Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A Engenharia e a Música Instrumentos de SOPRO

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1 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto A Engenharia e a Música Instrumentos de SOPRO Unidade Curricular: Projeto FEUP 1º ano - MIEM Equipa: 1M3_03 Ano lectivo 2013/2014

2 Coordenador Geral do Projeto FEUP: Prof. Armando Sousa Coordenador de Curso: Prof. Teresa Duarte Equipa 1M3_03: Supervisor: Prof. A. Monteiro Batista Monitor: Ana Dulce Estudantes & Autores: Ana Beatriz - up @fe.up.pt Ana Francisca - up @fe.up.pt João Moreira - up @fe.up.pt João Varela - up @fe.up.pt Matias Rocha - up @fe.up.pt Samuel Santos - up @fe.up.pt

3 Resumo O presente relatório foi elaborado, no âmbito da Unidade Curricular de Projeto FEUP do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica (MIEM) acerca da temática Engenharia e a Música: Instrumentos de Sopro. O tema foi tratado abordando temáticas essencias dos instrumentos de sopro, com o objetivo de serem facilmente compreendidas por toda a comunidade, mesmo que não possuam conhecimentos musicais aprofundados ou grandes conhecimentos físicos inerentes ao som. Dentro dessas temáticas realçamos o funcionamento dos instrumentos, na qual pretendemos dar a conhecer as duas grandes famílias dos instrumentos de sopro: a família dos metais e a família das madeiras. Para além desse ponto importante, valorizamos igualmente as características específicas e próprias dos instrumentos de sopro bem como os métodos de fabrico utilizados na indústria, tendo como objetivo primordial a relação desta matéria com a engenharia e em que aspeto esta pode ser útil para a obtenção de uma peça final perfeita. Por fim, fazemos referência ao campo da acústica com o propósito de justificar o comportamento dos instrumentos a nível de produção, propagação e receção do som e todas as influências ambientais e físicas que estes podem sofrer ao longo do seu manuseamento. Palavras-Chave Música Instrumentos Madeiras Metais Palheta Bocal Pistões Chaves Fabrico Acústica II

4 Índice 1. INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA FUNCIONAMENTO DOS INSTRUMENTOS DE SOPRO O QUE SÃO? Família dos Metais Família das Madeiras CARACTERÍSTICAS E MÉTODOS DE FABRICO CARACTERÍSTICAS MÉTODOS DE FABRICO A ACÚSTICA DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS TUBO: ABERTO OU FECHADO Influência da conicidade do tubo Efeito acústico dos orifícios laterais Influência do material do tubo VIAGEM PELA HISTÓRIA DE INSTRUMENTOS DE SOPRO O TROMPETE Quem inventou? A sua evolução O SAXOFONE Adolphe Sax e a invenção do saxofone O saxofone no mundo musical Família do saxofone CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO III

5 1. Introdução Música é a arte de combinar harmoniosamente vários sons, frequentemente de acordo com regras definidas; qualquer composição musical; concerto vocal ou instrumental; conjunto de sons agradáveis, harmonia. (cit: De uma forma mais geral, é a arte de produzir sons com o objectivo de transmitir uma mensagem (sensações e/ou sentimentos) ao ouvinte e, como qualquer arte, cabe ao artista, neste caso o músico, escolher o método que mais se adequa à mensagem que pretende transmitir. Os instrumentos musicais servem como meio para transmitir essa mensagem ou apenas como um auxílio para esta ser mais eficaz. Dentro deste vasto tema que é a música, foi pedido aos estudantes que abordassem duas classes de instrumentos musicais: os de cordas e os de sopro, tendo o nosso grupo tratado dos instrumentos de sopro. Na abordagem ao tema foram estabelecidos como objectivos perceber o funcionamento dos instrumentos de sopro de uma forma geral, saber quais as principais características, materiais e métodos de fabrico destes e adquirir conhecimentos gerais sobre a sua acústica e ondas sonoras. No final, com o objectivo de consolidar conhecimentos, fez-se uma abordagem particular a dois instrumentos de sopro. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 1

6 2. Contextualização Histórica A história dos instrumentos de sopro começou há mais de 20 mil anos atrás, quando o homem primitivo se apercebeu que se soprasse de uma certa forma canas ocas (Figura 1 e 3) ou cascas secas de frutos, estes emitiriam um som. Inicialmente, a produção de som através do sopro era considerada mágica e estava relacionada com os rituais de comunicação do Homem com o mundo dos espíritos. Mas estes rituais começaram a diminuir muito por causa de uma grande e importante invenção para o mundo dos instrumentos de sopro: a invenção dos buracos ao longo do tubo dos instrumentos que permitiram aumentar e diversificar o número de sons produzidos (Figura 2). A partir desta altura, a curiosidade humana aliada à evolução e ao desenvolvimento da tecnologia permitiu ao mundo acústico progredir rapidamente, o que ajudou não só ao crescimento musical do Homem mas também a uma onda de criação e invenção que se tornou num caldeirão de ideias musicais (cit: Assim, no século XIX deu-se o auge da música acústica, que foi possível, graças à evolução da engenharia e à aplicação dela para a música, no que diz respeito a materiais, técnicas de fabrico, produção de som, estratégias de acústica, entre outras aréas. [1] Figura 2 - Flauta de osso de pássaro [1] Figura 1 - Assobios primitivos [1] Figura 3- Panpides [1] Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 2

7 3. Funcionamento dos Instrumentos de Sopro 3.1 O que são? Os instrumentos de sopro caracterizam-se por produzirem som através de vibrações no ar. Estas são causadas pelo seu utilizador direta ou indiretamente, sendo uma das suas funções amplificar a vibração inicial de forma natural. Os instrumentos de sopro podem ser divididos em vários grupos dependendo da maneira como obtemos a vibração. A divisão mais utilizada estabelece-se entre dois grandes grupos: os metais e as madeiras. As madeiras ainda podem ser divididas em vários subgrupos, em que os mais relevantes são os das palhetas simples e palhetas duplas. Existe uma pequena excepção relacionada com a flauta e os seus descendentes (ex.: flauta transversal e flautim) em que o som não é obtido pela vibração de uma palheta, mas sim a partir da passagem de um fluxo de ar numa aresta. [2] Família dos metais Na família dos metais, independentemente do instrumento, a vibração é feita diretamente a partir dos lábios, através do fluxo de ar que entre eles passa e os faz vibrar (Tabela 1). A vibração é feita sobre o bocal (Figura 4 e 5) que se encontra no instrumento em questão, percorrendo o tubo constituinte do instrumento, na qual o tamanho do tubo pode ser aumentado e diminuído enquanto o utilizador toca o instrumento. Esse aumento ou diminuição do tubo é feita através dos vários tipos de pistões (Figura 6), cuja função é acrescentar uma porção de tubo ao percurso que o ar (vibração) percorre, sendo assim possível obter o som dos 12 tons da escala cromática em vários registos através da série de harmónicos combinada com o comprimento do tubo. O instrumento da família dos Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 3

8 metais que não utiliza pistões é o trombone de vara, que ao invés dos pistões, utiliza uma vara que permite aumentar e diminuir o tamanho do tubo para o mesmo efeito. [2] Figura 4 Bocal de uma tuba [3] Figura 5 Bocal de uma trompete [3] Figura 6 - Pistões (válvulas) de um trompete [4] Tabela 1 Família dos metais [2] Família dos metais Foto Nome O porquê de pertencer à família Trompete É construído em metal, mas o factor fulcral na sua classificação dentro da família dos metais, relaciona-se com o modo de produção do som: diretamente do bocal através da vibração dos lábios. Trombone Utiliza como alterador de notas, uma vara que muda o tamanho do tubo e, portanto, a distância percorrida pelo ar. Por esta razão aliada à produção do som diretamente do bocal, pertence a esta família. Tuba Devido à tensão labial que deve ser aplicada no bocal para obter som, é considerado da família dos metais. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 4

9 3.1.2 Família das madeiras Na família das madeiras, como já foi referido, existe o grupo das palhetas simples, em que existe uma palheta de madeira apoiada sobre uma boquilha, pelo qual o som é produzido através da vibração da mesma e que, por consequência, vibra devido ao ar que passa entre a parte que apoia a palheta e a palheta. No caso destes instrumentos, os diferentes sons são produzidos pela existência de orifícios na constituição do instrumento, orifícios esses que podem ser abertos pela ação do instrumentista (Figura 8 e 9). Tal acontece em todos os instrumentos da família das madeiras que possuem esta característica. No grupo das palhetas duplas, as palhetas são constituídas por duas lâminas finas de bambu, posicionadas uma contra a outra e fixada no instrumento por um tubo cilíndrico. Assim, a passagem do ar e a pressão exercida pelo executante entre as duas palhetas faz com que estas vibrem produzindo o som. As flautas são classificadas como instrumentos de aresta, pois o som é produzido pela vibração do ar contra uma aresta. As flautas transversais resultam de uma vibração deste género sendo que o circuito por onde passa o ar é aberto, pois a embocadura não fecha o circuito. [2] A seguinte imagem (Figura 7) representa as diferentes maneiras, anteriormente enunciadas, da produção de som dos instrumentos da família das madeiras: Figura 7 [5] Clarinete (no alto à esq.) Palheta simples Oboé (no alto à dir.) Palheta dupla Flauta (em baixo à esq.) Aresta Fagote (em baixo à dir.) Palheta dupla Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 5

10 Figura 8 Chaves de uma flauta transversal [6] Figura 9 Chaves de um saxofone [7] Tabela 2 Família das madeiras [2] Família das madeiras Foto Nome O porquê de pertencer à família Oboé Clarinete Apesar do seu corpo ser feito em madeira (por vezes compósitos ou plástico) não é essa a razão que o torna da família das madeiras, mas sim o facto de utilizar palheta dupla e chaves para obtenção do som. Tal como o oboé, o clarinete é também feito em madeira mas o facto de apresentar chaves e palheta simples, é o que o permite apresentar-se como sendo da família das madeiras. Saxofone Embora construído em metal, utiliza para produção de som palheta simples e chaves ao longo do tubo, como os demais instrumentos desta família. Fagote O fagote é característico por apresentar uma palheta dupla, e pelo facto de apresentar também orifícios ao longo do tubo, pertence à família das madeiras. Em suma, este subtema das famílias dos instrumentos de sopro pode ser sintetizado segundo o comentário de Roy Bennett, presente no seu livro Instrumentos da Orquestra : Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 6

11 É importante entender que a diferença principal entre os instrumentos do naipe de metais e os do naipe de madeiras não é o material com que eles são construídos, mas a maneira como eles produzem seus sons. Os instrumentos pertencentes ao naipe de madeiras têm orifícios ao longo do comprimento do seu tubo e os seus sons são produzidos pela vibração de palhetas, ou no caso da flauta e do flautim, quando o sopro do flautista é dividido pela borda do orifício da embocadura. Cada instrumento do naipe de metais tem o seu som produzido pela vibração dos lábios do instrumentista, em várias gradações de tensão, e em contato com um bocal de metal. (cit: achuerademusicainstrumentosdesopro&catid=91:cachuerademusica&itemid=115) 4. Características e Métodos de Fabrico 4.1 Características Para além das características mencionadas em Família dos Metais e Família das Madeiras referentes aos diferentes métodos de obter a vibração, existe uma outra característica inerente aos dois grupos: o tamanho do instrumento. Normalmente, quanto maior o instrumento mais grave é a sua sonoridade. Nos diferentes instrumentos de sopro existem diferentes métodos de variar o caminho que a onda sonora percorre, alterando as suas propriedades, nomeadamente a altura (frequência). Assim, quanto maior for o caminho, maior será o tempo de viagem dessa onda, e portanto, menor é frequência, ou seja, mais grave é o som e vice-versa. [8] Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 7

12 4.2 Métodos de fabrico Os métodos mais antigos e simples de fabrico de instrumentos de sopro de que se tem conhecimento baseiam-se em achatar as extremidades dos caules das plantas de junco de modo a criar uma cana básica. Variações mais avançadas utilizariam ossos e madeira nesses métodos. No entanto, o desenvolvimento dos métodos de produção destes instrumentos sofreu várias alterações ao longo da história, como a criação de buracos, chaves, palhetas, entre outros. [1] Para tratar este subtema, usaremos como base os métodos de produção utilizados na empresa brasileira Weril Instrumentos Musicais, que utiliza essencialmente metais para a construção de instrumentos e que é considerada, por Eliana Simonetti, escritora e editora independente, uma das cinco melhores empresas fabricantes de instrumentos de sopro do planeta e a única na América Latina especializada no setor. (cit: &Itemid=23) Os métodos de produção desta empresa baseiam-se nos seguintes pontos: - Os materiais são sujeitos a processos de maquinagem e fresagem de alta precisão, na qual se obtem um modelo-padrão que servirá de base para a construção do instrumento; - Os artesãos encarregam-se de moldar as peças através do processo de conformação, de modo a dar aos metais as formas básicas (cónicas ou cilíndricas), específicas e própria de cada instrumento (Figura 10); - As peças são lixadas gradualmente e depois polidas de modo a eliminar riscos antes de se entrar no processo de montagem das estruturas; - Depois são fabricadas certas peças específicas, dependendo do tipo de instrumento, sendo posteriormente soldadas ao instrumento; Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 8

13 - Na montagem de estrutura e bocais, os técnicos verificam as medidas e os perfis dos instrumentos que foram sujeitos aos processos de maquinagem e conformação referidas anteriormente (Figura 11); - Os instrumentos passam por um controlo de qualidade no qual podem ser removidas partes em excesso (laqueação), são efectuados banhos químicos de acabamento necessários para remover as impurezas do metal, ajudado pelo processo de polimento que, para além disso, confere brilho ao instrumento; - No final, os instrumentos são testados por músicos profissionais para averiguar a qualidade do som que dependem dos materiais e métodos de produção usados. [9] Figura 10 [9] Trabalho em tornos artesanais que dão a forma inicial aos instrumentos Figura 11 [9] Montagem de um saxofone Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 9

14 5. A Acústica 5.1 Definição e características A acústica é a ciência que estuda os sons; é um ramo da física responsável pelo estudo dos sons e das suas características, abordando todos os aspectos relacionados com a produção, propagação e recepção do som. Antes de tudo, interessa conhecer o modo como se realiza a propagação do som. Essa propagação realiza-se através de variações de pressão do ar, com sucessivas compressões e rarefacções do mesmo, necessitando de um meio material para se propagar o ar (onda mecânica), e realiza-se na mesma direcção em que foi produzida (onda longitudinal). 5.2 Tubo: aberto ou fechado Nos instrumentos de sopro, os tubos que os constituem podem ser classificados em tubos aberto-aberto ou fechado-aberto, geralmente designados de tubos abertos ou fechados. Os instrumentos onde a embocadura é de aresta, funcionam acusticamente como tubos aberto-aberto, já os instrumentos onde embocadura funciona com a aujda de uma palheta, simples ou dupla, ou através da tensão labial têm comportamento acústico de tubos fechado-aberto Influência da conicidade do tubo Os tubos que constituem os instrumentos de sopro são geralmente cilíndricos ou cónicos. Alguns instrumentos comportam-se como tubos cilíndricos, o caso da flauta, e outros como tubos cónicos, o caso do saxofone. Um tubo cilíndrico e um tubo cónico do mesmo comprimento comportam-se do mesmo modo. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 10

15 Podemos caracterizar a conicidade do tubo através da razão entre o raio da extremidade oposta à embocadura (r 2 ) e o raio da própria embocadura (r 1 ): Para um tubo aberto-aberto, as frequências mantêm-se, qualquer que seja a conicidade do tubo. Já para um tubo fechado-aberto, as frequências vão subindo à medida que a abertura do cone aumenta, ou seja, a conicidade do tubo Efeito acústico dos orifícios laterais Num instrumento de sopro, o contacto com o exterior provoca uma perturbação na onda estacionária, assim, a abertura de um orifício lateral irá condicionar o comportamento acústico do tubo. De tal forma que, se o diâmetro do orifício igualar o do tubo, este comporta-se acusticamente como se ali tivesse terminado. Assim, à medida que aumenta o raio do orifício, vai diminuir o seu comprimento acústico. Então, para obter todos os sons que o instrumento é capaz de reproduzir, abrimos e fechamos estes orifícios laterais enquanto tocamos o instrumento Influência do material do tubo - Comparação metal/madeira Como foi dito anteriormente, a diferença de sons em instrumentos de sopro deve-se, principalmente, à variação do comprimento da coluna de ar. Provou-se, através de várias experiências, que se o tubo fosse constituído por materiais diferentes, isso não iria alterar as características do som, ou seja, o material do tubo tem uma influência desprezável na obtenção de sons diferentes. Passa-se então a enunciar as experiências e as conclusões retiradas: Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 11

16 Fletcher e Rossing, 1998 embora o tubo feito de metal tenha uma parede mais fina do que a de madeira, ambas são suficientemente rígidas para anularem os efeitos de vibração da parede. Miklós e Angster, a vibração das paredes é desprezável na produção do som. Coltman, 1971 não existe diferença audível notória entre as paredes do tubo serem constituídas por materiais como cobre ou cartão. Pode assim concluir-se através das experiências que a escolha dos materiais para constituírem as paredes dos tubos não é feita devido a razões acústicas, mas sim devido à facilidade de fabrico, manuseamento e estética. Apenas nos instrumentos muito grandes é que podemos considerar a vibração da parede como um factor de atenuação do som, sendo que nos outros instrumentos se pode negligenciar. Já os efeitos de viscosidade e de transferência de calor têm influência na atenuação sonora dos instrumentos, sendo que são idênticos nas madeiras e nos metais. A única diferença prende-se com a temperatura da parede, que é mais uniforme num metal. Os efeitos convectivos, outro dos efeitos que provoca atenuação do som, dão-se ao nível dos orifícios do instrumento e em orifícios pequenos podem impossibilitar o correto funcionamento do instrumento. [10] Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 12

17 6. Viagem pela história de instrumentos de sopro 6.1 O Trompete Figura 12 [11] - O trompete na atualidade Quem inventou? Depois da voz humana, o trompete é considerado como um dos instrumentos mais antigos, uma vez que desde sempre era usado pelos pastores, com o intuito de guiar os seus rebanhos e assustar os predadores. As mais antigas provas da sua existência são as pinturas no túmulo egípcio do imperador Tutankhamon em cerca de 1500 a.c., no entanto já existira muito antes. Também, em tempo de guerra, o trompete era utilizado como meio de sinalização de perigo eminente. Em sociedades católicas, assumia um papel sagrado, assemelhando-se quase à voz dos anjos, existindo referência bíblicas a provar a sua forte presença. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 13

18 A sua evolução De modo a conseguir-se manter a par da evolução da sociedade, era necessário que o trompete evoluísse em termos estruturais, geométricos e dos materiais que o constituíam (Figura 13). É nesta etapa que a engenharia mecânica teve maior influência. A sua evolução teve início nos tempos primórdios, onde era constituído apenas por matérias ocas, como conchas, cornos de animais ou canas de bambu. Como a sua principal função era apenas amplificar o som sem qualquer afinação, o único requesito para a escolha do constituinte mais apropriado era a necessidade de este ser oco. Figura 13 [11] - Trompete de cerâmica, 300 a.c. Mais tarde, os egípcios passaram a construí-lo em metal, uma vez que era utilizado para fins militares, avisando o exército para agir em combate. Na Idade Média, começou a ser fabricado em latão - liga metálica constituída por cobre e zinco - uma vez que, é bastante maleável; é bom condutor de calor e corrente elétrica e tem uma resistência significativa à corrosão e ao choque. Era apenas um tubo com um bocal com a sua extremidade em forma de cone (Figura 14). Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 14

19 Como, dependendo do tamanho do tubo, o trompete produzia um som específico, era habitual utilizar-se um conjunto destes instrumentos, de várias dimensões de modo a produzirem, cada um, um som diferente. Foi assim até aos fins do período Renascentista. Figura 14 [11] - Trompete usado pelos Gregos No entanto, em Berlim, a 1615 apareceu o primeiro trompete onde se conseguia alterar a sua dimensão, colocando-se um tubo deslizante. Era, assim, possível tocar um número mais variado de sons. Porém com esta novidade, surge um novo entrave: a rapidez necessária para tocar o trompete de uma forma melódica deixou de ser exequível. Em 1813, o trompete sofre a sua maior evolução: é-lhe introduzido um sistema de válvulas. Criado pelo austríaco Anton Wiedinger, este sistema era constituído por vários pistões que, quando pressionados, transportavam o ar para uma extensão do tubo principal e deste para uma válvula que o encaminhava de novo para o tubo principal onde mais tarde saía (Figura 15 e 16). Assim o som era mais grave do que o produzido originalmente. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 15

20 Figura 15 [11] - Pistão não pressionado Figura 16 [11] - Pistão pressionado Actualmente, o trompete é constituído por três pistões: o primeiro desce a nota um tom inteiro (2 semitons), o segundo desce meio tom (1 semitom), enquanto que o terceiro desce um tom e meio (3 semitons). A combinação destas válvulas leva o trompete a ser capaz de tocar as 12 notas da escala cromática (tons e semitons da escala musical). [11] 6.2. O saxofone Embora seja construído em metal, o saxofone pertence à família das madeiras uma vez que produz som a partir de uma palheta simples e apresenta um sistema de chaves existentes ao longo do seu tubo. Também, ao contrário do trompete, este instrumento apresenta uma data e um criador específico: cerca de 1840, Adolphe Sax, e não apareceu do acaso: quem o tentava construir queria, de facto, inventar um novo instrumento. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 16

21 Adolphe Sax e a invenção do saxofone A 6 de Novembro de 1814, nasceu Adolphe Antoine-Sax numa cidade Belga. O seu pai era um fabricante de instrumentos de sopro e sempre incentivou o seu filho a integrar-se no mundo da música. Assim, desde muito pequeno que Adolphe tocava nos instrumentos criados pelo seu pai. A partir de 1830, com o objectivo de continuar o legado do pai, começou a fabricar flautas e clarinetes. Em 1842 mudase para Paris, França, onde abre a sua primeira oficina de instrumentos de sopro, em conjunto com um colega de infância. Enquanto experimentava nos seus clarinetes, construiu um tubo cónico de metal com o objectivo de produzir o som equivalente a uma oitava e não o som da "dozeava" que o clarinete produzia. O tom já nada se parecia com o tom do clarinete e assim nasceu o saxofone. Actualmente, o som é produzido por uma palheta simples, tal como o clarinete. No entanto, o seu tubo largo e cónico faz com que seja possível atingir uma maior parte da escala musical que não era atingida pelo clarinete. O seu largo diâmetro confere-lhe uma grande capacidade sonora e uma maleabilidade em altura e timbre apenas comparável aos instrumentos de cordas O saxofone no mundo musical O instrumento foi registado por Sax a 22 de Junho 1846, porém já tinha sido integrado nas bandas filarmónicas militares em 1845, onde ocupava um lugar entre o clarinete e os metais. Muitos compositores, como Debussy e Meyerbeer, adotaram-no nas suas orquestras e John Phillip Souza introduziu na sua banda, tendo levado o instrumento a atingir o seu ponto alto, ocupando um lugar de destaque em todas as bandas de jazz e blues nos EUA nos anos 30 do Séc. XX. Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 17

22 O Saxofone passou, assim, a ser um dos instrumentos mais usados na cultura musical norte-americana, sendo quase sempre uma presença obrigatória em todos os festivais de jazz Família do saxofone A famíla deste instrumentos é muito extensa, sendo constítuída por sete instrumentos. Todos estes apresentam a mesma escrita em Clave de Sol, no entanto muda a transposição para o timbre dos instrumentos. Estes sete são: Saxofone Sopranino: é o mais agudo da família do saxofone mas é muito pouco usado em orquestras ou bandas; Saxofone Soprano: é o mais agudo do quarteto integrante de todas orquestras clássicas; Saxofone Alto e Tenor:são os mais comuns de toda a família e têm uma afinação muito próxima à viola (Figura 17); Saxofone Barítono: é o mais grave do quarteto clássico; Saxofone Baixo e o Contrabaixo: são os integrantes mais graves da família. no entanto, são pouco usados tal como o saxofone sopranino; [12] Figura 17 [12] - O Saxofone Alto Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 18

23 7. Conclusões Após a pesquisa feita sobre o tema Engenharia e a Música: Instrumentos de Sopro, concluí-se que a música, e em particular os instrumentos de sopro são uma temática muito complexa e diversificada, uma vez que, todo o processo que envolve o fabrico dos instrumentos está muitas vezes relacionada com a forma como o som é produzido. Ou seja e como foi testado anteriormente, os materiais não influenciam o som que se obtem a partir de um instrumento, o que prova que o seu uso sustem-se por termos de estética e facilidade de manufatura. Para além disso, a produção dos mesmos sofre um processo longo e perfecionista até ao produto final, o que implica a atuação no seu fabrico de um número elevados de técnicos, que vão desde aos artesãos, que produzem o instrumento em si, até aos engenheiros, que estudam todo o perfil do objeto final caracerísticas de acústica, métodos eficazes e eficientes de fabrico, estratégias de amplicação sonora, entre outras. Com o presente relatório compreendeu-se ainda que a acústica destes instrumentos foi muito influenciada pela engenharia, uma vez que ao longo dos anos, com desenvolvimento da sociedade, o objectivo principal sempre foi tornálos mais eficazes e, simultaneamente, mais apelativos visualmente. No entanto, actualmente, a acústica atingiu um ponto de estagnação em comparação com o desenvolvimento ocorrido no século XIX, visto que, através das várias experiências realizadas ao longo dos anos, os materiais não influenciam significativamente a sonoridade dos intrumentos. Todavia, no futuro, este tema ainda continuará em aberto já que a engenharia está em constante evolução, o que justifica dizer que seria ingénuo supor que estamos no fim da linha em termos de design dos instrumentos de sopro (cit: Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 19

24 8. Referências Bibliográficas [1] A Brief History of Wind Instruments URL: [2] Informação Pessoal Imagens das tabelas: Trompete URL: Trombone URL: Tuba URL: Oboé URL: Clarinete URL: Saxofone URL: Fagote URL: [3] Figuras 4 e 5: URL: [4] Figura 6: URL: Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 20

25 [5] Figura 7: URL: [6] Figura 8: URL: [7] Figura 9 URL: [8] Revista Eletrónica de Ciências URL: [9] Revista de informações e debates do IPEA (Instituto de Pesqueisa Económica Aplicada). Assunto da notícia: Weril Instrumentos Musicais URL: 4:catid=28&Itemid=23 [10] HENRIQUE, Luís L Acústica Musical Edição da FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN [11] Bandas Filarmónicas: Intrumento - Trompete URL: Imagens 12 a 16: URL: [12] Saxofone URL: Engenharia e a Música: Instrumentos de SOPRO 21

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