Departamento de Tecnologia e Extensão RELATÓRIO DO CURSO SOBRE O CULTIVO DE TILÁPIA
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- Alexandra Lage Sabrosa
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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DAS PESCAS INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA Departamento de Tecnologia e Extensão RELATÓRIO DO CURSO SOBRE O CULTIVO DE TILÁPIA Maputo, Outubro de 2010
2 [1] REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DAS PESCAS INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA Departamento de Tecnologia e Extensão RELATÓRIO DO CURSO SOBRE O CULTIVO DE TILÁPIA No âmbito do projecto Southern Ocean Education and Devolopment (SOED), o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Aquacultura (INAQUA) organizou uma capacitação em cultivo de tilápia, nos dias 22 a 30 de Setembro de 2010, na sala de conferência do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP), em Maputo. O mesmo visava capacitar os técnicos moçambicanos sobre o cultivo da tilápia. Neste âmbito a capacitação veio reforçar os conhecimentos em matéria de piscicultura, na perspectiva de disseminar, estimular e incentivar os piscicultores e as comunidades, durante os trabalhos de extensão, para aderirem a esta rentável actividade no sentido de melhor a dieta alimentar e aumentar a produção, não só em quantidade mas também em qualidade, de modo a aumentar a sua renda com o cultivo em pequena, média ou grande escala, contribuindo deste modo para a redução da pobreza. Fig.1. Participantes do curso durante uma aula teórica.
3 [2] O curso foi ministrado por 2 técnicos do EPAGRI - Brasil, onde participaram 21 técnicos e estudantes oriundos das províncias, dos quais 6 estudantes da Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras (ESCMC) Quelimane, 8 técnicos do INAQUA sede e 7 técnicos das províncias de Gaza, Inhambane, Manica, Nampula, Tete, Sofala e Niassa. Foram abordados durante o curso os seguintes temas: (1) introdução a aquacultura, (3) Tilapicultura, (3) parâmetros hidrológicos, (4) reprodução, (5) alevinagem, (6) sistemas de produção de tilápia (recrias e engorda), (7) nutrição e alimentação, (8) bioseguridade na criação de tilápia, (9) principais enfermidades de tilápias, (10) custo de produção e comercialização, (11) planeamento. Fig.2. Visita de campo a uma unidade de cultivo de tilápia em Marracuene (Maputo). Para além da parte teórica o curso incluía também a parte prática em que consistiu numa visita de campo a uma propriedade de cultivo de tilápia em Marracuene e colecta de espécimes de tilápia para análise laboratorial dos tecidos gonadal (diferença entre as gonadas dos machos e fêmeas).
4 [3] Uma aula prática laboratorial (simulação) de diluição do harmónio (solução padrão) e preparação da ração incorporada com harmónio (α-17-metil-testosterona) para a reversão sexual, bem como os procedimentos para a colecta de sangue nos peixes para possíveis análises. Fig.3. Aula laboratorial de preparação (simulação) de ração com hormonas masculinizastes O encerramento do curso contou com a presença do Director Nacional Adjunto e a Chefe do Departamento de Tecnologia e Extensão que procederam a entrega dos certificados de participação, também contou com momentos de comemoração, confraternização (cocktail) no seu desfecho. Fig.4. Momentos da entrega dos certificados de participação aos formandos e foto do grupo.
5 [4] O resumo dos pontos positivos, negativos e sugestões deixadas pelos participantes. Pontos Positivos Pontos Negativos Sugestões O curso chegou em boa altura, pois as atenções do governo estão ligadas a produção de alimento para erradicar a fome; Forneceu boas ferramentas de trabalho que virão melhorar a actividade piscícola no país; Visão mais abrangente referente ao cultivo de tilápia e outras espécies; Grande atenção por parte dos formadores no que concerne a abordagem de todos os assuntos relevantes para o curso; Houve disponibilidade do material do curso por parte dos formadores; As fotografias, imagens elucidativas dos tanques e espécies cultiváveis permitiram melhor percepção; A parte prática veio auxiliar a parte teórica e a Reduzido tempo para aulas práticas; Falta de instrumentos como luvas, mascaras entre outros, no laboratório criou limitações; O tempo de aulas foi insuficiente para o volume de conteúdo tratado; Faltou o programa do curso atempadamente para facilitar a interacção durante o curso; Ausência de dirigentes do INAQUA nas sessões, visto que muitos assuntos abordados para bom progresso no terreno dependem da boa visão e vontade dos mesmos. Para os próximos cursos, a questão de organização (logística), protocolo sejam bem revistos; Os cursos de capacitação sejam regulares; Realização de mais cursos do género (capacitação); Criação de oportunidades de troca de experiencia com outros países que lideram as técnicas e tecnologias em aquacultura; Criação de meios para facilitar a implementação dos conhecimentos adquiridos durante o curso; Criar condições de deslocação de alguns técnicos que participaram neste curso para o Brasil para uma capacitação para melhor complementar o aprendizado e
6 [5] visita de campo a unidade de produção em Marracuene serviu para observar os pontos negativos daquela unidade para traçar-se recomendações; Noções de como proceder e atender aos problemas dos produtores; A importância do uso de equipamentos de monitoria de qualidade de água e solo; A importância de fazer um acompanhamentos a par e passo de todas as actividades de forma a identificar rapidamente casos de doenças, seu diagnostico e profilaxia; Identificação de sexos nos peixes; O curso irá permitir melhor trabalho de assistência técnica as comunidades; O cumprimento dos horários e do programa; A participação de um experiência em piscicultura; Após o curso os participantes deveriam definir estratégias de trabalho para intervir na actividade piscícola; Garantir a divulgação, disseminação do conteúdo adquirido; Nas próximas formações os formadores apresentem algumas matérias em forma de vídeos.
7 [6] grupo de formandos com diferentes áreas de formação e níveis académicos; Foram apresentadas técnicas e tecnologias avançadas para o cultivo de peixes; Sala adequada para o curso; Participantes interactivos com muitas ideias e vontade de aprender mais sobre a piscicultura e disponibilidade de implementar o aprendizado. As recomendações e sugestões deixadas pelos formadores na área da piscicultura para possível implementação em Moçambique foram: O cultivo de espécies de peixes ornamentais, pois é de fácil manejo e Moçambique apresenta um grande potencial nesta área devido as espécies ornamentais encontradas nas lagoas, lagos e rios (ex: lago Niassa); O cultivo de camarão de água doce;
8 [7] O policultivo da tilápia e camarão de água doce, é considerada como sendo uma boa alternativa de produção e fazível no nosso país; O policultivo com varias espécies de peixes (ex: carpa capim, tilápia, bagre africano, carpa comum); A piscicultura integrada com suinicultura e avicultura, pois não há necessidade de administrar ração, isto diminui os custos de produção do pescado; O cultivo do peixe verde (carpa capim) integrada com a produção vegetal (restos de hortícolas, o capim sachado nas machambas serve para alimentar o peixe), não há necessidade de adubação e nem de administrar uma ração comercial. Fig.5. Momentos da entrega dos certificados aos formadores. O Instituto de Aquacultura Maputo, Outubro de 2010 Elaborado por: Olímpia Marlene Nóbrega
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