ASSUNTO: Agenda Regulatória 2015/16 Melhorias no registro de acidentes e assaltos no TRIIP REFERÊNCIA: Processo nº /
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1 NOTA TÉCNICA N º 0003/GEINT/SUFIS DATA: 02/04/2015 ASSUNTO: Agenda Regulatória 2015/16 Melhorias no registro de acidentes e assaltos no TRIIP REFERÊNCIA: Processo nº / INTRODUÇÃO 1. A presente Nota Técnica (NT) tem por objetivo apresentar a minuta de resolução que adequa os procedimentos para comunicação de acidentes e assaltos envolvendo veículos utilizados durante a prestação dos serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros TRIIP. 2. A comunicação de acidentes e assaltos é disciplinada, atualmente, pelos seguintes normativos: art. 46, Seção I, Capítulo XI do Decreto nº 2.521/1998, Título IV da Resolução ANTT nº 19/2002 e Capítulo V, Seção VI da Resolução ANTT nº 1.166/ O art. 46, Seção I, Capítulo XI do Decreto nº 2.521/1998 estabelece que, em caso de acidente, do qual resulte morte ou ferimento, a transportadora deverá encaminhar imediatamente à ANTT o boletim de ocorrência (BO) e os dados oriundos do registrador gráfico ou equipamento similar (tacógrafo). Quando não houver morte ou ferimento a transportadora tem até quarenta e oito horas para comunicar o fato à ANTT. 4. O Título IV da Resolução ANTT nº 19/2002, que trata do Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros como um todo, tem o objetivo de regulamentar o estabelecido no art. 46, Seção I, Capítulo XI do Decreto nº 2521/1998. Nessa resolução, define-se que devem ser adotados os mesmos procedimentos também em caso de assalto, foram implementadas a CAC (Ficha de Comunicação de Acidente) e a CAS (Ficha de Comunicação de Assalto), que são formulários com todas as informações a serem encaminhadas. A citada norma
2 estabelece, ainda, o prazo de sete dias úteis para o envio da CAC/CAS, acompanhada da cópia do BO por meio dos serviços da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com Aviso de Recebimento (AR). 5. Entretanto, em seu 1º, o art. 3º estabelece que, nos casos que resultem em morte ou ferimento, a transportadora deverá encaminhar, via ou fax, cópia do BO em até vinte e quatro horas e utiliza o termo se disponível. Já o 2º estabelece que se não houver morte ou ferimento, a transportadora deverá encaminhar cópia do BO, via ou fax, em até quarenta e oito horas, também utilizando o termo se disponível. Adicionalmente, seu 3º determina que nos casos de acidente as transportadoras também devem encaminhar os dados oriundos do tacógrafo. 6. Apesar de a Resolução ANTT nº 19/2002 também englobar o transporte fretado, conforme seu caput, a Resolução ANTT nº 1.166/2005, que regulamenta especificamente o transporte fretado, também trata em sua Seção VI, Capítulo V, da comunicação de acidentes e assaltos com algumas diferenças. Enquanto a Resolução ANTT nº 19/2002 obriga as transportadoras a enviarem, via postal, a CAC/CAS e cópia do BO em até sete dias úteis, o art.52 da Resolução ANTT nº 1.166/2005 traz a obrigação de a transportadora encaminhar a CAC/CAS, acompanhada da cópia do BO, no prazo de quinze dias úteis. Seu 1º estabelece que, nos casos que resultem em morte ou ferimento, a transportadora deverá encaminhar as informações constantes dos Incisos I a X, que são basicamente as mesmas informações constantes dos modelos de CAC e CAS, em até quarenta e oito horas, ao passo que a Resolução ANTT nº 19/2002 estabelece o prazo de vinte e quatro horas para tais situações. Por sua vez, o 2º também estabelece o mesmo prazo (quarenta e oito horas) para o envio das informações quando não houver morte ou ferimento, mesmo prazo estabelecido na Resolução ANTT nº 19/2002. ANÁLISE 7. As alterações propostas a seguir têm por objetivo uniformizar os prazos para o envio das informações, bem como torná-los aderentes à realidade, respeitando a agilidade requerida nos casos de acidentes e assaltos. Também objetivam adequar a
3 forma de envio das informações, estabelecendo o envio por meio de sistema informatizado disponibilizado na rede mundial de computadores e, assim, eliminar retrabalho e o acúmulo físico de papel. Por fim, ainda no que tange aos objetivos principais da minuta em questão, propõe-se adequar as informações solicitadas na CAC e na CAS, incluindo campos importantes não contemplados nos modelos atuais e retirando campos sem relevância. 8. Devido à magnitude das alterações, optou-se por propor uma nova resolução e revogar as resoluções atualmente em vigor no que diz respeito aos procedimentos para a comunicação e registro dos acidentes e assaltos envolvendo veículos utilizados durante a prestação dos serviços de TRIIP. 9. O objeto da minuta de resolução proposta é tratado em seu artigo 1º. 10. Seu art. 2º estabelece que os conceitos e termos técnicos utilizados na resolução estão definidos no GLOSSÁRIO dos Termos e Conceitos Técnicos utilizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, definidos em resolução específica (Resolução ANTT nº 3.054/2009). Após conversas com a SUREG optou-se por não especificar a resolução que trata do glossário, na redação do artigo, com o objetivo de evitar a necessidade de alteração da presente resolução a cada mudança do glossário. 11. O art. 3º estabelece que em caso de acidente ou assalto envolvendo o veículo ou seus passageiros durante a prestação dos serviços, a transportadora deverá prestar imediata e adequada assistência aos passageiros e comunicar o fato à ANTT. 12. O art. 4º estabelece a obrigatoriedade das transportadoras em efetuar a comunicação, em sistema próprio para o registro de acidentes e assaltos disponibilizado na rede mundial de computadores, de todas as informações solicitadas na Ficha de Comunicação de Acidente (CAC) ou na Ficha de Comunicação de Assalto (CAS), constantes dos Anexos I e II da presente proposta de resolução.
4 13. Seu parágrafo único determina que a comunicação a qual se refere o caput do artigo deverá ser realizada no prazo máximo de quarenta e oito horas, para qualquer situação, com ou sem mortos e feridos. 14. O art. 5º estabelece, em caso de acidente do qual resulte morte ou ferimento, a obrigatoriedade de envio imediato da cópia digitalizada do BO e dos dados do tacógrafo. 15. Seu 1º determina que o disposto no caput também se aplica aos casos de assalto, quanto ao envio da cópia digitalizada do BO. 16. O 2º especifica os limites para o que será considerado envio imediato. 17. O 3º estabelece o prazo para envio dos dados do registrador gráfico para os casos em que estejam indisponíveis em função da realização de análise pericial. 18. De acordo com o 4º, a transportadora estará dispensada do envio dos dados do registrador gráfico caso o veículo seja equipado com equipamento de envio automático, para a ANTT, dos dados de velocidade, tempo e localização registrados durante a operação do serviço (MONITRIIP). 19. O 5º especifica que a transportadora só estará dispensada do envio caso o equipamento instalado no veículo seja homologado pela ANTT ou por Organismos de Avaliação por ela designados. 20. Por meio do art. 6º fica estabelecido que, em caso de indisponibilidade do sistema para registro de acidentes e assaltos, os prazos estabelecidos nos artigos 4º e 5º serão prorrogados por igual período de sua indisponibilidade, comprovado mediante relatório de ocorrências do sistema, eliminando o risco de descumprimento da norma por motivo alheio à responsabilidade da transportadora. 21. Pelo art. 7º fica estabelecido que, nos casos em que o acidente ou assalto ocasionar morte ou ferimento, a transportadora deverá informar à ANTT, com maior agilidade, as informações contidas nos incisos I a XI, por meio do telefone
5 disponibilizado pela Ouvidoria da ANTT. E seu parágrafo único esclarece quais informações deverão ser comunicadas para a localização do acidente ou assalto. 22. Os prazos propostos para o envio da CAC e da CAS são quarenta e oito horas para qualquer situação. Também está sendo proposta nova obrigação de comunicação por meio da Ouvidoria, dentro de oito horas da ocorrência, para os acidentes ou assaltos que resultem em mortos e/ou feridos. Dessa forma, a necessidade de maior agilidade de informações nesses casos, para acompanhamento da prestação de assistência por parte das transportadoras aos passageiros, já está sendo tratada no art. 7º com a implementação dessa nova obrigatoriedade através da Ouvidoria. Assim, optou-se por definir o prazo de quarenta e oito horas para o envio da CAC e da CAS. Entende-se que não há prejuízo em adotar tal prazo porque essas informações serão utilizadas para compor o banco de dados, serão objeto de análise, subsídio para planejamento das fiscalizações e articulação com demais Órgãos (ex: PRF). A adoção dos prazos propostos atende aos objetivos já que cada informação é tratada de acordo com a agilidade requerida. 23. Quanto à definição do prazo mais adequado para o envio da cópia digitalizada do BO deve-se considerar que são documentos emitidos pelas autoridades policiais e nem sempre estão disponíveis nos prazos estabelecidos pelo Decreto nº 2.521/1998. Trata-se do ponto mais polêmico dos normativos atuais. Além dos levantamentos já realizados (fl. 78), foi efetuada consulta ao núcleo jurídico da SUFIS quanto às alternativas para que os prazos sejam exequíveis pelas transportadoras e estejam em consonância ao estabelecido no art. 46, Seção I, Capítulo XI do Decreto nº 2.521/1998. Nesse sentido, no 2º do art. 5º foi estabelecido como envio imediato o prazo máximo de vinte e quatro horas contadas após a data de emissão do BO, limitado a trinta dias contados após a data de ocorrência do acidente ou assalto para os casos em que não conste no BO a data de sua emissão. 24. Por sua vez, os dados do tacógrafo devem ser encaminhados no prazo máximo de vinte e quatro horas contadas após a data de emissão do BO e, caso não estejam disponíveis em função de realização de análise pericial, eles deverão ser
6 enviados no prazo máximo de vinte e quatro horas, contadas após a data de liberação pela perícia, limitado a noventa dias contados após a data de ocorrência do acidente. 25. O artigo 8º traz o dever de a transportadora manter os registros de acidentes e assaltos e toda documentação relacionada por 05 anos a partir da data do acidente ou assalto. 26. O artigo 9º estabelece que o não cumprimento das disposições estabelecidas na resolução sujeitará a transportadora à aplicação das penalidades previstas em Resoluções específicas. Conforme o artigo 2º, também optou-se por não especificar as resoluções que tratam da aplicação de penalidades, pois as resoluções que atualmente tratam do assunto estão sendo revisadas e, caso sejam alteradas, já deixariam a presente resolução desatualizada. 27. Dadas às alterações apresentadas e para manter a questão da comunicação e registro de acidentes e assaltos ocorridos no TRIIP em uma única norma, sugere-se a alteração do artigo 51 da Resolução ANTT nº 1.166, de 2005 (art. 10º) que também está passando por revisão, bem como a revogação do seu artigo. 52 (art. 15) e do Título IV da Resolução ANTT nº 19 de 2002 (art. 16). 28. Quanto à aplicação de penalidades, está sendo proposto o desmembramento do atual enquadramento não comunicar a ocorrência de assalto ou acidente, na forma e prazos estabelecidos na legislação (Alínea a, Inciso III, Art.1º da Resolução ANTT nº 233/2003 e Alínea a, Inciso III, Art.2º da Resolução ANTT nº 3075/2009), penalidade do grupo III, nos seguintes: não observar a forma e os prazos, previstos na legislação, relativos à comunicação da ocorrência de acidente ou assalto, penalidade do grupo II, e não comunicar a ocorrência de acidente ou assalto, antes de solicitação específica da ANTT, penalidade do grupo IV. 29. A alteração visa a substituição de um enquadramento único do grupo III, em um enquadramento menos grave do grupo II para os casos em que a transportadora envie o comunicado fora do prazo ou incompleto e um enquadramento mais grave do grupo IV para os casos em que a transportadora tente burlar a regulamentação não efetuando a comunicação do evento. O fato gerador atual acaba incentivando uma
7 transportadora que atrasou o envio do comunicado a não efetuar a comunicação, pois somente será penalizada caso a ANTT descubra a omissão e, caso isso ocorra, receberá a mesma penalidade que receberia se tivesse feito a comunicação fora do prazo. 30. Tendo em vista que o projeto de Revisão de Penalidades ainda se estenderá por algum tempo em função da revisão do marco regulatório de TRIIP pela alteração da forma de delegação dos serviços de transporte, optou-se por propor nessa resolução as alterações das Resoluções ANTT nº 233/2003 e 3075/2009 (arts. 11 a 14), devendo ser ajustada de acordo com os encaminhamentos adotados por essa revisão. 31. Em função da necessidade de desenvolvimento de um novo sistema para o registro de acidentes e assaltos por parte das transportadoras na rede mundial de computadores, está sendo proposto o prazo de 180 (cento e oitenta dias) após sua publicação para entrada em vigor, conforme art A presente minuta de resolução foi construída com as contribuições de representantes da SUFIS, SUPAS e SUREG. 33. As propostas apresentadas buscam adequar as informações solicitadas nas fichas de Comunicação de Acidente e de Comunicação de Assalto (CAC e CAS), os prazos, sua forma de envio e, adicionalmente, implementam a necessidade de comunicação por meio da Ouvidoria, de forma mais simplificada e ágil. Nos formulários de CAC e CAS foi incluído campo para preenchimento das coordenadas geográficas (latitude e longitude), para permitir a análise das ocorrências com maior precisão. 34. Ressalta-se que, apesar das adequações propostas, os procedimentos apresentados ainda se encontram limitados ao disposto no art. 46 do Decreto nº 2.521/1998 em termos de prazos e informações solicitadas. 35. Dessa forma, para a total adequação dos procedimentos propõe-se a alteração do art. 46 do Decreto nº 2.521/1998, sugerindo-se a seguinte redação: Art. 46. Em caso de acidente ou assalto, a transportadora deverá comunicar o fato à Agência Nacional de Transportes Terrestres, conforme regulamentação específica.
8 36. Cabe registrar também que, devido às novas obrigações para as transportadoras incluídas na proposta, entende-se haver a necessidade de realização de consulta pública. ENCAMINHAMENTO 37. Com base nas análises realizadas, sugere-se o encaminhamento do Processo nº / com as versões mais atuais da Minuta de Resolução e seus anexos ao APGAB para apreciação e encaminhamentos. Seiti Batistuta Nanya Especialista em Regulação Heitor Pereira do Nascimento Especialista em Regulação Victor Colonese Moreira da Costa Especialista em Regulação De acordo, À consideração superior. Tito Livio Pereira Queiroz e Silva Gerente de Inteligência e Planejamento da Fiscalização Encaminhe-se ao APGAB. Rodrigo Pinto Igreja Superintendente de Fiscalização Substituto
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