ORIGEM DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM ÁGUAS BELAS, PERNAMBUCO ORIGIN OF THE QUILOMBALL COMMUNITIES IN ÁGUAS BELAS, PERNAMBUCO

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1 ORIGEM DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM ÁGUAS BELAS, PERNAMBUCO ORIGIN OF THE QUILOMBALL COMMUNITIES IN ÁGUAS BELAS, PERNAMBUCO Eugênia Veríssimo Pereira 1 ; Daiane Vidal Alves 2 GT 03 Comunidades tradicionais na luta por territórios RESUMO O presente estudo se propôs identificar a origem das principais comunidades quilombolas no município de Águas Belas PE. Conhecendo como ocorreu sua formação e os fatores históricos ao longo dos anos, as comunidades são formadas por: negros, descendentes de escravos e associações remanescentes, portadores de uma identidade cultural distinta, as mesmas são reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. O estudo constituiu-se a partir do encaminhamento da pesquisa qualitativa, para tanto, os fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa se apoiaram em trabalhos de campo, com observação direta e aplicação questionários. No relato dos entrevistados, foi identificado semelhanças entre a origem das comunidades estudadas, os ancestrais teriam vindo da região da zona da mata dos engenhos de açúcar que trabalhavam. A miscigenação em todas é visível, porém cada uma com um grau de intensificação maior que a outra, as principais etnias que proporcionaram que esse fenômeno acontecesse, foram: negro, índio, branco. A cultura ao longo dos anos foi enfraquecendo, mas ainda permanece em pequenos grupos de samba de coco; o artesanato de barro e palha ainda se encontra em Tanquinhos. As principais dificuldades relatadas pelos os entrevistados, está atrelado ao racismo e o preconceito que ainda persisti dentro e fora, como também dar continuidade às tradições culturais. 1 Licencianda em Geografia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco,Brasil eugenia-verissimo@hotmail.com 2 Licencianda em Geografia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco,Brasil daianea90@gmail.com

2 Palavras-chave: memória, origem, quilombo, resistência. ABSTRACT The present study aimed to identify the origin of the main quilombola communities in the municipality of Águas Belas - PE. Knowing how their formation and historical factors took place over the years, the communities are formed by: blacks, descendants of slaves and remnants associations, bearers of a distinct cultural identity, these are recognized by the Palmares Cultural Foundation. The study was based on qualitative research, for which the theoretical-methodological foundations of the research were based on fieldwork, with direct observation and application of questionnaires. In the interviewees' reports, similarities were identified between the origin of the studied communities, the ancestors would have come from the region of the sugarcane zone that worked. The miscegenation in all is visible, but each one with a greater degree of intensification than the other, the main ethnicities that gave rise to this phenomenon were: black, Indian, white. The culture over the years has been weakening, but still remains in small groups of coconut samba; the handicrafts of clay and straw are still found in Tanquinhos. The main difficulties reported by the interviewees are linked to the racism and prejudice that still persisted inside and outside, as well as to give continuity to cultural traditions Key words: memory, origin, quilombo, resistance. 1 INTRODUÇÃO As comunidades quilombolas estudadas estão situadas no município de Águas Belas/PE. Todas são reconhecidas pela a Fundação Cultural Palmares como comunidades remanescentes de quilombo. A comunidade de Tanquinhos e o Sítio Pinhão foram reconhecidas em 2005 e a comunidade denominada de Quilombo no ano de Nas comunidades quilombolas residem pessoas descendentes de negros, que ainda preservam culturas específicas, ocupam um território com significado cultural e sentimental, pois deram origem a um lugar de segurança e tranquilidade aqueles que no passado, sofreram opressões e foram maltratados. De acordo com Andrade (2007, p. 01), Comunidades remanescentes de quilombo, quilombolas, comunidades negras rurais são constituídas pelos descendentes dos escravos negros que, no processo de resistência à escravidão, originaram grupos sociais que ocupam um território comum e compartilham características culturais até os dias de hoje.

3 Quando se fala de quilombo ou de comunidades remanescentes de quilombolas, remete a um povo que sofreu muito, mas lutou pela sua liberdade. Ser negro, ser quilombola, ser descendente, vai muito além da cor de pele ou do tipo de cabelo, é ter orgulho das origens de um povo que resistiu às injustiças e aos sistemas de padrões do mundo contemporâneo. As comunidades quilombolas são definidas pelo Incra Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária como grupos étnicos predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se auto definem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Ou seja, possui uma longa trajetória que ocorreram diversas situações, para constituírem as comunidades a qual conhecemos. Quando as comunidades possuem uma herança histórica social e cultural, construída a longo de anos e se definem como comunidade remanescente de quilombo, mas precisam de reconhecimento, demarcação e titulação territorial o INCRA é o responsável por esses assuntos. As dificuldades encontradas são pertinentes e que assola não só esse grupo étnico como também vários outros no Brasil, por causa da delimitação e posse de determinado território. De acordo com o artigo 2º do Decreto 4887/2003 Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição com trajetória própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida (artigo 2º do Decreto 4887/2003). Sendo assim, são amparadas por Lei e o INCRA a partir deste decreto presidencial fica responsável pelo reconhecimento das terras ocupadas por essas comunidades quilombolas, quando se autodeclararem, passam a ter maior visibilidade e proteção perante a lei que garantem seus direitos, apesar de muitas vezes por falta de conhecimento e acesso, acabam por ignora-la. De acordo com Silva (2012, p. 06) a história do negro no Brasil não se constitui somente de submissão, houve também, é claro, diversas formas de resistência negra à escravidão como revoltas, fugas, assassinato de senhores, abortos e a constituição de quilombos. Os quilombos são heranças de organizações que lutaram ativamente contra a escravatura e que lutam até hoje, contra o preconceito e o racismo. Nas comunidades estudadas encontramos bem marcadas essas situações, que trazem consigo essa herança de um povo que tanto lutou pela sua liberdade.

4 As comunidades quilombolas em Águas Belas/PE; dispõem de uma riquíssima cultura e costumes tradicionais, como artesanato de barro e de palha em Tanquinhos, e o samba de coco em Quilombo e Pinhão. Silva (2012, p.02) descreve que estas comunidades detêm grandes conhecimentos tradicionais, e muitos destes foram trazidos do continente africano, enquanto outros foram descobertos por elas no Brasil ao longo dos anos, mediante vários experimentos. Ao passar das décadas a cultura foi tendo modificações por causa da vivência com vários outros grupos étnico, e assim criando uma identidade própria. A mistura de raças por causa dos vários grupos étnicos, fez com que nas comunidades quilombolas ocorressem a miscigenação, com o contato de culturas diferentes ou pela procriação biológica. Em Águas Belas/PE, a miscigenação aconteceu com a mistura de negros, brancos e mulatos na comunidade do Quilombo e Pinhão, e a predominância de negros, índios e mulatos em Tanquinhos. Ferreira (2012, p.11) descreve que: O ser humano não vive sozinho no mundo e nunca viveu, haja vista o princípio sociológico do ser societário fundamentado pela filosofia. Assim, o contato na sociedade de uns com os outros é o que nos faz plural em qualquer aspecto da cultura, a exemplo da religião, da linguagem, etc. É desse contato que surge a miscigenação biológica ou cultural. A partir dessa miscigenação geraram-se grupos étnicos diferentes, isso foi visível nas próprias comunidades quilombolas estudadas. Os negros no tempo da colonização vindos da África, eram oriundos de várias tribos diferentes, porém ocorreu a mistura biológica e social. As comunidades estudadas são descendentes afros, mas, apresentam características físicas e sociais diferentes que geraram costumes específicos, por exemplo, a forma de se dançar o samba de coco que em Tanquinhos é de uma forma e em Quilombo é de outra forma. O principal objetivo dessa produção foi verificar a origem das comunidades quilombolas em Águas Belas/PE, identificando como ocorreu a miscigenação das comunidades ao longo do tempo e como a cultura ainda é presente nas mesmas e suas principais dificuldades. A pesquisa percorreu uma metodologia de investigação qualitativa do tipo exploratória e descritiva. Para coleta de dados, foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo com observação direta com aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas. 2. METODOLOGIA

5 O município de Águas Belas/PE, está localizado na mesorregião do agreste meridional, situado à 387 metros de altitude, a cidade fica a 306,3 Km da capital Recife pelas BR-423 e a BR-232. De acordo com o IBGE (2010) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a população estimada para 2018 é de , com densidade demográfica em 2010 de 45,41 hab/km²: entre índios, quilombolas, assentados, população rural e população urbana. Os municípios que fazem divisa territorial com Águas Belas/PE são: ao Norte as cidades Buíque e Pedra, ao Sul o estado de Alagoas, ao Leste a cidade de Iati e a Oeste a cidade de Itaíba. Na zona rural do município de Águas Belas/PE, estão localizadas três comunidades quilombolas: a comunidade de Tanquinhos que fica à 22 km da cidade; a comunidade denominada de Quilombo à 33km e o Sítio Pinhão à 31km da cidade. As comunidades quilombolas em Águas Belas PE, estão localizadas entre as serras do município; o Sítio Pinhão e a comunidade do Quilombo ficam ao norte com coordenadas de 9º3 S e 37º00 O e Tanquinhos ao sul com as coordenadas de 9º15 S e 37º08 O (figura 01). Todas são reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, a comunidade de Quilombo, teve seu reconhecimento publicado no Diário Oficial da União (10/12/2004 p.8, nº 068 f. 72), o Sítio Pinhão (08/06/2005 p.12 nº 150 f. 55) e Tanquinhos (08/06/2005 p. 16 nº 151 f. 56). Figura 01: Localização das comunidades no munícipio de Águas Belas. Fonte: Google Earth, A pesquisa sobreveio mediante estudo de campo nas comunidades quilombolas, de Tanquinhos, Pinhão e a comunidade denominada de Quilombo em Águas Belas PE, bem como pesquisas bibliográficas em artigos e sites especializados. As informações coletadas

6 foram adquiridas a partir de um questionário, com perguntas fechadas e abertas. Em Tanquinhos foram entrevistados 25 moradores; no Quilombo e Pinhão apenas 20 moradores ao todo, pois essas comunidades se definem como unificadas. Por serem comunidades com densidades demográficas variadas, não foi possível realizar as entrevistas com um percentual único. (figura 02). Figura 02: Descrição dos questionários respondidos pelas comunidades estudadas: Pinhão, Quilombo e Tanquinhos. Fonte: arquivo pessoal, As perguntas abertas e fechadas, proporcionaram destrinchar a origem das comunidades e de onde os primeiros habitantes vieram, a pergunta que sucedeu essa perspectiva é a alternativa 22 do questionário com o seguinte enunciado: O que deu origem a sua comunidade e de onde vieram? Os entrevistados relataram o que conheciam entorno dos seus encentrais. Sendo assim, os questionários apresentaram dados específicos referentes aos entrevistados das comunidades estudadas, como o quantitativo de entrevistados e a escolaridade. Para Marconi & Lakatos (2005) o questionário é instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por escrito. Cada pessoa respondeu um questionário com 25 perguntas, que estão atreladas a origem da cultura quilombola. Ao recolher os questionários, foram analisados os dados de forma descritiva, com o intuito de verificar e correlacionar as informações nele obtidas, contribuindo no descobrimento da origem das comunidades.

7 O estudo bibliográfico, é um método que traz um conceito a partir de pesquisas relacionadas com o tema. Gil (2002, p. 44) relata que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Além do estudo bibliográfico, foi realizado um estudo de campo por meio de entrevistas norteadas por um questionário. Sendo empregado durante as visitas as comunidades, como alguns dos entrevistados não sabem ler ou escrever, as respostas foram escritas pelas pesquisadoras. A metodologia aplicada foi qualitativa do tipo exploratória descritiva: A pesquisa qualitativa, se preocupa na qualidade da informação sem se deter em números. Esse método foi aplicado para identificar o surgimento dessas comunidades quilombolas, verificando os primeiros habitantes e de onde vieram, analisando o ambiente e os costumes deixados e vivenciados até os dias atuais. O método qualitativo de pesquisa é aqui entendido como aquele que se ocupa do nível subjetivo e relacional da realidade social e é tratado por meio da história, do universo, dos significados, dos motivos, das crenças, dos valores e das atitudes dos atores sociais (Minayo, 2013, apud Taquette e Minayo, 2015, p. 418). Os dados da pesquisa de campo apresentam elementos essenciais, como a pesquisa exploratória, pois esse tipo de pesquisa proporciona uma maior familiaridade com a situação estudada. A pesquisa descritiva foi um fator crucial, pois é um momento que ocorreu a descrição feita a parti da coleta de dados. Gil (2002, p. 42) descreve que As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. As pesquisas tanto a exploratória como a descritiva, proporcionaram conhecer a situação pesquisada e descrevê-las de forma detalhada. Sendo que a pesquisa exploratória tem por finalidade modificar os conceitos e as ideias, assimilado com o estudo bibliografia e a entrevista. Chaer et al. (2011, p. 254) as pesquisas exploratórias serviriam, em apertada síntese, para um primeiro conhecimento de temas e fatos menos estudados e menos conhecidos. Seria uma etapa inicial para um posterior aprofundamento temático. Os resultados obtidos, a partir dos materiais e métodos, conseguiram ser os mais verídicos possíveis. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

8 As comunidades estudadas, apresentam histórias parecidas quanto as suas origens. Tendo uma maior participação na comunidade de tanquinhos, por causa do quantitativo de habitantes. A aplicação do questionário em modo geral apresentou certo equilíbrio entre o quantitativo de mulheres e homens entrevistados; é importante colocar que é representativo o número de entrevistados que não sabem ler/escrever. Na análise dos dados coletados, foi possível verificar que as dificuldades enfrentadas entre as comunidades estudadas são parecidas, estando atrelados principalmente ao fator de discriminação e preconceito sofrido dentro da própria comunidade; sem contar as dificuldades que estão passando em manter a cultura viva, isso por causa da falta de interesse dos mais jovens. O sítio Pinhão e a comunidade do Quilombo possuem a mesma história, por isso os próprios moradores denominaram-se como comunidades unificadas, apesar de cada uma ter um registro na Fundação Cultural Palmares. Os primeiros habitantes do sítio Pinhão e a comunidade do Quilombo, foram as famílias Gomes, Caetano e Lira, estas por sua vez, constituíram as 109 famílias presentes hoje no Quilombo e no Pinhão. O lugar que se instalaram é no meio das serras, e o acesso a comunidade é um pouco difícil. (figura 03). Figura 03: Vista área das comunidades do Quilombo e Pinhão. Fonte: Google Earth 2018.

9 Não foi possível encontrar uma data especifica da chegada dos primeiros habitantes, porém, conseguimos chegar uma data aproximada que seria por volta de Essa data foi determinada a partir do nascimento dos filhos, netos e bisnetos desses primeiros habitantes. Alguns dos entrevistados, acreditam que podem ter relação com o antigo casarão que está localizado na Serra das Antas, muitas famílias antigamente passavam a semana trabalhando nas terras em volta. Nas ruínas do casarão é possível ver uma senzala na parte debaixo da casa, em alguns relatos dos entrevistados comentaram que quando crianças costumavam brincar no casarão que já estava abandonado. Essas comunidades passaram a ter mais visibilidade, depois que começarem a se organizar e conseguiram o reconhecimento na Fundação Cultural Palmares. O sítio Pinhão está localizado no perímetro rural, as casas são mais afastadas uma das outras e todas são de alvenarias. O Quilombo, é uma vila com casas próximas e algumas afastadas, possui pequenas bodegas e algumas pessoas tem acesso à internet. O samba, marca da cultura afro, hoje resistiu com um grupo de crianças na escola do Fundamental I, infelizmente, vem se perdendo a cada ano. No artesanato ainda tem pessoas que sabem fazer, porém, não produzem mais. A religião afro antes marcante, deu lugar ao cristianismo. Das 20 pessoas entrevistadas apenas 1 não é católico. A principal atividade econômica é a agricultura de subsistência, os mesmos produzem o suficiente para a família, isto quando as condições climáticas são favoráveis para a produção. Um dos principais utensílios que a comunidade ainda utiliza é o pote de barro, o fogão a lenha ou de carvão. Ao passar dos anos foram se modernizando com as tecnologias, as casas possuem energia elétrica, utilizam o botijão de gás, possui uma pequena venda que supri as necessidades básicas. Na comunidade tem um centro comunitário, onde as pessoas se reúnem quando precisam; um grupo escolar que atende o Fundamental I, ao concluírem é preciso se locomoverem ao Distrito de Curral Novo ou para a cidade de Águas Belas/PE. Durante a visitação para aplicação do questionário nessas comunidades, um entrevistado levou as pesquisadoras até a casa de farinha, símbolo antigo da cultura afro muito utilizado no passado. Atualmente é utilizado por uma família como depósito de ração para os seus animais, porém, ainda se tem alguns maquinários que eram utilizados na produção da farinha. (figura 04). Figura 04: Antiga casa da farinha, hoje utilizado para outros fins.

10 Fonte: arquivo pessoal, Segundo um entrevistado ocorreu um episódio, em que pessoas de fora da comunidade disseram que os gestos que era feito durante o samba de coco estava atrelado a coisas ruins, e por causa disso o grupo de samba de coco acabou, as pessoas se dispersaram, o que hoje resisti é apenas um pequeno grupo de crianças que dançam o samba na escola. Outra dificuldade é a política partidária que ao invés de ajudar acaba atrapalhando as organizações comunitárias. É necessário que a comunidade tenha a conscientização de trilhar os seus próprios caminhos, sem interferência de políticos ou terceiros. Na comunidade de Tanquinhos a primeira família foi os Borges que chegaram na região entre 1921 a 1940, se estabeleceram um pouco mais acima de onde está localizada atualmente o povoado (figura 05). Depois chegou a família dos Birundas, que começaram a construir as primeiras casas dentro do atual povoado. A partir dos Borges e dos Birundas formou-se as gerações. A maioria dos entrevistados não souberam responder, se a comunidade teve alguma ligação com o antigo casarão da Serra das Antas. Figura 05: Vista aérea da comunidade de Tanquinhos.

11 Fonte: Google Earth Os Borges, se instalaram na parte mais alta da comunidade de Tanquinhos que chamam de serrote, atualmente está localizada depois do riacho que fica por trás da comunidade. Quando os Birundas chegaram e formaram a vila que deu origem ao povoado, ficavam antes desse riacho e a divisão dos terrenos das famílias era explicita. Do riacho subindo para o serrote ficava a família dos Borges e do riacho pra trás onde é o povoado atualmente, ficava a família dos Birundas. Nos aspectos culturais, a comunidade ainda preserva o tradicional samba de coco e o artesanato. Em dias festivos as pessoas se reúnem para pisarem o samba de coco, vestem as roupas adequadas e fazem a festa ao som do pandeiro, triângulo e da zabumba (figura 06). Hoje em dia eles não apila o chão, pois as casas são todos de alvenaria e não de taipa, eles se reúnem mais para festejar e mostrar as heranças dos seus antepassados.

12 Figura 05: samba de coco. Fonte: arquivo pessoal, O artesanato é feito de barro e da palha de coqueiro. Do barro surgi os vários tipos de panelas, esculturas e vasos (figura 07) que depois de terem sido esculpidos é necessário queimar no forno que é construído só para essa função (figura 08), sendo assim a arte fica mais resistente; tem-se ainda a palha, que se transforma na esteira e vassouras. A religião afro não existe mais, hoje apenas tem os católicos e os evangélicos. Figura 07: panelas, esculturas e vasos feitos de barro. Fonte: arquivo pessoal, Figura 08: forno utilizado para queimar o artesanato de barro.

13 Fonte: arquivo pessoal, A comunidade de Tanquinhos é uma área já urbanizada é o segundo distrito de Águas Belas/PE possui escola, postinho de saúde, possui um pequeno comércio mercado e mercadinhos, borracharias, padarias, lojas variadas, farmácia, como uma feirinha livre aos sábados e uma boa parte da população tem acesso à internet, as casas são todas de alvenaria. A comunidade passa a ter mais visibilidade com a participação de eventos, o envolvimento da escola e a celebração do dia da consciência negra. As atividades econômicas desenvolvidas na comunidade se concentram, principalmente na agricultura de subsistência com a produção de feijão e milho, e na pecuária com a produção de leite. O racismo ainda é presente tanto fora da comunidade como entre os próprios moradores. Isto ocorre, porque nem todos se declaram como Quilombola; ou por que não querem se identificar como grupo étnico; ou pelo fato de já terem sofrido racismo e o preconceito. Isso por causa do tom da pele, do tipo de cabelo, da religião; chegam a pensar que se afirmarem ser descendentes podem sofrer mais ainda. De acordo com os dados coletados, tanto a família dos Borges de Tanquinhos, como a família Gomes do Quilombo e Pinhão, possuem origem na zona da mata, onde trabalhavam para os senhores de engenhos por comida. Aqueles que se faziam de corpo mole ou não queriam trabalhar, eram colocados no tronco para serem chicoteados. Quando terminava o dia, colocavam corrente nos pés com uma esfera pesada para que não fugissem. Os homens trabalhavam na produção do açúcar e as mulheres cuidavam dos afazeres na casa grande e dos filhos das senhoras.

14 Na comunidade do Quilombo e no sítio Pinhão, além da família Gomes vindos da zona da mata, teve a família Lira de Mãe Venança que vieram de Alagoas, ela era filha de dono de engenho e fugiu com um negro por quem tinha se apaixonado, trousse uma quantia em dinheiro e comprou uma boa parte de terras, porém, foi escravizada depois, dando origem as famílias Lira e Caetano. Ocorreu contendas entre as pessoas no engenho, durante a confusão alguns fugiram pelos canaviais e se instalaram depois da zona da mata ao longo do agreste. Ao descobrirem os locais de fugas dos antigos trabalhadores, começou a surgir os coronéis em Águas Belas/PE, forçando esses fugitivos a trabalharem para eles novamente. As condições da época eram precárias, a alimentação era regada, as roupas eram de sacos, as casas tudo de taipa; quando construíam as casas de taipa, juntavam todo mundo para dançar o samba de coco; era quando as pessoas pisavam o chão para apilar a terra da casa; era a forma de festejarem e esquecer o longo e árduo dia de trabalho. Em todas as comunidades, encontramos pessoas que não se aceitam como descendentes ou tem vergonha de suas origens. Existem casos de pessoas que dizem ser quilombolas para serem favorecidas. Além dessas dificuldades, as comunidades estudadas, sofrem com a falta de interesse dos mais jovens em manter a cultura, suas tradições e costumes de um povo que tanto lutou. É bem perceptível a ocorrência da miscigenação da população do Pinhão e Quilombo, identificamos isso com uma família de vinte irmãos, foram entrevistados alguns desses irmãos e analisamos as características físicas: um era moreno com olhos azuis, o outro moreno claro de olhos azuis e o outro moreno dos olhos pretos. Verificamos que a questão física ocorreu modificações, mas os traços afros são bem mais visíveis no Quilombo e Pinhão do que em Tanquinhos. Como no Quilombo e no Pinhão, primos se casaram com primos, não perderam tanto a herança genética. Já em Tanquinhos a miscigenação ocorreu mais fortemente, misturouse etnias como o branco, o índio e o negro. Em todas as comunidades não tem saneamento básico e muito menos coleta de lixo. Com isso, estão sujeitos a vários tipos de epidemias e doenças, que afetam a vida dos moradores; por essa razão a importância do saneamento básico. A forma mais adequada de evitar grande parte de tais doenças é cuidando da higiene, da limpeza do ambiente e da alimentação e uma das formas de fazê-lo é através do saneamento (Cavinatto,1992 apud Ribeiro et al, 2010, p. 14).

15 Nas comunidades o alto preconceito foi comum, ou seja, o próprio grupo tem preconceito consigo mesmo e tem aqueles que têm vergonha de se identificarem como quilombola ou como morador de comunidade quilombola. Além disso, ainda tem o preconceito que sofrem nos lugares por onde andam. As comunidades quilombolas possuem desconto na conta de energia, ou seja, são cadastrados como baixa renda quilombola, um entrevistado relatou que ao ir cadastrar sua energia, umas das pessoas presentes se incomodou de que os quilombolas tenham energias reduzidas. Muitos dos entrevistados não sabem ler ou escrever, algumas só estudaram até a 2ª série da Educação Básica. No Quilombo e Pinhão, teve um projeto de alfabetização da EJA Educação de Jovens e Adultos, alguns alunos participaram e conseguiram concluir a 4ª serie. Em Tanquinhos recentemente foi oferecido a EJA Campo Médio, os moradores que tinham concluído o Ensino Fundamental II, tiveram a oportunidade de cursar e receber o diploma do Ensino Médio. Um problema que muitos lugares enfrentam é a escravidão mascarada do trabalho, isso não é diferente nessas comunidades. Por causa da necessidade, muitas pessoas são sujeitadas a isso, e acabam sendo exploradas com trabalhos desumanos. Os entrevistados relataram que é preciso um maior reconhecimento e apoio dos órgãos governamentais, para ajudarem a demonstrar as potencialidades da comunidade e desenvolvê-las; buscando efetivar esse processo de reconhecimento das mesmas. Quando questionados sobre a origem das suas comunidades, a maioria dos entrevistados narraram que seus ancestrais teriam vindo da região da zona mata, onde trabalhavam com a produção e o corte de cana. Os homens trabalhavam no campo e no engenho com a produção de açúcar, e as mulheres cuidavam da casa dos filhos dos patrões. Mesmo após a assinatura na Lei Áurea em 1888, que abolia totalmente a escravidão no Brasil, não impediu que os ex-escravos fossem explorados; esse processo de abolição foi demorado, pois nos engenhos os trabalhos eram mascarados por algum tipo de remuneração, as pessoas não eram denominadas como escravos, mais muitos continuavam trabalhando em condições desumanas. Sigaud (1979) descreve que um decênio antes, os antropólogos do Museu Nacional no Rio de Janeiro haviam constatado que para a maioria dos trabalhadores no Nordeste açucareiro, os engenhos eram como cativeiros (apud Filho, 2015, p. 05). Após alguns anos da abolição, as pessoas sentiam dificuldades em se afastar dos engenhos, com medo das consequências de quererem sair sem o consentimento dos patrões.

16 O medo ainda estava presente na vida de um povo que tanto lutou pela liberdade, e ao ter essa liberdade eram assombrados pelo o que viveram. Em Pernambuco, eles próprios admitiam as dificuldades que enfrentavam para sair das ilhas do açúcar : Não, eu não podia sair não! O pessoal lá, pra sair, era o maior sacrifício. Tinha que falar com o administrador, que ia sair pra outro canto: onde ia, o que era que ia fazer... e naquele tempo era o cativeiro... (DABAT, 2012 apud Filho, 2015, p. 05). Com essa situação mesmo após a abolição, foi necessário ocorrer movimentos para tentar sair do alcance da elite açucareira. E ao fugirem, buscaram ficar o mais longe possível e tentar construírem uma vida longe da opressão e dos maltrato. Assim muitos desses, deram origem a comunidades como as que foram estudadas. Portanto, as comunidades se colocaram à disposição na aplicação dos questionários, cada uma apresentando seus costumes e tradições, todas com histórias bem parecidas apesar de virem de famílias diferentes. Demostraram um histórico de lutas, que buscaram sempre conquista sua liberdade. Todos os resultados foram satisfatórios para a construção dessa produção. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa aponta que a origem das comunidades estudadas possuem semelhanças, as famílias vindas da zona da mata buscavam um refúgio, tentando ficar longe de tudo aquilo que fez o seu povo sofrer. Por mais que muitos tivessem nascidos livres, não apagam o que seus pais sofreram o que seu povo sofreu, porque as marcas são tão fortes que ainda persistem até hoje em dia pelos seus descendentes, seja em forma de racismo, preconceito ou menosprezo social e cultural, tanto dentro da própria comunidade como fora. Isso é uma luta travada não só por essas comunidades, mas por todos aqueles que se reconhecem e se declaram quilombolas e descendentes afros. A miscigenação é bem evidente em ambas as comunidades, contundo, essa mistura de raças não fez com que as comunidades esquecessem as suas raízes, apesar das várias dificuldades enfrentadas diariamente. É necessário conhecer essas comunidades, mas a fundo, para descontinuar essa imagem que a sociedade impôs um estereótipo de que ser negro é questão de cor de pele e do tipo do cabelo, mas isso não é a realidade. Ser quilombola vai muito além de questões físicas, mas sim de aceitação, pois ocorreu uma mistura do negro, com branco

17 e com o índio; afirma ser quilombola é o direito de quem quer preserva toda a história da sua ancestralidade e lutar pelo o direito e o reconhecimento da sua comunidade. REFERÊNCIAS ANTÔNIO, C. G. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, EDILSON, F. da S. JANETE, C. de A; ANNE, K.V.. A Sociodiversidade Étnico-cultural em Águas Belas no Encontro entre a Educação Básica e a Saúde da Escola. Revista Cadernos de Estudos e Pesquisa na Educação Básica. Recife, ELISANGELA, A.M.F. Refletindo o conceito de miscigenação no Brasil. Universidade Estadual da Paraíba, GALDINO, C. RAFAEL, R. P. D. ELISA A. R. A técnica do questionário na pesquisa educacional. Evidência, Araxá, 2011 IBGE. Município de Águas Belas. Disponível em: < Acesso em:18 nov INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Quilombolas. Disponível em: < Acesso em: 07 dez JESIEL, S. S. Levantamento etnohistórico da comunidade quilombola do Cedro-GO. XXI Encontro Nacional de Geografia Agrária, UFU Universidade Federal de Uberlândia, JOSÉ, M. M. F. F. A Plantation açucareira no Nordeste do Brasil e a cartografia mental dos trabalhadores no mundo dos engenhos (Pernambuco, século XX). XXVIII Simpósio Nacional de História, Florianópolis SC, JÚLIA, W. R. JULIANA, M. S. R. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. Universidade Federal de Juiz de Fora, LUCIA, A. Comunidades Quilombolas no Brasil, Semana da Consciência Negra. Secretaria da Educação do Paraná, 2007 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de SIMONE, R. da S. Quilombos no Brasil: a memória como forma de reinvenção da identidade e territorialidade negra. XII Colóquio Internacional de Geocrítica, STELLA, R. T. MARIA, C. M. Análise de estudos qualitativos conduzidos por médicos publicados em periódicos científicos brasileiros, entre 2004 e 2013.

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