UTILIZAÇÃO DAS DEP`S NA PISTA DE JULGAMENTO

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1 UTILIZAÇÃO DAS DEP`S NA PISTA DE JULGAMENTO SILVEIRA, D.S.1; JOSAHKIAN, L.A.2 1 Diego Santos Silveira. Médico Veterinário, Rua Gonçalo Alves, 249 CEP , Campo Grande MS, Diegocalifornia2@gmail.com; 2 Profª Msc. Luiz Antônio Josahkian, Curso de Zootecnia, FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba, Av. do Tutunas, 720 CEP , Uberaba MG, abczsut@abcz.org.br; RESUMO: A demanda por novas tecnologias e sua atual facilidade de integração no ramo agropecuário tem intensificado a pressão de seleção por animais mais produtivos, em conseqüência da diminuição na margem de lucro presente no mercado da carne. Um segmento de destaque na agropecuária é a pista de julgamento a qual é a principal beneficiária e disseminadora de novas tecnologias, atualmente a escolha dos grandes campeões nos julgamentos tem forte influência no mercado consumidor de material genético, estes trazem consigo novas tendências e critérios de seleção usados por toda bovinocultura de corte. No intuito de melhorar a análise feita pelos jurados nas pistas de julgamentos, indicaremos o uso das DEP`s como critério de seleção dos animais, visando uma forma de classificação prévia dos animais em apto ou inapto. As orientações expostas no presente trabalho indicam que a adição desta ferramenta só virá a somar e trazer uma maior confiabilidade a avaliação já feita pelo jurado, quando utilizada na forma de pré-seleção do animal. PALAVRAS CHAVE: Avaliação Genética; DEP`s; Julgamento Animal. DEP `S USE OF THE ROAD FOR TRIAL ABSTRACT: The demand for new technologies and their current ease of integration into the agricultural sector has intensified the selection pressure for more productive animals, due to the decrease in profit margin present in the meat market. A segment of agriculture is highlighted in the course of trial which is the primary recipient and disseminator of new technologies, currently the choice of the great champions in the trials has a strong influence on the consumer market for genetic material, they bring with them new trends and selection criteria used for all beef cattle. In order to improve the analysis made by the judges in the show ring, indicating the use of DEP `s as a criterion for selection of animals, in order to form a prior classification of the animals fit or unfit. The guidelines set out in this work indicate that the addition of this tool to add and will only bring greater reliability assessment already made by the jury, when used in the form of pre-selection of the animal. KEY WORDS: Genetic Evaluation; DEP `s; Animal Trial. INTRODUÇÃO Atualmente na pecuária brasileira notamos um crescente aumento na distância entre animais de pista e de produção. Essa distância é preocupante, pois no lugar de maior destaque que é a pista de julgamento, estamos nos deparando com animais cujos aspectos morfológicos e genéticos fogem do objetivo principal que seria a busca por animais precoces estabelecidos em regime de pasto. A pista de julgamento já foi vista por muitos como exemplo do que se tinha de melhor no mercado em se tratando de genética, porque carregam uma enorme quantidade de opiniões, tendências, tecnologias, experimentos e informações contidas em sua realização. Mas esta realidade esta mudando, no momento em que estamos, não basta ser grande campeão de uma raça para obter recordes de vendas de material genético, porém, para

2 muitos, ainda é determinante quanto à escolha de animais e critérios de seleção. O que se observa é que os resultados obtidos pelos animais dos julgamentos vêm perdendo espaço para animais com produção comprovada pelos programas de melhoramento, que oferecem uma ferramenta alternativa às avaliações visuais produzindo avaliações genéticas, comumente conhecidas no mercado como DEP`s (Diferença Esperada na Progênie). Os programas de melhoramento genético de bovinos no Brasil passaram por várias fases. Nos primórdios da colonização a seleção era baseada em características qualitativas, principalmente relacionadas à caracterização racial. A partir de meados do último século a aplicação da seleção para características de produção, baseadas em ganho em peso, controle ponderal, provas de ganho de peso e teste de progênie, foram implantadas (GARNERO et al., 1998). As DEP`s, através de vários estudos, vêm comprovando sua confiabilidade e por isso, estão se consolidando como uma forma efetiva de seleção para o aumento da produção. As diferentes abordagens seletivas - seleção pelo fenótipo nas pistas e seleção pelo valor genético dos animais nos programas de melhoramento - vêm, de fato, estabelecendo uma grande diferença entre os animais de pista e aqueles que compõem o segmento comercial de produção a pasto (seleção através de programas de melhoramento). Entretanto, não é raro observar que animais de pista não se adaptam plenamente ao regime de pasto, tornando-se inviáveis para os sistemas de produção predominantes no país. Por outro lado, os animais de produção dificilmente alcançarão êxito em pistas de julgamento, se permanecer a distância entre as abordagens seletivas que podem ser verificadas para animais destinados à pistas de julgamento e aqueles submetidos à critérios exclusivamente mensuráveis. No transcorrer do julgamento o jurado utiliza como fundamento de sua avaliação a possibilidade que o animal tem de transmitir a seus descendentes todas aquelas características exteriorizadas, tidas como importantes em uma avaliação visual. Nesse processo existe uma margem de erro, dado que as diferenças observadas entre os animais, neste caso, podem não ter bases genéticas e sim de efeito ambiental, e ambiente não se transmite para as progênies do indivíduo. Em resposta a está limitação existem as DEP`s, que aumentam a probabilidade de estimar com maior precisão o grau de transmissão das características desejáveis, diminuindo os riscos de errar na escolha de um reprodutor. Não obstante, constata-se que não existem avaliações genéticas para todas as características economicamente desejáveis, e isso ocorre por diversas razões. A mais relevante delas para o objetivo deste trabalho, é que algumas características importantes para a seleção não podem ser medidas, quer seja pela inexistência de métodos que permitam aferi-las, quer seja pela limitação imposta pelo custo na sua medição, que não compensaria os ganhos que poderiam ser obtidos. Como exemplos de características nessas condições, podemos considerar o equilíbrio de formas do animal, que lhe confere indicadores de adaptabilidade e vigor; ou proporções do corpo, que indicam diferenças entre biótipos mais tardios ou mais precoces sexualmente. Essas duas características, assim como muitas outras, podem ser avaliadas visualmente com grande acuidade por profissionais treinados para tal finalidade. Palavras conclusivas explicitadas no Seminário Nacional Revisão de Critérios de Julgamento e Seleção em Gado de Corte, realizado no município de Uberaba MG, pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) em novembro de 1996 e que se constituiu em um marco para a zebuinocultura brasileira, elucidam a importância de nossos estudos, foram estas: É necessário que o modelo do animal preferido nas pistas de julgamento seja igual ao modelo do animal produtivo, que o Programa Nacional de Melhoramento Genético persegue como ponto de partida para uma pecuária mais produtiva no Brasil. E é possível que os escores visuais sejam a única fórmula para encontrar esta integração. Está cada vez mais evidente que as avaliações

3 visuais são importantes ferramentas a serem usadas na seleção a fim de se identificar animais mais pesados com a conformação mais desejada, enfatizando características como a precocidade sexual e de acabamento e proporção entre o quarto dianteiro e traseiro (distribuição das massas musculares) pensando sempre na qualidade do produto final que é a carne bovina e na relação custo/benefício da atividade. O caminho parece ser o encurtamento do ciclo de produção, como ocorreu em outros setores da pecuária como a suinocultura e avicultura. Dessa forma, torna-se interessante para a evolução genética de uma população somar as duas diferentes competências: habilidade visual dos jurados para estimar diferenças entre características de interesse econômico que não podem ser medidas com as avaliações genéticas para aquelas em que a mensuração do caráter é viável. O propósito deste estudo é propor um modelo que concilie essas diferentes abordagens seletivas, a fim de minimizar suas divergências. DESENVOLVIMENTO Não é raro encontrar opiniões e conceitos radicais, nos processos de seleção, tendenciosos ora pela busca de fenótipos quase perfeitos ora de animais com números e DEP`s, dificilmente alcançadas. Segundo FRIES (1996) grandes prejuízos já foram causados à pecuária nacional pelo confronto entre os grupos que podem ser apelidados de: da varinha e da balança, pois posições extremadas são geralmente disruptivas; a virtude não se encontra nos extremos e é difícil que a verdade lá se encontre. Entretanto, antes de aprofundar nesta questão, é preciso questionar quais são os objetivos de seleção a ser buscado pelo criador, definindo um objetivo, o qual devemos analisar de forma completa, levantando os recursos disponíveis quanto à forma de criação, quais os tipos de pastagens predominantes no processo de desenvolvimento do animal, quais metas e padrões devem ser priorizados, e juntamente com o auxílio de ferramentas e recursos tecnológicos alcançar o modelo preconizado. Lembrando que nenhum dos extremos está errado, realizarse-á melhoramento genético tanto para animais de beleza e harmonia, como para precocidade e produção de carne. Portanto devemos ter um foco bem definido, porque quando os objetivos de seleção são diferentes, os critérios adotados também são diferentes e muitas vezes chegam a ser antagônicos. Contudo, a partir da análise do parágrafo anterior podemos dizer que o que vem ocorrendo nas pistas é uma mudança genética, esta, fácil de conseguir através da seleção. Segundo (Dorian Garrick e Mark Enns), seleção geralmente leva a mudança simultânea de uma série de características, nem sempre com todas elas se alterando uma direção favorável. A mudança genética realizada na pista baseia-se, mormente, no ganho de peso dos animais, o que pode levar à seleção de animais de maior apetite em detrimento da melhor conversão alimentar ou adaptabilidade a ambientes desfavoráveis ao seu pleno desenvolvimento, os quais predominam em grande parte da pecuária de corte brasileira. Entretanto, segundo ROSA (2011), as pistas de julgamento estão alêm dos animais julgados, quando possibilitam congregar a classe pecuarista para a análise de interesses comuns, uma oportunidade ímpar para a realização de intercâmbios e de negócios envolvendo toda a cadeia produtiva; uma ocasião privilegiada para a disseminação de informações, conhecimentos e tecnologias e para a troca de experiências e discussões quanto aos rumos dos programas de seleção das diferentes raças. Já o melhoramento genético é mais difícil de conseguir que mudança genética. Ele exige que o valor econômico agregado de mudanças positivas e negativas em cada característica sejam favoráveis, e maiores que custos de coleta e avaliação dos animais. Grande parte do melhoramento genético atual é realizado por criadores voltados para animais adaptados e precoces, os quais possuem critérios alinhados com os dos produtores de carne, que buscam eficiência e lucratividade no sistema de produção de giro rápido.

4 Um fator que vem somando, para que as pistas e os programas de melhoramento sejam ainda mais díspares, é a ausência de um objetivo comum no setor, onde deveria haver um modelo a ser buscado, que embora não possa ser um modelo absoluto, serviria de balizador para a seleção de uma forma geral. De acordo com o modelo de referência, traçar-se-iam metas, parâmetros, medidas, as quais satisfaçam, concomitantemente, selecionadores quanto os produtores que utilizam de genética oriunda desses selecionadores para melhorar seu rebanho. Devido à falta de compatibilidade com o setor comercial, o julgamento em sua maioria está perdendo espaço para os programas de melhoramento, o julgamento pouco vem se preocupando com o biótipo de animal produtivo para rebanhos comerciais e preocupando-se demais em obter animais de beleza rara e peso extremamente artificializado, incompatíveis para uso em larga escala pelo produtor comercial. No entanto, programas de melhoramento vêm cada vez mais ganhando espaço na pecuária, através das DEP`s. Para entender o que são as DEP`s, primeiramente necessitamos conhecer os seus fundamentos para que não haja formação de conceitos errôneos em torno da mesma. A DEP é usada em todo o mundo para comparar o mérito genético de animais para várias características e prediz a habilidade de transmissão genética de um animal para uma dada característica. Ela é expressa na unidade da característica (ex: kg para peso, cm para PE e meses para IPP), com sinal positivo ou negativo. Nota-se o uso de índices na maioria dos programas, a exemplo do Mérito Genético Total (MGT) do PMGRN ou do Índice de Qualificação Genético (IQG) dos progamas Geneplus e PMGZ, entre outros. Os índices formam agregados genéticos, já que são os valores genéticos de algumas características ponderadas pelo seus valores econômicos e biológicos (herdabilidade, correlações, entre outros); portanto, não são determinados por uma característica isolada, mas sim, pelo conjunto das características de maior interesse econômico. O objetivo final de um programa de melhoramento genético deve ser traduzir os valores genéticos em expressiva melhoria dos resultados econômicos - financeiros dos rebanhos (PMGRN, 1996). As últimas décadas mostraram exemplos de que a genética quantitativa pode ser aplicada diretamente em procedimentos de seleção em grandes rebanhos comerciais, trazendo benefícios econômicos (FRIES, 1999). O aumento da produtividade pode ser obtido a partir da identificação e multiplicação dos melhores 7genótipos e da adequação das condições ambientais relacionada ao processo produtivo (GRESSLER, 1998, citado por PEREIRA, 2000). BUCHANAN et al. (1982) definem seleção como um diferencial de propagação entre indivíduos com fenótipos diferentes, como força primária para mudanças na freqüência gênica em uma determinada população. ELER et al. (1994) afirmaram que a seleção para o aumento de peso está sendo amplamente aplicada. A avaliação genética fornece predições do valor genético (DEP) do animal para cada uma destas características. As decisões de seleção devem ser baseadas em cada uma destas informações, tarefa que se torna bem mais simples com a utilização de um índice que reúna em um único valor as várias predições, procurando ponderálas da forma mais adequada para a maximização do progresso genético e, como conseqüência, da produtividade, muito embora seja relevante ressaltar que a formação dos índices no Brasil é feita de forma empírica, dada a inexistência de informações suficientes, em especial, as de ordem econômica, que permitam a construção e manutenção dos índices ao longo do tempo de forma tecnicamente correta. Todavia, o que vem ocorrendo é o uso indiscriminado desta ferramenta, de forma prejudicial ao criador, pois o que devemos priorizar são as DEP`s e não os índices, porque de nada adianta termos um animal com MGT ou IQG: 0,1 (Um em mil), porém com DEP negativa para peso ao sobreano por exemplo, sendo que o déficit do criador é justamente o peso ao sobreano, este animal só

5 viria piorar ainda mais tal característica no rebanho. Desta forma temos que optar por animais equilibrados em suas DEP`s e não somente excelentes em seus IQG`s, MGT`s, pois há efeitos que somente serão vistos após um intervalo entre gerações, o que pode acarretar em prejuízos enormes para o produtor e sua seleção. É preciso considerar também que as DEP`s apenas predizem a habilidade de transmissão de determinadas características e o graus de confiabilidade destas está disposto nas acurácia de suas DEP`s. Apesar da possibilidade de estimar DEP`s para várias características, algumas de fato não podem ser medidas pela dificuldade da coleta de dados ou por falta de tecnologia para processamento dos mesmos. Nesse aspecto o olho humano ainda é a melhor opção de avaliação, pois analisa com precisão características como equilíbrio, estrutura de membros, aprumos, pelagem, aspectos raciais, harmonia do conjunto, facilidade de deslocamento, vigor, entre outras inúmeras características que somente o olho aguçado do jurado pode visualizar com perspicácia e discernimento. Um forma de conciliar as DEP`s com a pista de julgamento, seria através da escolha prévia de um modelo, um objetivo dentro da raça a ser seguido tanto pelos programas de melhoramento como pelas pistas de julgamento. Dessa forma todos buscariam um só biótipo de animal. Com a meta já definida dentro da raça, basta apenas definir os parâmetros de seleção, como já exposto anteriormente o julgamento é indispensável para uma avaliação completa do animal. Muito já se discutiu quanto às formas de julgamento: comissões tríplices ou quintetos; comunicando-se ou não; com ou sem os dados do animal, inúmeras formas já foram ou estão sendo discutidas pelo colegiado de jurados. Qualquer que seja a forma de julgamento adotada, uma possibilidade para introdução das DEP`s no julgamento seria em forma de pré-seleção: só estaria apto a entrar na pista o animal que houvesse sido avaliado, tendo se classificado acima da média dentro do programa de melhoramento do qual participa. Com este procedimento, o animal não estaria sendo julgado somente naquele momento, mas sim já a partir do seu nascimento, na desmama, ao sobreano e teria agregado, inclusive, valores já estimados para seus ascendentes. Estas avaliações teriam sido processadas junto aos seus contemporâneos, ou seja, aqueles que foram submetidos ao mesmo manejo e tratamento, o que, de fato, permite verificar qual dos animais é realmente superior aos demais. Desta maneira quando o jurado avaliar o animal terá maior confiança de que as características analisadas serão transmitidas aos seus progenitores e que de fato este animal foi avaliado junto a seu grupo contemporâneo e realmente se destacou no programa. Este procedimento poderia ser um requisito obrigatório na inscrição do animal em exposição. Por conseguinte para se ter êxito no processo de melhoramento devemos mesclar as ferramentas disponíveis, juntamente com o julgamento vinculado ao estabelecimento de objetivos de seleção por parte do conselho técnico de cada raça. No entanto, para a superação desta dificuldade poderiam ser adotadas algumas providências, tais como: 1. ajustar concomitantemente o direcionamento tanto dos trabalhos de seleção como de julgamento; 2. iniciar a pré seleção de animais a serem inscritos para exposições, com base em dados de avaliação genética, dentro dos próprios rebanhos, e comunicação destas informações à entidade responsável de cada raça; 3. (re)implantação da comissão de recepção na exposição para a eliminação de animais portadores de defeitos desclassificantes para o padrão da raça facilitando, desta forma, o trabalho de classificação dos animais na pista; 4. realizar a capacitação contínua dos jurados com avaliações periódicas, tendo em vista alcançar índices mais elevados de repetibilidade das avaliações;

6 5. proporcionar maior rigor no acompanhamento dos animais inscritos para exposição com respeito à idade; 6. salientar uma forma de padronizar as técnicas de preparo de animais para a exposição, levando-se em consideração a sua característica de ruminante, com sistemas de produção predominantemente em pastagens, com a criação de mecanismos de fiscalização a este respeito. Atendidas essas premissas, poderia ser instituído um sistema pré-classificatório onde o animal estaria apto ou inapto a competir, tendo como referência sua avaliação genética. Adicionalmente, o estabelecimento de metas seletivas bem definidas e coerentes com a estrutura de mercado vigente e que atendam, ainda, aos requerimentos básicos das condições ambientais e sociais, se constituem em componentes fundamentais para a efetiva contribuição deste modelo, (ROSA, 2011) CONCLUSÃO Como foi evidenciado, as DEP`s já se consolidaram como ferramentas imprescindíveis para o melhoramento genético animal, assim como as avaliações visuais continuam tendo seu espaço no processo seletivo, sendo até mesmo indispensável em determinados casos para uma análise completa do animal. Por conseguinte, é recomendável que busquemos nos valer dessas duas abordagens seletivas posto que elas se complementam na busca de um objetivo único: o melhoramento global de uma raça. REFERÊNCIAS BUCHANAN, D.S.; NIELSEN, M.K.; KOCH, R.M.; CUNDIFF, L.V. Selection for growth and muscling score in beef cattle: selection applied. J. Anim. Sci., v. 55, n. 3, p , 1982 ELER, J.P.; FERRAZ, J.B.S.; LÔBO, R.B.; JOSAKIAN, L.A. Genetic antagonism between growth and maternal ability in Nelore cattle. Rev. Bras. Genét., v. 17, p , FRIES, L.A. Uso de escores visuais em programas de seleção para a produtividade em gado de corte. In: SEMINÁRIO NACIONAL- REVISÃO DE CRITÉRIOS DE JULGAMENTO E SELEÇÃO EM GADO DE CORTE. Anais. Uberaba, 1996.p.1-6. FRIES, L.A. Prenhez aos catorze meses: presente e futuro: elementos do componente genético. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36., Porto Alegre, Anais. Porto Alegre: SBZ, How best to achieve genetic change,dorian J. Garrick and R. Mark Enns Department of Animal Sciences, Colorado State University, Fort Collins, CO LÔBO, R.B. (PMGRN) - PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DA RAÇA NELORE. Ribeirão Preto, ROSA, A. N. Julgamento e Melhoramento (Modelo de Seleção) In: Atualização técnica de jurados da ABCZ. Anais. Uberaba, p SILVEIRA, J. C. (2001). Estudo da influência de fatores genéticos e ambientais sobre as características produtivas e reprodutivas em um rebanho Nelore no estado de Mato Grosso do Sul. Dissertação de Mestrado. Publicação 11/01, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 63 p. KOURY FILHO, W. Análise genética de escores de avaliações visuais e suas respectivas relações com desempenho ponderal na raça Nelore. Pirassununga, p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, USP..