DISTRIBUIÇÃO DE VIAGENS
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- Giulia Castilhos Assunção
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1 DISTRIBUIÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Distribuição de viagens é a parte do processo de planejamento dos transportes que relaciona um certo número de viagens com origem em cada zona da área de estudo com um determinado número de viagens com destino a outras zonas da área. 1
2 A etapa de distribuição de viagens não trata dos meios de transportes nem das rotas utilizadas. 2.Métodos Utilizados Os métodos utilizados nesta etapa podem ser classificados em dois grupos: 2.1 Métodos Analógicos ou de Fatores de Crescimento Nos quais os fatores de crescimento são aplicados aos movimentos interzonais atuais. Fator Uniforme Fator Médio Fratar Detroit 2
3 2.2 Métodos Sintéticos Nos quais é feita uma tentativa de se estender a relação casual associada aos movimentos, considerando-os como sendo similares a certas leis de comportamento físico. Uma vez que estas relações causais são entendidas, elas são projetadas no futuro e os padrões de viagem apropriados são sintetizados. Modelo Gravitacional Modelo de Oportunidade Modelo Eletrostático Técnica de Regressão Linear Múltipla Programação Linear Fator de Crescimento Uniforme V ij = v ij E V ij = número de viagens futuras da zona i para a zona j; v ij = número de viagens atuais da zona i para a zona j; E=Fator de crescimento 3
4 Suposição básica do método do fator uniforme é que o crescimento esperado na área, como um todo, irá exercer a mesma influência no crescimento do movimento entre qualquer per de zonas localizado dentro dela. Superestimação do volume de movimentos Fator Médio de Crescimento E= V(G) v V(G)= Estimativa do número total de viagens futuras em toda a área de Estudo V= Número total de viagens atuais em toda a área de Estudo 4
5 As críticas levantadas ao método do fator uniforme são também aplicáveis ao método do fator médio Fratar T.J. Fratar usou um processo de iteração para desenvolver um método de distribuição de viagens que anula as desvantagens inerentes aos métodos anteriores. 5
6 As suposições básicas de seu método são: a) A distribuição de viagens futuras de uma dada zona de origem é proporcional à distribuição de viagens existentes da zona; b) A distribuição destas viagens futuras é modificada pelo fator de crescimento da zona para a qual estas viagens são atraídas. Estas modificações levam em conta o efeito da localização de uma zona em relação a outras zonas. O método envolve: 1. A estimativa do número total de viagens que se origina e termina em cada zona de tráfego, na data em que se quer determinar a distribuição de viagens.isto é realizado na etapa de geração de viagens. 6
7 2. A distribuição de viagens futuras de uma zona para todas as outras zonas na área de estudo, na proporção da distribuição atual de viagens, modificada pelo fator de crescimento da zona para a qual as viagens são atraídas. Isto produz dois valores para cada movimento interzonal ( i j e j i) e toma-se uma média destes valores como a primeira aproximação dos volumes interzonais. 3. Para cada zona, o volume total desejado, obtido na etapa de geração de viagens, é dividido pela soma dos volumes da primeira aproximação, para obter o novo fator de crescimento que vai ser usado para calcular a 2ª aproximação. 7
8 4. As estimativas de viagens interzonais, para cada zona, na 1ª aproximação são normalmente distribuídas na proporção dos volumes interzonais existentes e do novo fator obtido da 1ª aproximação. A média dos valores dos pares é novamente obtida e o processo repetido, até que haja o equilíbrio entre viagens calculadas e desejadas. T i j = T i(g). T i-j E j t i-j E j + t i-k E k t i-n E n Onde: T i-j = número de viagens previstas da zona i para zona j; T i(g ) = número de viagens futuras esperadas, geradas na zona i; T i-j...t i-n = número existente de viagens entre as zona i e todas as outras zonas j...n; E j...e n = fatores de crescimento de cada zona i...n 8
9 Exemplo: Calcular o número de viagens interzonais futuras, com base na matriz das viagens interzonais atuais e viagens futuras produzidas em cada zona determinadas na fase de Geração de viagens. 1.Matriz das viagens interzonais atuais em 10 2 viagens. Zonas V i = j v ij Viagens futuras V i(g) 9
10 2.Calculo dos fatores de crescimento: E 1 = V 1(G) = 60 = 2 v1 30 E 2 = V 2(G) = 75 = 3 v 2 25 E 3 = V 3(G) = 15 = 1 v Calculo das viagens futuras interzonais; V 12 = V 1(G). V 12. E 2 = = 51,43 (viagens) v 12. E 2 + V 13. E 3 (20.3) (10.1) V 21 = V 2(G). V 21. E 1 = = 66,67 (viagens) v 21. E 1 + V 23. E 3 (20.2) (5.1) V13= 8,57; V31= 8,57; V32= 6,43; V23= 8,33 (viagens) 10
11 4.Primeira aproximação para as voiagens futuras interzonais; V 12 = V 21 = V 12 + V 21 = 51, ,67/2 =59,05 viagens 2 V 13 = V 31 = 8,57 viagens V 32 = V 23 = 7,38 viagens 5. Matriz das viagens futuras interzonais (primeira aproximação) Zonas ,05 8, ,05-7,38 2 8,57 7,38 - V i = j V ij 67,62 66,43 15,95 V i(g) E i = V i (G) v i 0,89 1,13 0,94 11
12 A interação deve continuar até que os novos valores dos fatores de crescimento convirjam para um Método de Detroit Este método foi desenvolvido com o intuito de superar algumas falhas dos métodos mais simples e ao mesmo tempo reduzir as operações na interação. 12
13 V ij = v ij E i. E j E Onde: E = V(G) : v fator de crescimento para toda a área de estudo; V(G): Estimativa do número total de viagens futuras em toda a área de estudo; V: número total de viagens atuais em toda a área de estudo; Ei, Ej : fator de crescimento da zona i e da zona j, respectivamente Vantagens dos métodos de fatores de crescimento podem ser resumidos: I) Fácil de aplicação e compreensão; II) Processo de iteração rápido; III)Flexibilidade de aplicação; IV)Aplicações mostraram bons resultados. 13
14 2.1.4 Desvantagens dos métodos de fatores de crescimento podem ser resumidos: I)Necessidade de uma pesquisa de O-D; II)Não são aplicáveis em áreas onde se previr mudanças no uso do solo; III)A hipótese de que os fatores de resistência ao movimento permanecem constante no futuro é suspeita; IV) A aplicação do método de fator de crescimento a pequenos volumes de movimentos interzonais pode resultar em estimativa não confiável devido a probabilidade de ocorrência de erros estatísticos elevados. 14
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