Processo saúde-doença de bovinos em rebanhos de assentamentos rurais do município de Corumbá, MS.

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1 Processo saúde-doença de bovinos em rebanhos de assentamentos rurais do município de Corumbá, MS. Aluna: Renata Graça Pinto Tomich Orientadora: Edel Figueiredo Barbosa Stancioli - Microbiologia - ICB/UFMG. Co-Orientadores: Aiesca Oliveira Pellegrin - EMBRAPA Pantanal - CPAP Múcio Flávio Barbosa Ribeiro - Parasitologia - ICB/UFMG Departamento de Microbiologia Instituto de Ciências Biológicas - ICB/UFMG Belo Horizonte, fevereiro de 2007

2 2 Renata Graça Pinto Tomich Processo saúde-doença de bovinos em rebanhos de assentamentos rurais do município de Corumbá, MS. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito para obtenção do grau de Doutor em Microbiologia. Belo Horizonte Instituto de Ciências Biológicas da UFMG 2007

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4 4 Ao meu marido, Thierry, exemplo de profissionalismo, o qual sem o incentivo, o carinho e a compreensão, este trabalho não existiria; Aos meus pais, José Roberto e Célia, exemplos de vida, de garra, de caráter, aos quais devo a minha formação moral e profissional; Sobretudo às famílias assentadas, as quais foram sujeitos participantes, fieis colaboradores para a realização do presente estudo, Dedico.

5 AGRADECIMENTOS 5 Ao meu marido, Thierry, pela compreensão, carinho, conselhos e ajuda na execução dessa pesquisa. Aos meus pais, José Roberto e Célia, e aos meus irmãos, Gustavo e Roberta, pelo carrinho, amizade e compreensão. Aos meus sobrinhos, Júlia e Luiz Eduardo, motivo de muita felicidade. Ao meu sogro, José Bosco, e em especial à minha sogra, Aruana, presente ao meu lado sempre que precisei e que muito me ajudou nos momentos mais difíceis da execução desse trabalho. À minha querida orientadora, Edel, exemplo de profissionalismo. Nossa amizade será eterna. À minha grande amiga Aiesca, pela co-orientação. Sua colaboração foi importantíssima nesse trabalho. Ao meu co-orientador, professor Múcio, pelos ensinamentos e ajuda sempre que precisei. Às minhas amigas companheiras de laboratório, Cláudia e Haleta, pela recepção no nosso LabMic, além de ajuda e amizade. Aos demais colegas de laboratório, GioIvo, Brenda, Dani, Myrian, Milena, Rafael 1, Rafael 2, pelo convívio agradável. À professora Matilde Cota Koury e à minha querida amiga Maria Rosa Q. Bomfim pela ajuda inestimável na realização das análises sorológicas para Leptospira. À professora Zélia Inês P. Lobato e à Fábia S. Campos, ambas da EV/UFMG, Depto. Medicina Veterinária Preventiva, pela ajuda nas análises sorológicas para o Vírus da Língua Azul. À professora Lygia Maria F. Passos e ao Ricardo C. Dalla Rosa, ambos da EV/UFMG, Depto. Medicina Veterinária Preventiva, pela ajuda na análise dos agentes causadores da TPB. Às alunas de IC da Embrapa Pantanal: Giseli, Josieli, Juliane e Thaisa, que ajudaram na realização desse trabalho. À Ádina C. B. Delbem, bolsista de pós-doutorado da Embrapa-Pantanal, pelos conselhos técnicos e amizade. Aos alunos de AT, moradores dos assentamentos estudados: Fabiano Pereira Paixão, Cristiano Almeida da Conceição e Rozimere Batista Rodrigues, pela ajuda nas entrevistas. A vocês cabe a continuidade desse trabalho. Aos Professores Nelson Rodrigo da Silva Martins e José Sérgio Resende, ambos do Departamento de Preventiva da Escola de Veterinária da UFMG, pela minha iniciação em pesquisa. Aos professores da Pós-graduação em Microbiologia do ICB/UFMG pelos ensinamentos. Aos professores Celina Maria Modena, Maria Júlia Salim Pereira, Romário Cerqueira Leite e Zélia Inês Portela Lobato, pelas preciosas sugestões na escrita desse trabalho.

6 Ao meu amigo Luiz Alberto Pellegrin, pelos mapas que ilustram esse estudo. 6 À Mirane Santos da Costa, minha companheira de trabalho de campo que tanto me ajudou no contacto com as famílias assentadas, auxiliando nas entrevistas e na localização dos lotes dentro dos assentamentos estudados. A toda a equipe da Embrapa Pantanal que me acolheu com amizade e profissionalismo e que me deu suporte para a realização desse trabalho, em especial ao Antônio Arantes, a quem devo a resolução de vários problemas surgidos durante a execução dessa pesquisa. À Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul IAGRO e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA pela colaboração. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq pela concessão da bolsa. À Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado do Mato Grosso do Sul FUNDECT e à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA pelo apoio financeiro para o desenvolvimento dessa pesquisa. A todas as pessoas que de alguma forma participaram e colaboraram na realização desse trabalho. Muito obrigada!

7 SUMÁRIO: 7 LISTA DE TABELAS...9 LISTA DE FIGURAS...11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...12 RESUMO...14 ABSTRACT Introdução e justificativa Revisão de literatura A agricultura familiar e o desenvolvimento rural no Brasil: políticas públicas e reforma agrária O histórico dos assentamentos rurais da região do município de Corumbá, Mato Grosso do Sul Pesquisa participante Epidemiologia participativa Agentes etiológicos utilizados como marcadores do processo saúde-doença dos bovinos Herpesvírus bovino Vírus da Língua Azul Leptospira spp Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis Objetivo Objetivo geral Objetivos específicos Material e Métodos Região estudada Coleta de dados pré-existentes Processo de amostragem Diagnóstico participativo Coleta e processamento das amostras Métodos de sorodiagnóstico dos agentes etiológicos pesquisados Teste de soroneutralização para o diagnóstico de BoHV Teste de Imunodifusão em Ágar Gel (AGID) para o sorodiagnóstico de Vírus da Língua Azul Teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM) para o diagnóstico de Leptospira Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para o sorodiagnóstico de Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis Análise dos resultados...74

8 Entrevista Soroprevalência dos agentes etiológicos pesquisados Resultados e Discussão Entrevista Caracterização da família Caracterização da propriedade Importância econômica da pecuária bovina para as comunidades Caracterização produtiva da bovinocultura Caracterização reprodutiva da bovinocultura Caracterização sanitária da bovinocultura Agentes etiológicos Soroprevalência de BoHV-1, Vírus da Língua Azul e Leptospira Freqüência de amostras positivas para os sorovares de Leptospira pesquisados Soroprevalência de Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis Conclusões Perspectivas Referências bibliográficas APÊNDICE I ENTREVISTA ESTRUTURADA APÊNDICE II DIAGRAMAS DE RESULTADOS APÊNDICE III FOTOS DOS ASSENTAMENTOS...180

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Caracterização de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS: número de lotes, área total e efetivo bovino aproximado Tabela 2. Distribuição percentual das 353 amostras de soro bovino analisadas, segundo a raça do animal. Soros coletados de rebanhos de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 3. Sorovares de Leptospira spp. e respectivas amostras de referência usadas no teste de soroaglutinação microscópica Tabela 4. Categoria de parentesco dos moradores dos lotes de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 5. Número de filhos que residem no lote, segundo a freqüência de famílias entrevistadas em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 6. Faixa etária e escolaridade das principais categorias de parentesco que compõem a base familiar das comunidades de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 7. Distribuição percentual da representação das diferentes categorias de parentesco como força de trabalho em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 8. Tempo de residência das famílias nas propriedades de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 9. Número total de parcelas e porcentagem de área total, área de pastagem, área agrícola e área de mata de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 10. Fatores que dificultam o desenvolvimento da agropecuária em assentamentos rurais de Corumbá, MS, segundo a percepção dos produtores. Ano Tabela 11. Motivos para a solicitação de atendimento veterinário citados pelas famílias entrevistadas em quatro assentamentos de Corumbá, MS, Tabela 12. Fontes de informação sobre criação de bovinos, citadas pelas famílias entrevistadas em quatro assentamentos de Corumbá, MS, Tabela 13. Infra-estrutura presente em propriedades visitadas em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 14. Animais silvestres presentes na região de quatro assentamentos de Corumbá, MS, segundo informação das famílias. Ano Tabela 15. Atividades pecuárias desenvolvidas em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, segundo informações das famílias. Ano Tabela 16. Atividades pecuárias voltadas para comercialização, segundo informações das famílias entrevistadas em quatro assentamentos rurais do município de Corumbá, MS, Tabela 17. Fonte de renda complementar citada pelas famílias entrevistadas em quatro assentamentos rurais do município de Corumbá, MS, Tabela 18. Atividade econômica citada como a principal fonte de renda pelas famílias entrevistadas em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 19. Caracterização produtiva da bovinocultura desenvolvida pelas famílias de quatro assentamentos de Corumbá, MS, Tabela 20. Caracterização do processo de ordenha da bovinocultura desenvolvida em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS,

10 10 Tabela 21. Manejo reprodutivo da bovinocultura desenvolvida em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 22. Origem dos animais de reposição da bovinocultura desenvolvida em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 23. Principais problemas sanitários reconhecidos pelas comunidades de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 24. Número de bovinos que morreram em um período de um ano, segundo a categoria do animal e a causa mais provável da morte, de acordo com as informações dadas pelas famílias de quatro assentamentos rurais do município de Corumbá, MS, Tabela 25. Número de famílias que relataram ocorrência de morte de bovinos em seus rebanhos segundo a categoria do animal, em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 26. Práticas sanitárias adotadas na bovinocultura desenvolvida pelas famílias de quatro assentamentos rurais do município de Corumbá, MS, Tabela 27. Sintomas atribuídos à mastite bovina pelas famílias de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 28. Época de maior ocorrência de infestação dos bovinos por carrapatos, segundo informação das famílias de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 29. Época de realização de controle de carrapatos e moscas-dos-chifres na bovinocultura desenvolvida pelas famílias assentadas de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 30. Sintomas atribuídos à verminose bovina pelas famílias de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 31. Categorias de animais vermifugados e critérios utilizados para o controle de endoparasitose bovina, pelas famílias de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 32. Soroprevalência de BoHV-1, Vírus da Língua Azul e Leptospira em quatro assentamento rurais de Corumbá, MS, Tabela 33. Rebanhos bovinos positivos para BoHV-1, Vírus da Língua Azul e Leptospira em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 34. Soroprevalência de BoHV-1, Vírus da Língua Azul e Leptospira por categoria do animal, em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 35. Soroprevalência de BoHV-1, Vírus da Língua Azul e Leptospira por sexo do animal, em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 36. Títulos de anticorpos e quantidade de amostras de soro bovino positivas para os sorovares de Leptospira Tabela 37. Amostras reativas (título 100) para apenas um sorovar de Leptospira ou para as diferentes associações de sorovares (reações cruzadas) Tabela 38. Soroprevalência dos agentes da Tristeza Parasitária Bovina (A. marginale, B. bigemina e B. bovis), em quatro assentamento rurais de Corumbá, MS, Tabela 39. Rebanhos bovinos positivos para os agentes da Tristeza Parasitária Bovina (A. marginale, B. bigemina e B. bovis) em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS,

11 11 Tabela 40. Soroprevalência dos agentes da Tristeza Parasitária Bovina (A. marginale, B. bigemina e B. bovis) por categoria do animal, em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Tabela 41. Soroprevalência dos agentes da Tristeza Parasitária Bovina (A. marginale, B. bigemina e B. bovis) por sexo da animal, em quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização do Pantanal brasileiro e sua divisão geopolítica: malha municipal. A cor verde destaca o pantanal brasileiro e a estrela vermelha indica a localização aproximada da cidade de Corumbá e dos assentamentos rurais localizados nesse município. FONTE: Adaptado de Silva & Abdon, Figura 2. Localização da cidade de Corumbá, MS e delimitação dos assentamentos rurais Mato Grande, Paiolzinho, Taquaral e Tamarineiro II norte e sul, mostrando a proximidade dos assentamentos com a fronteira seca entre o Brasil e a Bolívia. Destaque para as morrarias e delimitação da área de planalto do município de Corumbá, circunscrita pela linha de cor vermelha. Imagem de satélite Landsat bandas 3, 4 e Figura 3. Distribuição espacial dos lotes das famílias entrevistadas (pontos de cor vermelha) nos quatro assentamentos avaliados, Corumbá, MS, Localização por Global Positioning System GPS e plotagem em imagem de satélite Landsat banda Figura 4. Diagrama apresentando a distribuição do total de amostras de soro bovino analisadas segundo o sexo e a categoria dos animais. Foram considerados bezerros animais entre zero e 12 meses de idade, novilhos animais acima de 12 até 24 meses de idade e touros/vacas animais com mais de 24 meses de idade. Soros coletados de rebanhos de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, Figura 5. Distribuição espacial dos rebanhos bovinos amostrados (pontos de cor vermelha) nos quatro assentamentos avaliados, Corumbá, MS. Coleta de amostras de soro bovino realizada em Localização por Global Positioning System GPS e plotagem em imagem de satélite Landsat banda Figura 6. Distribuição do número de rebanhos bovinos positivos e negativos, segundo as diferentes associações de positividade para BoHV-1, BTV e Leptospira, em assentamentos rurais de Corumbá, MS, Figura 7. Distribuição do número de amostras de soro bovino positivas e negativas, segundo as diferentes associações dos agentes BoHV-1, BTV e Leptospira e as diferentes categorias dos animais. Rebanhos de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, *Utilizou-se N=348, foram desconsideradas as amostras perdidas nas análises de Leptospira (4 amostras) e de BoHV-1 (1 amostras) Figura 8. Distribuição do número de rebanhos bovinos positivos e negativos, segundo as diferentes associações de positividade para os agentes da Tristeza Parasitária Bovina - TPB (A. marginale, B. bigemina e B. bovis), em assentamentos rurais de Corumbá, MS, Figura 9. Distribuição do número de amostras de soro bovino positivas e negativas, segundo as diferentes associações dos agentes da Tristeza Parasitária Bovina (A. marginale, B. bovis e B. bigemina) e as diferentes categorias dos animais. Rebanhos de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS,

12 12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ac - Anticorpo Ag - Antígeno AGID - Imunodifusão em Ágar Gel BoHV-1 - Herpesvírus Bovino 1 BoHV-5 - Herpesvírus Bovino 5 BPI - Balanopostite Pustular Infecciosa BT - Língua Azul (Blue Tongue) BTV - Vírus da Língua Azul (Blue Tongue Virus) CPT - Comissão Pastoral da Terra DNA - Ácido Desoxiribonucléico DRP - Diagnóstico Rural Participativo DRR - Diagnóstico Rural Rápido EDTA - Ácido Etilenodiaminotetra-acético FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação FETAGRI-MS - Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso do Sul IAGRO - Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBR - Rinotraqueíte Infecciosa Bovina IC 95% - Intervalo de Confiança a 95% de probabilidade IDATERRA - Instituto de Desenvolvimento Agrário, pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural. INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária IPEA Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas MDBK Células renais de bovinos (Madin-Darby bovine kidney) MEM - Meio Mínimo Essencial de Eagle MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MSTR Movimento Sindical de Trabalhadores Rurais NEAD - Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento OIE - Órgão Internacional de Epizootias (Office International des Epizooties) ONG s - Organizações Não Governamentais PA - Projeto de Assentamento Rural PAPP - Programa de Apoio ao Pequeno Produtor PA s - Projetos de Assentamentos Rurais PBS - Tampão Fosfato-Salina PROCERA Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária PROGESA/UERJ - Programa de Estudos sobre Agricultura e Desenvolvimento Sustentado

13 PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar RIFI - Reação de Imunofluorescência Indireta s Desvio Padrão SAM - Soroaglutinação Microscópica SFB - Soro Fetal Bovino STR - Sindicato dos Trabalhadores Rurais TCID 50 - Dose Infectante para 50% do Cultivo Tecidual TPB - Tristeza Parasitária Bovina VPI - Vulvovaginite Pustular Infecciosa 13

14 14 RESUMO Com o objetivo de caracterizar a bovinocultura desenvolvida pelas comunidades de quatro assentamentos rurais de Corumbá, MS, com destaque para os problemas de saúde do rebanho e práticas sanitárias adotadas, realizou-se entrevistas estruturadas com 258 famílias e inquérito sorológico em 73 rebanhos, num total de 353 soros analisados. As informações obtidas mostraram que o trabalho na terra era essencialmente familiar e exercido pelo pai e mãe de família e pelos filhos (93%). Foi observado um alto índice de evasão dos lotes, que foi justificado citando-se o tamanho insuficiente dos lotes, a falta de água em quantidade e qualidade, a falta de pastagem para o gado, a dificuldade de se trabalhar com agricultura na região e o clima quente. A assistência técnica precária foi outro fator levantado pelas famílias (65%) como problema para o desenvolvimento dos assentamentos. Das famílias entrevistadas, 92% criavam bovinos e 81% comercializavam produtos originados dessa atividade. A importância da terra para a sobrevivência dessas famílias foi percebida pelo alto percentual de proprietários que citaram atividades ligadas à exploração da terra como a principal fonte de renda familiar (78%), com destaque para a bovinocultura (57%) e para a agricultura (19%). O rebanho bovino, voltado principalmente para a produção de leite (97%), era composto por gado mestiço para leite (62%) ou dupla aptidão (20%). A comercialização do leite, realizada normalmente em garrafas Pet reutilizadas, surgiu como um problema na região e, na visão da comunidade, a coibição da venda do leite in natura era o principal problema. Quanto à sanidade dos rebanhos, infestações por carrapatos (69%) e moscas-dos-chifres (46%) e falta de alimentação e água para os animais na época seca do ano (42%) foram os problemas mais citados. Aborto, mencionado como conseqüência de contusões ou falta de água e alimentação, e retenção de placenta, reconhecido como fato fisiologicamente normal, foram referidos por poucas famílias (4% e 3%, respectivamente) como problema de saúde. As principais práticas sanitárias adotadas eram vacinação (100%), controle de ecto (95%) e endoparasitas (80%) e cura de umbigo (73%). Foram citadas vacinas para febre aftosa (99%), brucelose (92%), raiva (98%) e carbúnculo sintomático (80%). Dos animais que morreram num período de um ano, 125 (47%) não tiverem sua possível causa morte reconhecida pelas famílias assentadas. Foram encontradas prevalências altas para o Herpesvírus Bovino 1 (51%), para o Vírus da Língua Azul (51%), para a Leptospira (36%) e para os agentes causadores da Tristeza Parasitária - Anaplasma marginale (96%), Babesia bigemina (96%) e Babesia bovis (93%). Uma vez que os rebanhos não são vacinados para esses agentes concluiu-se que essas respostas sorológicas refletem infecções naturais. A avaliação das informações e dados obtidos possibilita inferir que a bovinocultura é a principal atividade desenvolvida pelas famílias dos assentamentos de Corumbá e caracteriza-se por baixa utilização de tecnologias. Os agentes pesquisados encontram-se disseminados nos rebanhos e as práticas de manejo adotadas permitem a manutenção dos mesmos. A intervenção à saúde animal tem caráter curativo e não preventivo, sendo a vacinação uma prática realizada para atender à fiscalização sanitária e desvinculada da idéia de premunição do rebanho contra doenças econômica e zoonoticamente importantes. Percebe-se que há falta de diagnóstico e de conhecimento sobre as doenças que acometem a bovinocultura. O presente estudo mostrou que doenças para as quais estão disponíveis estratégias de controle eficazes continuam a acometer os rebanhos bovinos da região. Observa-se, portanto, uma inadequação entre as tecnologias disponíveis e sua apropriação pelos produtores, especialmente em se tratando de assentamentos rurais, os quais requerem política específica de controle de doenças, devido às suas características peculiares de criação animal. Desta forma, o conhecimento de fatores sócioeconômicos e culturais relacionados à ocorrência e à manutenção de doenças nos rebanhos bovinos mostra-se fundamental para o estabelecimento das bases para o desenvolvimento de programas de controle sanitário apropriadas para o local. Palavras-chaves Agricultura familiar, epidemiologia participativa, Herpesvírus Bovino 1, Leptospira, Vírus da Língua Azul, agentes causadores da tristeza parasitária bovina.

15 ABSTRACT 15 Considering the health-disease process and adopted sanitary practices, the aim of this study was to characterize the cattle production system of four rural settlements in Corumbá, MS, Brazil. Interviews were accomplished with 258 families and serosurvey in 73 herds, totalizing 353 serums analyzed. The obtained information showed that the rural working was essentially family and exercised by the father, mother and children (93%). Abandon of the land was observed and it was justified by insufficient size of land, lack of water in amount and quality, deficient in pasture for cattle, difficulty of working with agriculture in the area and hot climate. The precarious technical assistance was other factor showed by families (65%) as a problem for establishment development. 92% of the families created bovine, and 81% commercialized products of this activity. Land is very important for the survival of those families. This data was observed by the high percentage of farmers that recognized these activities as the main source of family income (78%), mainly cattle production (57%) and agriculture (19%). Milk was the main product (97%), and herd was composed mainly by crossbred cattle for milk production (62%) or for milk and meat production (20%). The commercialization of milk, usually accomplished in PET bottles reutilized, appeared as a problem and, in the community's vision the sale s restraint of nonpasteurized milk was the fundamental problem. Considering the herd sanity, ticks (69%) and hornfly (46%) infestation, feeding and water lack for animals in dry season (42%) were the mainly problems. Abortion and placenta retention were also referred by few families (4% and 3%, respectively) as a health problem. Abortion, normally related as a consequence of lesion or water and feeding lack, and placental retention, that was recognized a normal occurrence, were also related to health problems. Vaccination (100%), ecto (95%) and endoparasites (80%) control, and umbilical treatment (73%) were the mainly sanitary practices adopted. Vaccines for foot and mouth disease (99%), brucellosis (92%), rabies (98%) and blackleg (80%) were mentioned. Among dead animals in a period of one year, 125 (47%) didn t have recognized cause. High prevalence was found for Bovine Herpesvírus 1 (51%), Blue Tongue Virus (51%), Leptospira (36%) and tick-borne diseases - Anaplasma marginale (96%), Babesia bigemina (96%) and Babesia bovis (93%). Once the herds are not vaccinated for those agents, this prevalence reflects natural infections. Evaluation of the information and data obtained showed that the bovine production, main activity developed by the families of the rural settlements of Corumbá, is characterized by low use of technologies. Researched microorganisms were disseminated in the flocks and the handling practices adopted allowed their maintenance. The animal heath control has a healing character, not preventive, being the vaccination a practice accomplished to assist the sanitary laws and disentailed from the idea of protection flock against important economical and zoonotic diseases. It was noticed a diagnosis lack and absence of diseases knowledge occurred in herd. Present study showed that the diseases which have effective control strategies available continue to occur in the bovine herd of the area. Therefore, it was also observed a failure between the available technologies and their utilization by the farmers, especially of rural settlements, which should request a specific politics of diseases control due to its peculiar characteristics of animal production. Therefore, knowledge of socioeconomic and cultural factors related to occurrence and maintenance of diseases in the bovine herd is fundamental for establishment of sanitary programs adapted to the studied area. Key-word Familiar agriculture, participatory epidemiology, Bovine herpesvirus 1, Leptospira, Blue Tongue virus, tick-borne diseases agents.

16 1-Introdução e justificativa 16 Em meados da década de 90, existiam no Brasil, aproximadamente 4,14 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, representando 85% dos estabelecimentos rurais, 30,5% da área total utilizada pela agricultura, 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional e 77% da população ocupada pela agricultura. A agricultura familiar gerava sete de cada 10 empregos no campo e fornecia a maioria dos alimentos que abasteciam a mesa do brasileiro. Este tipo de agricultura, no Brasil, sobressai em alguns setores produtivos superando a agricultura patronal, contribuindo para o desenvolvimento econômico em condições de competitividade mesmo sem renda e com pouco ou nenhum lucro (Brasil, 1996, Carneiro, 1997). A agricultura familiar Sul-Mato-Grossense é praticada em mais de 80% dos estabelecimentos rurais de até 100 hectares, os quais representam apenas cerca de 2% da área total ocupada com a agropecuária (PRONAF, 2004). Na região do município de Corumbá, MS, existem atualmente oito assentamentos rurais que abrigam famílias assentadas. Essas famílias desenvolvem atividades de agricultura e pecuária em pequena escala utilizando mão de obra familiar, e exercem uma importante função no abastecimento alimentar dessa região. A bovinocultura é uma das mais importantes atividades desenvolvidas nesses assentamentos, sendo o leite o seu principal produto de venda. A ocupação territorial por assentamentos rurais está associada a transformações sócio-econômicas e ambientais, destacando-se, do ponto de vista da saúde animal, a possibilidade de dispersão e de manutenção, pelos rebanhos dos assentamentos, de agentes causadores de doenças de importância econômica ou para a saúde pública. A importância de controle dessas doenças na região de Corumbá é intensificada pela posição geográfica dos assentamentos: próximos à fronteira seca com a República da Bolívia, bem como pela importância econômica da bovinocultura para o estado do Mato Grosso do Sul, atualmente possuidor do segundo maior rebanho bovino brasileiro (IBGE, 2006). Esse estado é um dos principais produtores de gado de corte do país e a região de Corumbá concentra um dos maiores rebanhos de cria, sendo o bezerro, portanto, o principal produto de venda da região. A melhoria da saúde animal, por resultar em um maior retorno econômico da atividade bovina, devido à maior produção de leite, de bezerros e melhor desenvolvimento do animal, pode representar um fator de fixação do produtor rural. Adicionalmente, condições sanitárias adequadas sugerem produtos de qualidade para os consumidores que residem na região desse município. Com base no exposto é que se propôs o presente estudo. Trata-se de uma abordagem epidemiológica da saúde bovina em comunidades específicas - os assentamentos - utilizando

17 17 metodologias participativas de diagnóstico e inquérito sorológico. Como resultado, obteve-se a caracterização da bovinocultura desenvolvida pelas famílias de quatro assentamentos da região de Corumbá, com destaque para os problemas de saúde do rebanho e práticas sanitárias adotadas. Também foi realizada uma caracterização da família (faixa etária, escolaridade, força de trabalho na terra) e da propriedade (área total e produtiva, infra-estrutura, atividades agropecuárias desenvolvidas e voltadas para o comércio, outras fontes de renda, problemas regionais relacionados à produtividade). As informações coletadas resultaram em um banco de dados contemplando o perfil da pecuária e a infra-estrutura de sua indústria, as enfermidades, as atividades de atenção veterinária e a estrutura da região estudada. Os assentamentos são formados por núcleos familiares de diferentes origens e que, portanto, possuem culturas diversificadas. Embora seja reconhecida a influência dos valores culturais de uma comunidade no manejo do rebanho e, por conseguinte, no processo saúde-doença dos animais, são poucos os estudos que avaliam e questionam o sistema, os serviços e as práticas a partir dos sujeitos sociais, apesar de uma reconhecida complementaridade entre as abordagens epidemiológicas quantitativa e qualitativa. A epidemiologia participativa, parte dessa premissa e está baseada na coleta de dados epidemiológicos a partir da comunidade. Faz uso de métodos e abordagens que possibilitam às comunidades compartilhar e analisar sua percepção acerca de suas condições de vida, planejar e agir, não se caracterizando meramente pela quantificação, mas também, pela descrição. Para locais onde há carência de informações, como no caso dos assentamentos de Corumbá, a abordagem epidemiológica participativa deve ser combinada a formas mais convencionais de epidemiologia analítica, o que irá permitir uma análise comparativa posterior. Assim, no presente estudo, além de entrevista e observação participante para coleta de informações junto às comunidades, também foi realizado um inquérito sorológico, como uma forma de avaliar a saúde bovina. Os agentes etiológicos escolhidos como marcadores do processo saúde-doença dos rebanhos foram o vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) (Herpesvírus Bovino 1 BoHV-1), o Vírus da Língua Azul (BTV), a bactéria Leptospira e os agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina (TPB), Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis. A escolha desses agentes baseou-se nas altas freqüências de sorologia positiva nos rebanhos brasileiros, na importância econômica das doenças por eles causadas e no fato desses agentes já terem sido detectados em fazendas de gado de corte da planície pantaneira do Mato Grosso do Sul (Madruga et al., 1984b, Pellegrin et al., 1997, Pellegrin et al., 1999). Entretanto, este é o primeiro estudo da ocorrência do BoHV-1, BTV, Leptospira, A. marginale, B. bigemina e B. bovis nos assentamentos rurais de Corumbá, localizados na região de planalto desse estado.

18 18 Outro fato que motivou a escolha desses agentes foi a possibilidade de estudo de fatores de risco diversificados, uma vez que as suas distintas formas de transmissão, incluindo transmissão por contato direto (BoHV-1), por contato indireto (Leptospira) e por vetores ecologicamente distintos (carrapatos para os agentes da TPB e culicóides para o BTV), possibilita a indicação da relação de fatores ambientais e de manejo do rebanho com a infecção do animal. A importância do estudo dessa relação nos assentamentos pesquisados é atribuída, ainda, à diversidade das características edofoclimáticas da região, com presença de áreas montanhosas e áreas alagadas, que pode influenciar na infecção dos animais por essas doenças. As perdas econômicas das doenças causadas pelos agentes pesquisados assumem maior importância para a bovinocultura da região de Corumbá, pelo fato do bezerro ser o principal produto de venda, uma vez que, em regiões endêmicas como é o caso da maior parte do Brasil, as doenças por eles causadas estão relacionadas a quadros sub-clínicos levando à ocorrência de problemas reprodutivos, tais como aborto, retenção de placenta, repetição de cio e infertilidade, e no caso dos agentes parasitários, ao retardamento do desenvolvimento do bezerro e diminuição de sua resistência imunológica, tornando-os susceptíveis a co-infecções. Os dados gerados de inquéritos epidemiológicos realizados de forma participativa permitem uma priorização de problemas de saúde animal dentro de comunidades específicas e uma eficaz proposição de estratégias para o controle dos agentes detectados, além de fornecer subsídios para se determinar o impacto econômico das doenças na bovinocultura. Dessa forma, o conhecimento da realidade dos assentamentos rurais, gerado no presente estudo, caracterizando o perfil produtivo da agropecuária local, fornecerá a base para o planejamento de programas de desenvolvimento específicos para a região, melhorando a produtividade a partir de investimentos em tecnologias aplicáveis à agricultura familiar e aceitas pela comunidade local. Programas desenvolvidos dessa forma favorecem o desenvolvimento integrado e sustentável local, atendendo aos objetivos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a propiciar-lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de emprego e a melhoria da renda (BRASIL, 2001).

19 2-Revisão de literatura A agricultura familiar e o desenvolvimento rural no Brasil: políticas públicas e reforma agrária. O desenvolvimento rural no Brasil pode ser dividido em dois momentos. No primeiro, que vai até a década de 80; quando vários governos de países latino-americanos eram caracterizados por regimes autoritários e modelos de desenvolvimento excludentes, no aspecto político, e concentradores, no aspecto econômico; a colonização da fronteira amazônica era vista como uma solução, mesmo que parcial, para o problema da exclusão social (Dias, 1997, Couto Rosa, 1999, Navarro, 2001, Oliveira, 2001). O governo federal criou mecanismos de incentivo fiscal, financiamento e alocou recursos para a colonização privada e pública até o início dos anos 80: assentamentos de colonização. Com o esgotamento das reservas de terras devolutas com aptidão agrícola, a desapropriação de terra passou a ser a solução para a emigração dos excluídos. O esgotamento da fronteira agrícola era uma realidade já nos anos 50 nas regiões nordeste, sudeste e sul, e se completa nos anos 70 nas regiões centro-oeste e nos limites da região amazônica (Dias, 1997). Na transição da década de 80 para a de 90, a agricultura brasileira, anteriormente protegida, foi exposta à concorrência internacional, não permitindo a capitalização do produtor rural através da produção primária (Couto Rosa, 1999). A demanda por terra ganhou os espaços públicos. Entretanto, a questão em debate era: qual o sentido de uma reforma agrária se a agricultura estava cumprindo seu papel no desenvolvimento? (Medeiros, 2002). Nesse contexto, a importância de se buscar sistemas de produção adequados à agricultura em pequena escala foi reduzida. E assim, as alternativas para as questões sociais no campo foram desconsideradas pelas políticas públicas. Como resultado, a partir da década de 90, o espaço rural adquiriu novas características e passou a incluir atividades não-agrícolas, como turismo, lazer, residência, e tornou-se difícil determinar a fronteira entre a atividade rural e urbana. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, entre 1992 e 1995, as pessoas ocupadas em atividades não-agrícolas no meio rural aumentaram em cerca de 10% ao ano, indicando uma tendência de redução de pessoas ocupadas na agricultura e um aumento no número de pessoas residentes no campo com atividades não-agrícolas. Reforçou-se então a discussão da importância da busca de soluções para o papel e o futuro da agricultura familiar brasileira (Couto Rosa, 1999). Até a década de 90, não se tinha muito claro o que fazer pelos mais pobres e menos competitivos da agricultura. O governo e as instituições viam-se diante da ampliação dos problemas sociais no

20 20 campo e com poucas perspectivas de identificar políticas nacionais eficazes. Porém, a partir dessa década, passou-se a difundir experiências que se concentravam na busca de soluções a partir da comunidade, significando menor custo social e maior envolvimento dos produtores. E assim, a participação e a parceria passaram a ser incorporadas e sugeridas às políticas públicas, como alternativas para os problemas sociais. Como resultado, houve tendência à mudança do núcleo das atividades para a esfera local, onde concretamente ocorrem as relações sociais de produção. Muitas estratégias governamentais passaram a incluir formas de controle social e de participação dos atores sociais no processo de definição das atividades produtivas, tanto no meio urbano como rural, com base em metodologias participativas de gestão social voltadas para o produtor em pequena escala, cujo enfoque principal era o próprio ambiente do produtor. É o chamado desenvolvimento local sustentável: o local torna-se o lugar onde se dá o processo de desenvolvimento rural, pois é onde ocorrem os empreendimentos familiares rurais agrícolas e não-agrícolas. Assim, tem-se a reestruturação do espaço rural a partir da incorporação de novos componentes econômicos, culturais e sociais (Couto Rosa, 1999). Essa transferência de responsabilidades de estados antes tão centralizados valorizou o local, no caso do Brasil, o município (Navarro, 2001). O conhecimento das especificações locais passa a ser imprescindível para o surgimento de soluções mais eficazes para as demandas sociais. Busca-se envolver os valores e os comportamentos dos produtores rurais, respeitando suas especificidades socioculturais e produtivas (Couto Rosa, 1999). Parte-se de diagnóstico para identificar potencialidades e dificuldades até a formação de uma proposta global de desenvolvimento e escolhas de estratégias operacionalizadas em planos integrados de desenvolvimento. Este é o cenário em que políticas públicas de desenvolvimento se fundem com o social para valorizar as diferenças e conquistar qualidade de vida e ambientes sustentáveis (Gehlen, 2004). Esse é o segundo momento do desenvolvimento rural no Brasil, quando, a partir de meados da década de 90, crescem os esforços sócio-políticos de revalorização da sociedade rural e suas atividades produtivas, de seu modo de vida e suas características sócio-culturais, de suas organizações e propostas societárias (Navarro, 2001). As condições em que se encontravam as famílias no campo foram destacadas em um relatório de pesquisa desenvolvida pelo Programa de Estudos sobre Agricultura e Desenvolvimento Sustentado (PROGESA/UERJ) para o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento (NEAD). Apontou-se que 19 milhões de pessoas residentes no meio rural do Brasil (53% do total) estavam, em maio de 2000, abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de um quarto de salário mínimo per capita. Esses dados indicam a necessidade de uma política governamental para a reforma agrária visando a transformação da estrutura agrária brasileira, o fortalecimento

21 21 da agricultura familiar e a promoção do desenvolvimento sustentável em, pelo menos, três dimensões: econômica, social e ecológica (Eid & Pimentel, 2001). Nesse contexto, uma estratégia de fortalecimento da agricultura familiar e conseqüente desenvolvimento das comunidades locais necessita de ações integradas e bem articuladas, principalmente quando se trata de políticas sociais e públicas. Grande parte das instituições envolvidas com a agricultura familiar acaba por se omitir em discutir e interagir as políticas, as metodologias, as ações institucionais e os investimentos com o próprio público alvo. Nessa nova perspectiva de desenvolvimento local as instituições devem se colocar como mediadoras e estimuladoras das necessidades e demandas dos agricultores, valorizando o conhecimento local. Cabe assim, uma revisão das instituições de extensão rural e assistência técnica, que devem desempenhar um novo papel, onde a administração dos serviços de extensão rural aproxima-se de um sistema participativo, exigindo uma mudança de perfil do profissional de extensão rural, que passa a ter função de difusor de conhecimento, oferecendo ensinamentos teóricos e práticos relacionados com os projetos de desenvolvimento sustentável (Couto Rosa, 1999). No Brasil, a opção por uma política de reforma agrária que privilegia o modelo familiar foi uma conquista da classe envolvida, que introduziu a prioridade do social na política, organizada em movimentos, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cuja base social era formada principalmente pelos pequenos agricultores que empobreceram ao longo do processo de modernização da agricultura. Num momento posterior, e expandindo-se pelo Brasil, o MST passou a mobilizar assalariados rurais e mesmo populações das periferias urbanas que passaram a ver no acesso à terra uma alternativa à falta de emprego, à insegurança. O sindicalismo rural também passou a se envolver em acampamentos e ocupações de terra, ampliando a mobilização (Dias, 1997, Medeiros, 2002, Gehlen, 2004). Assim, o MST nasceu em 1980, na região sul do país, como um movimento de massa contestando a atuação paliativa do governo em relação à reforma agrária, que levava à formação de assentamentos de colonização pela migração forçada para as fronteiras agrícolas, e teve como binômio de ação a lógica acampamento-assentamento (Dias, 1997, Oliveira, 2001). Oliveira (2001) relatou da seguinte forma o resultado da ação do estado referente aos assentamentos rurais: de 1927 a 1963 foram assentadas em projetos de colonização no Brasil, direcionados para áreas de vazios demográficos, principalmente para a região norte, 53 mil famílias; de 1964 a 1984, entre colonização e assentamentos, 162 mil famílias; de 1985 a 1994, foram assentadas 140 mil famílias. Em vista desses dados, o autor afirma que a partir das políticas brasileiras nunca se implantou uma política de acesso a terra aos camponeses. A partir

22 22 de 1994 a pressão feita pelos movimentos sociais com a ampliação das ocupações pressionou o governo a ampliar os assentamentos. Dessa forma, de 1995 até 1998, houve um crescimento no número de famílias assentadas (pouco mais de 83 mil famílias), com redução significativa em 1999 (assentou-se pouco mais de 57 mil famílias) e 2000 (apenas 39 mil famílias). Na origem da grande maioria dos projetos estiveram situações de conflito: 88 dos 92 assentamentos (96%) estudados por Heredia et al. (2006) nasceram de alguma disputa pela propriedade da terra entre proprietários e ocupantes, não necessariamente com uso da violência. Em 82 casos (89%) a iniciativa do pedido de desapropriação partiu dos trabalhadores sem terra e seus movimentos. Em apenas 10% dos assentamentos da amostra a iniciativa de desapropriação partiu do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e em apenas 3% não houve algum tipo de conflito. Ou seja, no Brasil, a reforma agrária foi apropriada pelos movimentos sociais e organizações ou instituições de apoio, enfim pela sociedade civil (Organizações Não Governamentais - ONG s, entidades ligadas às igrejas, como a Comissão Pastoral da terra CPT, associações de produtores, entre outras), diferindo dos demais países que a realizaram (Oliveira, 2001, Gehlen, 2004). Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), três grupos de famílias são prioritários para serem beneficiados por programas de política agrária no Brasil: os trabalhadores assalariados sem terra; os trabalhadores com acesso precário a terra, tais com os arrendatários, parceiros e posseiros e os proprietários minifundiários que ocupam áreas abaixo do mínimo necessário para garantir a sobrevivência da família (Del Grossi et al., 2000). A maioria dos beneficiários da reforma agrária assume o lote em condições de completa descapitalização, não tendo meios adequados para a implantação de uma agricultura sustentável e rentável. Dessa forma, o acesso aos recursos é essencial para construir e fortalecer a base produtiva dos estabelecimentos dos assentados, os quais necessitam de apoio a fim de realizar a transição de trabalhadores rurais para produtores familiares estabelecidos (Buainain & Souza Filho, 2006). Ao ser assentada, cada família recebe créditos de apoio à instalação que está dividido em duas modalidades: crédito de apoio e crédito de aquisição de material de construção. O primeiro serve para a compra de alimentos, ferramentas e alguns animais. Na compra de animais, é obrigatória a apresentação, pelo vendedor, das fichas de vacinação para febre aftosa e o atestado sanitário. O crédito de aquisição de materiais de construção é destinado à construção ou reforma da casa da família, que, de preferência, deve ser realizada em mutirão. Após a instalação, os beneficiários passam a ter acesso aos programas de créditos, tais como o extinto Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária (PROCERA) ou aos atuais programas de créditos do PRONAF, Programa de Apoio ao Pequeno Produtor (PAPP), entre outros (Buainain & Souza Filho, 2006,

23 23 INCRA, 2001). A partir do recebimento do título de domínio (título que dá posse definitiva do lote à família e que não pode ser negociado pelo prazo de 10 anos), o assentado passa a ter o compromisso de efetuar o pagamento devido ao INCRA, referente à aquisição do lote, cujo prazo de pagamento é de 20 anos, com três anos de carência para efetuar o pagamento em prestações anuais. Caso seja pago em dia, o valor terá uma redução de 50% sobre a correção monetária. Também terá desconto de 50% na prestação anual a família que mantiver na escola os filhos de sete a 14 anos de idade (INCRA, 2001). Nesse sentido, o acesso a terra e ao crédito são fundamentais para viabilizar a criação e consolidação de unidades de produção familiares economicamente viáveis e sustentáveis, com crescente autonomia em relação à tutela governamental. Este processo procura permitir a emancipação dos assentados em tempo breve ao contrário do que ocorre hoje liberando recursos financeiros, humanos e técnicos do setor público. O êxito dessa estratégia depende do sucesso dos programas de crédito em criar uma base produtiva viável e sustentável. Sem isso, a emancipação, em lugar de traduzir um reconhecimento recíproco, por parte do governo e dos beneficiários, de que o assentamento e assentados atingiram a sustentabilidade e estão capacitados e qualificados para libertar-se da tutela, significaria apenas um ato de abandono por parte do governo. Isso não apenas anularia todos os esforços anteriores, como inclusive debilitaria as condições e razões para continuar expandindo o programa de reforma agrária. Entretanto, como o nível de capitalização dos assentados é baixo, uma parcela importante do empréstimo normalmente é direcionada à instalação de infra-estrutura básica e que não gera renda imediata e diretamente (Buainain & Souza Filho, 2006). Apesar disso, o crédito rural através do PROCERA foi reconhecido como um grande potencializador e diferenciador dos assentamentos de reforma agrária. É através das diferentes modalidades de crédito destinadas à reforma agrária que os assentados buscam estruturar minimamente suas propriedades, principalmente entre aqueles que não dispunham de instrumento de trabalho ao serem assentados (Bittencourt et al., 1998). O último senso agropecuário ( ) mostrou que a agricultura familiar representava 82% dos estabelecimentos rurais no Brasil (Brasil, 1996). Essa forte representatividade dos estabelecimentos familiares aponta para a necessidade de políticas específicas. Um exemplo de política de tipo participativa e dirigida para segmentos específicos, é o PRONAF, fundado em Tais políticas públicas para os agricultores familiares, inclusive o PRONAF, resultaram de reivindicações e pressões de suas organizações e representações de classe e de lutas sociais. A concepção e execução do PRONAF contemplam a participação de organizações dos agricultores.

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