Representações Sociais do Alpinismo em Portugal a partir do seu Representante Máximo, João Garcia
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- Mirela Taveira Caldas
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1 Representações Sociais do Alpinismo em Portugal a partir do seu Representante Máximo, João Garcia Catarina Queiroz Lucas Porto, 2009
2 Representações Sociais do Alpinismo em Portugal a partir do seu Representante Máximo, João Garcia Análise de dois Jornais Diários Nacionais Generalistas: Jornal de Notícias e O Público Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto e Educação Física, na opção de Recreação e Tempos Livres, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Orientadora: Professora Doutora Ana Luísa Pereira Catarina Queiroz Lucas Porto, 2009
3 Lucas, C. (2009). Representações Sociais do Alpinismo em Portugal a partir do seu Representante Máximo, João Garcia. Porto: C. Lucas. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Palavras-chave: JOÃO GARCIA; ALPINISMO; REPRESENTAÇÕES SOCIAIS; MEDIA.
4 Agradecimentos Sem o apoio incondicional de pessoas que têm muito significado para mim, nada teria sido possível, por isso agradeço: À Professora Doutora Ana Luísa Pereira, por toda a colaboração, compreensão e sentido crítico. Por me transmitir a tranquilidade e justiça que a caracterizam. Por me ajudar a crescer como aluna e como pessoa Não mais me esquecerei daquelas flores de ter estado ao meu lado num dos momentos mais difíceis da minha vida! Por ser, sem dúvida, orientadora na verdadeira acepção da palavra. Ao Mestre José Silva, o meu orientador de estágio pedagógico, acima de tudo, um verdadeiro amigo, sem qualquer dúvida. Por ser a pessoa fantástica que é, por ter contribuído para a transferência do conhecimento teórico para a prática. Pela partilha de conhecimentos por me fazer perceber o que é ser um apaixonado pela Educação Física! Por todo o apoio, em vários sentidos obrigada! Ao Professor Doutor Rui Garcia, pela sua simpatia demonstrada ao longo dos meus anos de formação, ainda mais, durante este ano lectivo e, também, pelo empréstimo de livros que em muito me foram úteis. Aos meus pais, por serem simplesmente como são a razão da minha existência e luta! Ao Manecas, por todo o apoio e orientação quando tudo parecia não fazer sentido! À Eduarda pela colaboração na pesquisa noticiosa. Às minhas amigas Filipa e Isabel, a sério por me ouvirem nos momentos de desalento e por acreditarem que sou capaz! III
5 Ao Sr. Pedro Novais, pelo apoio incansável obrigada por tudo! A todos os que, directa ou indirectamente, contribuíram para a minha evolução. IV
6 Índice Geral Agradecimentos Índice Geral Índice de Quadros Índice de Gráficos Resumo Abstract Résumé Abreviaturas III V VII IX XI XIII XV VII I Introdução 1 II Revisão da Literatura 7 1 Alpinismo Contextualização Histórica Internacional Nacional - O Aparecimento e Desenvolvimento do Alpinismo em Portugal Caracterização do Alpinismo Razões para a prática do Alpinismo 30 2 O Herói O Herói Desportivo 43 3 Representação do Herói Desportivo nos Media Noção de Representação Social O poder dos Media Os Heróis Desportivos nos Media 57 III Campo Metodológico 67 1 O Alpinista Português João Garcia 69 2 Procedimentos Analíticos 77 V
7 2.1 Análise de Conteúdo da Imprensa Descrição do procedimento Corpus de Estudo 80 3 Sistema Categorial 82 IV Apresentação dos Resultados 87 V Discussão dos Resultados 105 VI Conclusões 121 VII Referências Bibliográficas 125 VIII Anexos I VI
8 Índice de Quadros Quadro 1 Conquistas de João Garcia por altitude e respectivas datas Quadro 2 Categorias e Subcategorias Quadro 3 Número Total de Notícias do Jornal O Público e Jornal de Notícias entre 1998 e 2008 Quadro 4 Número de Notícias do Jornal de Notícias entre 1998 e 2008 relativamente à categoria João Garcia e Evereste Quadro 5 Número de Notícias do Jornal O Público entre 1998 e 2008 relativamente à categoria João Garcia e Evereste Quadro 6 Número de Notícias do Jornal de Notícias entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Herói Quadro 7 Número de Notícias do Jornal O Público entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Herói Quadro 8 Número de Notícias do Jornal de Notícias entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Projectos de João Garcia Quadro 9 Número de Notícias do Jornal O Público entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Projectos de João Garcia Quadro 10 Número de Notícias do Jornal de Notícias entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Riscos e Acidentes no Alpinismo Quadro 11 Número de Notícias do Jornal O Público entre 1998 e 2008 relativamente à categoria Riscos e Acidentes no Alpinismo VII
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10 Índice de Gráficos Gráfico 1 Variação do Número de Notícias entre 1998 e 2008 no Jornal O Público e Jornal de Notícias IX
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12 Resumo É provável que em Portugal o conhecimento sobre a actividade do alpinismo seja diminuto, sendo que o pouco conhecimento que exista se construa essencialmente através dos media. Das representações sociais emanadas pelos media resultará, então, o conhecimento, ideias e crenças sobre o alpinismo, que tem vindo a ser alvo de um crescente destaque ao longo dos anos. Através da análise de conteúdo efectuada em dois jornais nacionais generalistas (Jornal de Notícias e O Público), referente aos anos , procurámos conhecer quais as representações sociais do alpinismo em Portugal, em geral, e de João Garcia, em particular, no referido período. Da análise a priori surgiram as seguintes categorias: Herói; e Riscos e Acidentes no Alpinismo. Da leitura do nosso corpus de estudo surgiram, a posteriori, as seguintes categorias: João Garcia e Evereste; e Projectos de João Garcia. Como principais conclusões temos a constatação de que é, ainda, a tragédia que apresenta um maior valor-notícia. Não só associada ao alpinismo em termos gerais mas, também, ao tipo de representações sociais acerca do mais consagrado alpinista português, João Garcia. Verificámos, portanto, a importância de João Garcia nas representações sociais do alpinismo, uma vez que, maioritariamente, as notícias se referem a ele. Deste modo, percebe-se o elevado número de unidades de registo relacionadas com a concretização da proeza, relativa à conquista do Monte Evereste, o que despoletou um reconhecimento tal, ao ponto de João Garcia ser conotado com a ideia de herói arquétipo. Palavras-chave: JOÃO GARCIA; ALPINISMO; REPRESENTAÇÕES SOCIAIS; MEDIA. XI
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14 Abstract The common knowledge of rock or mountain climbing in Portugal is most likely short, though, to the best of somebody s knowledge, the media are the only source available that may provide more or less coverage of the subject. The representative idea of this activity broadcast by the media affects the public ideas, beliefs and knowledge of mountaineering, which has been growing steadily over the last years. The content analysis of two daily general newspapers (Jornal de Notícias and O Público) between the years 1998 and 2008, has allowed us to understand the social representations of climbing in Portugal in general, and also of João Garcia in particular, throughout that period of time. A priori analysis shows the following categories: Hero; Risks and Accidents in Climbing. From the analysis of our corpus of study, two categories emerged: João Garcia and Everest; and Projects of João Garcia. All the evidence points to the conclusion that the tragedy is still the focus of media attention, not only associated with climbing in itself, but also with the kind of social representations of the greatly respected Portuguese mountain climber João Garcia. Therefore, we have confirmed the importance of João Garcia in what concerns the social representations of mountain climbing since he is the media s major concern. Thus, we can understand the high record number of successes related to the conquest of Mount Everest, which has initiated such recognition of João Garcia that he is now seen as the idea of the archetypal hero. Key words: JOÃO GARCIA; MOUNTAINEERING/MOUNTAIN CLIMBING; SOCIAL REPRESENTATIONS; MEDIA. XIII
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16 Résumé Il est probable qu au Portugal les connaissances sur l activité de l alpinisme soit réduite, si bien que le peu de connaissance qu il existe soit construit essentiellement à travers les media. Á partir des représentations sociales provenant des media sont crées connaissances, idées et croyances sur l alpinisme, qui au long des années a été mis en évidence. A travers l analyse du contenu de deux journaux généralistes (Jornal de Notícias et O Público), relativement aux années , nous avons tenté savoir quelles étaient les représentations sociales de l alpinisme au Portugal, en général, et de João Garcia, en particulier, pendant cette période. De l analyse à priori ont surgit les catégories suivantes : Héro; et Risques et Accidents en Alpinisme. De la lecture de notre corpus d étude ont surgit, a posteriori, les catégories suivantes : João Garcia et l Everest; et Projets de João Garcia. Comme principales conclusions, nous avons constaté que la tragédie représente une grande importance au niveau de l information, ceci est associé à l alpinisme en général, mais aussi au type de représentations sociales sur le grand alpiniste portugais, João Garcia. Nous avons vérifié, donc, l importance de João Garcia dans les représentations sociales de l alpinisme, puisque, habituellement, les informations sont liées à lui. De cette forme, nous comprenons le grand nombre de registres liés à la concrétisation de la prouesse relative à la conquête du Mont Everest, ce qui a provoqué une telle reconnaissance de João Garcia que celui-ci a été lié au modèle de héro archétype. Mots-clés : JOÃO GARCIA; ALPINISME; REPRÉSENTATIONS SOCIALES; MEDIA. XV
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18 Abreviaturas AC Alpine Club CMG Clube de Montanhismo da Guarda CNM Clube Nacional de Montanhismo FPCC Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo R.S. Representações Sociais U.R. Unidade de Registo XVII
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22 I INTRODUÇÃO
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26 INTRODUÇÃO Numa sociedade que, cada vez mais, valoriza o tempo livre como contraposição ao tempo oprimido, onde as restrições se impõem à livre e espontânea vontade, a procura de espaços naturais e passíveis de despoletar uma satisfação pessoal, onde não mais importa o eu vs o outro, tem vindo a afirmar-se. Neste contexto natural, no qual se providencia a auto-satisfação daquele que procura transcender-se, surge o Alpinismo como uma actividade que proporciona a fuga do espaço desprovido de emoção, daquele em que os principais objectivos são a diminuição dos riscos e, obviamente, a procura da segurança. Esta é, sem dúvida, uma dupla e contrária necessidade da sociedade em que vivemos. O Alpinismo revela-se, para os apaixonados, como uma oportunidade de transcendência, como um mundo à parte. Contudo, esta é uma actividade pouco frequente no nosso país, sendo parco o conhecimento acerca da mesma e tendo ainda pouca história em Portugal. De facto, o Alpinismo, no nosso país, ainda se assume como um campo inexplorado e, consequentemente, desconhecido, fundamentando-se esta afirmação pelo facto de permanecer durante longos períodos sem qualquer tipo de notoriedade. Senão vejamos; quando nos questionamos acerca do número de notícias, impressas ou televisivas, ou mesmo por outro meio de comunicação social, sobre o alpinismo, percebemos a sua pouca relevância nos media. Contrariamente ao conhecimento pormenorizado de várias modalidades desportivas sobre o plantel, dirigentes e mesmo detalhes que necessitam de um certo vasculhar, temos o alpinismo, a respeito do qual pouco ou nada se conhece. Seria mesmo caricato perguntar que alpinistas portugueses, ou mesmo estrangeiros, estão presentes na memória colectiva. O que acabámos de referir fundamenta-se, não só, mas também, nas características geográficas do nosso país, cuja montanha mais alta - a Serra da Estrela tem - apenas, 1993 metros. Citamos apenas pelo facto de, comparativamente, com os picos do mundo, aqueles que atraem alpinistas de todo o planeta, esta altitude não ser alvo de atracção internacional. Deste modo, percebe-se a falta de conhecimento que, provavelmente, a maioria das pessoas não envolvidas no alpinismo têm. Assim, de forma a terem conhecimento sobre o que acontece neste âmbito, resta ao vulgo leitor espreitar pela frincha da porta dos media, ou seja, as 3
27 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA percepções acerca do alpinismo serão, sem dúvida, rastreadas pelos meios de comunicação social. De facto, uma das razões para o referido é a escassa representação social acerca deste tema. Outra forma de constatarmos isso é através da diminuta investigação sobre a problemática, nomeadamente, na sua relação com os Media. Importa, então, conhecermos o tipo de informação disseminada pelos media relativamente ao alpinismo. Uma forma de o fazermos relaciona-se com o estudo das representações sociais do alpinismo em Portugal, sendo este o nosso grande objectivo, com a especificidade da imprensa escrita como foco de análise. Com efeito, o estudo das representações sociais é fundamental, na medida em que estas se constituem como uma forma de pensamento social que inclui as informações, experiências, conhecimentos e modelos que, recebidos e transmitidos pelas tradições, pela educação e pela comunicação social, circulam na sociedade (Pavarino, 2003). Ou seja, estas permitem-nos aceder à construção do conhecimento da realidade social sobre um dado assunto, neste caso, sobre o Alpinismo. Tendo em conta o referido, sublinhado pela inexistência, a nível nacional e internacional, de estudos referentes às representações sociais do alpinismo na imprensa escrita, pelo menos que tenhamos conhecimento, consideramos pertinente debruçarmo-nos sobre esta temática. De facto, pensamos ser fundamental estudar e aprofundar o que se sabe sobre as representações sociais do alpinismo, em particular sobre João Garcia, melhor representante desta actividade em Portugal. Assim é, dado que esta modalidade começa a demonstrar algum destaque em Portugal a partir dos sucessos de João Garcia, o primeiro e único português que alcançou o cume do Evereste, a mais alta montanha do mundo (8848 metros). Fazendo referência à hipótese do Agenda Setting (uma das teorias da comunicação social), criada por McCombs & Shaw (1972), que defende um alto grau de correspondência entre a quantidade de atenção dada a determinada questão pela imprensa e o nível de importância a ela atribuído por pessoas da comunidade que estiveram expostas aos media, remetemo-nos para uma análise minuciosa do que é publicado, em Portugal, sobre o alpinismo e, mais especificamente, sobre o mais consagrado alpinista português, João Garcia. 4
28 INTRODUÇÃO Posteriormente à investigação pensamos ter dados suficientes para inferir acerca da actual representação do alpinismo no nosso país, na medida em que compreenderemos a consideração atribuída a esta actividade pela imprensa portuguesa. O facto de a nossa opção ter recaído sobre a imprensa escrita prendeuse por esta ser uma das formas de comunicação social que mais impacto exerce nos indivíduos. Isto, já tendo, como premissa, que os meios de comunicação têm a capacidade (não intencional nem exclusiva) de agendar temas que são objecto de debate público em cada momento (Sousa, 2006). Desta forma, o principal objectivo para o presente estudo passa por conhecer as representações sociais do alpinismo em Portugal entre Para entendermos este fenómeno de estudo, delineámos os seguintes objectivos específicos: Conhecer o discurso na imprensa escrita sobre o Alpinismo ( ), em particular sobre o João Garcia; Perceber que tipo de Representações Sociais emerge destes discursos; Perceber qual o contributo de João Garcia nas Representações Sociais do Alpinismo em Portugal; Identificar elementos nos discursos que permitam perceber se João Garcia está conotado com a noção de herói. Tendo em conta o exposto, daremos início à estruturação do nosso estudo que se seque com a revisão da literatura, no sentido de enquadrar teoricamente o fenómeno em estudo. Posteriormente, virão as questões de âmbito metodológico, no sentido de descrever e justificar o método que mais se adequa aos nossos objectivos, a análise de conteúdo e, por último, o sistema categorial. De referir a criação de um subcapítulo exclusivo a João Garcia, no sentido de se entender todo o seu percurso enquanto alpinista. No que respeita à apresentação e discussão dos resultados, seguiremos uma lógica que separa estes dois capítulos pelo facto de se tornar mais pertinente discutir de uma forma intercategorial. E, por último, apresentaremos as conclusões retiradas deste estudo. 5
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32 II REVISÃO DA LITERATURA
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36 REVISÃO DA LITERATURA 1 Alpinismo 1.1 Contextualização Histórica Internacional Uma vez que o nosso trabalho dissertará sobre o Alpinismo importa, então, enquadrá-lo historicamente, de forma a percebermos em que contexto mundial surgiu e, posteriormente, compreender como se desenvolveu a actividade em Portugal, cerceando o nosso discurso até ao representante máximo do alpinismo português, João Garcia. Analogamente a vários desportos modernos, o Alpinismo também foi inventado pela Grã-Bretanha, a meio do século XIX (Robbins, 1987). Com o desenvolvimento do capitalismo industrial britânico, a meio do século XIX, deuse a criação da burguesia industrial e a expansão da classe média profissional, principalmente urbana. A classe média tinha, então, tempo e recursos financeiros que lhe proporcionou a busca de actividades de ar livre (Robinson, 2005). Não obstante, há registo e documentação de ascensões antes dessa época 1. A primeira ascensão ao Monte Branco em 1786, por exemplo, foi inspirada por Benedict de Saussure, Professor de Filosofia Natural em Genève (Nettlefold & Stratford, 1999). Benedict de Saussure procurou fazer leituras barométricas tão altas quanto possível (idem) e terá sido o primeiro a determinar as leis que regem a formação e a actividade dos glaciares (Belden, 1994). Mas só com a chegada dos britânicos é que se realizaram as restantes ascensões a cumes de metros (Sale & Cleare, 2001). As primeiras ascensões aos pontos mais altos dos Alpes Europeus tiveram, deste modo, como propósito, investigações científicas, relacionadas com a altitude. Estas investigações científicas realizaram-se no âmbito da Glaciologia, Geologia, Botânica e Cartografia (Robbins, 1987). 1 Note-se que existem registos mais antigos, nomeadamente nas travessias aos Himalaias. A título de exemplo, em 1624, um jesuíta português, o padre António de Andrade, surpreendeu o mundo ao revelar a existência dos reinos do Tibete, tendo sido o primeiro europeu a percorrer os Himalaias (in National Geographic, Portugal, Maio, 2002). 9
37 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA A título de exemplo, é de referir que terá sido numa operação de cartografia que os ingleses realizaram no Nepal, em 1852 que, através de uma série de medições por triangulação, se forneceu a altitude de 8839 metros para a montanha mais alta do mundo (Garcia, 2002). Foi neste cenário que se começou a desenhar a institucionalização do Alpinismo. Mas, rapidamente o itinerário Alpino Europeu tornou-se apetecível a vários turistas, deixando de se limitar às pesquisas científicas (Robbins, 1987). A institucionalização desta nova actividade concretizou-se através de uma reunião a 22 de Dezembro de 1857 no Hotel Ashley, em Londres, entre alpinistas britânicos, todos envolvidos de forma activa no desenvolvimento do montanhismo alpino durante a idade de ouro do alpinismo ( ). Estabeleceu-se, assim, o Alpine Club (AC), em Londres. Por muitos anos os Gentlemens (homens da classe alta inglesa no século XVIII, e popularizado de classe média inglesa no fim do século XIX) constituíram a base deste Clube. Desta forma, a base do AC compreendia um grupo homogéneo, maioritariamente, da classe-média, de profissões cultas e polidas, as quais incluíam bancários, advogados, funcionários públicos, clérigos, empresários e estudiosos (Robinson, 2005). A classe base de recrutamento para o referido Clube derivou de várias fracções da classe-média profissional, mais novos ou mais velhos, em conjunto com um número reduzido de indivíduos com terras, burgueses de secções industriais e financeiras, e da classe-média empregada na indústria e nas finanças. Só mais tarde é que o padrão geral estabilizou com a inclusão de membros do comércio. Seguiu-se a publicação, em 1858, da colecção Peaks, Passes and Glaciers, uma série de episódios descritos por diferentes escritores. Posteriormente, a edição regular, em 1863, do Alpine Journal, como substituição da referida colecção. Estes antecedentes foram igualados por outros países europeus. O posterior desenvolvimento incluiu a fundação de diversos clubes, nomeadamente, The Scottish Mountaineering Club, The Climbers Club e Fell and Rock Climbing Club, que se ocuparam das áreas montanhosas britânicas. Neste período ( ), o alpinismo britânico é primeiramente a história do AC e, posteriormente, dos referidos clubes (Robbins, 1987). 10
38 REVISÃO DA LITERATURA Percebe-se, pois, que o desenvolvimento do Alpinismo foi acompanhado de uma extensiva literatura que inclui os jornais produzidos pelos clubes, livros escritos pelos alpinistas sobre as suas actividades e guias de alpinismo. Surge outra literatura; desta, fazem parte as histórias populares e artigos reflexivos redigidos pelos participantes. Cedo, as revistas sobre alpinismo e guias desempenharam um papel crucial na institucionalização desta actividade, promovendo práticas aceites que eram caracterizadas por um conjunto complexo de regras tácitas e que foram compostas por uma tradição inventada. Relativamente à literatura académica, pode-se referir que foi escassa, dominada por psicólogos interessados na tomada de risco (Robbins, 1987), mas que posteriormente se desenvolveu em várias áreas científicas, nomeadamente na Sociologia do Desporto. Voltando, novamente, ao contexto em que se deu a institucionalização, como pano de fundo temos um enquadramento cultural que importa salientar pois, como refere (Robbins, 1987), para se analisar o desporto como cultura, é necessário estabelecer o que é que a prática significa para os seus adeptos, examinar onde se desenvolvem esses desportos com esses mesmos significados e como estes podem variar no tempo. O mundo cultural original do Alpinismo enquadra-se na Época Vitoriana; uma época que compreende a segunda metade do século XIX e a primeira década do século XX, em que os movimentos sociais populares cederam lugar a um sistema social equilibrado, grandemente, devido à estabilidade do Império Britânico, governado pela Rainha Vitória ( ). Apesar do materialismo herdado, a época foi marcada pelo retorno de valores éticos como respeitabilidade, polidez e circunspecção, considerados as mais elevadas virtudes sociais (Cobra, 2003). Este mundo cultural Vitoriano foi construído em torno de três discursos em constante conflito, rotulados de Cientificismo, Atleticismo e Romantismo. O primeiro afirma Robbins (1987), foi o principal factor motivacional que esteve na criação deste desporto (como referido acima). Este discurso científico está associado ao facto de a maior parte dos praticantes ter começado a escalar com propósitos científicos (cartografia e glaciologia), fazendo com que o AC, em Londres, se constituísse numa imagem de sociedade culta. No entanto, a 11
39 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA associação deste clube com o Cientificismo foi desaparecendo devido ao surgimento de uma lógica/racionalidade atlética, enfatizando as virtudes da melhoria física e moral derivadas do desporto (Robinson, 2005). Neste âmbito, a burguesia vitoriana mostrou grande preocupação pela masculinidade nos seus significados morais, sociais e políticos mas, também, já no fim do século XIX, colocou uma nova ênfase na resistência física e na saúde. O corpo do homem tornou-se a preocupação central do género masculino; paixões heróicas reavaliadas numa luz favorável; o homem começa a olhar para as fontes primitivas de masculinidade com novos olhos; as virtudes marciais atraíram admiração; os impulsos competitivos foram transformados em virtudes masculinas. Através deste novo entendimento do alpinismo, permanece uma recreação racional por aumentar qualidades como saúde física e coragem no confronto com o perigo e adversidade. No centro deste princípio há um discurso de recompensa: são reconhecíveis os símbolos de estatuto baseados na competição, na aptidão moral, no domínio sobre a natureza e na masculinidade (Robinson, 2005). Em meados de 1870, surgiu um novo discurso romantismo - por um grupo decididamente romântico que ressalta o significado moral e espiritual associado aos espaços montanhosos e experiências. Desenvolve-se um novo sentimento e percepção da montanha. O pensamento inglês abre-se cada vez mais a uma estética da imaginação e do irregular mais permeável a um Sublime de coisas, onde está relacionado o entusiasmo do sujeito com o vasto na natureza. Este discurso permaneceu perceptível mas um pouco secundário. Com efeito, os homens de classe média construíram activamente uma masculinidade afirmativa para defender o sentimento de poder imperial da Grã- Bretanha. Isto foi conseguido através da invenção de várias formas agressivas de cultura da classe-média culta, como o Alpinismo nos Alpes (idem). Mas o alpinismo anglo-saxónico cresceu não apenas entre os europeus mas, também, entre as socialites americanas que, em 1873, formaram o Appalachian Mountain Club. Como a popularidade do desporto cresceu, no fim desse século, alpinistas ingleses e americanos procuraram novos desafios não escalados na Europa, Ásia, África e América do Norte. A Europa estava a tornar-se pequena, daí a exploração de outros países, dando continuidade ao 12
40 REVISÃO DA LITERATURA que Nettlefold & Straford (1999) designam de colonialismo vertical, uma vez que, entre 1854 e 1882, os alpinistas britânicos reclamaram 31 das 39 primeiras ascensões registadas nos Alpes Europeus. Foram estes alpinistas que mostraram o caminho das cordilheiras das montanhas do Canadá, na medida em que os Canadianos ainda não tinham sido seduzidos pelo alpinismo. Os poucos que eram alpinistas faziam medidas minuciosas dos picos, uma vez que eram exploradores ocidentais e geómetras ferroviários (Robinson, 2005). Até ao Outono de 1885 as montanhas canadianas eram um vasto território inexplorado mas, nesta data, quando foi completado o caminho-deferro que abrira o oeste canadiano, os passageiros da Canadian Pacific Railway viram, pela primeira vez, cenários como o Lago Louise, que se situa entre alguns dos picos do Rockies (Montes Victoria, Lefroy e Temple). Para diminuir a grande dívida devido à construção da ferrovia, a CPR iniciou um sistema de valorização da costa que promoveu o turismo nos Alpes Canadianos. Também, importou guias suíços profissionais para liderar caminhantes e alpinistas às montanhas, garantindo segurança. Depois, foi uma questão de tempo para que o Canadian Club ganhasse forma. Começam os anos de ouro do alpinismo, agora no Canadá (idem). É unânime a opinião de que a idade de ouro do alpinismo ocorreu nos Alpes entre 1854 e 1865, período no qual foram feitas as ascensões mais importantes. Sendo estas as ascensões Britânicas do Wetterhorn (3,701m) e Matterhorn (4,478m). Esta designação idade de ouro foi, inicialmente, atribuída por Cunningham em 1887, político escocês, jornalista e aventureiro, o primeiro membro socialista do Parlamento do Reino Unido (Robinson, 2004). O alpinismo foi, então, identificado como um desporto, e Cunningham envolveu-se, segundo Donnelly, na actividade mais popular das últimas três décadas do século XIX, a invenção da tradição, ajudando a Grã-Bretanha a tornar-se numa nação desportiva (Hobsbawm & Ranger, 1983). Embora ressaltando a nítida crítica em direcção às gerações mais novas de alpinismo, a caracterização do autor glorificou a primeira geração de alpinistas britânicos e não afirmou apenas a presença britânica histórica na Europa mas, também, 13
41 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA tentou assegurar que a sua forma/estilo de alpinismo seria a forma/estilo do desporto para o futuro. No que respeita à forma como se procediam as ascensões, primeiramente, os alpinistas eram acompanhados por guias (pessoas locais). Preparavam o acampamento e a comida, até mesmo o transporte de cargas pesadas. Isso tornou-se tão popular que um em cada dez rapazes saudáveis que vivia nas aldeias alpinas era guia. Não obstante houvesse a prática associada aos guias, esta não se tornou corrente até à I Guerra Mundial (Robinson, 2004). Normalmente, os alpinistas escalavam em grupos de três ou mais; fazêlo sozinho era impensável. De facto, na época vitoriana, algumas éticas de percepção das noções de risco estavam enraizadas. Tal como Donnelly (1994) refere, relativamente à tomada de risco, os alpinistas tinham perfeita noção do que era inadequado em termos de escolha de itinerário ou tempo. As primeiras ascensões assentavam na base da segurança, fazendo-se pelas rotas mais simples e fáceis. Até porque, escolher rotas difíceis e perigosas não era de comum acordo no ethos (espírito característico de um povo ou comunidade) de alpinistas vitorianos. Defendiam, ainda, que o risco não se justificava numa segunda ascensão, o impacto e reconhecimento sociais são maiores nas primeiras ascensões (Robinson, 2004). Em 1865, com o desastre que ocorreu em Matterhorn, começou a idade de prata do alpinismo nos Alpes europeus. Esta montanha ainda não havia sido conquistada e, Francis Douglas, Edward Whymper e o seu guia Peter Taugwalder planearam um assalto ao cume depois de várias tentativas falhadas de Whymper. Dia 13 de Julho, aos alpinistas referidos juntaram-se Charles Hudson, Robert Hadow, o filho de Taugwalder, e Michel Croz. A 14 de Julho, partiram para a bem sucedida primeira ascensão, pela rota Hörnli. No entanto, na descida, Hadow caiu, abatendo Croz e também Hudson e Douglas. Ligados por uma corda, os quatro caíram para a morte sobre o Glaciar Matterhorn, 1400 metros abaixo. Três dos corpos foram posteriormente encontrados, mas o de Douglas não (Guntern, 1990). Este trágico acontecimento inspirou debates sobre a ética do alpinismo e sobre a aparente falta de novos desafios nos Alpes. Durante esta segunda fase, o alpinismo foi 14
42 REVISÃO DA LITERATURA re-imaginado. Já não se premiava apenas o alcance do cume, mas também o percurso seleccionado. Assim como novas rotas ganham significado, as primeiras ascensões no inverno, as primeiras ascensões de mulheres também o ganharam. Há, então, o reconhecimento de que o risco é por vezes necessário para obter sucesso na conclusão de uma nova via. Estas alterações provocaram o nascimento da moderna escalada em rocha, no gelo e outras formas de alpinismo numa brilhante reinvenção da tradição. Quarenta anos se passaram até que tais mudanças atingissem a América do Norte (Robinson, 2004). Já fora da supremacia alpina britânica, (como podemos constatar nas nacionalidades dos pioneiros dos 14 oito mil ) que entrou em declínio na I Guerra Mundial ( ), os Alpes perdem o seu posto e este é ocupado pelos Himalaias, mudando por completo a origem dos alpinistas que, agora, surgem da França, Suíça, Itália, Alemanha (Sale & Cleare, 2001). A Segunda Guerra Mundial ( ) colocou um ponto final na actividade alpina nos Himalaias. Foram, precisamente, os países mais empenhados na sua exploração que estiveram mais activamente envolvidos nesse conflito mundial. Nos anos posteriores, essas nações rapidamente se recompuseram e partiram para novas e extraordinárias ascensões. Começa, nesta data, a exploração dos tectos do mundo, os 14 oito mil (Sale & Cleare, 2001). Assim sendo, importa referir quais os pioneiros e quando ascenderam e atingiram cume das montanhas mais altas do mundo. Temos então, por ordem cronológica (idem): Annapurna (8091 m): Era o Pico XXXIX do Serviço Cartográfico da Índia. O seu nome local cheio de comida também contém a raiz de outro nome, Mãe Divina Hindu. O seu cume foi alcançado pelos Franceses Louis Lachenal e Maurice Herzog a 3 de Junho de Evereste (8848m): É a montanha mais alta do mundo e era o Pico XV. Está localizado na cordilheira do Himalaia. Situa-se na fronteira entre o Nepal e o Tibete. Em nepalês, o pico é chamado de Sagarmatha (rosto do céu), e em tibetano Chomolangma ou Qomolangma (mãe do universo). 15
43 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA A primeira ascensão até ao topo foi feita pela expedição anglo - neozelandesa em 1953, dirigida por John Hunt. O pico foi alcançado a 29 de Maio por Edmund Hillary (Nova Zelândia) e Tenzing Norgay (Índia). A primeira ascensão sem recurso a oxigénio artificial foi feita por Reinhold Messner e Peter Habeler a 8 de Maio de Nanga Parbat (8125m): Pelo Austríaco Hermann Buhl a 3 de Julho de O oito mil mais ocidental. O nome deriva de Nanga Parvata montanha despida, talvez pelo seu isolamento. K2 (8611m): Os Italianos A. Compagnoni e L. Lacedelli alcançaram cume a 31 de Julho de O nome deve-se ao facto de, em 1856, o capitão T. G. Montgomerie, topógrafo oficial do exército britânico, ter catalogado os cumes topografados por números, denominando-os de K, de Karakorum. Cho Oyu (8201m): A sexta montanha mais alta do mundo. O seu nome significava a cabeça de Deus. Pelo Austríaco H. Tichy e S. Jochler, Pasang Dawa Lama, da Índia, a 19 de Outubro de Makalu (8463 m): Era o Pico XIII do Serviço Cartográfico da Índia e, em 1884 sugeriu-se o nome Khamba Lung, que parece ter derivado de uma região local chamada Khamba. Pelos franceses J. Couzy e L. Terray a 15 de Maio de Kangchenjunga (8586 m): O Pico IX, situado na fronteira entre o Nepal e Sikkim, a apenas 74 km a noroeste de Darjeeling (cidade do Estado Indiano de Bengala Oeste). Da Grã-Bretanha, G.Band e J.Brown a 25 de Maio de 1955 atingiram cume. É a terceira montanha mais alta do mundo. Durante alguns anos, de 1838 a 1849, acreditava-se que era a mais alta. A primeira tentativa de escalada remonta a 1905 onde quatro membros de uma expedição internacional morreram numa avalanche. Como inspiração à beleza da Kangchenjunga, as expedições não dão os últimos passos até ao cume, de forma voluntária, e por respeito ao povo do Sikkim, que consideram o cume sagrado. Esta tradição iniciou-se com a Expedição Britânica em 1995, uma vez que pararam a curtos metros do cume actual, em honra da religião local. As duas ascensões seguintes também mantiveram a tradição. 16
44 REVISÃO DA LITERATURA Várias são as origens do nome Kangchenjunga, mas da sua tradução obtemos a frase "Os 5 Tesouros da Grande Neve", como referência aos cinco picos que nascem dos seus glaciares. Manaslu (8163 m): Era o Pico XXX. Inicialmente chamava-se Kutang I, por ser a montanha mais alta desse mesmo distrito. Pelo Japonês T. Imanishi e pelo Nepalês Gyalzen Sherpa a 9 de Maio de Lhotse (8516 m): A quarta montanha mais alta do mundo. Pelos Suíços F. Luchsinger e E. Reiss a 18 de Maio de Era o E1 para o Serviço Cartográfico da Índia. Gasherbrum II (8035 m): O grupo dos Gasherbrum s (I, II e III) situa-se na cabeceira do Glaciar Baltoro. Pelos Austríacos S. Larch, F. Moravec e H. Willenpart a 7 de Julho de Broad Peak (8047 m): Pelos Austríacos H. Buhl, K. Diemberger, M. Schmuck e F. Wintersteller a 9 de Junho de Como não era visível pelos topógrafos, não lhe foi atribuído um número na cartografia original de Karakorum, só na expedição de Martin Conway, em 1892, é que foi denominado deste modo. Gasherbrum I (8068 m): Pelos Americanos A. Kauffman e P. Schoening a 5 de Julho de Conhecido como o K5 mas Conway baptizou-o, em 1892, como Hidden Peak pico escondido. Contudo, devido à tendência para não usar nomes ocidentais para as montanhas Himalaias, hoje é conhecido como Gasherbrum I. Dhaulagiri (8167 m): Pelo Austríaco K. Diemberger, pelo Alemão P. Diener, pelos Suíços E. Forrer e A. Schelbert e pelos Nepaleses Nawang Sherpa, Nima Sherpa a 13 de Maio de O Pico XLII recebe o nome Dhavala Giri montanha branca mas todas as montanhas dos Himalaias são, principalmente, brancas, daí mudar-se para o actual nome. Shisha Pangma (8046 m): Era o Pico XXIII e foi conhecido muitos anos por Gosaithan Lugar do Santo. Pelos Chineses Chen San, Cheg Tianliang, Wang Fuzhou, Wu Zongyue, Xu Jing e Junyan e pelos Tibetanos Doje, Mima Zaxi e Yungden a 2 de Maio de Na língua de Tibete, significa cume acima do vale do prado. A montanha fica situada perto de Gosainkund - o lago 17
45 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA sagrado de povos Hindu. Os chineses promovem o nome Xixabangma que significa tempo mau. É a menor de um total de 8 mil metros de montanhas e fica situada em Langtang Himal - no território de Tibete, aproximadamente 120 quilómetros a noroeste do Evereste. Desde 1963 que a montanha está sob o controlo da China. Devido a um isolamento político do Tibete, a exploração destas montanhas era impossível até Naquele tempo, uma expedição alemã, chefiada por Mr. Alelein chegou ao cume, com a mesma rota que os chineses nos anos 60. Tendo já sido feita uma breve exposição da conjuntura mundial em que se desenvolveu o Alpinismo, passaremos, então, para a explicação do sucedido no nosso País relativamente a esta actividade. 18
46 REVISÃO DA LITERATURA Nacional - O Aparecimento e Desenvolvimento do Alpinismo em Portugal Em Portugal, a prática de alpinismo remonta aos finais do século XIX inícios do século XX, e está associada a Gomes Teixeira, Emídio Navarro, Sousa Martins, entre outros pioneiros. Para a implementação e desenvolvimento da actividade, a expedição científica à Serra da Estrela (1993 m), de 1881, foi marcante. É a maior elevação de Portugal Continental e a segunda maior da República Portuguesa (apenas o Pico, nos Açores, a supera). Ao consultar os documentos da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal 2 podemos dividir o desenvolvimento do Alpinismo no nosso país em duas fases. A primeira, Época Clássica ( ), caracteriza-se pelo surgimento do montanhismo organizado. Jorge Santos que, em 1920, escalou o Alto da Pena (Vila Nova de Cerveira), pelo papel destacado que desempenhou no desenvolvimento do montanhismo durante várias décadas, pode ser considerado o pai da modalidade em Portugal. A primeira associação que se dedicou à prática de montanhismo terá sido o grupo portuense Os Serranos em 1920/22, seguindo-se o Grupo Excursionista de Ar Livre em 1932 e o Tribu Alpino Campista em A vertente da escalada no seio do montanhismo começou a ganhar força no TAC sob a direcção de Jorge Santos. Nos anos 30 já se escalava em Anamão (Castro Laboreiro), Fragas da Ermida (Serra do Marão), Pé do Cabril (Gerês), Fragas do Diabo (Valongo). Jorge Santos pertenceu, também, ao grupo que fundou o Clube Nacional de Montanhismo (CNM), em 1943, juntamente com Pereira da Costa, José Cardoso, Amândio Silva, Vicente Russo, entre outros. Em 1947, dois técnicos do Clube Alpino Francês vieram ministrar um curso a membros do CNM de onde saíram os primeiros monitores portugueses, que constituíram o primeiro núcleo de formadores. Mas o CNM, também designado Clube Alpino Português foi, sem dúvida, durante mais de 2 Consulta-se: 19
47 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA meio século, o representante e principal impulsionador da modalidade no nosso país. Dirigiu e representou o montanhismo até Agosto de 1991, data em que a Direcção-Geral dos Desportos passou essas competências para a, então, Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (FPCC). Entre , surge a Época Moderna: a consolidação e a diversificação. A Mocidade Portuguesa desenvolveu, a partir de 1970, actividades na área do montanhismo, nomeadamente acções de formação de escalada, através das Brigadas Especiais de Campo (BECs). Algumas das pessoas ligadas a essa polémica entidade tiveram a sorte de participar no curso de monitores dado por um dos melhores guias de alta montanha de então, Alphonse Darbelay. Nos anos 70, o CNM norte revitalizou-se. O Parque de Campismo de Árvore, aberto em 1972, permitiu um aumento do número de sócios acompanhado da desejada consolidação financeira. O CNM sul, sediado em Lisboa, também começou a desenvolver actividades com alguma frequência e qualidade. Mas também havia praticantes que realizavam actividades à margem dos clubes. Os anos 70 presenciaram as primeiras escaladas e ascensões tecnicamente difíceis levadas a cabo por portugueses nos Alpes. A década de 80 solidificou essa tendência e caracteriza-se paralelamente pelo aumento significativo do número de praticantes e de clubes: Clube de Montanhismo da Guarda (CMG), Grupo de Montanhismo de Vila Real, Grupo de Montanhismo de Faro, Clube de Montanhismo de Setúbal, entre outros. Na década de 90 e primeiros anos do século XXI, assiste-se à generalização das ascensões em altas altitudes. A primeira ascensão de um português acima dos sete mil metros Pico Korjenyevska, (7105 m) foi levada a cabo, em 1990, por Gonçalo Velez. Este alpinista seria também o primeiro português a coroar um oito mil em 1991: o Annapurna (8091 m). O alpinista Pedro Pacheco tenta o Monte Evereste em 1992 e João Garcia também empreende duas tentativas no Tecto do Mundo em 1997 e Viria a tornar-se o mais famoso alpinista português ao atingir o cume do Evereste em No entanto, João Garcia já tinha atingido cumes acima dos oito mil 20
48 REVISÃO DA LITERATURA metros anteriormente: o Cho Oyo (8201 m) em 1993 e o Dhaulagiri (8167 m) em João Garcia voltou às grandes altitudes para conquistar o Gasherbrum II (8053 m) em 1999 e concretizou o velho sonho de ascender o MacKinley (6194 m) em A primeira expedição portuguesa a um sete mil dos Himalaias, liderada por João Garcia, colocou, em Maio de 2003, quatro portugueses no cume do Pumori (7120 m). Gonçalo Velez ascendeu o Cho Oyo (8201 m) em 1997, tentou o Shisha Pangma (8012 m) em 1999, bem como o Lhotse (8516 m) em 2000, e atingiu o cume do Kankchenjunga (8586 m) em Importa referir a abertura da via Quinto Império na face oeste do Naranjo de Bulnes (Picos da Europa), em 1996, por Sérgio Martins e Francisco Ataíde, e a escalada do esporão Walker (Maciço do Monte Branco), em 2001, por Paulo Roxo e Nuno Soares. Portugal pertence à União Internacional das Associações de Alpinismo desde 1932 e actualmente conta com dois representantes: a FPCC e o CNM. Na sequência do exposto importa, agora, debruçarmo-nos sobre o que caracteriza o Alpinismo, na medida em que a posterior elucidação nos ajudará a compreender o que poderá determinar a sua prática. 21
49 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA 1.2 Caracterização do Alpinismo O Alpinismo insere-se num contexto de lazer, em que se nota uma cada vez maior aproximação das pessoas aos ambientes naturais na fuga do ambiente urbano, e que se tem repercutido num incremento de actividades de ar livre, que se regem mais pelo relógio natural do que pelo mecânico (Garcia, 1996). Paralelamente, desde meados do século XX que temos vindo a assistir a uma cada vez maior valorização do tempo livre, bem como, uma perda de centralidade do trabalho em favor do lazer libertador e instância de realização pessoal (Gama, 1991). As actividades físicas em meio natural têm evoluído desde concepções tradicionais e minoritárias a formas mais inovadoras ao alcance de uma ampla massa social. Assiste-se a uma procura por parte dos participantes de emoções na natureza em contraposição a uma perspectiva de vida urbana onde a percepção do risco é quase inexistente (Fuster i Matute & Agurruza, 1995). O Alpinismo enquadra-se neste cenário natural. A montanha, onde se desenrola esta actividade, faz parte dos lugares altos que são topograficamente diversos: variam na elevação, inclinação, há grandes variações da temperatura, radiação, ventos e até mesmo de tipo de solos. Estas distinções físicas criam diferentes zonas ecológicas e a ampla variedade de nichos ecológicos fazem destes sítios o local ideal para uma grande variedade de plantas e animais. Esta é uma das razões pela qual se torna tão única, uma verdadeira paisagem mundial (Smethurst, 2000). Reportando-nos, agora, à caracterização da actividade propriamente dita podemos referir que, apesar do facto de não haver uma estrutura competitiva institucionalizada não há um corpo governamental formal para instituir e executar regras de competição, não há regras escritas o alpinismo tende a funcionar de uma maneira muito idêntica a outros desportos. Tal como sugere (Donnelly, 1994) pode-se dizer que existem dois tipos específicos de competição, directa e indirecta. A primeira é a competição para as primeiras ascensões das montanhas ou de itinerários específicos nas montanhas, penhascos e quedas-d'água congeladas. As competições indirectas, referem- 22
50 REVISÃO DA LITERATURA se à competição do estilo ou qualidade de uma ascensão, na qual se pode referir a velocidade da mesma, mas é usualmente considerado em termos de como se aproxima a adaptação da ascensão à estrutura informal de regras do alpinismo. Aliás, há um prémio anual, o Piolet D or 3, que procura distinguir os alpinistas de vários modos. É atribuído pela revista francesa Montagnes e pelo The Groupe de Haute Montagne desde A selecção dos potenciais candidatos, bem como as condições de atribuição do troféu, cumprem uma rigorosa ética que está em consonância com os valores fundadores da GHM, em que o alto nível técnico e empenho certamente constituem os princípios norteadores. A originalidade na escolha do objectivo e do carácter inovador do modo de realização da subida também são importantes elementos de apreciação, bem como a beleza do movimento e o espírito com que as pessoas escalam as montanhas. O sistema de regras e convenções que governam ambas as formas de competição, directa e indirecta, é conhecido como ética de alpinistas e é socialmente construído e penalizado. A ética é criada e muda por consenso entre os alpinistas (o consenso vem sendo realizado na interacção face-a-face e através dos media que se ocupam desta temática), transmitida pelos mesmos meios de comunicação e executada pela auto-disciplina e pressão social (Donnelly, 1994). Reportando-nos, agora, à forma de alpinismo, podemos considerar três formas básicas. A primeira é a Escalada em Rocha, muito popular entre alpinistas amadores. Esta forma envolve encostas rochosas e avalanches. A segunda denomina-se Alpinismo de Neve e Gelo, mais adequada a alpinistas experientes. É extremamente perigosa porque envolve rotas com glaciares, ou seja, torna-se importantíssimo o conhecimento acerca das condições na neve e gelo. Por último, o Alpinismo misto que combina as duas primeiras formas de Alpinismo, tornando-a mais difícil (Gonzales, 2006). Quanto ao estilo, podemos referir o Alpino sem acampamentos de altitude e o Estilo clássico Himalaiano ascensão progressiva, com campos de altitude (Garcia, 2007). 3 Consulta-se: 23
51 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALPINISMO EM PORTUGAL A PARTIR DO SEU REPRESENTANTE MÁXIMO, JOÃO GARCIA Para a classificação da actividade em questão podemos, então, ter como base a altitude da montanha a escalar, o tipo de terreno em que se realiza a escalada (rocha, gelo, neve ou misto) ou a dificuldade técnica atribuída às vias de ascensão. O alpinismo de muito elevada e de extrema altitude (ascensões mais mediáticas) pressupõe que a ascensão se realize em ambientes de alta montanha caracterizados pelos seus terrenos mistos (rocha e neve e/ou gelo) utilizando instrumentos específicos (Pereira, 2005). Dado o ambiente natural e o cenário em que decorrem, as actividades de ar livre como o alpinismo podem ser condicionadas por vários factores. As características deste meio, como a altitude, grau de coesão, presença de obstáculos, podem apresentar-se como uma limitação, ou mesmo risco, quando associadas a variáveis qualitativas e quantitativas (Fuster i Matute & Agurruza, 1995). Esses riscos podem ser ou não previstos, mas impossíveis de eliminar, uma vez que são parte integrante deste contexto natural (Pereira, 2005). Também, o clima apresenta para o Homem um factor do qual não pode prescindir, e as suas alterações marcam a sua acção, inevitavelmente, a do alpinista. Por essa razão e porque esta actividade acaba por depender do tempo atmosférico, do clima, importa referir os seus elementos que, de certa forma, condicionam a actividade. Relativamente ao nevoeiro poder-se-á dizer que é um obstáculo em termos visuais, com efeito, são vários os alpinistas que nos seus livros se reportam ao clima, demonstrando que lhe conferem uma considerável importância. Exemplo disso é a referência ao nevoeiro feita por Pritchard (1998) e que, naturalmente, tem consequências na visibilidade, já que a sua falta aumenta os níveis de risco. Também Mark Twight (2002) menciona o factor vento que, quando muito forte, pode provocar muitos estragos nas expedições, assim como tornar o ambiente ainda mais frio. Adicionalmente, há a incontornável neve e o gelo que, se por um lado, conferem, sem dúvida, uma extraordinária beleza à montanha, por outro, é necessário que se encontrem num estado que permita a deslocação, conforme destaca João Garcia (2002). 24
52 REVISÃO DA LITERATURA As distâncias também se alteram com o clima não só em termos físicos e reais, mas também no esforço necessário para as ultrapassar (Pereira, 2004). É, ainda, de salientar, o facto de a estas altitudes, como no caso extremo do Evereste, os alpinistas estarem muito perto dos limites fisiológicos de sobrevivência, mesmo que devidamente aclimatados 4, devido às extremas condições de rarefacção de oxigénio e às reduzidas temperaturas (Pereira, 2005). Esta rarefacção pode provocar esgotamentos, edemas cerebrais 5 que se caracterizam pela perda de consciência e alucinações que, como refere João Garcia (2007), ao respirar-se mais, há um maior cansaço e, consequentemente, produz-se mais CO2, o que envenena o cérebro, criando tonturas e delírios. Alturas superiores a metros são bem acima da normal habitação humana e são, por isso, inóspitas para a maioria das espécies. Assim, alturas superiores a metros são, muitas vezes, referidas como a "Zona da Morte. O principal factor limitador é a pressão barométrica, que declina exponencialmente com a altitude. Para alguém vindo de uma cidade costeira, os efeitos fisiológicos da altitude são imediatamente evidentes (Huey & Eguskitza, 2001) No Monte Evereste, um alpinista tem que tolerar pressões barométricas extremamente baixas. Por exemplo, no topo da montanha (8.850 m), a pressão é um terço da ao nível do mar. A hipóxia resultante, não só limita grandemente os alpinistas na capacidade de se moverem como, também, induz graves problemas fisiológicos, médicos, sensoriais e neurocomportamentais (idem). 4 Durante os períodos em que os alpinistas tentam escalar os picos mais altos do mundo, sabe-se que são necessárias semanas para que os habitantes do nível do mar se adaptassem a altitudes sucessivamente mais elevadas. Uma pessoa que permaneça em altitudes elevadas por dias ou meses, torna-se mais aclimatada à baixa PO 2, permitindo-lhe trabalhar em altitudes ainda mais elevadas sem que sofra os efeitos hipóxicos causados pela altitude. Após alcançar elevações de 2.300m e até maiores, ocorrem ajustes fisiológicos rápidos destinados a compensar o ar mais rarefeito e a concomitante redução na PO 2 (Amaral, 2000). 5 Trata-se do aumento da pressão intra-craniana podendo evoluir para o coma e, finalmente a morte. Os sintomas desta enfermidade mortal incluem: perda da coordenação (ataxia) envolvendo os músculos do tronco, alterações da visão, podendo surgir pequenas hemorragias oculares, paralisia num dos lados do corpo, reflexos precários, dor de cabeça insuportável (que não melhora com aspirina), falta de energia, dificuldade em permanecer de pé, vertigens, fadiga extrema e vómitos. De forma benigna, o excesso de líquidos no organismo pode antes manifestar-se também por inchaços, principalmente no rosto, além de transtornos de comportamento (idem). 25
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