Roda de Conversa 28/04/2015
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- Victor Fontes Filipe
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1 Aconteceu em Uberaba, na Associação Amigos de Gaby (Projeto Cantinho), no dia 28/02/2015 a décima sétima edição da Roda de Conversa. O Evento teve a participação de aproximadamente 40 profissionais de diversos órgãos do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e Adolescente (SGDCA). Este Sistema está estabelecido na Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e visa à plena efetivação dos direitos infanto-juvenis. (Roda de Conversa Página do Facebook: Conversa/ ?fref=ts )
2 CONFIRA OS DESTAQUES DESSA 17ª EDIÇÃO Comissão de Fluxo A Comissão de Fluxo está finalizando a elaboração das apostilas do curso de capacitação para os atores sociais do SGDCA. A meta é que ainda no primeiro semestre, os ministrantes/multiplicadores sejam capacitados e, no segundo semestre iniciem-se as capacitações de até 160 atores sociais do SGDCA. O curso terá uma média de 40h e será certificado como curso de extensão pela UFTM (O projeto já foi encaminhado pelo prof. Aragão a Pró-reitoria de extensão da UFTM), para registro. As apostilas serão confeccionadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social, e o projeto do curso já foi encaminhado à SEDES para aprovação. Comissão de Pesquisa A comissão de Pesquisa continua realizando a clipagem dos jornais da cidade com o objetivo de dar visibilidade sobre a forma de veiculação de notícias envolvendo o público infanto-juvenil. Como de costume, foram lidas as manchetes do mês de abril observando-se a linha editorial dos dois jornais da cidade (Manhã e Uberaba) e a forma de tratamento/linguagem para falar sobre o público infantojuvenil. *** Ainda nos dias atuais, utiliza-se de forma errônea o termo menor. Inclusive nos clippings feitos nos jornais da cidade observa-se que quando a notícia é boa o tratamento é criança e adolescente quando a notícia não é boa o termo utilizado é menor. Esse termo qualifica aquele que é marginalizado. É preciso que todos os atores sociais que trabalham com criança e adolescente se policiem sobre a utilização desse termo, seja em documentos, em conversas, etc, pois, a primeira mudança precisa ser interna, olhando para dentro das próprias instituições... Além disso, é preciso sim, provocar a imprensa local para noticiar questões relevantes que acontecem na cidade e que garantem o direito da criança e do adolescente, num grande processo de mudança de cultura na divulgação de informações sobre esse público. ***André Tuma, promotor de Justiça da Infância e adolescência de Uberaba. Comissão Gestora A Comissão Gestora informou sobre a elaboração do Decreto da Lei que cria a Roda de Conversa. O intuito é legitimar e assegurar esse movimento mensal que conta com a participação voluntária e comprometida dos atores sociais do SGDCA. A comissão aproveitou a Roda de Conversa para entregar o documento ao prof. Godoy, que estava representado a SEDES na reunião, para que possa apresentar ao novo secretário visando os procedimentos necessários para encaminhamento à Câmara Municipal.
3 A comissão também solicitou ao prof. Godoy, verificar na SEDES sobre os ajustes necessários na página do SGDCA, conforme sugerido por membros da Roda de Conversa. A SEDES ficou de realizar os ajustes e disponibilizar a página no site da prefeitura. Ressaltando que esta página é um importante instrumento de comunicação, transparência sobre o que está acontecendo em Uberaba, referente ao SGDCA. Para quem quiser conhecer e só acessar A Comissão informou ainda que foi aprovada na Câmara Municipal no dia 06/04/2015, sancionada pelo Prefeito Municipal e publicada no Porta Voz de 24/04/2015, a Lei Nº: 6.927/99 que trata da Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, obedecendo as alterações efetivadas no ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente. Vale lembrar que a PL foi discutida entre os órgãos que compõe o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, apresentada e aprovada em Plenária Ordinária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Uberaba COMDICAU. Registro da plenária de aprovação do projeto - Da esquerda para a direita: Vereador Kaká, Líder do prefeito na Câmara, Cláudia Cristina da Silva (representando a SEDES), Michele Carvalho (Presidente do COMDICAU), Promotor André Tuma (Promotoria da Infância e Juventude de Uberaba); membros da mesa diretora da Câmara (vereadores Samuel, Dutra e Afrânio), Prof. Godoy (representando a Sedes). DISCUSSÕES DA RODA Diante das diversas indagações sobre a área de Educação realizada na Roda de Conversa de março, o Conselho Municipal de Educação, representado nesta Roda pela Nilza, fez esclarecimentos importantes: Há quatro anos o Conselho apontou para a Secretaria Municipal de Educação a necessidade da construção de 16 CEMEIS e 18 escolas municipais do Ensino Fundamental, para atendimento da demanda de crianças e adolescentes da cidade.
4 O acompanhamento da demanda acontece em parceria com o serviço de Inspeção escolar da Secretaria e há uma orientação para que cada sala comporte até 30 alunos. *** Apesar dos esforços em comportar os alunos em sala de aula, pois a lei preconiza que o atendimento de até 35 alunos em cada sala, a estrutura física de muitas escolas municipais não comportam mais essa quantidade de alunos inviabilizando até mesmo uma aula de qualidade pelo professor que fica com alunos praticamente grudados no quadro. A estrutura corpórea dos alunos hoje é outra, são meninos e meninas grandes, diferentemente, de como era há alguns anos. Por isso, a quantidade de alunos dentro de sala de aula precisa ser revista!!! Nilza ressalta a importância de mudar essa cultura de que determinadas escolas são melhores que outras, haja vista que, todas as escolas devem ofertar uma educação de qualidade, e, para isso, a participação da comunidade dentro da escola é fundamental. Rose (Educação) explica que há dificuldades nos bairros novos absorverem todos os alunos, por isso, muitos precisam estudar em escolas de outros bairros, o que acaba por interferir nas vagas disponíveis para alunos que residem nesses bairros, que recebem os alunos dos bairros novos. Outra questão levantada refere-se ao trabalho que a SEMEC está realizando para erradicar o problema de expulsão dos alunos. Somente em último caso, o projeto, busca a alternativa de inserção do aluno em outra escola. O promotor da infância, André Tuma reforçou novamente a necessidade de se fazer o levantamento do número de escolas em detrimento do número de crianças e adolescentes fora destas. É urgente esse licenciamento, e precisa ser rigoroso. Inclusive a partir de um zoneamento que permita conhecer a realidade dos bairros e suas demandas, para que se evite essa transferência de alunos de um bairro para outro, ressalta o promotor. Os alvarás e licenças para funcionamento das instituições, expedidos pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiro também voltaram a ser tema de discussão. O promotor foi enfático ao dizer que há 70 escolas municipais sem o alvará e 40 instituições (inclusive particulares) em desconformidade com a Lei. *** Nesse processo de ordenamento e reordenamento o Ministério Público passará a fiscalizar minuciosamente estas instituições, e aquelas que não tiverem em conformidade com a Lei terão que se adequar ou deixarão de existir. Ou trabalham conforme a política pública e se profissionalizam, ou, infelizmente não poderão continuar com o atendimento. Por sua vez, este, certamente desaguará no poder
5 público que precisará estar preparado para absorver as demandas que não puderem mais ser atendidas pela sociedade civil organizada. (Promotor André Tuma). Outra questão já levantada e novamente discutida nesta Roda de Conversa refere-se ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos de idade. É sabido que as ONGs atendem muitas crianças nessa faixa etária e ainda é grande a demanda reprimida. A questão é: Como ficará o atendimento de 0 a 3 anos após 2016, (prorrogado para 2018), quando as crianças a partir de 4 anos forem totalmente absorvidas pelo Estado? Sugeriu-se na Roda, a criação de um procedimento em todas as escolas cadastradas no Conselho Municipal de Educação (sejam elas comunitárias, públicas ou particulares) no ato da matrícula ou inscrição para fila de espera, cadastrar o CPF da mãe e/ou responsável pela criança. Assim, quando uma mesma família procurar vagas em outras instituições, não haverá repetição da criança (aumentando a demanda), pois, ao realizar o cruzamento de dados, será possível identificar que esta criança já foi registrada pelo sistema de demanda reprimida e/ou atendida. *** A Nilza (Conselho Municipal de Educação) e a Rose da (Semec) ficaram de verificar na Secretaria de Educação como foi realizado o levantamento de demandas há dois anos, no município, tendo em vista, a necessidade de aprimoramento deste diagnóstico para um levantamento mais rigoroso das demandas existentes no município. EDUCAÇÃO e INCLUSÃO Mariângela trouxe para discutir na Roda a questão da Educação Inclusiva. Especificamente falando sobre Autismo, explicou que há em Uberaba um grupo de 25 mães com filhos diagnosticados como autistas, e levantou a preocupação sobre um estudo que está sendo realizado que diz que em % das crianças serão diagnosticadas com autismo. (Estudo em andamento, pelo grupo). A criança especial, precisa de um monitor para acompanhá-lo no ensino regular. Algumas escolas do município tem a educação inclusiva, porém, quando o monitor falta, a criança é convidada a ficar em casa, pois, falta um profissional substituto. A legislação da educação inclusiva é de 2001, é premente trabalhar junto as Instituições de Ensino Superior que estão formando os profissionais que trabalharão com esse público um novo olhar sobre essa realidade. Se há política de inclusão, é necessária a formação continuada de profissionais para trabalhar a inclusão, começando pelas universidades.
6 Periodicamente a SEMEC faz cursos para professores que estão em exercício. Mas é preciso estendê-los aos centros de referências e outras instituições que atendem crianças e adolescentes. Há famílias que são resistentes quanto à aceitação de seus filhos em condição especial, por isso, ter profissionais capacitados para lidar com essa e outras questões é fundamental. Cada vez mais se faz urgente à profissionalização das escolas e instituições para o atendimento das múltiplas deficiências de crianças e adolescentes do município, dentro do que preconiza a política de educação inclusiva. É preciso que as escolas municipais revejam a questão de receberem estagiários nas instituições, pois, são esses estudantes que atuarão num futuro próximo dentro da escola, e, a formação teórica aliada à prática é fundamental na aquisição de competências e habilidades para lidar com o dia-a-dia da instituição. Quando as escolas estarão preparadas para trabalhar com a inclusão? A lei existe, mas para que seja efetivada é preciso participação das pessoas fortalecendo os Conselhos de Políticas Públicas, as Secretarias de Educação, entre outras. Verediana sugeriu que a Comissão Gestora se reunisse com a secretária de educação Silvana Elias, para discutir as questões aqui levantadas, e, outras já pontuadas em rodas anteriores, na busca de informações, esclarecimentos e trocas, tendo em vista elucidar alguns questionamentos que estão frequentemente permeando as reuniões mensais da Roda de Conversa. CONVITE ESPECIAL para a próxima Roda em 26/05 Secretária Silvana Elias (SEMEC) Marilda Ribeiro (Superintendência de Ensino) Presidente do Conselho Municipal de Educação Presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. *** Depoimento *** Estou muito feliz com o grupo da Roda de Conversa. Passo a enxergar uma luz, por ver o comprometimento das pessoas nesse processo que busca trabalho integrado: Educação, Saúde, Polícia Militar, Ministério Público, Assistência Social, etc. Profa. Irma (Creche Espírita Melo de Jesus) OPORTUNIDADES E INFORMES Discussão sobre Adoção e o Estatuto da Família, constituição em defesa de todas as famílias - Dia 25/05/2015, Auditório Cecília Palmério (Uniube) às 19h.
7 Participe da próxima Roda de Conversa - será dia 26/05/2015 às 08h30. Fique atento e participe! Registro e sistematização do informativo: Comissão de Fluxo/Roda de Conversa
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