NEUROSE OBSESSIVA Obsessões:idéias, imagens ou palavras que aparecem de repente no pensamento normal do sujeito e que este considera absurdas, ridícul

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1 Prof. Ms. Valéria Codato 1

2 NEUROSE OBSESSIVA Obsessões:idéias, imagens ou palavras que aparecem de repente no pensamento normal do sujeito e que este considera absurdas, ridículas ou obscenas. Compulsões:comportamentos estereotipados,rituais sem sentido e ineficazes, aos quais o sujeito sente-se empurrado a realizar. Considera-os os ridículos e por vezes reprováveis. 2

3 NEUROSE OBSESSIVA Ruminação mental Dúvida e indecisão Pontualidade Teimosia e obstinação Pensamento lógico exagerado Supermoralistas Auto-críticos 3

4 NEUROSE OBSESSIVA Antes de Freud mania sem delírio, loucura da dúvida, pertencia ao grupo das psicoses... Se a psicanálise nasceu do encontro de Freud com as histéricas, devemos enfatizar que a inovação nosográficada neurose obsessiva se deve a Freud A A hereditariedade e a etiologia das neuroses. 4

5 NEUROSE OBSESSIVA -FREUD 1o. Momento 1894 a 1905 Atividade sexual na infância: excesso de gozo que acarreta culpa (diferença da histeria); Falsa Falsa-ligação ligação (ou deslocamento); Recalque e outras defesas psíquicas (rituais e atos compulsivos); Auto-acusação, vergonha e sentimento de culpa ligados às práticas sexuais infantis; 5

6 NEUROSE OBSESSIVA -FREUD 2o. Momento 1905 a 1913 Fases psicossexuais/satisfação pulsional; Pulsão anal-sádica/controle esfincteriano Sublimação do erotismo anal: ordem, parcimônia e obstinação Equivalência fezes=dinheiro=falo; Pulsão do conhecimento; Caso clínico: O Homem dos Ratos 6

7 NEUROSE OBSESSIVA -FREUD 3o. Momento 1913 a 1929 Pulsão de vida x pulsão de morte; Conflito Edipiano e Complexo de Castração; Sintomas: satisfação substitutiva para o desejo recalcado; Regressão à fase anal para defender-se do C.Edipiano; Supereusevero e cruel o sadismo da erótica anal é aplicado ao Eu(Ego); Mecanismos de defesa: isolamento, anulação e formação reativa 7

8 NEUROSE OBSESSIVA -FREUD Ambivalência paralisia e incapacidade para tomada de decisões em que estão envolvidos objetos de amor e desejo; Pensa muito mais do que age... Para o Obsessivo, um mau desejo já é em si um ato de agressão condenável; 8

9 NEUROSE OBSESSIVA A neurose obsessiva é, sem dúvida, o objeto mais interessante da pesquisa analítica, entretanto o problema que ela apresenta ainda hoje não está solucionado (Freud, 1925) Não é certo que a neurose histérica ainda exista, mas há certamente uma neurose que existe, que é o que chamamos de neurose obsessiva. (Lacan, 1978) 9

10 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN Registro anal e a demanda do Outro- Tudo para o Outro ; Castração de não ser o falo não está plenamente admitida; Posição de escravo submetido ao mestre, à espera de sua morte para ocupar seu lugar; Relação com o pai imaginário -manter o pai numa posição fálica; Dívida e culpa- origem edípica; 10

11 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN Se a histeria busca manter o desejo insatisfeito, a n. obsessiva mantém o desejo como impossível; Competições e desafios na n.o. situação imaginária criada pelo obsessivo possibilidade de rivalizar-se com o outro, que dita as regras e impõe a castração dificuldades com figuras de autoridade. 11

12 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN Questão do N.O. estou vivo ou morto? Evita o próprio desejo e o desejo dos outros com quem se relaciona desempenha vários papéis, numa dimensão de ator -morto enquanto sujeito desejante... Procrastinar, renunciar à vida, se fazer de morto...anseia pela morte do senhor, para sair da posição de escravo. 12

13 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN Na passagem do 1º ao 2º tempo do Édipo do ser para ter o falo a criança pode imaginariamente se colocar como suplente da satisfação do desejo materno; Ao mesmo tempo terá que evitar esse gozo incestuoso, ao aceitar a lei da castração. O n.o. é um pobre neurótico tentando ser perverso... 13

14 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN Manter o desejo como impossível, impede-o de demandar... A única demanda possível é: Eu te demando que tu me demande... Busca de controle e dominação sobre tudo e todos nada pode lhe escapar... Sua imagem narcísicaé preciosa não pode cometer erros, não pode correr riscos... Supereu cruel e ameaçador... 14

15 NEUROSE OBSESSIVA -LACAN A questão fundamental na vida do NO é sustentar o reconhecimentoque recebeu por antecipação e tem que pagá-lo com seu sucesso risco permanente de perdê-lo; Questão imaginária preocupação permanente sobre o que pensam sobre ele...se cometeu erros, delitos, falhas...não vive suas conquistas e méritos!

16 NEUROSE OBSESSIVA NAS MULHERES Contemporaneidade mulheres que fazem do reconhecimento do seu trabalho e de sua produção a condição de suas existências reconhecimento que cobra seu preço de deixarem de fora qualquer traço de feminilidade; Diferença da solução clássica maternidade como restituição fálica através de uma produção real que ganha valor simbólico;

17 Freud NEUROSE OBSESSIVA NAS MULHERES Passividade reivindicação de receber algo (histeria) Atividade elementos sádico-anais necessidade de produzir algo, de dar algo ao outro (n.obsessiva) Mãe histérica valor fálico (simbólico) que o filho tem; Mãe obsessiva filho como instrumento para invertir-se falicamente busca de reconhecimento através do filho;

18 A CLÍNICA DA NEUROSE OBSESSIVA Resistência sessões sessões preparadas, interpretações prontas, racionalizações; Transferência negativa-amor, amor, piedade e generosidade encobrem agressividade e ódio; TOC reduzir a complexidade de seu sofrimento a um transtorno cerebral é confirmá-lo morto- vivo, aprisionado ao lugar de máquina ou escravo... 18

19 A CLÍNICA DA NEUROSE OBSESSIVA Ética do desejo a psicanálise aposta no sujeito do desejo e na sua possibilidade de mudar o seu destino; Do desejo de reconhecimento ao reconhecimento do desejo. o homem é ali onde não pensa, e pensa onde não é (Lacan) 19

20 REFERÊNCIAS FREUD: As neuropsicoses de defesa Obsessões e fobias Rascunho K Três Ensaios sobre a sexualidade Atos obsessivos e práticas religiosas Caráter e erotismo anal 1909-Notas sobre um caso de n. obsessiva O Homem dos ratos Totem e tabu A disposição à neurose obsessiva As transformações da pulsão exemplificadas no erotismo anal 1923-O eu e o isso 1926 Inibições, sintomas e angústia 20

21 REFERÊNCIAS Julien, Philippe. Psicose, perversão, neurose. Companhia de Freud: Rio de Janeiro, Melman, Charles. A neurose Obsessiva.. Companhia de Freud: Rio de Janeiro, Lacan, Jacques. O mito individual do neurótico, 1953 Lachaud, Denise. O inferno do dever.. Companhia de Freud: Rio de Janeiro,

22 Profª Ms Valéria Codato Antonio Silva Fone: Profª Valéria Codato A.Silva 22

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