ANTÔNIO LUIZ DÓRIA NETO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA DE CAATINGA EM PORTO DA FOLHA

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1 ANTÔNIO LUIZ DÓRIA NETO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA DE CAATINGA EM PORTO DA FOLHA Monografia apresentada ao Núcleo de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Sergipe, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. SÃO CRISTÓVÃO JANEIRO 2009

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE UFS CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS NÚCLEO DE ENGENHARIA FLORESTAL NEF FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA DE CAATINGA EM PORTO DA FOLHA Monografia apresentada ao Núcleo de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Sergipe, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. APROVADA: 28 de janeiro de ORIENTADO: Antônio Luiz Dória Neto Profa. Dra. Anabel Aparecida de Mello (Orientadora) Prof. Dr. Robério Anastácio Ferreira (Orientador Técnico) Profa. Dra. Ana Paula do Nascimento Prata (Professor Correlato)

3 Dedico aos meus pais, JOSÉ e ZÉLIA, por saberem lutar, sofrer e resistir, sem jamais perder a esperança e por tudo que fizeram para que esse sonho se tornasse realidade. ii

4 AGRADECIMENTOS A Deus, que me iluminou e me deu muita força para concluir esta tão importante etapa de minha vida. À Profa. Dra. Anabel Aparecida de Mello, pela sua orientação segura e discreta, com sabedoria, profissionalismo, amizade e confiança na minha capacidade de desenvolver este trabalho. À Profa. Franciely Abati Miranda pela ajuda na confecção do mapa da área. Aos Profs. Robério Anastácio Ferreira e Ana Paula Prata pela participação na banca examinadora e pelas valiosas sugestões que certamente enriquecerão esse trabalho. A todos os professores do curso de Engenharia Florestal pelos ensinamentos, reflexões e contribuições feitas a minha formação acadêmica. Aos estagiários do Herbário da Universidade Federal de Sergipe, Júnior, Daniel e Cleice pela ajuda na coleta do material botânico e identificação das espécies. Aos proprietários das áreas em que a pesquisa foi realizada, César e Francisco, por permitir o estudo em suas propriedades. Aos irmãos Valdison e Dernival, sobrinhos Oscar, Alexandre, Rafael, Ernane e Analice, cunhados Cleonaldo e Nilva, pelo cuidadoso apoio durante as medições e coletas de dados, ajuda em anotações e em todos os detalhes, bem como pela companhia durante os levantamentos de campo. Aos mateiros, Ginaldo, Zé Raimundo e Francisco (Beleza) pelo apoio durante as coletas de dados em campo. Aos meus pais, José e Zélia, pelo amor, dedicação e grande incentivo aos meus estudos e pelo exemplo de garra, determinação e honestidade que me repassaram. Aos meus irmãos Valmir, Valdemir e Edilma pela amizade e constante força desde à infância. A minha companheira, amiga e esposa, Bernadete, pelo carinho, compreensão, confiança em mim depositada e grande incentivo para lutar pelos nossos sonhos. Aos meus filhos, Anderson, Gustavo e Rodrigo, pela paciência com que suportaram as privações de lazer, nesse período de realização do curso de graduação. E a todos os colegas do curso de Engenharia Florestal e do Corpo de Bombeiros que, direta ou indiretamente, contribuíram para obtenção do título de Engenheiro Florestal, meu muito obrigado. iii

5 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE ABREVIATURAS... RESUMO... v vi vii viii 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Bioma Caatinga Importância da Caatinga Análise Estrutural Estrutura Horizontal Estrutura Vertical Estimativa do Volume MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo Obtenção dos Dados no Campo Análise dos Dados RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS iv

6 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Lista das famílias e espécies, com seus nomes populares, ocorrentes na área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Tabela 2: Espécies amostradas na área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE, com seus parâmetros fitossociológicos em ordem decrescente pelo valor do IVI. UFS, São Cristóvão SE, Tabela 3: Estrutura vertical das espécies amostradas na área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE, classificada em ordem decrescente pelo valor da PSR. UFS, São Cristóvão SE, Tabela 4: Distribuição do número de árvores por hectare, área basal e volume de madeira nos três estratos verticais da vegetação de Caatinga localizada no município de Porto da Folha SE. UFS, São Cristóvão SE, v

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Área de estudo com a distribuição das parcelas e suas respectivas coordenadas geográficas em UTM, município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Figura 2: Curva coletora representando a suficiência amostral para a área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Figura 3: Espécies que apresentam os maiores valores de importância para a área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Figura 4: Distribuição das classes diamétricas dos indivíduos amostrados na área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Figura 5: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, vi

8 LISTA DE ABREVIATURAS A Área AB Área Basal ABi Área Basal de determinada espécie ASE Herbário da Universidade Federal de Sergipe CAP Circunferência à altura do peito CNB Circunferência na base D Densidade DA Densidade absoluta DNB Diâmetro na base Do Dominância DoA Dominância Absoluta DoR Dominância Relativa DR Densidade relativa F Freqüência FA Freqüência Absoluta FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação Fe Fator de empilhamento ff Fator de forma H Altura ha hectare HT Altura total IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IVC Índice de valor de cobertura IVI Índice de valor de importância K Intervalo de amostragem n Número de unidades amostrais N Total de indivíduos amostrados ni Número de indivíduos amostrados de determinada espécie PSR Posição Sociológica Relativa P Número total de parcelas Pi Número de parcelas em que ocorre determinada espécie sp Espécie Vr Volume real ΣAB Somatório da área basal de todas as espécies gi Somatório da área seccional de determinada espécie vii

9 RESUMO A Caatinga é um bioma com ocorrência restrita ao Brasil e apesar de sua importância ecológica, social e econômica é pouco protegida e pesquisada. A realização de estudos sobre a sua composição florística e fitossociológica, visando entender melhor seu comportamento, sua distribuição e sua estrutura são indispensáveis para estabelecer ações de conservação do seu patrimônio genético e de utilização sustentável. Portanto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de conhecer a composição florística e fitossociológica de um remanescente de Caatinga com 109ha, localizado na região do Baixo São Francisco, no município de Porto da Folha, Estado de Sergipe. Para a coleta dos dados foram estabelecidas 30 parcelas de 400m² (20m x 20m) georeferenciadas e distribuídas sistematicamente com distância de 190m entre si. Em cada parcela foram coletadas a circunferência à altura do peito (CAP) e a altura total (HT) de todos os indivíduos com CAP > 6,0cm, assim como o material botânico dos mesmos, para identificação no Herbário da Universidade Federal de Sergipe (ASE). Registraram-se indivíduos, pertencentes a 32 espécies. As espécies que mais se destacaram foram Croton blanchetianus Müll. Arg. (marmeleiro), Caesalpinia pyramidalis Tul. (catingueira) e Aspidosperma pyrifolium Mart. (pereiro), respondendo, juntas, por 80,78% do número de indivíduos, 86,03% da área basal e 63,86% do valor de importância. A densidade encontrada foi de indivíduos.ha -1 e a área basal de 16,02m².ha -1, enquanto a altura e o diâmetro médios atingiram 5,66m e 4,18cm, respectivamente. O volume médio encontrado na área de estudo foi de 116m 3 ha -1. viii

10 1. INTRODUÇÃO A Caatinga é um bioma com ocorrência restrita ao Brasil, que abrange cerca de Km², correspondendo aproximadamente a 54% do nordeste e 11% do território brasileiro (ANDRADE et al., 2005). Apesar da sua importância ecológica, social e econômica, e de estar submetida há muitas décadas à intensa exploração de seus recursos naturais é pouco protegida e estudada. Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas ainda são práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água e o equilíbrio do clima e do solo. No estado de Sergipe, a Caatinga ocupa uma área de Km² (PAIVA e CAMPOS, 1995), que se encontra bastante devastada no que diz respeito a sua cobertura vegetal primitiva (SANTOS e ANDRADE, 1992). Uma vez que as demais formações vegetais de Sergipe são protegidas por lei, a madeira utilizada vem da Caatinga e importadas de outras regiões. A madeira proveniente da Caatinga está sendo utilizada sem critérios técnicos apropriados e sem uma base sólida de informações que possibilite definir onde, quando, como e em que quantidade esses recursos podem ser utilizados. Para conhecer, proteger e utilizar de forma sustentável os recursos naturais da vegetação do bioma Caatinga se faz necessário um aumento do número de levantamentos florísticos e fitossociológicos de modo contínuo e regular. Conhecendo a Caatinga será possível, então, estabelecer ações que preservem seu patrimônio genético e sua utilização de forma racional de modo a promover retorno econômico, ou seja, a Caatinga só poderá ser bem utilizada se soubermos do que ela é constituída (SANTANA, 2005). Devido à crescente demanda por madeira no estado e na região nordeste, além da necessidade do uso social, ecológico e economicamente correto dos recursos florestais, existe uma necessidade de conhecer a composição, estrutura e o estoque florestal desse bioma no estado de Sergipe. Sendo assim, esse trabalho foi realizado com o objetivo conhecer a composição florística e fitossociológica de uma área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - Sergipe, visando fornecer informações para a implantação de planos de manejo florestal.

11 2. REVISÃO DE LITERATURA O Bioma Caatinga A Caatinga, um dos maiores biomas brasileiros, ocorre em partes dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. A palavra Caatinga, na língua indígena, significa mata branca ou floresta branca. Esse termo representa bem esse tipo de vegetação que possui um aspecto branco ou prateado devido ao fato da maioria das plantas perder as folhas na estação seca e também porque muitas têm casca clara ou reluzente, proporcionando um aspecto branco em toda a paisagem (MAIA, 2004). O clima da Caatinga é de caráter semi-árido quente, com altas temperaturas, precipitações escassas e irregulares, com 7 a 10 meses de forte estação seca (RADAMBRASIL, 1981). A temperatura média anual é de 25 C e a precipitação varia entre 250 e 1000 mm/ano (ANDRADE-LIMA, 1981). A rigidez do clima da região e, principalmente, a sua imprevisibilidade inviabilizam a maioria das tentativas de subsistência através da agricultura e pecuária, sem que se tenha que recorrer ocasional e temporariamente a uma atividade extrativista. Atualmente, a Caatinga encontra-se bastante alterada em função dos desmatamentos, queimadas e substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens (IBAMA, 1991). Segundo Silva (1993) apud Lima (1996) os solos desse bioma são variáveis em função do relevo e áreas em que se encontram. Assim sendo, tem-se: Podzólicos (topos e vertentes de relevo suave-ondulado), Latossolos (tabuleiros baixos estreitos), Brunos não Cálcicos (vertentes íngrimes de entalhes), Litólicos (topos das cristas), Regossolos (baixas vertentes das cristas), Aluviais (fundos dos vales) e Vertissolos (fundos de vales chatos e largos), havendo diferenciações quanto à profundidade, drenagem, textura, acidez, salinidade e fertilidade natural. A hidrografia do bioma Caatinga é formada, na sua grande maioria, por rios intermitentes que se originam logo após o período de chuvas, decorrentes do estado topográfico do relevo. Esses rios formam um ambiente que além de preencher o lençol freático ao redor do mesmo, causam uma estratificação da vegetação de uma condição 2

12 mais úmida a uma menos úmida, ocasionando uma formação vegetacional adaptada ao ambiente (FERRAZ, 2007). Embora Reis (1971) afirme que a vegetação das Caatingas está sempre na dependência do clima e, ao contrário dos cerrados, se estabelece independentemente do tipo ou do grau de fertilidade do solo, foi devido à variabilidade dos solos que foram descritos os mais diversos tipos de vegetação desse bioma. Além das diferenças fisionômicas observadas na vegetação da Caatinga devido aos fatores edáficos, estes condicionam também limitações florísticas, pois restringem determinadas espécies às condições de textura e ou fertilidade do solo (FONSECA, 1991). A vegetação típica da Caatinga apresenta formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa, com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio, caducifólias (as folhas das árvores caem durante a estação seca), entremeadas de outras espécies como as das famílias Cactaceae e as Bromeliaceae (FONSECA, 1991). Ultimamente, as Caatingas têm sido classificadas como savana-estépica, hierarquizadas em diversas tipologias (IBGE, 1992). De acordo com Fernandes (2000) é mais prático e acertado considerar basicamente duas fitofisionomias: Caatinga arbórea e Caatinga arbustiva. Segundo Sampaio et al. (2007), o bioma Caatinga apresenta uma enorme variabilidade de faciações fitogeográficas devido a grande extensão territorial que ocupa e os diferentes ambientes em que pode ser encontrado. Essa alta variabilidade é evidenciada principalmente pelas diferenças fisionômicas, densidades, composição de espécies e aspectos fenológicos. As Caatingas, em geral, são caracterizadas como formações arbóreo-arbustivas, hierarquizadas em diversas tipologias, muitas das quais ainda são praticamente desconhecidas do ponto de vista ecológico (PEREIRA et al., 2001). Segundo Giulietti et al (2003) são reconhecidas 12 tipologias diferentes, as quais despertam atenções especiais pelos exemplos fascinantes de adaptação aos habitats semiáridos. Tal situação pode explicar, em parte, a grande diversidade de espécies vegetais, muita das quais endêmicas ao bioma, associadas às condições particulares de solo, clima e relevo, tornando a Caatinga um bioma de extrema susceptibilidade à perda de biodiversidade. Estima-se que pelo menos 932 espécies foram registradas na região, sendo 318 delas endêmicas. Encontram-se endemismos também em outros níveis taxonômicos, pois vinte gêneros de plantas são conhecidos apenas neste bioma. 3

13 A vegetação xerófila das Caatingas é essencialmente heterogênea no que se refere à fitofisionomia e à estrutura, tornando difícil a elaboração de esquemas classificatórios capazes de contemplar satisfatoriamente as inúmeras tipologias ali ocorrentes (ANDRADE-LIMA, 1981; BERNARDES, 1985). Apesar da existência de alguns trabalhos fitossociológicos da vegetação, ainda falta muito para o conhecimento das Caatingas como um todo, havendo necessidade de se continuar, em áreas localizadas, o levantamento das espécies, determinando seus padrões de distribuição geográfica, abundância e relação com os fatores ambientais, para que se possa estabelecer, com base em dados quantitativos, os diferentes tipos e suas conexões florísticas (RODAL, 1992) Importância da Caatinga O bioma Caatinga tem um papel estratégico na conservação da biodiversidade da flora e da fauna, como também na preservação da qualidade do solo, protegendo o mesmo da erosão, a qual pode levar a um processo de desertificação (QUEIROZ et al., 2006). A Caatinga é um bioma que apresenta elevada importância ecológica, social e econômica e também é considerada dominante na Região Nordeste do Brasil, distribuindose por todos os estados dessa região, uma das mais pobres do país. Portanto, seus recursos naturais são utilizados principalmente em ambientes rurais e na periferia dos centros urbanos, sobretudo em comunidades carentes ou de baixa renda (SAMPAIO et al., 2007). Do ponto de vista ecológico, a vegetação da Caatinga protege o solo, seja pelas próprias plantas com as folhas na estação chuvosa, seja pelas folhas caídas, secas, que formam um tapete que se mantém durante a época seca e que protege o solo contra a forte insolação. Além disso, a vegetação protege a água superficial com o sombreamento, evitando o aquecimento e a evaporação excessiva, e a subterrânea pela estrutura esponjosa proporcionada pela vegetação que liberta a água da chuva aos poucos para as plantas e para fontes e olhos d água (MAIA, 2004). Segundo o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (1999) a Caatinga tem papel fundamental como fornecedora de produtos madeireiros (lenha, carvão, estacas e mourões) e não-madeireiros (frutos, mel, óleos, ceras, taninos, látex, gomas, plantas ornamentais e produtoras de fibras, etc.). A exploração dos recursos naturais e a devastação generalizada da cobertura natural nativa da Caatinga vêm provocando impactos de grande magnitude, cujas 4

14 conseqüências exigem intervenção imediata no sentido de amenizar os problemas daí decorrentes (PEREIRA et al., 2002) Análise Estrutural A comunidade florestal sofre constantes mudanças em sua estrutura, fisionomia e composição florística, sendo que essas mudanças acontecem até que a floresta atinja o seu estado clímax. Mesmo quando isso acontece, a morte de árvores por causas naturais ou não, implicará em mudanças na vegetação, ainda que em menor proporção (SCOLFORO, 2006). O mesmo autor considera a realização da análise estrutural de uma vegetação como uma maneira de detectar o estágio em que a floresta se encontra, assim como as alterações que esta sofre, podendo ser observado tanto os aspectos que envolvem as espécies quando consideradas isoladamente (aspectos auto-ecológicos), como as interações relativas aos indivíduos que compõem a comunidade florestal (aspectos sinecológicos) Estrutura Horizontal Segundo Scolforo (2006), a análise da estrutura horizontal indica a participação na comunidade de cada espécie vegetal em relação às outras e a forma em que esta se encontra distribuída espacialmente nas áreas. Para realização desta análise estrutural, os índices utilizados são: a) Densidade (D) refere-se ao grau de participação das diferentes espécies identificadas na comunidade vegetal; b) Dominância (Do) indica a proporção de área basal de cada espécie; c) Índice de valor de cobertura (IVC) soma dos valores relativos de densidade e dominância encontradas para cada espécie. d) Freqüência (F) é considerada a uniformidade de distribuição horizontal de cada espécie no terreno; e e) Índice de valor de importância (IVI) caracteriza a importância da espécie no conglomerado total do povoamento. Alguns trabalhos sobre florística e fitossociologia, com análise da estrutura horizontal da Caatinga foram realizados por Maracajá et al. (2003), na Serra do Mel; Alcoforado Filho (1993), em Caruaru Pernambuco; Leite (1999) no Município de São João do Cariri Paraíba e por Lemos e Rodal (2002), no Parque Nacional Serra de Capivara - Piauí. No estado de Sergipe por Souza (1983), nos municípios de Nossa Senhora da Glória e Frei Paulo e por Fonseca (1991), nos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco. 5

15 Estrutura Vertical Através da análise da estrutura vertical de uma floresta pode-se obter pelo menos um indício sobre o estágio sucessional em que se encontra a espécie em estudo, podendo verificar também qual a espécie mais promissora para compor um povoamento dinâmico. Os índices utilizados para a realização desta análise estrutural são: a) Posição Sociológica - que possibilita conhecer sobre a composição florística dos distintos estratos da floresta no sentido vertical, além do papel das diferentes espécies em cada um deles e o b) Índice de Valor de Importância Ampliado que reflete de modo mais preciso a complexa composição estrutural da vegetação, na sua grande heterogeneidade e irregularidade entre os estratos. Este índice reúne os valores obtidos na análise estrutural horizontal e vertical, destacando a real importância do indivíduo dentro da comunidade vegetal (SCOLFORO, 2006). Segundo Fonseca (1991), a Caatinga hiperxerófila densa de Sergipe apresenta quatro estratos definidos: um arbóreo contínuo com seis a onze metros de altura, outro arbóreo, porém mais baixo, com indivíduos de três metros de altura em média e bem distribuídos na comunidade, um estrato arbustivo, que é rarefeito e nele ocorrem quase que exclusivamente indivíduos jovens e o estrato herbáceo Estimativa do Volume A crescente demanda por madeira e a escassez dos recursos florestais, aliado a necessidade de uso social, ecológico e economicamente correto desses recursos, faz com que tenhamos uma maior necessidade de conhecer, com maior precisão, o estoque de madeira existente em uma determinada área. Através do uso de fundamentos da teoria da amostragem podemos obter informações quantitativas e qualitativas dos recursos florestais existentes em uma determinada área, fornecendo estimativas precisas e de probabilidade conhecida (SCOLFORO, 2006). De acordo com o mesmo autor, o conhecimento, cada vez mais preciso do estoque e da estrutura das florestas nativas está intimamente ligado ao estabelecimento de critérios para definir que espécies devem ser manejadas ou ainda, se a floresta tem potencial de produção/conservação ou de preservação ambiental. O uso correto da teoria da amostragem e dos fundamentos da biometria florestal, seja em áreas de florestas de grande 6

16 porte, seja em áreas de cerrado ou da Caatinga, pode constituir-se num dos grandes instrumentos de auxílio no controle dos desmatamentos. As relações dendrométricas são de fundamental importância na avaliação de povoamentos florestais, principalmente nas estimativas de volume de madeira e de biomassa (ARAÚJO et al., 2007). Paula Neto et al. (1983) relatam que, mesmo havendo diferenças biológicas entre os gêneros e espécies florestais, o DAP - Diâmetro à Altura do Peito é a variável independente mais utilizada na determinação do volume ou biomassa, já que é impraticável a cubagem de todas as árvores de um povoamento. Para Campos e Leite (2002), as equações de volume são empregadas para estimar volumes individuais de árvores e, por meio de algum método de amostragem, pode-se estimar o volume de um povoamento florestal. Um outro método utilizado no cálculo do volume de árvores é pelo emprego do fator de forma normal, que é uma relação entre o volume real e o volume cilíndrico da árvore. Quando o volume da árvore for determinado corretamente, o valor encontrado é válido para outras árvores de igual diâmetro, altura e forma (CAMPOS e LEITE, 2002). Araújo et al. (2007), estudando populações de jurema-preta com aproximadamente oito anos de idade, em dois municípios do Estado da Paraíba, coletou 30 árvores de forma aleatória, com DNB - diâmetro na base superior a 3cm e fez cubagem para determinar o fator de forma. Ele concluiu que o fator de forma para a jurema-preta, considerando áreas que apresentam uma vegetação característica da Caatinga, com espécies arbóreo-arbustivas, foi 0,91 e 0,71 considerando-se áreas com vegetação arbustiva, que mal revestem o solo. Em estudo realizado por Fonseca (1991), nos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco, Estado de Sergipe, utilizando 5 (cinco) subparcelas de 1500m² em diferentes tipos de Caatinga, verificou-se que na subparcela C, com vegetação do tipo Caatinga hiperxerófila arbórea densa, o volume de madeira se destacou das demais com 37,55m³ na subparcela. Os volumes encontrados nas subparcelas A - com vegetação de Caatinga hiperxerófila arbórea agrupada, B - também hiperxerófila arbórea, D - Caatinga hiperxerófila arbustiva-arbórea esparsa e E Caatinga hiperxerófila arbórea, foram 26,4m 3, 22,5 m 3, 30,8 m 3 e 27,2 m 3, respectivamente. 7

17 3. MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo A área de estudo consiste em um remanescente de Caatinga com aproximadamente 109ha, de propriedade particular, localizada na região do Baixo São Francisco, município de Porto da Folha, estado de Sergipe, com altitude em torno de 250m. A região situa-se na zona fisiográfica do Sertão Sergipano, caracterizada como área de Caatinga hiperxerófila densa. O solo predominante é classificado como litólico, muito arenoso e raso, relevo ondulado (RADAMBRASIL, 1981). Seu clima é de caráter semiárido quente, com altas temperaturas, precipitações escassas e irregulares, com 7 a 10 meses de forte estação seca. A temperatura média anual é de 25 C e a precipitação varia entre 250 e 1000mm/ano (ANDRADE-LIMA, 1981) Obtenção dos dados no campo Para obtenção dos dados em campo foi realizado um levantamento da comunidade pelo método de parcela fixa, com parcelas quadradas de 400m² (20m x 20m), distribuídas sistematicamente na área. A amostragem sistemática consiste em estabelecer a aleatoriedade apenas na primeira unidade amostral (parcela), sendo as demais distribuídas sistematicamente, em estagio único, de acordo com o intervalo de amostragem K, que para este estudo foi igual a 190m. O valor de K foi obtido pela raiz quadrada da divisão da área total (A = m²) pelo número de unidades amostrais (n = 30 parcelas) e as mesmas foram distribuídas em duas direções perpendiculares. Com o auxílio do programa AUTOCAD foram lançados 30 pontos no mapa da área com uma distância de 190m, definida pelo K, tanto na linha como na coluna, obedecendo ao sentido norte - sul, conforme mostra a Figura 1. O programa informou as coordenadas em UTM, que foram digitadas no GPS e com o auxílio deste as unidades amostrais foram localizadas no campo. Esses 30 pontos passaram a ser o vértice georeferenciado de cada parcela. A partir do vértice mediu-se 20m em direção ao sul e 20m em direção ao leste fechando um quadrado com 400m², que corresponde à área de cada parcela. 8

18 Foram consideradas árvores mensuráveis nas parcelas todos os indivíduos com CAP - Circunferências à Altura do Peito maior que 6cm, inclusive os mortos ainda em pé, cuja base do tronco estava dentro da parcela, mesmo quando o fuste e a copa estavam fora. Figura 1: Área de estudo com a distribuição das parcelas e suas respectivas coordenadas geográficas em UTM, município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Todas as árvores incluídas na pesquisa foram identificadas no campo por um mateiro da região (nome popular) e coletado material botânico no período de abril a junho de 2008, para identificação no Herbário da Universidade Federal de Sergipe (ASE). Além disso, foram medidas suas alturas totais, com auxílio de uma vara telescópica e CAP - Circunferências à Altura do Peito, com auxílio de fita métrica. Essas árvores foram identificadas individualmente através de uma plaqueta de alumínio de 3cm x 3cm Análise dos dados Os cálculos dos parâmetros fitossociológicos e dendrométricos foram realizados com o auxilio do Software Mata Nativa 2, instalado no Departamento de Engenharia Agronômica e licenciado para a Universidade Federal de Sergipe. 9

19 Os parâmetros da estrutura horizontal foram calculados pelas fórmulas recomendadas por Scolforo (2006). a) Densidade (D): refere-se ao grau de participação das diferentes espécies identificadas na comunidade vegetal. a.1) Densidade Absoluta (DA): número de indivíduos da espécie i (ni) encontrados na área amostral A, por unidade de área (1ha). DA = ni x 1 ha/a a. 2) Densidade Relativa (DR): representa a relação, em porcentagem, do número de indivíduos amostrados da espécie i com o total de indivíduos amostrados (N). DR = ni x 100/N b) Dominância (Do): indica a proporção de área basal de cada espécie. b.1) Dominância Absoluta (DoA): é a área que a espécie ocupa em um hectare. É calculada pelo somatório da Área Basal (ΣAB), em metros, da espécie i na área amostral (A), por unidade de área, no caso m 2. DoA = ΣABi x /A b.2) Dominância Relativa (DoR): é a área que a espécie i ocupa em relação à área ocupada por todas as espécies. A DoR é calculada pela somatória da Área Basal da Espécie i (ΣABi) dividida pelo somatório da área basal de todas as espécies, expressa em porcentagem. DoR = ΣABi x 100 / ΣAB c) Freqüência (F): indica o aparecimento das espécies nas unidades amostrais e é considerada a uniformidade de distribuição horizontal de cada espécie no terreno. c.1) Freqüência Absoluta (FA): é a probabilidade de encontrarmos pelo menos um indivíduo da espécie i em uma das unidades amostrais, expressa em porcentagem. O número de parcelas em que a espécie i ocorre é expresso na variável Pi e P representa o número total de parcelas. FA = Pi x 100/ P c.2) Freqüência Relativa (FR): é a relação entre a FA da espécie i com o total das FAs, em porcentagem: 10

20 FR = FAi x 100 / Σ FA d) Índice de Valor de Cobertura (IVC): é um índice composto que, por utilizar os valores de densidade e dominância permite a análise sem a influência da freqüência, que também depende do número de indivíduos. IVC = DoRi + Dri e) Índice de Valor de Importância (IVI): é um índice composto, que indica a importância da espécie dentro da comunidade, levando em conta os parâmetros relativos de densidade, freqüência e dominância. IVI = DRi + DoRi + FRi Para a análise da estrutura vertical foram considerados três estratos (SCOLFORO, 2006). Os limites dos estratos foram definidos pela variabilidade da altura das espécies observadas na área em questão. O estrato inferior é composto pelas árvores que apresentarem a altura total (HT) inferior à média aritmética das alturas de todas as árvores mensuradas menos um desvio padrão quantificado para esta mesma variável. O estrato médio é composto pelas árvores cuja altura total estiverem compreendidas entre a média aritmética menos um desvio padrão e a média aritmética mais um desvio padrão. Já o estrato superior é composto pelas árvores com altura total superior à média das alturas mais um desvio padrão. Através do programa Mata Nativa 2, pôde-se analisar a estrutura horizontal e vertical e a florística dos indivíduos. Além disso, o programa possui ferramentas que permitem inferir sobre a amostragem realizada na área. Para obtenção do volume existente dentro das parcelas utilizou-se um fator de forma de 0,9, sendo que esse valor é utilizado nos estudos da Rede de Manejo Florestal da Caatinga. Sendo assim, a seguinte fórmula foi utilizada (BRASIL, 2001): onde: AB (m²) = gi gi = π.di²/40000 Volume (m 3 ) = AB*ff*HT 11

21 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A curva acumulativa de espécies adicionais, na ordem real das parcelas, permite que se avalie a suficiência amostral do levantamento florístico e, assim, pode-se fazer inferências se o número necessário de amostras estabelecidas foi adequado ou não para o conhecimento da população (CASTRO, 1987). Analisando-se a curva coletora apresentada na Figura 2, percebe-se que da parcela 1 até a parcela 10 o aparecimento de novas espécies foi progressivo, porém, a partir desta última a curva tornou-se bem menos inclinada, surgindo apenas três novas espécies, Croton sp. na parcela 16, Capparis jacobinae na parcela 17 e Pseudobombax sp. na parcela 25. Este comportamento da curva mostra que o número de parcelas foi suficiente para estimar a realidade da composição da florística. Figura 2: Curva coletora representando a suficiência amostral para a área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE,

22 As espécies que aparecem no final da curva podem ser consideradas como raras, devido sua baixa densidade relativa na população amostrada, como é o caso de Capparis jacobina, Pseudobombax sp., Ceiba glaziovii, Maytenus rigida e Sapium lanceolatum, que aparecem com apenas um indivíduo e densidade relativa de 0,03%. De acordo com a análise de inventário realizada pelo programa Mata Nativa 2 para a área total do remanescente estudado, o número ótimo de parcelas para obtenção de um erro de amostragem menor do que 20% com 95% de probabilidade seria de 16 parcelas. É relevante mencionar que o erro de amostragem no levantamento florístico e fitossociológico foi de 14,47%, estando assim dentro dos padrões para inventários realizados em matas nativas. No entanto, recomendamos que em levantamentos futuros seja feita uma amostra piloto, lançar na comunidade um pequeno número de parcelas, através da qual se obtenha uma idéia da variabilidade da população, evitando um trabalho desnecessário, diminuindo os custos do levantamento. Nas 30 parcelas inventariadas foram amostrados indivíduos, representando 32 espécies distribuídas em 14 famílias, sendo que 4 táxons não foram cientificamente identificados (Tabela 1). As famílias com o maior número de espécies foram: Leguminosae com 9 espécies, onde a subfamília Mimosoideae contribuiu com 5 espécies, seguida das famílias Euphorbiaceae com 5 espécies, Anacardiaceae e Bombacaceae com 2 cada uma. As demais famílias contribuíram com apenas uma espécie. Essas quatro famílias contribuíram com aproximadamente 56% da composição florística, sendo as mais características do remanescente de Caatinga estudado. As três primeiras famílias são aquelas normalmente mais encontradas em estudos de áreas com vegetação de Caatinga, concordando com vários outros trabalhos desenvolvidos no bioma (Araújo et al., 1995; Pereira, 2000; Camacho, 2001 e Santana, 2005). Com relação aos trabalhos realizados na Caatinga do estado de Sergipe as três famílias botânicas também foram as que contribuíram com maior número de espécies (SOUZA, 1983; FONSECA, 1991). 13

23 Tabela 1: Lista das famílias e espécies, com seus nomes populares, ocorrentes na área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Família Nome Científico Nome Popular Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira Schinopsis brasiliensis Engl. Braúna Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro Bignoniaceae Tabebuia sp. Pau d'arco Bombacaceae Ceiba glaziovii (Kuntze) K. Schum. Barriguda Pseudobombax sp. Embira Boraginaceae Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. Ex Steud. Folha larga Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett Imburana Capparaceae Capparis jacobinae Moric. Ex Eichler Incó Celastraceae Maytenus rigida Mart. Bom nome Euphorbiaceae Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro Croton sp. Marmeleiro-branco Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão Manihot sp. Maniçoba Sapium lanceolatum (Müll. Arg.) Huber Burra-leiteira Leguminosae - Caesalpinoideae Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Mororó Caesalpinia ferrea Mart. Pau-ferro Caesalpinia pyramidalis Tul. Catingueira Hymenaea martiana Hayne Pitomba-de-cágado - Mimosoideae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis Arapiraca Piptadenia sp. ( I ) Papagaeiro Piptadenia sp ( II ) Arranhento Piptadenia zehntneri Harms Angico-manjola Meliaceae Cedrela cf. odorata L. Cedro Nyctaginaceae Guapira sp. João-mole Rhamnaceae Ziziphus joazeiro Mart. Juazeiro Tiliaceae Luehea sp. Indeterminado Indeterminada Morfoespécie 1 Cruirí Morfoespécie 2 Espinho-de-roseta Morfoespécie 3 Pau-caixão Morfoespécie 4 Pau-de-colher A estrutura horizontal da vegetação esta representada pelo índice de valor de importância, que expressa a importância ecológica da espécie no ambiente, levando em conta os parâmetros relativos de densidade, dominância e freqüência, sendo considerado como o índice de maior importância numa análise fitossociológica. 14

24 Diante da análise da estrutura horizontal, representada na Figura 3, pode-se notar que das 32 espécies inventariadas, Croton blanchetianus (marmeleiro), Caesalpinia pyramidalis (catingueira) e Aspidosperma pyrifolium (pereiro) foram as três mais importantes da população, respondendo juntas por 80,78% do número de indivíduos, 86,03% da área basal e 63,86% do valor de importância. Estes resultados estão de acordo com vários outros trabalhos desenvolvidos no bioma Caatinga (Araújo et al., 1995; Pereira, 2000; Camacho, 2001; Maracajá et al., 2003; Andrade et al., 2005; Santana e Souto, 2006). ESTRUTURA HORIZONTAL IVI(DR+FR+DoR) Myracrodruon urundeuva Cordia trichotoma Ziziphus joazeiro Anadenanthera colubrina Tabebuia sp. Bauhinia cheilantha Morfoespécie 3 Morfoespécie 2 Piptadenia sp. ( II ) Manihot sp. Guapira sp. DR FR DoR Chloroleucon dumosum Morfoespécie 4 Piptadenia sp. ( I ) Piptadenia zehntneri Morfoespécie 1 Aspidosperma pyrifolium Caesalpinia pyramidalis Croton blanchetianus Figura 3: Espécies que apresentam os maiores valores de importância para a área de Caatinga, localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE,

25 Um fator que deve ter contribuído bastante para o elevado IVI de Croton blanchetianus foi o grande número de indivíduos e boa distribuição dos mesmos na área, ocorrendo em 100% das parcelas. Além disso, obteve o segundo maior valor de dominância relativa, tornando-se assim a espécie com maior IVI da comunidade amostrada. Esta espécie também é bem distribuída em outras áreas de Caatinga, aparecendo em vários levantamentos com número significativo de representantes (Pereira et al., 2002; Andrade et al., 2005; Santana e Souto, 2006). Croton blanchetianus é uma espécie considerada colonizadora de áreas antropizadas (MAIA, 2004). Esta característica pode explicar a elevada densidade da mesma na área e é importante em termos de recuperação de áreas degradadas, já que é uma planta pioneira e pode ocupar locais mais inóspitos, proporcionando assim melhorias nas condições do solo que permitirão a continuidade da sucessão do bioma. Caesalpinia pyramidalis foi à espécie com o segundo maior IVI, obtido como resultado da sua elevada dominância, que é conseqüência da alta área basal da espécie. Além disso, obteve freqüência relativa igual à Croton blanchetianus e segunda densidade relativa, ou seja, encontra-se amplamente distribuída na área, ocorrendo também em todas as parcelas. Aspidosperma pyrifolium apresentou o terceiro maior IVI, mesmo ocorrendo em menor número de indivíduos que a espécie que apresentou o quarto maior valor de IVI, o que pode ser resultado da sua maior área basal e consequentemente maior dominância relativa. Com base no IVI (Tabela 2), que expressa a importância ecológica das espécies no ambiente, observa-se que, Croton blanchetianus, Caesalpinia pyramidalis, Aspidosperma pyrifolium, Morfoespécie 1, Piptadenia zehntneri, Piptadenia sp., Morfoespécie 4, Chloroleucon dumosum, Guapira sp., Manihot sp., Morfoespécie 2, Morfoespécie 3, Bauhinia cheilantha e Tabebuia sp. foram as espécies que predominaram na população, indicando, portanto, que as mesmas apresentam elevada importância ecológica e estão bem adaptadas aos diferentes ambientes existentes na área do remanescente de Caatinga estudado. Os baixos valores de IVI constatados para a maioria das espécies, refletem a presença de poucos indivíduos por espécie, o que pode ser confirmado na Tabela 2. 16

26 Tabela 2: Espécies amostradas na área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE, com seus parâmetros fitossociológicos em ordem decrescente pelo valor do IVI. UFS, São Cristóvão SE, Nome Científico N AB DR FR DoR IVI Croton blanchetianus , ,13 9,06 35,22 106,41 Caesalpinia pyramidalis 538 8, ,97 9,06 46,27 69,31 Aspidosperma pyrifolium 180 0,8720 4,68 6,65 4,54 15,86 Morfoespécie ,4001 4,26 5,44 2,08 11,78 Piptadenia zehntneri 97 0,3209 2,52 6,34 1,67 10,50 Piptadenia sp. ( I ) 47 0,6231 1,22 4,83 3,24 9,30 Morfoespécie ,0422 1,71 6,65 0,22 8,58 Chloroleucon dumosum 34 0,0848 0,88 6,04 0,44 7,37 Guapira sp. 31 0,1409 0,81 5,44 0,73 6,98 Manihot sp. 59 0,0848 1,53 3,93 0,44 5,90 Piptadenia sp. ( II ) 30 0,0972 0,78 4,53 0,51 5,82 Morfoespécie ,0333 0,65 4,53 0,17 5,35 Morfoespécie ,1495 0,96 3,32 0,78 5,06 Bauhinia cheilantha 28 0,0807 0,73 3,02 0,42 4,17 Tabebuia sp. 21 0,0610 0,55 2,72 0,32 3,58 Anadenanthera colubrina 13 0,1097 0,34 2,11 0,57 3,02 Ziziphus joazeiro 13 0,0286 0,34 2,42 0,15 2,90 Cordia trichotoma 8 0,0236 0,21 2,42 0,12 2,75 Myracrodruon urundeuva 12 0,0572 0,31 2,11 0,30 2,72 Hymenaea martiana 17 0,1286 0,44 1,51 0,67 2,62 Commiphora leptophloeos 7 0,0405 0,18 1,51 0,21 1,90 Croton sp. 5 0,0095 0,13 1,21 0,05 1,39 Caesalpinia ferrea 3 0,0377 0,08 0,91 0,20 1,18 Luehea sp. 4 0,0038 0,10 0,91 0,02 1,03 Jatropha mollissima 10 0,0247 0,26 0,60 0,13 0,99 Schinopsis brasiliensis 2 0,0373 0,05 0,60 0,19 0,85 Cedrela cf. odorata 2 0,0123 0,05 0,60 0,06 0,72 Ceiba glaziovii 1 0,0454 0,03 0,30 0,24 0,56 Capparis jacobinae 1 0,0039 0,03 0,30 0,02 0,35 Maytenus rigida 1 0,0006 0,03 0,30 0,00 0,33 Sapium lanceolatum 1 0,0013 0,03 0,30 0,01 0,34 Pseudobombax sp. 1 0,0020 0,03 0,30 0,01 0,34 TOTAL , ,00 100,00 100,00 300,00 N = número de indivíduos; AB = Área Basal (m²ha -1 ); DR= Densidade Relativa (%); Freqüência Relativa (%); DoR = Dominância Relativa, IVI = Índice de Valor de Importância (%). 17

27 Nos levantamentos realizados em Sergipe por Fonseca (1991) e por Souza (1983) as espécies Caesalpinia pyramidalis e Aspidosperma pyrifolium aparecem como a primeira e segunda espécies com maiores valores de IVI, respectivamente, mas a espécie Croton blanchetianus, que neste estudo apresentou o maior IVI (106), não aparece na área estudada por Souza (1983) e na área estudada por Fonseca (1991) aparece em apenas uma das cinco subunidades estudadas, com IVI muito baixo (0,99). Isso pode ser um indicativo de que a área estudada esta sofrendo ação antrópica ao longo dos anos, já que as áreas estudadas anteriormente eram preservadas e a espécie Croton blanchetianus é considerada como colonizadora de áreas antropizadas (MAIA, 2004). A densidade média encontrada para esse estudo foi de indivíduos.ha -1 e a área basal de 16,02m².ha -1, enquanto a altura e o diâmetro médios atingiram 5,66m e 4,18cm, respectivamente. O diâmetro médio foi considerado baixo, sendo fortemente afetado pela presença de muitas espécies arbustivas, principalmente Croton blanchetianus, que normalmente possui caules finos. Em um estudo fisiográfico realizado na Caatinga da Estação Ecológica de Seridó com diferentes altitudes, Camacho (2001) encontrou valores médios de a indivíduos.ha -1 com diâmetro maior do que 3cm e altura superior a 1m, utilizando 53 parcelas de 10m x 10m. Utilizando os mesmos critérios de inclusão, Pereira (2000) observou uma densidade de indivíduos.ha -1 para uma área em bom estado de conservação e indivíduos.ha -1 para uma área submetida a forte grau de antropismo, realizando estudos em quatro áreas de Caatinga sob diferentes níveis de antropismo, nos municípios de Areia e Remígio, na Paraíba. Souza (1983), desenvolveu um estudo comparativo sobre duas matas remanescentes na Caatinga hipoxerófila do estado de Sergipe, uma delas no município de Nossa Senhora da Glória e a outra no município de Frei Paulo, analisado sua composição florística e fitossociologia, utilizando 20 parcelas de 200m² como unidade amostral para medir as árvores com diâmetro a altura do peito acima de 5cm e encontrou um total de 60 espécies, com densidade de indivíduos.ha -1 para o estrato arbóreo-arbustivo de Nossa Senhora da Glória e em Frei Paulo 46 espécies, com densidade de indivíduos.ha -1. Fonseca (1991), analisou a composição florística das Caatingas hiperxerófilas dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco, estado de Sergipe, utilizando 5 (cinco) subparcelas de 1500m² para medir as árvores com diâmetro do caule igual ou superior a 3cm ao nível do solo e encontrou 46 espécies, com uma densidade indivíduos.ha -1. Portanto, os resultados encontrados mostram que a vegetação estudada 18

28 pode ser considerada como mediana em termos de número de indivíduos. Tanto quando comparamos com estudos realizados no estado de Sergipe como em outras áreas do bioma Caatinga. Já com relação ao número de espécies foi menor que os estudos realizados em Sergipe. No entanto, vale ressaltar que neste estudo foram amostradas apenas as espécies lenhosas. A variação no número de espécies e de indivíduos de uma área para outra, observada nos levantamentos florístico e fitossociológicos realizados na Caatinga, pode ser explicada pelas variações de precipitação nas diferentes regiões de estudo. Para Araújo (2007), as Caatingas situadas em locais onde as precipitações são mais elevadas apresentam maior número de espécies. Entretanto, Rodal (1992) comenta que o maior ou menor número de espécies nos levantamentos realizados deve ser resposta a um conjunto de fatores, tais como situação topográfica, classe, profundidade e permeabilidade do solo e não apenas ao total de chuvas, embora este seja um dos fatores mais importantes. A exploração madeireira, eliminando preferencialmente as árvores matrizes das espécies utilizadas como fonte de matéria-prima para lenha e carvão, também tende a reduzir o número de espécies (Santana e Souto, 2006). Fonseca (1991) realizou estudo em uma área de Caatinga no noroeste do estado de Sergipe e concluiu que dentre as espécies arbóreas mais freqüentes encontrava-se a Schinopsis brasiliensis e que Maytenus rigida era uma espécie característica da área, em função do número de indivíduos e do índice de valor de importância dessas espécies. Como resultado desse estudo, verificou-se a baixa densidade relativa da aroeira - Myracrodruon urundeuva (0,31%), do cedro - Cedrela cf. odorata (0,05%), da braúna - Schinopsis brasiliensis, do pau-ferro - Caesalpinia ferrea (0,08%) e do bonome - Maytenus rigida (0,03%), espécies que são amplamente utilizadas pelas comunidades do entorno do remanescente de Caatinga considerado. A estrutura do remanescente de Caatinga estudado distribuída por classe de diâmetro (Figura 4), apresenta predominância de indivíduos finos, com menos de 7cm de diâmetro. Nas classes de diâmetro inferiores concentraram-se o maior número de indivíduos. Das plantas encontradas, ou 95,43% da população total, se concentraram nas três classes inferiores de diâmetro. 19

29 CLASSES DIAMÉTRICAS 2500 nº. de indivíduos ,5 8,5 13,5 18,5 23,5 28,5 33,5 38,5 43,5 48,5 53,5 classes Figura 4: Distribuição das classes diamétricas dos indivíduos amostrados em área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, Das árvores mensuradas na primeira classe, correspondente a cerca de 60% do total, são marmeleiros (40%). Caso preocupante é o da espécie barriguda (Ceiba glaziovii), em que só foi encontrado um indivíduo e este se encontra nas classes superiores, não tendo, portanto, representantes nas classes de diâmetro inferiores, justamente a que garante a continuidade da espécie na área. Nas seis classes de maior diâmetro só foram observados 41 indivíduos, o que representa menos de 1,06 % da população. Somente a Caesalpinia pyramidalis conseguiu atingir diâmetro acima de 36cm. A distribuição dos indivíduos por classe de diâmetro seguiu o padrão J invertido, com muitos indivíduos com diâmetros baixos e um número reduzido de indivíduos com diâmetro elevado, que é característico de florestas nativas. Na análise da distribuição dos indivíduos por classes de altura do remanescente de Caatinga estudado (Figura 5), percebe-se que no estrato médio, altura total entre 3,76m e 7,55m, ocorreu uma maior concentração de indivíduos, o que pode ser ocasionado pela presença de um grande número de indivíduos das espécies Croton blanchetianus, Caesalpinia pyramidalis, Morfoespécie 1 e Aspidosperma pyrifolium, totalizando aproximadamente 62% dos indivíduos amostrados. Já nos estratos inferior e superior houve certo equilíbrio no número de indivíduos. 20

30 ESTRUTURA VERTICAL 3000 nº. de indivíduos H < 3,76 3,76 <= H < 7,55 H >= 7,55 classes de altura Figura 5: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados em área de Caatinga localizada no município de Porto da Folha - SE. UFS, São Cristóvão SE, A análise das classes de altura dos indivíduos arbóreos da Caatinga hipoxerófila dos municípios de Frei Paulo e Nossa Senhora da Glória (SOUZA, 1983) revelou maior concentração dos indivíduos nas classes de 5 a 15m, com um total 781 indivíduos, diminuindo esse número para 303, quando se consideram árvores acima de 15m. Na Caatinga hiperxerófila dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco, estudada por Fonseca (1991), as alturas máximas ficaram em torno de 12m, com a maioria dos indivíduos situando-se em torno dos 6m de altura. Esse fato indica um porte arbóreo médio aquele registrado para a área de estudo, onde as alturas máximas ficaram em torno de 15m, com a maioria dos indivíduos situandose em torno dos 5,7m de altura. Constatou-se, assim, uma redução continua da altura da vegetação, que provavelmente esta relacionada redução de precipitação. A Tabela 3 apresenta a participação das espécies nos estratos verticais (inferior, médio e superior). No estrato superior foram contabilizados 489 indivíduos arbóreos formado por espécies como: Caesalpinia pyramidalis, que se destacou com 48% do número de indivíduos deste estrato, Croton blanchetianus, Aspidosperma pyrifolium, Piptadenia zehntneri, Morfoespécie 1, Piptadenia sp. (I), Anadenanthera colubrina e Myracrodruon 21

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