619 QUEM ENSINA QUEM? UMA REFLEXAQ SQBRE A PRATICA. EM FASE DE ros-alfabetizacao

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1 619 QUEM ENSINA QUEM? UMA REFLEXAQ SQBRE A PRATICA DE LEIIURA EM FASE DE ros-alfabetizacao deveriamos esperar que 0 objetivo primario da escola seria formar leitores criticos. Por j leitor critico, entendemos 0 indivfduo "capaz, por meio da leitura, de interagir com 0

2 620 cia crise cia leitura nas escolas, mas poucos parecem, de fato, chegar ao cerne cia questio. ele "Ie para aprender". Lajolo (1986) tam~m alerta para 0 problema, chamando aten~ para.o perigo de

3 621 Percebemos, entretanto, que a escola incentiva 0 aluno a acreditar que, para ser um bom leitor, basta apenas ser um bom decodificador de simbolos gnificos, como se 0 ato de ler fosse um processo mecanico e inconsciente, adquirido atraves de habito. Essa visio nlio considera 0 ato de leitura como uma atividade complexa, "nem tampouco considera os diversos componentes que interagem para criar significados. E fato que "0 exito do aluno, em termos de trajet6ria academica, depende em grande parte (ou fundamentalmente) da quafidade de oriental<lioque ele recebe na area de leitura" (Silva, 1985:58). Zilberman (1986) verifica a influencia positiva de uma leitura bem estimulada e exercitada no desempenho oral e escrito do aluno, em especial, na organiza~o formal de Portanto, embora seja inquestionavel a importancia da leitura para a forma~o de um individuo, a escola nlio cumpre seu papel de formadora. Consideremos a proposta de Scott (1986) para a formal<liode leitores criticos. 0 "ensuring students understand, with their hean as weu as their!hjljj W they are learning and practising the skius being taught, ~ they individually do so, to what extent proposed strategies are effective, and 1!!lJJJJ. the reading process involves" Dessa forma, 0 ensino da leitura deveria envolver, alem do conhecimento lingl1istico, 0 conhecimento do processo, 0 uso de estrategias eficientes de leitura

4 622 De acordo com Baker e Brown (1984), a habilidade de se refletir sobre 0 processo

5 623 Ferreira (1986) diz que 0 ate de leitura nao pode ser concebido como uma adierao

6 condi~ 624 para que 0 aluno desenvolva essa habilidade, levando-o a compreender 0 que BAKER, Linda & BROWN, Ann L. (1984) "Metacognitive Skills and Reading". In: P.D. Pearson (ed) Handbook of Readin& Researdl, N. Y., Longman, BRADSFORD, John D. (1m) Human Cognition, Learning, Understanding and Remembering, Belmont, C.A., Norwood, N.J.: Ablex. CATIANI, Maria Izabel & AGUIAR, Vera reixeira (1986) "Leitura no 1 0 Grau: A Proposta dos Curriculos". In: R. Zilberman (ed) Leitura em Crise na Escola: As Alternativas do Professor, Porto Alegre, Mercado Aberto. COHEN, Andrew (1987) "Recent Uses of Mentalistic Data in Reading Strategy Research". DELTA 3(1), FARACO, Carlos Alberto & CASTRO, Gilberto de (1989) "Leitura: Urna Retrospectiva Crftica da I>ecada de 80". LETRAS 38, UFPR, FERREIRO, Emilia (1986) Alfabetlza~o em Processo, 7 8 edi~, S.P., Cortez Editora & Editores Autores Associados. GOODMAN, Kenneth S. (1967) "Reading: A PsydlolinguisticGuessing Game". In: F. V. Gollasch (ed) Language and LIteracy: The Selected Writings of Kenneth S. Goodman, Vol. 1, Process, Theory Research, Boston, Routledge & Kegan Paul Ltd., HOSENFELD, Carol (1977) "A Preliminary Investigation Reading Strategies of Successful and Nonsuccessful Second Language Learners". System 5(2), (,1984) "Case Studies of 9th Grade Readers". In: J.C. Anderson & A. H. Urquart (eds) Reading in a Forelen Language, N.Y., Longman. (,1986)No Mundo da Escrita: Uma Perspectiva Psicolingiifstica, S.P., Editora Atica, Sene Fundamentos.

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