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1 \ $?x, T1?*Cšî11 ägggîš!?` ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADONAGERALDOESTADO P A R E C E R N J ' r.nïíoi` ',}?J ;!x E FELO I 1 Ausência ao trabalho causada por alcoolismo não induz à punição demissória. Inteleg çao do art. 217, I e 111 da Lei n /52. Desnecessi dade de pericia se outros meios de prova levarem ao juízo de cognição Seguro. vem a exame e parecer da Equipe de Revisão da Procuradoria de Processo Disciplínar o e pe? diente em epígrafe, instaurado contra JOSE BALTAZAR REIS DE BEM, Técnico de Apoio Fazendário,matricula n9 125A.O79.9, acoímado da prática da atividade comportg mental descrita nos arquétipos dos incisos 1 e III do artigo 217 da lei n de 22 de fevereiro de 1952, oriundo da Bë Conissao Permanente de Processo Adminíg trativo?dísciplínar. Proc.n ?1h.00 89

2 \. 2 0 processo iniciou através de uma comuni- cação do Coordenador da Divisão de Cadastramento de Da- dos, em que se dá notícia de que o indiciado deixara de comparecer ao serviço, sem justificação, 66 dias, no pg ríodo de a 30-Oú-89. Tomadas as devidas provi? dências por força da comunicação precitada, a Superin? tendência de Administração de Fessoal da Fazenda, face à ratificação do Senhor Secretário daquela Pasta, que através da Portaria 2à7/89 determinou a instauração do Processo Administrativo-Disciplinar, remeteu o feito à Procuradoria-Geral do Estado, devidamente instruído, ig clusive com o comprovante da publicação da Portaria. Na Procuradoria-Geral do Estado,após ser remetido à Procu- radoria de Processo Disciplinar, o expediente foi dis- tribuído à 3ë C.P.P.A.D., que, de pronto, deu início ao processo com a citação do indiciado, que acorreu à audi ência de qualificação e interrogatório, devidamente a- companhado de defensor constituído (doc.fl. 118). interrogatório, o indiciado confirmou a versão da Portg ria, admitindo ter deixado de comparecer à No repartição no período de a 30?0ß?B9, alegando, porém, em seu prol, que, na época dos fatos, estava acometido de alcoolismo compulsivo e que não realizara o tratamento adequado em virtude de dificuldades financeiras, pois possui um filho de 11 anos autista, que necessita tratamento médico permanente, além de que presta ao fi- lho pensão alimentícia, que consome mais da metade de seus vencimentos. Produzida a defesa prévia, foram arrg ladas três testemunhas e, ao mesmo tempo, levantou se a de

3 ..fl. 3 tese da inimputabilidade do indiciado na condição que, à época dos fatos, estava dependente de bebida al- coólica. Juntou farta documentação, onde aparecem requi sições de exames no D.P.M. e comprovantes de internação em clinica especialízada Clínica Pinel (Fl 125 de usque 134). A documentação aportada aos autos refere-se a pe- ríodos anteriores aos fatos desencadeadores do presente processo. A douta 3ë C.P.P.A.D., por seu turno, também arrolou três testemunhas. Realizada a colheita da prova oral, foram ouvidas como testemunhas da Comissãc três pessoas: primeiro, o Coordenador da Divisão de Registro Funcional da Secretaria da Fazenda, que nada soube in - formar em relação aos fatos em exame, pois teve uma par ticipação apenas burocrática no expediente, já que o em caminhou com base na documentação enviada pelo órgão em que estava lotado o indiciado (fljú5). A segunda teste- munha - ATILI0 BRUNETTD - informou que tinha conhecimen to das faltas do indiciado e que atribuía tais fatos a problemas pessoais dele (indiciado), como separação da esposa e problemas psíquicos do filho. Aduziu que, quan do o indiciado trabalhava, era funcionário exemplar que tem conhecimento de que, após a superação dos pro- blemas antes mencionados, teve uma conduta normal, seg do considerado um bom servidor e passando a desempenhar a função de subchefe do setor onde trabalha.sublinhou, ainda, que 0 indiciado nunca se apresentou alcoolizado no trabalho (fl. 1A6). Não comparecendo a terceira tes- temunha indicada pela Comissão, foi ouvido de ofício, o chefe atual do indiciado, que também fora arrolado como e

4 lê,,%...fl. 0 testemunha de defesa DILMAR DE VASCONCELDS, o qual informou ser o indiciado ótimo funcionário, assíduo e é presentemente seu substituto legal na chefia do setor. Sabia de suas faltas anteriores, causadas, a seu juízo, por doença do filho, separação da esposa e alcoolismo (fl. 147). A segunda testemunha arrolada pela defesa foi o colega de repartição CELI0 FERNAND0 Ag VES ROLHAMD e Chefe do Cadastro da Secretaria da Fazen da desde 1989, local onde atua o indiciado, disse desconhecer inassiduidade atual do indiciado, tanto que o avaliou favoravelmente no sentido de promoção devido a sua atividade e desempenho profissional no trabalho. Mais tarde soube dos problemas que originaram o preseg te processo e foi informado dos motivos da inassiduidg de anterior. Mesmo assim 0 convidou para ocupar cargo de confiança no setor onde trabalha atualmente. Por derradeiro, foi ouvida como informante VERA MARIA DA SILVA RAMDS, atual companheira do indiciado. Disse tê- -1o conhecido quando era alcoolista e que o auxiliou a ingressar nos AA., fazendo-0 deixar de beber. Encerrada a instrução, a defesa reeditou os argumentos expendidos na defesa prévia, onde sustentou ser o alcoolismo incapacitante, suscetível de comprometer a Capacidg de intelectiva do agente a ponto de fazê-lo irresponsg vel pelos atos que pratica, não sendo motivo para ensg jar a demissão no trabalho, tanto no serviço públicoxg mo na empresa privada, trazendo à colação alguns arestos que confortam esta intelecção. 0 processo percorreu todas as fases. Não há nulidades a contamina-lo. E o relatório.

5 .11...fl. 5 c 0 N c L U S A 0 A materialidade e a autoria restaram com provadas pela prova documental e testemunhal, inclusive pelo depoimento do indiciado. Quanto ao mérito em si,hà fora de dúvida, a não ocorrência de antijurûncidade,vig to que ficou constatado pela prova oral a condição de alcoolista do indiciado, já que inviável, na espécie, a prova pericial, porquanto, na época em que ocorreram as faltas a 30-0ú?89? o indiciado não se valeu de socorro médico por dificuldades financeiras. 0 fato de que o indiciado estava acometido de alcoolismo dessu me?se das informações do próprio indiciado por ocasião do interrogatório fl. 1å5, de seu chefe de setor - fl 1ú7 e de sua companheira? fl. 1ú9. Não existe no direi to pátrio o instituto da hierarquia dos meios de prova, logo não há por que rejeitar a prova oral, quando coe- rente e uníssona. Impõe-se admitir que o indiciado é de fato alcoolista e, por ocasião dos fatos narrados \ peça vestibular, estava acometido de alcoolismo compulsivo, doença mental reconhecida por toda a literatura médica. Por isso, inclino?me a reconhecer a excludente da imputabilidade, absolvendo?o da punição prevista por infração aos incisos l e lll do artigo 217 da Lei në , de 22-02~1952, acolhendo, destarte, o relatório da douta Comissão Processante. na

6 ÅÅ 'ŠŠ...fl. 6 Com este parecer concordam OS demais íg tegrente dessa Equípe de Revísãe. Porto Alegre, 08 de agustc de JDRGE UIMAR Š? PRd/ DOR ESTAD0? P ESIDENTE / Y // J HE ILIU RIB R SERPA 0C UOR D0 EST D0 RELATOR GI DA EDIE SPADONI P OCURADDRA D0 ESTADU? REVISDR

7 si ESTADO DD RI0 GRANDE DO SUL PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Processo n ;-14.00/89?SEFA Acolho as conclusões do Pærecer në 8880, da Procuredoríe de Processo AdmíníSt1'etívo Díg cípliner, de autoria do Procurador do Estado Doutor JUSE HERMILI0 RIBEIR0 SERPA. Submeta-se o expediente à deliberação do Excelentíssímo Senhor Governador do Estado. Em ( GABRIEL ULI FADEL PROCURADOR G AL D0 ESTAD0 JADP/B

8 îšaè J' ESTADO oo mo GRANDE oo Sux GABINETE no GOVERNADOR Prøcesso n9 0783b 1Á.00/89 SEFA Aprovo O Parecer n9 8880, da Procoradoria Geral do Estado, cujos fundamentos adoto para declarar improcedente O Processo Admínistrati? vo DiSCiplinar, instaurado para apurar a falta funcional de ínassiduidade, imputada ao Tecni co em Apoio Fazendário JDSE BALTAZAR REIS DE EEM. A ProCuradoria Gera1 do Estado, para as a- notações de estilo, Após, à Secretaria da Fazenda, para ciência do interessado. Em O L RES Cov RNADDQ no ESTAD0 JAUF/e