AULA DEMONSTRATIVA. Concurso: Banco do Estado do Pará Cargo: Técnico Bancário Matéria: Atendimento e Ética Professor: Tiago Zanolla

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AULA DEMONSTRATIVA. Concurso: Banco do Estado do Pará Cargo: Técnico Bancário Matéria: Atendimento e Ética Professor: Tiago Zanolla"

Transcrição

1 AULA DEMONSTRATIVA 1. APRESENTAÇÃO INICIAL SOBRE O CURSO SOBRE O CONCURSO CRONOGRAMA DE AULAS INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR CARACTERÍSTICAS DO CDC PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CDC RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA Concurso: Banco do Estado do Pará Cargo: Técnico Bancário Matéria: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

2 1. Apresentação Inicial Olá Concurseiro! Meu nome é Tiago Elias Zanolla, tenho 30 anos, formado em Engenharia Produção e atualmente exerço o cargo de Técnico Judiciário - Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Além das funções de Oficial de Justiça, também exerço a função de Secretário da Direção do Fórum, algo como, um administrador local do Fórum. É uma honra e um imenso prazer ministrar este curso de ATENDIMENTO E ÉTICA para o concurso do BANCO DO NORDESTE. Primeiro, porque é uma área que me fascina! O mercado monetário é fantástico. Você irá se surpreender como é fácil e satisfatório aprender essa matéria. Assim como você, também sou concurseiro! Estou há cerca de cinco anos envolvido com concurso público. Por isso, sei das dificuldades de se encontrar bons materiais para se estudar Sobre o Curso Este é um curso para você quebrar a banca na hora da prova! Porque quebrar a banca? Porque usaremos o famoso sistema TLEQ Teoria, Legislação e Questões comentadas e você irá estudar em todas as fontes necessárias para acertar as questões: Estes cinco elementos são essenciais para você ter êxito em sua jornada: A teoria deve ser clara, objetiva, porém, aprofundada. Não podemos passar superficialmente na matéria, pois isso, pode ser suficiente para você acertar algumas questões, porém, em uma questão mais elaborada você pode cair e isso pode não ser a diferença somente entre ser aprovado ou não, pode ser aquela diferença entre você ser lotado em sua cidade ou em um local longe! Legislação Esquemas Os macetes, as dicas e os esquemas, objetivarão lhe trazer palavras chaves que lhe auxiliarão nos estudos e na resolução de questões. Teoria APROVAÇÃO Macetes Questões Por isso e tudo o mais, esse será um curso completo. É voltado você que está iniciando os estudos, bem como àqueles que desejam aprofundar a matéria. 2

3 1.2. Sobre o Concurso Banco do Estado do Pará realiza concurso para 62 vagas nas funções de Técnico Bancário, Contador e Médico, com salários de até R$ 4.650,00. As oportunidades são para candidatos de níveis médio e superior Por: Lucas FischerAtualizado em: 25/03/2014 às 08:59:39Publicado em: 25/03/2014 às 08:59:39 O Banco do Pará (Banpará) está com inscrições abertas até o dia 10 de abril para realização de concurso público em A seleção está a cargo da organizadora Pará Concursos que divulgou o edital de normas no âmbito de prover 62 vagas e formar reserva técnica, para possíveis vagas que possam surgir no decorrer da validade do concurso. As oportunidades terão lotação em diversos municípios do estado, nos polos de Belém, Marabá, Santarém e Castanhal. Veja as vagas ofertadas: - Técnico Bancário: Cargo exige nível médio e oferece salário de R$ 1.648,12. São 60 vagas abertas para a função; - Contador: Função de nível superior possui apenas 1 vaga, que tem salário de R$ 2.837,18; - Médico do Trabalho: Há 1 vaga para o cargo, com salário mensal de R$ 4.650,00. Banpará abre concurso para Técnico Bancário em 2014Além dos salários ofertados, o BANPARÁ garante a seus colaboradores diversos benefícios, como: participação nos lucros e resultados do Banco; possibilidade de adesão a plano de saúde e de previdência complementar; auxílio alimentação/refeição e auxílio alimentação/cesta. Veja edital. Os interessados em participar da seleção podem se inscrever até o dia 10 de abril de 2014, pela internet, através do site Para nível médio a inscrição custa R$ 50,00 e para superior o valor é de R$ 85,00. Os candidatos inscritos serão avaliados por meio de provas escritas objetivas para todos os cargos, de caráter classificatório e eliminatório e de múltipla escolha. Elas ocorrem em 18 de maio de 2014 com locais a serem divulgados no dia 05/05. São 60 questões ao todo, valendo de 0 a 100 pontos, referentes a diferentes disciplinas de conhecimentos gerais e específicos do cargo e suas atribuições. Para ser aprovado o inscrito deve acertar ao menos 40% das questões de cada disciplina de maneira individual e somar ao menos 55 pontos. Cargos de nível superior passam ainda por avaliação de títulos, etapa a qual pode somar até 5,00 pontos na nota final (caráter classificatório apenas). O concurso público terá validade de um ano, a contar da data do ato de homologação do resultado para cada cargo, podendo ser prorrogado por igual período, a critério do Banpará, lembrando que o edital reserva 5% das vagas para candidatos portadores de deficiência. Cronograma - Período de Inscrições: 18/03 a 10/04; - Publicação das Inscrições Homologadas 14/04; - Disponibilização do Cartão de Inscrição 05/05 a 17/05; 3

4 - Aplicação das Provas Objetivas em 18/05; BANCO DO ESTADO DO PARÁ - Divulgação dos Gabaritos e das questões das Provas Objetivas 19/05; - Resultado da Prova Objetiva Final para o cargo de TB, e parcial para o cargo de NS em 26/05; - Classificação final da prova objetiva de TB e parcial de NS em 02/06; - Envio dos títulos dos candidatos classificados ao cargo de NS de 03/06 e 04/06; - Resultado da análise dos títulos em 09/06; - Homologação final em 24/06 2. Cronograma de Aulas Aula Data Assunto Demo 18/mar Código de Defesa do Consumidor (parte I) Aula 02 23/mar Código de Defesa do Consumidor (parte II) Aula 03 28/mar Código de Defesa do Consumidor (parte III) Aula 04 02/abr Código de Defesa do Consumidor (parte IV) Aula 05 07/abr Marketing em empresas de serviços: Marketing de relacionamento. Satisfação, valor e retenção de clientes; Aula 06 12/abr Propaganda e promoção; Telemarketing. Vendas: técnicas, planejamento, motivação para vendas; relações com clientes. Segmentação de mercado versus segmentação do setor bancário. Aula 07 17/abr Lei nº /00; Lei Federal nº /00 Aula 08 22/abr Conceitos: ética, moral, valores e virtudes. Ética aplicada: Noções de ética empresarial e profissional; Aula 09 29/abr O padrão ético no serviço público; A gestão da ética nas empresas públicas e privadas; conflito de interesses; ética e responsabilidade social. Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência (Henri Ford) NOTA: Neste material, usaremos a fonte ecológica. Durante a impressão, a fonte faz buracos nas letras que escreveu! Isso é fascinante por si só, e ainda mais quando nós percebemos que isso não afeta a legibilidade e geralmente permite poupar 50% de tinta ou toner. Isso vem para afirmar a responsabilidade ambiental do Portal Concurseiro24horas 4

5 3. Introdução ao Código de Defesa do Consumidor No início da década de 90 o país passava por um momento de abertura política e econômica. Como consequência direta, aumentou consideravelmente o interesse da sociedade por normas de regulamentação das relações de consumo - conforme a economia do país se estabiliza, cresce poder de consumo e o reconhecimento da importância da regulamentação das atividades comerciais. Os interesses difusos e coletivos começaram a chamar a atenção: implicavam mudança no tocante à legitimidade ativa para a sua defesa, com a compreensão de que um interesse pode estar mais afeito a um grupo ou à coletividade do que às pessoas individualmente. O consumidor deveria ser o destinatário de todo esse processo, tornando-se o rei do sistema, todavia, face ao incremento do processo produtivo, o que se viu foi o consumidor tornar-se cada vez mais vulnerável e impotente frente ao fornecedor, ao poderio econômico, reconhecendo-se também sua desproteção educacional, informativa, material e legislativo, demandando maior atenção para tal problema. O CDC veio tutelar o consumidor diante do poder econômico das empresas. É neste sentido que a magnífica professora AMARANTE (1998, p.15-16) discorre que o consumidor exposto aos fenômenos econômicos, tais como a industrialização, a produção em série e a massificação, assim vitimados pela desigualdade de informações, pela questão dos produtos defeituosos e perigosos, pelos efeitos sobre a vontade e a liberdade, o consumidor acaba lesionado na sua integridade econômica e na sua integridade físico-psíquica, daí emergindo como vigoroso ideal a estabilidade e a segurança, o grande anseio de protegê-lo e colocá-lo em equilíbrio nas relações de consumo. (AMARANTE, Maria Cecília Nunes. Justiça ou Equidade nas Relações de Consumo. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 1998, 15-16). E como consequência deste movimento, o ilustre doutrinador BONATTO (2003, p. 72) expo que:... as regras de proteção e de defesa do consumidor surgiram, basicamente, da necessidade de obtenção de igualdade entre aqueles que eram naturalmente desiguais. No direito brasileiro, o direito do consumidor surgiu apenas a partir da Constituição Federal de Sim, o consumidor é protegido constitucionalmente, sendo inclusive cláusula pétrea (nenhuma lei pode reduzir os direitos já conquistados). O direito do consumidor é um direito fundamental do cidadão brasileiro. Veja o que diz a CF/88: Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; Observe que houve clara intenção do legislador de proteger o consumidor, devendo o estado prover esta proteção. Mais a frente, a Constituição ainda discorre: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor; Adiante, a Constituição determina: 5

6 Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Não obstante a Constituição tendo determinado ao Congresso a elaboração do Código, a Competência é concorrente da União e dos Estados membros (o município não pode editar normas de direito do consumidor, mas pode editar normas que regulamente o comércio local). Atos normativos criados por órgãos ou instituições (tem força de Lei do PROCON, do IMETRO e do IPEM). O ponto de partida do código é a inexistência de igualdade entre os integrantes da relação consumerista, considerando que os consumidores nem sempre escolhem livremente os produtos e serviços. Podemos arrolar como princípios magnos: a dignidade da pessoa humana; proteção à vida, saúde e segurança dos consumidores; proteção a seus interesses econômicos e do direito à informação e à educação, efetiva reparação por prejuízos injustamente sofridos, para suprimir ou mitigar as práticas abusivas, e dar aos consumidores instrumentais eficazes para a proteção e satisfação concreta de seus interesses, havendo caráter preventivo pela intervenção da lei na mera possibilidade ou iminência que ocorra Princípios Constitucionais de Proteção ao Consumidor Os princípios constitucionais servem de base para todo o ordenamento jurídico, não podendo, lei alguma ir contra a Constituição. Celso Ribeiro Bastos diz que: Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Isto só é possível na medida em que estes não objetivam regular situações específicas, mas sim desejam lançar a sua força sobre todo o mundo jurídico. Assim, os princípios recaem sobre todas as normas jurídicas. No que tange à proteção ao consumidor, podemos arrolar como princípios constitucionais que protegem o consumidor: Princípio da Vulnerabilidade Princípio da Propaganda e Publicidade CONSUMIDOR Princípio da Informação Princípio Geral da Atividade Econômica 6

7 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE BANCO DO ESTADO DO PARÁ O princípio da vulnerabilidade é um princípio explícito [que não está escrito, mas pode-se deduzir] e é extraído do: Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. Vulnerabilidade, literalmente, significa o estado daquele que é vulnerável, daquele que está suscetível, por sua natureza, a sofrer ataques. No Direito, vulnerabilidade é o princípio segundo o qual o sistema jurídico brasileiro reconhece a qualidade do agente mais fraco na relação de consumo 1. Segundo Antônio Herman V. e Benjamin ao prefaciar o livro de Moraes (1999, p.10): O princípio da vulnerabilidade representa a peça fundamental no mosaico jurídico que denominamos Direito do Consumidor. É lícito até dizer que a vulnerabilidade é o ponto de partida de toda a Teoria Geral dessa nova disciplina jurídica (...). A compreensão do princípio, assim, é pressuposto para o correto conhecimento do Direito do consumidor e para a aplicação da lei, de qualquer lei, que se ponha a salvaguardar o consumidor. PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO O princípio da informação é extraído também do Art. 5º da Constituição: Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Segundo Rizzato Nunes, fornecedor está obrigado a prestar todas as informações acerca do produto e do serviço, suas características, qualidades, riscos, preços e etc., de maneira clara e precisa, não se admitindo falhas ou omissões. PRINCÍPIO GERAL DA ATIVIDADE ECONÔMICA Previsto no artigo 170: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor. Assim, nenhuma política econômica pode bater de frente com a legislação relativa ao Consumidor, pois, se o fizer, estará em desconformidade com a Constituição Federal. PRINCÍPIO DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE Art. 37, 1º da CF. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de 1 Disponível em 7

8 orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Art. 220, 3º - Compete à lei federal: II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estarão sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessária advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso. Art A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. As pessoas compram coisas por dois motivos essenciais: necessidades e impulsos. As necessidades nem sempre são reais, elas são criadas pela publicidade, sem a qual não haveria como colocar no mercado cada vez mais produtos que, a rigor, ninguém precisa. Assim, o princípio da publicidade e propaganda visa proteger o consumidor contra a propaganda abusiva e enganosa Características do CDC O CDC é uma lei ordinária [lei comum] e dita de ordem pública. Dizer que é de ordem pública é dizer que as normas são de interesse social as quais sobrepõe o interesse individual. Essas normas ditas de ordem pública são fundamentais para a convivência harmoniosa da sociedade, pois, se suprimidas, inviabilizaria essa boa convencia, pois os interesses individuais dos sobreporiam os da coletividade. É exatamente isso o que diz o Primeiro artigo do CDC: Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. 8

9 Com isso podemos considerar o CDC uma norma cogente, ou seja, de observância obrigatória, não sendo um direito apenas do indivíduo, mas de todo o grupo social. O CDC é um sistema próprio, que tem autonomia em relação às demais normas. Com efeito, a partir de 11 de março de 1991, com a entrada em vigor da lei consumerista, não se cogita mais em pensar as relações de consumo (as existentes entre fornecedores e consumidores) como reguladas por outra lei (RIZATO NUNES). O Código de Defesa do Consumidor compõe um sistema autônomo dentro do quadro constitucional. Dir-se-á um subsistema próprio inserido no sistema constitucional brasileiro e esse subsistema interage com as demais leis. Por isso é chamado de microssistema multidisciplinar, pois se relaciona com outros ramos do Direito, como o Direito Constitucional quando são abarcados assuntos relacionados à dignidade humana; ao Direito Penal quanto há traços de tipos penais; Direito Civil, Direito Processual Civil, entre outros. Podemos caracterizar o CDC também como norma principiológica em virtude de sua proteção constitucional. Segundo Rizzato Nunes: A lei é ordem de ordem pública e de interesse social e principiológica, o que significa dizer que é prevalente sobre todas as demais normas especiais anteriores que com ela colidirem. As normas gerais principiológicas tem prevalência sobre as normas gerais e especiais anteriores. Ainda segundo Rizzato Nunes: a Lei n /90 é um Código, não só porque a Constituição nesses termos a denomina (ADCT, art. 48) como a própria lei assim se expressa (arts. 1, 7, 2 e 3 do art. 28 etc.), mas, também, e principalmente, porque o CDC é um subsistema jurídico próprio, lei geral com princípios especiais voltadas para a regulação de todas as relações de consumo, tão caras à sociedade de massas contemporânea e representando o mais importante e largo setor da economia. Principais características do Código de Defesa do Consumidor: Microssistema multidisciplinar Lei principiológica Norma de base Constitucional Estrutura de Código Norma de caráter público e com amplo interesse social. 4. Princípios Fundamentais do CDC Na busca de soluções mais rápidas para casos concretos, segundo Silva (2003, p. 63), as técnicas legislativas passaram a fundamentar-se em princípios, meio julgado mais célere e adequado para a solução de lides modernas, dada a complexidade de sua natureza. 9

10 Assim, encontramos vários princípios previstos na Constituição Federal, bem como na legislação complementar e ordinária, da qual o CDC faz parte. No que se refere ao CDC, a fim de estabelecer o equilíbrio e a justiça contratual, este consagrou princípios aplicáveis a todos os contratos de consumo. Princípio da reparação integral dos danos Princípio do protecionismo do consumidor Princípio da vulnerabilidade do consumidor Princípio da equivalência negocial CONSUMIDOR Princípio da hipossuficiência do consumidor Princípio da função social do contrato Princípio da boa-fé objetiva Princípio da transparência ou confiança Princípio do protecionismo do Consumidor Extraído de nosso já conhecido Art. 1º: Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. A natureza de ordem pública justifica a obrigatoriedade de todo e qualquer estabelecimento comercial ou de prestação de serviços manter, em local visível e de fácil acesso ao público, um exemplar do CDC, sob pena de multa no valor de R$ 1.064,00 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos). Outra consequência desse princípio é que, por ser de ordem pública, o disposto no CDC não pode ser rejeitado pelas partes, sob pena de tornar o negócio nulo. Outro ponto importantíssimo é que, cabe sempre a intervenção do Ministério Público em questões envolvendo relações consumeristas. Princípio da Isonomia ou Vulnerabilidade do Consumidor Art. 4º, I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; O CDC foi concebido na suposição de que nas relações de consumo há a preponderância da situação jurídica do fornecedor com relação ao consumidor, o 10

11 que se deve ao fato de que, na maioria das vezes, o fornecedor detém e exercita o poder econômico. Diante dessa vulnerabilidade do consumidor, surge o CDC para trazer igualdade [isonomia] nas relações consumeristas. Princípio da hipossuficiência do consumidor Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Decorre do princípio anterior. Pressupõe-se que o todo consumidor é vulnerável, porém, nem todo consumidor é hipossuficiente. O termo hipossuficiente aqui aplicado vai muito além da ideia de pobre ou sem recursos. O consumidor em relação ao fornecedor nas relações de consumo, ou seja, o consumidor é mais fraco [discrepância financeira, técnica, política, entre outras], portanto hipossuficiente em relação ao fornecedor (menos capaz). Princípio da boa-fé objetiva Art. 4º, III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; Boa-fé significa a transparência obrigatória em relação aos contratantes, um respeito obrigatório aos interesses do outro contratante, uma ação positiva do parceiro contratual mais forte com relação ao parceiro contratual mais fraco, permitindo as condições necessárias para a formação de uma vontade liberta e racional. As partes devem agir com sinceridade, veracidade, sem objetivar somente o lucro fácil com a consequente imposição de prejuízos ao outro. Dessa forma, esse princípio não alcança apenas o fornecedor, abrangendo também o consumidor, vedando-lhe vantagem desmedida através de benefícios reservados pelo CDC. A Princípio da transparência ou confiança Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo (...). A informação clara, sem possibilidade de interpretação dúbia pelo fornecedor, assegurará ao consumidor o direito de vincular-se ou não, de forma consciente, ao 11

12 contrato. As manifestações anteriores, como propaganda veiculada ou informação prestada devidamente comprovada, tornam-se fontes contratuais, e a sua interpretação deve ser sempre a mais favorável ao consumidor, já que não é ele quem redige as normas as quais irá aderir. Contudo, a transparência que se espera do fornecedor não deverá estar presente somente no momento da conclusão do negócio jurídico. Deverá existir durante a oferta e publicidade, ao longo da execução do contrato e até mesmo depois desta, como, por exemplo, no instante em que o consumidor, munido do termo de garantia, procura o reparo do produto junto à assistência técnica autorizada (Silva, 2003, p. 69). Dessa forma, o princípio da transparência gera para o fornecedor o dever de esclarecer ao consumidor as características e o conteúdo do contrato. Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; A informação tem dupla característica: Dever de informar Direito de ser informado De quem oferece o produto ou o serviço O consumidor Princípio da função social do contrato Embora seja um princípio explícito, tal princípio visa tentar o equilíbrio da situação vulnerável face ao fornecedor. A sociedade de consumo, ao contrário do que se imagina, não trouxe apenas benefícios para os seus atores. Muito ao revés, em certos casos, a posição do consumidor, dentro desse modelo, piorou em vez de melhorar. Se antes fornecedor e consumidor encontravam-se em uma situação de relativo equilíbrio de poder de barganha (até porque se conheciam), agora é o fornecedor (fabricante, produtor, construtor, importador ou comerciante) que, inegavelmente, assume a posição de força na relação de consumo e que, por isso mesmo, dita as regras [Ada Pellegrini Grinover e Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamin]. Os mestres ainda complementam: o direito não pode ficar alheio a tal fenômeno.// O mercado, por sua vez, não apresenta, em si mesmo, mecanismos eficientes para superar tal vulnerabilidade do consumidor. Nem mesmo para mitigá-la. Logo, imprescindível à intervenção do Estado nas suas três esferas: o Legislativo, formulando as normas jurídicas de consumo; o Executivo, implementando-as; e o Judiciário, dirimindo os conflitos decorrentes dos esforços de formulação e de implementação. // (...) Toda e qualquer legislação de proteção ao consumidor tem, portanto, a mesma ratio, vale dizer, reequilibrar a relação de consumo, seja 12

13 reforçando, quando possível, a posição do consumidor, seja proibindo ou limitando certas práticas de mercado. A função social do contrato tem uma característica de ordem pública, sendo o seu alcance estabelecido pelo art. 2035, do Código Civil: Art , Ú Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. Os interesses sociais das partes devem ser protegidos na medida em que os valores sociais relevantes, que ultrapassam a esfera individual, sejam também protegidos. Os interesses privados devem atender aos interesses sociais no âmbito da atividade econômica, com reflexos na ordem contratual. Princípio da equivalência/equidade negocial Art. 6º, II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, assegurados a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; Nos ensinamentos de Almeida (2003, p. 46): O art. 4º do CDC prevê também que deve haver equilíbrio entre direitos e deveres dos contratantes. Busca-se a justiça contratual, o preço justo. Por isso, são vedadas as cláusulas abusivas, bem como aquelas que proporcionam vantagem exagerada para o fornecedor ou oneram excessivamente o consumidor. O art. 51, IV, considera abusiva a cláusula incompatível com a boa-fé ou a equidade. [...] Institui o CDC normas imperativas, as quais proíbem a utilização de qualquer cláusula abusiva, definidas como as que assegurem vantagens unilaterais ou exageradas para o fornecedor de bens e serviços, ou que sejam incompatíveis com a boa-fé e a equidade [...] (Marques, 2002, p. 741). O princípio da equidade tem por função básica a promoção do equilíbrio na relação contratual, dispondo não só das atribuições, mas também das funções de partes envolvidas no processo de fornecimento e no processo de consumo, assegurando o desenvolvimento do negócio, promovendo o combate à prática considerada abusiva, situação comprometedora das relações de consumo. Princípio da reparação integral dos danos Art. 6º VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Tal dispositivo visa à prevenção e reparação de danos ao consumidor, sejam eles materiais ou morais. 13

14 Dano Material no caso concreto Dano Moral É o que efetivamente se perdeu ou o que se deixou de lucrar. É aquela que atinge a sua personalidade [imagem, nome etc.] Haverá reparação também quando os danos forem individuais, coletivos ou difusos. Os interesses ou direitos difusos Assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato Interesses ou direitos coletivos Assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; Interesses ou direitos individuais Assim entendidos os decorrentes de origem comum Veja como é cobrado em provas: QUESTÃO 01 (CEPERJ PROCON-RJ - Técnico em Contabilidade) No rol dos princípios que podem ser aplicados às relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor não se inclui: a) vulnerabilidade b) confiança c) autonomia da vontade d) boa-fé e) equilíbrio contratual COMENTÁRIOS: Vamos lembrar-nos do nosso quadro. GRAVE ISSO pode salvar vidas na hora da prova: 14

15 Princípio da reparação integral dos danos Princípio do protecionismo do consumidor Princípio da vulnerabilidade do consumidor Princípio da equivalência negocial CONSUMIDOR Princípio da hipossuficiência do consumidor Princípio da função social do contrato Princípio da boafé objetiva Princípio da transparência ou confiança Veja que o princípio da autonomia da vontade não está presente. Na verdade, segundo a doutrina moderna todo contrato deve atender o principio da função social. Hoje, a ideia clássica do direito francês pacta sunt servanda traduzido pela expressão '' autonomia da vontade'' não é suficiente para formação do contrato. É necessário que ele esteja e consonância com os princípios norteadores do direito. Apesar de ainda ser a regra dizer que o contrato faz lei entre as partes essa expressão caiu em desuso dando lugar a AUTONOMIA PRIVADA, mais correta tecnicamente. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA C. QUESTÃO 02 (CEPERJ PROCON-RJ - Agente de Proteção e Defesa do Consumidor) A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código: a) Civil b) de Defesa do Consumidor c) Comercial d) Tributário e) Desportivo COMENTÁRIOS: Questão tranquila. Como vimos, a Constituição indica: CF, art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; CF art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor; 15

16 ADCT, art Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Viu como é fácil? Por isso, não desperdice nossos comentários. A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código de Defesa do Consumidor GABARITO DA QUESTÃO: LETRA B. QUESTÃO 03 (Prova: FCC TJ-GO Juiz) O Código de Defesa do Consumidor: a) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. c) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação constitucional. d) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de interesse individual, sem vinculação constitucional. e) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse social, sem vinculação com normas constitucionais. COMENTÁRIOS: A questão é para magistratura, mas é bem fácil. Remete-nos ao Art. 1º: Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Vamos analisar as assertivas: a) ALTERNATIVA INCORRETA, pois o CDC é voltado aos consumidores e não aos fornecedores como mencionado na assertiva. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. ALTERNATIVA CORRETA. c) ALTERNATIVA INCORRETA, pois, Norma dispositiva, também chamada de Facultativa, é aquela que se limita a declarar direitos, autorizar condutas, ou atuar em caso duvidoso, ou omisso. É o oposto de norma cogente que é o CDC. d) ALTERNATIVA INCORRETA. Como vimos, há diversos dispositivos de proteção constitucional. e) ALTERNATIVA INCORRETA. Há diversos dispositivos de proteção constitucional. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA B. 5. Relação Jurídica de Consumo 16

17 Para invocar as normas do CDC é necessário caracterizar a relação jurídica como consumerista, configurando cada um dos seus elementos: subjetivos o consumidor e o fornecedor; objetivos o produto/serviço; e o teleológico finalidade da aquisição do produto ou serviço pelo consumidor como destinatário final. Só haverá relação de consumo quando, em cada um dos polos existirem a figura do consumidor e a do fornecedor e quando estiverem negociando serviços e produtos. MEMORIZE: RELAÇÃO DE CONSUMO Consumidor Fornecedor Negociação produtos/ serviços Estes elementos da relação de consumo dividem-se em: Subjetivo São as partes envolvidas na relação Consumidor Fornecedor Elementos Objetivo É o objeto sobre o qual recai a relação Produtos Serviços Finalistico Destinação final Recais sobre a ideia que o consumidor tem ao adquirir o elemento OBJETIVO A definição de cada um extraiu do próprio CDC: CONSUMIDOR Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Em suma, o consumidor pode ser: Pessoa Física CONSUMIDOR Pessoa Jurídica Coletividade 17

18 É importante destacar que existem diversas teorias que conceituam consumidor. Vejamos as principais características de cada um. Teoria Finalista Também chamada de subjetiva ou teleológica, identifica o consumidor como sendo aquele que definitivamente retira o produto ou o serviço de circulação e utiliza-o para satisfazer uma necessidade. Teoria Maximalista Consumidor é aquele que adquire o produto ou o utiliza na condição de destinatário final, não interessando a destinação final, seja ela para consumo ou uso econômico Teoria Mista/Híbrida Consumidor é aquele que adquire produtos ou serviços, mesmo que estes sirvam em suas atividades econômicas. Apesar da divergência doutrinária, observa-se que no Brasil os julgamentos têm adotado a Teoria Mista/Híbrida. Quanto à equiparação a consumidor, devemos observar também o seguinte: Art. 17. (...) equiparam-se aos consumidores todas as vítimas de evento danoso no mercado; Art. 29. (.) equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. Nesse contexto, o CDC protege, além do consumidor propriamente dito, aqueles que, mesmo não tendo adquirido diretamente o bem ou serviço, mas tendo o consumidor utilizado-os haverá entre eles, relação de consumo, o que consequentemente haverá incidência do CDC. Coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO Vítimas de acidente de consumo Pessoas expostas às práticas abusivas A Coletividade é quando os consumidores tem seus direitos violados, mesmo não sendo o destinatários final na relação de consumo. É o caso de uma propaganda enganosa. As vítimas de acidente de consumo são aqueles que, sendo consumidores ou não, poderão invocar o CDC em sua proteção. É o caso de um acidente de ônibus em que este tenha batido em um posto de gasolina. Os que no posto estavam não eram usuários do serviço, porém, o patrimônio destes foi lesado em razão disso. 18

19 Pessoas expostas à práticas abusivas são aquelas que, de uma forma ou de outra são vítimas do poder econômico. FORNECEDOR Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. O Fornecedor para ser caracterizado, desenvolve uma atividade econômica de inserção e circulação de produtos e serviços no mercado de consumo. Segundo Rizzato Nunes, este é gênero do qual fabricante, produtor, construtor, importador e comerciante são espécies. Ver-se-á que, quando a lei consumerista quer que todos sejam obrigados e/ou responsabilizados, usa o termo fornecedor. Quando quer designar algum ente específico, utiliza-se de termo designativo particular: fabricante, produtor, comerciante etc. Aqui façamos uma importante observação. Quando há relação fornecedorconsumidor, o consumidor é protegido pelo CDC. Já nas transações entre os fornecedores (por exemplo, uma concessionária de carros), são reguladas pelo direito comum. Consumidor CDC Concessionária (Fornecedor) Direito Comum Fabricante (Fornecedor) PRODUTO 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Segundo Rizzato Nunes, esse conceito de produto é universal nos dias atuais e está estreitamente ligado à ideia do bem, resultado da produção no mercado de consumo das sociedades capitalistas contemporâneas. É vantajoso seu uso, pois o conceito passa a valer no meio jurídico e já era usado por todos os demais agentes do mercado (econômico, financeiro, de comunicações etc.). PRODUTO Material ou Imaterial Móvel ou Imóvel Ter Valor Econômico Na definição de produto, o legislador coloca então qualquer bem, e designa este como móvel ou imóvel, e ainda material ou imaterial. 19

20 Bens Móveis São bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social Bens Imóveis Em regra, são os bens que não podem ser transportados ou removidos de um lugar para o outro sem perder a sua característica, integridade ou diminuir-lhe o valor. Bens Materiais (corpóreos) Que tem existência física, material (carro, bolsa, carteira) Bens Imateriais (incorpóreos) Que tem existência abstrata (ideias, propriedade intelectual) SERVIÇOS 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. SERVIÇO Remunerado Fornecido no mercado, inclusive o bancário, financeiro, de crédito e seguros Para que algo seja considerado serviço, é necessário que seja pago. Caso seja prestado gratuitamente, não se caracterizará como relação de consumo no âmbito do CDC. O Serviço pode ser prestado tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. Atente-se par ao final do disposto no parágrafo: salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Neste caso a relação será regida pela CLT. Os serviços classificam-se em duráveis e não duráveis: Serviços duráveis São aqueles que não não se exaurem com o uso. Seu consumo de estende por prazo indeterminado, tiverem continuidade no tempo em decorrência de uma estipulação contratual.. Serviços não duráveis Se exaurem depois de consumidos. Vamos treinar: QUESTÃO 04 (TJ-PR TJ-PR Juiz) A Lei 8.078/1990 define os elementos que compõem a relação jurídica de consumo, em seus artigos 2º e 3º: elementos 20

21 subjetivos, consumidor e fornecedor; elementos objetivos, produtos e serviços, respectivamente Segundo estas definições, podemos afirmar que: I. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. II. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária e as decorrentes das relações de caráter trabalhista. III. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. IV. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Marque a alternativa CORRETA: a) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. b) Apenas as assertivas II e III estão corretas. c) Apenas as assertivas II e III estão incorretas. d) Apenas a assertiva I está correta. COMENTÁRIOS: Questão tranquila e cobra a literalidade da legislação: I - CORRETA: Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. II - ERRADA: As relações de caráter trabalhista não são consideradas consumeristas. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. III - CORRETA: Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. IV - CORRETA: Art. 3º, 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA A. QUESTÃO 05 (FCC Banco do Brasil - Escriturário - Ed. 02) Toda pessoa, física ou jurídica, que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final é: a) Assistência técnica. b) Fornecedor. c) Preposto de fornecedor. d) Concessionário. 21

22 e) Consumidor. COMENTÁRIOS: Conforme preceitua o art. 2 do CDC, Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. O CDC ainda nos dá duas definições de consumidor: Art. 2, parágrafo único: "Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.. Art. 29: "Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA E. QUESTÃO 06 (FCC TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante aos conceitos de Consumidor, Fornecedor, Produtos e Serviços, considere: I. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica que desenvolve atividade de produção, importação, exportação, ou comercialização de produtos ou prestação de serviços, excluindo-se os entes despersonalizados. II. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. III. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e as decorrentes das relações de caráter trabalhista. IV. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, está correto o que consta APENAS em: a) I e II. b) I e III. c) II, III e IV. d) I e IV. e) II e IV. COMENTÁRIOS: Questão que aborda os conceitos básicos do CDC: 22

23 Consumidor toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Fornecedor Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica que desenvolve atividade de produção, importação, exportação, ou comercialização de produtos ou prestação de serviços Produto Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial Serviço Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, exceto as relações trabalhistas I) Alternativa INCORRETA. Ente Despersonalizado está incluído no conceito de fornecedor - art.3 caput: Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados. II) Alternativa CORRETA - art. 3, 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. III) Errado. As relações de caráter trabalhista não são consideradas como serviço - art. 3 2 : 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. IV) Correto - art. 29: Art. 29. (...) equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA E. QUESTÃO 07 (MPE-PR MPE-PR - Promotor de Justiça) Assinale a alternativa onde aparece uma atividade que não se encontra entre aquelas praticadas por alguém que é considerado fornecedor pelo Código de Defesa do Consumidor. a) produção, criação e transformação. b) importação e exportação. c) prestação de serviços bancários, securitários e de crédito. d) montagem, relações trabalhistas e construção. e) comercialização e prestação de serviços. COMENTÁRIOS: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 23

24 exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. a) produção (ok), criação (ok) e transformação (ok). b) importação (ok) e exportação (ok). c) prestação de serviços bancários (ok), securitários e de crédito (ok). d) montagem (ok), relações trabalhistas (NÃO) e construção (ok). e) comercialização (ok) e prestação de serviços (ok). GABARITO DA QUESTÃO: LETRA D. QUESTÃO 08 (TJ-SC TJ-SC Juiz) Sobre o conceito legal de consumidor é correto afirmar: a) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário intermediário. b) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, exceto a coletividade de pessoas. c) Apenas a pessoa física ou a coletividade de pessoas que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final pode ser considerada consumidor. d) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. e) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, determinável, que haja intervindo nas relações de consumo. COMENTÁRIOS: Vejamos o conceito de consumidor previsto no CDC: Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Vamos analisar as assertivas: a) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário intermediário. INCORRETA: O correto é destinatário final! b) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, exceto a coletividade de pessoas. INCORRETA: A coletividade é incluída. c) Apenas a pessoa física ou a coletividade de pessoas que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final pode ser considerada consumidor. INCORRETA: As pessoas jurídicas também podem ser consumidores. d) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. CORRETO. Está perfeita. 24

25 e) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, determinável, que haja intervindo nas relações de consumo. INCORRETA: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA D. QUESTÃO 09 (CONSULPLAN Correios - Agente de Correios - Atendente Comercial) Consumidor é toda pessoa física ou que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Marque abaixo a alternativa em que a palavra completa corretamente o artigo da Lei Federal nº8078/90: a) pública b) jurídica c) privada d) nacional e) de exportação COMENTÁRIOS: Fácil, fácil, fácil. A questão cobra entendimento do Art. 2º do CDC: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. GABARITO DA QUESTÃO: LETRA B. QUESTÃO 10 (PUC-PR TJ-MS Juiz) Sobre o conceito de consumidor marque a alternativa CORRETA: a) De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as pessoas expostas às práticas comercias abusivas equiparam-se a consumidores, ainda que indetermináveis. b) As pessoas vítimas de produto defeituoso podem ser equiparadas a consumidor, todavia não receberão o tratamento do Código de Defesa do Consumidor, que possibilita, entre outras coisas, a inversão do ônus da prova. c) O conceito de consumidor, consoante a Lei 8.078/90, engloba exclusivamente a pessoa física que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. d) Equipara-se o consumidor a qualquer pessoa que, não sendo destinatário final, tenha adquirido produto com vício de qualidade. e) A coletividade de pessoas que intervenha na relação de consumo, não é, para os efeitos da Lei 8.078/90, considerada consumidora. COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas: a) Alternativa CORRETA. De acordo com o art. 29 do CDC: Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. 25

AULA CONSIDERAÇÕES INICIAIS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS QUESTÕES COMENTADAS CONSIDERAÇÕES FINAIS... 37

AULA CONSIDERAÇÕES INICIAIS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS QUESTÕES COMENTADAS CONSIDERAÇÕES FINAIS... 37 AULA 07 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS...2 2. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS...8 3. QUESTÕES COMENTADAS... 15 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 37 Concurso: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Cargo: Técnico Bancário nível médio Matéria:

Leia mais

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI 8078/ 90 PROFESSOR MAURICIO SOARES Banca: FCC Assunto: Conceito de Consumidor e Fornecedor. Lei 8078/90 No tocante aos conceitos de Consumidor, Fornecedor, Produtos e

Leia mais

Profª. Tatiana Marcello

Profª. Tatiana Marcello Profª. Tatiana Marcello facebook.com/professoratatianamarcello facebook.com/tatiana.marcello.7 @tatianamarcello CONTEÚDOS: ATENDIMENTO: Resolução nº 3.849, de 25/3/2010 (REVOGADO) Resolução CMN nº 4.433,

Leia mais

Direitos Básicos do Consumidor

Direitos Básicos do Consumidor Direitos Básicos do Consumidor No artigo 6º no Código de Defesa do Consumidor são trazidos os direitos básicos do consumidor, ou seja, aqueles que são direitos fundamentais ao consumidor, que servirão

Leia mais

PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. Conceitos.

PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. Conceitos. PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR Conceitos www.markusnorat.com Conceito de A Constituição Federal determina ao Estado promover a defesa ao consumidor, mas não define quem seria esse sujeito

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018) Elementos complementares das obrigações. Arras ou sinal. Arras/sinal são sinônimos,

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR LEI 8.078/90 PROFº SARMENTO TUTELAS DO CDC CONCEITOS E PRINCÍPIOS CIVIL (ART. 8º AO 54) ADMINISTRATIVA (ART. 55 AO 60) CRIMINAL (ART. 61 AO 80) JURISDICIONAL (ART. 81 AO 104) FUNDAMENTOS

Leia mais

E-commerce e o Direito do Consumidor

E-commerce e o Direito do Consumidor E-commerce e o Direito do Consumidor Palestrante: Felipe Gustavo Braiani Santos Advogado atuante no direito do consumidor, formado pela UCDB, especializando em Direito Processual Civil pela UNISC. Servidor

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Fontes, Conceito, Aplicação e Disposições Gerais - Parte III Prof. Francisco Saint Clair Neto CONSUMIDOR Como bem define Cavalieri não há, portanto, qualquer originalidade em afirmar

Leia mais

AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO

AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes QUESTÃO DO DIA José Eurico conheceu Mariclécia pela rede social Facebook e combinaram seu primeiro encontro no Shopping Compre Tranquilo. Para facilitar o

Leia mais

AULA 00. Apresentação e Cronograma Questões sem Comentários Questões Comentadas...07

AULA 00. Apresentação e Cronograma Questões sem Comentários Questões Comentadas...07 AULA 00 Apresentação e Cronograma...02 Questões sem Comentários...04 Questões Comentadas...07 www.universodosconcursos.com Página 1 APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA Olá meus amigos! Sejam todos muito bem vindos

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda DIREITO DO CONSUMIDOR Profª Maria Bernadete Miranda SAGRADAS ESCRITURAS Nas Sagradas Escrituras, desde os tempos do Jardim do Éden, já aparece o primeiro problema sobre o consumo de uma fruta. A Maçã que

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Direitos básicos do Consumidor Tatiana Leite Guerra Dominoni* 1. Arcabouço protetivo mínimo de direitos consumeristas. O Direito das Relações de Consumo cria um feixe de direitos

Leia mais

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas CONTRATOS DE CONSUMO Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS ENTRE EMPRESÁRIOS O Código de Defesa

Leia mais

Sumário Capítulo 1 Introdução ao direito do ConsumIdor Introdução... 1

Sumário Capítulo 1 Introdução ao direito do ConsumIdor Introdução... 1 Sumário Capítulo 1 Introdução ao Direito do Consumidor... 1 1.1. Introdução... 1 1.1.1. Origem histórica... 2 1.1.2. A proteção constitucional do direito do consumidor... 5 Capítulo 2 A Relação Jurídica

Leia mais

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR RELAÇÃO DE CONSUMO Histórico: - Estado Liberal (séc. XVIII e XIX) - liberdade para o Estado + liberdade para o particular - Revolução Industrial Diminuiu possibilidade

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta: PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 Altera o art. 8º da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre o dever do fornecedor de higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento

Leia mais

ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR

ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR Podemos afirmar que o consumo é parte fundamental do cotidiano humano. Independente da origem ou classe social, todos nós somos forçados eventualmente a consumir

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI XXII EXAME DE ORDEM ELEMENTOS SUBJETIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Elementos da relação jurídica de consumo CONSUMIDOR FORNECEDOR

Leia mais

Olá, amigos e amigas do Plenus,

Olá, amigos e amigas do Plenus, 1 Olá, amigos e amigas do Plenus, Este é o seu Caderno Estratégico. Este material é uma coletânea das questões mais importantes de provas objetivas específicas da matéria que será objeto de sua Sinopse

Leia mais

Aula 5. Direito básico à segurança

Aula 5. Direito básico à segurança Página1 Curso/Disciplina: Direito do Consumidor Aula: Direito do Consumidor - 05 Professor (a): Samuel Cortês Monitor (a): Caroline Gama Aula 5 Direito básico à segurança Os consumidores têm o direito

Leia mais

Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago

Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago A disciplina de Direito do Consumidor será cobrada juntamente com Direito Civil em 22 das 100 questões da prova objetiva. Com base na ementa da disciplina

Leia mais

Atendimento. Curso de ATENDIMENTO. 1 Aula. Item 1 - Introdução

Atendimento. Curso de ATENDIMENTO. 1 Aula. Item 1 - Introdução Atendimento Atendimento Curso de ATENDIMENTO Item 1 - Introdução 1 Aula Atendimento Curso de ATENDIMENTO Item 1 - Introdução Item 2 - Marketing Atendimento Curso de ATENDIMENTO Item 1 - Introdução Item

Leia mais

Direito do Consumidor. Escriturário do Banco do Brasil Aula Demonstrativa Prof. Bernardo Bustani. 1 de 9

Direito do Consumidor. Escriturário do Banco do Brasil Aula Demonstrativa Prof. Bernardo Bustani. 1 de 9 Direito do Consumidor Escriturário do Banco do Brasil Aula Demonstrativa 1 de 9 www.direcaoconcursos.com.br Sumário SUMÁRIO 2 APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA 3 APRESENTAÇÃO 3 METODOLOGIA 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR 1 DIREITO DO CONSUMIDOR PONTO 1: A Defesa do Consumidor na CF/88 PONTO 2: Elaboração do CDC PONTO 3: Campo de Aplicação PONTO 4: Princípios art. 4º do CDC PONTO 5: Direitos Básicos art. 6º, CDC 1. A Defesa

Leia mais

FUNDAÇÃO PROCON SÃO PAULO

FUNDAÇÃO PROCON SÃO PAULO APRESENTAÇÃO No ano em que o Código de Defesa do Consumidor completa 21 anos e o Procon-SP comemora seus 35, lançamos este CDC de bolso para que os consumidores possam ter sempre à mão os temas usualmente

Leia mais

Cód. barras: STJ (2012) Sumário

Cód. barras: STJ (2012) Sumário Cód. barras: STJ00094885 (2012) Sumário I - Introdução ao estudo do Direito do Consumidor... 1 1. Breve incursão histórica... 1 2. Autonomia do Direito do Consumidor... 5 3. A posição do direito do consumidor

Leia mais

Código de Defesa do Consumidor p/ BANCO DO BRASIL

Código de Defesa do Consumidor p/ BANCO DO BRASIL Aula 01 Código de Defesa do Consumidor p/ BANCO DO BRASIL www.concurseiro24horas.com.br 2 48 AULA INAUGURAL 1. Considerações iniciais... 3 2. Sobre nosso curso... 4 3. Cronograma de aulas... 5 4. Introdução

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Direitos Básicos. Profa. Roberta Densa

DIREITO DO CONSUMIDOR. Direitos Básicos. Profa. Roberta Densa DIREITO DO CONSUMIDOR Direitos Básicos Profa. Roberta Densa Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento

Leia mais

INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR

INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO DO CURSO... 4 Introdução ao Direito do Consumidor...4 2. HARMONIZAÇÃO, EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO NO DIREITO DO CONSUM- IDOR...7

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM ELEMENTOS SUBJETIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Elementos da relação jurídica de consumo CONSUMIDOR FORNECEDOR

Leia mais

DIREITO DIGITAL LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE /10/2016 CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. Social Commerce

DIREITO DIGITAL LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE /10/2016 CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. Social Commerce Direito Digital Social Commerce Também conhecido como Comércio Social, é uma modalidade de comércio eletrônico que trabalha o relacionamento interpessoal, indo além da simples transação comercial. Exemplos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Breves Comentários sobre a Função Social dos Contratos Alessandro Meyer da Fonseca* O Código Civil, composto de uma parte geral e cinco partes especiais, estabelece as regras de

Leia mais

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Código

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Comunicação Social Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional CAPÍTULO V DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação,

Leia mais

Tribunais Direito do Consumidor Paulo Ellery Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Tribunais Direito do Consumidor Paulo Ellery Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Tribunais Direito do Consumidor Paulo Ellery 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DIREITO DO CONSUMIDOR Tribunais 2012 - FCC PROF. PAULO ELLERY ORGANIZANDO O CONTEÚDO

Leia mais

O CONSUMIDOR NA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO

O CONSUMIDOR NA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO O CONSUMIDOR NA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Karime Pereira Bednasky AGNE 1 Patrick Ronielly DOS SANTOS 2 Eduardo NOVACKI 3 RESUMO: O objetivo de estudo deste artigo é a analise da relação jurídica consumerista

Leia mais

Pós-Graduação em Direito da Saúde

Pós-Graduação em Direito da Saúde Pós-Graduação em Direito da Saúde TEMA DA AULA DE HOJE Como Diminuir os Aumentos Abusivos Aplicados pelas Operadoras de Planos de Saúde CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE 1. Definição de contrato de plano de

Leia mais

Etec Gino Rezaghi Cajamar Prof. Wilson Roberto

Etec Gino Rezaghi Cajamar Prof. Wilson Roberto 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS CONSTANTES DO CDC Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, ou seja, é qualquer pessoa que compra um produto

Leia mais

Ponto 3 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL

Ponto 3 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL Ponto 3 1 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL 2 CONCEITO DIREITO COMERCIAL É O RAMO DO DIREITO QUE REGULA AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DE MERCADO 3 AS FONTES DO DIREITO COMERCIAL - A LEI (norma jurídica)

Leia mais

AULA 07 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR. PROTEÇÃO DA INCOLUMIDADE FÍSICA DO CONSUMIDOR - Direito à Segurança - Artigo 6º, inciso I, do CDC

AULA 07 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR. PROTEÇÃO DA INCOLUMIDADE FÍSICA DO CONSUMIDOR - Direito à Segurança - Artigo 6º, inciso I, do CDC AULA 07 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR PROTEÇÃO DA INCOLUMIDADE FÍSICA DO CONSUMIDOR - Direito à Segurança - Artigo 6º, inciso I, do CDC Vida, saúde e segurança são bens jurídicos inalienáveis

Leia mais

Relação Jurídica de Consumo

Relação Jurídica de Consumo AULA INTRODUTÓRIA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N. 8.078/90 Relação Jurídica de Consumo 1 1. Apresentação do curso de pós-graduação em Direito

Leia mais

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COACHING

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COACHING CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COACHING Base Legal Artigos 593 a 609 Novo Código Civil; Código de Defesa do Consumidor Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas

Leia mais

Direito do Consumidor

Direito do Consumidor Nathália Stivalle Gomes 38 Direito do Consumidor 2016 Resumos p conc v38 -Gomes-Dir Consumidor-1ed.indb 3 25/08/2016 12:12:44 Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR Leia a lei: Arts. 1º e 7º do

Leia mais

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO...

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... Sumário PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... 17 1. JURISDIÇÃO... 17 1.1. Conceito de jurisdição... 17 1.2. Princípios da jurisdição... 17 1.3. Espécies de Jurisdição... 19 1.4. Competência... 21

Leia mais

08/11/2013. Social Commerce. Direito Digital

08/11/2013. Social Commerce. Direito Digital Direito Digital 1 Social Commerce Também conhecido como Comércio Social, é uma modalidade de comércio eletrônico que trabalha o relacionamento interpessoal, indo além da simples transação comercial. Exemplos

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Princípios Gerais Parte II Prof. Francisco Saint Clair Neto PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO DO CONSUMIDOR (ART. 1º DA LEI 8.078/1990) A natureza de norma de ordem pública e interesse social

Leia mais

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO...

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... Sumário PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... 19 1. JURISDIÇÃO... 19 1.1. Conceito de jurisdição... 19 1.2. Princípios da jurisdição... 19 1.2.1. Investidura... 19 1.2.2. Indelegabilidade... 20 1.2.3.

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS

TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS COMENTADO 1 Direito Previdenciário INSS 2014 - TSS 1) Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil 2012 ESAF Assinale a opção incorreta. Compete ao Poder

Leia mais

AULA 10: ASPECTOS HISTÓRICOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO

AULA 10: ASPECTOS HISTÓRICOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO AULA 10: ASPECTOS HISTÓRICOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes O homem é um ser social. Como o homem satisfazia suas necessidades básicas nas primeiras organizações sociais? Havia a tradicional

Leia mais

Projeto de Lei nº de (Do Sr. Marcos Rotta)

Projeto de Lei nº de (Do Sr. Marcos Rotta) Projeto de Lei nº de 2016 (Do Sr. Marcos Rotta) Dispõe sobre a proibição de imposição da cobrança de consumação mínima em casas noturnas, bares, boates, restaurantes e congêneres e dá outras providências

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE UBÁ PROMOTORIA DE DEFESA DO CONSUMIDOR E PROCON ESTADUAL RECOMENDAÇÃO Nº 01/2013 PROCON ESTADUAL Dispõe sobre a obrigatoriedade de afixação de preços nos estabelecimentos

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL Tópico da aula: Limitação de cobertura para materiais e medicamentos utilizados durante a internação de beneficiário de plano de saúde. Caso prático Beneficiária,

Leia mais

VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Dra. Adriana Borghi Fernandes Monteiro Promotora de Justiça Coordenadora da Área do Consumidor Vício do Produto ou do Serviço CDC

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica A RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE POR ACIDENTES DE CONSUMO. Letícia Mariz de Oliveira Advogada

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica A RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE POR ACIDENTES DE CONSUMO. Letícia Mariz de Oliveira Advogada TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica A RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE POR ACIDENTES DE CONSUMO Letícia Mariz de Oliveira Advogada A Seção II (Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço), do

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE A lei que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde é a 9.656, de 03 de julho de 1998. Plano Privado de Assistência à

Leia mais

LUCAS NEIVA LEI /2011

LUCAS NEIVA LEI /2011 LUCAS NEIVA LEI 12.527/2011 2016 - Prefeitura de Paulínia Procurador Joana, moradora do Município ABC, apresentou pedido de acesso a informações à Pessoa Jurídica XYZ, concessionária de serviço público

Leia mais

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula 02 Tema: Princípios constitucionais de proteção ao consumidor 1 CONCEITO DE CONSUMIDOR Artigo 2º da Lei n. 8.078/90 Consumidor é toda pessoa

Leia mais

Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar

Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar Formação de Servidores do PROCON RJ - 2012 AULA 01 03/07/2012 Turma RC01 Professor e Advogado. Especialista em Relações de Consumo pela

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto Entende-se como direitos básicos do consumidor os interesses mínimos, materiais ou instrumentais, relacionados a direitos fundamentais universalmente

Leia mais

Prof. Me. Edson Guedes. Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO

Prof. Me. Edson Guedes. Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO Prof. Me. Edson Guedes Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO 5. Direito Civil Unidade II 5.1 Da validade dos negócios jurídicos; 5.2 Responsabilidade civil e ato ilícito; 5. Direito Civil 5.1 Da validade

Leia mais

Questões fundamentadas do Código de Defesa do Consumidor-CDC Lei 8.078/90

Questões fundamentadas do Código de Defesa do Consumidor-CDC Lei 8.078/90 Questões Fundamentadas do 1 APOSTILA AMOSTRA Para adquirir a apostila digital de Questões Fundamentadas do Código de Defesa do Consumidor- CDC Lei 8.078/90 acesse o site: www.odiferencialconcursos.com.br

Leia mais

FONTES DO DIREITO DIREITO DO TRABALHO FONTES FORMAIS DO DIREITO DO TRABALHO FONTES FORMAIS DO DIREITO DO TRABALHO 2

FONTES DO DIREITO DIREITO DO TRABALHO FONTES FORMAIS DO DIREITO DO TRABALHO FONTES FORMAIS DO DIREITO DO TRABALHO 2 FONTES DO DIREITO Fontes materiais referem-se aos fatores sociais, econômicos, políticos, filosóficos e históricos que deram origem ao Direito, DIREITO DO TRABALHO influenciando na criação das normas jurídicas;

Leia mais

Projeto de Lei nº de O Congresso Nacional decreta:

Projeto de Lei nº de O Congresso Nacional decreta: Projeto de Lei nº de 2011. Altera a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, a fim de disciplinar o prazo de entrega de imóveis ofertados no mercado de consumo e dá outras providências. O Congresso Nacional

Leia mais

Aula 00 Ética na Administração do Estado e Atribuições p/ ARTESP (Analista de Suporte à Regulação)

Aula 00 Ética na Administração do Estado e Atribuições p/ ARTESP (Analista de Suporte à Regulação) Aula 00 Ética na Administração do Estado e Atribuições p/ ARTESP (Analista de Suporte à Regulação) Professor: Tiago Zanolla 00000000000 - DEMO LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ARTESP Teoria e questões comentadas

Leia mais

.,.. \ ~ Sumário. Nota à 2ª edição, xi Prefácio, xiii Introdução, 1

.,.. \ ~ Sumário. Nota à 2ª edição, xi Prefácio, xiii Introdução, 1 Sumário.,.. \ ~ Nota à 2ª edição, xi Prefácio, xiii Introdução, 1 Parte I - A PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR: GENERALIDADES, 5 1 O Poder Constituinte, 7 1.1 Noção de poder constituinte, 7 1.2 Poder Constituinte

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR Art. 48 {ADCT}. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa

Leia mais

SUMÁRIO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

SUMÁRIO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR SUMÁRIO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990... 1 TÍTULO I DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR... 1 Capítulo I Disposições gerais... 1 Capítulo II Da política nacional de relações

Leia mais

PROCON-MA Fiscal de Defesa do Consumidor. CONHECIMENTOS GERAIS (30 questões - Peso 1)

PROCON-MA Fiscal de Defesa do Consumidor. CONHECIMENTOS GERAIS (30 questões - Peso 1) Direito Administrativo (5 ) 1. Direito administrativo: Conceito, Objeto e Fontes. 2. Administração Pública: Conceito e Princípios. 3. Organização Administrativa Brasileira: Princípios; Espécies; Formas

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO CONSUMIDOR

DIREITO PROCESSUAL DO CONSUMIDOR DIREITO PROCESSUAL DO CONSUMIDOR www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. DIREITOS TUTELADOS...5 Área de estudo... 5 Disciplina... 5 Defesa de Direitos... 5 2. LEGITIMADOS A PROPOR AÇÃO...9 Legitimidade no processo

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA. 1. Curso: Direito 2. Código: 14 e Turno(s) Diurno X Noturno X

PROGRAMA DE DISCIPLINA. 1. Curso: Direito 2. Código: 14 e Turno(s) Diurno X Noturno X Universidade Federal do Ceará Pró-Reitoria de Graduação Coordenadoria de Projetos e Acompanhamento Curricular Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento Curricular PROGRAMA DE DISCIPLINA 1. Curso: Direito 2.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 05/12/2017). Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor. Responsabilidade por vício do produto ou serviço.

Leia mais

AUMENTO ABUSIVO NAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE

AUMENTO ABUSIVO NAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE MÓDULO II Contratos em Espécie no Código de Defesa do Consumidor (30 horas-aula) AUMENTO ABUSIVO NAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE Prof. Joseval Martins Viana - Aula n. 31 do Curso de Pós-Graduação

Leia mais

Teoria dos Direitos Fundamentais

Teoria dos Direitos Fundamentais 1 Teoria dos Direitos Fundamentais 1 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais Imagine uma situação em que o Estado exerce seu poder sem limites. Quem estiver de fora desse Estado, estará sofrendo interferências

Leia mais

Atendimento e Legislação

Atendimento e Legislação Atendimento e Legislação Consumidor Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Atendimento e Legislação LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Dispõe sobre

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Direito Disciplina: Direito das Relações de Consumo Código: DIR81 Professor: Frank Land Ribeiro Bastos E-mail: frank.bastos@fasete.edu.br

Leia mais

AULA 12: DIREITO DO CONSUMIDOR II

AULA 12: DIREITO DO CONSUMIDOR II AULA 12: DIREITO DO CONSUMIDOR II Prof. Thiago Gomes Nas aulas anteriores... Evolução Histórica do Direito do Consumidor Conceitos de Consumidor, Fornecedor, Produto e Serviço Direitos do Consumidor I

Leia mais

Sumário 1 Noções Gerais 2 Conceitos 3 Direito do Consumidor

Sumário 1 Noções Gerais 2 Conceitos 3 Direito do Consumidor Sumário 1 Noções Gerais 1.1 Introdução à matéria: defesa e proteção ao consumidor 1.2 Breve histórico do movimento consumerista 1.3 Preocupação supraestatal 1.4 Tratamento constitucional 1.5 Consumerismo:

Leia mais

Nos termos do art. 3º, 2º, do CDC, as atividades desenvolvidas pelas instituições

Nos termos do art. 3º, 2º, do CDC, as atividades desenvolvidas pelas instituições REVISTA JURÍDICA CONSULEX ONLINE Doutrina Walter Douglas Stuber e Henrique Bonjardim Filizzola WALTER DOUGLAS STUBER e HENRIQUE BONJARDIM FILIZZOLA são, respectivamente, sócio-fundador e advogado do escritório

Leia mais

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes QUESTÃO DO DIA Julispeterson, sabendo das dificuldades para conseguir atendimento médico na rede pública, resolveu adquirir um plano

Leia mais

EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016. Prof.ª Natale Souza

EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016. Prof.ª Natale Souza EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016 NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO TARDE Prof.ª Natale Souza Olá queridos concurseiros EBSERH, vamos continuar os estudos? Vários editais

Leia mais

A nova Lei Geral de Proteção de Dados

A nova Lei Geral de Proteção de Dados A nova Lei Geral de Proteção de Dados Repercussões para a atividade empresarial: a importância do consentimento para o tratamento dos dados pessoais Parte III Ana Frazão Advogada. Professora de Direito

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Princípios Gerais Parte IV Prof. Francisco Saint Clair Neto PRINCÍPIO DA HIPOSSUFICIÊNCIA DO CONSUMIDOR (ART. 6º, INC. VIII, DA LEI 8.078/1990) experiências; CAPÍTULO III Dos Direitos

Leia mais

virarapágina Aula-tema 01

virarapágina Aula-tema 01 Clickaquipara virarapágina Aula-tema 01 Disciplina Direito do Consumidor Elaboração de Conteúdo Me. Alan Martins Leitura Crítica Esp. Renan Fernandes Pedroso Revisão Textual Lucyana Mognon 2 Vice-Presidente

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 19/09/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 19/09/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 19/09/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 06 Fontes do Direito e suas Implicações Fato Social X Fato

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA SAÚDE

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA SAÚDE CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA SAÚDE PRINCÍPIOS GERAIS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1. Princípios gerais do direito 2. Princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor na Saúde 3. Indicação

Leia mais

42) Quanto aos elementos ou requisitos de validade dos atos administrativos não podemos afirmar:

42) Quanto aos elementos ou requisitos de validade dos atos administrativos não podemos afirmar: Finalmente, hoje, terminaremos os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 41) Analise as situações abaixo e assinale a alternativa correta: I Ronaldo é Auditor Fiscal da Receita Federal aposentado

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO CONCEITO E FUNDAMENTOS

DIREITO DO TRABALHO CONCEITO E FUNDAMENTOS DIREITO DO TRABALHO CONCEITO E FUNDAMENTOS CONCEITO E FUNDAMENTOS O Direito do Trabalho é o ramo do direito que estuda as relações existentes entre empregados e empregadores, vinculados a uma relação de

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 27/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 27/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 27/360 ADMINISTRATIVO INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

Noções de Direito Administrativo e Constitucional

Noções de Direito Administrativo e Constitucional Considerações iniciais Considera-se Direito como um sistema normativo do qual são extraídos imperativos de conduta. Embora seja único e indivisível, a subdivisão se torna uma prática importante para o

Leia mais

AULA 11: DIREITO DO CONSUMIDOR I

AULA 11: DIREITO DO CONSUMIDOR I AULA 11: DIREITO DO CONSUMIDOR I Prof. Thiago Gomes Você é consumidor? Posso ser consumidor sem ter comprado nada? Comprei um pijama pela internet e recebi uma pantufa rosa.quais são meus direitos? 1 Nas

Leia mais

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação.

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2013/02 DISCIPLINA: DIREITO DO CONSUMIDOR PROFESSOR: IGOR RODRIGUES BRITTO TURMA: 6º AM / BM / DN

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Introdução ao direito do consumidor Capítulo 2 Relação jurídica de consumo... 25

SUMÁRIO. Capítulo 1 Introdução ao direito do consumidor Capítulo 2 Relação jurídica de consumo... 25 SUMÁRIO Capítulo 1 Introdução ao direito do consumidor... 19 1. Noções iniciais... 19 2. Defesa do consumidor e a constituição federal... 19 3. Peculiaridades das normas de proteção ao consumidor... 20

Leia mais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Texto compilado Vigência Mensagem de veto Regulamento Regulamento Regulamento (Vide Decreto nº 2.181, de 1997) Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. PROJETO DE LEI N o 2.741, DE 2003

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. PROJETO DE LEI N o 2.741, DE 2003 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 2.741, DE 2003 Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor

Leia mais

Aula 4. Princípios da relação jurídica

Aula 4. Princípios da relação jurídica Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Direito Constitucional - 04 Professor (a): Samuel Côrtes Monitor (a): Caroline Gama Aula 4 Princípios da relação jurídica A elaboração do Código de

Leia mais