CLÁUDIA ARAÚJO BASTOS A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA, BRASIL

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1 CLÁUDIA ARAÚJO BASTOS A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA, BRASIL FEIRA DE SANTANA, BAHIA 2009

2 ii UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA, BRASIL CLÁUDIA ARAÚJO BASTOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências Botânica. ORIENTADOR: PROF. DR. CÁSSIO VAN DEN BERG (UEFS) FEIRA DE SANTANA-BA 2009 ii

3 iii A meus pais, meu alicerce e a Laura, minha grande motivação. iii

4 iv AGRADECIMENTOS Agradeço imensamente a Cássio van den Berg, meu orientador, por angariar recursos para viagens de campo, pelo apoio e compreensão e, acima de tudo, por confiar no meu trabalho, acreditando desde o início, e apesar de todas as intempéries, na concretização desse projeto, um verdadeiro desafio diante do elevado número de espécies de Orchidaceae estimado num município de grande extensão como Morro do Chapéu. A meu pai, José Bastos, pelo apoio em todos os momentos e por me acompanhar na maioria das excursões a campo, com disposição e entusiasmo, sempre solícito as necessidades do meu trabalho, colocando seu carro nos mais sinuosos terrenos, numa constante jornada em busca das Orhidaceae de Morro do Chapéu. A minha mãe, Ivaneide, pelo apoio a mim empregado ao longo desses 2 anos, em especial, dedicando grande parte do seu tempo em zelo e mimos a minha filha, cuidando dela com dedicação, carinho e amor, o que me deu tranqüilidade e segurança ao deixa-la para realizar o trabalho de campo, visitas aos herbários no sul e sudeste, bem como para as tarefas diárias na UEFS. A Irmão Delmar, grande conhecedor da região de Morro do Chapéu, que me acompanhou na maioria das coletas, direcionando estrategicamente pontos prováveis de ocorrência das orquídeas no município, otimizando o tempo das viagens a campo. A FAPESB e a CAPES pelas bolsas de mestrado disponibilizadas, o que permitiu o desenvolvimento desse projeto em regime de dedicação exclusiva. A Toscano de Brito que atendeu prontamente a minha solicitação em usar algumas das ilustrações do seu livro Orquídeas da Chapada Diamantina. Ao PPGBot por disponibilizar recursos para a visita aos herbários do sul e sudeste, bem como para a confecção de parte das ilustrações. A APNE pelo auxílio a visita ao CEPEC. Aos herbários ALCB, CEPEC, ESA, HB, HRB, HUEFS, MBM, RB, SP e SPF pelo envio dos materiais para análise. Ao HUEFS com seus colaboradores que muito contribuíram para realização desse trabalho. Ao Dr. João Batista por esclarecer algumas dúvidas. À Sâmia, pela ajuda com o abstact, Ana Luisa, pela ajuda na formatação das pranchas, Jamile Lima, minha fiel companheira, Carla, sempre caprichosa com os desenhos, Alexa, por dividir a rotina do TAXON comigo, Andréa Karla, minha grande iv

5 v conselheira, Paulo Ricardo por todo apoio, com seu entusiamo e otimismo, Cecília pelas orientações e Adriana Olinda que me recebeu em sua casa em São Paulo na ocasião da visita aos herbários SP e SPF e que, apesar da distância, torce pelo meu sucesso. A Reinaldo, no laboratório de Taxonomia Vegetal pela colaboração e compreensão nos mais inusitados momentos. Ao Professor Flávio França e a professora Efigênia de Melo pela colaboração, dando atenção a família Orchidaceae em suas muitas excursões a campo no município de Morro do Chapéu. Acima de tudo, quero agradecer a Deus que permeou toda a minha trajetória, favorecendo, de algum modo, as minhas aptidões e ajudando-me a superar os obstáculos encontrados, não só no trabalho, mas em todos os momentos. Mais do que agradecer, preciso falar da minha satisfação em ter realizado esse projeto, que surgiu como um grande desafio, desacreditado por muitos no início, em meio a processo de transformações pessoais e que se desenvolveu, literalmente, com a gestação da minha pequena Laura, a grande motivação da minha vida, trazendo-me conhecimento, experiências, amizades e a certeza de que compromisso, planejamento e disciplina são os ingredientes necessários para se realizar todo e qualquer trabalho com tranqüilidade e competência em tempo hábil. v

6 vi SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO... 1 MATERIAL E MÉTODOS... 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 8 Similaridade florística Aspectos morfológicos Chave de identificação para as espécies de Orchidaceae do município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil ACIANTHERA Scheidw Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.ChasTe subsp. Ochreata ANATHALLIS Barb.Rodr Anathallis paranaensis (Schltr.) Pridgeon & M.W.Chase Anathallis rubens (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase BIFRENARIA Lindl Bifrenaria tyrianthina (Loudon) Rchb.f BRASSAVOLA R.Br Brassavola tuberculata Hook BULBOPHYLLUM Thouars Bulbophyllum exaltatum Lindl Bulbophyllum manarae Foldats Bulbophyllum plumosum Cogn CAMPYLOCENTRUM Benth Campylocentrum aciculatum Cogn Campylocentrum micranthum (Lindl.) Maury CAPANEMIA Barb.Rodr Capanemia therasiae Barb.Rodr CATASETUM Rich. ex Kunth Catasetum hookeri Lindl CATTLEYA Lindl Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb.f. ex Warner Cattleya elongata Barb.Rodr vi

7 vii Cattleya tenuis Campacci & P.L.Vedovello CYRTOPODIUM R.Br Cyrtopodium eugenii Rchb.f. & Warm Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros Cyrtopodium saintlegerianum Rchb. f ENCYCLIA Hook Encyclia alboxanthina Fowlie Encyclia kundergraberi V.P.Castro & Campacci Encyclia oncidioides (Lindl.) Schltr Encyclia patens Hook EPIDENDRUM L Epidendrum cinnabarinum Salzm. ex Lindl Epidendrum cristatum Ruiz & Pav Epidendrum orchidiflorum Salzm. ex Lindl Epidendrum secundum Jacq Epidendrum warasii Pabst EPISTEPHIUM Kunth Epistephium lucidum Cogn GALEANDRA Lindl Galeandra beyrichii Rchb.f HABENARIA Willd Habenaria fluminensis Hoehne Habenaria josephensis Barb.Rodr Habenaria parviflora Lindl Habenaria aff. repens Nutt ISABELIA Barb.Rodr Isabelia violacea (Lindl.) Van den Berg & M.W.Chase ISOCHILUS R.Br Isochilus linearis (Jacq.) R.Br NOTYLIA Lindl Notylia pubescens Lindl OCTOMERIA R.Br Octomeria hatschbachii Schltr OECEOCLADES Lindl vii

8 viii Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl ONCIDIUM Sw Oncidium barbatum Lindl Oncidium blanchetii Rchb.f Oncidium gravesianum Rolfe Oncidium hookeri Rolfe Oncidium varicosum Lindl. & Paxton PELEXIA Poit. ex Lindl Pelexia orthosepala (Rchb.f. & Warm.) Schltr POLYSTACHYA Hook Polystachya concreta (Jacq.) Garay & H.R.Sweet PRESCOTTIA Lindl Prescottia leptostachya Lindl Prescottia montana Barb. Rodr Prescottia oligantha (Sw.) Lindl PROSTHECHEA Knowles & Westc Prosthechea moojenii (Pabst) W.E.Higgins RODRIGUEZIA Ruiz & Pav Rodriguezia obtusifolia Rchb.f SOBRALIA Ruiz & Pav Sobralia sessilis Lindl TRICHOCENTRUM Trichocentrum cebolleta (Jacq.) M.W. Chase & N.H. Williams VANILLA Plum. ex Mill Vanilla palmarum (Salzm. ex Lindl.) Lindl CONCLUSÕES RESUMO ABSTRACT APÊNDICE 1: Índice dos espécimes examinados: coletor, seguido pelo número de coleta e pela numeração do táxon REFERÊNCIAS viii

9 ix ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Mapa de distribuição das Orchidaceae em Morro do Chapéu enfatizando as coletas realizadas por Bastos, C. A. e coletores diversos, bem como áreas visitadas sem registro de Orchidaceae....7 Figura 2: Gráfico com número de espécies por gênero de Orchidaceae no município de Morro do Chapéu Figura 3: Gráfico com porcentagem de espécies de Orchidaceae por tipo vegetacional no município de Morro do Chapéu Figura 4: Diagrama ilustrando a distribuição das espécies de Orchidaceae por tipo vegetacional em Morro do Chapéu. Os números correspondem as espécies listadas no Quadro Figura 5: Gráfico com a porcentagem de espécies de Orchidaceae por hábito no município de Morro do Chapéu Figura 6: Prancha com ilustração de: Acianthera ochreata, Anathallis paranaensis e Anathallis rubens Figura 7: Prancha com ilustração de: Bifrenaria tyrianthina e Brassavola tuberculata Figura 8: Prancha com ilustração de: Bulbophyllum exaltatum, Bulbophyllum manarae e Bulbophyllum plumosum Figura 9: Prancha com ilustração de: Campylocentrum aciculatum e Campylocentrum micranthum Figura 10: Prancha com ilustração de: Capanemia therasiae e Catasetum hookeri Figura 11: Cattleya amethystoglossa, Cattleya elongata e Cattleya tenuis Figura 12: Prancha com ilustração de: Cyrtopodium eugenii, Cyrtopodium polyphyllum e Cyrtopodium saintlegerianum Figura 13: Prancha com ilustração de: Encyclia alboxanthina, Encyclia kundergraberii, Encyclia oncidioides e Encyclia patens Figura 14: Prancha com ilustração de: Epidendrum cinnabarinum, Epidendrum cristatum, Epidendrum orchidiflorum, Epidendrum secundum e Epidendrum warasii Figura 15: Prancha com ilustração de: Epistephium lucidum e Galeandra beyrichii Figura 16: Prancha com ilustração de: Habenaria fluminensis, Habenaria josephensis, Habenaria parviflora e Habenaria repens Figura 17: Prancha com ilustração de: Isabelia violecea e Isochilus linearis ix

10 x Figura 18: Prancha com ilustração de: Notylia pubescens, Octomeria hatschbachii e Oeceoclades maculata Figura 19: Prancha com ilustração de: Oncidium barbatum, Oncidium blanchetii, Oncidium gravesianum, Oncidium hookeri e Oncidium varicosum Figura 20: Prancha com ilustração de: Pelexia orthosepala e Polystachya concreta Figura 21: Prancha com ilustração de: Prescottia leptostachya, Prescottia montana e Prescottia oligantha Figura 22: Prancha com ilustração de: Prosthechea moojenii e Rodriguezia obtusifolia.. 95 Figura 23: Prancha com ilustração de: Sobralia sessilis, Trichocentrum cebolleta e Vanilla palmarum Figura 24: Prancha com fotos de Acianthera ochreata, Brassavola tuberculata, Bulbophyllum exaltatum, Capanemia therasiae, Cattleya amethystoglossa, Cattleya elongata, Cyrtopodium eugenii, Cyrtopodium polyphyllum, Cyrtopodium saintlegerianum, Encyclia alboxanthina, Encyclia oncidioides e Epidendrum orchidiflorum Figura 25: Prancha com fotos de Epidendrum secundum, Epidendrum warasii, Epistephium lucidum, Galeandra beyrichii, Notylia pubescens, Oncidium barbatum, Oncidium hookeri, Oncidium varicosum, Prescottia montana, Prosthechea moojenii e Sobralia sessilis x

11 1 INTRODUÇÃO Monocotiledônea pertencente à ordem Asparagales, a família Orchidaceae constitui um dos maiores grupos de angiospermas com cerca de espécies agrupadas em aproximadamente 980 gêneros (Dressler 1993), distribuídos por quase todas as regiões do globo com predominância das áreas tropicais e subtropicais (Dressler 1990; Dressler 1993). No Brasil ocorrem 2650 espécies agrupadas em 205 gêneros, com 1800 espécies endêmicas (Pabst & Dungs 1975, 1977; Giulietti et al. 2005), sendo uma região privilegiada em termos de diversidade de Orchidaceae com constantes registros de novas ocorrências de espécies do grupo (Barros 1994; Silva & Silva 1997; Silva et al 1998). Pabst & Dungs (1975, 1977) citaram 150 espécies para a Bahia, na lista mais completa das orquídeas brasileiras. No entanto, estudos mais recentes apenas na Chapada Diamantina têm apontado mais de 160 espécies, um número superior ao registrado anteriormente para todo o estado (Toscano de Brito & Cribb 2005; van den Berg & Azevedo 2005), das quais 10 espécies e 2 gêneros são reconhecidamente endêmicos da Chapada (van den Berg & Azevedo 2005). A Chapada Diamantina juntamente com a Cadeia do Espinhaço constituem a Serra do Espinhaço, principal cadeia montanhosa no leste do Brasil que extende-se da Bahia a Minas Gerais (Harley 1995). O maciço da Chapada Diamantina localiza-se na extremidade norte da Serra do Espinhaço e está inteiramente na Bahia, medindo 330 Km de norte a sul. Ela está dividida em duas cadeias no extremo sul, as Serras do Rio de Contas e das Almas a oeste, e a Serra do Sincorá a leste. Inclui algumas áreas isoladas ao norte, tais como Morro do Chapéu (Serra do Tombador) e a Serra de Jacobina (Harley 1995; Toscano de Brito & Cribb 2005), relacionadas a essa formação em termos de geologia e florística (Harley 1995). A Chapada Diamantina é uma região de grande diversidade florística e elevado grau de endemismo (Harley 1995, 2005), cujo tipo vegetacional predominante é o campo rupestre, bastante especializado que conta com número significativo de espécies de orquídeas (Conceição & Giulietti 2002; Conceição & Pirani 2005; van den Berg & Azevedo 2005; Conceição & Pirani 2007). Embora Toscano de Brito & Cribb (2005) tenham publicado recentemente o livro Orquídeas da Chapada Diamantina, o município de Morro do Chapéu não foi amostrado em função de algumas limitações encontradas pelos autores, inscitando a realização de um levantamento florístico nessa área. O município de Morro do Chapéu (BA) se localiza a aproximadamente 398 Km de Salvador, e possui uma área de Km 2 e altitudes que variam entre 480 e m 1

12 2 (Rocha & Costa 1995). É limitado pelos municípios de Piritiba, Tapiramutá, Utinga, Bonito, Cafarnaum, América Dourada, João Dourado, São Gabriel, Juçara, Santo Sé, Ourolândia, Várzea Nova e Miguel Calmon (Junqueira 2004). Faz parte da região semiárida do estado da Bahia e sua posição geográfica, entre 10º 46 e 12º 0 de latitude Sul e entre 41º 30 e 40º 42 de longitude Oeste, confere-lhe características climáticas do tipo tropical, fortemente alteradas pela altitude. Isso proporciona um clima privilegiado e singularidade a esse município dentro do chamado "Polígono das Secas". (Barbosa 1995; Lobão 2006). Quanto ao clima, quatro tipos climáticos são identificados no município de Morro do Chapéu, a partir da correlação estabelecida entre a altitude, temperatura e pluviosidade, fortemente influenciados pelo relevo de formas tabulares (Barbosa 1995). Esses tipos climáticos correspondem, na realidade, às regiões geográficas distintas que são aí encontradas. Na área central do município, com altitude superior a m, predomina clima tropical de altitude, com verão brando, com temperatura média do mês mais frio (julho) inferior a 18ºC e temperatura média do mês mais quente (janeiro) inferior a 22ºC. Nas áreas com altitude entre 800 e m, o clima é também do tipo tropical de altitude, com verão quente, predominante no município. Nessas áreas, a temperatura média do mês mais frio é inferior a 18 o C, mas a temperatura média do mês mais quente já é superior a 22 o C. Com altitude inferior a 800 m, os índices pluviométricos foram determinantes para os dois últimos tipos climáticos que seguem: o tipo tropical subúmido, com índices pluviométricos anuais entre 800 e mm, com ocorrência sazonal de máxima pluviosidade de novembro a março (verão). É encontrado a leste do município, onde, em decorrência da orientação do relevo, mais do que da altitude, ocorrem as chamadas "chuvas orográficas", conferindo a essas áreas as mais altas potencialidades para o uso agrícola. Nessa região climática, em função da pluviosidade, pode ser encontrada a cobertura vegetal do tipo florestal, predominando a floresta estacional decidual ou semidecidual. O clima semi-árido, quente, conta com pluviosidade inferior a 800 mm e cobertura vegetal de caatinga. É encontrado no vale do rio Salitre, ao norte, a oeste, nos limites com João Dourado, São Gabriel e América Dourada, no vale do rio Jacaré; e ao sul, na direção da localidade de Duas Barras do Morro (Barbosa 1995). Diferentes subformações vegetais podem revestir um mesmo tipo de solo em Morro do Chapéu, o que parece ser explicado pela variação espacial, temporal e de intensidade do regime pluviométrico, embora a compartimentação do relevo promova a existência de mesoclimas, por vezes bastante diferenciados das áreas vizinhas. Outro fator relevante são 2

13 3 as baixas temperaturas registradas à noite, propiciando a precipitação na forma de orvalho, fator esse aproveitado pelas plantas na época da estiagem (Silva 1995). São observadas cinco regiões fitoecológicas principais no município: cerrado, caatinga, floresta estacional sempre-verde, floresta estacional decidual e vegetação rupestre (Silva 1995), além de tabuleiro, vegetação das Dunas de Morro do Chapéu e áreas de transições, com predominância das áreas de caatinga (proximidades da Cachoeira do Ventura, Parque Municipal de Lajes, Tareco, Lajedo Bordado, Domingos Lopes, arredores da Gruta dos Brejões e Fedegoso) e campo rupestre ocorrendo no município acima de 900 m (Serra da Boa Esperança e Morrão). Ainda conta com as chamadas áreas de tabuleiro caracterizada por áreas planas, arenosas e vegetação arbustiva (Junqueira 2004). Nas áreas mais altas dos chapadões centrais a cobertura vegetal é complexa, encontrando-se campos cerrados, caatinga e, nos solos litólicos, rochosos, os "refúgios ecológicos" oferecem um cenário de rara beleza na época da floração (junho a setembro) (Barbosa 1995). A vegetação é em parte complexa e a flora rica em espécies ornamentais, dentre as quais se destacam as orquídeas, ocorrendo também plantas alimentíceas, medicinais e de interesse madeireiro (Silva 1995). Orchidaceae representa um dos grupos mais recentes ainda em estado de evolução (Barros 1990) e possui características florais bastante conservadas, as quais facilitam sua identificação (van den Berg & Azevedo 2005), assim, os membros da família são ervas perenes epífitas, terrestres, rupícolas, hemiepífitas ou saprófitas; raízes com micorrizas, tuberosas ou não, em geral com velame. Caule simpodial ou monopodial, muitas vezes rizomatoso, mais raramente cormos, internós freqüentemente formando pseudobulbos. Folhas alternas, raramente opostas, dísticas ou espiraladas, simples, inteiras, com nervação usualmente paralelinérvia. Inflorescências racemosas ou paniculadas, algumas vezes reduzidas a uma única flor, terminais ou laterais. Flores usualmente monoclinas, zigomorfas, ressupinadas ou não, perianto tepalóide, em geral vistoso; sépalas 3, livres ou conatas; pétalas 3, livres, a mediana diferenciada em labelo, as laterais semelhantes às sépalas; estames 1 ou 2 (raramente 3), adnatos ao estilete e ao estigma formando a coluna; pólen em geral agrupado em polínias; gineceu sincárpico, tricarpelar; estigma com um dos lobos não receptivo na face dorsal formando o rostelo, este podendo ou não formar estipe e/ou viscídio; ovário ínfero, unilocular com placentação parietal, ocasionalmente trilocular com placentação lateral; óvulos numerosos. Néctar em geral ausente, quando presente produzido em cálcar ou em nectários septais. Fruto cápsula, abrindo por (1-) 3 ou 6 fendas 3

14 4 longitudinais; sementes minúsculas, com tegumento membranáceo, embrião muito reduzido; endosperma ausente (Dressler 1993). Quanto a classificação, Dressler (1993), além dos caracteres vegetativos e florais, usou informações de anatomia, citologia e micromorfologia para agrupar orquídeas semelhantes e mostrar como esses grupos relacionavam-se entre si, sendo reconhecidas 70 subtribos, 22 tribos e 5 subfamílias dentre as quais estão Apostasioideae, Cypripedioideae, Epidendroideae, Spiranthoideae e Orchidioideae. Classificações mais recentes buscam esclarecer os relacionamentos infrafamiliares a partir da análise de DNA (Pridgeon et al. 1999; Chase 2005), e, diferente das subfamílias propostas por Dressler (1993), Apostasioideae, Vanilloideae, Cyripedoideae, Orchidoideae e Epidendroideae, são as subfamílias reconhecidas hoje (Chase 2005). O presente trabalho teve como objetivo realizar levantamento florístico das espécies de Orchidaceae ocorrentes no município de Morro do Chapéu, produzindo descrições, ilustrações, chave de identificação e comentários sobre morfologia, hábito, aspectos fenológicos e distribuição geográfica que ajudem a conhecer e identificar as espécies do município, contribuindo, assim, para o conhecimento da flora da Bahia como um todo. 4

15 5 MATERIAL E MÉTODOS O trabalho de campo foi realizado entre maio de 2007 e novembro de 2008, somando 11 excursões, quando se procurou percorrer ao máximo o município em sua extensão, sendo que em cada viagem era feita uma programação de coleta para que pontos diferentes da área de estudo fossem visitados, procurando-se, desse modo, coletar amostras de Orchidaceae nos mais variados ambientes de norte a sul de Morro do Chapéu. Nas áreas amostradas, a coleta foi realizada de modo aleatório e todos os pontos foram marcados com auxílio de GPS culminando na confecção do mapa da Figura 1 a partir do progarama de computador GPS trackmaker. Foram feitas fotografias da área de coleta e dos materiais coletados, os quais foram herborizados segundo as técnicas de Mori et al. (1989), conservando-se as flores em álcool a 70% com glicerina (5%) e água destilada (25%). Os espécimes coletados estéreis foram cultivados na casa de vegetação da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), e as exsicatas foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). As informações encontradas neste trabalho foram baseadas em revisão bibliográfica e análise morfológica dos espécimes coletados e encontrados nos herbários ALCB, CEPEC, ESA, HB, HRB, HUEFS, MBM, RB, SP e SPF (acrônimos segundo Holmgren et al. 1990), sendo consultadas as listas on line do KEW e NYBG. Informações referentes à distribuição geográfica e fenologia foram extraídas das etiquetas das exsicatas examinadas e complementadas com o trabalho de campo. Características como cor, textura e outros dados relevantes presentes nas etiquetas também foram utilizados. A identificação das espécies foi feita com base em bibliografias especializadas como Cogniaux ( , , ), Hoehne (1942), Pabst & Dungs (1975, 1977), Sprunger et al. (1996) e Toscano de Brito & Cribb (2005), bem como através de consultas a especialistas. Os nomes dos autores dos táxons foram levantados a partir de consultas ao International Plant Names Index (2008), publicado na internet em e estão abreviados de acordo com Brummitt & Powell (1992). Periódicos encontram-se abreviados de acordo com o Botanicum Periodicum Huntianum (Bridson & Smith 1991), sendo que para os periódicos não encontrados nessa obra foram utilizadas as abreviações apresentadas no International Plant Names Index (2008). As terminologias botânicas empregadas foram baseadas em Stearn (2004) e apenas os 5

16 6 sinônimos mais recentes e usuais das espécies foram listados, sobretudo os que diferem da obra mais utilizada para orquídeas brasileiras (Pabst & Dungs 1975, 1977) As descrições morfológicas foram feitas através da análise das estruturas vegetativas e florais dos espécimes vistos, utilizando-se microscópio estereoscópico para observação das flores conservadas em álcool ou retiradas das exsicatas, cujas medidas foram efetuadas com auxílio de régua milimetrada. Para espécies com apenas um material de Morro do Chapéu foram examinados, ao menos, mais dois materiais adicionais, preferencialmente de áreas da Chapada Diamantina, encontrados disponíveis no acervo do HUEFS. Uma lista com todo material examinado encontra-se em ordem alfabética por coletor, número de coleta e numeração de cada táxon (Apêndice 1). Foi elaborada chave indentada para a identificação das espécies presentes no município de Morro do Chapéu, salientando-se caracteres evidentes e decisivos na delimitação dos táxons, sendo que a classificação seguida foi a de Chase 2005 e de outros estudos mais recentes baseados em análise de DNA (Pridgeon et al. 1999, 2001; Cameron et al. 1999), levando-se em conta as informações de Dressler (1993). As ilustrações foram produzidas em câmara clara com material conservado em álcool ou retirados das exsicatas e reidratados, sendo devolvido às mesmas após a análise. Para algumas espécies foram utilizadas a ilustração, completa ou em parte, do livro Orquídeas da Chapada Diamantina com a prévia autorização do autor. Assim, como algumas pranchas foram montadas a partir de ilustrações de desenhistas diferentes a ssinatura dos mesmos foram suprimidas. As espécies tiveram seus principais caracteres ilustrados, sendo que, em gêneros com mais de uma espécie, apenas um hábito foi ilustrado, exceto diante de diferenças significativas. Há diagramas florais para todas as espécies. Procurou-se ilustrar gêneros com uma espécie aos trios, respeitando-se apenas a ordem alfabética. 6

17 7 Figura 1: Mapa de distribuição das Orchidaceae em Morro do Chapéu enfatizando as coletas realizadas por Bastos, C. A. e coletores diversos, bem como áreas visitadas sem registro de Orchidaceae. (Fonte: CPRM 1995) 7

18 8 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram listadas 53 espécies de Orchidaceae para o município de Morro do Chapéu (Quadro 1), as quais estão distribuídas em 29 gêneros (Figura 2), sendo que os gêneros de maior representatividade foram Oncidium Sw. e Epidendrum L. com 5 espécies cada, seguido por Encyclia Hook., Habenaria Willd. e Prescottia Lindl. com 3 espécies, Bulbophyllum Thouars, Cattleya Lindl. e Cyrtopodium R.Br. com 3 espécies, Campylocentrum Benth e Anathallis Barb.Rodr. com 2 espécies e os demais 19 gêneros com apenas um representante. São novos achados para a Chapada Diamantina Capanemia therasiae Barb.Rodr., Galeandra beyrichii Rchb.f., Habenaria parviflora Lindl. e Prescottia oligantha (Sw.) Lindl., as quais não são citadas em trabalhos realizados em outras áreas da Chapada, sendo que Capanemia therasiae Barb.Rodr. constitui em uma nova ocorrência para o estado da Bahia. Da lista de Orchidaceae de Morro do Chapéu aqui apresentada (Quadro 1), a atividade de campo realizada contribuiu com 11 espécies que ainda não haviam sido registradas para o município (Brassavola tuberculata Hook., Campylocentrum aciculatum (Rchb.f. & Warm.) Cogn., Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe, Cyrtopodium eugenii Rchb.f. & Warm., Cyrtopodium saitlegerianum Rchb.f., Epidendrum cristatum Ruiz & Pav., Epidendrum warasii Pabst, Galeandra beyrichii Rchb.f., Isabelia violacea (Lindl.) Van den Berg & M.W.Chase, Notylia pubescens Lindl. e Oncidium varicosum Lindl. Embora Toscano de Brito & Cribb (2005) tenham publicado recentemente o livro Orquídeas da Chapada Diamantina, o município de Morro do Chapéu foi pouco amostrado em função de algumas limitações encontradas pelos autores e a realização desse levantamento contribuiu com novos registros e achados para a Chapada Diamantina. Das 54 espécies listadas nesse trabalho, apenas 14 (Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase, Bifrenaria tyrianthina Rchb.f., Bulbophyllum exaltatum Lindl., Bulbophyllum manarae Foldats, Catasetum hookeri Lindl., Cattleya elongata Barb.Rodr., Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros, Encyclia alboxanthina Fowlie, Encyclia kundergraberii V.P.Castro & Campacci, Epidendrum warasii Pabst, Epistephium sclerophyllum Lindl., Oncidium gravesianum Rolfe, Prosthechea moojenii (Pabst) W.E.Higgins e Sobralia sessilis Lindl.) foram também citadas para Morro do Chapéu por Toscano de Brito & Cribb (2005). 8

19 9 Quadro 1: Lista das espécies de Orchidaceae encontradas no município de Morro do Chapéu. ESPÉCIES 1 Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase 2 Anathallis paranaensis (Schltr.) Pridgeon & M.W.Chase 3 Anathallis rubens (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase 4 Bifrenaria tyrianthina Rchb.f. 5 Brassavola tuberculata Hook. 6 Bulbophyllum exaltatum Lindl. 7 Bulbophyllum manarae Foldats 8 Bulbophyllum plumosum Cogn. 9 Campylocentrum aciculatum (Rchb.f. & Warm.) Cogn. 10 Campylocentrum micranthum (Lindl.) Maury 11 Capanemia therasiae Barb.Rodr. 12 Catasetum hookeri Lindl. 13 Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb.f. ex Warner 14 Cattleya elongata Barb.Rodr. 15 Cattleya tenuis Campacci & P.L.Vedovello 16 Cyrtopodium eugenii Rchb.f. & Warm. 17 Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros 18 Cyrtopodium saintlegerianum Rchb.f. 19 Encyclia alboxanthina Fowlie 20 Encyclia kundergraberii V.P.Castro & Campacci 21 Encyclia oncidioides (Lindl.) Schltr. 22 Encyclia patens Hook. 23 Epidendrum cinnabarinum Salzm. ex Lindl. 24 Epidendrum cristatum Ruiz & Pav. 25 Epidendrum orchidiflorum Salzm. ex Lindl. 26 Epidendrum secundum Jacq. 27 Epidendrum warasii Pabst 28 Epistephium lucidum Cogn. 29 Galeandra beyrichii Rchb.f. 30 Habenaria fluminensis Hoehne 31 Habenaria josephensis Barb.Rodr. 32 Habenaria parviflora Lindl. 33 Habenaria repens Nutt. 34 Isabelia violacea (Lindl.) Van den Berg & M.W.Chase 35 Isochilus linearis (Jacq.) R.Br. 36 Notylia pubescens Lindl. 37 Octomeria hatschbachii Schltr. 38 Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. 39 Oncidium barbatum Lindl. & Paxton 40 Oncidium blanchetii Rchb.f. 41 Oncidium gravesianum Rolfe 42 Oncidium hookeri Rolfe 43 Oncidium varicosum Lindl. 44 Pelexia orthosepala (Rchb.f. & Warm.) Schltr. 9

20 10 45 Polystachya concreta (Jacq.) Garay & H.R.Sweet 46 Prescottia leptostachya Lindl. 47 Prescottia montana Barb.Rodr. 48 Prescottia oligantha Lindl. 49 Prosthechea moojenii (Pabst) W.E.Higgins 50 Rodriguezia obtusifolia Rchb.f. 51 Sobralia sessilis Lindl. 52 Trichocentrum cebolleta (Jacq.) M.W. Chase & N.H. Williams 53 Vanilla palmarum Lindl Oncidium Epidendrum Encyclia Habenaria Prescottia Bulbophyllum Cattleya Cyrtopodium Campylocentrum Anathallis Catasetum Acianthera Bifrenaria Brassavola Capanemia Epistephium Galeandra Isabelia Isochilus Notylia Octomeria Oeceoclades Pelexia Polystachya Prostechea Rodriguezia Trichocentrum Sobralia Vanilla Figura 2: Gráfico com número de espécies por gênero de Orchidaceae no município de Morro do Chapéu. Como pode ser observado nas Figuras 3 e 4, a maioria das espécies ocorrem exclusivamente em áreas de mata (47%), sendo campo rupestre o segundo tipo vegetacional mais rico em Orchidaceae no município, com 27% das espécies ocorrendo exclusivamente nesse ambiente, chegando a formar um verdadeiro jardim de orquídeas na época da floração. A riqueza neste ambiente resulta da capacidade dessas plantas em captar e explorar umidade proveniente do orvalho e neblina pela presença de raízes com velame e pseudobulbos (Harley, 1995), adaptando-se bem em um ambiente hostil como o dos campos rupestres. Um número menor de representantes da família foi encontrado em caatinga (22%), embora esse ambiente seja predominante em Morro do Chapéu em termos de extensão. Cerca de 4% das espécies ocorrem em mais de um ambiente, provavelmente pela existência de regiões de transição (Figura 4) entre os tipos vegetacionais presentes em Morro do Chapéu que chegam a formar diferentes tipos fitofisionômicos (Silva, 1995). Quanto ao hábito das espécies (Figura 5), 44% são exclusivamente epífitas, 31% são exclusivamente terrestres e 21% exclusivamente rupícola, com 4% apresentando mais de um hábito. O elevado número de orquídeas epífitas é um reflexo da alta diversidade de Orchidaceae nas matas do município, que diante das exigências de luz procuram alcançar o 10

21 11 alto das árvores e em busca da umidade têm no ar e na neblina as principais fontes de alimento. 2% 2% exclusivamente de mata 22% 47% exclusivamente de campo rupestre exclusivamente de caatinga de caatinga ou campo rupestre 27% de caatinga ou cerrado Figura 3: Gráfico com porcentagem de espécies de Orchidaceae por tipo vegetacional no município de Morro do Chapéu Mata Campo rupestre Caatinga Cerrado Figura 4: Diagrama ilustrando a distribuição das espécies de Orchidaceae por tipo vegetacional em Morro do Chapéu. Os números correspondem as espécies listadas no Quadro 1. 21% 4% 44% exclusivamente epífita exclusivamente terrestre exclusivamente rupícola terrestre ou rupícola 31% Figura 5: Gráfico com a porcentagem de espécies de Orchidaceae por hábito no município de Morro do Chapéu. 11

22 12 Similaridade florística Comparando a lista de Orchidaceae de Morro do Chapéu (Quadro 1) com outros levantamentos realizados na Chapada Diamantina constatamos a existência de 23 espécies exclusivas do município, sendo que das áreas comparadas, Catolés e o Parque municipal de Mucugê apresentaram maior número de espécies em comum com Morro do Chapéu, com 19 e 17 espécies, respectivamente. Com Chapadinha (Lençóis) são 12 espécies em comum, com Pico das Alamas 9 e com Pai Inácio apenas 7 espécies. Esse elevado número de espécies exclusivas de Morro do Chapéu reflete uma grande diversidade florística na área. O maior número de espécies em comum com Catolés pode estar associado ao grande número de espécies levantadas nas áreas. Com o Parque Municipal de Mucugê, fisionomias similares como cursos d água, campo rupetre e matas de grotão, poderiam justificar a ocorrência de 17 espécies em comum com Morro do Chapéu, levando-se em consideração que a maioria das Orchidaceae do município em estudo ocorre em mata com um número significativo de espécies também em campo rupestre. Aspectos morfológicos Os representantes da família Orchidaceae em Morro do Chapéu variam muito quanto ao tamanho, com plantas que têm desde poucos centímetros, tais como Anathallis paranaensis (Figura 6 a1-a10) e Capanemia therasiae (Figura 10 a1-a9, Figura 24 d) a espécies que alcançam alguns metros de comprimento como Epidendrum cristatum (Figura 14 b1-b4) e Epidendrum warasii (Figura 14 e1-a5, Figura 25 b). São observados dois padrões de crescimento na listagem apresentada, simpodial e monopodial, onde no crescimento simpodial um novo pseudobulbo ou caule nasce da base do mesmo e cada broto tem crescimento limitado como na maioria das espécies; já no crescimento monopodial o caule tem crescimento indeterminado como em Campylocentrum aciculatum (Figura 9 a1-a9), Campylocentrum micranthum (Figura 9 b1-b11) e Vanilla palmarum (Figura 23 c1-c5). As raízes variaram muito em termos de espessura e disposição, com espécies apresentando verdadeiros tuberóides ou órgão de armazenamento como nas Prescottia (Figura 21) e disposta espaçadamente como em Campylocentrum (Figura 9) ou aglomeradas como na maioria das espécies restantes. 12

23 13 Quanto ao caule, foram observadas orquídeas com caule delgado como em Epidendrum (Figura 14), Epistephium (Figura 15 a1-a8), Habenaria (Figura 16), Sobralia (Figura 23 a1-a11) ou espessado formando pseudobulbos como em Oncidium (Figura 19), Bifrenaria (Figura 7 a1-a7), Bulbophyllum (Figura 8), Catasetum (Figura 10 b1-b11), Cyrtopodium (Figura 12), Cattleya (Figura 11), Prosthechea (Figura 22 a1-a8) e Encyclia (Figura 13). A grande maioria das orquídeas tem folhas paralelinérveas, no entanto nervação reticulada ocorre no gênero Epistephium, aqui representado pelo Epistephium lucidum (Figura 15 a1-a8). A inflorescência pode sair da base do pseudobulbo como em Galeandra (Figura 15 b1-b8), Capanemia (Figura 10 a1-a9), Notylia (Fgura 18 a1-a11), Oeceoclades (Figura 18 c1-c10), Oncidium (Figura 19), Bifrenaria (Figura 7 a1-a7), Bulbophyllum (Figura 8), Catasetum (Figura 10 b1-b11), Cyrtopodium (Figura 12) e Rodriguezia (Figura 22 b1-b7) ou ser terminal a este como em Cattleya (Figura 11), Isabelia (Figura 17 a1-a6), Prosthechea (Figura 22 a1-a8), Polystachya (Figura 20 b1-b7) e Encyclia (Figura 13). Espécies como as de Epidendrum (Figura 14) formam keiki, terminologia empregada aos brotos que surgem no lugar das flores em uma inflorescência (Toscano de Brito & Cribb 2005). Ocorrem espécies com inflorescências solitárias até espécies com mais de 30 flores, trímeras, com sépalas laterais parcialmente ou totalmente unidas, pétalas mais ou menos diferenciadas das sépalas e labelo inteiro ou trilobado com ou sem calos e fímbrias e coloração diferentes a depender de cada grupo, sendo possível verificar a presença de calcar característico em Bifrenaria (Figura 7 a1-a7), Campylocentum (Figura 9), Galeandra (Figura 15 b1-b8), Habenaria (Figura 16) e Oeceoclades (Figura 18 c1-c10). Os frutos da maioria das espécies da listagem aqui apresentada são desconhecidos, sendo de baixo valor diagnóstico. Tratam-se de cápsulas que podem conservar a flor quando maduras como em Catasetum (Figura 10 b1-b11) ou perdem-na como na maioria das espécies. Dos frutos mais diferenciados estão o da Vanilla palmarum (Figura 23 c1-c5, Figura 27 f) que caracterizam-se por serem longos, aromáticos, cujo corte transversal mostra-se triangular, ao contrário das demais espécies, cujos frutos observados foram ovados e com corte transversal arredondado a ovado. Assim como nos frutos, as sementes são pouco utilizadas na identificação das espécies, e caracteriza-se por serem minúsculas e muito numerosas como nos representante da família como um todo. 13

24 14 Chave de identificação para as espécies de Orchidaceae do município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 1. Caule cilíndrico, linear ou inconspícuo 2. Ervas com crescimento monopodial, raízes isoladas, emergindo ao longo do caule 3. Sépalas laterais 54,0 9,0 mm, sépala mediana 48,0 8,0 mm, pétalas 50,0 18,0 mm...vanilla palmarum (29.1) 3`. Sépalas laterais 1,6-3,4 0,5-1,0 mm, sépala mediana 1,5-3,4 0,5-1,1 mm, pétalas 1,1-3,0 0,4-1,0 mm. 4. Folhas 1,4 2,3 0,1 cm, subuladas, membranáceas, ápice agudo......campylocentrum aciculatum (06.1) 4`. Folhas 3,5 8,2 1,1 1,3 cm, oblongas a ovadas, suculentas, ápice emarginado......campylocentrum micranthum (06.2) 2`. Ervas com crescimento simpodial, raízes aglomeradas, emergindo abaixo do caule 5. Folhas isoladas ou alternas espiraladas 6. Raízes delgadas, pedúnculo inconspícuo a 6,7 cm de compr. 7. Pedicelo incluindo o ovário 53,0-105,0 mm de compr Brassavola tuberculata (04.1) 7`. Pedicelo inconspícuo a 27,0 mm de compr. incluindo o ovário 8. Folha elíptica, ápice obtuso 9. Sépalas e pétalas purpura, pétalas com ápice agudo fimbriado, labelo fimbriado... Anathallis paranaensis (02.1) 9`. Sépalas e pétalas alaranjadas, pétalas com ápice obtuso inteiro, labelo sem fímbrias...anathallis rubens (02.2) 8`. Folha linear, oblonga ou lanceolada, ápice agudo ou retuso 10. Pétalas inteiras; calcar ausente 11. Ervas 29,0-33,0 cm de compr.; caule foliado; folhas 2,8 3,2 0,3 0,4 cm, membranáceas; sépalas e pétalas membranáceas... Isochilus linearis (17.1) 11`. Ervas 6,9-25,0 cm de compr.; caule 1-foliado; folha 5,3 18,9 0,5 0,6 cm, suculenta; sépalas e pétalas suculentas 12. Erva rupícola; sépalas alaranjadas; sépalas laterais unidas na base; polínias 2....Acianthera ochreata (01.1) 12`. Erva epífita; sépalas amareladas com listras vermelhas; sépalas laterais separadas; polínias 8... Octomeria hatschbachii (19.1) 14

25 15 10`. Pétalas bipartidas; calcar 6,0-13,0 0,5-1,4 mm 13. Pétalas 11,0 3,0 mm; lobos laterais do labelo 90º com lobo mediano Habenaria fluminensis (15.1) 13`. Pétalas 3,5-4,4 1,5-2,1 mm; lobos laterais do labelo 45º ou menos de 45º com lobo mediano 14. Lobos laterais do labelo 1,1 0,4 mm... Habenaria josephensis (15.2) 14`. Lobos laterais do labelo 2,0-5,2 0,3-0,6 mm 15. Pétalas bipartidas, lobo anterior 3,5-4,5 mm de compr., lobo posterior 1,2-2,1 mm de compr... Habenaria parviflora (15.3) 15`. Pétalas bipartidas, lobo anterior 5,4 mm de compr., lobo posterior 1,7 mm de compr... Habenaria aff. repens (15.4) 6`. Raízes suculentas, pedúnculo mais de 17,0 cm de compr. 16. Sépalas laterais pilosas, labelo trilobado com calosidade membranosa......pelexia orthosepala (22.1) 16`. Sépalas laterais glabras, labelo inteiro sem calosidade 17. Inflorescência flores, labelo 4,0-4,5 2,0-2,5 mm, coluna com projeção membranosa... Prescottia montana (24.2) 17`. Inflorescência com mais de 30 flores, labelo 1,3 2,7 0,8 1,7 mm, coluna sem projeção 18. Raque 17,9-28,9 cm de compr., sépalas ovadas Prescottia leptostachya (24.1) 18`. Raque 6,5 cm de compr., sépalas oblongas...prescottia oligantha (24.3) 5`. Folhas alternas dísticas 19. Folhas suculentas, inflorescência com keikis, pedúnculo 9,2-164,1 cm de compr. 20. Labelo inteiro...epidendrum orchidiflorum (12.3) 20`. Labelo trilobado 21. Flores vináceas no verso e esverdeadas na frente... Epidendrum warasii (12.5) 21`. Flores com verso de cor semelhante à frente 22. Erva 220,0-305,0 cm de compr., labelo sem calosidade......epidendrum cristatum (12.2) 22`. Erva 20,0-178,0 cm de compr., labelo com calos denticulares 23. Flores alaranjadas a avermelhadas, labelo fimbriado......epidendrum cinnabarinum (12.1) 23`. Flores lilases, labelo sem fímbrias... Epidendrum secundum (12.4) 15

26 16 19`. Folhas membranáceas a cartáceas, inflorescência sem keikis, pedúnculo ausente ou inconspícuo 24. Folhas reticuladas, inflorescência com flores; labelo suculento, piloso...epistephium lucidum (13.1) 24`. Folhas paralelinerveas, inflorescência com 1 flor; labelo membranáceo, glabro......sobralia sessilis (27.1) 1`. Pseudobulbos cônicos, ovados, cilíndricos, fusiformes, elípticos 25. Inflorescência saindo da base do pseudobulbo. 26. Pseudobulbo 1-foliado ou afilo durante a floração 27. Labelo inteiro 28. Ervas 31,0-83,4 cm de compr.; folhas ausentes durante a floração; labelo branco com listras vináceas... Galeandra beyrichii (14.1) 28`. Ervas 4,6-15,5 cm de compr.; folhas presentes durante a floração; labelo branco a esverdeado ou creme 29. Inflorescência com 3 flores; sépalas laterais separadas; labelo com 2 calos carnosos arredondados...capanemia therasiae (07.1) 29`. Inflorescência com mais de 30 flores; sépalas laterais unidas; labelo sem calosidade...notylia pubescens (18.1) 27`. Labelo trilobado 30. Folha verde com máculas mais claras; sépalas laterais separadas na base......oeceoclades maculata (20.1) 30`. Folha verde sem máculas; sépalas laterais unidas na base 31. Pseudobulbos ovados 32. Folha oblonga; labelo com lobos laterais auriculados, lobo mediano pandurado...oncidium barbatum (21.1) 32`. Folha subulada; labelo com lobos laterais obovados, lobo mediano reniforme.... Trichocentrum cebolleta (28.1) 31`. Pseudobulbos ovóide-tetrágonos ou cônico-tetrágonos 33. Folha ovada, coriácea; labelo piloso... Bifrenaria tyrianthina (03.1) 33`. Folha oblonga, suculenta; labelo glabro 34. Labelo com fímbrias; pétalas com margem fimbriada......bulbophyllum plumosum (05.3) 34`. Labelo sem fímbrias; pétalas com margem serreada 16

27 Erva rupícola ou terrestre, 24,0-98,1 cm de compr.; sépalas laterais glabras; labelo com calosidade carnosa linear, lobos laterais ovados, lobo mediano arredondado a ovado; coluna com projeção linear......bulbophyllum exaltatum (05.1) 35`. Erva epífita, 17,0-20,0 cm de compr.; sépalas laterais pilosas; labelo sem calosidade, lobos laterais auriculados, lobo mediano cônico; coluna com projeção fusiforme... Bulbophyllum manarae (05.2) 26`. Pseudobulbos 2-10-foliados durante a floração 36. Pseudobulbos cônicos ou fusiformes, com ou sem brácteas paleáceas 37. Folhas ovadas; labelo sem calosidade; 2 antenas...catasetum hookeri (08.1) 37`. Folhas lanceoladas; labelo com calosidade verrucosa; antenas ausentes 38. Pseudobulbo ca. de 20,8 cm de compr.; inflorescência com flores......cyrtopodium eugenii (10.1) 38`. Pseudobulbo 45,8-72,0 cm de compr.; inflorescência com mais de 30 flores 39. Erva epífita; sépalas amareladas pintalgadas de vináceo; labelo amarelo com detalhes vermelhos, lobo mediano reniforme...cyrtopodium saintlegerianum (10.3) 39`. Erva terestre; sépalas esverdeadas; labelo amarelo, lobo mediano retangular......cyrtopodium polyphyllum (10.2) 36`. Pseudobulbos ovados, com bráctea foliácea. 40. Labelo inteiro, sem calosidade... Rodriguezia obtusifolia (26.1) 40`. Labelo trilobado, com calosidade 41. Ervas 13,0-18,6 cm de compr...oncidium hookeri (21.4) 41`. Ervas 65,2-130,1 cm de compr. 42. Sépalas amarronzadas; pétalas amarronzadas; labelo amarelo com margem amarronzada, lobo mediano losangular... Oncidium gravesianum (21.3) 42`. Sépalas amarelas pintalgadas de castanho; pétalas amarelas pintalgadas de castanho; labelo amarelo, lobo mediano reniforme 43. Folhas 28,2-33,2 0,8-1,6 cm; flores com verso pintalgado de castanho; lobo mediano do labelo 10,0-11,0 12,0-16,0 mm... Oncidium blanchetii (21.2) 43`. Folhas 13,5-19,7 1,2-2,5 cm; flores com verso de cor semelhante à frente; lobo mediano do labelo 12,0-19,0 20,0-31,0 mm... Oncidium varicosum (21.5) 25`. Inflorescência terminal ao pseudobulbo. 44. Pseudobulbos cilíndricos; folhas elípticas, ápice obtuso 17

28 Sépalas e pétalas rosa suavemente pintalgadas de rosa mais escuro; lobos laterais do labelo auriculados...cattleya amethystoglossa (09.3) 45`. Sépalas e pétalas esverdeadas a acastanhadas ou avermelhadas; lobos laterais do labelo ovados 46. Pedúnculo 13,3 19,5 cm de compr., brácteas do pedúnculo lanceoladas......cattleya tenuis (09.1) 46`. Pedúnculo 37,2-40,5 cm de compr., brácteas do pedúnculo ovadas Cattleya elongata (09.2) 44`. Pseudobulbos elípticos, ovados ou cônicos; folhas oblongas, ápice obtuso a agudo 47. Labelo inteiro 48. Erva epífita ca. de 6,0 cm de compr.; flores ressupinadas; sépalas e pétalas violetas, sépalas laterais e mediana oblongas... Isabelia violacea (16.1) 48`. Erva rupícola 16,0-26,7 cm de compr.; flores não ressupinadas; sépalas e pétalas verdes, sépalas laterais e mediana lanceoladas......prosthechea moojenii (25.1) 47`. Labelo trilobado 49. Labelo com calosidade verrucosa, lobos laterais abertos; coluna sem projeção..... Polystachya concreta (23.1) 49`. Labelo sem calosidade, lobos laterais dobrados sobre a coluna; coluna com projeções em forma de gancho 50. Erva 38,5-47,7 cm de compr. 51. Folhas com face adaxial verde e abaxial vinácea; flores esverdeadas; inflorescência com 3-7 flores, pedúnculo ca. de 25,9 30,4 cm de compr.; labelo branco com mancha rosada...encyclia kundergraberi (11.2) 51`. Folhas com face adaxial e abaxial verde; flores amareladas manchadas de marrom; inflorescência com 9 flores, pedúnculo 15,5 18,0 cm de compr.; labelo amarelado... Encyclia patens (11.4) 50`. Erva 73,6-130,0 cm de compr. 52.; Sépalas e pétalas verdes; labelo branco suavemente tracejado de vináceo......encyclia alboxanthina (11.1) 52`. Sépalas e pétalas amareladas manchadas de vináceo; labelo branco fortemente tracejado de vináceo... Encyclia oncidioides (11.3) 18

29 ACIANTHERA Scheidw. A subtribo Pleurothallidinae sofreu uma reorganização dos gêneros a ela atribuídos baseada em dados moleculares (Pridgeon et al. 2001). As espécies brasileiras do gênero Pleurothallis R. Br. foram transferidas para os gêneros Acianthera, Anathallis Barb. Rodr., Pabstiella Brieger & Senghas (como Antheron), Phloeophila Hoehne & Schltr., Pleurothallopsis Porto & Brade e Stelis Sw. (Pridgeon & Chase 2001). Barros (2002; 2005) propôs ainda outras mudanças para os gêneros Acianthera, Anathallis, Pabstiella e Specklinia Lindl., considerando algumas falhas nomenclaturais no trabalho de Pridgeon & Chase (2001) Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase subsp. ochreata, Lindleyana 16 (4): Pleurothallis ochreata Lindl., Edwards's Bot. Reg. 21: sub t Figura 6 a1-a10 Erva rupícola, 6,9 25,0 cm de compr, crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Caule ca. de 5,0 cm de compr., 0,2 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 1-foliado, com brácteas paleáceas. Folha paralelinervea, 5,3 18,9 0,5 0,6 cm, isolada, oblonga, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice agudo, base angustada, presente durante a floração. Inflorescência terminal ao caule, pendente, sem keikis, flores; pedúnculo 3,0 7,4 cm de compr., alaranjado; brácteas do pedúnculo 2 3, 3,0 7,0 mm de compr., oblonga, membranácea, ápice agudo, base truncada; raque 2,3 4,8 cm compr.; bráctea floral 2,0 5,0 mm compr., rômbica, membranácea, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo inconspícuo. Sépalas alaranjadas, suculentas, margem inteira, ápice agudo; laterais 6,0 1,5 2,0 mm, lanceoladas, unidas na base truncada, glabras; mediana 5,0 6,0 1,3 1,5 mm, lanceolada, base truncada. Pétalas 2,5 3,0 1,0 1,1 mm, inteiras, alaranjadas, oblongas, suculentas, margem inteira, ápice agudo inteiro, base truncada. Labelo trilobado, alaranjado, suculento, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais 1,3 2,0 0,3 0,5 mm, auriculados, dobrados, 90º com lobo mediano; lobo mediano 1,0 2,0 1,0 1,3 mm, arredondado; calcar ausente. Coluna 2,4 3,0 0,9 1,0 mm, sem projeções, ereta, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera 19

30 20 0,5 0,6 0,4 0,6 mm, com apêndice apical; polínias 2, iguais, laminares. Fruto 1,6 0,5 cm, sem incluir rudimentos florais. Material examinado: BA-052, 3.IV.1976, fl., G. Davidse et al (HB); Buraco do Possidônio, 5.III.2008, fl., C. A. Bastos 139 (HUEFS); Cachoeira do Ferro Doido, 20.III.2004, fl., D. T. Cruz 13 (HUEFS); 6.V.2007, fl., C. A. Bastos 7 (HUEFS); Estrada para Bonito, 4.III.2008, fl., C. A. Bastos 125 (HUEFS); Estrada para Utinga, 3.III.1977, fl., R. M. Harley (CEPEC, HB, KEW, MBM, NYBG, SPF); 30.V.1980, fl. e fr., R. M. Harley (CEPEC, SPF); Fazenda Pé de Serra, 7.IX.2006, fr., J. L. Ferreira et al 47 (HUEFS); Gruta da Boa Esperança, 14.XI.2008, fr., C. A. Bastos & J. B. Pinto 277 (HUEFS); Morrão, 7.II.1973, fl., A. P. Duarte (HB); 15.I.1977, fl., G. Hatschbach (MBM); 26.VI.1996, fl., R. M. Harley 3180 (CEPEC, HUEFS); 9.VIII.2003, fl., P. L. Ribeiro 23 (HUEFS); 16.II.2004, fl., G. Pereira-Silva 8461 (HUEFS); 19.III.2004, fl., D. T. Cruz 7, 8 (HUEFS); 28.I.2005, fl., J. Paula-Souza et al (MBM); 5.V.2007, fl., C. A. Bastos 1, 2 (HUEFS); Serra da Boa Esperança, 31.III.1991, fl., A. M. Miranda et al. 237 (ESA); Sem local, 7.II.1973, fl., A. P. Duarte (HB); 19.XI.1986, fl., L. P. de Queiroz 1288 (HUEFS); 14.III.1995, fl., L. P. de Queiroz 4279 (HUEFS). Esta espécie foi originalmente descrita no gênero Pleurothallis em Além da Bahia, é conhecida dos estados de Pernambuco (Pabst & Bungs 1975; Borba et al. 2000; Borba et al. 2002), Minas Gerais (Borba et al. 2000) e Paraíba (Borba et al. 2002). Ocorre na Bahia na Serra das Almas, Serra do Curral Feio, Serra do Rio de Contas, Serra do Sincorá e Morro do Chapéu (Harley & Mayo 1980), além de ter sido registrada nos afloramentos rochosos de campos rupestres dos municípios de Jacobina (Toscano de Brito & Cribb 2005), Mucugê (Harley & Simmons 1986; Azevedo & van den Berg 2007), Palmeiras (Toscano de Brito 1998; Conceição & Giulietti 2002; Conceição & Pirani 2005; Conceição et al. 2007), Lençóis (Toscano de Brito 1998) e Rio de Contas (Toscano de Brito 1995; Toscano de Brito & Cribb 2005). No município de Morro do Chapéu é amplamente encontrada nos campos rupestres em grandes populações a pleno sol. Encontrada com flor em praticamente todos os meses do ano. Recentemente, foi descrita uma subespécie, a A. ochreata subsp. cylindrifolia Borba & Semir, levando-se em consideração suas folhas cilíndricas sulcadas e sua ocorrência apenas na cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, além de diferenças químicas que a separa de A. ochreata subsp. ochreata (Borba et al. 2002), a qual é considerada aqui. 20

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