UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PAULO WILLIAN DOS SANTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PAULO WILLIAN DOS SANTOS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PAULO WILLIAN DOS SANTOS Trabalho de Iniciação Científica A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO DESPACHANTE ADUANEIRO: Um estudo sob a ótica da aduana, empresas importadoras, exportadoras e despachantes ITAJAÍ 2014

2 PAULO WILLIAN DOS SANTOS Trabalho de iniciação científica A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO DESPACHANTE ADUANEIRO: Um estudo sob a ótica da aduana, empresas importadoras, exportadoras e despachantes Trabalho de Iniciação Científica desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Comercio Exterior do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. MSc. Julio Cesar Schmitt Neto ITAJAÍ 2014

3 Agradeço em especial a minha mãe que sempre foi uma guerreira e que sempre lutou para que eu pudesse estudar e ter uma educação digna, e me mostrou como a determinação e a força de vontade podem mudar o futuro de qualquer pessoa. Agradeço também a todos os meus familiares, amigos e professores que de alguma forma me apoiaram nessa empreitada acadêmica.

4 A persistência é o caminho do êxito. (Charles Chaplin)

5 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Paulo Willian dos Santos b) Área de estágio Sistemática de comércio exterior c) Orientador de conteúdo Prof. MSc Julio Cesar Schmitt Neto d) Responsável pelo Estágio Prof. MSc Natali Nascimento

6 RESUMO O comércio exterior é uma atividade muito importante no mundo globalizado. Há uma grande interdependência entre os Estados, e em sua maioria os países procuram fazer acordos para incentivar o comércio internacional e consequentemente a economia. Assim, cada vez mais percebese que este assunto deve ser tratado com muita atenção, pois este setor pode contribuir ou prejudicar toda a economia de um país. O Brasil é um país que possui um complexo sistema aduaneiro e tributário, no qual a grande quantidade de legislações emitidas pelos vários agentes envolvidos e a falta de uma entidade centralizadora tornam os processos burocráticos, demorados e muitas vezes custosos, ainda mais levando em consideração o complicado sistema tributário, que possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. Para dar agilidade ao comércio exterior brasileiro, é preciso que o profissional responsável pela maioria das liberações seja bem qualificado para entender todas essas legislações e dar fluidez às operações, no Brasil, esse profissional é o despachante aduaneiro. Para entender melhor à regulamentação e verificar a qualificação desse profissional, o trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de apresentar a regulamentação do despachante aduaneiro: com a visão da Receita Federal do Brasil, Importadores, Exportadores e Despachantes Aduaneiros, os objetivos específicos foram: apresentar a legislação que regulamenta a atividade profissional do despachante aduaneiro; mostrar a visão da aduana, despachantes, importadores e exportadores sobre as alterações na formação do despachante aduaneiro e; destacar a importância da qualificação do despachante aduaneiro para o comércio exterior. Para atender os objetivos a metodologia aplicada foi qualitativa, bibliográfica e exploratória. A partir das informações coletadas, obteve-se que o despachante aduaneiro tem grande importância no comércio exterior e que a sua qualificação é essencial para o melhor desenvolvimento do comércio internacional. Desta forma conclui-se que as novas legislações e exigências que o governo fez para esse profissional irão beneficiar o comércio exterior em geral e também melhorar a profissão como um todo. Palavras-chave: Comércio Exterior. Nova Regulamentação. Despachante Aduaneiro.

7 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivo geral Objetivos específicos Justificativa da realização do estudo Aspectos metodológicos Técnicas de coleta e análise dos dados COMÉRCIO EXTERIOR E A SUA IMPORTÂNCIA GLOBAL Os agentes do comércio exterior Despacho aduaneiro A REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DO DESPACHANTE ADUANEIRO As novas regras na regulamentação do Despachante CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES APÊNDICE A Questionário a Receita Federal do Brasil APÊNDICE B Questionário importadores e exportadores APÊNDICE C Questionário dos despachantes ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS... 78

8 7 1 INTRODUÇÃO O mundo atualmente passa por um cenário turbulento, em que crises e conflitos entre países estão bem mais frequentes. Viu-se uma grande diminuição no crescimento dos países e nas relações comerciais também, porém não se deve diminuir a importância da globalização que ainda está muito presente na vida de todos. As relações de trocas no comércio internacional são muito importantes para as economias dos países e, presentes nessas operações, vê-se que os principais atores do comércio exterior são o importador e o exportador e entre os dois os governos de seus países que ditam as normas tributárias e cambiais da operação. Todavia, há um ator de grande importância que por vezes passa despercebido nos estudos sobre o comércio exterior: o despachante aduaneiro. A história do início da profissão de despachante aduaneiro no Brasil se confunde com a história da aduana brasileira. Assim que a família real portuguesa vem para o Brasil e abre os portos para o comércio internacional fez-se necessário um profissional que efetua-se as liberações das mercadorias provenientes do mercado externo. No Comércio Exterior a legislação tributária, aduaneira e os acordos internacionais estão em constante alteração e exigem das partes intervenientes um conhecimento amplo sobre os procedimentos e uma constante atualização. Assim uma mão-de-obra não qualificada pode trazer diversos prejuízos para os operadores de comércio exterior, desta forma, o despachante aduaneiro tem um um papel fundamental nas transações internacionais, e a escolha de um bom profissional fará diferença no final da operação. Como em qualquer área de trabalho, há sempre uma necessidade de adquirir muitos conhecimentos e de se manter sempre atualizado. No despacho aduaneiro isso não é diferente, na verdade é bem mais evidente, pois a gama de legislações e as suas frequentes alterações regem o fluxo do comércio internacional no Brasil. Assim nota-se que a nova regulamentação para a profissão de despachante aduaneiro, em que o candidato é obrigado a se submeter a um exame de qualificação técnica para se tornar despachante aduaneiro, trará muitos benefícios

9 8 para a área, pois devido a grande complexidade das operações não há mais espaço para mão-de-obra não qualificada. Tendo em vista esse cenário o presente trabalho tem como objetivo apresentar a regulamentação da profissão de despachante aduaneiro sob a ótica da aduana, despachantes, importadores e exportadores, se baseando em apresentar a legislação que regulamenta a atividade profissional, mostrando a visão da aduana, importadores, exportadores e dos despachantes sobre as alterações na formação do despachante aduaneiro e destacando a importância da qualificação do despachante aduaneiro para o comércio exterior. 1.1 Objetivo geral Apresentar a regulamentação da profissão do despachante aduaneiro sob a ótica da aduana, despachantes, importadores e exportadores. 1.2 Objetivos específicos Apresentar a legislação que regulamenta a atividade profissional do despachante aduaneiro. Mostrar a visão da aduana, despachantes, importadores e exportadores sobre as alterações na formação do despachante aduaneiro. Destacar a importância da qualificação do despachante aduaneiro para o comércio exterior.

10 9 1.3 Justificativa da realização do estudo Com a globalização e internacionalização conquistada nos últimos anos, é muito mais fácil comprar ou vender um produto para qualquer lugar do mundo, porém a legislação e os procedimentos para essa troca são complexos, excessivos e estão em constantes mudanças. Por isso, é necessário para o comércio exterior um profissional que tenha todo esse conhecimento e que esteja sempre atualizado. O despachante aduaneiro tem o papel de ser esse intermediador entre os trâmites burocráticos e os principais atores do comércio exterior, visando essa importante atividade o trabalho pretende apresentar a importância deste profissional e mostrar os diferentes pontos de vista sobre os novos procedimentos impostos pela Receita Federal do Brasil RFB para exercer a profissão. Para a Sociedade, o trabalho trará benefícios como o conhecimento sobre os novos procedimentos para a formação do despachante, tendo em vista que o estudo será realizado no segundo maior complexo portuário do Brasil onde há muitas vagas para esse profissional. O presente trabalho trata de um assunto atual e pouco abordado, servindo de base para novos estudos e para fonte de informação para outros acadêmicos interessados neste assunto. Assim há uma grande relevância para a Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI e para o Curso de Comércio Exterior. Para o acadêmico, é de suma importância para o crescimento profissional, pois o mesmo é funcionário de uma comissária de despacho e exerce a função de despachante aduaneiro, e para o acadêmico é interessante saber sobre os pontos de vista da Aduana, despachantes e mais ainda dos importadores e exportadores sobre esses novos procedimentos. A pesquisa foi possível pela coleta de dados em artigos, sites, legislações, referências bibliográficas e também pela aplicação de questionários ao auditor chefe da Receita Federal de Itajaí, para os sindicatos de despachantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e para alguns importadores e exportadores que atuam em Santa Catarina e São Paulo.

11 Aspectos metodológicos Metodologia, segundo Cervo e Bervian (1996, p. 20), [...] é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado.. O método não se inventa, se elabora pela junção de procedimentos, que demonstraram ser eficientes ao longo do tempo, é o instrumento que aliado com uma grande mente, pode trazer grandes resultados para a ciência (CERVO; BERVIAN, 1996). Neste item é apresentada a metodologia deste trabalho, no qual se encontram a caracterização da pesquisa, os procedimentos para coleta e análise dos dados e apresentação destes. Este trabalho visa descrever a importância da qualificação e os desafios enfrentados para a formação do despachante aduaneiro. A escolha desse tema deve-se ao fato de que o acadêmico passou por todos esses processos, antes de se tornar despachante aduaneiro, assim a pesquisa foi qualitativa, pois de acordo com Cintra (1982 apud SEVERINO, 1996 p. 113) [...] a temática deve ser realmente uma problemática vivenciada pelo pesquisador, ela deve lhe dizer respeito.. Referente aos meio de pesquisa, foi utilizada a pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica, será aquela desenvolvida com base em material já publicado, composto principalmente de livros, artigos científicos e documentos publicados na internet (GIL, 1999). Quanto aos fins, foi escolhido o método exploratório, pois um dos objetivos do trabalho é demonstrar através de entrevistas com pessoas com experiência prática no comércio exterior o problema da falta de qualificação do despachante aduaneiro e como as alterações na formação desse profissional poderão contribuir para o desenvolvimento do comércio exterior. Com essas considerações, Gil (1996, p.45) conceitua que o método exploratório [...] tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou descoberta de instituiçoes. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideraçao dos mais variádos apectos relativos ao fato estudado.

12 11 Assim, por meio dos aspectos metodólogicos apresentados, o trabalho foi desenvolvido para alcançar os objetivos firmados. 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados A pesquisa científica foi desenvolvida por meio de dados primários e secundários, os dados primários foram coletados por meio de aplicação de questionário. Os questionários foram enviados por aos pesquisados e foram produzidos de forma que, principalmente, pudessem coletar a opinião dos mesmos, sobre a importância da qualificação do despachante e os impactos da nova formação desse profissional, tendo outras perguntas que no contexto ajudaram o acadêmico a atender os seus objetivos. Cabe ressaltar aqui que os questionários aplicados tiveram pequenas alterações, levando em consideração cada agente pesquisado, as alterações foram necessárias para obter informações que só aquele grupo de indivíduos poderia ter e que poderiam ser conveniente ao trabalho. Estes questionários, foram aplicados durante os meses de agosto a outubro de 2014, ao Inspetor Chefe Receita Federal do Brasil de Itajaí Sr. Luis Gustavo Robetti, aos sindicatos de despachantes aduaneiros do Estado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo representados pelos seus respectivos presidentes Marcelo Petrelli, Lauri Kotz e Reinaldo dos Santos e para algumas empresas importadoras e exportadoras do estados de Santa Catarina e São Paulo. Foram escolhidos como base os estados de São Paulo e Santa Catarina, por esses estados possuírem os dois maiores complexos portuários do Brasil. Assim foram pesquisadas duas empresas importadoras/exportadoras de Santa Catarina, que são a Takata Brasil S.A. representada pela Juliana Hufnagel e a Safetrading Importadora e Exportadora LTDA, do interior do estado, representada pela Maristela Zottis e uma empresa de São Paulo, que a saber é a Tubacex Distribuição de Aços LTDA representada pela Lúcia Cabrera. Devido a quantidade de despachante

13 12 existentes, e também pelo fato que geralmente os despachantes aduaneiros não atendem somente o local onde ele está domiciliado, decidiu-se aplicar as entrevistas somente aos orgãos de classe que representam esse profissional, tanto em São Paulo como na região Sul, visando obter opiniões mais abrangentes, não sendo coletado apenas as informações do Sindicato do Paraná, por já ter tido brigas judiciais sobre a representatividade desse sindicato no estado de Santa Catarina. Como a RFB é um orgão governamental e o chefe do setor fala por toda a unidade aduaneira, considerou-se suficiente apenas a opinião do inspetor chefe. O questionário foi aplicado visando coletar informações sobre as recentes alterações nos procedimentos de formação do despachante aduaneiro, tendo assim um ponto de vista de cada grupo pesquisado, todos os questionários aplicados e suas devidas respostas podem ser encontrados no apêndice deste trabalho. A coleta de dados secundários foi realizada a partir de livros sobre o comércio exterior, logística, negociações internacionais e qualquer outro tema que pudesse auxiliar o acadêmico na conclusão do trabalho, artigos, manuais, entrevistas e teses relacionadas ao comércio exterior, sites oficiais de orgãos do governo, associações, federações e das entidades de classe que representam os despachantes aduaneiros, legislações entre elas leis, decreto-leis, decretos, instruções normativas, e qualquer outra norma que pudesse facilitar o entendimento do assunto e ainda com outros estudos acadêmicos que tratam do tema para realizar um trabalho de fácil compreensão e satisfatório ao cumprimento dos objetivos, sendo todos os dados analisados de forma textual.

14 13 2 COMÉRCIO EXTERIOR E A SUA IMPORTÂNCIA GLOBAL O comércio remonta os primórdios da civilização, no qual o ser humano sempre necessitou satisfazer algumas das suas necessidades básicas, como: alimentação, vestuário e habitação. A partir do momento em que os recursos na natureza começaram a ficar escassos e o homem começou a ter que plantar seus alimentos, e após produzir suas roupas e seus abrigos, iniciou-se dois fatos econômicos importantes para o desenvolvimento do comércio, o consumo e a produção (MAIA, 2013). Com o tempo o ser humano percebeu que era mais fácil um indivíduo dedicar mais tempo na produção de um determinado produto do que produzir as várias mercadorias necessárias a sua sobrevivência. Assim tinha excessos na produção e podia trocar o excedente por outros produtos necessários, criando assim a divisão do trabalho, como cita Maia (2013, p. 1) Assim, nasceu a divisão do trabalho: um indivíduo produzia apenas um tipo de objeto em quantidade superior a suas necesidades e trocava o excedente.. A sociedade foi crescendo e o comércio que inicialmente era apenas um escambo, no qual se trocava o arroz pelo trigo, pela cevada, por uma galinha e assim em diante, começou a ser cada vez mais importante. Com o tempo o comércio foi evoluindo e foi necessário que se encontrasse um padrão de valor que facilitasse as negociações e o transporte. Assim surgiram as primeiras moedas, que inicialmente eram as mercadorias mais procuradas como o sal, peles, gado entre outros, porém devido a dificuldade no transporte e na preservação de algumas dessas moedas-mercadorias, chegou-se a conclusão que a melhor moeda seria as feitas de metais como: ouro, prata e cobre (RATTI, 2001). Com o intuito de se ter mais segurança as moedas começaram a ser depositadas em ourives, que eram os banqueiros da época, esses por sua vez emitiam um recibo comprobatório do depósito. Afim de se ter menos trabalho e perda de tempo esses recibos começaram a ser utilizados como padrão de troca, dando origem ao papel-moeda. Desta forma nota-se o desenvolvimento da moeda e a sua contínua desmaterialização que passou de mercadorias de troca para moeda

15 14 metálica e depois para moeda-papel, esse último deu o aspecto inicial ao comércio que se conhece hoje (RATTI, 2001). Desde os tempos antigos se têm registros do comércio entre tribos, civilizações e nações diferentes, esse comércio inicialmente se desenvolveu através da abundância ou falta de recursos, clima, força de trabalho, entre outros. Hoje, as motivações para o comércio internacional são variadas, mas as maiores motivações ainda estão relacionadas a recursos, clima e trabalho, conforme cita Keedi (2012, p. 19), Recursos naturais de um país podem ser uma das maiores fontes da realização do comércio, tanto pelo lado exportador quanto pelo importador.. Apesar do comércio internacional existir há muito tempo, o seu desenvolvimento no início foi bem lento, devido aos meios de transportes rudimentares utilizados naquela época, que não davam o suporte necessário quanto a velocidade e capacidade de transporte. Os meios de transportes foram evoluindo e se adaptando cada vez mais, e com o tempo novos meios de transportes foram criados, como é o caso do modal aéreo. O desenvolvimento dos modais de transportes e a criação de equipamentos que permitiam a unitização das cargas, equipamentos esses que auxiliam na movimentação e transporte de maneira agrupada, como os pallets, big bags e containers, deram mais agilidade na movimentação e mais segurança à carga, com isso o comércio exterior teve seu crescimentos acelerado e mantido de uma forma contínua (KEEDI, 2012). O crescimento e desenvolvimento do comércio exterior trouxe outro aspecto para as trocas de mercadoria, a globalização fez com que os relacionamentos entre os países se estreitassem de uma maneira nunca vista. Essa aproximação mostra que o comércio internacional trascendeu os motivos materiais, como Keedi (2012, p. 21) descreve: A importância dos relacionamentos transcende os motivos materiais, podendo estar relacionada a motivos comerciais em que a compra e a venda de mercadorias podem fazer parte de um conjunto mais abrangente de contatos e ações entre os países. A importância política também é relevante nas transações comerciais, podendo determinar o volume de negócios entre os países.

16 15 Nota-se então que o comércio internacional não é somente o ato de exportar [ ] saída da mercadoria nacional ou nacionalizada do território nacional, por um prazo limitado (exportação temporária) ou a título definitivo.). (WERNECK, 1997, p. 14), nem somente o ato de importar [ ] entrada de mercadoria estrangeira no territorio nacional. Essa entrada pode ser por um prazo limitado (admissão temporária) ou a título definitivo. (WERNECK, 1997, p. 13). O comércio exterior também é um conjunto de motivações que pode estar ligado à diversos interesses que vão desde recursos naturais, fatores tecnológicos, disponibilidade de terra, clima, capital, trabalho até motivos comercias e motivos políticos nas relações entre os países (KEEDI, 2012). Conceituando o comércio exterior, fica clara a sua importância para a economia mundial, ainda mais nos dias atuais onde [ ] a globalização aumentou o comércio internacional e fez crescer a interdependência das nações. (MAIA, 1999, p. 58). Os países estão cada vez mais inter-relacionados, transformando o mundo em uma aldeia global onde cada país complementa o outro. Os países não possuem todos os recursos necessários para a sua sobrevivência ou não produzem eles com eficiência para o seu melhor desenvolvimento. Assim, a atividade econômica complementar é outro fator de muita importância para economia mundial, que podese ver claramente através do conceito de produtos mundiais, onde as várias partes de um produto poderão ser feitas em diversos países e a montagem em um ou poucos países, este fato terá como consequência o crescimento do comércio mundial (KEEDI, 2012; MAIA, 1999). O comércio internacional ainda abre a possibilidade da diluição dos riscos para a economia, pois diversificando os mercados o risco com uma eventual crise interna diminuem. Assim tanto as importações quanto as exportações podem servir como uma forma de estimular a economia, conforme descreve Keedi (2012, p. 22): A importação de mercadorias de vários países poderá eliminar ou minimizar os problemas nacionais, assim como a exportação também ampliará os mercados para o escoamento de uma produção que poderá ter seu consumo diminuído. Mercados alternativos são uma forma de manter o equilíbrio de uma empresa, que assim fica livre das ocorrências e eventos de um único mercado. Desta maneira verifica-se que o comércio exterior é um importante ponto de estudo e que se deve dar relevância aos fatos decorrentes dele, pois a atenção dada

17 16 a este assunto poderá alterar significamente o rumo de uma economia. Devido a essa importância é necessário que se conheça os principais agentes e orgãos envolvidos no comércio internacional, pois os conhecimentos destes irá facilitar o sucesso de quem pretende exportar e/ou importar. 2.1 Os agentes do comércio exterior O comércio tem como agentes principais o comprador, o vendedor e o transportador, que faz a movimentação da mercadoria, no caso do comércio exterior, há muitos outros agentes envolvidos e muitas outras considerações a serem observadas. Da mesma maneira que no cómercio interno o externo possui um comprador e um vendedor, só que estes estão em países diferentes e são denominados importador e exportador respectivamente. O Importador [...] é o indivíduo (pessoa física) ou empresa (pessoa jurídica) que compra mercadoria estrangeira para consumi-la ou comercializá-la no seu país. (WERNECK, 1997, p. 13) e o exportador [ ] é a pessoa (fisíca ou jurídica) que vende mercadoria ao exterior para que lá a mercadoria seja consumida ou comercializada. (WERNECK, 1997, p. 13). No caso do comércio internacional ainda há outro personagem que está envolvido na negociação das mercadorias que é a Trading Company [ ] empresa que compra mercadoria em algum lugar do planeta para revendê-la em outro local, fazendo intermediações entre exportadores e importadores. (WERNECK, 1997, p. 13). No comércio exterior, como no comércio interno, o transporte é essencial, segundo Keedi (2012, p.139) Uma das mais importantes atividades do comércio exterior é a de transporte, visto que não existe venda e compra de mercadorias sem ela.. Assim, o transportador internacional é outro agente fundamental na operação, sua importância vai além do simples transporte da mercadoria, o transporte internacional impactará diretamente em outros aspectos como cita Lopez e Gama (2004, p. 349) [...] é componente decisivo no custo final da mercadoria e no atendimento de prazos e condições de entrega estabelecidos. Desta forma nota-se que o transporte é uma fase crucial da operação e que não há como ser competitivo

18 17 se os modais de transportes existentes não forem utilizados da melhor forma possível, separados ou em conjuntos (KEEDI, 2012). Como um agente essencial na operação, o transportador tem a obrigação de transferir o produto de um ponto a outro, porém diferentemente do transporte interno, o transporte internacional é regido pelas regras internacionais e pode ser [...] definido como deslocamento da carga regido por um contrato internacionalmente aceito. Esse contrato é representado pelo conhecimento de embarque. (LOPEZ e GAMA, 2004, p. 349, grifo dos autores). Para fazer o deslocamento da mercadoria o transportador terá à sua disposição diversos tipos de modais de transporte que segundo Keedi (2012, p. 141), são dividos em três sistemas Sistema aquaviário, constituído dos transportes marítimos, fluvial e lacustre; Sistema terrestre, representado pelo ferroviário e rodoviário; e o aéreo, o último a aparecer.. Comparando os principais agentes que em via de regra são os mesmos para o comércio interno e para o comércio externo, comprador, vendedor e transportador, já nota-se uma complexidade maior quando se trata do cenário internacional. Neste último a negociação terá que se atentar a vários outros fatores, em especial o cultural, que irá variar de país a país e será extremamente relevante para a conclusão do negócio. O transportador também deverá ter mais planejamento e controle para garantir a segurança do transporte, pois geralmente a distância será bem maior e em alguns casos será necessário até a utilização de mais de um tipo de modal de transporte. Porém o comércio internacional ainda possui vários outros agentes que não estão inclusos no contexto do comércio interno, mostrando mais uma vez a complexidade das operações internacionais. O fato de ser uma compra e venda entre indivíduos de diferentes países, já inclui os governos destes como agentes de controle e fiscalização, pois a operação está sujeita às leis internas de cada país interveniente. Então a negociação depende da aprovação desses países, tanto para autorizar a exportação, após verificar se a saída da mercadoria não é proibida quanto para autorizar a importação, verificando se a importação dos bens não é proibida e se os procedimentos de nacionalização de mercadoria extrangeira e desnacionalização da mercadoria nacional, estão sendo empregados de maneira correta. Os países, portanto, são outro agente fundamental na operação de comércio exterior, pois os mesmos irão controlar e fiscalizar a entrada e saída de pessoas,

19 18 mercadorias e divisas do seu território. Esse controle será feito através das suas políticas internas voltadas para o comércio exterior, que conforme cita Lopez e Gama (2004, p.163) É o ato do Estado de governar com vistas à consecução e à salvaguarda de objetivos nacionais, no que concerne ao comércio entre [...] os demais países. O comércio exterior, como já visto, tem uma importância muito grande no desenvolvimento dos países, podendo alterar substancialmente o rumo de uma economia, porém deve-se ter cuidado com o planejamento deste setor, pois a circulação de pessoas e mercadorias afetam o emprego, a indústria e a saúde da população. Desta forma, cada país elabora políticas e instrumentos para proteger sua população e mercado interno e também para propiciar seu desenvolvimento (WERNECK, 1997). Cada governo irá agir visando os interesses nacionais do momento, utilizando-se tanto de políticas de proteção como: [...] o contingenciamento, a proibição e a restrição [...] de certos produtos [...] (WERNECK, 1997, p. 21) quanto políticas de incentivos que terão como base [...] mecanismos e instrumentos de apoio, principalmente, nas áreas administrativa, fiscal/tributária, de financiamento, cambial/monetária, de promoção, de infra-estrutura e de logística. (LOPEZ e GAMA, 2004, p. 163). O Brasil possui uma estrutura de comércio exterior bem complexa, não há uma entidade centralizadora dos interesses nacionais, diferentemente disto existem diversos órgãos distribuídos por vários ministérios que muitas vezes se conflitam ou divergem em entendimentos, como cita Keedi (2012, p. 34) [...] são mais de 300 [órgãos], distribuídos por diversos ministérios, cada um com seus interesses próprios. Pode-se imaginar a partir daí o tamanho da burocracia e a grande quantidade de procedimentos que os atuantes do comércio exterior devem ter conhecimento. Apesar da grande quantidade de órgãos no Brasil [...] quem controla a circulação de pessoas, de mercadorias e de dinheiro (meios de pagamento) é, respectivamente, a Polícia Federal, a Receita Federal e o Banco Central (WERNECK, 1997, p. 21). Para atender os objetivos deste trabalho serão relatados e estudados somente os órgãos intervenientes e anuentes das circulações de mercadorias.

20 19 No Brasil, como relatado anteriormente, não há um órgão centralizador no comércio exterior, e sim vários ministérios que atuam conforme seus interesses. Não existe um ministério que absorva todas as normas básicas do comércio internacional, mas há um ministério que, entre outras funções interligadas, tem o objetivo de atuar no comércio exterior, este é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. Segundo Keedi (2012, p. 34) O principal órgão de atuação na área de comercio exterior é o MDIC [...]. Assim as políticas e ações relativas ao comércio exterior emanam desse ministério que, em conjunto com outros órgãos, procuram proteger o mercado interno e desenvolver o comércio exterior. Conforme cita Keedi (2012, p. 34) as principais competências do MDIC na área internacional são: [...] a política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; a política de comércio exterior; a regulamentação e execução dos programas e atividades relativos ao comércio exterior; aplicação dos mecanismos de defesa comercial e participação em negociações internacionais relativos ao comércio exterior; execução das atividades de registro do comércio. Outro órgão do governo que tem um papel muito importante no Comércio exterior é a Câmara de Comércio Exterior CAMEX. Esse órgão é presidido pelo ministro do MDIC e a ele cabe [...] a formulação, a decisão e a orientação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.. (VAZQUEZ, 2012, p. 18). São previstas para esse órgão reuniões mensais ou por convocação de seu presidente, onde o conselho de ministros correspondentes aos Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior MDIC, que a preside; da Fazenda MF; das Relações Exteriores MRE; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; do Planejamento, Orçamento e Gestão, deverão comparecer ou enviar representantes formalmente indicados. Havendo algum assunto que seja de interesse de outro ministério, esse pode ser chamado para participar da reunião (KEEDI, 2012; VAZQUEZ, 2012; LOPEZ e GAMA, 2004). Devido a abrangência do comércio internacional, o MDIC possui uma secretaria, que é responsável pela gestão do controle comercial e normatiza,

21 20 supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades inerentes ao comércio exterior, esse orgão é a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX. As funções da Secex não são conflitantes com a CAMEX, as suas funções são voltadas às diretrizes do MDIC e da própria CAMEX. Para melhor assessorar o MDIC, foram criados alguns departamentos dentro da SECEX. Esses departamentos são: O Departamento de Operações de Comércio Exterio DECEX, que tem como principal função a análise e regulamentação dos aspectos comerciais e administrar o Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX; Departamento de Negociações Internacionais DEINT; Departamento de Defesa Comercial DECOM; Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior DEPLA, responsável pela elaboração das estatísticas e promoção do desenvolvimento do comércio exterior brasileiro; e o Departamento de Normas e Competitividade no Comécio Exterior DENOC. (KEEDI, 2012; VAZQUEZ, 2012; LOPEZ e GAMA, 2004) Para uma melhor compreensão desses órgãos, pode-se visualizar a Figura 1, desta maneira é possível verificar a estrutura básica dos órgãos brasileiros e as suas respectivas ligações. Figura 1 Organograma da estrutura básica dos órgãos brasileiros de comércio exterior Fonte: Orgãos..., 2014

22 21 O Ministério das Relações Exteriores, como seu próprio nome já diz é um Ministério que possui atividades mais direcionadas ao exterior, porém essas atividades estão mais voltadas ao relacionamento diplomático do Brasil com outros países, estabelecendo e autorizando a instalação de embaixadas, consulados e qualquer outro tipo de representação oficial. Uma das mais importantes funções do MRE, conforme cita Keedi (2012, p. 47), é: [...] o relacionamento com outros países em assuntos de comércio exterior, mantendo, para isto, departamento e pessoal especializado nesta importante e crucrial atividade para a economia, empresas, trabalhadores e consumidores brasileiros, assim como ocorre com as demais nações, pois a atividade de comércio exterior é absolutamente imprescindível nas relações entre estas Outro Ministério muito importante no comércio exterior é o Ministério da Fazenda. Como citado anteriormente, o Ministro da Fazenda é integrante do conselho de Ministros da CAMEX e possui a obrigação de comparecer ou mandar um representante nas reuniões desse órgão. De acordo com o organograma da Figura 1, nota-se que o MF junto com o MDIC, respondem diretamente a presidência da república, porém as políticas do MF são outras, conforme cita Keedi (2012, p. 40) Ministério da Fazenda é o órgão que, na estrutura administrativa da República Federativa do Brasil, cuida basicamente da formulação e execução da política econômica.. O Ministério da Fazenda não é um órgão exclusivo do comércio exterior, ele é responsável por toda a política econômica do Brasil, e atua de forma à fiscalizar e controlar o comércio exterior. O MF possui em sua estrutura órgãos que o auxiliam nessa tarefa, e que estão diariamente presente na vida dos principais envolvidos no comércio exterior, como pode-se verificar no organograma da figura 1, há dois órgãos subordinados ao MF, e que possuem grande importância no comércio exterior, são eles: Receita Federal do Brasil e Banco Central do Brasil BACEN. Geralmente, no comércio exterior, os pagamentos e recebimentos são feitos em moeda estrangeira, e a troca entre essas duas moedas é denominada câmbio. Devido ao fato do Brasil permitir somente a circulação da sua moeda, há um mercado onde são compradas e vendidas moedas de vários países, mercado esse

23 22 que é denominado de mercado cambial. No Brasil o regime cambial é controlado pelas autoridades monetárias, que podem utilizar o câmbio para favorecer determinado setor da economia, proporcionando mais competitividade ou tornandoas menos competitivas (KEEDI, 2012; RATTI, 2001). O Banco Central do Brasil exerce a função de banco do governo, e assim é o [...] encarregado da formulação e gestão das políticas monetárias e cambial, [...], a regularização e supervisão do Sistema Financeiro Nacional, e a administração do sistema de pagamentos e do meio circulante.. (KEEDI, 2012, p. 46). É o BACEN que autoriza também outros bancos a operarem com o câmbio, e nenhuma movimentação de moeda estrangeira dever ser feita sem seu consentimento. Devido ao fato do BACEN autorizar outras instituições bancárias a operar o câmbio ele acaba sendo um órgão não muito visível no comércio exterior, mais suas ações são muito importantes, por ser o órgão que cria e controla as normas cambiais. Para conseguir controlar e gerenciar o mercado cambial, o BACEN conta com uma importante ferramenta que é o Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio SISBACEN, que como cita Ratti (2001, p. 249) [...] é um sistema on line de teleprocessamento, integrando o Banco Central e os bancos autorizados a operar em câmbio, além de corretores credenciados. Assim todas as operações de câmbio devem ser registradas nesse sistema para conhecimento do Banco Central. Outro órgão muito importante do Ministério da Fazenda é a Receita Federal do Brasil. Pode-se considerar esse órgão como um dos mais importantes na estrutra do comércio exterior, pois ele está presente em todas as operações de importação e exportação, sendo um órgão onipresente na vida dos agentes do comércio exterior. A RFB é responsável pela administração, fiscalização, arrecadação tributária e aduaneira, estabelece medidas preventivas de combate ao contrabando e descaminho e tem a importante tarefa de controlar o comércio exterior (KEEDI, 2012; MALUF, 2003; VAZQUEZ, 2012). No Brasil, somente em portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinada. Segundo disposto no artigo 2 e 3 do Decreto nº de 06 de fevereiro de 2009 (Regulamento Aduaneiro - RA), o território aduaneiro compreende

24 todo o território Nacional, e a jurisdição dos serviços aduaneiros, estende-se por todo o território aduaneiro que abrange: 23 I a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) área terrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Assim nota-se que o controle de entrada e saída de mercadorias é realizado em todo o território brasileiro, pelos locais alfandegados, e a RFB possui a importante função de controlar toda essa circulação. Além desse controle ela também é responsável pelos recintos alfandegados, conforme cita Keedi (2012, p. 41) A RFB é o órgão encarregado do alfandegamento de portos, aeroportos e ponto de fronteira, bem como locais determinados na zona secundária, onde a guarda e o despacho de mercadorias podem ocorrer.. O Regulamento Aduaneiro, após decretar que o território aduaneiro compreende a todo o território nacional, ele também divide esse território em duas zonas: A zona primária que é constituída pelos portos, aeroportos e pontos de fronteira e a zona secundária que é correspondente a todo o restante do território nacional. É importante salientar que em cada local de zona primária sempre haverá um posto da Receita Federal para fiscalizar e controlar a entrada e saída de mercadorias. Na zona secundária existem os portos secos, que conforme o art. 11 da seção II do regulamento aduaneiro [...] são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e bagagem, sob controle aduaneiro. Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária, portanto eles não podem receber mercadorias procedentes diretamente do exterior nem enviar mercadorias diretamente ao exterior. O fato da zona secundária não poder receber nem remeter mercadorias diretamento do exterior, traz a necessidade de algum meio em que as cargas possam ser transferidas da zona primária para a zona secundária nos casos de

25 24 importação, e nos casos de exportação que tiverem a liberação realizada no recinto secundário, um meio para a carga ser transferida para a zona primária de onde poderá ser remetida ao exterior. Só que nestes casos a carga ainda não é, ou não é mais, uma mercadoria nacional, portanto esse transporte precisa ser controlado, para evitar que haja algum desvio da mercadoria no trajeto, e assim entre no comércio mercadorias internacionais sem os trâmites aduaneiros cabíveis. Conforme citado anteriormente, a RFB é responsável pelo controle da entrada e saída de mercadorias do território brasileiro, e para tanto ela controla também os veículos que as transportam (WERNECK, 2010). Assim nota-se mais uma função da RFB que é a de controlar e autorizar a transferência de mercadorias entre recintos alfandegados. A transferência da mercadoria deverá ser feita sob um regime especial denominado trânsito aduaneiro que, de acordo com o art. 315 do Regulamento Aduaneiro [...] é o que permite o transporte de mercadoria sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos.. Na importação a RFB permite a transferência da mercadoria através de um documento que é emitido pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior, módulo trânsito SISCOMEX Trânsito, sistema esse que é controlado pela Receita Federal e que integra toda as informações com outros módulos do SISCOMEX, esse documento é denominado Declaração de Trânsito Aduaneiro DTA. A transferência de mercadorias destinadas à exportação ou reexportação, são regidas por normas próprias (VAZQUEZ, 2012). Pode-se dizer que a RFB é o órgão mais atuante e mais visível nas operações de comércio exterior. Como visto, o controle da Receita Federal vai além da entrada e saída de mercadorias do país, ela controla também os veículos que transportam essas mercadorias e ainda possui várias outras atribuições, porém uma das tarefas da RFB mais importantes para o comércio exterior brasileiro é o desembaraço aduaneiro, ou seja, a nacionalização ou desnacionalização da mercadoria através do despacho aduaneiro. Segundo o art. 543 do RA Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida ao despacho de importação e conforme art. 581 do RA Toda mercadoria destinada ao exterior, inclusive reexportada, está sujeita a despacho de exportação, com as exceções estabelecidas na legislação específica..

26 25 Analisando os art. 542 e art. 580 do Regulamento Aduaneiro, conclui-se que o despacho aduaneiro é o procedimento no qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador/exportador em relação à mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vista a seu desembaraço aduaneiro. Para um melhor entendimento dos vários órgãos que atuam no comércio exterior, pode-se dividi-los em Orgãos Gestores e Orgãos Anuentes. Os orgãos Gestores, conforme descreve Maluf (2003, p. 41), São os órgãos que irão efetuar os controles e garantir a operatividade do comércio exterior com base nas definições normativas.. Para Maluf (2003) pode-se enquadrar como Órgãos Gestores a Secretaria da Receita Federal, Banco Central do Brasil e Secretaria do Comércio Exterior. Assim fica clara a importância desses três órgãos no comércio exterior brasileiro, fato esse que pode ser ainda mais comprovado através da citação de Vazquez (2012, p. 26): Juntos, Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Comércio Exterior e Banco Central do Brasil formam o triunvirato que exerce o maior poder sobre o comércio exterior brasileiro.. Os Orgãos Anuentes são responsáveis por emitir pareceres sobre produtos de sua área de competência, podendo intervir tanto na importação quanto na exportação. Os órgãos que atuam como anuente no comércio exterior são credenciados a acessar o SISCOMEX, para autorizar ou não as operações relativas aos produtos de sua competência, nas importações através do Licenciamento de Importação LI e nas exportações através do Registro de Exportação RE (MALUF, 2003). Na Figura 1 são informados apenas alguns Orgãos Anuentes, devido a importância deles e ao fato de serem mais comuns no comércio exterior, porém há vários outros órgãos que poderão efetuar anuências em vários tipos de produtos entre eles tem-se: Banco do Brasil Delegação da SECEX; Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL; Agência Nacional do Petróleo ANP; Agência Nacional do Cinema ANCINE; Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA; Conselho Nacional de Energia Nuclear CNEN; Departamento de Operações de Comércio Exterior DECEX; Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM; Departamento da Policia Federal DPF; Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos EBCT; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA; Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

27 26 Industrial INMETRO; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA; Ministério da Ciência e Tecnologia MCT; Ministério da Defesa; Ministério do Exército através do Comando do exército COMEXE Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. Pela quantidade de órgãos anuentes é possível imaginar o tamanho da burocracia e o excesso de procedimentos que devem ser necessários para desembaraçar uma mercadoria no Brasil. Assim no próximo capítulo, será abordado sobre a importância do despacho aduaneiro e alguns outros aspectos não abordados até aqui. 2.2 Despacho aduaneiro No Brasil, como citado anteriormente, é considerada importação, a entrada de bens em território aduaneiro, produzidos no exterior, a título definitivo ou não, sendo o motivo que for: empréstimo, doação, compra e venda, bagagem. E a exportação basicamente o contrário, ou seja, é a saída de mercadorias produzidas no seu próprio país ou em terceiros países para o exterior, não importando o motivo que tenha levado a ocorrer determinado fato (WERNECK, 2010). Para que esses bens possam entrar ou sair regularmente do país, são necessários alguns procedimentos que a Receita Federal do Brasil tem a obrigação de autorizar e monitorar através do controle aduaneiro, e é nesse momento que ela também verifica se todas as obrigações fiscais foram pagas ao fisco. É importante salientar que os tributos sobre o comércio exterior possuem um caráter extrafiscal, ou seja, a aplicação dos Impostos sobre a Importação II e sobre a Exportação IE não tem como o objetivo principal a arrecadação, mas sim o objetivo de proteger o mercado e a indústria nacional (WERNECK, 2010). É o despacho aduaneiro, o procedimento em que a RFB procede com a verificação da exatidão dos dados apresentados nos documentos da operação comercial, da certificação da mercadoria, da análise correta da classificação fiscal, do tratamento tributário e de quaisquer outras informações relevantes ao fisco tanto

28 27 na exportação quanto na importação e assim procede com liberação da mercadoria pelo desembaraço aduaneiro (LUDOVICO, 2007; MALUF, 2003; WERNECK. 2010). O despacho aduaneiro é um procedimento muito importante, pois é através dele, que a fiscalização verifica também se a mercadoria recebeu os tratamentos e as anuências solicitadas por determinados órgãos anuentes, quando cabível, atestando assim as condições favoráveis de saúde e segurança para o consumidor. São verificados também se todas as normas, leis e procedimentos foram adotadas corretamente pelos importadores e exportadores, e se foram recolhidos ao fisco todas as obrigações cabíveis ao tratamento tributário da mercadoria, o que resulta na redução de competição desleal e também, quando for o caso, na proteção do mercado interno (VAZQUEZ, 2012; WERNECK,2010). Não é de hoje que o comércio exterior brasileiro é saturado de órgãos, e consequentemente das legislações e procedimentos que esses órgãos emanam sobre os produtos destinados ou provenientes do exterior. Assim houve a necessidade de desburocratizar as operações de comércio exterior e dar agilidade as liberações, para isso foi criado o Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX, instituído pelo Decreto nº 660, entrando em operação em 1993 com o módulo exportação e em janeiro de 1997 com o módulo importação (SOUZA, 2010). Após a criação do SISCOMEX, as etapas dos processos de despachos aduaneiros começaram a ser acompanhadas e controladas através do sistema informatizado, eliminando muitos formulários e vários documentos. Assim o despacho, como cita Souza (2010, p. 11) [...] foi desburocratizado e passou a ser tratado em forma de fluxo informatizado, ganhando transparência, agilidade, confiabilidade, rápido acesso a informações estatísticas e de redução de custo.. Desta forma é fácil perceber a importância do SISCOMEX para o despacho aduaneiro. O desenvolvimento desse software trouxe muitos benefícios para o comércio exterior brasileiro em consideração de redução de custos administrativos, padronização e agilidade, possibilitou também a integração dos procedimentos administrativos de comércio exterior dos órgãos intervenientes, (SECEX, RFB e BACEN) e ainda permitiu que os órgãos anuentes também pudessem interagir de forma mais rápida com outros operadores como: os agentes dos importadores, exportadores, transportadores e depositários (LUDOVICO, 2007; WERNECK, 2010).

29 Atravéz da visualização da Figura 2, pode-se visualizar como é o fluxo de informações no SISCOMEX, e como os operadores acessam o sistema. 28 Figura 2 Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) - Administração Fonte: Ludovico, 2007 Mesmo o Siscomex sendo internacionalmente reconhecido como um dos sistemas mais evoluídos, e tendo dispensado formulários e procedimentos, desburocratizando parte do despacho aduaneiro, os procedimentos aduaneiros ainda são reconhecidamente burocráticos e lentos o que muitas vezes atrapalham os negócios, tanto na importação quanto na exportação (SOUZA, 2010). Analisando a Figura 2, nota-se que o Siscomex é um instrumento de integração muito útil, pois ele integra todos os agentes do Comércio exterior, tendo assim todas as informações necessárias para controle das operações pelos orgãos gestores, SECEX (parte administrativa), RFB (parte aduaneira e arrecadação) e BACEN (Câmbio) (LUDOVICO, 2007). Em via de regra todo o despacho aduaneiro será feito através do SISCOMEX, porém haverá casos específicos em que se poderá realizar o despacho sem o SISCOMEX, mas esses casos não são o foco deste trabalho, poderá ainda ser feito um despacho simplificado. Desta forma pode-se ter os seguintes tipos de despacho: Despacho de importação; despacho de exportação, despacho

A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas.

A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas. Módulo 14 O Mercado Monetário 14.1. A Moeda A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas. Moeda é um ativo com o qual as pessoas compram e vendem

Leia mais

Lex Garcia Advogados http://lexlab.esy.es. Dr. Alex Garcia Silveira OABSP 285373

Lex Garcia Advogados http://lexlab.esy.es. Dr. Alex Garcia Silveira OABSP 285373 Alex Garcia Silveira Cartilha: Direito do Comercio Internacional São Paulo Junho de 2015 SUMÁRIO RESUMO... 5 ABSTRACT... 5 PARTES E AUXILIARES DO COMÉRCIO... 6 EXPORTADOR E IMPORTADOR... 6 SELEÇÃO DE MERCADO...

Leia mais

O Contexto da MP 320 Portos Secos

O Contexto da MP 320 Portos Secos O Contexto da MP 320 Portos Secos Não há dúvidas de que o sistema aduaneiro brasileiro carece de aprimoramentos profundos e urgentes, sobretudo no que se refere à sua capacidade operacional de promover

Leia mais

DECRETO N 517, DE 8 DE MAIO DE 1992 REGULAMENTA o art. 11, da Lei n 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e regula a Área de Livre Comércio de Macapá e

DECRETO N 517, DE 8 DE MAIO DE 1992 REGULAMENTA o art. 11, da Lei n 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e regula a Área de Livre Comércio de Macapá e DECRETO N 517, DE 8 DE MAIO DE 1992 REGULAMENTA o art. 11, da Lei n 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e regula a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da

Leia mais

Regimes Aduaneiros Especiais. Regimes Aduaneiros Especiais. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro

Regimes Aduaneiros Especiais. Regimes Aduaneiros Especiais. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro Regimes Aduaneiros Especiais Regimes Aduaneiros Especiais As características básicas dos regimes especiais são: Regra geral, os prazos na importação são de um ano, prorrogável, por período não superior,

Leia mais

MANUAL DE OPERAÇÕES DA RODA DE DÓLAR PRONTO

MANUAL DE OPERAÇÕES DA RODA DE DÓLAR PRONTO MANUAL DE OPERAÇÕES DA RODA DE DÓLAR PRONTO 1. INTRODUÇÃO 2. DEFINIÇÃO 3. OBJETO DE NEGOCIAÇÃO 4. PARTICIPANTES 4.1 Participantes Intermediadores 4.2 Participantes Compradores e Vendedores Bancos 5. OPERAÇÕES

Leia mais

Departamento de Operações de Comércio Exterior DECEX. Tratamento Administrativo na Importação e atuação do DECEX

Departamento de Operações de Comércio Exterior DECEX. Tratamento Administrativo na Importação e atuação do DECEX Departamento de Operações de Comércio Exterior DECEX Tratamento Administrativo na Importação e atuação do DECEX Controle Administrativo - Definição Controle exercido por órgãos da Administração Federal

Leia mais

MÓDULO 3 A estrutura brasileira para o comércio exterior

MÓDULO 3 A estrutura brasileira para o comércio exterior MÓDULO 3 A estrutura brasileira para o comércio exterior O governo brasileiro possui definida uma política voltada para o comércio internacional, onde defende os interesses das empresas nacionais envolvidas,

Leia mais

1) O que é o RTU? 2) O RTU já foi regulamentado?

1) O que é o RTU? 2) O RTU já foi regulamentado? 1) O que é o RTU? O Regime de Tributação Unificada (RTU) é o regime instituído pela Lei nº 11.898, de 8/1/2009, que permite a importação, por microempresa importadora varejista habilitada, de determinadas

Leia mais

???? OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

???? OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Aula 1- Auditoria Professor : Marco Fernandes Dalponte www.dalmaf.com.br Marco.fernandes@dalmaf.com.br OBJETIVOS DESTA AULA Apresentar o plano da disciplina Conhecer os principais conceitos relativos à

Leia mais

COMÉRCIO INTERNACIONAL. Instituições Intervenientes no Comércio Exterior do Brasil e Siscomex COMÉRCIO INTERNACIONAL COMÉRCIO INTERNACIONAL

COMÉRCIO INTERNACIONAL. Instituições Intervenientes no Comércio Exterior do Brasil e Siscomex COMÉRCIO INTERNACIONAL COMÉRCIO INTERNACIONAL Instituições Intervenientes no Comércio Exterior do Brasil e Siscomex Prof.Nelson Guerra Órgãos acima + Ministério das Relações Exteriores. Conheça cada um deles CAMEX: Objetiva a formulação, adoção, implementação

Leia mais

SEMINÁRIO TEMÁTICO VII: COMÉRCIO EXTERIOR

SEMINÁRIO TEMÁTICO VII: COMÉRCIO EXTERIOR SEMINÁRIO TEMÁTICO VII: COMÉRCIO EXTERIOR AULA 01: O SISTEMA E O PADRÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO TÓPICO 02: A EMPRESA E O COMÉRCIO EXTERIOR VERSÃO TEXTUAL Como a empresa pode ingressar no comércio

Leia mais

ANO XXVI - 2015 2ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2015

ANO XXVI - 2015 2ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2015 ANO XXVI - 2015 2ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2015 IPI O FRETE NA BASE DE CÁLCULO DO IPI... Pág. 422 ICMS RJ DRAWBACK... Pág. 423 IPI O FRETE NA BASE DE CÁLCULO DO IPI Sumário 1.

Leia mais

SUPER CURSO DE CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SIMULADO 01 - BACEN e CMN Professor: Tiago Zanolla

SUPER CURSO DE CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SIMULADO 01 - BACEN e CMN Professor: Tiago Zanolla SIMULADO Conhecimentos Bancários e SFN QUESTÃO 01 (INÉDITA TZ 2013) Considerando o Sistema Financeiro Nacional, assinale a única alternativa que traz a correta correlação de itens: 1. Funding 2. Spread

Leia mais

Organização em Enfermagem

Organização em Enfermagem Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Enfermagem Departamento de Enfermagem Básica Disciplina Administração em Enfermagem I Organização em Enfermagem Prof. Thiago C. Nascimento Objetivos: Discorrer

Leia mais

Introdução ao Comércio Internacional

Introdução ao Comércio Internacional Comércio Exterior Introdução ao Comércio Internacional Comércio internacional Comércio exterior é o conjunto das compras e vendas de bens e serviços feitos entre países. Quando um país vende um bem ou

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Karina Magalhães, Kenny Afolabi, Milena Ignácio, Tai Afolabi, Verônica Santos e Wellington Souza 39 Inter-Relações

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Ministério da Fazenda - Secretaria da Receita Federal. Ministério da Fazenda/ Secretaria da Receita Federal

Ministério da Fazenda - Secretaria da Receita Federal. Ministério da Fazenda/ Secretaria da Receita Federal REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS E ATÍPICOS REEGIMEE I DEESSCRIÇÃO I 1 Admissão Temporária Permite a permanência no País de bens procedentes do exterior, por prazo e para finalidade determinados, com suspensão

Leia mais

REGULAÇÃO MÍNIMA DO MERCADO DE CAPITAIS

REGULAÇÃO MÍNIMA DO MERCADO DE CAPITAIS MERCOSUL/CMC/DEC. N 8/93 REGULAÇÃO MÍNIMA DO MERCADO DE CAPITAIS TENDO EM VISTA: o Art. 1 do Tratado de Assunção, a Decisão N 4/91 do Conselho do Mercado Comum e a Recomendação N 7/93 do Subgrupo de Trabalho

Leia mais

Problema central: Dificuldade em trazer professores estrangeiros para a UNESP

Problema central: Dificuldade em trazer professores estrangeiros para a UNESP Universidade Estadual Paulista - UNESP Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Diagnóstico: Situação da Docência do Curso de Relações Internacionais (FCHS/UNESP) Equipe 5 - Ensino (Docência) Tiago Franca

Leia mais

TERMOS DO PROGRAMA DE LICENÇA DE ENTIDADE GOVERNAMENTAL ("GOVERMENT ENTITIY LICENSCE PROGRAM")

TERMOS DO PROGRAMA DE LICENÇA DE ENTIDADE GOVERNAMENTAL (GOVERMENT ENTITIY LICENSCE PROGRAM) TERMOS DO PROGRAMA DE LICENÇA DE ENTIDADE GOVERNAMENTAL (última revisão em 25 de agosto de 2014) TERMOS DO PROGRAMA DE LICENÇA DE ENTIDADE GOVERNAMENTAL ("GOVERMENT ENTITIY LICENSCE PROGRAM") Acesso simples

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS 1

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS

Leia mais

Cartilha do Orçamento Público

Cartilha do Orçamento Público Cartilha do Orçamento Público O QUE É O ORÇAMENTO? Nós cidadãos comuns, ganhamos e também gastamos dinheiro. Podemos receber dinheiro de uma ou várias fontes: salário, aluguel de imóveis, prestação de

Leia mais

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL I) Apresentação Este documento descreve as diretrizes e parâmetros de avaliação de mestrado profissional em Administração,

Leia mais

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) Considerando: 1) A importância dos mananciais e nascentes do Município para o equilíbrio e a qualidade ambiental,

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR ARNOR, Asneth Êmilly de Oliveira; DA SILVA, Ana Maria Gomes; DA SILVA, Ana Paula; DA SILVA, Tatiana Graduanda em Pedagogia -UFPB-

Leia mais

Manual do. Almoxarifado

Manual do. Almoxarifado Manual do Almoxarifado Parnaíba 2013 APRESENTAÇÃO O Almoxarifado é o local destinado à guarda, localização, segurança e preservação do material adquirido, adequado à sua natureza, a fim de suprir as necessidades

Leia mais

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo Índice 1. Definições... 2 2. Objetivos e Princípios... 3 3. Definição de Ato ou Fato Relevante... 4 4. Deveres e Responsabilidade... 5 5. Exceção à Imediata Divulgação... 7 6. Dever de Guardar Sigilo...

Leia mais

CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR : LEGISLAÇÃO ADUANEIRA REGIMES ADUANEIROS

CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR : LEGISLAÇÃO ADUANEIRA REGIMES ADUANEIROS 1. CONCEITOS Regime é um conjunto de regras que estabelecem certa conduta obrigatória. É método, sistema ou forma de governo. Logo, chamamos de regime aduaneiro ao tratamento tributário e administrativo

Leia mais

Artigo publicado. na edição 34. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. maio e junho de 2013

Artigo publicado. na edição 34. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. maio e junho de 2013 Artigo publicado na edição 34 Assine a revista através do nosso site maio e junho de 2013 www.revistamundologistica.com.br Paulo Guedes :: opinião Gastos e Custos Logísticos diferenciar para compreender

Leia mais

Capitulo 5: O Comércio Internacional

Capitulo 5: O Comércio Internacional Capitulo 5: O Comércio Internacional O comércio nacional é regido por leis e diretrizes que regulamentam as negociações de bens e serviços entre duas ou mais pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Dessa

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2007-2011

FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2007-2011 FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2007-2011 Apucarana, dezembro de 2006 FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Leia mais

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento.

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento. PROGRAMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FUNDEP REGULAMENTO PARA CADASTRAMENTO DE PROJETOS UFMG A Fundep//Gerência de Articulação de Parcerias convida a comunidade acadêmica da UFMG a cadastrar propostas de acordo

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

5 Considerações Finais 5.1 Conclusão

5 Considerações Finais 5.1 Conclusão 5 Considerações Finais 5.1 Conclusão Nos dias atuais, nota-se que a marca exerce papel relevante para criar a diferenciação da empresa e de seus produtos tanto no mercado interno como nos mercados internacionais.

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA 1/8 Sumário 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Documentos complementares 4 Definições 5 Procedimento 1 Objetivo Este Procedimento tem como objetivo descrever a rotina aplicável aos procedimentos de auditoria interna

Leia mais

3 Qualidade de Software

3 Qualidade de Software 3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo

Leia mais

PROGRAMA: 2024 - Comércio Exterior

PROGRAMA: 2024 - Comércio Exterior PROGRAMA: 2024 - OBJETIVO: 0795 - Modernizar os sistemas informatizados de controle aduaneiro com vistas à simplificação, agilização, harmonização de rotinas e procedimentos e eficácia no combate às irregularidades

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

Análise da adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 634, de 26 de dezembro de 2013

Análise da adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 634, de 26 de dezembro de 2013 Análise da adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 634, de 26 de dezembro de 2013 Nota Técnica de Adequação Orçamentária e Financeira nº 06/2014 Assunto: Subsídios para análise da adequação

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Análise de indicadores bancários e financeiros em 2014 1 A concentração bancária brasileira em

Leia mais

REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR

REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR Reajuste de mensalidade é a variação do valor pago ao plano de saúde. A variação pode acontecer por três motivos: necessidade de atualização

Leia mais

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O artigo 5º, 3º do Decreto-lei nº 2.472/1988 dispõe que Para execução das atividades de que trata este artigo, o Poder Executivo disporá

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI CE

ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI CE ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI

Leia mais

1. Quais são os casos em que determinada importação estará sujeita a contingenciamento?

1. Quais são os casos em que determinada importação estará sujeita a contingenciamento? 1. Quais são os casos em que determinada importação estará sujeita a contingenciamento? 2. Quais são as características das Cotas Tarifárias concedidas sob os Acordos no âmbito 3. Quais são as características

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

Análise de Conjuntura

Análise de Conjuntura Análise de Conjuntura Boletim periódico da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados Os textos são da exclusiva responsabilidade de seus autores. O boletim destina-se a promover discussões sobre

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

Cartilha de Câmbio. Envio e recebimento de pequenos valores

Cartilha de Câmbio. Envio e recebimento de pequenos valores 2009 Cartilha de Câmbio Envio e recebimento de pequenos valores Apresentação O Banco Central do Brasil criou esta cartilha para orientar e esclarecer você, que precisa negociar moeda estrangeira, sobre

Leia mais

Importação por Conta e Ordem e Importação por Encomenda (LUCIANO - 15/05/2006)

Importação por Conta e Ordem e Importação por Encomenda (LUCIANO - 15/05/2006) Importação por Conta e Ordem e Importação por Encomenda (LUCIANO - 15/05/2006) Cada vez mais e por diversos motivos, as organizações vêm optando por focar-se no objeto principal do seu próprio negócio

Leia mais

Proposta para que o PAA possa apoiar a regularização ambiental

Proposta para que o PAA possa apoiar a regularização ambiental Proposta para que o PAA possa apoiar a regularização ambiental Considerando a Diretriz 2 do Plano Nacional de Segurança Alimentar: Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas descentralizados,

Leia mais

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida O que é seguro? 6 O que é Seguro-Saúde? 6 Como são os contratos de Seguro-Saúde? 7 Como ficaram as apólices antigas depois da Lei nº 9656/98? 8 Qual a diferença

Leia mais

GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO

GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO Fábio Tadeu Ramos Fernandes ftramos@almeidalaw.com.br Ana Cândida Piccino Sgavioli acsgavioli@almeidalaw.com.br I INTRODUÇÃO Desde a década de

Leia mais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 Dispõe sobre trabalho de compilação de informações contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Introdução A A logística sempre existiu e está presente no dia a dia de todos nós, nas mais diversas

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de 04/02/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 3 3.1 Demonstração das informações na

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação 2.1 OBJETIVO, FOCO E CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Os Sistemas de Informação, independentemente de seu nível ou classificação,

Leia mais

ANEXO À COMEX 067/2012 Sugestões Abiquim - Portaria Secex 13/2012 Consulta Pública Consolidação de Portaria Secex

ANEXO À COMEX 067/2012 Sugestões Abiquim - Portaria Secex 13/2012 Consulta Pública Consolidação de Portaria Secex ANEXO À COMEX 067/2012 Sugestões Abiquim - Portaria Secex 13/2012 Consulta Pública Consolidação de Portaria Secex Capítulo II TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS IMPORTAÇÕES -Seção I. Licenciamento das Importações

Leia mais

PLANO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

PLANO DE INTERNACIONALIZAÇÃO PLANO DE INTERNACIONALIZAÇÃO CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTE: DIAS, Reinaldo. RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. Atlas. São Paulo: 2004 6.3b Plano de Internacionalização

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

I - território nacional, compreendendo as águas continentais, as águas interiores e o mar territorial;

I - território nacional, compreendendo as águas continentais, as águas interiores e o mar territorial; DECRETO Nº 4.810, DE 19 DE AGOSTO DE 2003. Estabelece normas para operação de embarcações pesqueiras nas zonas brasileiras de pesca, alto mar e por meio de acordos internacionais, e dá outras providências.

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

Resultados Consolidados

Resultados Consolidados 1ª Consulta aos associados para identificar as dificuldades enfrentadas para exportar e sobre temas de comércio exterior Resultados Consolidados Equipe de Assuntos de Comércio Exterior Maio de 2012 Total

Leia mais

O termo compliance é originário do verbo, em inglês, to comply, e significa estar em conformidade com regras, normas e procedimentos.

O termo compliance é originário do verbo, em inglês, to comply, e significa estar em conformidade com regras, normas e procedimentos. POLÍTICA DE COMPLIANCE INTRODUÇÃO O termo compliance é originário do verbo, em inglês, to comply, e significa estar em conformidade com regras, normas e procedimentos. Visto isso, a REAG INVESTIMENTOS

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE

ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE JULHO/2014 1. Objetivos O gerenciamento de riscos no BRDE tem como objetivo mapear os eventos de riscos, sejam de natureza interna ou externa, que possam afetar

Leia mais

Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais

Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais Informe nº 4 Informações sobre a renda familiar do Cadastro Único O que é o Programa de Fomento? O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro Entrevista com a professora Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo Vice- presidente do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia e Sócia- diretora da Lobo & Associados Consultoria.

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

PROCESSO DE EXPORTAÇÃO DE EXPORTAÇÃO FLUXOGRAMA. Planejamento. Pesquisa de Mercado. Cadastramento REI

PROCESSO DE EXPORTAÇÃO DE EXPORTAÇÃO FLUXOGRAMA. Planejamento. Pesquisa de Mercado. Cadastramento REI PROCESSO DE FLUXOGRAMA DE Planejamento Pesquisa de Mercado Cadastramento REI 1 Cadastramento do REI O registro é feito automaticamente no sistema, quando da primeira importação e exportação (Portaria SECEX

Leia mais

1. O que é a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e?

1. O que é a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e? 1. O que é a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e? Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar,

Leia mais

I Efetivação do compromisso social do IFAL com o Estado de Alagoas;

I Efetivação do compromisso social do IFAL com o Estado de Alagoas; PROGRAMA DE APOIO AO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INTEGRADAS PROIFAL 1. OBJETIVO Apoiar o Instituto Federal de Alagoas IFAL nas atividades de ensino, pesquisa e extensão

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA CADEIA DE SERVIÇOS DO FUNDAP NA ECONOMIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: SÍNTESE

A IMPORTÂNCIA DA CADEIA DE SERVIÇOS DO FUNDAP NA ECONOMIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: SÍNTESE A IMPORTÂNCIA DA CADEIA DE SERVIÇOS DO FUNDAP NA ECONOMIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: SÍNTESE Julho 2008 AGRADECIMENTOS: Alfândega de Vitória Associação dos Permissionários (APRA) Bandes S.A. Empresas

Leia mais

4º RELATÓRIO TRIMESTRAL 2013 OUVIDORIA - MDIC

4º RELATÓRIO TRIMESTRAL 2013 OUVIDORIA - MDIC 4º RELATÓRIO TRIMESTRAL 2013 OUVIDORIA - MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior OUVIDORIA Esplanada dos Ministérios, Bloco J Brasília, DF, 70053-900 ouvidoria@mdic.gov.br Telefone:

Leia mais

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO BRASIL E O SISTEMA INTEGRA- DO DE COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX).

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO BRASIL E O SISTEMA INTEGRA- DO DE COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX). Aula 12 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO BRASIL E O SISTEMA INTEGRA- DO DE COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX). Segundo LOPES VASQUES (2007) as políticas de regulamentação, normatização e execução

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 1670/2015

PROJETO DE LEI Nº 1670/2015 Dia 01 de outubro, 2015 TRANSPORTE AÉREO: RAPIDEZ E PREVISIBILIDADE Transporte Aéreo vs Outros - Mundo Volume Outros 0,5% Volume Aéreo 99,5% Valor Outros Valor Aéreo 35% 65% Ref: Transporte Mundial 2014Fonte:

Leia mais

Plano de Negócios e Pesquisas de Mercado: Ninguém Vive Sem

Plano de Negócios e Pesquisas de Mercado: Ninguém Vive Sem Plano de Negócios e Pesquisas de Mercado: Ninguém Vive Sem Henrique Montserrat Fernandez Muitas pessoas, antes de abrir a empresa, já têm uma idéia do que ela produzirá. Mas será que é isso que os clientes

Leia mais

O Processo de Importação e Suas Etapas

O Processo de Importação e Suas Etapas O Processo de Importação e Suas Etapas CURSO: Administração / DISCIPLINA: Logística Internacional FONTES: DIAS, Reinaldo; RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. São Paulo: Atlas, 2004.

Leia mais

Renda Variável ETF de Ações. Renda Variável. ETF de Ações

Renda Variável ETF de Ações. Renda Variável. ETF de Ações Renda Variável O produto O, também conhecido como Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo de índice, considerado investimento em renda variável. O produto representa uma comunhão de recursos destinados

Leia mais

Manual de Serviço Consular e Jurídico

Manual de Serviço Consular e Jurídico REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior Manual de Serviço Consular e Jurídico TOMO I CAPÍTULO 10 TOMO I Capítulo 10 Página

Leia mais

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3.

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1 Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. 1 Pesquisa realizada no curso de Administração da Unijuí 2 Aluna

Leia mais

Entraves às exportações brasileiras limitam o crescimento das vendas ao exterior

Entraves às exportações brasileiras limitam o crescimento das vendas ao exterior propostas de política comercial Entraves às exportações brasileiras limitam o crescimento das vendas ao exterior Marcelo Souza Azevedo O Brasil não pode cair na armadilha de acreditar que o mercado consumidor

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 Acrescenta inciso ao art. 52 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM 1 AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM De acordo com uma pesquisa realizada em Brasília, conforme consta em reportagem publicada pelo jornalista Luis Bissigo,

Leia mais

CAMEX- CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR

CAMEX- CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR CAMEX- CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR Anita Pereira ANDRADE 1 Carlos Augusto P. ANDRADE 2 Fellipe Oliveira ULIAM³ RESUMO: O presente trabalho aborda como tema central a Câmara de Comercio Exterior, bem como

Leia mais

Educação Financeira: mil razões para estudar

Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Prof. William Eid Junior Professor Titular Coordenador do GV CEF Centro de Estudos em Finanças Escola de Administração

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais