ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE
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- João Vítor Gama de Sintra
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1 ARQGA / 1006 ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ELEVAÇÃO DA γ-glutamiltransferase SÉRICA NA HEPATOPATIA ESQUISTOSSOMÓTICA NÃO SE CORRELACIONA COM A CARGA PARASITÁRIA E PRECEDE ALTERAÇÕES ULTRA-SONOGRÁFICAS Ana Cristina de Castro AMARAL, Luciane Aparecida Köpke de AGUIAR, Mônica Rodrigues de Araújo SOUZA, Carlos Fischer de TOLEDO e Durval Rosa BORGES RESUMO Racional - As alterações hepáticas constituem as mais importantes manifestações da esquistossomose mansônica. Não são conhecidos fatores que expliquem elevação sérica de enzimas indicadoras de colestase na forma hepatoesplênica da doença. Objetivo - Avaliar a correlação entre elevação da γ-glutamiltransferase sérica e a carga parasitária e alterações ultra-sonográficas em pacientes esquistossomóticos. Casuística e método - Foram avaliados 25 pacientes portadores da forma crônica pura da esquistossomose, quanto a presença ou não de elevação enzimática, quanto a carga parasitária (baixa x média/alta) e quanto a parâmetros ultra-sonográficos. Foi realizada, ainda, análise do índice de protrombina e contagem de plaquetas. Resultados - Dos 25 pacientes, 13 apresentavam elevação da γ-glutamiltransferase sérica. Não houve correlação significativa entre elevação de γ-glutamiltransferase e carga parasitária, ou entre elevação da enzima e alterações ultra-sonográficas. O índice de protrombina e a contagem de plaquetas também não foram diferentes entre os dois grupos (γ-glutamiltransferase normal e γ-glutamiltransferase elevada). Conclusão - A carga parasitária não explica o aumento da γ-glutamiltransferase sérica em pacientes portadores de esquistossomose e a ultra-sonografia convencional não é método sensível para detectar alteração sugerida pela elevação da enzima nestes pacientes. DESCRITORES Esquistossomose mansoni. Colestasia intra-hepática. Gama-glutamiltransferase. Setor de Esquistossomose, Disciplina de Gastroenterologia, Departamento de Medicina. Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, UNIFESP-EPM. Endereço para correspondência: Dr. Durval Rosa Borges Rua Jabuticabeiras, São Paulo, SP. drborges.dmed@epm.br 27 Arq Gastroenterol V no. 1 - jan./mar. 2002
2 INTRODUÇÃO A esquistossomose mansônica é doença que infecta mais de 200 milhões de pessoas em 75 países (8). No Brasil, calcula-se que o número de pessoas infectadas pelo S. mansoni seja de aproximadamente 10 milhões. O parasita escapa de mecanismos iniciais de defesa orgânica (6) e 90% a 95% das pessoas infectadas evoluem para formas crônicas da doença com manifestações hepáticas. As alterações hepáticas constituem as mais importantes manifestações da doença, sendo característico o quadro anatomopatológico da fibrose de Symmers. A doença é essencialmente mesenquimal e não-parenquimatosa; a arquitetura dos lóbulos hepáticos não é alterada e os sinusóides hepáticos não estão colapsados, como acontece no fígado cirrótico (8). Na hepatopatia esquistossomótica, apesar de função razoavelmente preservada, o aumento do índice de protrombina permite evidenciar o comprometimento precoce da síntese hepática protéica (7). A trombocitopenia, secundária ao hiperesplenismo, é marcador da hipertensão portal em formas graves (18). Alteração do metabolismo hormonal (19), alterações de enzimas séricas (9) e presença de fibrose (4) podem também ser precocemente detectadas. Apesar da esquistossomose hepática não ser caracterizada pela presença de colestase stricto sensu, já foram descritas elevações séricas de enzimas colestáticas em pacientes portadores das formas hepatoesplênicas ou hepatointestinais. BARRETO (1) analisou 81 casos de esquistossomose hepatoesplênica e encontrou, em 20% dos casos, níveis aumentados de fosfatase alcalina (FA), mais de duas vezes e meia o valor da normalidade. GANC (11), estudando alterações do sistema bilífero intra-hepático nas doenças do fígado, observou que fígados esquistossomóticos apresentavam árvore biliar desarmônica, com ductos distorcidos e irregularidades em seus contornos, exibindo freqüentemente estenoses focais curtas e impressões micronodulares. Observou ainda nítido paralelismo entre alterações dos sistema portal e bilífero. MANSOUR et al. (14) encontraram elevação de γ-glutamiltransferase (γgt) em pacientes com a forma hepatoesplênica da doença. KARDORFF et al. (13) encontraram incidência em torno de 15% de formas colestáticas em pacientes esquistossomóticos e observaram que o aumento da γgt sérica ocorreu mais freqüentemente que o aumento das aminotransferases. Experimentalmente a avaliação de ductos biliares de camundongos infectados com S. mansoni, mostrou alterações que incluem inflamação crônica das paredes destes ductos, indicando espessamento da parede e hiperplasia do endotélio ductal. O espessamento da parede dos ductos biliares induzido pelos parasitas, poderia ser resultante da infiltração de células envolvidas na resposta inflamatória e da proliferação de fibroblastos (3, 17). Em humanos, VIANNA et al. (20) analisaram biopsias hepáticas de pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e encontraram lesões de ductos biliares (fibrose periductal, hiperplasia do epitélio dos ductos, degeneração dos ductos biliares e proliferação ductular marginal) em 55,3% dos casos, sendo que as variáveis degeneração de ductos biliares e proliferação ductular foram relacionadas com a presença do parasita. Não relacionaram, porém, os achados histológico com níveis séricos de enzimas. MARTINS e BORGES (15) estudaram os valores da γgt sérica em portadores de esquistossomose, não-alcoólatras, e verificaram que, após a ingestão de etanol 1 g/kg de peso, não houve mudança significativa nos seus valores, tanto nos pacientes com níveis séricos basais normais, como naqueles com níveis basais elevados da enzima. Isso sugere que o mecanismo responsável pelo aumento da γgt sérica em pacientes esquistossomóticos é diferente do que ocorre no etilismo crônico. Foi sugerido que alta carga parasitária seja um dos mecanismos de elevação da ALT na esquistossomose mansônica (10). Por outro lado, a padronização do estudo ecográfico na esquistossomose (5) não faz referência específica a aspectos de colestase. Por estes motivos, decidiu-se estudar a relação entre γgt sérica, tanto com carga parasitária, como com aspectos ecográficos. PACIENTES E MÉTODO Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina UNIFESP-EPM, participaram do estudo, transversal e prospectivo, 25 pacientes com idade superior a 18 anos e com forma crônica ativa pura da esquistossomose, acompanhados no Ambulatório de Esquistossomose da Disciplina de Gastroenterologia da UNIFESP-EPM. A forma ativa caracterizou-se pelo fato dos pacientes terem exames protoparasitológicos de fezes positivos para ovos viáveis de S. mansoni. Os pacientes foram considerados como acometidos de forma pura por serem eutróficos (IMC 20 e <30 kg/m²), não-alcoolistas, isto é, abstêmios ou com ingestão alcoólica inferior a 160 g/semana (2), não usuários de fármacos e HBsAg, anti-hbc e anti-hcv negativos (7, 18). Após a realização dos exames laboratorial e ecográfico, os pacientes foram tratados com oxamniquina (dose única de 12,5-15 mg/kg de peso). Valores séricos de γgt e FA foram considerados elevados quando superiores a uma e meia vezes o limite superior da normalidade. As determinações enzimáticas foram realizadas em equipamento Technicon RA 1000, a 37 C, com kits da Merk Diagnóstica, Darmstadt, Germany. Para os métodos usados, foram considerados como limite superior da normalidade os valores de 50 U/L para γgt e de 270 U/L para a FA. O índice de protrombina foi determinado no aparelho Behring Fibrintimer II, com tromboplastina Thromborel S (código , 28 Arq Gastroenterol V no. 1 - jan./mar. 2002
3 lote A), adquirida do Laboratório Dado Behring (Marburg, Germany). Valor de referência: até 1,20 INR (International Normalized Ratio). A contagem de plaquetas foi eletrônica e automatizada pelo aparelho Serono Diagnostics-system Valor de referência: 150 a 400 plaquetas/nl. O exame parasitológico de fezes foi realizado pelo método de Kato Katz. A carga parasitária foi considerada alta quando o número de ovos/grama de fezes foi maior que 400, moderada de 100 a 400 ovos/grama e baixa quando inferior a 100 ovos/grama (7). Os exames ecográficos foram realizados por um único examinador no Setor Abdome do Departamento de Diagnóstico por Imagem da UNIFESP-EPM e interpretados de acordo com a padronização do ultra-som na esquistossomose (5), sem conhecimento dos resultados laboratoriais. Conforme esta padronização, os parâmetros utilizados para classificar a ultra-sonografia de abdome superior como normal são: lobo hepático esquerdo <70 mm, lobo hepático direito <140 mm, na linha médio-clavicular, baço com diâmetro longitudinal <120 mm, calibre de veia porta <12 mm, calibre de veia esplênica <9 mm e fibrose periportal ausente. A ultra-sonografia foi considerada alterada quando dois ou mais parâmetros estavam fora destes limites. Análise estatística dos dados foi feita com o uso do SPSS software, version 10,9 1999, INSO Co. (Chicago, EUA). RESULTADOS Dos 25 pacientes, 13 apresentavam γgt sérica elevada, dos quais 5 tinham FA também elevada. Nenhum paciente apresentou FA aumentada com γgt normal. Dos 13 pacientes com γgt elevada, em 6 a carga parasitária foi baixa e em 7 foi média/alta. Dos 12 pacientes com γgt normal, 6 apresentaram carga parasitária baixa e em 6 a carga parasitária foi média/alta, conforme evidenciado na Tabela 1. Não houve diferença de carga parasitária (χ² P = 0,835) entre os dois grupos (com γgt sérica elevada e γgt sérica normal). A γgt sérica foi mais sensível do que a FA em sugerir colestase (χ² P = 0,039). A Tabela 1 mostra que dos 11 pacientes com ultra-sonografia normal, 7 apresentavam carga parasitária baixa e 4 apresentavam carga parasitária média/alta. Já no grupo dos 14 pacientes com exame ecográfico alterado, 5 apresentavam carga parasitária baixa e 9 média/alta (χ² P = 0,325). Com relação à carga parasitária, 13 dos 25 pacientes apresentaramna baixa e 12 média/alta. A Tabela 2 compara os valores enzimáticos (mediana e intervalo de variação) encontrados nos pacientes e as respectivas cargas parasitárias: observa-se que não houve diferença significativa entre os dois grupos divididos quanto à carga parasitária. Comparando-se os grupos com γgt normal e elevada, verifica-se haver diferença significativa quanto ao índice de protrombina, mas não quanto a contagem de plaquetas (Tabela 3). TABELA 1 Número de pacientes com carga parasitária baixa ou média/alta e o número de pacientes com γgt sérica normal ou elevada e com ou sem alterações ultra-sonográficas Carga parasitária baixa Carga parasitária média/alta γgt normal 6 6 γgt elevada 6 7 Ultra-som normal 7 4 Ultra-som alterado 5 9 TABELA 2 Valores séricos da γgt e da fosfatase alcalina (mediana e intervalo de variação) quanto a carga parasitária Enzima Carga parasitária Carga parasitária Mann-Whitney (n = 12) baixa (n = 13) média/alta γgt (U/L) 44 (14-185) 46 (7-226) P = 0,807 Fosfatase alcalina (U/L) 188 ( ) 273 ( ) P = 0,110 TABELA 3 Índice de protrombina (IP) e contagem de plaquetas nos grupos de pacientes: com γgt sérica normal ou γgt sérica elevada (média ± desvio padrão) Grupo IP (INR) Plaquetas/nL γgt (U/L) normal 1,17 ± 0, ± 29 γgt (U/L) elevada 1,24 ± 0, ± 27 teste t P = 0,040 P = 0,659 V no. 1 - jan./mar Arq Gastroenterol 29
4 Com relação aos achados ultra-sonográficos, foram encontrados 11 pacientes com exame considerado normal e 14 alterado. No grupo de pacientes com ultra-sonografia normal, sete possuíam γgt normal e quatro apresentavam γgt elevada. Já no grupo de pacientes com exame ultra-sonográfico considerado alterado, cinco apresentavam γgt normal, enquanto nove apresentavam valores elevados da enzima. A incidência de γgt elevada não diferiu entre os dois grupos (χ² P = 0,325), isto é, entre os grupos com ou sem alteração ecográfica (Tabela 4). A Tabela 5 mostra que não houve diferença significativa entre os valores enzimáticos encontrados nestes dois grupos de pacientes (com ultra-sonografia normal ou alterada). DISCUSSÃO O termo colestase, como originalmente utilizado por POPPER e SCHAFFNER (16), tem conotação morfológica, mas foi ampliado para incluir tanto características clínicas, quanto bioquímicas. Os níveis séricos da γgt estão freqüentemente aumentados em distúrbios colestáticos e este aumento parece estar relacionado à proliferação ductular biliar. Em paciente com colestase hepatocelular, onde não há obstrução de ductos biliares intra-hepáticos e, conseqüentemente, proliferação ductular, a γgt é geralmente normal, como ocorre na colestase recurrente benigna e na colestase da gravidez. Na ingestão crônica de etanol, estimulação crônica das enzimas do sistema microssomal de oxidação do etanol (MEOS) pode causar indução e liberação da fração microssomal da γgt, explicando aumento na atividade enzimática, mesmo na ausência de lesão estrutural hepática (12). Na esquistossomose a gravidade das lesões fibróticas está relacionada à intensidade da deposição de ovos do parasita num determinado período (8). KARDORFF et al. (13), assim como o presente estudo, não encontraram maior prevalência de níveis anormais de nenhum parâmetro bioquímico sérico em pacientes com alta taxa de deposição de ovos. Nesse mesmo estudo, encontrou-se prevalência aumentada de elevação da γgt apenas nos pacientes com fibrose periportal intensa, textura hepática irregular e vasos colaterais portofugais. Nesta casuística, porém, não foram estudados apenas esquistossomóticos com a forma pura da doença. O estudo presente não encontrou correlações positivas entre as alterações portais e periportais presentes à ultra-sonografia convencional e valores aumentados da γgt. Não houve também correlação positiva entre a carga parasitária e o aumento da atividade enzimática sérica da γgt. Com estes resultados podemos concluir que a ultra-sonografia convencional não é sensível para detectar alterações sugeridas pela elevação da γgt e, por outro lado, a carga parasitária não explica o aumento da γgt que pode ser encontrado em pacientes portadores de esquistossomose. A relação existente entre índice de protrombina e nível sérico de γgt sugere que a enzima se eleva em formas mais avançadas da doença e não como resultado de indução enzimática. A alteração da γgt pode, entretanto, preceder o estabelecimento da forma da doença clinicamente classificada como hepatoesplênica. Considerando a importância da esquistossomose em todo o mundo e em nosso meio, julgam-se que são necessários novos estudos para entender os mecanismos responsáveis pelo aumento da atividade sérica da γgt na hepatopatia esquistossomótica. Resultados preliminares de estudo em andamento apontam para a colangioressonância como método sensível na detecção de alterações ductais presentes em pacientes esquistossomóticos, com elevação sérica de enzimas colestáticas. TABELA 4 Número de pacientes com parâmetros ultra-sonográficos normais ou alterados e número de pacientes com γgt sérica normal ou γgt sérica elevada Ultra-som normal Ultra-som alterado γgt normal 7 5 γgt elevada 4 9 TABELA 5 Valores séricos γgt e da fosfatase alcalina (mediana e intervalo de variação) quanto a alterações ultra-sonográficas Enzima (U/L) Ultra-som normal Ultra-som alterado Mann-Whitney (n = 11) (n = 14) γgt 26 (14-185) 50 (7-226) P = 0,147 Fosfatase alcalina 215 ( ) 230 ( ) P = 0, Arq Gastroenterol V no. 1 - jan./mar. 2002
5 Amaral ACC, Aguiar LAK, Souza MRA, Toledo CF, Borges DR. Plasma γ-glutamyltransferase alteration in hepatic schistosomiasis bears no correlation with either the parasitic load or ultrasound alterations. Arq Gastroenterol 2002;39(1): ABSTRACT Background - Liver disorders are the major manifestations of schistosomiasis mansoni. Factors that account for increased concentrations of cholestasis-indicating enzymes in the hepatosplenic form of the disease are unknown. Objective - To assess the correlation between increased γ-glutamyltransferase serum levels and both the parasitic load and ultrasound alterations in patients with schistosomiasis. Patients and methods - Twenty-five patients with the chronic form of schistosomiasis were assessed for the presence or absence of increased enzymatic levels, for the parasitic load (low x medium/high) and for ultrasound parameters. Furthermore, analysis of prothrombin time and a platelet count were performed. Results - Of the 25 patients, 13 showed increased γ-glutamyltransferase plasma levels. No significant correlation was found between increased γ-glutamyltransferase levels and the parasitic load, or between increased enzyme levels and ultrasound alterations. Nor did the prothrombin index or the platelet count differ between the two groups (normal γ-glutamyltransferase levels and increased γ-glutamyltransferase levels). Conclusion - The parasitic load explains no rise in γ-glutamyltransferase plasma levels in patients with the chronic form of schistosomiasis, and conventional ultrasound is not a sensitive method to detect the alteration suggested by the increased enzyme level in those patients. HEADINGS Schistosomiasis mansoni. Cholestasis, intrahepatic. Gamma-glutamiltransferase. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Barreto VST. Alkaline phosphatase in schistosomiasis. Ann Intern Med 1971;74: Becker U, Deis A, Sorensen DIA, Gronbaek M, Borch-Johnsen K, Müller CF, Schnohr P, Jensen G. Prediction of risk of liver disease by alcohol intake, sex, and age: a prospective population study. Hepatology 1996;23: Bedi AJK, Isseroff H. Bile duct hyperplasia in mice infected with Schistosoma mansoni. Int J Parasitol 1979;9: Borges DR, Aguiar LK, Toledo CF, Martins JRM, Passeroti CC, Nader HB. Serum hyaluronate in schistosomiasis mansoni and cirrhosis. Hepatology 2000;32:419A. 5. The Cairo Working Group. The use of diagnostic ultrasound in schistosomiasis: attempts at standardization of methodology. Acta Trop 1992;51: Camacho-Lobato L, Borges DR. Plasma proteins of hemostasis in the hepatintestinal form of schistosomiasis mansoni. Clin Appl Thromb Hemost 1996;2: Camacho-Lobato L, Borges DR. Early liver dysfunction in schistosomiasis. J Hepatol 1998;29: El-Garem AA. Schistosomiasis. Digestion 1998;59: El-Haieg MO, Enein MM, Mustafa MA, El-Khodary MI, Refaat MA, Ibrahim IA, Abul-Fadl MA. Studies on certain serum enzymatic activities in hepatoesplenic bilharziasis. Egypt J Bilharz 1998;5: França AVC, Carrilho FJ, Silva LC, Laudanna AA. Prováveis mecanismos de elevação da alanina aminotranferase na esquistossomose mansônica [abstract]. Rev Inst Med Trop São Paulo 1993;35 Supl 10:S Ganc AJ. As alterações do sistema bilífero intra-hepático nas doenças do fígado: correlação anátomo-radiológica [tese]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina; International Hepatology Informatics Group. Hepatitis. In: Leevy CM, Sherlock S, Tygstrup N, Zetterman R, editors. Diseases of the liver and biliary tract. Standardization of nomenclature, diagnostic criteria and prognosis. New York: Raven; p Kardorff R, Gabone RM, Mugashe C, Obiga D, Ramarokoto CE, Mahlert C, Spannbrucker N, Lang A, Gunzler V, Gryseels B, Ehrich JH, Doering E. Schistosoma mansoni-related morbidity on Ukerewe Island, Tanzania: clinical, ultrasonographical and biochemical parameters. Trop Med Int Health 1997;2: Mansour MM, Farid Z, Bassily S, Salah LH, Watten RH. Serum enzyme tests in hepatoesplenic schistosomiasis. Trans R Soc Trop Med Hyg 1982;76: Martins RD, Borges DR. Ethanol challenge in non alcoholic patients with schistosomiasis. J Clin Pathol 1993;46: Popper H, Schaffner F. Pathophysiology of cholestasis. Hum Pathol 1970;1: Silva LC, Viana MR, Abrantes CP, Lima DMC, Falavigna AL, Antonelli-Cardoso RH, Galucci SDD, Brito T. Liver morphology with emphasis on bile ducts changes and survival analysis in mice submitted to multiple Schistosoma mansoni infections and chemoterapy. Rev Inst Med Trop São Paulo 1990;32: Souza MRA, Toledo CF, Borges DR. Thrombocytemia as a predictor of portal hypertension in schistosomiasis. Dig Dis Sci 2000;45: Traina E, Camacho-Lobato L, Borges DR. TRH-TSH test in patients with schistosomiasis chronic forms. Rev Inst Med Trop São Paulo 1996;38: Vianna MR, Gayotto LC, Telma R, Santos M, Alves VA, Fukushima J, Brito T. Intrahepatic bile duct changes in human hepatosplenic schistosomiasis mansoni. Liver 1989;9: Recebido em 18/5/2001. Aprovado em 3/8/2001. V no. 1 - jan./mar Arq Gastroenterol 31
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