Avaliação Económica e Financeira do Setor das Farmácias

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1 Avaliação Económica e Financeira do Setor das Farmácias Análise económica e financeira realizada às Farmácias Comunitárias em Portugal, com base em informação histórica relativa a 2010 e informação prospetiva relativa a 2011 e 2012 Prof. Avelino Azevedo Antão (Universidade de Aveiro) Dr. Carlos Manuel Grenha (Oliveira, Reis & Associados) Março de 2012

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3 Índice 1. Sumário executivo Introdução Âmbito e Limitações Parâmetros do estudo Estratificação do setor das farmácias Pressupostos sobre informação financeira Volume de negócios e margem bruta de vendas Estrutura de gastos fixos Gastos com o Pessoal Gastos de depreciação e amortização Outros gastos e perdas Gastos e perdas de financiamento Imposto sobre o rendimento Demonstrações dos Resultados do setor das farmácias Comparativo com a informação disponível junto do Banco de Portugal Evolução previsional por escalão de dimensão das farmácias Farmácia do escalão A Farmácia do escalão B Farmácia do escalão C Farmácia do escalão D Farmácia do escalão E Análise histórica e previsional do setor da farmácia Conclusões Índice de quadros Índice de fontes Resumos biográficos

4 1. Sumário executivo O presente estudo foi elaborado num contexto económico-social de forte austeridade em todos os setores de atividade. Por ser um dos setores com mais encargos para o Estado, a Saúde tem sido alvo de especial atenção nas medidas de contenção orçamental. No período em análise, de 2010 a 2012, o setor do medicamento foi objecto de diversas medidas com vista a uma redução da despesa pública, com o respetivo impacto nas farmácias comunitárias. Neste âmbito, o ano de 2011 ficou essencialmente marcado por alterações ao regime de comparticipação de medicamentos que motivaram consecutivas reduções nos preços. O ano de 2012 começou com uma alteração profunda sobre o modelo de remuneração do medicamento, que veio reduzir significativamente a margem bruta de venda das farmácias. No presente estudo, procurou-se caracterizar a situação atual das farmácias portuguesas e estimar o impacto das referidas medidas nos seus resultados até ao final do ano de Para esse efeito, foram utilizados dados financeiros reais relativos ao ano de 2010, bem como dados históricos e prospetivos relativos a 2011 e Para possibilitar uma melhor caracterização da realidade do setor, as farmácias foram agrupadas em cinco escalões, tendo por base o seu volume de negócios. Em 2010, as farmácias integradas no escalão com menor volume de negócios (Escalão A: menos de 500 mil euros anuais) apresentavam resultado líquido negativo, ao qual correspondia uma rendibilidade líquida das vendas de -17,69%. Os restantes escalões de farmácias apresentavam uma rendibilidade líquida das vendas que mediavam entre 1,32% e 4,83%. Em 2011, em termos médios, também as farmácias integradas no segundo escalão com menor volume de negócios (Escalão B: menos de 1 milhão de euros anuais) passaram a apresentar resultado líquido negativo, com um agravamento da rendibilidade líquida das vendas do escalão A para -23,38% e do escalão B para -1,45%. Os restantes escalões de farmácias apresentam uma rendibilidade líquida das vendas que medeiam entre 0,94% e 2,88%. 4

5 Em 2012, em termos médios, todos os escalões apresentam valores negativos de rendibilidade líquida das vendas, que variam entre -30,71% para o escalão A e -1,11% para o escalão E (volume de negócios superior a 2 milhões de euros anuais). O sector emprega aproximadamente pessoas o que representa gastos anuais na ordem dos 537 milhões de euros, um peso relativo crescente (mais 2,96%) face à redução do volume anual de negócios verificado nos três anos analisados. Ao nível dos gastos de financiamento, foi utilizada uma perspectiva conservadora não tendo sido considerado qualquer acréscimo do valor de financiamento das farmácias. No entanto, foi refletido o agravamento das condições de financiamento, nomeadamente ao nível dos valores de spread e de taxas de juro. Os principais indicadores económicos e financeiros do setor degradaram-se significativamente no período em análise. O número de farmácias nos escalões com resultado líquido negativo era de 191 em 2010 e de 1210 em Em 2012, todos os escalões apresentam uma rentabilidade líquida das vendas negativa. Neste cenário, a farmácia média apresenta um resultado líquido negativo de euros. Assim, mantendo-se os pressupostos assumidos estima-se o encerramento de um número significativo de farmácias. Este facto, por si só, alterará a estrutura de resultados e a rentabilidade das farmácias que sobreviverem, pois sendo o medicamento um bem de primeira necessidade, continuará a ser adquirido pelos doentes. Esta redução do número de farmácias poderá significar a sobrevivência de algumas, mas implicará necessariamente uma redução da cobertura farmacêutica. No entanto, as desigualdades no acesso ao medicamento que esta situação poderá originar não são alvo de análise deste estudo. 5

6 2. Introdução O presente estudo pretende demonstrar a situação económica/financeira das farmácias e a sua viabilidade financeira. Num contexto económico-social, em que se especula sobre as margens de comercialização das farmácias, se assiste através dos media a notícias sobre atrasos nos pagamentos a fornecedores que estão a conduzir a uma rutura de stocks, e à dependência de financiamento recorrente, julgou-se importante analisar, no âmbito das disposições legais, quais poderiam ser os possíveis impactos na situação económica e financeira das farmácias no futuro próximo tendo em conta as alterações de composição do preço do medicamento conhecidas. Em matéria das margens máximas de comercialização para os medicamentos, se recuarmos cinco anos, podemos constatar diversas alterações nas disposições legais. Senão vejamos, de 2007 até ao 1.º semestre de , as margens máximas eram de 18,25% sobre o preço de venda ao público (PVP) deduzido do IVA, para os medicamentos comparticipados e, de 20% para os medicamentos sujeitos a receita médica não comparticipados. A partir do 2.º semestre de 2010 até ao final do ano de , a margem de comercialização passou a ser de 20% para ambos os medicamentos, comparticipados ou sujeitos a receita médica não comparticipados. A legislação em vigor a partir de , apresenta as margens máximas de comercialização, numa base regressiva e por escalões de preços de venda ao armazenista (PVA), podendo variar, para preços até 5 euros e 50 euros, respetivamente, 27,9% e 18,4%. Estas alterações, segundo um estudo da ANF, irão implicar um decréscimo da margem bruta das farmácias de 3,4%, nos medicamentos comparticipados, os quais correspondem a aproximadamente 80% do volume de negócios das farmácias. O presente estudo pretende apurar o estado atual e perspetivas futuras das farmácias portuguesas, analisando a sua viabilidade financeira. Para atingir este objetivo, num 1 Decreto-Lei n.º 65/2007 de 14 de março. 2 Decreto-Lei n.º 48-A/2010, de 13 de maio. 3 Decreto-Lei n.º 112/2011 de 29 de novembro. 6

7 primeiro momento procede-se à caracterização da situação relativa ao ano de 2010, tendo por base dados financeiros já conhecidos sobre a situação das farmácias relativa a este período e, num segundo momento, procede-se a uma análise previsional relativa aos anos de 2011 e 2012, tendo por base, quer alguns dados financeiros já disponíveis, quer a informação conhecida sobre a alteração do enquadramento legal do preço do medicamento para o ano de Para possibilitar uma melhor caracterização da realidade do setor, é efetuada uma estratificação do setor das farmácias, subdividindo-o em cinco escalões, tendo por base o volume de negócios. Esta análise permite tornar visíveis os aspetos específicos de cada escalão de farmácias, permitindo uma melhor aferição do setor como um todo. Sintetizando, pretende-se com este estudo caracterizar a realidade e perspetivas financeiras do setor das farmácias, quer por escalão de farmácia (considerando a estratificação efetuada), quer numa avaliação da situação do setor como um todo. Pretende-se ainda proceder à comparação destes dados com a fonte de informação alternativa disponível, relativa às estatísticas do Banco de Portugal, possibilitando a discussão e avaliação crítica dos resultados e conclusões apuradas. 7

8 3. Âmbito e Limitações Âmbito O presente estudo foi realizado pela Universidade de Aveiro com a colaboração da Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda., a pedido da Associação Nacional das Farmácias, e procede à análise e sistematização da informação económica e financeira disponível sobre o setor das farmácias comunitárias. Limitações A análise efectuada apresenta as seguintes limitações de âmbito: Não foram efectuadas estimativas do envelhecimento da população e dos impactos decorrentes do Programa de Ajuda Externa formalizado entre Portugal, o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu; Ausência de análise detalhada, quanto ao grau de endividamento das farmácias face ao sistema bancário; Os dados do Banco de Portugal relativos às Estatísticas de Setor estão organizados em função da designação do CAE (comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializado), que poderá abranger estabelecimentos com outras características, designadamente parafarmácias. Este facto pode justificar a variação verificada na rubrica de vendas e serviços prestados, uma vez que esses estabelecimentos poderão ter, em termos médios, volumes de negócios substancialmente mais baixos. Adicionalmente, os dados do Banco de Portugal apenas incluem farmácias constituídas como sociedades. 8

9 4. Parâmetros do estudo O universo de análise definido para o estudo foi o correspondente à totalidade das farmácias a operar em Portugal. Considerando que os atributos em análise seriam os rendimentos e os gastos que compõe o resultado líquido das farmácias, procurou-se reunir amostras tão significativas quanto possível, que permitissem uma adequada extrapolação dos resultados do estudo para o total do universo. Os dados relativos à faturação foram obtidos por duas fontes de informação distintas, permitindo reunir uma amostra de 2669 farmácias: Dados relativos ao volume de faturação das farmácias, no ano de 2010, de 1930 farmácias (foram apenas consideradas por este critério as farmácias para as quais existiam 12 meses de informação); Volume de faturação das farmácias à A.C.S.S. Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. e a outras entidades, relativas a comparticipação de medicamentos, o que representava uma percentagem média de 52% da faturação total das farmácias. Com base nos dados existentes sobre a faturação de farmácias a estas entidades, foi possível estimar o valor da faturação para 739 farmácias adicionais. No que diz respeito às restantes rubricas das demonstrações financeiras (exceto nos casos em que algo é mencionado em contrário), a amostra utilizada teve por base informação relativa a uma base de dados das declarações para o exercício económico de 2010 da IES Informação Empresarial Simplificada. Esta base de dados, adiante designada dados financeiros das Farmácias, permitiu a obtenção de dados de 1431 farmácias, de forma anónima e não nominativa, destas 1309 sob a forma de sociedades em nome coletivo e as restantes relativas a farmácias propriedade de empresários em nome individual. 9

10 5. Estratificação do setor das farmácias A observação empírica de que as realidades enfrentadas por cada farmácia poderiam variar em função da sua dimensão, levou a que se considerasse oportuno proceder a uma estratificação, subdividindo o setor das farmácias em cinco grupos, tendo por base o volume de negócios. Considerando como ponto de partida os dados do Banco de Portugal relativos à média do volume de negócios do setor (CAE Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializado), no montante de euros, definiram-se cinco escalões, evidenciados no quadro seguinte: Quadro 1 - Limites dos Escalões (valores em euros) A B C D E > De seguida, procedeu-se à distribuição por escalões da amostra dos dados recolhidos relativos ao volume de negócios, constituída por 2669 farmácias. Com base nessa amostra, procedeu-se à extrapolação proporcional para o total do universo nacional, constituído por 2877 Farmácias, apurando o número de farmácias por escalão de volume de negócios, evidenciado no quadro seguinte: Quadro 2 - Distribuição das farmácias por escalões A B C D E TOTAL Vendas 2010 (hmr) Faturação (SNS e outras entidades) TOTAL DE FARMÁCIAS TOTAL DE FARMÁCIAS EXTRAPOLADO % DO TOTAL DE FARMÁCIAS 7% 30% 30% 19% 14% 100% 10

11 A análise das 2669 farmácias incluídas na amostra base permite estabelecer algumas considerações sobre a caracterização das farmácias incluídas em cada grupo. 6. Pressupostos sobre informação financeira Em seguida procedemos à identificação dos pressupostos de cálculo utilizados nas diversas rubricas que compõem o resultado do setor das farmácias, com referência ao ano de Volume de negócios e margem bruta de vendas O apuramento do volume de negócios em cada escalão seguiu a metodologia referida no ponto relativo aos parâmetros do estudo, definindo-se, em função das farmácias incluídas em cada escalão, o respetivo valor médio de faturação. Relativamente ao conjunto de farmácias incluídas em cada um destes escalões foi apurado o custo médio das mercadorias vendidas. Obtiveram-se os seguintes valores relativamente ao volume de negócios, custo das mercadorias vendidas e margem de vendas: Quadro 3 - Valor médio do VN por escalão A B C D E Média Volume de negócios (sem IVA) Custo das mercadorias vendidas CMV em % do VN 74,27% 74,04% 73,99% 73,63% 72,88% 73,61% 11

12 Da análise efetuada aos dados sobre o volume de negócios, calculou-se ainda uma percentagem média de IVA, sendo possível verificar o maior peso relativo de produtos com taxas de IVA superiores nos escalões de farmácias de maior dimensão: Quadro 4 - Taxa média de IVA por escalão A B C D E Taxas de IVA estimadas por escalão 6,72% 6,79% 6,92% 6,95% 7,11% De referir ainda que, quanto à projeção de resultados efetuados com referência 2011 e 2012, foram adotados os seguintes pressupostos 4 : Para 2011, foi considerado um decréscimo de 10,4% no volume de negócios, mantendo-se estável a margem de vendas; Para 2012, foi considerado um decréscimo de 7,66% no volume de negócios, sendo ainda considerado um decréscimo da margem de vendas de 2,8%, estimada em função da legislação entrada em vigor a partir do início de Estrutura de gastos fixos Gastos com o Pessoal Na determinação dos valores médios aplicáveis a esta rubrica, foram utilizadas duas fontes de informação: O número de colaboradores obtido com base nos dados financeiros das Farmácias e, a informação retirada dos anexos A Quadro de pessoal dos Relatórios 4 Fonte: CEFAR Centro de Estudos e Avaliação em Saúde; IMS Health. 12

13 Únicos 5 de Com base nos dados de 1450 farmácias, das quais 1274 constituídas como sociedades comerciais e, 176 como empresários em nome individual, o número médio de colaboradores é de 8. Constata-se, ainda, que o número médio de colaboradores é gradualmente superior à medida que o volume de negócios aumenta, conforme pode ser observado no quadro seguinte: Quadro 5 - N.º médio de colaboradores por escalão A B C D E Média total N.º de colaboradores Acrescentando à análise anterior a variável categoria profissional, ainda que reduzindo a amostra para 505 farmácias, obtemos o seguinte detalhe, para a média do número de colaboradores por escalão: Quadro 6 - N.º médio de colaboradores por categoria e escalão Categorias A B C D E Farmacêuticos Ajudantes Indiferenciados Total Relativamente aos cálculos efetuados com referência ao número médio de colaboradores, é ainda de referir que, atendendo ao facto do setor das farmácias deter uma percentagem considerável (36%) de empresas em nome individual, foi necessário efetuar um ajustamento aos valores apresentados nos quadros de pessoal. Para estas farmácias, a figura do Diretor Técnico/Proprietário não é considerada nas estatísticas iniciais, pelo que, nesses casos, foi somado um colaborador adicional, tendo sido posteriormente recalculados os valores médios, de modo a corrigir esse efeito. 5 Fonte: CEFAR Centro de Estudos e Avaliação em Saúde. 13

14 O salário bruto atribuído considerado para cada uma das categorias profissionais teve por base os dados dos Quadros de Pessoal das Farmácias de 2009, assumindo o pressuposto inexistência de atualização salarial para os diversos escalões para o ano de No cálculo dos vencimentos a considerar para cada categoria e escalão optou-se considerar o valor da mediana dos vencimentos e não a sua média, com o objetivo de expurgar os valores outliers existentes nas várias categorias. Os resultados obtidos são os apresentados no quadro seguinte: Quadro 7 - Mediana dos salários por categoria (valores em euros) A B C D E Farmacêuticos Diretor Técnico Farm - Adjunto Farmacêutico Ajudantes Indiferenciados Sub. Refeição Através do número médio de colaboradores por categoria e da mediana dos salários, foram obtidos os valores médios de salário anual por escalão, considerando os 14 meses de remuneração mensal. Foi ainda estimado um montante para as horas de trabalho extraordinário que os colaboradores efetuam para completarem os dias de serviço, correspondente a 12% do salário, tendo-se ainda considerado a taxa social única, considerando a taxa normal de 23,75%, bem como o montante relativo a subsídio de refeição, considerando o seu pagamento em 22 dias durante 11 meses por ano. Os montantes apurados são os indicados no quadro seguinte: 14

15 Quadro 8 - Gastos com o pessoal (valores em euros) A B C D E Salário Horas Extraordinárias Seg. Social Sub. Refeição TOTAL Gastos de depreciação e amortização Os gastos de depreciação foram calculados com base na informação incluída nos dados financeiros das Farmácias. Através destes dados, foi possível apurar um valor médio, por escalão, para os gastos de depreciação, o qual se aproxima de 2% do volume de negócios, conforme detalhado no quadro seguinte: Quadro 9 - Valor médio dos gastos de depreciação e amortização A B C D E Média Gastos de depreciação em % do VN 3,14% 1,91% 1,69% 1,75% 1,86% 1,81% Outros gastos e perdas As restantes rubricas de gastos e perdas, atendendo à sua natureza diversificada e à impossibilidade de análise detalhada de cada uma das rubricas, foram calculadas na sua proporção face ao volume de negócios. Para tal foram utilizados os dados financeiros das Farmácias. Dentro deste conjunto alargado de gastos, foram ainda assim distinguidas três sub-rubricas em concreto: Os fornecimentos e serviços externos, os gastos com impostos (exceto impostos sobre o rendimento) e uma categoria residual que abrange as restantes situações. 15

16 No caso particular dos fornecimentos e serviços externos, apenas foram considerados os dados das farmácias sob forma de sociedade comercial, uma vez que, no caso das farmácias constituídas como empresas em nome individual, parte destes gastos são registados na esfera do proprietário, não estando por esse motivo registados como gastos na empresa. Através dos dados analisados, foi possível apurar um valor médio, por escalão, para os gastos com fornecimentos e serviços externos e os gastos com impostos representam em termos médios aproximadamente, 6% e 2%, do volume de negócios das farmácias, sendo o detalhe por escalão apresentado no quadro seguinte: Quadro 10 - Outros gastos e perdas A B C D E Média FSE's Médio % no VN média 8,46% 5,68% 5,13% 5,18% 6,15% 5,56% Impostos média % no VN média 3,62% 1,59% 1,58% 1,60% 1,88% 1,76% Outros gastos e perdas % no VN média 0,12% 0,01% 0,00% 0,01% 0,05% 0,02% De referir ainda, quanto à projeção de resultados efetuados com referência 2011 e 2012, que os montantes da rubrica de fornecimentos e serviços externos foram atualizados de acordo com a taxa de inflação de 2011 (3,7%) e com taxa de inflação prevista para 2012 (3,5%), tendo por base dados do Instituto Nacional de Estatística. 16

17 Gastos e perdas de financiamento No apuramento dos gastos e perdas de financiamento, foi tomado em consideração o cálculo do valor médio da rubrica Financiamentos obtidos apresentada por 1431 farmácias, através dos dados financeiros das Farmácias. Atendendo aos valores médios dos financiamentos obtidos, foi considerado um prazo de vida útil médio para liquidação dos valores em dívida de 10 anos (prazo definido com base no conhecimento do mercado financeiro e nos prazos normalmente concedidos pelas instituições financeiras), sendo considerada uma taxa de juro equivalente à média da taxa de referência Euribor 6 Meses 6 para os últimos 10 anos (2,9%), acrescida de um Spread calculado como a média ponderada de 2% para os anos de 2001 a 2008 e de 5% para os dois anos seguintes, refletindo o agravamento das condições de financiamento entretanto ocorrido. Destes cálculos resulta uma taxa média de custo de financiamento de 5,5% para o ano de Desta análise resultaram gastos de financiamento de euros, para a farmácia média, o que compara com euros de acordo com as estatísticas do Banco de Portugal. O motivo provável da discrepância relaciona-se com o facto de a rubrica Financiamentos obtidos incluir não só o financiamento bancário remunerado, mas também os financiamentos obtidos junto dos participantes no capital, designadamente, suprimentos de sócios, que na maioria dos casos não são remunerados. Considerando esta realidade, optou-se por considerar o montante de gastos de financiamento da farmácia média apresentado nas estatísticas do Banco de Portugal, alocando o financiamento relativo a cada escalão de forma proporcional, tomando em consideração os montantes apurados de acordo com a metodologia de cálculo anteriormente descrita. O detalhe do cálculo apresenta-se de acordo com o quadro que se segue: Quadro 11 - Apuramento de gastos de financiamento para 2010 A B C D E Média Dívida Média Taxa de juro estimada 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% Custo encargos de financiamento (base) Gasto de juros por categoria de farmácia Ficheiro histórico das taxas de juro Euribor 6 meses do Banco de Portugal. 17

18 De quadro acima apresentado é possível inferir que, embora por regra, o aumento do financiamento e dos gastos de financiamento acompanhe o aumento do volume de negócios, para os escalões A e B, a mesma tendência não se verifica. De facto, para as farmácias do escalão A o nível de endividamento é superior ao das farmácias do escalão B, fator que indicia o recurso a financiamento externo para fazer face a défices de exploração. Relativamente à projeção dos gastos de financiamento para 2011 e 2012, foi mantido o critério explicitado relativamente ao ano de 2010, fazendo apenas refletir o efeito dos aumentos dos spreads na taxa de financiamento, efetuando para 2011 a média ponderada de 2% para os anos de 2002 a 2008 e de 5% para os três anos seguintes, e para 2012, a média ponderada de 2% para os anos de 2002 a 2008 e de 5% para os quatro anos seguintes. As taxas de juro resultantes deste cálculo foram de 5,8% e 6,1%. Os valores relativos a 2011 são apresentados no quadro seguinte: Quadro 12 - Projeção de gastos de financiamento para 2011 A B C D E Dívida Média Taxa de juro estimada 5,8% 5,8% 5,8% 5,8% 5,8% Custo encargos de financiamento (base) Gasto de juros por categoria de farmácia Os valores relativos a 2012 são apresentados no quadro seguinte: Quadro 13 - Projeção de gastos de financiamento para 2012 A B C D E Dívida Média Taxa de juro estimada 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% Custo encargos de financiamento (base) Gasto de juros por categoria de farmácia

19 6.3. Imposto sobre o rendimento Considerando as regras decorrentes do código do IRC para os períodos de 2010, 2011 e 2012, optou-se por subdividir o cálculo do imposto sobre o rendimento em duas situações, conforme o resultado antes de imposto 7 de cada escalão de farmácias: No caso de o resultado antes de imposto ser positivo, foi definida uma percentagem de IRC calculado relativamente ao resultado antes de impostos, definida tendo como base a estatística de 2010 do Banco de Portugal para o setor das farmácias. Para estes casos, foi apurada uma taxa de imposto de 27,63%; No caso de o resultado antes de imposto ser negativo, considerou-se relevante estimar a parcela de tributações autónomas a liquidar em sede de IRC. As taxas de tributação autónomas correspondem a uma percentagem (variável, mas nas situações mais representativas de 10%) de imposto a liquidar que incide sobre um conjunto de despesas (essencialmente as associadas à utilização de viaturas ligeiras, despesas de representação e despesas não documentadas). Desta forma, estimou-se, para cada escalão de farmácia, qual a percentagem dos fornecimentos e serviços externos sujeitos a pagamento de tributação autónoma, calculando o respetivo valor de tributação, para os casos em que o resultado antes de imposto se apresentasse negativo. Apesar deste ser devido, no caso de farmácias com prejuízo fiscal, não foi estimado qualquer montante para o pagamento especial por conta, dada a sua natureza reversível, em caso de apresentação de lucro tributável nos quatro períodos seguintes. De notar no entanto que, no caso de farmácias com resultado antes de imposto negativo, em caso de manutenção dessa situação durante quatro anos, esse custo tornar-se-á efetivo, não estando o mesmo considerado no cálculo do imposto estimado. O cálculo do imposto sobre o rendimento aplicável a situações em que o resultado antes de imposto médio do escalão tenha sido negativo, apresenta-se de acordo com o quadro seguinte: 7 Para este efeito são ignorados eventuais efeitos decorrentes de correções à matéria coletável, considerando-se que o resultado antes de imposto é equivalente ao lucro tributável. 19

20 Quadro 14 - Apuramento de imposto sobre o rendimento do exercício em caso de inexistência de lucro tributável Descritivo A B C D E Fornecimentos e serviços externos (FSE) Resultado Antes de Imposto (RAI) (61.245) Estimativa de FSE com tributação autónoma (TA) 15% 12% 9% 7% 5% Estimativa de de base de cálculo de TA Taxa Trib. Autónoma - prej. Fiscal 10% 10% 10% 10% 10% Valor TA (em caso de prejuizo fiscal) Nas projeções efetuadas para os anos de 2011 e 2012, o procedimento foi idêntico. É no entanto de assinalar que para estes anos, a taxa de tributação autónoma aplicada é agravada em 10% (20% no total, na maioria dos casos) para empresas que não apresentem lucro tributável. A estimativa de cálculo do imposto sobre o rendimento aplicável a situações em que o resultado antes de imposto médio estimado do escalão se apresente negativo, apresenta-se de acordo com o quadro seguinte, para o período de 2011: Quadro 15 - Apuramento de imposto sobre o rendimento do exercício em caso de inexistência de lucro tributável Descritivo A B C D E Fornecimentos e serviços externos (FSE) Resultado Antes de Imposto (RAI) (72.107) (8.829) Estimativa de FSE com tributação autónoma (TA) 15% 12% 9% 7% 5% Estimativa de de base de cálculo de TA Taxa Trib. Autónoma - prej. Fiscal 20% 20% 20% 20% 20% Valor TA (em caso de prejuizo fiscal)

21 No quadro seguinte, apresenta-se a estimativa relativa ao período de 2012: Quadro 16 - Apuramento de imposto sobre o rendimento do exercício em caso de inexistência de lucro tributável Descritivo A B C D E Fornecimentos e serviços externos (FSE) Resultado Antes de Imposto (RAI) (87.638) (41.995) (38.881) (29.314) (21.178) Estimativa de FSE com tributação autónoma (TA) 15% 12% 9% 7% 5% Estimativa de de base de cálculo de TA Taxa Trib. Autónoma - prej. Fiscal 20% 20% 20% 20% 20% Valor TA (em caso de prejuizo fiscal) Demonstrações dos Resultados do setor das farmácias Tomando em consideração os parâmetros analisados no estudo, a estratificação efetuada com o objetivo de analisar cinco escalões de farmácias, da perspetiva do volume de negócios, e ainda, os pressupostos descritos relativos à apresentação da informação financeira, foi possível preparar um conjunto de demonstrações dos resultados representativas, quer da situação das farmácias no ano de 2010 (uma relativa à farmácia média do seu escalão e outra com os valores agregados do escalão e do setor), quer da evolução previsional para os anos de 2011 e 2012: 21

22 Quadro 17 - Demonstração dos resultados por escalões de farmácias (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL A B C D E Farmácia média Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,73% ,96% ,01% ,37% ,12% ,39% Fornecimentos e serviços externos (29.543) 8,47% (44.562) 5,81% (62.363) 5,01% (87.120) 5,07% ( ) 6,22% (73.065) 5,56% Gastos com o pessoal ( ) 29,65% ( ) 16,11% ( ) 15,27% ( ) 13,90% ( ) 11,25% ( ) 14,22% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (13.242) 3,80% (12.420) 1,62% (19.718) 1,58% (27.661) 1,61% (52.713) 2,12% (23.461) 1,79% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (42.276) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (11.107) 3,19% (14.875) 1,94% (21.057) 1,69% (29.977) 1,74% (50.753) 2,04% (24.601) 1,87% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (53.383) Juros e gastos similares suportados (7.862) 2,26% (7.436) 0,97% (9.424) 0,76% (12.815) 0,75% (27.079) 1,09% (11.963) 0,91% Resultado antes de impostos (61.245) Imposto sobre o rendimento do período (443) # (3.857) # (14.104) # (26.513) # (45.790) # (17.140) Resultado líquido do período (61.689) -17,69% ,32% ,97% ,04% ,83% ,10% Quadro 18 - Demonstração dos resultados por escalões de farmácias - valor agregado do mercado (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - SETOR A B C D Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Bruta Fornecimentos e serviços externos ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Gastos com o pessoal ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos ( ) Gastos / reversões de depreciação e de amortização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) ( ) Juros e gastos similares suportados ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado antes de impostos ( ) Imposto sobre o rendimento do período (84.641) # ( ) # ( ) # ( ) # ( ) # ( ) Resultado líquido do período ( ) E Setor 22

23 Quadro 19 - Demonstração dos resultados por escalões de farmácias - projeção 2011 (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS A B C D E Farmácia média Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,73% ,96% ,01% ,37% ,12% ,39% Fornecimentos e serviços externos (30.636) 9,81% (46.211) 6,72% (64.670) 5,80% (90.343) 5,87% ( ) 7,20% (75.768) 6,43% Gastos com o pessoal ( ) 33,10% ( ) 17,98% ( ) 17,05% ( ) 15,52% ( ) 12,55% ( ) 15,87% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (13.242) 4,24% (12.420) 1,81% (19.718) 1,77% (27.661) 1,80% (52.713) 2,37% (23.461) 1,99% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (52.697) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (11.107) 3,56% (14.875) 2,16% (21.057) 1,89% (29.977) 1,95% (50.753) 2,28% (24.601) 2,09% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (63.804) (976) Juros e gastos similares suportados (8.302) 2,66% (7.853) 1,14% (9.952) 0,89% (13.533) 0,88% (28.596) 1,29% (12.632) 1,07% Resultado antes de impostos (72.107) (8.829) Imposto sobre o rendimento do período (919) # (1.109) # (4.014) # (12.397) # (24.455) # (7.526) Resultado líquido do período (73.026) (9.938) Rácio de rendibilidade das vendas -23,38% -1,45% 0,94% 2,11% 2,88% 0,92% Quadro 20 - Demonstração dos resultados por escalões de farmácias - projeção 2012 (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS A B C D E Farmácia média Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,93% ,16% ,21% ,57% ,32% ,59% Fornecimentos e serviços externos (31.494) 10,92% (47.505) 7,48% (66.481) 6,45% (92.873) 6,53% ( ) 8,01% (77.889) 7,16% Gastos com o pessoal ( ) 35,84% ( ) 19,47% ( ) 18,46% ( ) 16,80% ( ) 13,60% ( ) 17,18% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (13.242) 4,59% (12.420) 1,96% (19.718) 1,91% (27.661) 1,95% (52.713) 2,57% (23.461) 2,16% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (67.787) (18.849) (7.343) (738) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (11.107) 3,85% (14.875) 2,34% (21.057) 2,04% (29.977) 2,11% (50.753) 2,47% (24.601) 2,26% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (78.895) (33.724) (28.400) (15.062) (25.338) Juros e gastos similares suportados (8.744) 3,03% (8.271) 1,30% (10.481) 1,02% (14.252) 1,00% (30.116) 1,47% (13.304) 1,22% Resultado antes de impostos (87.638) (41.995) (38.881) (29.314) (21.178) (38.643) Imposto sobre o rendimento do período (945) (1.140) (1.197) (1.300) (1.645) (1.249) Resultado líquido do período (88.583) (43.135) (40.078) (30.615) (22.823) (39.891) Rácio de rendibilidade das vendas -30,71% -6,79% -3,89% -2,15% -1,11% -3,67% 23

24 8. Comparativo com a informação disponível junto do Banco de Portugal Os dados apresentados neste estudo têm por base, no essencial, a informação disponível na ANF (associação representativa de 97% das farmácias portuguesas), relativa a dados obtidos junto dos seus associados. Considerou-se no entanto, que seria relevante comparar a informação recolhida por esta via com outra informação disponível publicamente sobre a situação financeira do setor das farmácias. Neste sentido, procedeu-se à consulta da central de balanços do Banco de Portugal, que disponibiliza uma demonstração dos resultados que pretende representar a empresa média do setor definido em termos do CAE Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados. Considerou-se útil uma comparação entre esta e a demonstração dos resultados da farmácia média apurada neste estudo. A referida comparação apresenta-se no quadro que se segue: Quadro 21 - Demonstração dos resultados da farmácia média face aos dados do Banco de Portugal (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL Farmácia média Banco Portugal Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) Margem Bruta ,39% ,92% Fornecimentos e serviços externos (73.065) 5,56% (71.119) 5,90% Gastos com o pessoal ( ) 14,22% ( ) 13,48% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (23.461) 1,79% (25.765) 2,14% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos / reversões de depreciação e de amortização (24.601) 1,87% (22.750) 1,89% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos 494 Juros e gastos similares suportados (11.963) 0,91% (11.960) 0,99% Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do período # (17.140) - (16.922) Resultado líquido do período Rácio de rendibilidade das vendas 3,10% 3,68% 24

25 Da comparação entre as duas demonstrações dos resultados a primeira grande constatação é a da sua proximidade quanto à maioria das rubricas (em particular, o resultado líquido do período apurado difere em menos de 10%), o que permite obter um nível acrescido de segurança sobre a análise efetuada. Adicionalmente, é possível comentar algumas das divergências mais significativas à luz de alguns fatores conhecidos: O universo de recolha de dados não é necessariamente igual. Os dados recolhidos no âmbito deste estudo são relativos exclusivamente às farmácias comunitárias a operar em Portugal. A informação disponibilizada pelo Banco de Portugal está organizada em função da designação do CAE (comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializado), que poderá abranger estabelecimentos com outras características, designadamente parafarmácias. Este facto pode justificar a variação verificada na rubrica de vendas e serviços prestados, uma vez que esses estabelecimentos poderão ter, em termos médios, volumes de negócios substancialmente mais baixos; A outra variação significativa verificada, relativa à rubrica de gastos com o pessoal, poderá estar relacionada, no essencial, com o ajustamento efetuado no estudo, relativo à integração nos gastos com o pessoal da figura do Diretor Técnico/Proprietário, nos casos de farmácias constituídas como empresas em nome individual. 25

26 9. Evolução previsional por escalão de dimensão das farmácias 9.1. Farmácia do escalão A As farmácias do escalão A correspondem às farmácias cujo volume de negócio é inferior a euros. De acordo com os valores apurados no estudo, no ano de 2010 existiam 191 farmácias enquadráveis neste escalão, correspondente a 7% do universo das farmácias a operar em Portugal. O quadro seguinte apresenta a demonstração dos resultados da farmácia média deste escalão para o ano de 2010, bem como a análise previsional efetuada com referência aos anos de 2011 e 2012: Quadro 22 - Evolução da demonstração dos resultados da farmácia tipo A (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL est est. Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,73% ,73% ,93% Fornecimentos e serviços externos (29.543) 8,47% (30.636) 9,81% (31.494) 10,92% Gastos com o pessoal ( ) 29,65% ( ) 33,10% ( ) 35,84% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (13.242) 3,80% (13.242) 4,24% (13.242) 4,59% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (42.276) (52.697) (67.787) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (11.107) 3,19% (11.107) 3,56% (11.107) 3,85% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (53.384) (63.804) (78.895) Juros e gastos similares suportados (7.862) 2,26% (8.302) 2,66% (8.744) 3,03% Resultado antes de impostos (61.246) (72.107) (87.638) Imposto sobre o rendimento do período (443) # (919) (945) Resultado líquido do período (61.689) (73.026) (88.583) Rácio de rendibilidade das vendas -17,69% -23,38% -30,71% A análise da situação económico-financeira da farmácia tipo A revela uma situação de grande fragilidade. De facto, a margem bruta apurada é claramente insuficiente face aos custos fixos (apenas os gastos com pessoal seriam suficientes para tornar o resultado negativo). As perspetivas para os anos seguintes traduzem um claro agravar da situação já identificada em As dificuldades já sentidas por este grupo de farmácias poderão ser aferidas através de um indicador relevante adicional: de acordo com a análise efetuada aos gastos de financiamento, para as farmácias do escalão A o nível de endividamento é 26

27 superior ao das farmácias do escalão B, situação que contraria a tendência geral, fator que indicia o recurso a financiamento externo para fazer face a défices de exploração Farmácia do escalão B As farmácias do escalão B correspondem às farmácias cujo volume de negócios oscila entre euros e euros. De acordo com os valores apurados no estudo, no ano de 2010 existiam 856 farmácias enquadráveis neste escalão, correspondente a 30% do universo das farmácias a operar em Portugal. O quadro seguinte apresenta a demonstração dos resultados da farmácia média deste escalão para o ano de 2010, bem como a análise previsional efetuada com referência aos anos de 2011 e 2012: Quadro 23 - Evolução da demonstração dos resultados da farmácia tipo B (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL est est. Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,96% ,96% ,16% Fornecimentos e serviços externos (44.562) 5,81% (46.211) 6,72% (47.505) 7,48% Gastos com o pessoal ( ) 16,11% ( ) 17,98% ( ) 19,47% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (12.420) 1,62% (12.420) 1,81% (12.420) 1,96% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (18.849) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (14.875) 1,94% (14.875) 2,16% (14.875) 2,34% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (976) (33.724) Juros e gastos similares suportados (7.436) 0,97% (7.853) 1,14% (8.271) 1,30% Resultado antes de impostos (8.829) (41.995) Imposto sobre o rendimento do período (3.857) # (1.109) (1.140) Resultado líquido do período (9.938) (43.135) Rácio de rendibilidade das vendas 1,32% -1,45% -6,79% A análise da situação económico-financeira da farmácia tipo B revela, para o ano de 2010, um rácio de rendibilidade das vendas marginalmente positivo. Considerando que os valores apresentados respeitam a uma média, e considerando o elevado número de farmácias incluído neste grupo, é possível inferir, que já em 2010, existe um número 27

28 significativo de farmácias deste escalão em situação de rendibilidade líquida das vendas negativa. As perspetivas para 2011 e 2012 revelam a inversão do sinal do resultado e da rendibilidade líquida das vendas, apresentando-se marginalmente negativo em 2011 e de modo mais significativo, no ano de Farmácia do escalão C As farmácias do escalão C correspondem às farmácias cujo volume de negócios oscila entre euros e euros. De acordo com os valores apurados no estudo, no ano de 2010 existiam 866 farmácias enquadráveis neste escalão, correspondente a 30% do universo das farmácias a operar em Portugal. O quadro seguinte apresenta a demonstração dos resultados da farmácia média deste escalão para o ano de 2010, bem como a análise previsional efetuada com referência aos anos de 2011 e 2012: Quadro 24 - Evolução da demonstração dos resultados da farmácia tipo C (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL est est. Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,01% ,01% ,21% Fornecimentos e serviços externos (62.363) 5,01% (64.670) 5,80% (66.481) 6,45% Gastos com o pessoal ( ) 15,27% ( ) 17,05% ( ) 18,46% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (19.718) 1,58% (19.718) 1,77% (19.718) 1,91% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (7.343) Gastos / reversões de depreciação e de amortização (21.057) 1,69% (21.057) 1,89% (21.057) 2,04% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (28.400) Juros e gastos similares suportados (9.424) 0,76% (9.952) 0,89% (10.481) 1,02% Resultado antes de impostos (38.881) Imposto sobre o rendimento do período (14.104) (4.014) (1.197) Resultado líquido do período (40.078) Rácio de rendibilidade das vendas 2,97% 0,94% -3,89% A análise da situação económico-financeira da farmácia tipo C revela, para o ano de 2010, um rácio de rendibilidade das vendas próximo de 3%. Com a redução do volume de negócios estimada para 2011, verifica-se que a rentabilidade líquida das vendas da média 28

29 do escalão se aproxima de zero. À semelhança do referido no caso das farmácias do escalão B, é possível inferir, que já em 2011, existe um número significativo de farmácias deste escalão em situação de rendibilidade líquida das vendas e resultado líquido negativo. Para o ano de 2012, a perspetiva é a estimativa do efeito das alterações operadas no mercado, tem como consequência o apuramento de um resultado e rentabilidade líquida das vendas claramente negativa, de aproximadamente (4%) Farmácia do escalão D As farmácias do escalão D correspondem às farmácias cujo volume de negócios oscila entre euros e euros. De acordo com os valores apurados no estudo, no ano de 2010 existiam 541 farmácias enquadráveis neste escalão, correspondente a 19% do universo das farmácias a operar em Portugal. O quadro seguinte apresenta a demonstração dos resultados da farmácia média deste escalão para o ano de 2010, bem como a análise previsional efetuada com referência aos anos de 2011 e 2012: Quadro 25 - Evolução da demonstração dos resultados da farmácia tipo D (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL est est. Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,37% ,37% ,57% Fornecimentos e serviços externos (87.120) 5,07% (90.343) 5,87% (92.873) 6,53% Gastos com o pessoal ( ) 13,90% ( ) 15,52% ( ) 16,80% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (27.661) 1,61% (27.661) 1,80% (27.661) 1,95% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos / reversões de depreciação e de amortização (29.977) 1,74% (29.977) 1,95% (29.977) 2,11% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (15.062) Juros e gastos similares suportados (12.815) 0,75% (13.533) 0,88% (14.252) 1,00% Resultado antes de impostos (29.314) Imposto sobre o rendimento do período (26.513) (12.397) (1.300) Resultado líquido do período (30.615) Rácio de rendibilidade das vendas 4,04% 2,11% -2,15% 29

30 A análise da situação económico-financeira da farmácia tipo D revela, para o ano de 2010, um rácio de rendibilidade das vendas próximo de 4%. Neste escalão, verifica-se uma redução gradual dos resultados e rendibilidade das vendas, atingindo valores negativos em Farmácia do escalão E As farmácias do escalão E correspondem às farmácias cujo volume de negócios é superior a euros. De acordo com os valores apurados no estudo, no ano de 2010 existiam 423 farmácias enquadráveis neste escalão, correspondente a 14% do universo das farmácias a operar em Portugal. O quadro seguinte apresenta a demonstração dos resultados da farmácia média deste escalão para o ano de 2010, bem como a análise previsional efetuada com referência aos anos de 2011 e 2012: Quadro 26 - Evolução da demonstração dos resultados da farmácia tipo E (valores em euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS - INDIVIDUAL est est. Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) ( ) Margem Bruta ,12% ,12% ,32% Fornecimentos e serviços externos ( ) 6,22% ( ) 7,20% ( ) 8,01% Gastos com o pessoal ( ) 11,25% ( ) 12,55% ( ) 13,60% Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas (52.713) 2,12% (52.713) 2,37% (52.713) 2,57% Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos / reversões de depreciação e de amortização (50.753) 2,04% (50.753) 2,28% (50.753) 2,47% Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e gastos similares suportados (27.079) 1,09% (28.596) 1,29% (30.116) 1,47% Resultado antes de impostos (21.178) Imposto sobre o rendimento do período (45.790) (24.455) (1.645) Resultado líquido do período ,83% (22.823) Rácio de rendibilidade das vendas 4,83% 2,88% -1,11% A análise da situação económico-financeira da farmácia tipo E revela, para o ano de 2010, um rácio de rendibilidade das vendas próximo de 5%. Este escalão é aquele que demonstra maior resiliência, face à maior capacidade de diluição de gastos fixos. Ainda 30

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