MBA em Gestão Estratégica

Transcrição

1 MBA em Gestão Estratégica Disciplina Extra Metodologia Científica Profa. Dra. Sonia Valle W. B. Oliveira Parte 1-23/03/2012 Parte 2-30/03/2012 1

2 Aula Extra Parte 2 Metodologia Científica 2

3 Agenda Dados Primários X Secundários; Montagem do referencial teórico; Definição do Método; Tipos de pesquisa; Participantes da pesquisa; Coleta de dados; Análise dos dados; Bibliografia. 3

4 Dados primários e secundários Dados primários (Coleta de dados): Coletados pelo próprio pesquisador; Mais próximos da verdade; Pode-se controlar o erro. Dados secundários (Referencial Teórico): Estudos feitos por terceiros; Têm pelo menos um nível de interpretação entre o fato e o seu registro; Pode-se desconhecer os erros. 4

5 Referencial teórico Histórico da evolução científica do assunto do trabalho; Não é uma lista de citações: deve-se relacionar os trabalhos entre si e com a pesquisa a ser feita; Deve ser comentado pelo autor; Deve atender aos assuntos relacionados aos objetivos gerais e específicos do trabalho; Deve-se sempre citar as fontes das informações: citações. 5

6 Montagem do Referencial teórico Definir bem os termos de busca: Thesaurus. Quais os autores mais relevantes no tema? Que aspectos já foram publicados? Citar os autores (ABNT 10520): Citação direta: cópia fiel do texto utilizado; Citação indireta: texto montado a partir das ideias de outro autor; Citação da citação: citação de determinada obra pelo autor de outro trabalho. 6

7 Links de Busca Google acadêmico: Teses USP: JSTOR: ProQuest: Science Direct: ERIC - Education Resources Information Center SciELO: =pt&nrm=iso 7

8 Método Caminho para se chegar a determinado resultado; Deve ser passível de ser repetido; Não existe trabalho científico: Sem a obediência de um plano; Sem aplicação de um método. A ciência só aceita como verdadeiro o que é confirmável; Comprovação: compatível com o método científico. 8

9 Quanto aos objetivos: Exploratória: Tipos de Pesquisa Objetivo: visão geral acerca de determinado fato; Realizada quando ainda há poucos estudos sobre o tema; Proporciona maior familiaridade com o problema; Difícil de ser muito planejada. 9

10 Quanto aos objetivos: Descritiva: Tipos de Pesquisa Descrever alguma coisa: caracterizar; Já há conhecimento prévio sobre o assunto; Isso permite que ela seja pré-planejada e estruturada. 10

11 Quanto aos objetivos: Explicativa: Tipos de Pesquisa Esclarecer quais fatores contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno; Ex: razões de motivação dos alunos de uma escola. 11

12 Tipos de Pesquisa Quanto à técnica: Pesquisa de Campo: Realizada no local onde ocorre ou ocorreu o fenômeno estudado; Ex: identificar a satisfação dos usuários de uma empresa de ônibus. 12

13 Quanto à técnica: Tipos de Pesquisa Pesquisa Documental: Exame de documentos de naturezas diversas; Públicos, privados ou com pessoas; Inclui materiais escritos, filmes, fotos, mapas, gravações etc. Ex: tradições dos italianos em São Paulo. 13

14 Quanto à técnica: Tipos de Pesquisa Pesquisa Bibliográfica: Geralmente é o primeiro passo de qualquer pesquisa científica; Procura explicar um problema a partir de referências já publicadas. Ex: evolução da indústria no Brasil. 14

15 Quanto à técnica: Tipos de Pesquisa Pesquisa Experimental: Caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis; Avalia-se a relação entre causas e efeitos de um determinado fenômeno. Ex: Comportamento de ratos de laboratório a partir de um estímulo. 15

16 Quanto à técnica: Tipos de Pesquisa Pesquisa Participante: Pesquisador tem relação direta e intensa com a situação em estudo; Visa compreender características do grupo. Ex: avaliar o clima organizacional de uma indústria. 16

17 Quanto à técnica: Pesquisa-Ação: Tipos de Pesquisa Pesquisa participante, mas com a intervenção do pesquisador no fenômeno estudado. Ex: um psicólogo na empresa pesquisando a motivação dos funcionários e motivando-os. 17

18 Quanto à técnica: Estudo de Caso: Tipos de Pesquisa Visa o exame detalhado de um objeto; Estuda fenômenos contemporâneos da vida real; Natureza mais aberta; Permite analisar em profundidade processos e as relações entre eles; Visa responder às questões como e por quê certos fenômenos ocorrem. 18

19 Tipos de Pesquisa Quanto à classificação do estudo: Pesquisa qualitativa: Não emprega instrumental estatístico; É descritiva; Permite estudar as questões em profundidade e detalhe; Busca entender os fenômenos; Resultados não devem ser generalizados! 19

20 Tipos de Pesquisa Quanto à classificação do estudo: Pesquisa quantitativa: Procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenômenos; Pesquisa estruturada; Usa métodos estatísticos; Quantifica os dados; Generaliza-se os resultados da amostra para a população-alvo. 20

21 Participantes da Pesquisa Detalhar a quantidade de participantes: Quantos sujeitos serão entrevistados; Quantos questionários serão aplicados; Quantas organizações serão estudadas; Quantos documentos serão analisados. 21

22 Participantes da Pesquisa Caracterizar os objetos pesquisados: Pessoas: nível de escolaridade, idade, sexo, posição sócio-econômica, posição dentro da organização; Organizações: pública ou privada, dimensão, rentabilidade; Documentos: tipo, procedência, disponibilidade; Localização geográfica. Verificar se há permissão para identificar os objetos de pesquisa. 22

23 Coleta de Dados Exige planejamento prévio! Dados primários: Coletados pelo próprio pesquisador; Mais próximos da realidade investigada. Dados secundários: Estudos feitos por terceiros; Não se conhece os erros. 23

24 Coleta de Dados Como as informações foram coletadas? Em que local foram coletadas? Foram gravadas ou apenas registradas por escrito? Quem conduziu as entrevistas? Duração de tempo? Como foram obtidos os documentos? 24

25 Observação A mais simples forma de investigação; Assistemática: sem planejamento prévio; Sistemática: Planejada e estruturada; Com registros: fotos, anotações, filmagens; Com definição de periodicidade. 25

26 Coleta Documental Restrita a documentos, escritos ou não: livros, periódicos, trabalhos acadêmicos, filmes, mapas, projetos, fotografias, gravações em fitas, CD s, rádio, cinema, televisão etc. Fontes de informação: Acervos públicos; Acervos particulares; Sites de busca; Pessoas; Muitos outros. 26

27 Entrevista Fazer perguntas objetivas; Não devem sugerir respostas; Padronizada ou estruturada: Roteiro pré-estabelecido com perguntas fixas. Semiestruturada: Tem uma orientação básica, mas há flexibilidade. Não estruturada: Grande flexibilidade para qualquer direção. 27

28 Questionário Meio rápido e barato para obter informações; Preenchido pelo próprio respondente; Pode ser enviado pelo correio, ou entregue ao respondente; Questões fechadas com alternativas exaustivas; Instruções minuciosas ao respondente; Tempo: planejamento 80% X aplicação 20%; Sempre fazer um pré-teste; Importante: contar com apenas cerca de 20% de retorno. 28

29 Formulário Situa-se entre o questionário e a entrevista; Deve-se usar as recomendações para ambos; O entrevistador faz a pergunta (pré-definida) e anota a resposta (pode ser com alternativas); Há o contato face a face entre pesquisador e pesquisado; Utilizado em todo o segmento da população: alfabetizados e analfabetos; Pode ser demorado: pessoa a pessoa. 29

30 Entrevista X Questionário Entrevista (Pesq. Qualitativa): Estruturada ou aberta; Preferível pessoalmente; Número menor de pessoas. Questionário (Pesq. Quantitativa): Grande número de pessoas; Pode ser aplicado remotamente; Facilita análises estatísticas. 30

31 Análise de Dados Avaliar o melhor método de tratamento dos dados: qualitativo ou quantitativo; Coerente com o volume de dados; Justificar a escolha do método e das técnicas; Definir como serão apresentadas as informações: gráficos, tabelas, quadros etc. Relacionar os resultados encontrados com os dados apresentados na revisão bibliográfica. 31

32 Forma Qualitativa Mais difícil de ser justificada; Pode dar muita subjetividade aos resultados; Atualmente é bem aceita se: For definido um protocolo de avaliação dos dados; Houver boa definição das variáveis envolvidas; Os dados forem apresentados de forma clara como em: Quadros; Fluxogramas; Diagramas etc. 32

33 TABULAÇÃO: Forma Quantitativa Colocação dos dados em tabelas; Permitir a verificação das relações que eles guardam entre si. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA: repetições agrupadas dos valores de uma variável. Tipos: Absoluta: número absoluto. Ex.: 15 pessoas; Relativa: em relação ao conjunto. Ex.: 36 % (para amostras maiores que 30 unidades!). 33

34 Referências CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002, p 242. COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. Trad. Luciana de Oliveira Rocha. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, GIL, A.C. Como elaborar projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002, p 175. MARTINS, J.A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1994, p 116. RICHARDSON, R J. et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999, p

35 Referências RICHARDSON, R J. et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999, p 334. VERGARA, S.C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000, p 92. KUHN, T. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. E Alfredo Alves de Farias. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001, p 719. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001, p

36 Tenham todos uma boa pesquisa! 36

37 Também estamos nas redes sociais: Leia! Conecte-se! Curta! Siga!