A AUTORIA DO SERTANEJO NA OBRA DE LUIZ GONZAGA

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1 A AUTORIA DO SERTANEJO NA OBRA DE LUIZ GONZAGA ANA FLÁVIA DANTAS FIGUEIRÊDO Universidade Federal de Campina Grande INTRODUÇÃO Neste artigo pretendo analisar a autoria do sertanejo na obra de Luiz Gonzaga e como essa representação pode ser compreendida dentro da mundialização da cultura, pois percebemos na nossa realidade, apropriações dentro da música regional ou de raiz, apropriações, estas, realizadas com o fito de legitimar uma voltar às origens da música regional. Optei pelo recorte temporal dos anos 1940 até 1960, período que melhor retrata o objeto, que é analisar a obra de Luiz Gonzaga nos concentrando, basicamente, no caráter representativo do mesmo para com o sertanejo (a) e suas práticas culturais. A apropriação que o autor fez dos cantadores de feiras, dos sambas 1 que aconteciam nos sítios de sua infância. Discutindo como esta leitura foi gestada e veiculada pela nascente indústria do rádio, procurando compreender o significado que esse fenômeno representou para o cotidiano da época, como se organizou, e a partir de que meios, de que necessidades ele foi sendo imbuído, já que, ainda hoje, o cancioneiro popular é desconhecido pela maioria de nós. Assim, analisando os interesses que possibilitaram a ascensão da música tida por regional dentro do cenário nacional, sobretudo na época, onde o que mais se falava era sobre o progresso, o novo, o padrão internacional, e entendendo até que ponto o ideário moderno de ode as mudanças foi absorvidos pela realidade de 1940, é compreendida em seus dias. É interessante esse dualismo, onde ao mesmo tempo em que se almejam as mudanças, e se prega a necessidade delas, tem-se o medo, a insegurança, em que se faz necessária à manutenção de algo conhecido, algo legitimado. E, é ai que se começa a apropriação da cultura popular, visando uma identidade, visando o fortalecimento de um grupo, ou mesmo a sua criação, onde temos uma produção de estratégias e práticas culturais que visam à absorção de um grupo por outro enquanto possuidor de uma identidade nacional. O PÓS MODERNISMO E SUAS INFLUÊNCIAS NO RÁDIO Compreender o período pós-guerra será de suma importância para a compreender a problemática, sobretudo as questões relacionadas à solidão e a saudade do sertanejo na obra de Luiz Gonzaga. Ao pensar o pós Segunda Guerra Mundial suas perdas humanas e materiais em todo mundo, pensamos na Europa, Ásia, e em como boa parte dos países ficaram devastados, e como essa situação influenciou, profundamente, toda uma geração. O frutífero século XX, que viria para modificar todos os conceitos existentes, terminou por deixar apenas uma inquietação, um sentimento de angustia, de necessidade de auto-afirmação para se conseguir vivenciá-lo. Onde, teríamos o desenvolvimento tecnológico como meio, e não um fim, já que as duas grandes guerras terminaram sendo os grandes catalisadores de toda a produção humana, veloz e extremada, haja vista, o caráter dramático dos conflitos e das transformações que ocorreram em tão curto período: as guerras mundiais à revolução, do nazismo, do fascismo ao socialismo, dos "anos de ouro" ao colapso da União Soviética, do desenvolvimento técnico-científico sem precedentes ao risco do aniquilamento da humanidade pela ameaça nuclear ou pela catástrofe ecológica. E será, justamente, nesses anos dourados das décadas de 1950 a 1960, que em sua paz congelada, em nome da manutenção da vida na terra, já que se vivia em plena guerra fria, que se tem a viabilização e a estabilização 1

2 do sistema capitalista, responsável pela promoção de uma extraordinária expansão econômica e profundas transformações sóciais. Com o pós-guerra, no final dos anos 1940, o Brasil vivia uma situação sui generis, tinha acumulado, ao longo da guerra, divisas já que foi um importante fornecedor de produtos (matéria-prima industrial e agrícola) para os aliados, mas em meio à má administração dessas divisas, o país continuou sem entrar num estágio industrial superior, continuou, apenas, sonhando com a modernidade. Com a volta de Getulio Vargas ao poder em 1950, pelo voto popular, consolidou-se uma nova forma de se fazer política: o populismo, que, hodiernamente, é considerado uma espécie de desvio de onde se deu a passagem de sociedade tradicional para sociedade moderna ocorrendo em paralelo a um rápido processo de urbanização e de industrialização, mobilizando as massas populares. Em paralelo, com o ideário do populismo temos a elevação por excelência da rádio no cotidiano brasileiro, pois além de ser um difusor dos ideários desse estilo de governo, levando para os brasileiros, com o programa: a Voz do Brasil (voltado para a imagem de Getulio Vargas) seus discursos, ideologia e feitos. O rádio tem um papel fundamental. Ele era a fonte, por excelência, de informação, de sociabilidade, de cultura e de lazer. Os programas do rádio estimulavam o imaginário coletivo, e suas paixões. E a música será a arte mais afetada pelo rádio, pois ela foi incorporada ao cotidiano citadino, ligado diretamente à cultura popular urbana, veiculando novelas e programas de calouros. E no Brasil da década de 1950 chegaria à zona rural com maior intensidade, mudando com suas programações imagéticas o perfil do homem que vive no campo. No final dos anos 1950, o rádio será um meio de comunicação de uso freqüente nas residências, sem diferenças sociais, o instrumento por excelência de massificação, fenômeno, esse que vem ocorrendo desde os anos de 1930, já que a radiodifusão sofreu uma maior expansão nesse período, haja vista, a propagação das novas tecnologias vindas de outros países.é complicado distinguir a arte fora das mudanças que estavam em curso. A Radio Nacional, a principal da década de ouro brasileira, era a maior formadora de opinião; popular se consagrou com os programas de auditório, que oferecia escopo para a participação direta do povo, suas paixões pelos seus ídolos, seus gostos musicais mais simples, e suas buscas por lazer. E nesse contexto, temos o início da carreira de Luiz Gonzaga do Nascimento, um pernambucano da pequena cidade de Exu-PE, cidade esta que o mesmo deixou para ganhar o mundo, que se encantou com sua sanfona, sua simpatia, sua voz e sua musicalidade. A história revela seus avanços e retrocessos, com menos de cinco anos de existência, a PRE-8, o prefixo da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, começaria a mudar o cotidiano, e a música torna-se o porta-voz do povo. A guerra já começara na Europa. Tendo em relação a ela uma posição de início ambígua, o presidente Getúlio Vargas confiava cada vez mais no projeto de seu colaborador Lourival Fontes: usar o rádio para, unindo culturalmente o país, uni-lo também politicamente. Em torno do próprio Getulio Vargas. Pressionado a entrar na guerra, do lado que não era bem o de sua simpatia, o presidente viu a cultura do seu país dentro dela a música popular navegar pela Política da Boa Vizinhança, que os Estados Unidos nos mandavam na forma de jazz, filmes, big bands, Bing Crosby, suíngues, Frank Sinatra, your hit parade, fazendo da música americana o modelo a seguir, e influenciando, maciçamente, os compositores e intérpretes brasileiros; e, assim, ajudou a intensificar o projeto da PRE-8 que, redescobrindo o Brasil para depois uní-lo culturalmente, tirava de limbos distantes o regionalismo musical do Norte e do Sul, e reagia, meio sem querer, à Política da Boa Vizinhança. LUIZ GONZAGA: VIDA, OBRA E TRAJETÓRIA ARTÍSTICA. Paralelamente a esse contexto, por obra do acaso (ou do amor?) o jovem Luiz Gonzaga logo migrou para o Sul. Tinha dezoito anos quando se apaixonou por Nazarena, 2

3 moça endinheirada do lugar. O pai dela, Raimundo Deolindo, deixou claro, e fez questão de espalhar por toda Exu, que não a queria ver de namoro com aquele "neguinho sem futuro". Ao saber disso, Luiz Gonzaga tomou coragem (ou melhor, uma talagada de cana) e foi tirar satisfações com o pai da moça na feira de domingo, bem diante de todo o povo. Raimundo queixou-se à dona Santana, mãe de Lula: "Outro desrespeito desse, minha senhora, pode acabar em sangue", ameaçou. Dona Santana, Mais temerosa que zangada, não respeitou os dezoito anos do filho e deu-lhe uma surra. Humilhado e ofendido, o rapaz vendeu a sanfona, arrumou a trouxa e partiu. Como conta sua biografa Dominique Dreyfus no livro a Saga do Viajante. (DREYFUS, 1987, 53) A primeira escala foi Fortaleza, onde Lula entrou para o Exército e tornou-se cabo corneteiro. Viajou muito. Andou por São Paulo, fez biscates, comprou sanfona nova, até que desembarcou no Rio de Janeiro disposto a ganhar a vida com música. Seu primeiro emprego na cidade foi no Mangue, zona de meretrício que, na época, ao lado de casas de quinta categoria, mantinha botequins iluminados, de razoável aparência, com arrasta-pés vespertinos e música ao vivo. Seu repertório, então, era composto de tangos, boleros, valsas, fox trors. Uma noite, depois de ouvi-lo, um estudante pernambucano de passagem disse-lhe: - Você toca muito bem, seu moço. Mas por que não ataca umas coisinhas lá da nossa terra pra matar a saudade. Deixa o tango pra lá. Olha, da próxima vez que a gente vier aqui, se você não tocar umas músicas nordestinas, não vai ter dinheiro no seu pires. (DREYFUS,1997, 81) Pensando em tudo aquilo, especialmente no dinheiro no pires, compôs duas músicas, Pé de Serra e Vira e Mexe. Consciente de que o rádio era o principal veículo para a música naquele 1941, inscreveu-se no programa de calouros de Ary Barroso, solou Vira e Mexe, ganhou o primeiro prêmio e, em setembro de 1945 foi contratado pela Rádio Nacional. E contratado pela gravadora RCA Victor. A famosa emissora realmente escreveu certo por tortas linhas. Tinha em seu cast 2 misturando a proposta getulista à da Boa Vizinhaça, numa polivalência cultural realmente impressionante vários tipos de orquestra: sinfônica, de música brasileira, de tangos, de danças da moda, de ritmos caribenhos. E vários tipos de intérpretes: cantores de opereta, de baladas francesas, de fox trot, de bolero, de canções do Oeste americano vertidas para o português, mas também de samba, de choro e de toda sorte de gêneros regionalistas, o Pedro Raimundo (sanfoneiro que inspirou Luiz Gonzaga com sua indumentária) das rancheiras dos Pampas, a Stelinha Egg do folclore central, as duplas caipiras de sotaque mineiro ou paulista e, naturalmente, o som vindo do sertão do moço Luiz Gonzaga. Enfim, vários matizes que vinham a corroborar com a proposta de unificação, de união para os brasileiros em torno da música. Os preconceitos estavam longe de serem superados quando Luiz Gonzaga e sua sanfona foram ouvidos pela primeira vez no auditório da PRE-8. Compenetrado no papel de representante da nordestinidade 3 (ai um termo novo), ele tratou de vestir-se a caráter, alpercatas de couro, roupas de boiadeiro, chapéu de cangaço. Afinal, se Pedro Raymundo entrava no palco de bombachas para representar o Sul, se Ruy Rey trajava-se de rumbeiro e se Bob Nelson era caubói estilizado (enfeitado de revólveres, cartucheiras e tudo mais, para se transformar num Roy Rogers tupiniquim), por que não ele, Gonzaga, se vestindo à maneira do sertão? Floriano Faissal, diretor artístico da Nacional, protestou em nome do "bom gosto". E da moral da época. Como aceitar um ídolo do rádio vestido de cangaceiro, de arruaceiro, invertendo os valores? Mas Luiz Gonzaga foi tenaz, e acreditava que a indumentária serviria para representar sua região, seu povo. A roupa de couro, representava toda uma forma de vida, a aridez do sertão e sua fauna, a vida de vaqueiro como um todo, a chamada civilização 3

4 do couro, onde você se veste visando a proteção para o meio inóspito, para o cuidar dos bois, das cabra. E, essa roupa, juntamente com o chapéu, representaria, também, a bravura de Lampião (seu ídolo de menino), revivendo todas as histórias que ouviu sobre o cangaceiro, seus feitos, e desfeitos. Isso ajudou na formação, em sua mente, de como deveria representar a sua região, como se vestir, o sotaque da fala, a culinária, a fauna e a flora, como as mesmas começaram a aparecer em suas músicas. Como bem relata a música Assum Preto toada de Tudo em vorta é só beleza Sol de Abril e a mata em frô Mas Assum Preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor... (LUIZ GONZAGA, 1994, faixa 07) Então, Luiz Gonzaga em seu senso comum, corrobora para a idéia de que a culturatradição representa uma dada sociedade e não sobrevive sem a transmissão dos elementos que compõem essa cultura. Na obra de Luiz Gonzaga as representações afirmadas sob o patamar das linguagens verbais e não-verbais constrói uma cultura identificadora. A identidade é definida como o conjunto dos repertórios de ação, de língua e de cultura que permitem a uma pessoa reconhecer sua vinculação a certo grupo social e identificar-se com ele. (WARNIER, 2000, 16). E nesse momento de identificação, percebemos como Luiz Gonzaga ao se vestir, como um sertanejo, ou como na sua imaginação o mesmo deveria se vestir, conseguiu se diferenciar, fazer sucesso e ditar moda. Ele passou a ser identificado como um sertanejo, um forte, participante de um grupo, ou melhor, representante e autor máximo do mesmo. A transmissão da cultura se impregna desde a infância produzindo no indivíduo influências. É por isso a cultura e as identificações têm um papel importante, ao propor repertórios de ação e de representação, pontos para serem usados, permitindo que os atores sejam seguindo as normas de um grupo. (WARNIER, 2000; 19). Pode-se perceber claramente que nas músicas de Luiz Gonzaga adotam-se os elementos tradicionais da cultura em função do relacionamento familiar. A cultura possui a capacidade de estabelecer relações significativas entre os elementos do meio ambiente. A cultura é uma totalidade complexa feitas de normas, de hábitos, de repertórios de ação e de representação, adquirida pelo homem enquanto membro de uma sociedade. (WARNIER, 2000; 23) No Rio tá tudo mudado Nas noites de São João Em vez de polca e rancheira O povo só dança e só pede o baião/ No meio da rua inda é balão inda é fogueira/ É fogo de vista, mas dentro da pista / O povo só dança e só pede o baião. (LUIZ GONZAGA,1990, faixa 03) Como bem mostra a música dança da moda, um baião de 1950, neste ano, o baião já era tão ouvido no rádio quanto o samba, o bolero e os ritmos estrangeiros da moda. Muitos chegavam a pensar que aquela "nova dança" tinha sido inventada por Luiz Gonzaga e seus dois parceiros, Humberto Teixeira e Zédantas (na verdade, o baião, cujo nome deriva de baiano, já era conhecido em fins do século passado, e Januário deve tê-lo tocado em seu fole). No dizer do próprio Luiz Gonzaga, ele apenas foi o estilizador do ritmo, e seu principal propagador, mas por não saber construir estrofes, nem belos versos, teve, sempre, parceiros em suas música. Os dois maiores parceiros de Luiz Gonzaga foram: Humberto Teixeira e Zédantas, Teixeira tinha uma ambição: universalizar a música nordestina, o que tentou fazer através da lei que levou o seu nome. Dantas preferia cantar as coisas do agreste, e se dizia um sertanista saudoso de sua terra, já que na época morava no Rio de Janeiro. Já nas letras de suas músicas de Humberto Teixeira percebia que o mesmo era mais mesclado com a cidade, com o asfalto. E Zédantas gostava de cantar o sertão bravio, as tradições da terra. 4

5 E, ainda, assim Luiz Gonzaga foi o autor, por excelência do sertanejo. Autor no sentido de representar a realização do projeto da modernidade por meio da unicidade do sujeito e da sua obra, da sua unidade estilística, da sua coerência conceitual, e até mesmo por sua originalidade. Antes dele ninguém tinha pensado no que seria representar o sertanejo, a nova região Nordeste, o nordestino em si, a amargura do desterro, da procura por uma vida melhor, onde o homem sertanejo forte e trabalhador, e, a mulher sertaneja séria e valente iriam procurar um local melhor para si e sua família, Luiz Gonzaga foi o fomentador desse ideário, o cantador da saudade, da solidão do pé de serra em meio a triste realidade da terra civilizada. Luiz Gonzaga tem em sua essência as vivências que ele coloca no/do sertanejo, conforme podemos perceber nas letras das músicas: No meu pé de Serra ; Asa Branca; Baião; e tantas outras, que revelam o cotidiano e a vida do sertanejo, suas dores, seus anseios, e inclusive destaca-se o aspecto religiosos dos mesmos, propensos ao messianismo 4. Como podemos analisar nos versos da música Légua Tirana, uma valsa-toada de 1949: Fui inté o Juazeiro Pra fazer a minha oração Tô voltando estropiado Mas alegre o coração Padim Ciço ouviu a minha prece Fez chover no meu sertão Varei mais de vinte serras De alpercata e pé no chão(...) (LUIZ GONZAGA,1994, faixa 13) Ao analisar a tradição cultural de um povo, e como ela é cultivada em escolas, na família, na vizinhança, na igreja e as de menores proporções opera sozinha, e se mantém nas vidas dos iletrados, dos analfabetos em pequenas comunidades ou não. (BURKE,1997;51), a tradição popular é dita como algo pertencente aos incultos, iletrados e não faz parte da elite. As canções e contos populares, imagens devotas, peças de mistérios, folhetos e livros de baladas, principalmente presentes nas festividades em homenagens aos santos é comum no Nordeste, bem representado nas músicas de Luiz Gonzaga. Percebe-se, claramente o aspecto supersticioso do sertanejo e nordestino. Desde cedo à criança entra em contato com as crendices populares que se enraízam fazendo parte por toda vida adulta. Assim, o cotidiano da roça está representado nas músicas de Luiz Gonzaga, haja vista ter sido parte das vivências do seu cotidiano familiar, tendo em mente que Luiz Gonzaga saiu de sua cidadezinha com quase dezoito anos, e ganhou o mundo. Assim, sua infância o marcou profundamente, de tal maneira que não foi esquecida. E o sentimento de amizade, o ambiente das festas que era formado, principalmente, pelas famílias, consideradas no lugar, e assim, a vida do menino Luiz Gonzaga foi regada à música, já que ela estava em todos os momentos, nos melancólicos aboios 5 dos vaqueiros levando o gado, na saudade da namorada, inclusive nos aspectos naturais. As representações do sertanejo nordestino na música de Luiz Gonzaga nos aspectos cotidianos são construídas a partir da família, principalmente, porque se constitui a fonte de toda cultura de identificação. A infância do sertanejo é simples baseava-se nas brincadeiras de amarelinha, banho no açude, ajudar nas tarefas domésticas. O namoro era um compromisso sério, tanto casamento como o batizado era uma das comemorações mais festejadas no sertão. O amigo era considerado como um parente próximo. Na música Légua Tirana, temos a representação do sentimento do sertanejo em relação à amizade, aos parentes, aos amores e a religião. E, principalmente, temos a tradicional divisão das tarefas entre o homem e a mulher do sertão, que neste trecho é reforçado para a mulher (das dores) cabe o terço, as novenas, a 5

6 reza nas festas religiosas,onde a mulher é vista como a detentora da religiosidade e da educação dos filhos, e já pra Reimundo, o homem, cabe cuidar da dança, da diversão, por isso ele ganha o violão: Trago um terço pra das dores Pra Reimundo um violão E pra ela, e pra ela Trago eu e o coração (LUIZ GONZAGA,1994, faixa 13) Assim, era a casa de Januário, o divertimento era a música do fole e as rezas nas novenas: Ele tocador de fole, e Santana cantadeira de igreja e puxadora de reza, todos tinham aprendido seus ofícios pelos pais, ou por ouvir nas feiras e copiar. Na família, inclusive, ninguém jamais conseguiu explicar ao certo como Santana aprendeu a ler, ela rezava as novenas puxando a leitura no breviário. A música fez parte da vida da família de Januário e Santana, cinco filhos se tornaram sanfoneiros profissionais. E, os festejos e as festas tomaram o rumo de profissão. E desse modelo Luiz Gonzaga terminou por exaltar e divulgar como sendo a mulher e homem nordestino por excelência. O sertanejo, o saudosista que queria retornar a sua terra, onde tinha deixado o coração tornou o ser construído a partir de suas letras. Neste contexto, podemos analisar a forma como Luiz Gonzaga, através de um veiculo que já estava em franca ascensão, o Rádio, popularizou uma identidade sertaneja, uma forma de se expressar uma região, e a sua cultura. Ao fornecer repertórios de ação e de representação à nossa escolha, a cultura, a tradição e os processos de identificação preenchem uma função de bússola ou de orientação (pode se dizer também, uma função de relacionamento ou de mediação) Vamos definir como orientação a capacidade que a cultura possui de estabelecer relações significativas entre os elementos do meio: pessoas, instituições, acontecimentos. (WARNIER,2000:19 ) Luiz Gonzaga sua voz e sua musicalidade procurou representar essa bússola, nas palavras de Jean-Pierre Warnier. Fez o paralelo dualista, entre uma nascente tradição urbana com a decaída tradição rural. Que em seus versos vividos se mostra altaneira e telúrica, pois os migrantes que fogem das mazelas rurais: seca, pobreza etc. se sentem enganados pelas luzes da cidade, seus falsos encantos, onde vinheram de sua região, e não encontraram as riquezas que esperavam, apenas maior ou igual penúria. E, o que é pior: longe dos seus, de sua gente, e de todas as coisas conhecidas. Daí vem à saudade, e o sonho com a volta a seus lugares de origem. Hoje longe muitas léguas, nessa triste solidão, espero a chuva cair de novo, pra eu voltar pro meu sertão (LUIZ GONZAGA,1989, faixa 01) A procura de aventura vim pra qui/ só pensando minha vida melhorar / ao contrario aqui a vida só piora/ por motivo de eu não me acustumar com coisinhas que não tem na minha terra e aqui vejo toda hora sem parar... (LUIZ GONZAGA,1962, faixa 04) Roger Chartier trabalha com a idéia de que não existe realidade, a realidade em si; isto é a partir do momento em que ela aconteceu, será apenas uma lembrança, em nossa memória, uma representação da realidade vivida ou acontecida. [...] identificar como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, e representada por seus pares. (CHARTIER, 1990; 23). 6

7 Assim, revisitando a obra de Luiz Gonzaga percebemos o quanto ele direcionou para a música sua representações do que era o sertão, a relações de amor e ódio, da migração dos que saem de suas terras para tentar uma vida melhor no Sul do Brasil, que tanto na época, quanto agora, tinham uma maior concentração urbana, eram mais modernizados, por assim dizer. Luiz Gonzaga vai se fazer conhecido em todo o Brasil, e depois em outros países, cantando sobre as lembranças que tinha do Sertão suas crenças e sua gente. É assim, que o rapazinho que saiu de Exú para se alistar no exercito, e depois chegou ao Rio de Janeiro ganhando a vida como sanfoneiro, onde tocava valsas, boleros, tangos, e que ao longo do tempo percebe a carência que os migrantes sentiam da sua região, e desse modo começa a trabalhar um filão, que hodiernamente é extremamente explorado, ou seja, a música tida por regional, que visa acima de tudo servir como uma bússola para os desterrados, os que se encontram aprocura de um norte dentro do turbilhão moderno. CONCLUSÃO As apropriações existem, e orientados pela idéia de representação de Roger Chartier temos que, quando partimos do referencial de que a sociedade é regida por grupos que no poder, e os mesmos se utilizam de signos na representação de uma nacionalidade, para que a coletividade possa ser facilmente gerida. Dessa forma, temos de analisar a obra de Luiz Gonzaga com cuidado, pois temos de levar em consideração o tempo em que ela foi produzida, os projetos políticos que vigoravam na década de 1950, onde Getulio Vargas através do rádio, o grande veículo de comunicação, discursava e brandia que o pobre teria vez, e ajudaria na construção dessa pátria. Era justamente a idealização do homem telúrico, do homem da terra, que estava saindo de seu torrão, para se deslocar para a região do progresso, para a cidade grande. Que homem era esse? Um homem atrasado, já que não era da cidade, não era moderno, mas que serviria de mão-de-obra para a nascente modernidade dos grandes centros brasileiros da época (Rio de Janeiro e São Paulo), dessa forma havia um campo propício para a criação de músicas que ajudassem à adaptação, e, principalmente, possibilitasse a afirmação da identidade dos nordestinos na chamada terra civilizada. Identificamos aqui como a idéia de sertanejo foi construída, pensada e como ela nos é passada a ler, contemporaneamente, na obra de Luiz Gonzaga, como algo pronto e acabado, sem oportunidades para críticas, para análises, e principalmente para estudos. E nos como historiadores não podemos deixar que as novas gerações pensem que as músicas de Luiz Gonzaga são obsoletas, retrogradas, ou então que é o feliz retrato da real situação do sertanejo. Temos de trazer para os jovens essas discussão, fazê-los escutar, e repensar as músicas de Gonzaga, e formar uma noção crítica sobre o tempo em que vivem, e o seu passado. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. A Invenção do Nordeste e outras artes. 1. ed. São Paulo/Recife: Cortez/Massangana, v p. BURKE, Peter: Cultura Popular na Idade Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1997,51-89p. CHARTIER, Roger. A História: Entre práticas e representações. São Paulo: DIFEL,

8 COSTA, Gutemberg Medeiros. Profetas do Nordeste. Natal-RN: Editora Clima, DREYFUS, Dominique. Vida do Viajante: A saga de Luiz Gonzaga. São Paulo: Editora FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. Baião de dos Dois: a música de Zédantas e Luiz Gonzaga. Recife: Massangana, ORTIZ, Renato. Um outro Território: Ensaios sobre a mundialização. 3º edição. São Paulo: Editora Olho d agua, p. TINHORÃO, José Ramos. Música popular: um tema em debate. Rio de Janeiro: Saga, WAINIER, Jean-Pierre. A mundialização da Cultura. Bauru. São Paulo. EDUSC, CDS Utilizados: LUIZ GONZAGA, Raizas Nordestinas. EMI. Brasil, CD. LUIZ GONZAGA, Ô veio macho. RCA. Brasil, LP. LUIZ GONZAGA, A viagem de Gonzagão e Gonzaguinha. EMI. Brasil, CD. LUIZ GONZAGA, Acervo especial. BMG. Brasil, CD. LUIZ GONZAGA, Olha pro céu. BMG. Brasil, CD. LUIZ GONZAGA, O melhor de Luiz Gonzaga. BMG. Brasil, CD. LUIZ GONZAGA, São João na roça. RCA. Brasil, LP. LUIZ GONZAGA, Seu canto, sua sanfona e seus amigos. REVIVENDO BOX. Brasil, CDs. 1 Os festejos eram conhecidos por samba, que tinha conotação diversa do ritmo samba conhecido no Sul. 2 É uma palavra inglesa que traduzida quer dizer elenco 3 Enfim, temos no ano de 1959, a criação do Nordeste macro região do IBGE. Com a criação da SUDENE, o Nordeste se consolida como região para planejamento e identidade socioeconômica, define-se enquanto locus de políticas públicas, sobretudo naquelas de combate às disparidades regionais e sociais 4 O messianismo é, em termos estritos, a crença na vinda - ou no retorno - de um enviado divino libertador, um messias [mashiah em hebraico, christós em grego], com poderes e atribuições que aplicará ao cumprimento da causa de um povo ou um grupo oprimido. 5 O aboio é um canto de trabalho rural que, segundo Luis da Câmara Cascudo serve para conduzir, apaziguar e levar o gado para o pasto e para o curral. 8

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