lucas =é estacionamento. 20 Ana (e) o senhor vende carro lá dentro? 21 Lucas vende,/carro também/. porque lá pode fazer tudo.

16 Como podemos notar o conflito referencial não só é retomado, é também discutido pelos participantes, sinalizando que estes se mostram orientados para o processo de referenciação. E ainda nos mostra que, ao contrário do que poderíamos imaginar inicialmente, a escolha do objetode-discurso, dentro deste contexto interacional, é extremamente relevante para os participantes, porque envolve a questão da legitimidade das categorias utilizadas como referência. Não se trata, em absoluto, de se escolher o termo de forma aleatória para a cena discursiva, mas sim, de se escolher o objeto-de-discurso que melhor se adapta às necessidades comunicativas dos participantes envolvidos na interação. Considerações finais Realizamos o presente trabalho considerando o referente como objeto-de-discurso, que é constituído sociocognitivamente no interior da interação, seguindo as postulações de KOCH (2004) e MARCUSCHI (2002). Dessa forma, não estamos tratando de objetos do mundo, mas sim de objetos-de-discurso. Tal entendimento converge com a afirmação de MATEUS (1989) que define a referenciação como um processo que não é construído a priori do discurso, mas no momento exato em que o discurso se processa. O estudo do processo de referenciação demonstrou ser produtivo, complexo e dependente da maneira como os pesquisadores o abordam, conforme suas perspectivas teóricas, já que nos deparamos com dois pontos de vista diferentes. O primeiro, numa perspectiva extensionalista, considera os referentes como entidades do mundo que podem ser trazidas para dentro do discurso, objetivamente. Já o segundo, numa visão sociocognitiva e interacional, entende os referentes como objetos-de-discurso que são produzidos no exato instante em que são exigidos, de acordo com as intenções e escolhas comunicativas dos participantes. Referências bibliográficas BROWN & YULE. The nature of reference in text and in discourse. Discourse Analysis. Cambrige Unifersity Press, CHAFE, W. Givenness, contrastivennes, definteness, subject, topics and point of view. In.: LI, C. (Ed.). Subject and topic. New York: Academic Press, 1976.

17 GORSKI, Edair. Condições de entrada e de continuidade do REFERENTE em narrativas orais Dissertação (Mestrado em Lingüística) Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, KOCH, Ingedore Vilaça. A construção sociocognitiva da referência. In.: II Conferência Internacional de Cognição, 2004, Juiz de Fora.. Desvendando os segredos do texto. 1. ed. São Paulo: Cortez, & MARCUSCHI, L. A.Processos de referenciação na produção discursiva. D.E.L.T.A., 14. p Número especial LYONS, J. Referência, Sentido e Denotação. In.: Semântica. Vol 1 Ed. Presença Lida, Lisboa, MARCUSCHI, Luiz Antônio. Quando a referência é uma inferência. GEL de 2000, São Paulo, MATEUS, Maria Helena Mira et al. Gramática da Língua Portuguesa.2 ed. Lisboa: Caminho, p PRINCE, Ellen F. Toward a taxonomy of given-new information. In.: COLE, P. (Ed.). Radical pragmatics. New York: Academic Press, * Alunas do Programa de Pós-Graduação da UFJF Mestrado em Letras Lingüística. Sugestões, críticas e discussões poderão ser realizadas em glauce_fernandes@yahoo.com.br e patriciacrochet@ig.com.br

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