Ano SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLES E GERENCIAMENTO DE RISCOS - SUCOR GERÊNCIA DE RISCOS - GERIS. Banco do Estado do Pará S.A
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- Geovane Aquino da Mota
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1 Ano SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLES E GERENCIAMENTO DE RISCOS - SUCOR GERÊNCIA DE RISCOS - GERIS Banco do Estado do Pará S.A
2 SUMÁRIO Pág. APRESENTAÇÃO GERENCIAMENTO DE RISCOS 1.1 Cultura de Gerenciamento de Riscos Estrutura de Gerenciamento de Riscos Informação e Comunicação de Gerenciamento de Riscos RISCO OPERACIONAL Parcela de Capital para o Risco Operacional Captura de Perdas Operacionais RISCO DE CRÉDITO Parcela de Exposição Ponderada pelo Risco RISCO DE MERCADO Metodologia Interna VaR Paramétrico Stress Test RISCO DE LIQUIDEZ Cenário Conservador Cenário de Estresse ÍNDICE DE BASILÉIA Evolução do Índice de Basiléia CONCLUSÃO
3 APRESENTAÇÃO Este relatório tem por objetivo, além de atender as Resoluções nºs 3.380/06 e 3.464/07 do Conselho Monetário Nacional, apresentar as principais ações tomadas pelo Banco do Estado do Pará S/A, no ano de 2008, concernente ao gerenciamento dos riscos inerentes aos negócios, com abrangência a avaliação das posições de risco e modificações ocorridas nos sistemas que gerenciam os riscos de mercado, liquidez, operacional e de crédito. O gerenciamento de riscos corporativos do Banpará, no nível metodológico, associa recomendações do Novo Acordo de Capital - Basiléia II, melhores práticas adotadas pela indústria financeira e normas internas e externas que objetivam gerar informações sistematizadas que servirão de base à identificação, avaliação, mensuração, mitigação e monitoração dos diversos riscos organizacionais
4 1. GERENCIAMENTO DE RISCOS GERENCIAMENTO DE RISCOS O gerenciamento de riscos visa garantir a continuidade dos negócios e, ao mesmo tempo, assegurar o retorno aos acionistas. O Banpará, na busca pela excelência, adota padrões mais rígidos do que os requeridos pelos órgãos reguladores CULTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS A cultura de gerenciamento de riscos tem um componente importante na identificação da exposição ao risco e determinação do nível em que são tolerados na condução dos negócios, sendo os diversos tipos de riscos objeto de avaliação constante nas reuniões dos Comitês de Risco de Crédito; Risco de Mercado e Liquidez; e Controles Internos e Risco Operacional, cujas atas são submetidas à apreciação da Diretoria da Instituição. A Organização busca disseminar a cultura de riscos e atingir um entendimento uniforme sobre o assunto entre o corpo funcional, através da disponibilização das políticas, dicionários de riscos, relatórios, bem como mediante a realização de palestras, workshops e treinamentos ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS O gerenciamento de riscos corporativos do Banpará, no nível organizacional, está vinculado à Diretoria de Planejamento e Controladoria DICOP e estruturado na Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos SUCOR conforme demonstra organograma funcional ilustrado na figura abaixo: Diretoria de Controladoria e Planejamento DICOP Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos SUCOR Gerência de Prevenção à Lavagem de Dinheiro GEPLD Gerência de Riscos GERIS Gerência de Controles Internos e Compliance GECIC Prevenção Gerenciamento Controle Risco Operacional Risco de Mercado e Liquidez Risco de Crédito - 4 -
5 1.3. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Para que a informação oriunda da área responsável pelo gerenciamento de riscos alcance a amplitude devida, bem como as ações mitigadoras sejam implementadas de forma tempestiva, são disponibilizados aos membros da alta administração e aos comitês constituídos, relatórios produzidos semanalmente, mensalmente, semestralmente ou extraordinariamente em situação de exposições potenciais a riscos que necessitem de correções imediatas RISCO OPERACIONAL Visando aprimorar o processo de gerenciamento do Risco Operacional, a Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos SUCOR promoveu, no segundo semestre/2008, a mudança de metodologia de auto-avaliação de controles internos, substituindo o CSA Control Self Assessment pelo CRSA Control and Risk Self Assessment, que contempla os riscos e ameaças aos objetivos de negócios; controles internos; riscos residuais inaceitáveis e aprimoramento de controles. Uma das principais vantagens da nova metodologia é o conhecimento do risco residual, que nada mais é do que o risco remanescente após a aplicação dos controles. A nova metodologia também possibilita ao gestor de riscos identificar para quais riscos é necessário melhoria de controle, quais possuem controles adequados e quais possuem controles em excesso, viabilizando uma melhor alocação dos recursos disponíveis para implementação de Planos de Ação para minimizar a exposição da instituição Parcela de Capital para o Risco Operacional O Banpará ainda adotou no segundo semestre a metodologia BIA - Abordagem do Indicador Básico para o cálculo da parcela de capital (POPR) exigida para fazer face ao risco operacional, que no período de julho a dezembro de 2008 manteve-se em R$ ,45. Para o próximo ano a previsão é adotar a metodologia AMA - Abordagem de Mensuração Avançada ou a metodologia ASA Abordagem Padronizada Alternativa - 5 -
6 Captura de Perdas Operacionais A continuidade na alimentação da base de perdas no Sistema de Controles Internos e Risco Operacional permite que se faça um comparativo das perdas operacionais por períodos. As perdas operacionais efetivas no ano de 2008 totalizaram R$ demonstrando uma queda acentuada em comparação com o período anterior RISCO DE CRÉDITO Fonte: Sucor/Geris Alinhado às melhores práticas adotadas pela indústria financeira, o Banco implementou, no 2º semestre/2008, o sistema Credit Score, Credit Rating e Riskscoring possibilitando a análise, decisão e concessão do crédito de acordo com as classificações de risco previstas em modelos estatísticos. O Banpará instituiu, também, um modelo proprietário que oportunizou a classificação de riscos das operações de crédito de clientes com responsabilidade total superior a R$ ,00, em conformidade com a Resolução CMN nº 2.682, de 21 de dezembro de Para o gerenciamento do risco global da carteira o Banpará implementou a ferramenta Gerencie Carteira que permite identificar concentrações para as segmentações classes de riscos, ramo de atividade, porte da empresa, região geográfica e unidades de negócios, assim como está em processo de licitação para aquisição do Sistema Portfólio MultiAnálise que é uma ferramenta que mensura os impactos de risco de crédito nas etapas de concessão e gestão de sua carteira de clientes, com base nos mais avançados conceitos e metodologias de análise, nos quais as múltiplas dimensões representam um diferencial para a qualidade de avaliação e decisão de investidores, gestores e analistas. O sistema é composto por 5 (cinco) módulos: Valor em Risco de Crédito (VaR), Contribuição individual de risco, Testes de Stress, Retorno Ajustado ao Risco (RAROC) e Precificação. O incremento no volume de operações de crédito da carteira comercial no segundo semestre/08 na ordem de 27,31% em relação ao semestre anterior e o decréscimo no nível de inadimplência de 1,28% para 1,18% comparando os dois períodos, denota eficiência e eficácia no gerenciamento do risco de crédito
7 Parcela de Exposição Ponderada pelo Risco - Crédito A parcela relativa à exposição ponderada por fator de risco (PEPR) para toda a carteira de crédito do Banpará, englobando todos os segmentos, fechou o segundo semestre/2008 em R$ Este semestre foi marcado pela ativação de créditos tributários na ordem de R$ ,40 no mês de novembro. O valor ativado não apresentou impacto sobre a referida parcela, pois ficou abaixo do limite de 40% do PR nível I RISCO DE MERCADO O gerenciamento da sensibilidade às taxas de juros, preços e indexadores é fundamental na Política de Risco de Mercado. Visando neutralizar e acompanhar as flutuações dos mercados, a SUCOR Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos realiza diariamente os cálculos das posições marcadas a mercado (MtM) e do Value at Risk (VaR) e monitora os descasamentos de vencimento e posições, dos limites de VaR e de VaR em cenários de estresse e os gerencia considerando os limites estabelecidos na Política de Risco de Mercado. Alinhado às melhores práticas de gerenciamento de risco de mercado, o Banpará analisa permanentemente avaliação da conjuntura econômica nacional e internacional Metodologia Interna VaR Paramétrico Como a maior parte dos ativos e passivos está sujeita a riscos de mercado, o Banpará adotou como metodologia interna para apuração e análise dos seus riscos o VaR Paramétrico que possibilita um diagnóstico em tempo real do conjunto de exposições das carteiras, além de fornecer cenários alternativos e seus impactos no valor das posições
8 VaR Proprietário x Limite de Exposição em Risco de Mercado Histórico de Risco O VaR proprietário (Res. CMN nº 3.464) calculado diariamente, para o prazo de um dia, com confiança de 95%, para o risco de mercado (trading e banking), não poderá ultrapassar 5% (cinco por cento) do Patrimônio de Referência (PR), do mês sob análise, conforme Política de Gerenciamento de Risco de Mercado. A extrapolação evidenciada no gráfico ocorreu em período que o mercado estava extremamente estressado, causando grande volatilidade nas taxas de juros, preços e indexadores, não tendo, portanto, origem em qualquer aspecto de âmbito interno. Ressalte-se que a metodologia de VaR representa uma boa metodologia na gestão do Risco de Mercado cotidiano, mensurada e monitorada diariamente, porém não captura eventos pontuais potenciais situações de crise, portanto, não é uma metodologia recomendada para mensuração de risco de mercado em cenário de estresse, afinal, um modelo probalístico baseado em estatísticas históricas não será capaz de capturar todas as dimensões passíveis de movimentos bruscos nunca antes observados Stress Test Como forma de compensar a deficiência do VaR em cenário de estresse, o Banpará realiza mensalmente o Stress Test, baseado nas determinações do Banco Central e recomendações de Basiléia II, fazendo análise de cenários históricos e hipotéticos de condições extremas de mercado, considerando o impacto de alterações em variáveis políticas e econômicas que possam interferir negativamente nas operações e posições financeiras do Banco RISCO DE LIQUIDEZ Em busca contínua das melhores práticas adotadas pela indústria financeira e aderência às recomendações de Basiléia II, o Banpará implementou no segundo semestre de 2008 o sistema ALM (Asset Liability Management), ferramenta que tem como objetivo apresentar o detalhamento da análise de liquidez representada pelo fluxo de caixa do Banco impactado pelo vencimento das operações ao longo de tempo, rolagens (acréscimo ou decréscimo das operações), atrasos, inadimplência e demais situações com impacto financeiro, inclusive despesas orçamentárias para o gerenciamento de Ativo e Passivo da Instituição, além da possibilidade da simulação de cenário de estresse - 8 -
9 CENÁRIO CONSERVADOR - MOVIMENTO DE CAIXA : 01/09/2008 com projeção para 90 dias CENÁRIO DE ESTRESSE: - MOVIMENTO DE CAIXA: 01/09/2008 com projeção para 90 dias, considerando Aumento de 10 % no atraso das operações de crédito, 20% nos saques de depósitos e nenhuma captação. Verifica-se nos gráficos que a menor margem projetada para um período de 90 dias é sempre positiva, com valor muito superior ao limite mínimo estabelecido na Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez - R$ ,00 a título de colchão de liquidez, excluindo-se deste os valores em numerário distribuídos entre as Agências. Estes quadros demonstram, em ambos os cenários, que o Banpará possui folga considerável em sua margem de liquidez podendo potencializar a aplicação de seus recursos e elevar sua rentabilidade
10 2. Índice de Basiléia O índice de Basiléia, representado pela relação entre o Patrimônio de Referência - PR e os Ativos Ponderados pelo Risco e que demonstra a solvabilidade da Instituição, atingiu 30,89% no final de 2008, superando o percentual mínimo de 11% exigido pelo Banco Central Evolução do índice de Basiléia Em percentual 3. Conclusão O Banpará vem constantemente aprimorando o gerenciamento de seus riscos corporativos, de forma integrada, em consonância com as melhores práticas adotadas pelo mercado, recomendações de Basiléia II e normas do Órgão Regulador, permitindo que atinja seus objetivos mediante nível aceitável de exposição a riscos, sem comprometer o bom desempenho dos negócios. Os dados apresentados neste relatório demonstram que mesmo em um cenário de crise sistêmica, as posições do Banco não foram afetadas, denotando eficiência e eficácia no gerenciamento dos riscos corporativos da Instituição. Braselino Carlos A. S. Silva Superintendente de Controles e Gerenciamento de Riscos
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