Aspectos Relacionados à Terminação de Bovinos de Corte em Confinamento

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1 30 Congresso Paranaense de Estudantes de Zootecnia 28 a 31 de outubro de 2009 Maringá, PR. Aspectos Relacionados à Terminação de Bovinos de Corte em Confinamento Luís Carlos Vinhas Ítavo 1, Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo 2, Alexandre Menezes Dias 3, Fabiano Ferreira da Silva 4 1 Zootecnista, D.Sc. Prof. do Curso de Zootecnia e dos Programas de Mestrado em Desenvolvimento Local e em Biotecnologia da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB, Campo Grande, MS. CEP (067) e- mail: itavo@ucdb.br. Bolsista do CNPq # autor para correspondência 2 Zootecnista, D.Sc. Profª. da Universidade Federal de Mato Grosso do sul UFMS, camilaitavo@nin.ufms.br 3 Zootecnista, D.Sc. Prof. da Universidade Católica Dom Bosco UCDB, alexandre.dias@ucdb.br 4 Med. Vet., D.Sc. Prof. da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Itapetinga, BA. ffsilva@uesb.br. Bolsista do CNPq. INTRODUÇÃO A prática de terminação de bovinos em confinamento é reconhecida como uma atividade altamente especializada que apresenta risco moderado. A atividade é definida como, a etapa do ciclo de produção em que os animais devem ganhar mais peso em um período menor, procurando compensar os custos mais elevados com preços mais atraentes na entressafra da carne bovina. O Brasil possui o maior rebanho comercial mundial de bovinos, com 159 milhões de cabeças, e produção de aproximadamente, 8,2 milhões de toneladas de equivalente carcaça ao ano. Do total produzido, cerca de 10% é destinado ao mercado externo (Anualpec, 2007). Desta forma no Brasil a produção de bovinos de corte é uma importante parte da economia do país, sendo atualmente o principal exportador mundial de carne bovina. De acordo Pascoal et al. (1999), na avaliação do confinamento, os benefícios indiretos para o sistema de ciclo completo devem ser considerados, como a aceleração do giro de capital, redução da carga animal das áreas de pastagens no período seco do ano, programação da data de comercialização dos animais e abate de animais mais jovens com melhor qualidade de carcaça e carne, além da possibilidade de padronização de lotes. O tempo de permanência, o ganho de peso e a conversão alimentar são parâmetros utilizados para medir a eficiência biológica dos animais confinados, e variam conforme o peso, condição corporal, idade, sexo, potencial genético e principalmente qualidade nutricional da dieta (Gottschall et al., 2008). Para Kuss et al. (2009), é consenso entre produtores e pesquisadores que a redução da idade de abate intensifica a produção na propriedade, tornando-a mais eficiente em produção de alimento de qualidade e gerenciamento de recursos financeiros. Assim, serão abordados aspectos relacionados à terminação de bovinos em confinamento. Idade de entrada no confinamento A idade de entrada dos animais no confinamento é um fator importante, pois a idade está diretamente relacionada com desempenho produtivo e com as características de carcaça, fatores que influenciam no custo total do empreendimento.

2 Relação idade do animal e conversão alimentar O processo de crescimento é o resultado líquido de síntese e degradação, e não somente simples acréscimos de água, proteína, gordura e minerais no corpo. Existe um paralelismo entre os modelos de crescimento dos componentes químicos (água, proteína, cinzas e gordura) e físicos (músculos, ossos e tecidos adiposos) do corpo do animal. O crescimento de músculo e gordura varia largamente entre grupos de animais, ao passo que o crescimento de ossos é semelhante, independentemente do tipo de bovino (Silva et al., 2002). Para Murta et al. (2008), o ganho em peso dos animais confinados é influenciado por diversos fatores, entre eles: a qualidade da dieta, o grupo genético, idade, sendo os jovens mais eficientes em converter o alimento em ganho, sexo (machos ganham mais peso, porém possuem acabamento mais tardio), peso corporal do animal no início do confinamento e estrutura corporal, pois animais de maior estrutura ganham peso mais rápido, mas são tardios para acabamento, entretanto apresentam carcaças maiores e mais pesadas. Segundo NRC (1996), a idade do animal pode afetar o consumo de alimento e a exigência nutricional. Animais mais velhos consomem mais alimento por unidade de peso que animais mais jovens e exigem uma menor concentração de proteína bruta (PB) na matéria seca (MS), ou seja, para bovinos mais velhos e conseqüentemente mais pesados, ganharem o mesmo peso que os mais novos e mais leves, é necessária uma dieta com menor concentração de PB. A idade do animal é um fator muito importante e deve ser considerado na escolha dos animais a serem confinados, pois animais mais novos apresentam melhor velocidade de crescimento e uma melhor conversão alimentar que animais mais velhos e mais pesados devido a fato de que estes últimos necessitam de uma maior quantidade de alimento por quilo de ganho de peso, pois sintetizam maior quantidade de gordura (para formar 1 quilo de gordura são necessários 2,5 vezes mais energia do que para formar a mesma quantidade de músculo), levando ao aumento das exigências de mantença e da composição do ganho de peso (Alleoni, 2001). Avaliando a eficiência de bovinos jovens (22 a 24 meses de idade) e superprecoce (até 16 meses) durante a terminação, Restle e Vaz (2003) observaram que os novilhos superprecoce foram mais eficientes biologicamente, pois ingeriram menos MS (19,3%) e foram apenas levemente inferiores no ganho de peso médio diário (GMD), na ordem de 4,7%. Para Gottschall et al. (2007) os animais mais velhos e com elevado peso corporal necessitam de um menor tempo para atingir o grau de terminação adequado do que animais jovens, pois o ganho de peso, necessário para tanto, é menor. Além disso, períodos prolongados de confinamento, aos quais são submetidos animais precoces, podem levar a uma queda na eficiência alimentar. Segundo Euclides Filho et al. (2003), com o aumento da prática de confinamento como alternativa para terminação de animais, cresce a participação do abate de bovinos jovens denominados novilhos superprecoces (abatidos aproximadamente aos 14-15meses). Esses animais juntamente com os denominados precoces (abatidos aproximadamente aos meses) têm auxiliado a manutenção da oferta regular de produtos de qualidade. O tempo de confinamento irá variar de acordo com a qualidade do alimento, sabe-se que no começo do confinamento o animal está depositando musculatura e a exigência de energia é menor, do

3 meio para o final do confinamento o animal requer mais energia, porque esta depositando gordura. Assim, confinamento, instalações e padronização de lote são itens que poderão influenciar o desempenho econômico do empreendimento. Relação idade do animal e características de carcaça Pacheco et al. (2005) ao avaliar a composição física da carcaça e as características qualitativas da carne de novilhos precoces (abatidos aos 22,8 meses de idade) e superprecoces (abatidos aos 15,2 meses de idade), concluíram que os superprecoce apresentaram carcaças com maior porcentagem e quantidade total de músculo e maior relação músculo. Metz et al. (2009) avaliaram as características de carcaça e a qualidade da carne de novilhos com idade média de 22 meses, terminados em confinamento com dois pesos iniciais, e concluíram que animais leves e de menor porte, ao início do período de terminação, permanecem por mais tempo em confinamento, entretanto apresentaram maior espessura de gordura subcutânea. Novilhos superprecoces apresentam melhor conversão alimentar e melhor acabamento quando alimentados até alcançarem o peso final similar aos precoces. Mateus (2006) avaliando a produção de fêmeas e machos castrados em sistemas de produção de novilhos precoces e superprecoces verificou que os animais do sistema superprecoce obtiveram melhor desempenho produtivo quando comparados aos precoces (Tabela 1 e 2), sendo que os animais precoces foram recriados e terminados em pastagens recebendo suplementação protéicoenergética, já os superprecoces foram recriados e terminados em confinamento recebendo silagem de milho como volumoso, proporção volumoso: concentrado de 60:40, com 12% de proteína bruta (PB) e 68% de nutrientes digestíveis totais (NDT). As características AOL e EGS foram 57,68 cm 2 e 4,02 mm para fêmeas do sistema precoce e 64,41 cm 2 e 10,50 mm para superprecoce.

4 Tabela 1. Médias de peso corporal inicial (PCI) e peso corporal ao abate (PCA), ganho médio diário (GMD), área de olho de lombo (AOL), marmoreio (MARM) e espessura de gordura subcutânea (EGS) de bovinos terminados em sistemas precoces e superprecoces Variáveis Sistema de Produção Precoce Superprecoce Fêmeas PCI (kg) 216,87 a 234,33 a PCA (kg) 427,96 b 469,17 a GMD (kg/dia) 0,35 b 1,05 a AOL (cm 2 ) 57,68 b 64,41 a MARM (pontos) 2,69 a 3,42 a EGS (mm) 4,02 b 10,50 a Machos castrados PCI (kg) 236,12 a 231,80 a PCA (kg) 462,83 a 473,60 a GMD (kg/dia) 0,38 b 1,08 a AOL (cm 2 ) 57,21 a 59,93 a MARM (pontos) 2,05 a 2,25 a EGS (mm) 3,08 b 5,97 a PCI = peso corporal inicial; PCA = Peso corporal ao abate; GMD = ganho médio diário; AOL = área de olho de lombo, MARM = marmoreio valores de 1 (mínimo) a 6 (máximo); EGS = espessura de gordura subcutânea. Médias seguidas por letras iguais na mesma linha, não diferem pelo teste F (P<0,05). (MATEUS, 2006). Tabela 2. Espessura de gordura subcutânea (EGS) de bovinos terminados aos 15 meses em confinamento, em função da classe sexual e fonte de amido no concentrado Classe Sexual Fêmea Macho castrado Macho inteiro Variável Milho EGS (mm) 13,21aA 6,55bA 5,79bA Sorgo EGS (mm) 7,79aB 5,39aB 5,21aB Médias seguidas por letras iguais na mesma linha, não diferem pelo teste F (P<0,05) (MATEUS, 2006) Para Mertz et al. (2009), outro aspecto importante estaria relacionado ao potencial genético dos animais para precocidade, especificamente deposição de gordura e conversão alimentar, que estão diretamente relacionados ao tempo de permanência em confinamento. Esses dois fatores refletem na eficiência de transformar alimento consumido em ganho de peso e, portanto, no custo por kg de ganho de peso. Em mesma idade, bovinos resultantes do cruzamento das raças Aberdeen Angus e Nelore apresentam maiores pesos, maiores GMD, maior acabamento e maior exigência de energia em comparação aos da raça Nelore e dos mestiços Canchim Nelore e Simental Nelore. Animais de grupos genéticos diferentes apresentaram taxas de deposição dos constituintes químicos corporais e exigências líquidas para ganhos diferentes quando avaliados em mesma idade e mesmo manejo e sistema alimentar (Goulart et al., 2008).

5 Relação idade do animal e custo de produção Na terminação de bovinos em confinamento, a alimentação é o componente mais expressivo quando desconsiderado o valor de compra do animal. Para Restle e Vaz (1999), desses 70% aproximadamente dois terços são representados pelo concentrado. Assim, a busca por maior lucratividade deve enfocar principalmente a redução no custo com alimentação, principalmente o concentrado da dieta. Alternativas viáveis seriam a produção de volumoso de qualidade, representada pela maior participação de grãos na massa ensilada, e/ou a aquisição estratégica dos ingredientes do concentrado, aproveitando preços favoráveis de acordo com a época do ano e com a região. Pacheco et al. (2006), que, em estudo para avaliação da economicidade da terminação em confinamento de novilhos mestiços Charolês Nelore precoce e superprecoce, verificaram que o incremento no período de alimentação promoveu redução na lucratividade desse sistema de terminação, proporcionando resultados mais favoráveis para a terminação de novilhos precoces com 22,8 meses de idade (34 dias de alimentação), seguido pelos superprecoce com 12,4 meses de idade (84 dias de alimentação) e com 15,2 meses de idade (143 dias de alimentação). Períodos curtos de alimentação são alternativas para o aumento da lucratividade da terminação de novilhos em confinamento. Para terminação de animais jovens é necessário usar dietas com elevada densidade energética e protéica, normalmente obtidas utilizando-se maior quantidade de concentrado (Restle et al.1997), o que demanda maiores custos. Tal fato é compensado à medida que o animal avança na idade, a intensidade do desenvolvimento muscular vai decrescendo e a deposição de gordura vai aumentando. Assim, a lucratividade do sistema de terminação em confinamento está diretamente relacionada ao tempo que o animal fica no sistema, além do valor da dieta fornecida. Exigências nutricionais Apesar da sua importância na nutrição de bovinos de corte, o Brasil ainda não possui normas nacionais de exigências nutricionais, o que já foi estabelecido há vários anos em países mais economicamente desenvolvidos (Silva et al., 2002). O estudo de gado de corte no Brasil tem envolvido, principalmente, a determinação das exigências de energia, proteína, macro minerais e, em menor intensidade, de aminoácidos, bem como a eficiência de utilização da energia para mantença e ganho de peso (Paulino, 2004). As diferenças nas exigências de energia e de proteína para ganho entre diferentes raças bovinas estão relacionadas a variações na composição do ganho de peso, porque as exigências líquidas de energia para crescimento são funções da proporção de gordura e de proteína no ganho do corpo vazio. As exigências líquidas de proteína, no entanto, são função do conteúdo da matéria seca (MS), livre de gordura, do ganho de peso (Garret et al., 1959). O crescimento de bovinos, em tamanho e peso, e a mudança correspondente na forma e na composição corporais são, de acordo com Robelin e Geay (1984), de grande significado econômico. Segundo McDonald et al. (1995), o peso é o principal determinante da composição corporal e das exigências nutricionais para crescimento.

6 À medida que a idade avança, eleva-se a exigência de energia para ganho de peso e diminui a de proteína. Reid et al. (1980), em estudo do efeito da composição do corpo vazio entre raças, concluíram que a deposição de proteína na carcaça é menos pronunciada, ao mesmo peso, em raças de maturidade fisiológica precoce, quando comparada às de maturidade tardia. Segundo o NRC (1996) nas exigências dos bovinos mais jovens, verifica-se uma maior concentração de PB na MS do que na exigência dos bovinos mais velhos; ou seja, para bovinos mais jovens, e consequentemente mais leves, ganharem o mesmo peso que os mais velhos e mais pesados, é necessária uma dieta com maior concentração de PB. Tão importante quanto a energia, a determinação das exigências de proteína, seja para mantença ou crescimento, é imprescindível. A demanda de proteína para mantença de um bovino é igual às perdas metabólicas fecais e urinárias, além daquelas perdas de proteína por descamação do epitélio. A quantificação dessas perdas é relativamente difícil, principalmente em relação às perdas metabólicas fecais, uma vez que é necessário separar as perdas microbianas nas fezes das verdadeiras perdas metabólicas fecais, o que exige um procedimento mais trabalhoso. O NRC (1996) adotou, a partir do trabalho de Wilkerson et al. (1993), um valor diário de exigência de proteína metabolizável para mantença de 3,8 g/kg PV 0,75. Já as exigências líquidas de proteína para crescimento e terminação são dependentes do conteúdo de matéria seca livre de gordura no peso ganho. Variam em virtude da raça, classe sexual e taxa de ganho de peso. Em decorrência dessa variação no conteúdo do ganho, observa-se que as exigências líquidas de proteína para ganho são maiores em bovinos inteiros que em castrados e em animais de maturidade tardia que em animais mais precoces (Geay, 1984). A partir do conhecimento da eficiência de utilização da proteína, pode-se converter as exigências líquidas em exigências de proteína metabolizável. O NRC (1996), considerando que essa eficiência varia com o peso corporal, assume eficiência constante de 49,2% para animais com peso corporal superior a 300 kg e, para aqueles com peso inferior a 300 kg, adota a equação: 83,4 (0,114 x PVJ), em que PVJ se refere ao peso vivo em jejum. A proteína metabolizável engloba a proteína não degradada no rúmen digestível e a proteína microbiana verdadeira digestível. Logo, para fins de determinação das exigências de proteína para bovinos de corte, é necessário o conhecimento da cinética de degradação protéica dos alimentos no trato gastrintestinal e da medida do crescimento microbiano. As exigências de proteína bruta são obtidas a partir do somatório da proteína degradada no rúmen (PDR) e da proteína não degradada (PNDR). De acordo com o NRC (1996), a PDR pode ser quantificada em 130 g de PB/kg de NDT consumido. Considera ainda que 80% da proteína microbiana é verdadeira, possuindo digestibilidade de 80%, mesmo valor atribuído à digestibilidade da proteína não degradada no rúmen. A partir dessas considerações, é possível calcular as exigências de proteína bruta para bovinos de corte.

7 Fatores que afetam o consumo O desempenho animal é determinado pelo consumo de nutrientes, sua digestibilidade e metabolismo. Entre os fatores que determinam a qualidade dos alimentos, o consumo é o fator de maior importância, com influência sobre o desempenho animal (Mertens, 1994). Noller et al. (1996) apontaram que o consumo de matéria seca (MS) produz mais impacto na produção animal do que as variações na composição química ou disponibilidade dos nutrientes. Embora muito já se saiba sobre os fatores de estímulo e regulação do consumo, esse ainda é um assunto que desafia muitos pesquisadores. De acordo com Van Soest (1994), a hipótese mais aceita é que o consumo é controlado por vários fatores, com ação variável de acordo com a situação. Os principais fatores que influenciam o consumo de MS em ruminantes são aqueles ligados ao animal (raça, sexo, genótipo, peso vivo, crescimento, idade, estágio fisiológico, alimentação prévia e condição corporal); fatores inerentes ao alimento (espécie da planta, composição da dieta, composição química, digestibilidade, níveis de degradação, taxa de passagem, forma física, qualidade de conservação, conteúdo de MS, qualidade de fermentação, palatabilidade e conteúdo de gordura) e fatores de manejo e ambiente (tempo de acesso ao alimento, freqüência de alimentação, sais minerais, disponibilidade, espaço, fotoperíodo, temperatura e umidade). Também, o controle do consumo de alimentos está diretamente relacionado ao comportamento ingestivo, compreendendo o número de refeições diárias, sua duração e a taxa de ingestão (Dado e Allen, 1995 e Grant e Albright, 1995). Mertens (1992) dividiu esses fatores em três mecanismos: o fisiológico, em que a regulação do consumo é determinada pelo balanço nutricional; o psicogênico, que envolve a resposta do animal a fatores inibidores ou estimuladores ligados ao alimento ou ao ambiente; e o físico, associado à capacidade de distensão do rúmen, que pode ser relacionado ao teor de fibra em detergente neutro (FDN) da dieta. Segundo Dove (1996), o consumo pode ser limitado pela deficiência em proteína da ração. Em rações desbalanceadas, com baixa disponibilidade de compostos nitrogenados (N) e ricas em fibra em detergente neutro (FDN), o suprimento de proteína degradável no rúmen (PDR) é o principal limitante para o crescimento microbiano. Em conseqüência, a digestão da parede celular fica comprometida e a ingestão de alimentos é reduzida devido ao efeito de enchimento. Comportamento Ingestivo Variações no consumo de alimento podem ser evidenciadas através da avaliação do comportamento alimentar, no entanto, novas técnicas de alimentação modificam o comportamento, não só alimentar, como também o físico-metabólico do animal. Os padrões de comportamento refletem a adaptação dos animais a diversos fatores ambientais, podendo indicar métodos de melhoramento da produtividade animal por meio de diferentes manejos (Dado e Allen, 1995). A localização de sistemas de fornecimento de água e alimento, a acessibilidade da dieta, a competição entre os animais por espaço, alimento e água, o horário e freqüência de distribuição da dieta são alguns dos aspectos citados por Albright (1993), como fatores de alteração na quantidade de alimento ingerido.

8 Observações recentes têm mostrado que em lotes onde não há homogeneidade de porte e peso, ocorre dominâncias e interações entre os animais que interferem significativamente no consumo e consequentemente no desempenho produtivo (Ítavo et al. 2009) 1. Os períodos gastos com a ingestão de alimentos são intercalados com um ou mais períodos de ruminação ou de ócio. O tempo gasto em ruminação é mais prolongado à noite, mas os períodos de ruminação são ritmados também pelo fornecimento de alimento. No entanto, existem diferenças entre indivíduos quanto à duração e à repartição das atividades de ingestão e ruminação, que parecem estar relacionadas ao apetite dos animais, a diferenças anatômicas e ao suprimento das exigências energéticas ou repleção ruminal, influenciadas pela proporção volumoso:concentrado (Fischer et al., 1998). A freqüência de fornecimento de alimento representa alterações no padrão de distribuição das atividades ao longo do dia (Fisher et al. 2002). O estímulo visual é um fator de máxima importância na produção de determinadas reações dos animais e a fixação de determinadas rotinas origina a aprendizagem (Fraser, 1980) ou reflexos condicionados, tais como procurar o comedouro a ouvir o som vagão misturador. O efeito pode ser refletido em variação da quantidade de alimento consumido e utilização de nutrientes ao longo do trato digestivo, principalmente pelos microrganismos ruminais, devido à dinâmica de disponibilidade de substrato. Sniffen e Robinson (1984) salientaram que a baixa freqüência de alimentação leva ao aumento da variação diurna das características ruminais, sendo que a redução dessa variação é desejável para melhorar o desempenho. A motivação alimentar pode se sobrepor aos princípios homeostáticos de regulação de consumo, tornando-se uma das grandes chaves da produtividade dos animais domésticos, assim recomenda-se subdividir o fornecimento da dieta. Em trabalho com fornecimento de alimento pela manhã ou à tarde, Queiroz et al. (2001) verificou que o horário de fornecimento da ração representou diferença para as características de ingestão, com o tempo despendido em ingestão maior quando o alimento foi fornecido pela manhã. Frequência alimentar A adequada freqüência de alimentações com dieta balanceada pode ser um dos fatores de otimização em ganho de peso e eficiência para bovinos de corte. Alguns experimentos mostram que animais alimentados várias vezes apresentam melhor desempenho que os alimentados apenas uma vez ao dia (Gibson, 1981; Sniffen e Robinson 1984). Em revisão de literatura realizada por Gibson (1981), verificou-se que a vantagem total no ganho de peso chega a 16% e a eficiência de 19% a favor do maior número de fornecimentos de alimentos para bovinos. Entretanto estes estudos ocorreram em curtos períodos com bovinos de raças leiteiras. Por outro lado, estudos mais aprofundados não apresentaram resposta em ganho e eficiência (Burt e Dunton 1967; Gibson 1981). Segundo Ruiz e Mowat (1987) há evidências de melhoria da eficiência de ganho quando houver 1 Dados não publicados.

9 limitação na ingestão de alimento. Algumas hipóteses indicam que a alimentação menos freqüente durante o dia leva ao aumento da variação dos parâmetros ruminais ao longo do dia, sendo que a redução dessa variação é desejável para melhor desempenho (Sniffen e Robinson 1984). Goonewardene et al. (1995) realizaram estudo comparando consumo de matéria seca, ganho de peso diário e eficiência com bovinos recebendo uma duas ou três alimentações ao longo do dia, não observando diferença entre os tratamentos. De acordo com Sniffen e Robinson (1984), o aumento do GMD ocorre quando o aumento da freqüência de alimentação promove elevação no consumo, o que também pode estar relacionado a melhor uniformidade nas concentrações de metabólitos ruminais, assim, a subdivisão em mais do que três vezes ao dia seria recomendada. Pacheco, et al. (2008), avaliando características da carcaça de novilhos e vacas, sob diferentes frequências de alimentação em confinamento, observaram que o aumento no fornecimento da alimentação de duas para três ou quatro vezes não influenciou composição física da carcaça e as características qualitativas da carne dos animais terminados em confinamento. Classe sexual As principais diferenças em relação ao sexo dos animais são observadas quanto ao tecido adiposo. Considerando-se animais pertencentes à mesma raça e com peso de corpo vazio similar, fêmeas possuem maior quantidade corporal de gordura que machos castrados, e estes, mais que animais inteiros. Este comportamento se reflete nas concentrações de energia corporal e nas respectivas exigências energéticas para ganho (Silva, 2001). O sexo influência a composição do ganho em peso e a composição da carcaça e, por conseguinte, a maciez da carne. Animais de sexos diferentes chegarão ao ponto de abate (mesmo grau de acabamento da carcaça) em pesos ou idades diferentes. Fêmeas atingem o ponto de abate mais cedo e mais leve que os machos castrados que, por sua vez, estarão acabados mais cedo e mais leves que machos não-castrados. Castrado X não-castrado A utilização da castração de bovinos no Brasil é uma prática rotineira para produção de carne, tendo como objetivo facilitar o manejo com os animais e melhorar a qualidade das carcaças. Alguns produtores já estão abatendo seus animais sem castrar, com idade média de 24 meses, terminados em confinamento, com carcaças de qualidade satisfatória. Hoje, a maior restrição ao abate de bovinos machos não-castrados vem dos frigoríficos que afirmam que animais não-castrados não depositam gordura como machos castrados. Entretanto, trabalhos de Restle et al. (1994), Feijó e Euclides Filho (1998) mostraram que é possível abater animais inteiros com carcaças de qualidade. Todavia, deve-se considerar a escolha dos ingredientes na formulação das dietas para animais não-castrados, pois dietas isoprotéica e isoenergéticas como utilizada por Gomes et al. (2004) não favoreceram o

10 acabamento dos animais não-castrados abatidos aos 18 meses de idade. Porém, destaca-se que estes animais apresentaram maior produção de carne, representada pela AOL (Tabela 3). Tal fato evidencia a capacidade de desenvolvimento muscular superior do animal não castrado em relação ao castrado. Animais não castrados crescerem mais rapidamente, utilizarem o alimento de maneira mais eficiente e produzirem carcaças com maior proporção de carne comercializável e menor teor de gordura. Tabela 3. Desempenho produtivo de novilhos cruzados recriados e terminados em confinamento, em função da castração Tratamento 1 Variáveis Castração Castração Não castrados 8 meses 13 meses PA (kg) 475,67b 494,33a 510,67a AOL (cm 2 ) 68,63b 71,03b 78,60a EGS (mm) 4,53a 3,53a 1,27b PA: peso de abate; AOL: área de olho de lombo; EGS: espessura de gordura subcutânea; 1 Médias seguidas por letras iguais na mesma linha não diferem pelo teste Tukey (P>0,05); GOMES et al. (2004). Na tabela 4 estão apresentados os resultados de Mateus (2006) referentes ao desempenho produtivo de animais castrados e não-castrados abatidos aos 15 meses. Os animais não apresentaram diferenças para o uso da castração ou não, apresentando valores médios de peso corporal de abate de 473,60 kg e 482,27 kg, respectivamente para castrados e não-castrados. Os ganhos médios diários foram 1,08 kg e 1,11 kg, respectivamente para castrados e não-castrados. Assim evidenciando que não houve diferença quanto ao uso de castração na terminação de bovinos em confinamento. Tabela 4. Desempenho produtivo de bovinos machos castrados e não-castrados terminados em sistema de confinamento, abatidos aos 15 meses de idade Variáveis Classe sexual Castrado Não-Castrado PCI (kg) 231,80 a 233,45 a PCA (kg) 473,60 a 482,27 a GMD (kg/dia) 1,08 a 1,11 a AOL (cm 2 ) 59,93 b 66,71 a MARM (pontos) 2,25 a 2,34 a EGS (mm) 5,97 a 5,47 a PCI = peso corporal inicial; PCA = Peso corporal ao abate; GMD = ganho médio diário; AOL = área de olho de lombo, MARM = marmoreio valores de 1 (mínimo) a 6 (máximo); EGS = espessura de gordura subcutânea. Médias seguidas por letras iguais na mesma linha, não diferem pelo teste F (P<0,05); MATEUS (2006)

11 A média de área de olho de lombo para os castrados foi de 59,93 cm 2 e para os animais não-castrados foi de 66,71 cm 2, demonstrando assim que os animais não-castrados apresentam maior AOL, assim proporcionando maior porcentagem de carne na carcaça e sua maior capacidade de desenvolvimento muscular. Para as características de marmoreio e EGS os castrados apresentaram 2,25, 5,97 mm enquanto que os não-castrados apresentaram 2,34 e 5,47 mm, visto que animais não castrados crescem mais rápido, ao redor de 17% e utilizam de maneira mais eficiente 13% produzindo carcaças com maior proporção de carne comercializável e com menor teor de gordura, visto que os animais não apresentaram diferença na espessura de gordura, sendo que estas medidas estão dentro das exigidas pelo frigorífico que são de 3 a 6 mm. Terminação de Fêmeas em confinamento Informações a respeito da terminação de fêmeas ainda são escassas, principalmente com relação às características das carcaças produzidas por esses animais. A terminação de fêmeas em confinamento demanda a utilização de dietas com elevada densidade energética, que permitam a expressão do potencial genético de ganho de peso e a adequada deposição de gordura na carcaça. No entanto, a utilização de elevada proporção de grãos nesses sistemas implica elevados custos, que pode inviabilizar a atividade em períodos de alta do preço dos grãos. Na tabela 5 estão demonstrados os resultados de Schio (2006) referentes ao desempenho produtivo de fêmeas, comparadas a machos castrados, em confinamento, recebendo dietas com diferentes fontes de amido no concentrado, milho e sorgo, para produção de novilhos superprecoce, terminados aos 15 meses de idade. Tabela 5. Médias de desempenho produtivo de bovinos em sistema de confinamento na fase de terminação, em função da classe sexual Fêmea Macho Castrado PCI 234,35 a 231,80 a PCF 469,16 a 473,60 a GMD 0,935 a 1,18 a RC 54,90 a 53,46 a CA 11,68 a 8,4 b PCI = peso corporal inicial; PCA = Peso corporal ao abate; GMD = ganho médio diário; RC: rendimento de carcaça; CA: conversão alimentar. Médias seguidas por letras iguais na mesma linha, não diferem pelo teste F (P<0,05) Balanceamento de dietas para confinamento Ações administrativas devem ser voltadas para medidas que reduzam o dispêndio de concentrado na dieta dos animais (fração mais onerosa do confinamento), por meio da

12 reavaliação da qualidade dos volumosos utilizados e/ou da possibilidade do uso de alimentos alternativos. Conhecer o custo da alimentação na terminação de bovinos de corte é de fundamental importância para que o pecuarista possa decidir sobre a alocação de recursos visando obter maior competitividade no setor. Para se iniciar o planejamento nutricional é necessário levantar os recursos físicos da propriedade (benfeitorias, maquinários, áreas de produção de volumosos, recursos hídricos, tamanho da área, topografia) e as características climáticas da região a ser implantado o confinamento. Na grande maioria, a formulação das dietas dos confinamentos realizados no Brasil, se utiliza os dados do sistema NRC (1996), os quais se ajustam às nossas raças e condições, porém necessitam de alguns ajustes. Os ajustes mais importantes referem-se aos teores de proteína e energia na dieta. As pesquisas que geram os dados para as fórmulas do NRC (1996) são baseadas em dietas de alto grão, formuladas para direcionar os animais a um grau avançado de terminação, com elevado teor de gordura na carcaça. Nos confinamentos com dietas com maior relação de volumoso e destinado a bovinos com maior grau de sangue zebuíno, deve existir a preocupação de proporcionar melhor digestão da fração fibrosa no rúmen. Assim, é necessário utilizar nas dietas, níveis de proteína mais elevados, garantindo um teor de proteína degradável no rúmen que proporcione nitrogênio suficiente para manutenção de uma intensa atividade microbiana. Considerações sobre concentrado Animais de alta produção apresentam maior exigência em nutrientes, particularmente de energia para suportar os elevados índices de produtividade. A alimentação desses animais baseada em volumosos torna-se limitante, uma vez que os volumosos apresentam baixa concentração de nutrientes por unidade de massa e lenta taxa de degradação e escape, restringindo a ingestão de alimento (Jung e Allen, 1995). Elevadas proporções de concentrado na dieta dos ruminantes pode refletir em ingestão muito rápida de grande quantidade de carboidratos não-fibrosos, o que poderia provocar distúrbios digestivos nos animais, pois o declínio no ph ruminal, associado ao aumento do amido na dieta afetam as bactérias ruminais, resultando na redução da digestão da fibra e do consumo da dieta total (Caton e Dhuyvetter, 1997). Dessa forma, quando a dieta é composta por grande participação de concentrado, o fornecimento fracionado da dieta pode exercer efeito positivo sobre a concentração de metabólitos ruminais, tendendo a reduzir os picos de ingestão e atividade fermentativa. Geralmente, os confinamentos fornecem dieta completa duas vezes ao dia, adequandose às condições das instalações, vida útil do alimento no comedouro e ao dispêndio econômico envolvido na atividade. A baixa freqüência diária de alimentação para bovinos pode resultar em modelo bem definido de picos na concentração da maior parte dos

13 metabólitos ruminais, incluindo amônia, ácidos graxos voláteis, ácido lático e do ph (Robinson e Van Vuuren, 1986). Ítavo et al. (2002) trabalhando com bovinos da raça Nelore, não-castrados, avaliou o ph do líquido ruminal e verificou que há lenta queda no ph com o aumento do tempo após fornecimento da dieta (Tabela 6). O valor mínimo de ph foi 6,22; estimado com 43,86% de concentrado e 10,72 horas após a alimentação. Observa-se que os menores valores para o ph estiveram sempre acima de 6,0; valor mínimo citado por Mould e e Orskov (1983). As dietas contendo 60 e 80% de concentrado, na qual foi adicionado 50 gramas por animal por dia de bicarbonato de sódio a fim de manter o ph acima de 6,2; valor citado por rskov (1982) e Mould e Orskov (1983) pois poderia reduzir a atividade das bactérias celulolíticas com a queda do ph ruminal. Observa-se na Tabela 6 que os valores de ph do líquido ruminal dos novilhos que receberam a dieta com 80% de concentrado apresentaram-se acima de 6,5; indicando a eficiência do efeito de tamponamento ruminal do bicarbonato de sódio. As altas concentrações da maioria dos metabólitos ruminais e a queda do ph, reduzem o crescimento e a atividade bacteriana, refletindo em redução da degradação microbiana dos componentes do alimento no rúmen (Mould e Orskov, 1983). Aumentando a freqüência de alimentação eliminam-se estes padrões, resultando em concentração mais constante desses metabólitos (Norgaard, 1987). Dessa forma, a redução dos picos diários na concentração de metabólitos no rúmen, proporcionada pela maior freqüência de alimentação, pode exercer incremento na eficiência de utilização de alimento pelos bovinos, provavelmente estimulando o consumo e melhorando o desempenho animal. Tabela 6. Médias e equação de regressão ajustada para ph no líquido ruminal de novilhos Nelore, em função dos níveis (n) de concentrado na dieta e do tempo (t) de coleta e seu coeficiente de determinação Nível de Tempo de coleta (horas) concentrado (%) ,52 6,66 6,59 6,29 6,41 6,39 6, ,64 6,78 6,60 6,36 6,29 6,43 6, ,35 6,48 6,15 5,90 6,17 6,24 6, ,03 7,14 7,18 6,79 6,67 6,50 6,61 Y ph = 7,2405-0, n + 0, n 2-0, t + 0, t 2 (R 2 = 0,98) Ítavo et al. (2002). Outro aspecto importante com relação à freqüência de alimentação é o seu custo. Estudando a avaliação econômica da terminação em confinamento de novilhos, Restle et al. (2006a) e Restle et al. (2006b), verificaram que dois fornecimentos diários representaram, respectivamente, 9,6 e 10,6% do custo da terminação, desconsiderando o valor dos animais. Portanto, aumentar o número de fornecimentos diários implicaria no aumento no custo de produção, e somente seria justificado pelo incremento do desempenho animal. Nos sistemas de confinamento de bovinos, a freqüência de alimentação é uma ferramenta de manejo que pode ser alterada com relativa facilidade. É necessário realizar a estimativa do consumo de alimentos concentrados (protéicos e energéticos), bem como dos demais insumos (núcleo mineral, uréia e bicarbonato de sódio).

14 Vale ressaltar que as quantidades dos insumos deverão ser consideradas de acordo com o número de animais e o período de tempo de permanência em confinamento. Para se obter redução nos custos operacionais com a alimentação dos animais confinados, é viável adquirir as matérias-primas em épocas do ano onde a oferta de insumos é maior, normalmente no final do período das águas, como o milho e a soja. Para os demais insumos como mistura mineral, uréia, bicarbonato de sódio, etc., a variação dos preços ao longo do ano é muito pequena, condição essa que poderá ser especulada, visando menores preços, junto a indústrias. Na Tabela 7 estão apresentadas, por Schio (2006), médias de consumo de nutrientes em função da fonte de amido utilizada no concentrado de bovinos na fase de recria e terminação em confinamento. Observa-se que quando se modifica o ingrediente da dieta o resultado final pode ser influenciado. Houve efeito da fonte de amido no consumo dos nutrientes. Os animais que receberam milho como fonte de amido no concentrado apresentaram maior consumo para todos os nutrientes, proporcionando melhores desempenhos no confinamento. Os animais que receberam milho apresentaram maiores consumos de MS em relação aos animais que receberam sorgo. Quando se trabalha em porcentagem do peso corporal (%PC) os animais do tratamento com milho e sorgo na fase de recria e terminação apresentaram consumo de MS de 2,50; 2,40 e 2,89; 2,85 %PC. Para o consumo de FDN os tratamentos com milho e sorgo apresentaram valores de 3,20 e 2,69 na fase de recria e 4,43; 3,86 kg/dia na fase de terminação, respectivamente. Quando se converte o consumo de FDN em % do PC, os animais do tratamento com milho na recria e terminação apresentaram em média consumo de FDN de 1,04 e 1,21 %PC, respectivamente, enquanto que para o sorgo os animais na recria e terminação apresentaram 0,93 e 1,12 %PC, respectivamente. É importante que o teor de FDN não limite à ingestão, para que os animais sejam capazes de consumir quantidades suficientes de MS que atendam às suas necessidades energéticas, não influenciando a produção.

15 Tabela 7. Médias de consumo de nutrientes na fase de recria e terminação, em função da fonte de amido no concentrado em confinamento Fonte de amido no concentrado Variáveis Milho Sorgo Recria CMS (kg/dia) 7,59 a 6,85 b CPB (kg/dia) 0,878 a 0,792 b CFDN (kg/dia) 3,20 a 2,69 b CNDT (kg/dia) 5,20 a 4,64 b Terminação CMS (kg/dia) 10,51 a 9,83 b CPB (kg/dia) 1,215 a 1,137 b CFDN (kg/dia) 4,43 a 3,86 b CNDT (kg/dia) 7,19 a 6,66 b Médias seguidas por letras minúsculas distintas na mesma linha, diferem pelo teste Tukey (P<0,05); SCHIO (2006) Segundo Mertens (1992), a capacidade ótima para ingestão da FDN é de 1% PC para animais em crescimento. Mertens (1992) relatou ser importante que o teor da FDN não limite à ingestão, para que os animais sejam capazes de consumir quantidades suficientes de MS que atendam às suas necessidades energéticas, não influenciando a produção. O consumo de FDN em níveis acima de 1,2% do PC do animal (Mertens, 1992), seria um dos principais mecanismos físicos reguladores do consumo de MS. O consumo de FDN em níveis acima de 1,2% do PC do animal (Mertens, 1992), seria um dos principais mecanismos físicos reguladores do consumo de MS. Silva et al. (2002) trabalhando com novilhos Nelore na fase de recria e engorda concluíram que o valor de consumo de FDN com relação a %PC pode ser mais flexível, chegando próximo ao valor de 1,35 %PC. O consumo de NDT dos animais que receberam milho e sorgo na recria e terminação como fonte de amido no concentrado foi de 5,20 e 4,64 na recria e 7,19 e 6,66 kg/dia na terminação, respectivamente. Ambos os tratamentos apresentaram consumo de NDT acima das exigências, que para recria é de 4,11 kg/dia conforme citado por Silva (2001) e na terminação é de 5,30 kg/dia conforme Valadares Filho et. al. (2006). Mateus (2006) avaliou o desempenho de bovinos quando se tem diferentes ingredientes no concentrado (tabela 8). As fêmeas que apresentaram maior peso de abate foram as que receberam milho como fonte de amido, apresentando pesos de abate de 442,33 e 496,00 kg para o sorgo e para o milho. Para as características de carcaça a fonte de amido influenciou na espessura de gordura subcutânea (EGS), apresentando valores de 13,21 mm para as fêmeas que receberam milho e 7,79 mm para as fêmeas que receberam sorgo. A EGS apresentada pelas fêmeas do sistema superprecoce foram superiores a EGS exigidas pelas redes frigoríficas, visto que as fêmeas permaneceram até os 15 meses de idade até serem abatidas, permanecendo 3 meses a mais de tempo de confinamento, sendo que aos 12 meses as fêmeas já apresentavam peso de abate. Os Machos castrados apresentaram valores médios de peso de abate de 445,60 e 501,60 kg, para o sorgo e milho, respectivamente, demonstrando superioridade no peso de carcaça ao

16 abate dos animais que receberam milho como a principal fonte de amido do concentrado. Verifica-se que quando se manipula os ingredientes da dieta, os resultados de desempenho podem ser modificados, conforme a qualidade do alimento utilizado na alimentação de bovinos em confinamento. Os bovinos castrados que receberam milho apresentaram maiores valores de rendimento de carcaça sendo de 54,59% para os que receberam milho e 52,53% para os bovinos que receberam sorgo. Pacheco, (2005) encontrou valores médios de 55,81% avaliando características de carcaça de animais precoce e superprecoce. Tabela 8. Desempenho de bovinos em função da fonte de amido no concentrado terminados em confinamento aos 15 meses Variáveis Fonte de amido Sorgo Milho Fêmeas GMD (kg/dia) 0,90b 1,19a AOL (cm 2 ) 62,31a 66,52a MARM (pontos) 4,38a 2,46a EGS (mm) 7,79a 13,21a Machos castrados GMD (kg/dia) 0,95b 1,21a AOL (cm 2 ) 58,49a 61,37a MARM (pontos) 2,34a 2,16a EGS (mm) 5,39a 6,55a Machos não-castrados GMD (kg/dia) 1,04a 1,20a AOL (cm 2 ) 65,35a 68,35a MARM (pontos) 2,16a 2,56a EGS (mm) 5,21a 5,79a PCI = peso corporal inicial; PCA = Peso corporal ao abate; GPT= Ganho de peso total; GMD = ganho médio diário; PCQ = Peso de carcaça quente; RC = rendimento de carcaça (PCQ/PCA*100); AOL = área de olho de lombo, MARM = marmoreio valores de 1(mínimo) a 6 (máximo); EGS = espessura de gordura subcutânea. Médias seguidas por letras iguais na mesma linha, não diferem pelo teste F (P<0,10); MATEUS (2006) Não foram verificadas diferenças nas variáveis dos bovinos não-castrados onde apresentaram valores médios de peso corporal de abate de 462,67 kg e 505,80 kg sendo inferiores ao apresentado por Gomes, (2003), que verificou valores médios de 510,67 kg para peso de abate dos animais não-castrados. O rendimento de carcaça dos bovinos não castrados foi de 53,57 e 53,67% para as fontes de amido, sorgo e milho. Gomes (2003) encontrou valores médios de peso de carcaça quente e rendimento de carcaça de animais não-castrados de 251,17 kg e 49,18 %. Essa variável pode sofrer variação, pois o peso de abate que se toma na propriedade pode ser influenciado pelo tempo de jejum e quando o animal é abatido no frigorífico o peso da carcaça pode ser alterado. A espessura de gordura subcutânea teve média de 5,21 e 5,79 mm, respectivamente para sorgo e milho. O milho como fonte de amido no concentrado demonstrou valores superiores na produção de carne bovina em confinamento, tanto de fêmeas, como de machos, quando comparado ao sorgo, alimento este inferior nutricionalmente quando comparado ao milho, visto que a utilização de um determinado ingrediente na terminação de bovinos em confinamento irá depender de sua disponibilidade e preço, evitando assim que o concentrado

17 utilizado na dieta dos bovinos sejam menos onerosos, proporcionado lucro ao confinamento (Ítavo et al., 2007). Silva (2001) avaliando o custo de produção de novilhos Nelore recebendo diferentes níveis de concentrado na dieta verificou que a alimentação representou cerca de 80% do custo total, na fase de engorda. Os níveis com 40 e 60% de concentrado apresentaram os menores custos por arroba. Proporção volumoso: concentrado da dieta O consumo pode ser limitado pelo alimento, animal ou pelas condições de alimentação (Mertens, 1992). Além disso, não se sabe como o animal ajusta o consumo e a produção a partir de seus pontos críticos ou ótimos, na tentativa de se ajustar à dieta. Se a densidade energética da ração for alta, isto é, com baixa concentração de fibra, em relação às exigências do animal, o consumo será limitado pela demanda energética do animal e o animal poderá deixar de ingerir alimentos, mesmo que o rúmen não esteja repleto. Por outro lado, se a dieta tiver baixa densidade energética, o consumo será limitado pelo enchimento. Porém, se a disponibilidade do alimento for limitada, nem o enchimento nem a demanda energética serão importantes para predizer o consumo (Mertens, 1992). As informações, na literatura, em relação à melhor proporção volumoso:concentrado para as dietas de bovinos de corte em crescimento não estão consolidadas. O estudo de como esta relação influi na cinética da digestão bem como na utilização dos alimentos é fundamental para a manipulação de dietas mais eficientes e de menor custo (Ítavo et al., 2007). Volumosos são importantes fontes de nutrientes utilizadas na alimentação de bovinos. Para otimizar a utilização desses e manter a performance animal aceitável, geralmente é desejável aumentar a ingestão e digestão por meio do fornecimento de nutrientes suplementares. O ph ruminal tem recebido atenção considerável como um mecanismo que explica as reduções na ingestão e digestibilidade de volumosos, resultando da suplementação energética (Ítavo et al., 2007). Mertens (1992) sugeriu que a digestão da fibra declinaria, quando o ph ruminal estivesse abaixo de 6,7. rskov (1982) e Mould e Orskov (1983) indicaram que o ph ruminal abaixo de 6,2 reduziria a atividade de bactérias celulolíticas e digestão de palhas. Esses pesquisadores indicaram que a depressão no ph ruminal poderia ser responsável pela redução na digestibilidade da fibra associada com suplementação com grãos. Church (1979) observou que ruminantes consumindo dietas à base de volumoso mantinham o ph ruminal entre 6,2 e 6,8, enquanto, para aqueles que consumiram concentrado, o ph variou de 5,8 a 6,6. Mould e Orskov (1983) demonstraram que o efeito do ph na digestão da fibra é bifásico, assim, a redução de 6,8 para 6,0 provocou depressão na digestão da fibra e somente abaixo de 6,0 ocorreu efeito drástico.

18 Manejo de bovinos no confinamento A mudança dos bovinos da área de pastagem para o confinamento modifica alguns aspectos ambientais que são de grande importância na resposta orgânica do animal, como a superpopulação, o acesso à água que era consumida em córregos, açudes e grandes bebedouros e no confinamento é consumida em bebedouros menores e principalmente ao acesso a alimentação que antes era no pasto e no confinamento passa a ser no cocho (Ítavo et al., 2007). Uma mudança de grande importante é quanto à característica do alimento, onde ocorre a mudança da forragem, sendo o principal alimento para atingir suas exigências, para dietas com diferentes percentagens de alimento concentrado (proporção volumoso:concentrado) (Ítavo et al., 2007). Instalações Segundo Ítavo et al. (2007) para se obter resultados promissores e garantir o suprimento de concentrados e volumosos, de forma adequada, as instalações do confinamento devem possuir componentes que facilitem no manejo com os animais. A formação de um centro de manejo de animais destinado à recepção e ao preparo dos animais que entrarão no confinamento composto de curral com brete, balança apartador, onde os animais serão vacinados (vermifugados) e pesados. Os currais de recepção dos animais devem estar limpos de resíduos, os cochos e bebedouros também devem estar limpos, e se possível estes currais devem ter áreas de pastagem adjacentes, o que diminui o estresse (Ítavo et al., 2007). A área disponível para os animais variam em função do tipo de piso, revestido ou não, e principalmente em função da precipitação pluviométrica. É óbvio que à medida que melhoramos as condições de conforto dos animais podemos aumentar a densidade populacional. Considerando vários detalhes relacionados aos comentários anteriores, as áreas devem ser de 10 a 20 m 2 /animal (Ítavo et al., 2007). Os cochos podem ser planejados com vários materiais e ser de vários modelos, no entanto, a escolha deve recair sobre aqueles que facilitem a distribuição e o consumo de alimentos pelos animais, não tragam riscos de acidentes e minimizem o desperdício. Atualmente os que têm se apresentando como mais econômicos e tecnicamente adequados são os de materiais sintéticos derivados de petróleo e aqueles de concreto (Ítavo et al., 2007). Quanto à proteção da chuva, os cochos podem ser descobertos ou cobertos, sendo que a adoção de um ou de outro, dependerá principalmente das condições climáticas prevalecentes na região e da freqüência de uso das instalações. Em regiões onde ocorrem baixas precipitações durante a época seca do ano, e a instalações são usadas somente nesta época, deve-se adotar o cocho descoberto. Entretanto, face ao percentual que a alimentação representa no custo total do confinamento, e dos reflexos que problemas de manejo com a alimentação podem trazer quanto ao ganho e conversão alimentar, a cobertura do cocho não deve ser descartada, principalmente se houver uso mais intenso das instalações, eliminando assim os riscos de alterações climáticas imprevisíveis que prejudicam o manejo alimentar. No

19 entanto, qualquer decisão deve passar por uma criteriosa análise econômica, sempre buscando alternativas que possibilitem melhorar o manejo (Ítavo et al., 2007). O dimensionamento dos cochos deve atender a alguns quesitos, tais como o volume de alimentos a ser distribuído; forma de distribuição dos alimentos; conforto dos animais, no sentido de facilitar o consumo e, portanto, devem ser construídos sem cantos. Podemos adotar as seguintes medidas: largura no topo: 0,7 m; largura no fundo: 0,5 m; profundidade: 0,5 m; borda superior: 0,7 m do solo; comprimento: 0,7 m/animal (para animais mais pesados), para que todo o lote seja alimentado ao mesmo tempo. Pode-se adotar 0,4-0,6 m/animal para lotes mais jovens (Ítavo et al., 2007). Para evitar a entrada de animais nos cochos, recomenda-se a colocação de três fios de arame ou cabo de aço, a altura conveniente, o primeiro a 0,6 m e os outros a 0,15 m um do outro, acima da borda interna do comedouro. Os bebedouros podem ser construídos de forma a atender um ou dois lotes, sendo recomendado no mínimo de 50 litros por animal por dia. Recomenda-se 0,5 m de profundidade; 0,3-0,5 m lineares para cada 10 animais, e uma vazão mínima de 0,3%/minuto do volume estimado para consumo diário. Deve-se construir uma calçada de concreto ao redor dos bebedouros com largura de pelo menos 1,5 m (Ítavo et al., 2007). A utilização de plantas arbóreas com finalidade de quebra ventos e sombreamento representa uma forma adequada de melhoria das condições de conforto térmico dos animais, principalmente nas regiões mais quentes do país. Entre as plantas mais indicadas está o eucalipto, devido a sua velocidade de crescimento elevada (Ítavo et al., 2007). Tamanho inicial dos animais e desempenho produtivo A composição do ganho em peso é influenciada pela idade e peso vivo do animal, pelo sexo, pela estrutura corporal e pela taxa de ganho. Idade e peso vivo, em animais bem criados, dentro de uma mesma raça, usualmente estão associados. Animais mais jovens são mais eficientes quanto à conversão alimentar (kg de alimentos/kg de ganho em peso), pois o ganho se dá principalmente pelo crescimento da massa muscular, que é um tecido com teor de água relativamente elevado. Ao contrário, animais mais pesados ou mais erados demandam comparativamente maior quantidade de alimento/kg de ganho, pois estarão sintetizando gordura a taxas mais elevadas (Cardoso, 1996). A produção de novilhos para o abate em idades de 12 a 14 meses, também chamados superprecoces, causa melhoria da qualidade da carne, já que o aumento de idade do animal é o fator que altera mais significativamente a maciez (Restle et al., 2000). A utilização de alimentos de boa qualidade por novilhos jovens, que são biologicamente mais eficientes, permite a redução da idade de abate. Esta alternativa possibilita, nas propriedades que trabalham em sistema de ciclo completo, a liberação de áreas para serem ocupadas por outras categorias, com inúmeros benefícios (Restle et al., 1999). Em animais para serem abatidos com 12 a 14 meses de idade, a precocidade na deposição de gordura é uma característica de grande importância. A gordura de marmoreio, que é a última a ser depositada, tem efeito positivo sobre a maciez, palatabilidade e suculência da carne.

20 De acordo com Di Marco (1998), o tamanho estrutural, conhecido como porte, é uma característica de alta influência nos parâmetros produtivos e pode ser definida de forma qualitativa. O porte do animal influencia suas características produtivas, uma vez que aqueles de maior porte apresentam maiores pesos de terminação, maiores carcaças e menor quantidade de gordura intramuscular. Pacheco et al. (2005), ao avaliar a composição física da carcaça e as características qualitativas da carne de novilhos precoces (abatidos aos 22,8 meses de idade) e superprecoces (abatidos aos 15,2 meses de idade) afirmaram que as carcaças dos animais precoces apresentaram maior percentual de músculo (66,45 vs 60,27%) e menor de gordura (18,59 vs 24,78%) que as dos animais superprecoces, enquanto a porcentagem de osso permaneceu inalterada.. Esclarecem que o maior percentual de gordura na carcaça dos animais superprecoces é resultado da alteração na composição do ganho, decorrente do maior período de confinamento para atingir o peso de abate. O avanço da idade dos animais durante o período de terminação, o crescimento inicial, predominantemente muscular, dá lugar à maior retenção de energia nos tecidos, sob a forma de gordura. O marmoreio da carne representa a quantidade de gordura intramuscular e foi verificado em maior grau nos novilhos superprecoces (8,42 pontos), em relação ao verificado nos novilhos precoces (6,25 pontos). Esta classificação foi resultante do maior acúmulo de gordura dos novilhos superjovens, uma vez que o maior período de alimentação promoveu alteração na composição do ganho de peso desses animais, que passaram a depositar mais gordura, o que foi confirmado pela positiva correlação entre características relacionadas à gordura (tanto na carcaça como na carne) com o grau de marmoreio na carne. Santos (2005) avaliando o desempenho, características da carcaça e da carne de bovinos de diferentes sexos e idade de diferentes raças terminados em confinamento, relatam que o período de permanência dos animais no confinamento foi, em média, de 130 dias, sendo 73 dias para o grupo precoce de ambos os sexos e 187 dias para o grupo superprecoces. Entretanto, as fêmeas superprecoces demoraram 65 dias a mais que os machos da mesma idade (220 contra 155 dias). Estes períodos variaram em função do peso inicial e da capacidade de ganho em peso dos animais, para atingirem os pesos pré-determinados de abate. Neste trabalho, observou-se também que à medida que avançou o período experimental, as fêmeas acumularam mais gordura que os machos e isto podem estar relacionados à diminuição do GMD ao longo dos períodos, principalmente pela composição de ganho, ocasionando com isto maior tempo em confinamento. Apesar dos frigoríficos preferirem carcaças com maior quantidade de músculo, devido à associação a maior porção comestível e maior tamanho de cortes comerciais, a quantidade de gordura também deve ser levada em consideração, por estar diretamente relacionada ao aspecto visual da carne e ao seu sabor. Bianchini et al (2008), avaliando crescimento e características de carcaça de bovinos superprecoces Nelore, Simental e mestiços observaram que o tempo de confinamento foi maior para o grupo Nelore e que os animais confinados, no final do período, eliminaram suas diferenças e obtiveram o mesmo peso, pois este tinha sido estabelecido previamente. Pode se inferir que os maiores valores de AOL encontrados para os grupos genéticos baseados na raça simental foram coerentes com os maiores pesos ao desmame dos animais pertencentes à raça. Os animais nelores apresentaram AOL inicial menor (P<0,05) que os Simental puros e Simbrasil e, apesar de não significativo, menor que os ½ simental x ½ nelore. Essa constatação se confirmou na medida de AOL na carcaça, em que os animais nelores apresentaram os menores valores dentre os grupos genéticos utilizados, esse fato ilustra que a

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