Ação Indenizatória em virtude de Acidente de Trânsito. Rito. sumário. Sentença que julgou procedente o pedido,

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1 Apelação Cível nº: Apelante: Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros Apelada 1: Camila Silva Ferreira Apelado 2: Assad Esteves Administradora de Imóveis Ltda. Relator: Desembargador Otávio Rodrigues Processo Eletrônico Ação Indenizatória em virtude de Acidente de Trânsito. Rito sumário. Sentença que julgou procedente o pedido, concedendo danos materiais de R$ ,31. Condenou também a seguradora denunciada. Recurso de Apelação Cível da denunciada pela improcedência. M A N U T E N Ç Ã O, pois restou comprovada a culpabilidade da ré que admitiu ter abalroado o veículo do autor pela traseira. Dever de indenizar. Verba de dano material que merece ser mantida. Ante a existência do contrato de seguro, correta a sentença que julgou procedente a lide secundária condenando a seguradora denunciada. D E S P R O V I M E N T O D O A P E L O.

2 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 02 Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível nº , em que é Apelante Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros e Apelados, Camila Silva Ferreira e Assad Esteves Administradora de Imóveis Ltda. A C O R D A M os Desembargadores da Décima Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade, N E G A R P R O V I M E N T O A O A P E L O, na forma do voto do Relator. Tratam os autos de ação Indenizatória pelo rito sumário, alegando o autor que teve seu veículo abalroado pela traseira pelo automóvel conduzido pela primeira ré, a qual não guardava a distância recomendada no tráfego de veículos, causando danos na ordem de R$ ,31, correspondente à franquia do seguro do automóvel. Pugnou, assim, pela reparação dos danos materiais suportados. Audiência de Conciliação conforme ata de fl. 34, onde o autor requereu a inclusão no polo passivo da proprietária do veículo (2ª ré). No mesmo ato foi apresentada a contestação de fls. 35/38, aduzindo a primeira ré, em síntese, ilegitimidade passiva e

3 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 03 culpa da parte autora pelo acidente ocorrido, tendo em vista a frenagem brusca não sinalizada antecipadamente. Denunciação à lide da Seguradora Bradesco às fls. 39/40, deferida pela decisão de fl. 74 que também determinou a realização de nova audiência de conciliação. Nova audiência de conciliação conforme ata de fl. 83, onde foi a presentada a peça de bloqueio da denunciada (fls. 86/91), alegando esta, em resumo, o esgotamento da importância segurada quando do pagamento realizado a Sul América Cia. Nacional de Seguros quando do sinistro em questão. Ressaltou, ainda, a não comprovação da culpabilidade da parte ré no acidente narrado na inicial, uma vez que se trata de responsabilidade subjetiva, cabendo à autora o ônus da prova. Por fim, pugnou pela improcedência e reafirmou o esgotamento da cobertura na apólice para tal pleito. documental. Saneador à fl. 122, deferindo prova oral e da 1ª ré à fl. 138vº. AIJ conforme ata de fl. 138 e depoimento pessoal

4 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 04 À fl. 192, a denunciada Bradesco Auto/RE requereu juntada do comprovante de pagamento no valor de R$ ,00 à Cia. Sul América Seguros, referente ao esgotamento da importância segurada para a apólice objeto da lide. Sentença às fls. 217/221, julgando procedente o pedido principal para condenar a parte ré ao pagamento da quantia de R$ ,31, corrigida monetariamente, desde o fato gerador da dívida e acrescida de juros de mora, a contar da citação. Condenou ainda, a parte ré ao pagamento das custas da lide principal e honorários advocatícios, que fixou em 20% sobre o valor da condenação. Igualmente, julgou procedente o pedido deduzido na lide secundária, para condenar, a denunciada a indenizar à parte ré com a quantia de R$ ,31, corrigida monetariamente, desde o fato gerador da dívida e acrescida de juros de mora, a contar da citação e acrescida de juros de mora, a contar da citação, referente ao desembolso a que foi condenada, na lide principal. Condenou, finalmente, o denunciado nas custas da lide secundária e honorários advocatícios que fixou em 20% do valor da condenação.

5 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 05 Recurso de Apelação da seguradora denunciada às fls. 222/227, requerendo a reforma da sentença para o fim de julgar improcedente o pedido da lide primária, por inexistir culpa da segurada para o evento danoso. Subsidiariamente, requer a seja julgada improcedente a lide secundária ante o esgotamento da cobertura por danos materiais, por ausência de saldo para a indenização securitária requerida. Contrarrazões às fls. 231/240 e 243/248. É o relatório. V O T O D O R E L A T O R: A decisão monocrática deu adequada solução ao litígio e merece ser adotada na forma regimental. Trata-se de ação de Indenização, alegando o autor o Autor ter sofrido prejuízo material em virtude de acidente ocorrido no dia 02/03/2007, eis que o veículo de sua propriedade foi abalroado por trás pelo auto da segunda ré, conduzido pela primeira ré.

6 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 06 Restou clara a responsabilidade da ré que não visualizou o trânsito à sua frente e acabou abalroando o veículo do autor. Tal fato foi admitido no depoimento de fl. 138 vº. Os danos materiais restaram demonstrados pela Nota Fiscal de fl. 09, que apontou a realização dos serviços na ordem de R$ ,31. Diante da existência de contrato de seguro, só restaria à Seguradora o cumprimento do avençado, o que não ocorreu, estando correta a condenação imposta. Nesta apelação, a recorrente sustenta que o pagamento foi feito anteriormente por outra seguradora, Sul América, trazendo o documento de fl. 193, mas ele não faz qualquer referência ao objeto da presente e nem traz qualquer assinatura ou recibo passado pelas rés Camila e Maria. No saneador, a cautelosa Juíza a quo determinou a expedição de ofício à Sul América Seguradora para que informasse o valor recebido da denunciada, mas não veio prova hábil a respeito,

7 A p e l a ç ã o C í v e l nº: fl. 07 exceto o já referido documento de fl. 193 que não serve para os fins pretendidos, como já dito. Outros argumentos como tratar-se de via expressa e brusca frenagem são irrelevantes diante da necessidade de pagamento do seguro, pois a finalidade desse tipo de contrato é justamente dar tranquilidade ao segurado e ressarci-lo dos sinistros ocorridos. condenatória. Nessas circunstâncias, correta a sentença Ex positis, mantém-se a sentença. P R O V I M E N T O A O A P E L O. M E U V O T O É N O S E N T I D O D E N E G A R Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2013 DESEMBARGADOR OTÁVIO RODRIGUES RELATOR