Parvoviridae. Profa. Rita de Cássia Nasser Cubel Garcia

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1 Parvoviridae Profa. Rita de ássia Nasser ubel arcia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Instituto Biomédico Universidade Federal Fluminense

2 Família: Parvoviridae Sub-Família: Parvovirinae Hospedeiros vertebrados êneros Espécies Vírus mdoparvovírus Bocaparvovírus bocaparvovirus carnivoro 1 Vírus mínimo do cão (PV-1) Dependoparvovírus Erytroparvovírus Protoparvovírus veparvovírus? opiparvovírus? Tetraparvovírus? protoparvovirus carnívoro 1 protoparvovírus ungulado 1 Parvovírus Felino (FPV) FPLV Parvovírus anino (PV) PV-2 Parvovírus suíno (PPV) otmore et al. rch Virol (2014) 159:

3 Parvoviridae Diâmetro: nm Sem envelope apsídeo icosaédrico: VP1 (84 kda) interna ao capsídeo VP2 (67 kda) 95% capsídeo VP2: sítio de ligação ao receptor induz anticorpos neutralizantes atividade hemaglutinante DN fita simples ( 5.5 Kb) Resistentes: quecimento 56º por 60 min Variação de ph 3 a 9 Solventes lipídicos Sensíveis: Formalina 0,2% Hipoclorito de sódio 1:30 Radiação UV Organização do genoma dos protoparvovírus

4 Parvovírus: replicação 4. Montagem da partícula viral: Núcleo 5. Liberação da partícula viral: Lise celular 3c) Duplicação do genoma 3b) Transcrição do RNm: síntese de proteínas NS e estruturais 3. Replicação do genoma: a) Formação do intermediário replicativo - DN 2. Penetração: Endocitose mediada por receptor 1. dsorção FPV/PV: receptor transferrina (TfR) Parvovírus autônomos: Infecção em células em atividade mitótica Replicação do genoma no núcleo da célula

5 Parvovírus de importância em medicina veterinária Espécie Vírus breviatura Hospedeiro Manifestação clínica Protoparvovírus carnívoro 1 Protoparvovírus ungulado 1 Parvovírus felino Parvovírus canino Parvovírus suíno FPV PV PPV gatos cães gatos suínos hipoplasia cerebelar panleucopenia enterite miocardite leucopenia enterite infertilidade aborto mumificação fetal

6 Emergência e Evolução do PV tipos novos PV type-2c 2000 tipo antigo original daptado de Parrish& Kawowa, 2005.

7 Representação de uma unidade do capsídeo viral mostrando as posições dos aminoácidos () que sofreram alterações durante a evolução do PV (Parrish& Kawowa, 2005). Nt FPV PV-2 PV-2a PV-2b PV-2c Lys rg rg rg rg Met Met T Leu T Leu T Leu T Lys sn sn sn sn T Ile T Ile Thr Thr Thr Val la la la la la la ly ly ly sp sp T Tyr T Tyr T Tyr sp sn sn sn sn sn sn sn sp lu Val Val Ile Val Val sn Ser Ser Ser Ser la ly ly ly ly

8 Distribuição global dos PV-2a/2b/2c Zhou P, Zeng W, Zhang X, Li S (2017) The genetic evolution of canine parvovirus new perspective. PLOS ONE 12(3): e

9 lta Introdução variabilidade genética Taxas de mutação dos genes que codificam para as proteínas de capsídeo VP1/ VP2 comparáveis aos observados em vírus de genoma RN e valores superiores ao FPV Tamanho e tipo do genoma viral (único filamento de DN) e rápida replicação do vírus ocirculação de diferentes tipos de parvovírus na população canina e felina (Duffy et al., 2008; Hoelzer et al., 2008) (Steinel et al., 1998; Hoelzer & Parrish, 2010) oinfecção de diferentes tipos de PV em um mesmo hospedeiro (Batinalli et al., 2007; Vieira et al., 2008)

10 Rotas de migração do PV para mérica do Sul daptado de recco et al : PV-2 original EU, Europa e ustrália : PV-2a nos EU disseminou para Eurasia. Depois da Europa para o Equador outros países da mérica do Sul Brasil PV-2c emergiu no Sudeste da Europa migrou para mérica do Sul em 2000 rgentina (2003) e depois Uruguai (2006) e Brasil (2008) e em um outro momento migrou para o Equador 1980 PV na sia disseminou para Uruguai em

11 Patogenia da infecção pelo FPV e PV Porta de Entrada Orofaringe Dias pós-infecção 0 bakerinstitute.vet.cornell.edu Tecidos linfoides orofaringe Linfonodos mesentéricos 1-2 Viremia 3-5 Período Perinatal 6 semanas a 6 meses PV FPV Tecido linfoide medula óssea élulas epiteliais intestino 6-10 oração erebelo Necrose cripta Miocardite Hipoplasia cerebelar Leucopenia (PV) Enterite Diarreia Sinais clínicos taxia Panleucopenia (FPV) wendyleesshihtzu.com

12 lta variabilidade genética do PV X Virulência

13 Parvovírus: Diagnóstico laboratorial mostra clínica: FEZES Métodos diretos: Detecção do vírus Rápidos lássicos Reações imunológicas: - Ensaio Imunoenzimático (EIE) - Ensaio imunocromatográfico Detecção do enoma viral: PR Isolamento do vírus em ULTUR DE ÉLULS: FPV célula felina (RFK) PV células felina e canina (RFK, MDK) PR 681pb

14 (2) (3) onjugado (c + enzima) + vírus nas fezes onjugado (c + enzima) é misturado com o vírus na amostra clínica c na membrana (1) (4) substrato Ensaio imunoenzimático (kit-snap* )

15 Ensaio imunocromatográfico (kit-snap* ) Reação imunológica é realizada em um papel cromatográfico por ação capilar 2 tipos de c: c marcado se liga a amostra c adsorvido ao papel cromatográfico

16 Parvovírus: Prevenção Limpeza das instalações com remoção de matéria orgânica Vacinação: vírus vivo modificado atenuado. Falha vacinal: interferência dos anticorpos maternos Idade (semanas) Período de suscetibilidade: período em que os c maternos interferem na resposta a vacinação e não protegem contra a infecção pelo vírus selvagem

17 lta Resultados variabilidade e Discussão genética x Vacinação s alterações genômicas que levaram ao aparecimento dos novos tipos de PV poderiam alterar as propriedades antigênicas dos vírus, interferindo na eficácia das vacinas constituídas pelo tipo antigo????

18 Parvovírus suíno Falha reprodutiva: SMEDI S stillbirth M mummification ED embrionic death I infertility Infecção na gestação (fêmeas soronegativas, primíparas): té 30 dias: morte parcial ou total dos embriões. Os embriões são reabsorvidos e ocorre retorno ao estro. Entre 30 e 55 dias: Ocorre a morte dos fetos, onde os tecidos moles são reabsorvidos, mas o tecido ósseo não (deposição de cálcio nos ossos fetais) levando à mumificação e, possível prolongamento da gestação pós dias: feto imunocompetente falha reprodutiva incomum. Infecão em adultos: assintomática

19 Parvovírus suíno: patogenia infecção oronasal contato com fezes ou restos de aborto viremia (3-5d) infecção transplacentária (14d) fêmeas soronegativas: 1a. metade da gestação Replicação tecido linfoide infecção de toda a leitegada não ocorre simultaneamente Vírus é transmitido de um feto a outro.

20 Parvovírus suíno Diagnóstico laboratorial: mostras: fetos mumificados ou abortados, placenta. Detecção do genoma viral: PR Perfil sorológico do rebanho: detecção de c identificar se as fêmeas nulíparas estão sendo imunizadas no período correto. Prevenção: Vacina inativada vacinação das fêmeas 30 dias antes do período da cobertura

21 lta prevalência de parvovírus suíno, circovírus suíno 2 e leptospiras patogênicas em fetos suínos mumificados na região Sul do Brasil Maciel et al

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