SANDRO FREITAS LEAL AS INOVAÇÕES NA PRISÃO PREVENTIVA: A PARTIR DA LEI /11 PORTO ALEGRE

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1 SANDRO FREITAS LEAL AS INOVAÇÕES NA PRISÃO PREVEN NTIVA: A PARTIR DA LEI /11 PORTO ALEGRE

2 SANDRO FREITAS LEAL AS INOVAÇÕES NA PRISÃO PREVENTIVA: A PARTIR DA LEI /11 Monografia de Pós Graduação apresentada à Faculdade de Direito do Centro Universitário Ritter dos Reis, como requisito parcial do título de Pós Graduado em Direito Penal e Processo Penal. Orientadora: Professora Mestre Letícia Sinatora das Neves. PORTO ALEGRE

3 Dedico este trabalho à minha querida orientadora Letícia Sinatora das neves pela extrema dedicação e esforço na ajuda do mesmo feito. 3

4 RESUMO O presente trabalho consiste em um estudo acerca das inovações na prisão preventiva a partir da Lei n /2011. Busca através de uma análise crítica e detalhada de seus princípios orientadores e limitadores, identificar e resgatar a real natureza da medida bem como seu objeto de tutela, de forma a estabelecer um paradigma com a atual forma da sua utilização, hoje, excessiva. A prisão Preventiva, medida cautelar de segregação pessoal, notável por seu caráter excepcional, tem sido utilizada, de maneira desproporcional em total descompasso com a sua natureza cautelar e excepcional. A Lei n /11 alterou o Código de Processo Penal, introduzindo novas medidas cautelares como alternativas à decretação da prisão preventiva. O trabalho também aborda os diversos fatores que têm impulsionado à massificação da prisão preventiva, a ponto de resultar um elevado número de presos provisórios. 4

5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...6 CAPÍTULO I PRISÃO PREVENTIVA CONCEITO DE PRISÃO PREVENTIVA FUNDAMENTOS E PRESSUPOSTOS PARA APLICAÇÃO PRINCÍPIOS RELACIONADOS À PRISÃO PREVENTIVA PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU DE NÃO CULPABILIDADE PRINCÍPIO DA JURISDICIONALIDADE E MOTIVAÇÃO PRINCÍPIO DA PROVISIONALIDADE PRINCÍPIO DA PROVISORIEDADE PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA X PRISÃO PREVENTIVA...30 CAPÍTULO II INOVAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI / DAS MEDIDAS CAUTELARES DOS ATUAIS CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA CASOS PRÁTICOS: ANÁLISE DE JURISPRUDÊNCIA REFLEXÕES SOBRE A NOVA LEI...56 CONCLUSÃO...59 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

6 INTRODUÇÃO O presente estudo versará sobre o instituto da prisão preventiva, com enfoque nas recentes alterações proferidas pela Lei n /11, que afetara o regime jurídico das Medidas Cautelares Pessoais. O problema elencado é no tocante a recepção das inovações pelos autores de direito. Em outras palavras, os juízes, promotores, defensores, estão se dedicando aos novos contornos trazidos pela lei, e atuando de forma prática quanto à aplicação das novas medidas cautelares, deixando como exceção à decretação da prisão preventiva. No primeiro capítulo, será abordado brevemente o histórico acerca da prisão preventiva, no intuito de contextualizar a sua utilização dentro do sistema penal. Ainda nesse capítulo, será explicado o conceito atribuído à prisão preventiva dentro da legislação brasileira, com fundamentos teóricos. Da mesma forma, serão estudados os fundamentos e pressupostos para aplicação da prisão preventiva (garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal), bem como os requisitos e pressupostos para ser válida a decretação (periculum libertatis e fumus comissi delicti), que é a prova de materialidade e indícios de autoria. Ademais, também serão trabalhados nesta monografia, os princípios relacionados à prisão preventiva, que são as fontes de adequação para uma aplicação legal do instituto. Para finalizarmos o primeiro capítulo, será feita uma exposição sobre a presunção de inocência e prisão preventiva, apresentando os momentos e requisitos anteriores a sua decretação. O segundo capítulo, por sua vez, versará acerca das inovações introduzidas no ordenamento jurídico pela Lei /11. 6

7 Serão estudadas as novas medidas cautelares, com origem na Lei nº /11, cujo objetivo é evitar a aplicação da prisão preventiva, utilizandose das medidas cautelares diversa à prisão. Em estudo mais específico, encontra-se no presente trabalho, os atuais critérios para aplicação da prisão preventiva, ou seja, o momento no qual poderá ser cabível a prisão preventiva. Outrossim, será analisado as inovações trazidas pela Lei /11, demonstrando quais são as novas medidas, bem como a abordagem do seu conteúdo, verificando, assim, quais são os atuais critérios para sua aplicação e verificar se têm sido observado pela jurisprudência. Para isso, se fez uma pesquisa jurisprudencial analisando o conteúdo dos acórdãos, no intuito de verificar se os Tribunais estão aplicando as medidas cautelares ao invés da prisão preventiva. Diante disso, foi realizada uma pesquisa jurisprudencial no período de quatro meses no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, para verificar quais foram os principais argumentos utilizados para decretar ou afastar o instituto da prisão preventiva. Finalmente, como toda reforma parcial traz inconsistência e incoerência sistêmica, uma vez que se altera somente um ponto específico de todo um ordenamento jurídico, será feita uma abordagem a respeito dos aspectos positivos e negativos, dos novos regramentos contidos na lei. 7

8 CAPÍTULO I PRISÃO PREVENTIVA. 1. CONCEITO DE PRISÃO PREVENTIVA A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar que tem por finalidade restringir a liberdade do acusado. A prisão preventiva não é tão antiga, ela é recente, e veio para limitar as penas de suplício e o poder do estado. Luigi Ferrajoli ao fazer um estudo aprofundado em relação à origem da prisão cautelar, diversos autores entendem de forma distinta, portanto foi averiguado que a prisão preventiva surgiu antes da existência da chamada prisão pena, ou seja, antes da prisão ser utilizada primordialmente como cumprimento da sentença penal condenatória. Ela já se destinava a reter o condenado com o fim de garantir eventual aplicação da pena. 1 O autor Luigi Lucchini bem explica quanto aos avanços da prisão preventiva, e menciona que o Código de Processo Penal foi elaborado em 1941, no governo de Getúlio Vargas, e passou a ser permitida a prisão preventiva de forma mais arbitrária. A prisão preventiva teve seus limites e justificativas ampliadas, sendo instituída a modalidade de prisão preventiva obrigatória nos casos em que o delito praticado tivesse previsto em lei pena de reclusão igual ou superior a dez anos, estando dispensado qualquer outro requisito além da prova que indiciasse criminalmente o acusado. A prisão preventiva obrigatória manteve-se até o ano de No final da década de 60, importantes modificações no Código de 1941 foram realizadas e continuam fazendo parte do ordenamento jurídico atual como a redação de que ninguém poderá ser preso antes da sentença condenatória definitiva. Com a Constituição de 1988, passa a ocorrer a democratização do processo penal, sendo o indivíduo valorizado frente ao Estado, que passa a 1 FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão. Teoria do Garantismo Penal. Tradução de Ana Paula Zomer. São Paulo: Revista dos Tribunais, p Titulo original: Diritto e Ragione. 2 LUCCHINI, Luigi. Elementi di Procedura Penale, 1921, p. 37, apud MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. Campinas: Bookseller, v. 1. p

9 estar legitimado, tendo como fim a tutela dos cidadãos e dos seus direitos fundamentais, no sentido de alcançar o bem comum. Nesse sentido destaca-se a lição de Coutinho Miranda: [...] com a promulgação da Constituição de 1988, essa base principiológica do instituto da prisão preventiva está superada. Por isso, é preciso delinear os limites da prisão preventiva, considerando a redação do art. 312, do Código de Processo Penal, a partir de um novo paradigma garantidor dos princípios processuais encartados no texto constitucional. 3 A partir da vigência da Constituição Federal de 1988, a prisão antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, por ser medida extrema e excepcional, só se justifica quando demonstrada a sua real necessidade. A prisão preventiva é uma espécie do gênero medida cautelar e tem finalidade de assegurar o bom andamento da instrução criminal, previsto expressamente no Capítulo III, artigos 311 à 316 do Código de processo Penal. Portanto, conforme Renato Sérgio em debates no Fórum Brasileiro de Segurança Pública mencionou que a prisão preventiva vem apresentando índices crescentes, sendo utilizadas como medidas de proteção e defesa social, sendo colocado em segundo plano o juízo de necessidade da medida e considerado o de conveniência. 4 No mesmo sentido, para Tourinho Filho o entendimento de prisão preventiva é a preventiva é aquela medida restritiva da liberdade determinada pelo Juiz, em qualquer fase do inquérito ou da instrução criminal, como medida cautelar. Seja para garantir eventual execução da pena, seja para preservar a ordem pública, ou econômica, seja por conveniência da instrução criminal. 5 Posteriormente houve duas mudanças que foram: a inclusão da decretação da prisão preventiva como garantia da ordem econômica e o 3 MIRANDA Coutinho, Jacinto Nelson de. Introdução aos Princípios gerais do Direito Processual Penal Brasileiro. Curitiba, a.30, n.30, p In, Renato Sérgio de et. al. (org.). Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2007, p TOURINHO Filho, Fernando da Costa. Processo Penal. 10 ed. São Paulo: Saraiva, V.3. p

10 emprego da expressão indício suficiente de autoria em vez de indícios suficientes de autoria. Após esta modificação de 1994 o artigo 312 do Código de Processo Penal passou a ter a seguinte redação: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia de ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. O artigo 312 do Código de Processo Penal autoriza a decretação da prisão preventiva visando à garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal e para a aplicação da lei penal. Norberto Pâncaro Avena entende que é justificável a prisão preventiva, como garantia da ordem pública, se o acusado estando em liberdade, causar algum tipo de temor social no sentido de que volte a cometer novos delitos, em razão do referido apresentar um elevado grau de periculosidade. 6 Assevera Aury Lopes Junior em dizer que as prisões preventivas para garantia da ordem pública ou da ordem econômica não são cautelares e, portanto, são substancialmente inconstitucionais. 7 Segundo o artigo 311 do CPP, ela pode ser decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial. Não se fala em instrumentalidade em relação aos requisitos garantia da ordem pública e ordem econômica, por serem extremamente vagos e imprecisos, pois não visam o processo em si, mas o bem estar social. Em relação à instrução criminal e a aplicação da lei penal, Eugênio Pacelli de Oliveira entende que: É assegurado que as prisões preventivas por conveniência da instrução criminal e também para assegurar a aplicação da lei penal 6 AVENA, Norberto Clâudio Pâncaro. Processo Penal. 2. Ed. São Paulo: Método, P LOPES JÙNIOR, Aury. Introdução Crítica ao Processo Penal (Fundamentos da Instrumentalidade Garantista). 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

11 são evidentemente instrumentais, porquanto se dirigem diretamente à tutela do processo, funcionando como medida cautelar para a garantia da efetividade do processo principal, ou seja, a ação penal. 8 A aplicabilidade da prisão preventiva deve ser usada nos casos extremos assim trata José Frederico Marques, fala que é preciso restringir sua utilização aos casos extremos, sob pena de se ferir preceitos constitucionais das garantias individuais, negando-se o princípio da presunção de inocência. 9 A prisão preventiva não tem apenas como seu principal requisito, assegurar o acusado para uma futura aplicação da lei penal, existe também fundamentos que visa à defesa social, tais como a garantia da ordem pública e a ordem econômica. Como bem assinala Paulo Rangel: A prisão preventiva como medida de natureza cautelar não pode ser utilizada como instrumento de punição antecipada do indiciado ou do réu. A prisão preventiva não pode e não deve ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito. A prisão preventiva, não objetiva infligir punição àquele que sofre a sua decretação, mas destina-se, considerada a função cautelar que lhe é inerente, a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal. 10 A aplicação da prisão preventiva contra o acusado, somente seria legítima nas hipóteses de extrema necessidade, eis que tal medida só pode segregar o cidadão se estiver revestida de caráter cautelar, sob pena de se punir antecipadamente. Atualmente a prisão preventiva é a principal modalidade de prisão cautelar existente no nosso ordenamento jurídico, da qual advêm as demais modalidades de prisões processuais, cuja finalidade coincide com os fins do 8 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 7.ed.rev. atual. E ampl. Belo Horizonte: Del Rey, p MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. Vol. IV, 2ª ed. São Paulo: Millennium, p RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 13.ed. ver. Ampl. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

12 processo penal, ou seja, garantir a utilidade e eficácia do futuro provimento jurisdicional. A decisão que decreta a prisão preventiva do indivíduo é uma decisão interlocutória que possui conteúdo decisório e não pôe fim ao processo, embora no Código de Processo Penal se refira a decretação de prisão como sendo feita através de simples despacho fundamentado. Desta decisão interlocutória não cabe recurso somente sendo possível atacá-la através de Habeas Corpus. Quanto à aplicabilidade da lei penal, a prisão preventiva deverá ser decretada quando houver fuga ou uma suspeita razoável de que o acusado ou indiciado vá fugir, tentando escapar à ação dos órgãos da persecução penal. A decretação da prisão preventiva com fundamento na conveniência da instrução criminal para Elmir Duclerc é cabível quando surge alguma evidência de que o réu está a ameaçar testemunhas, ou destruir evidências materiais do crime. Porém é necessário que essa preservação à instrução seja revelada por fatos concretos e não em meras suposições. 11 Hidejalma Muccio sustenta que a prisão só deve ocorrer depois do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, quando considerado culpado, tratando-se de prisão-pena. 12 Atualmente, os nossos tribunais estão utilizando o requisito garantia da ordem pública para embasar a decretação da prisão preventiva a fim de se evitar a prática reiterada de crimes, bem como o requisito da reincidência para manter a prisão preventiva. Assim, a aplicação da lei penal e a garantia da instrução criminal são requisitos estritamente instrumentais, ou seja, visam única e exclusivamente a proteção do processo penal. Ao analisar um apanhado dos números disponíveis sobre presos preventivos no Brasil, deve-se deixar claro que mesmo pesquisando em fontes oficiais, referem-se sempre a presos provisórios e não específico de presos preventivos, levando em conta que presos provisórios podem ser aqueles que 11 DUCLERC, Elmir.Curso Básico de Direito Processual Penal. Rio de janeiro: Lumen Juris, V.2. p MUCCIO, Hidejalma. Prática de Processo Penal Teoria e Prática. São Paulo: Edipro, p

13 cumprem medida de prisão temporária e preventiva, normalmente quando a primeira tem seu prazo expirado, passa a ser utilizada a segunda. De acordo com o relatório do InfoPen, disponibilizado pelo Departamento Penitenciário Nacional DEPEN, o Brasil teve um grande índice de presos provisórios no decorrer dos anos, com grandes variações e relativo aumento de índice. 13 No ano de 2000 até 2010 mostra o total abuso e descontrole do nosso sistema carcerário, pois dobrou esse número nesses últimos anos, chegando a mais de 100% de presos sem um julgamento no Brasil. Até o ano de 2009, tinha cerca de 450 mil presos, sendo 43% provisórios. Em oito anos o número de presos provisórios pulou de 43 mil para 130 mil. Essa porcentagem de 43% de presos provisórios é diferente nas unidades da Federação, como exemplo o Distrito Federal possui o menor percentual que é de 20%, enquanto o Piauí é o maior percentual de 74%. De qualquer forma, uma em cada cinco destas prisões é provisória. Isso se deve à banalização da prisão cautelar, hoje concedida rotineiramente pelos juízes de primeira instância, que muitas vezes apenas homologam as prisões em flagrante realizada pela polícia, sem que haja fundamentação apropriada. Atualmente encontram-se presos preventivamente mais de 210 mil pessoas, representa em média 44% dos presos no Brasil. Assim, esperamos que na próxima década esses números venham a diminuir pelo advento da nova lei que foi criada para obter essa meta. 1.2 FUNDAMENTOS E PRESSUPOSTOS PARA APLICAÇÃO Foi analisado até então, que a prisão preventiva apresenta-se dentro do ordenamento jurídico como a principal modalidade de prisão cautelar, uma vez que poderá ser decretada a qualquer momento, mesmo antes do oferecimento da denúncia, desde que obedecidos os pressupostos que a autorizem e devidamente fundamentada pelo magistrado

14 Encontramos expressamente no artigo 311 do Código de Processo Penal, o momento cabível para a decretação da prisão preventiva. Ainda, de acordo com o mesmo dispositivo, possuem legitimidade para requerê-la o juiz (de ofício), o Ministério Público, o querelante ou a autoridade policial, mediante representação. Fernando da Costa Tourinho Filho define: Somente poderá ser decretada a prisão preventiva dentro daquele mínimo indispensável, por ser de incontrastável necessidade e, assim mesmo, sujeitando-a a pressupostos e condições, evitando-se ao máximo o comprometimento do direito de liberdade que o próprio ordenamento jurídico tutela e ampara. 14 Norberto Cláudio Pâncaro Avena explica que nos termos do artigo 315 do CPP, e também no artigo 93, IX, da CF, o decreto da prisão preventiva deve ser fundamentado quanto aos pressupostos e motivos ensejadores. Isto não significa, obviamente, fundamentação extensa. Pode o juiz motivá-la objetivamente, desde que, porém, externe as razões de seu convencimento de forma a permitir que a defesa possa apresentar argumentos contrários em eventual impugnação que venha a deduzir. 15 Vale salientar o disposto no artigo 315 do Código de Processo Penal, assim transcrito: O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado. A necessidade de motivar decisão ainda encontra guarida no artigo 5º, inciso LXI e no artigo 93, inciso IX da Constituição Federal. Paulo Alves Franco apresenta, de forma mais detalhada, os três tipos de normas utilizadas pelo magistrado para decretação da prisão preventiva, quais sejam: As normas mais utilizadas para decretação da prisão preventiva é a de ofício, quando o juiz julga necessária a adoção de tal medida no curso da instrução criminal; a requerimento do Ministério Público, quando o Promotor de Justiça entender que é cabível e necessária 14 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 6.ed. São Paulo: Saraiva:2004. p DELMANTO JUNIOR, Roberto. As modalidades de prisão provisória e deu prazo de duração. 2 ed. Ampl. e Atual. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.p

15 requerê-la; quando o querelante a requeira ao juiz, justificando plenamente os motivos que o levaram a tomar essa medida. 16 Neste caso quando se tratar de crime de ação privada em que a vítima esteja sendo ameaçada pelo acusado. O querelante justificará o seu pedido baseado no perigo que corre de ser agredido ou vingado pelo acusado. Recorrerá ao juiz baseado no artigo 311 do CPP, pedindo a decretação da prisão preventiva do querelado por questão de segurança e, por fim, mediante representação da autoridade policial. Assim sendo, o decreto de prisão preventiva deverá ser fundamentado e sujeitar-se aos pressupostos estabelecidos pelo nosso ordenamento jurídico, visto que compromete a liberdade do denunciado antes de se ter certeza da sua culpabilidade. Para aceitar o decreto de tal medida, necessariamente deverão estar presentes os pressupostos legais expressos no artigo 312 do Código de Processo Penal, bem como a presença de ao menos uma das circunstâncias dispostas no mesmo artigo. Já que se trata de medida de caráter excepcional, exige-se a especificação dos motivos que justificam a necessidade de sua adoção. Conforme Paulo Rangel e de acordo com o Código de Processo Penal, o artigo 312 estabelece os pressupostos para que se possa decretar a prisão preventiva, ou seja, o periculum in mora (periculum libertatis) e o fumus boni iuris (fumus comissi delicti). As expressões garantia da ordem pública, ordem econômica, conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal constituem o chamado periculum in mora (periculum libertatis), ou seja, o perigo na demora da prestação jurisdicional. 17 Tratando-se do fumus boni iuris (fumus comissi delicti), este é representado pelas expressões prova de existência do crime e indícios suficientes de autoria. 16 FRANCO, Paulo Alves. Prisão em flagrante, preventiva e temporária. 2. ed. São Paulo: De Direito, P RANGEL, Paulo. Op. Cit. p

16 Afirma-se então, que os pressupostos legais necessários para o decreto da medida preventiva são a prova da materialidade do crime e os indícios suficientes da autoria. Prova de materialidade e indícios suficientes de autoria não são auto-suficientes, de modo que não se pode antecipar um juízo de culpabilidade com base nessas duas expressões. Em um Estado Democrático de Direito, em que assegura os direitos fundamentais e garante a presunção de inocência, não se pode culpar alguém com base em presunções. Os indícios são apenas suspeitas que podem levar ao autor do crime, é a probabilidade na qual convença o Magistrado. Tal probabilidade deve fundar-se em razões objetivas e concretas, pois no momento em que acredita-se haver probabilidade, e deste modo justifica-se o decreto da prisão preventiva, estará, praticamente, antecipando a culpa do indiciado. Indícios suficientes de autoria para Paulo Rangel não são provas contundentes, robustas e que geram certeza absoluta de autoria do indiciado ou acusado. Basta apontamentos de que o acusado é o autor do fato. Elementos que apontem a fumaça no sentido de que o acusado é autor do ilícito penal que ora se apura. São indicações. Não é necessário o fogo da certeza, mas sim a mera fumaça de que ele pode ser o autor do fato. O juízo que se faz decretar a prisão é de periculosidade. 18 No entanto, ao de admitir o decreto da medida preventiva com base na periculosidade do agente ou na gravidade do delito, já está se fazendo uma presunção de culpabilidade. Se o objetivo da prisão preventiva é servir ao processo, tal argumento mostra-se incompatível com a medida cautelar. O fato de existirem indícios, considerados suficientes de autoria, sobre aquele que sofre uma acusação, não significa que o denunciado é o autor do crime, apenas há uma indicação, elementos que levam a crer que seja o autor. Desta forma e de acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Junior, na análise dos indícios suficientes de autoria: 18 RANGEL, Paulo. Op. Cit. p

17 Verificam-se os elementos que tipificam a conduta do autor, tais como a culpabilidade, a tipicidade e a ilicitude, não podendo haver nenhuma das hipóteses que afaste a ilicitude do crime, como, por exemplo, a legítima defesa e o estado de necessidade. 19 Analisando a existência dessas hipóteses excludentes, não será admitido o decreto da prisão preventiva, conforme disposto no artigo 314 do Código de Processo Penal e no artigo 23 do Código Penal. Quando se fala na existência da prova da materialidade do crime, refere-se à existência de um fato criminoso. Alguns doutrinadores entendem que a existência da prova de materialidade diz respeito a um juízo de certeza, a demonstração de certeza do crime, não de admitindo uma mera suspeita. Em sentido contrário, Miguel Tedesco Wedy, fala que não se deve confundir materialidade com certeza sobre a existência do delito. A prova da materialidade do fato deve estar presente para a decretação da cautelar, o que não significa certeza sobre a existência e o cometimento do delito. 20 A apresentação do laudo de corpo de delito, documentos em geral, provas testemunhais e outros, são peças essenciais para que se possa demonstrar a existência da prova de materialidade do fato ocorrido. Entende-se, até o presente momento, que para haver a decretação da medida cautelar de privação de liberdade, ou seja, medida que compromete a liberdade do cidadão antes de sentença penal condenatória, deverão estar presentes os pressupostos que a autorizam, encontrados no Artigo 312 do Código de Processo Penal e, ainda, umas das circunstâncias que estão dispostas no mesmo artigo. Tais circunstâncias são chamadas de fundamentos da medida cautelar, ou como visto anteriormente, representados pela expressão periculum libertatis. Ao tratar sobre periculum libertatis, Miguel Tedesco Wedy leciona: 19 LOPES JÙNIOR, Aury. Op. Cit p WEDY, Miguel Tedesco. Teoria Geral da Prisão Cautelar e Estigmatização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

18 O fundamento da prisão cautelar é, em verdade, o periculum libertatis. Não se deve falar em perigo na demora da prisão cautelar, mas em perigo decorrente da liberdade do futuro sujeito passivo da prisão cautelar, que está destruindo provas, ameaçando testemunhas, colocando em risco a instrução processual ou buscando sua fuga. 21 Ao tratar de prisão provisória, devem ser observados os aspectos processuais da medida de privação de liberdade, que deve servir ao processo e não para acalmar o temor social em razão da periculosidade do agente. A não ser que fique comprovado que o sujeito em liberdade esteja cometendo novos delitos. Desta forma, Julio Fabbrini Mirabete entende que a prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, tanto nos casos de ação pública quanto de ação privada, desde que preenchidos os pressupostos legais, mas nunca em caso de contravenção. 22 Para Norberto Cláudio Pâncaro Avena a prisão preventiva baseada no pressuposto de conveniência da instrução criminal é decretada para impedir que o agente, em liberdade, venha a aliciar testemunhas, forjar provas, destruir ou esconder elementos que possam servir de base à futura condenação, visando, assim, a furtar-se à responsabilização criminal pelo fato objeto da investigação ou do processo. 23 Por estas razões que o fundamento que autoriza a prisão preventiva é chamado de periculum libertatis, pois deve haver a existência de perigo concreto em decorrência de que o acusado estando em liberdade poderá pôr em risco o normal desenvolvimento do processo. A verdadeira finalidade do decreto de prisão preventiva tem por objetivo contribuir com o bom andamento do processo, não podendo jamais, ser utilizada como meio de política pública, ou ainda, para saciar a sede de vingança da sociedade. Deve ser tratada como medida de extrema exceção, devendo ser aplicada quando for absolutamente indispensável, uma vez que, não deixa de ser uma punição antecipada. 21 WEDY Miguel Tedesco. Op. Cit. p MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal Interpretado. 10. ed. São Paulo: Atlas, p AVENA Norberto Cláudio Pâncaro. Op. Cit. p

19 Portanto, o decreto de prisão preventiva deverá ser motivado e devidamente fundamentado, sendo imprescindível a demonstração da presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis. Assim nos assegura o texto constitucional em seu artigo 5º, inciso, LXI e o Código de Processo Penal, em seu artigo PRINCÍPIOS RELACIONADOS À PRISÃO PREVENTIVA Conforme diversas situações no qual era motivo de polêmica à respeito do cabimento da prisão preventiva, é indispensável a análise dos princípios norteadores que devem fundar a referida decisão. A importância desses princípios é de extrema importância, pois serão eles os defensores dos direitos individuais do preso. Eloy Dalabrida Sidney define os princípios em uma perspectiva clássica e tradicional foram recebidos como simples diretrizes abstratas, sem poder vinculativo, sendo praticamente inexistente sua normatividade. 24 Em fase superior, encontrando-se nos Códigos, passaram a exercer função corretiva das regras jurídicas, atuando de forma supletiva, integradora ou subsidiária, vindo a ser usados quando as regras não pudessem cumprir de modo eficaz sua função, garantindo, assim, o império da lei bem como a segurança do ordenamento como o Direito sendo um sistema fechado de leis, com total exclusão de valores. Os Princípios são sem dúvida a estrutura fundamental do instituto jurídico, principalmente nessa matéria a ser tratada, as prisões cautelares. Aury Lopes Junior aponta que são os princípios que irão permitir a coexistência de uma prisão sem sentença condenatória transitada em julgado com a garantia da presunção de inocência. 25 Destaca-se como os principais princípios vigentes da prisão preventiva, o princípio da presunção de inocência (ou não culpabilidade), da 24 SIDNEY, Eloy Dalabrida. Prisão Preventiva: Uma análise à luz do Garantismo Penal. 1ª ed. Curitiba: Juruá, 2005 p LOPES Junior, Aury. O Novo Regime Jurídico da Prisão Processual, Liberdade Provisória e Medidas Cautelares Diversas: Lei /2011.2ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

20 excepcionalidade e provisionalidade. O primeiro diz respeito de que o acusado presume ser inocente até que prove o contrário. A excepcionalidade é decorrente da gravidade da medida, a prisão sem sentença e sem processo, devendo ser reservada para casos extremos, de real necessidade de risco efetivo. Quanto à provisionalidade, diz que se um dos pressupostos para decretação de uma medida cautelar não estiver presente, importará na soltura imediata do imputado, sendo exigida a presença de ambos os requisitos e fundamentos para decretação da prisão PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU DE NÃO CULPABILIDADE. O princípio da presunção de inocência vem disposto em norma constitucional no artigo 5º, LVII da Constituição Federal que diz: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Somente com a criação da Constituição de 1988, foi introduzido de forma expressa no ordenamento jurídico o princípio da presunção de inocência, sendo o princípio que dirige o processo penal. É um princípio fundamental de maior relevância para a proteção do indivíduo, visando total proteção para que o indivíduo inocente esteja protegido, mesmo correndo o risco do sujeito culpável não ter uma pena adequada devido sua má conduta. O princípio da presunção de inocência quer impor um tratamento de que o réu seja tratado como inocente seja interno no processo (presume que o réu é inocente, portanto quem deverá provar o contrário será o acusador), e também a pessoa dele (a presunção de inocência, a privacidade bem como as garantias constitucionais da imagem dele sejam preservadas). A decisão do magistrado ao decretar a prisão preventiva é com base nas provas constantes nos autos, o qual vai chegar à sua convicção de aplicar a prisão preventiva ou não. No caso de dúvida em relação sobre algum fato 20

21 levantado no processo, a solução deverá ser a aplicação da presunção de inocência, ou seja, que o réu não é considerado culpado até que se tenha prova suficiente que indique o contrário. Aparentemente resta violada a aplicação da presunção de inocência quanto à prisão preventiva, tendo em vista que o acusado encontra-se ainda respondendo processo, dentro da situação jurídica de inocência processual, quando ao mesmo tempo encontra-se sujeito a ser preso de forma provisória, ou seja, antes mesmo de sua condenação com trânsito em julgado. Diante disso estaríamos quanto a uma discussão sobre inconstitucionalidade, mas conforme entendimento majoritário não considera questão inconstitucional, visto que o decreto deve basear-se em dois requisitos fundamentais que autorizam a sua utilização, sendo o fumus boni iuris e o periculum in mora. Para possibilitar o decreto da preventiva pelo magistrado é preciso analisar a chamada tríplice análise que é: verificar o cabimento do caso concreto na lei, observar os pressupostos da prisão preventiva e as condições de admissibilidade. No artigo 5º, inciso LXI da Constituição Federal, tem um dispositivo que autoriza o decreto da prisão no decorrer do processo, ou até mesmo, antes do oferecimento da denúncia. Cabe lembrar que a prisão preventiva tem natureza cautelar, ou seja, só será mantida, se os requisitos que a ensejaram, da mesma forma, se mantiverem. Nesse aspecto se aplica o princípio da presunção da inocência, isto é, só permanecerá preso, se a autoridade judicial acreditar ser esta a medida necessária para o momento processual. O princípio da presunção da inocência é bastante flexível, a sua correta aplicação não comportaria o decreto de uma prisão sem uma sentença devidamente transitado em julgado, ou seja, ele deve ser flexibilizado quando confrontado com valores constitucionais de importância relevante tal qual a sua, ou seja, o direito a vida. Ressalta-se que tal presunção é relativa, pois só vale enquanto não houver prova em contrário nos autos. Muitas vezes o princípio da presunção da inocência é violado pelos magistrados como, por exemplo, a falta de fundamento na decisão. 21

22 É inviável a motivação baseada em meros indícios e suposições, sob pena de violação do referido princípio PRINCÍPIO DA JURISDICIONALIDADE E MOTIVAÇÃO O Princípio da Jurisdicionalidade vem disposto no artigo 5º, LXI, da Constituição Federal, que diz: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. É importante lembrar que toda e qualquer prisão cautelar somente pode ser decretada por ordem judicial fundamentada. Como toda regra possui uma exceção, aqui não podemos deixar de destacar uma que é a prisão em flagrante na qual possui divergências pelos doutrinadores. Como o flagrante é uma medida pré-cautelar, uma mera detenção, pode ser feita por qualquer pessoa do povo ou autoridade policial, imediatamente posterior a aplicação do controle jurisdicional, com o juiz homologando ou relaxando a prisão, e a continuação, decretando a prisão preventiva ou concedendo liberdade provisória. Alguns autores entendem o contrário e dizem que não estaria afetada pelo princípio da jurisdicionalidade, outros defendem dizendo que a prisão em flagrante está condicionada a esse princípio, pois carece de homologação judicial para sua perfectibilização. A redação do artigo 315 do Código de Processo Penal é claro em dizer que a decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada. As medidas cautelares são dotadas de caráter estritamente Jurisdicional, podendo ser decretada somente pela autoridade Judiciária competente. Wedy: O princípio da jurisdicionalidade como bem aponta Miguel Tedesco 22

23 Não deixa de ser uma garantia constitucional podendo ser julgada e aplicada a lei, somente por membros do Poder Judiciário. Todo juiz ou tribunal exerce a sua jurisdição, e, ninguém poderá ser preso por ordem de Delegado de polícia, Promotor ou qualquer outra autoridade, que não exclusivamente a judiciária, juiz ou tribunal, com competência para a matéria, para assim garantir que a prisão preventiva somente será decretada por autoridade judicial, é a garantia de que a decisão foi proferida por um Juiz. 26 Conforme entendimento do artigo 5º, LIV, diz que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Tem que preceder um processo necessariamente para haver a privação de liberdade, isto é, a prisão só pode ser após o processo. Comparando os princípios da jurisdicionalidade com a presunção de inocência, a prisão cautelar seria completamente inadmissível. Mas quando a prisão cautelar ao cumprir sua função instrumental-cautelar, seria admitida, em nome da necessidade e da proporcionalidade. Aury Lopes Junior enfatiza sobre tal princípio dizendo que tem um problema cultural, no qual uma medida que era para ser excepcional foi banalizada PRINCÍPIO DA PROVISIONALIDADE A principal característica do princípio da provisionalidade é que, nas prisões cautelares são consideradas situacionais, ou seja, se condicionam a uma situação fática. Ao dar uma explicação mais concreta sobre esse princípio, Marcellus Polastri Lima diz que o princípio da provisionalidade é uma provisão, uma providência para certa situação. Essa provisão não passa de uma segregação emergencial do acusado de efetivo risco, não sendo necessária sua manutenção quando não existir mais os motivos que deram causa à sua 26 WEDY, Miguel Tedesco. Op. Cit. p LOPES Junior, Aury. Op. Cit p

24 decretação. Desaparecendo a situação de perigo não mais justifica a medida, impondo a pronta revogação do decreto prisional. 28 Ao prever que em caso de descumprimento das obrigações, o juiz poderá de ofício ou por requerimento, impor as medidas previstas no artigo 282, e seus parágrafos 4º e 5º do Código de Processo Penal: Art. 282: 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la se sobrevierem razões que a justifiquem. Para Aury Lopes Junior a prisão preventiva ou quaisquer das medidas alternativas poderão ser revogadas ou substituídas, a qualquer tempo, no curso do processo ou não, caso desapareça os motivos no qual a legitimou, bem como poderá ser novamente decretada, desde que surja a necessidade (periculum libertatis). 29 A prisão será cessada no momento em que for desaparecido o suporte fático legitimador da medida e corporificado, qual seja, o fumus commissi delicti e/ou periculum libertatis. Eugenio Pacelli Oliveira define que no curso da ação penal sempre será possível a decretação da medida cautelar ex officio, pelo próprio juiz, sendo que uma vez em curso a atividade jurisdicional é seu dever cuidar pelo seu andamento regular. 30 Já a revogação ex officio da prisão cautelar, sob a égide da provisionalidade como aqui exposta, via de regra não ocorre, perdura sem este juízo de necessidade. Na prática a revogação da prisão preventiva se dá através da impetração de habeas corpus. Aury Lopes Junior explica sobre o papel do juiz nessa fase: 28 LIMA, Marcellus Polastri. A Tutela Cautelar no Processo Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p LOPES Junior, Aury. Op. Cit p OLIVEIRA, Eugenio Pacelli de. Op. Cit p

25 O juiz ao atuar de ofício deve estar vedado em qualquer fase da persecução criminal. Não é papel do juiz sair condenando com prisões ou medidas cautelares de ofício. O que o dispositivo permite é que o juiz decrete uma prisão preventiva de ofício, sem prévio pedido, e isso é absolutamente incompatível com os princípios anteriormente referidos. 31 Para concluir esse princípio temos como entendimento conforme Miguel Tedesco Wedy, em que diz que o princípio da Provisionalidade deve estabelecer o caráter situacional das medidas cautelares, que devem persistir na estrita medida em que perdurarem os pressupostos que lhe deram causa PRINCÍPIO DA PROVISORIEDADE As medidas cautelares têm como característica o caráter provisório aplicadas em situação de emergência. Esse princípio diz razão ao tempo, que toda prisão cautelar teria que ter um prazo específico de duração, ser temporário de curta duração, não deixando ser o prazo indeterminado. Isso porque é apenas uma tutela de situação fática que é a provisionalidade, e não pode assumir contornos de pena antecipada. Um dos maiores problemas do nosso sistema cautelar é que não temos um prazo específico de duração da prisão preventiva, havendo uma total indeterminação, inexistindo um regramento específico. Atualmente a prisão temporária tem um prazo de duração determinado que é de 5 dias prorrogáveis por igual período, e a duração das demais espécies de prisão cautelar é absolutamente indeterminado, podendo durar o tempo que o juiz ou tribunal entender a existência do risco imposto pela liberdade do acusado, não podendo ultrapassar a sentença absolutória. Foi criado um Projeto Lei de numero 4208/2001, no qual tentou fixar um prazo máximo de duração da prisão cautelar, inclusive sendo redigido pelo artigo 315-A, que determinava que a prisão preventiva terá duração máxima de 180 dias em cada grau de jurisdição, exceto quando o investigado ou acusado tiver dado causa à demora. 31 LOPES Junior, Aury. ob. Op. Cit

26 Aury Lopes Junior menciona que Infelizmente o dispositivo que pretendia fixar o prazo máximo foi vetado pela nova Lei /11 vindo a não resolver o principal problema. 32 A jurisprudência tentou construir limites a partir da soma dos diversos prazos que compõe o procedimento aplicável ao caso, desde a prisão do acusado até a sentença. Chega-se a regra dos 81 dias, que nada mais é do que a contagem dos prazos de cada procedimento, como 10 dias para conclusão do inquérito, demais andamento do processo e sua contagem, chegando por fim a prolação da sentença totalizando os 81 dias. Nesse prazo deveria estar concluída a persecução penal sob pena de ocorrer excesso de prazo caso não cumprida, cabendo a impetração de Habeas Corpus posteriormente. Ocorre que esse prazo de contagem dos 81 dias foi alterado pelo advento da Lei /08, no qual estabeleceu o prazo máximo de 60 dias para audiência de instrução e julgamento no rito ordinário e de 30 dias no rito sumário. Logo após surge a Súmula nº 52 do Superior Tribunal de Justiça que dispõe que encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo. Segue esse entendimento nos tribunais superiores. Alguns autores criticam esse dispositivo, pois dizem que esse dispositivo trata da razoável duração do processo e não da razoável duração da instrução criminal. Por fim, essa indeterminação sobre a duração da prisão preventiva é um ponto crítico no sistema trazendo enorme prejuízo ao preso provisório, pois ele diferentemente do preso definitivo não tem um tempo previsto ao cárcere, bem como não saberá quando terá direito a progressão de regime, nem fará jus de outros benefícios, ficando assim nas mãos do Estado podendo ficar esquecido durante um bom tempo pela justiça. 32 LOPES Junior, Aury. Op Cit p

27 1.3.5 PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE Aury Lopes Junior inicia apresentando sobre o princípio da excepcionalidade, e diz que uma das principais características das medidas cautelares de ordem pessoal é a excepcionalidade, e devem ser utilizada como última opção, em situações realmente necessárias, dando ênfase a necessidade de análise sobre adequação e suficiência das demais medidas cautelares. 33 O artigo 282, 6º refere que a prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar. Deverá estar caracterizada a situação excepcional com o suporte fático junto com o juízo de necessidade limitador arbitrária da medida para ser aplicada as garantias constitucionais ao acusado, o qual pressupõe a demonstração da existência de situação cautelar. Já o artigo 282, I, impõe que as medidas cautelares devem atentar para a necessidade para aplicação da lei penal, para investigação ou instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais. O termo para evitar a prática de infrações penais, é o chamado risco de reiteração. No nosso ordenamento jurídico é feito ao contrário, primeiro se prende para depois ir atrás do suporte probatório que legitime a medida. Conforme leciona Luigi Ferrajoli: A prisão cautelar é uma pena processual, em que primeiro se castiga e depois se processa atuando com caráter de prevenção geral e especial retribuição. Se elas não tivessem natureza punitiva, deveriam ser cumpridas em instituições penais especiais, como uma residência, e não como hoje em que o preso cautelar está em situação pior do que o preso definitivo por não fazer jus ao regime semi-aberto ou saídas temporárias. 34 Foi visto que a figura do juiz é de extrema importância não só no princípio da excepcionalidade, mas também pela imparcialidade de que deve 33 LOPES Junior, Aury. Op. Cit.2011.p FERRAJOLI, Luigi. Op. Cit. p. 776 e ss. 27

28 estar atribuído, devendo demonstrar que a excepcionalidade da situação impõe a adoção da medida como única e eficaz adequada ao caso. Portanto esse princípio não demonstra somente a gravidade da medida podendo acarretar irreparáveis prejuízos ao imputado como também trata de uma exceção Constitucional à liberdade, que é restringida sem que haja condenação contra o imputado PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE Aury Lopes Junior inicia explicando que o princípio da Proporcionalidade vai orientar a conduta do juiz frente ao caso concreto, pois deverá avaliar a gravidade da medida imposta com a finalidade pretendida. Deverá o magistrado valorar todos os elementos fáticos e decidir qual das garantias constitucionais prevalecerá no caso concreto. É o equilíbrio entre os deveres individuais e dever de punir do estado. 35 É considerado o principal suporte das prisões cautelares atuando de forma a equiparar à liberdade individual e o dever Estatal de proteção processual coletiva. Uma medida proporcional é aquela que alcança limitando seus efeitos aos respectivos fins na qual se propõe. Uma medida cautelar jamais poderá se converter em uma pena antecipada, sob pena de flagrante violação à presunção de inocência. Todavia o princípio da proporcionalidade é um princípio limitador da atividade Jurisdicional quanto da Estatal, atuando dentro de uma lógica proporcional. Ponderando a ação a ser adotada, limitando-se à eficácia pretendida. O princípio da proporcionalidade divide-se em três sub-princípios considerando na aplicação, sendo eles da adequação, necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. A adequação diz que a medida adotada deve ser adequada aos seus motivos e fins. Da necessidade impõe que a medida adotada não exceda 35 LOPES Junior, Aury. Op. Cit p

29 o limite necessário ao resultado que almeja. Por fim o da proporcionalidade em sentido estrito trata do juízo dos direitos em conflito em conjunto com todos os elementos que envolvem o caso. O juiz deverá observar a necessidade do caso em concreto, e avaliar sempre a gravidade do crime e suas circunstâncias, bem como a situação pessoal do imputado, junto com as medidas cautelares e seus efeitos com a finalidade pretendida. A discricionariedade do julgador, portanto será atuada de forma limitada pela proporcionalidade, impondo limites à fixação da medida. Assim, sempre que possível deverá ser adotada a medida mais benéfica ao acusado, junto com a tutela pretendida. Não se admite aplicar a prisão cautelar para alguém quando a sanção penal aplicada não constitui em pena privativa de liberdade. Na lição de Gustavo Badaró: Deverá haver uma proporcionalidade entre a medida cautelar e a pena a ser aplicada. O juiz deverá também verificar a probabilidade de que ao final se tenha que executar uma pena privativa de liberdade. Se a prisão preventiva, ou qualquer outra prisão cautelar, for mais gravosa que a pena que se espera ao final imposta, não será dotada do caráter de instrumentalidade e acessoriedade inerentes à tutela cautelar. Mesmo no que diz respeito à provisoriedade, não se pode admitir que a medida provisória seja mais severa que a medida definitiva que a irá substituir e que ela deve preservar. 36 Para alguns doutrinadores esse princípio é um critério essencial de controle de constitucionalidade das medidas restritivas de direitos fundamentais atuando no plano da proibição de excesso. Por fim o decreto de segregação cautelar legítimo deverá atravessar este juízo de valoração ínsito ao Princípio da Proporcionalidade, instrumento apto a legitimar uma decisão de tamanha repercussão. 36 BADARÓ, Gustavo. Direito Processual Penal. Tomo II. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007, p

30 1.4 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA X PRISÃO PREVENTIVA Cumpre dizer, inicialmente, que a liberdade de locomoção é uma das maiores conquistas do cidadão, e é por esse motivo que a prisão preventiva sendo uma medida que restringe a liberdade do ser humano antes de uma condenação, apresenta-se como uma afronta direta ao princípio da presunção de inocência. Gustavo Badaró comenta que somente com o advento da Constituição de 1988, que o princípio da presunção de inocência foi introduzido, de forma expressa, no ordenamento jurídico, em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, contemplados no Direito Processual Penal. 37 Desta forma, a partir da vigência da Constituição da República de 1988, o princípio da presunção de inocência ganhou destaque através do artigo 5º, inciso LVII, que apresenta a seguinte redação: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Os juristas se preocupam com a credibilidade do povo na Justiça, em decorrência da deficiência na repressão penal, mediante a crescente violência e criminalidade no nosso país. Porém tal preocupação não pode ensejar decretos desnecessários de prisões provisórias, que é justamente o que vem ocorrendo. Sob este aspecto, Aury Lopes Junior preceitua: Se é verdade que os cidadãos estão ameaçados pelos delitos, também o estão pelas arbitrárias, fazendo com que a presunção de inocência não seja apenas uma garantia de liberdade e de verdade, senão também uma garantia de segurança (ou de defesa social), enquanto segurança oferecida pelo Estado de Direito e que se expressa na confiança dos cidadãos na Justiça. É uma segurança que se oferece ao arbítrio punitivo. 38 Assim, o processo penal é a base para tratar com dignidade e respeito o direito de liberdade do acusado. Pois enquanto está sendo 37 STUCCHI, Patrícia, SILVA, Marco Antônio Marques da (Coordenação). Processo Penal e Garantias Constitucionais. Ótica Constitucional. São Paulo: Quartier Latin, p LOPES JÙNIOR, Aury. Op. Cit p

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