PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO E EMPRÉSTIMO DE SEIS BI-FÓLIOS DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA. Considerando o valor único da Carta de Pero Vaz de Caminha;
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- Micaela Mikaela Moreira Maranhão
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1 PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO E EMPRÉSTIMO DE SEIS BI-FÓLIOS DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA Considerando o excepcional interesse nas comemorações dos quinhentos anos da descoberta do Brasil; Considerando o valor único da Carta de Pero Vaz de Caminha; Considerando o interesse manifestado pelo Governo Brasileiro na realização de itinerâncias da Carta de Pero Vaz de Caminha; O Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Ministério da Cultura de Portugal estabelecem excepcionalmente um protocolo de empréstimo de seis bi-fólios da referida Carta. Assim, entre o MINISTÉRIO DA CULTURA de Portugal, adiante designado por PRIMEIRO OUTORGANTE e o MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES do Brasil, adiante designado por SEGUNDO OUTORGANTE, é estabelecido um protocolo do qual constam as seguintes cláusulas: CLÁUSULA PRIMEIRA O presente protocolo tem por objeto o empréstimo, ao SEGUNDO OUTORGANTE, a partir de 27 de março de 2001, de seis bi-fólios da denominada Carta de Pero Vaz de Caminha, que atualmente se encontram no Brasil e que são pertença do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. Este empréstimo visa a sua apresentação no âmbito de Exposições por capitais brasileiras de acordo com o Anexo II, a saber: Pernambuco, Bahia e Ceará. CLÁUSULA SEGUNDA O representante do PRIMEIRO OUTORGANTE será, para todos os efeitos, o INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO, com morada na Alameda da Universidade , Lisboa. O representante do SEGUNDO OUTORGANTE será, para todos os efeitos, o DEPARTAMENTO CULTURAL DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. CLÁUSULA TERCEIRA O SEGUNDO OUTORGANTE assegurará o regresso dos bi-fólios que se encontram no Brasil a Portugal de acordo com o seguinte calendário: Até 29 de março de 2001 três bi-fólios Até 03 de abril de 2001 um bi-fólio Até 13 de agosto de 2001 um bi-fólio Até 24 de setembro de 2001 um bi-fólio
2 O regresso dos bi-fólios deverá ser feito no respeito por todas as condições de segurança atinente à deslocação internacional de documentos raros, nos termos do Anexo I. O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a efetuar as tramitações aduaneiras de reexportação da Carta. CLÁUSULA QUARTA O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a garantir todas as condições constantes do Anexo I e responsabilizar-se-á pelos encargos relativos ao processo de empréstimo, tanto os referentes à itinerância quanto os relativos à devolução dos bi-fólios a Portugal, nomeadamente: seguros, encargos de acondicionamento, montagem e transporte, deslocação e estadia do courrier. O valor do seguro será estipulado pelo IAN/TT. CLÁUSULA QUINTA O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a garantir todas as condições de segurança atinentes às respectivas itinerâncias, nos termos do Anexo I, assumindo todos os custos correspondentes. CLÁUSULA SEXTA O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a garantir a elaboração e execução dos projetos de segurança das áreas onde serão expostos os bi-fólios da Carta referidos na cláusula primeira, sujeitando-os a prévia aprovação do PRIMEIRO OUTORGANTE e assumindo igualmente a responsabilidade pelos seus custos. CLÁUSULA SÉTIMA O SEGUNDO OUTORGANTE obriga-se a facultar ao PRIMEIRO OUTOGANTE todas as informações relativas ao objeto deste protocolo, tal como definido na cláusula primeira, que por ele lhe forem solicitadas, e a permitir o acompanhamento da itinerância dos bi-fólios da Carta por um seu representante devidamente credenciado para o efeito, nos termos do disposto no item 4 do Anexo I. CLÁUSULA OITAVA O SEGUNDO OUTORGANTE reconhece e compromete-se a respeitar as condições técnicas e financeiras para o empréstimo de obras para exposições do IAN/TT, que constam do Anexo I, sendo obrigado a garantir a conservação e a zelar pela integridade das peças objeto deste protocolo, não podendo usá-las senão para as exposições e nos locais referidos no Anexo II. CLÁUSULA NONA Durante a vigência do presente protocolo, a Embaixada de Portugal em Brasília será a responsável pela guarda dos bi-fólios que ficam no Brasil sob sua exclusiva tutela para as exposições referidas na cláusula primeira.
3 Caberá à Embaixada de Portugal em Brasília, na presença do representante do SEGUNDO OUTORGANTE e após parecer favorável do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e do Arquivo Nacional do Brasil, autorizar a saída dos bi-fólios para as exposições referidas na cláusula primeira e no Anexo II. A responsabilidade pela guarda e conservação de cada bi-fólio passará ao SEGUNDO OUTORGANTE no momento de sua entrega nos respectivos locais de exposição referidos no Anexo II e cessará no momento da devolução ao representante do PRIMEIRO OUTORGANTE no mesmo local. CLÁUSULA DÉCIMA Os Anexos I e II são parte integrante deste protocolo. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA Este protocolo poderá ser alterado mediante acordo escrito de ambas as partes, desde que não se altere a data limite de devolução do último bi-fólio a Portugal, em 24 de setembro de 2001, tal como disposto na cláusula terceira. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA Este protocolo entrará em vigor na data da sua assinatura e terá vigência até 24 de setembro de Lido, aprovado e assinado por ambos os outorgantes. Brasília, 27 de março de PELO GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL PELO GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
4 ANEXO I Condições Técnicas e Financeiras 1. O IAN/TT averiguará com antecedência ou no momento da montagem das exposições as Condições Gerais de Exposição e, caso estas não obedeçam aos requisitos estabelecidos, o IAN/TT reserva-se o direito de suspender o empréstimo das obras. Nenhuma das condições acordadas poderá ser alterada sem o consentimento prévio do IAN/TT. Qualquer alteração nas condições previamente exigidas deverá ser imediatamente comunicada ao IAN/TT, reservando-se esta instituição o direito de cancelar a exposição das suas obras no evento em causa. O SEGUNDO OUTORGANTE deverá enviar aos serviços técnicos do IAN/TT um relatório mensal sobre a manutenção das condições ambientais de exposição; 2. Durante o período de preparação da abertura da exposição e após o seu encerramento, as peças deverão permanecer em condições ambientais idênticas às do período de exposição e em condições de segurança máxima, em área vedada ao público e com vigilância permanente; 3. Qualquer deslocação dos bi-fólios só será autorizada quando as condições de transporte definidas neste Anexo forem garantidas; 4. Qualquer montagem ou desmontagem dos bi-fólios para as exposições referidas na cláusula primeira e no Anexo II são da responsabilidade do SEGUNDO OUTORGANTE, mas deve ser supervisionada por um técnico superior especializado na conservação de documentos gráficos, do IAN/TT. Sempre que possível, o courrier referido fará também o acompanhamento do transporte das obras; 5. É interdita qualquer reprodução dos bi-fólios; 6. O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se ainda a cumprir as seguintes Condições Gerais: A. DE EXPOSIÇÃO (Área de Exposições/Área de Montagem) a1. Segurança permanente (diurna e noturna), que inclua segurança contra furto e vandalismo, e proteção contra incêndio e inundação; a2. Condições ambientais permanentes 50% (+/- 5%) de umidade relativa do ar, de 20 graus Celsius (+/- 2 graus Celsius) de temperatura e intensidade luminosa de 50 Lux de luz fria, isenta de radiação UV; a3. Monitorização permanente da temperatura e umidade relativa; a4. Vitrines compostas por materiais quimicamente estáveis e de baixa combustão; a5. Suporte em material quimicamente estável; a6. Identificação de face/fólio das obras a expor, no formulário de empréstimo do IAN/TT, para posteriormente poder ser enviado o ângulo de abertura da peça. B. DE TRANSPORTE bl. Acondicionamento correto em caixas ou malas com proteção anti-choque (revestimento com materiais inertes, que possibilitem o controle de umidade e temperatura no seu interior, e sistema de segurança anti-furto); b2. Transporte a realizar por empresa especializada no transporte de obras de arte, em meio de transporte com dimensões, suspensão e segurança ajustada a cada caso particular; b3. Proibição de transporte em veículos particulares de passageiros; b4. Circulação em mala diplomática para obras que viagem de avião;
5 b5. Sempre que seja necessário proceder a transbordo de obras, esse procedimento deve ser acompanhado in loco pela empresa transportadora responsável. C. DO COURRIER cl. Pagamento integral do transporte utilizado nas deslocações; c2. No acompanhamento de obras Patrimoniais, em viagens intercontinentais, percurso em classe executiva ou equivalente; c3. Marcação e pagamento de alojamento em hotel de categoria não inferior a três estrelas; c4. Pagamento de ajudas de custo de acordo com o seu posicionamento na carreira no montante diário de Esc: $00 (vinte e dois mil e trezentos escudos).
6 ANEXO II Calendário das Exposições e Datas de Devolução INSTITUIÇÃO/ ESTADO DATA DE INÍCIO DATA DE TÉRMINO DATA DE DEVOLUÇÃO MAMAM/ Pernambuco Museu de Arte da Bahia/Bahia Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura/Ceará 28 de Maio 01 de Julho 10 de Julho 12 de Agosto 13 de Agosto 21 de Agosto 23 de Setembro 24 de Setembro
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