TECENDO CONHECIMENTOS NAS ESCOLAS PUBLICAS
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- Angélica Faria Prado
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1 TECENDO CONHECIMENTOS NAS ESCOLAS PUBLICAS Maricele Vilela Miguel Vannucci Escola Municipal Amanda Carneiro Relato de Experiência Resumo: Esse relato trata-se de um projeto que teve duas etapas: a primeira etapa (ano de 2009) os professores participaram de ações de formação continuada no Centro Municipal de Estudos e Projetos (CEMEPE) ) pesquisa, palestras sobre o assunto. A segunda etapa (ano de 2010) foi desenvolvida em 10 escolas municipais e em 02 estaduais, com crianças, adolescentes e na EJA, dentro de uma proposta interdisciplinar envolvendo a arte, a história, as ciências, a literatura. Esse projeto procurou levar o conhecimento aos alunos das escolas públicas interessadas a conhecer e identificar a diversidade cultural dos saberes da Tecelagem. Com o intuito de utilizar o conhecimento popular dentro do contexto escolar, esse tema foi escolhido por ser uma forma de expressão, que faz parte do cotidiano dos nossos alunos. Levando os alunos a conhecerem como era feito o tecido antes da industrialização, desde a plantação do algodão até o tecer do tecido para fazer a roupa de vestir. O aluno pode conhecer e entender como é a arte de trançar no tear manual e puderam confeccionar com o uso de papelão e diferentes fios. O segundo passo do trabalho foi o contato com uma mestra na arte da tecelagem, Dona Zamita que contou aos alunos suas histórias de vida, e apresentou-lhes os instrumentos usados na tecelagem como a urdidura, a carda, a fiandeira, lançadeira, canelinha e o tear. Depois desse contato com os instrumentos utilizados na tecelagem eles iam tecer. Com esse projeto levamos o conhecimento que é passado através da oralidade, que no caso da tecelagem é de mãe para filha, e nem sempre encontramos nos livros. Assim, estamos resgatando e contribuindo para a preservação, divulgação e valorização da memória, de nossas tradições culturais coletivas e imateriais, colocando os alunos em contato com a prática, com o mestre, com o saber popular, conhecendo uma tecelã e sua história para transmitir o seu conhecimento à comunidade de modo que ele não se perca ao longo do tempo. Sensibilizando os educandos sobre a tecelagem como um patrimônio cultural.
2 A tapeçaria como linguagem artística. Tecnicamente, consiste em fios que se entrelaçam, tendo o tear como instrumento, o urdume como base de fios e a trama que reveste o urdume em movimentos alternados, passando o fio ora por cima, ora por baixo do fio base do urdume. (DVDteca Arte na Escola Material educativo para professor propositor; 16) Esse relato trata-se de um projeto: Mestres na Escola que teve duas etapas: a primeira etapa (ano de 2009) os professores participaram de ações de formação continuada no Centro Municipal de Estudos e Projetos (CEMEPE) ) pesquisa, palestras sobre o assunto. A segunda etapa (ano de 2010) foi desenvolvida em 10 escolas municipais e em duas estaduais, com crianças, adolescentes e na educação de jovens e adultos, dentro de uma proposta interdisciplinar envolvendo a arte, a história, as ciências, a literatura. Esse projeto procurou levar o conhecimento aos alunos das escolas públicas interessadas a conhecer e identificar a diversidade cultural dos saberes do Congado, da Folia de Reis e da Tecelagem. Com o intuito de utilizar o conhecimento popular dentro do contexto escolar, o tema da Tecelagem foi escolhido por ser uma forma de expressão, que faz parte do cotidiano dos nossos alunos. Levando os alunos a conhecerem como era feito o tecido antes da industrialização, desde a plantação do algodão até o tecer do tecido para fazer a roupa de vestir. Para tanto, foi utilizado em primeiro lugar o DVD: A Tapeçaria de Norberto Nicola da DVDteca do Arte na Escola (fotos nº2, 3 e 4) como introdução do assunto, pois ele mostra o processo do artista com a tapeçaria e também como é desenvolvido o trabalho em um tear. O vídeo exemplifica a arte têxtil, os processos dando uma noção da tapeçaria desde sua concepção até sua finalização. Também, apresenta a produção de Norberto Nicola, sua pesquisa na cultura popular, sua criação na computação gráfica, despertando no educando o interesse e a curiosidade pelo tema. Nicola é um artista que gosta da pesquisa e não se contenta somente com o desenho buscando a tapeçaria e a trama. No vídeo, a sua fala é de fácil entendimento para o aluno: Nós temos isto aqui: urdume e trama. Nós fazemos assim: um fio sim, um fio não. Desta maneira, o aluno conheceu e entendeu como é a arte de trançar no tear manual e puderam confeccionar com o uso de papelão (um material acessível e barato) e diferentes fios (ver foto nº1). Através do documentário foi possível passar aos alunos que o artista não é só o pintor, mas também o tapeceiro que utiliza o computador para elaborar seus trabalhos, que quando vamos produzir algo primeiro elaboramos projeto de desenho seja no papel ou em um programa de computador e, como hoje estamos na era da computação, o interesse do aluno aumenta.
3 O segundo passo do trabalho foi o contato com uma mestra na arte da tecelagem, Dona Zamita (foto nº8) que contou aos alunos suas histórias de vida, como aprendeu a tecer, com quem aprendeu, e apresentou-lhes os instrumentos usados na tecelagem como a urdidura, a carda, a fiandeira, lançadeira, canelinha e o tear. Depois que os alunos tinham o contato com os instrumentos utilizados na tecelagem eles iam tecer, com o tear manual e tiras de retalhos ou lã. Na escola em que trabalho fizemos uma exposição e conseguimos levar um tear para a escola. Com esse projeto levamos o conhecimento que é passado através da oralidade, que no caso da tecelagem é de mãe para filha, e nem sempre encontramos nos livros. Mostramos também o tingimento dos fios feito com pigmentos naturais como o urucum, o açafrão e outros. Assim, estamos resgatando e contribuindo para a preservação, divulgação e valorização da memória, de nossas tradições culturais coletivas e imateriais, colocando os alunos em contato com a prática, com o mestre, com o saber popular, conhecendo uma tecelã e sua história para transmitir o seu conhecimento à comunidade de modo que ele não se perca ao longo do tempo. Sensibilizando os educandos sobre a tecelagem como um patrimônio cultural pertencente a eles relacionando o saber popular ao trabalho de uma artista reconhecido mundialmente. (fotos nº5, 6e7). Esse projeto teve como objetivos: Contribuir para a preservação, divulgação, valorização e resgate da memória de nossas tradições culturais coletivas e imateriais.colocar os alunos em contato com a prática, com o mestre, com o saber popular; Conhecer uma tecelã e sua história para transmitir o seu conhecimento à comunidade de modo que ele não se perca ao longo do tempo;sensibilizar os educando sobre a tecelagem como um patrimônio cultural pertencentes a eles. Cada oficina teve um caráter diferenciado: 1. Para crianças de 3 a 7 anos foi desenvolvida as seguintes atividades: Trabalho com cordão: fazer uma roda com as crianças: pegar um rolo de cordão e ir jogando para cada criança, fazendo uma trama no chão; prende as pontas com fita crepe; observar o trançado que formou; dar uma folha sulfito para as crianças desenharem a trama formada no chão. Conhecimento popular (mestre): contar sua história; mostrar o algodão; instrumentos; desencaroçar; fazer o processo de trabalho até fiar. Trançar em um tear de papelão ou madeira ou outro suporte, com tiras de tecidos.
4 2. Crianças de 8 a 10 anos (2º ao 5º ano): Conhecimento popular (mestre): contar sua história; mostrar os instrumentos; o algodão; como é o processo de trabalho; Trabalhar o livro Risco e o Fio, Ana Carla Editora Ática Fazer uma trama com papel colorido, tear de papelão e tela de viceiro Poema: TECELAGEM Ângela Leite de Souza A menina foliona quer brincar com serpentina mesmo sem ser carnaval. Tecelã improvisada vai tramando a tela colorida com as tiras e a imaginação. Xadrez, listras, formas geométricas. Flores, gregas, bichos hipotéticos. Não há limites pra quem tem nas mãos mais que fitas de papel: a alegria da criação 3. Para 6º ao 9º ano: Trabalhar o vídeo: A Tapeçaria de Norbeto Nicola; discutir o vídeo; fazer algumas perguntas sobre o vídeo. Pedir aos alunos que trancem com folhas de coqueiro e tear com gravetos; Pedir que montem uma trama com o material coletado. Conhecimento popular mestre conversa e debate com os alunos ouvindo as histórias deles também. 4. Para a Eja: Começar com o poema:
5 DE BARBANTE Ângela Leite de Souza Um bem atado cordão duas bem treinadas mãos: entre os dedos vão surgindo desenhos sempre mutantes. O que havia antes? Casa-da-velha Ou doce-de-leite? Um simples barbante achado num canto transforma em magia a hora vazia de alguém que está só. Um simples segredo: tudo pode ser brinquedo. Quem nunca brincou com cordão? Ouvir a histórias dos alunos Fala do mestre; Tecer com cordão em tear de madeira (mdf) e prego 5. Para o CESEC: O trabalho será desenvolvido com a professora de história dentro da industrialização. Fala do mestre: Tecer com cordão em papel colorido.
6 CRONOGRAMAS DE EXECUÇÃO E ESCOLAS: Escola Dia Professor Endereço Turno/Série. 29/06 - terçafeira Maricele Manha 3º A Iara Tarde 3º A E. M. Amanda Carneiro Teixeira E. M. Profº Otávio Batista Coelho Filho CESEC Uberlândia E. M. Orlanda Neves Strack E. M. Osvaldo Vieira Gonçalves E. E. Afonso Arinos E. M. Tapuirama 23/06 - quartafeira 29/06 - terçafeira 19/08 - quintafeira 02/09 - quintafeira 10/09 - sextafeira 01/10 - sextafeira Maria Rosalina Maricele e Maria Joana Sandra Sandra Olaia Lana Av. Prof. José Ignácio de Souza 1890 B. Brasil. Rua José Rezende dos Santos 1010 B. Brasil. Rua Prata. B. Aparecida Rua da Produção 1675 B. Minas Gerais. Praça da Independência. B. Custódio Rua Eduardo Marquez 1032 B. Osvaldo. Tarde 7º A Noite - Supletivo Tarde 5º A Noite - EJA Manhã 9º A Manhã ESEBA 07/10 - quintafeira 14/10 Soraia Rua da Adutora B. Aparecida. Tarde E. M. Sebastiana Silveira Pinto. E. M. Profª Olga Del Fávero 17/11 - quartafeira E. M. Benedita 22/11 - segunda-feira Vânia e Glayds Rua Antônio B. da Costa 161 B. Aurora/São Jorge. 20/11 - sábado Roberta Rua Jordânia 157 B. Laranjeiras. Iara Rua Guiomar de Faria 40 B. Industrial. Manhã Manhã Manhã
7 Foto nº1 Foto nº2 Foto nº3 Foto nº4 Foto nº5 Foto nº6 1 Foto nº7 Foto nº8
8 BIBILIOGRAFIA DVD: A Tapeçaria de Norberto Nicola DVDTeca Arte na Escola nº 16 COZENDEY,Ana Carla - O Risco e o Fio, São Paulo:Editora Àtica,2009. SOUZA, Angela Leite de Tudo pode ser brinquedo, Belo Horizonte, MG Editora LÊ,1992.
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