JUS-HUMANISMO E OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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1 JUS-HUMANISMO E OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA João Carlos Azuma Gisella Martignago SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. O jus-humanismo e a atividade econômica; 3. A historicidade dos direitos humanos; 4. As pessoas com deficiência no Brasil; 5. Os direitos das pessoas com deficiência; 6. Conclusão; 7. Referências bibliográficas. RESUMO: O objetivo deste estudo é examinar a aplicação dos direitos humanos, em especial dos direitos das pessoas portadoras de deficiência na atividade econômica, à luz do novo marco teórico da Filosofia Humanista de Direito Econômico denominado jus-humanismo, cujo precursor é o Professor Ricardo Hasson Sayeg da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, primeiro Livre-Docente em Direito Econômico desta Instituição. PALAVRAS-CHAVE: 1. Jus-humanismo. 2. Lei universal da fraternidade. 3. Direitos humanos. 4. Direitos das Pessoas com Deficiência. ABSTRACT: This study aims to examine the implementation of human rights, especially the rights of persons with disabilities in business activity, in the light of the new theoretical framework of Humanistic Philosophy of Economic Law called jus-humanism, whose precursor is Professor Ricardo Sayeg Hasson from the Catholic University of São Paulo, first Livre-Docente in Economic Law of this Institution. KEYWORDS: 1. Jus-humanism. 2. Universal law of fraternity. 3. Humans rights. Rights of persons with disabilities. 1 INTRODUÇÃO A atividade econômica e os direitos humanos são indissociáveis. O que essa afirmação quer significar? Como conciliar interesses aparentemente inconciliáveis? Esta é a proposta do jus-humanismo da Filosofia Humanista de Direito Econômico, que se pretende examinar no presente estudo. Para tanto, serão abordados os direitos das pessoas portadoras de deficiência como estudo de caso de como compatibilizar tais interesses. Em um primeiro momento, será abordada a relação do jus-humanismo com a atividade econômica, particularmente como esta se estrutura com base naquele. Em seguida, Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, Doutorando em Direito Econômico pela PUC/SP. jazuma@uol.com.br Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, Doutoranda em Filosofia do Direito pela PUC/SP gisellamartignago@yahoo.com.br 171

2 será discutida a historicidade dos direitos humanos à luz do jus-humanismo, para, enfim, tratar a questão dos direitos humanos das pessoas portadoras de deficiência. 2 O JUS-HUMANISMO E A ATIVIDADE ECONÔMICA O novo marco teórico da Filosofia Humanista do Direito Econômico, denominado jus-humanismo, é inspirado no humanismo integral propugnado pelo filósofo francês Jacques Maritain, 1 cuja orientação é neotomista cristã. Todavia, trata-se o jus-humanismo de uma visão pós-neotomista desse humanismo integral, destituída de conteúdo teológico, em que se analisa antropologicamente o poder simbólico da fraternidade de Jesus Cristo, objetivado na lei universal da fraternidade, presente culturalmente no consciente coletivo da sociedade. Para o Professor Ricardo Hasson Sayeg, primeiro Livre-Docente em Direito Econômico da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e precursor da Filosofia Humanista do Direito Econômico: o humanismo integral consagra a lei universal da fraternidade que, mesmo abstraído de seu conteúdo teológico, culturalmente se aplica a todos e a tudo. Não há quem, em sã consciência, negue o valor universal da fraternidade. Não é à toa que a fraternidade está consagrada no lema da Revolução Francesa precursora do Estado de Direito, bem como no artigo 1º, da Declaração universal de Direitos Humanos, afirmada amplamente pelos povos da Terra. 2 A fraternidade, com efeito, foi elevada pelo jus-humanismo a uma categoria jurídica central dos direitos humanos na medida em que é considerada como a que melhor atende o déficit humanitário na pós-modernidade, 3 pois, por meio dela, os homens são considerados não apenas iguais, mas irmãos e, por assim dizer, são merecedores do amor fraterno em suas relações e nas relações com todos e com tudo. A aplicação da lei universal da fraternidade se dá mediante o adensamento das dimensões dos direitos humanos, referentes a liberdade, igualdade, ela própria e outros que vierem a surgir, no domínio econômico. Para o citado Professor, a fraternidade no domínio econômico é a medida da proporcionalidade entre a economia e a concretização dos direitos humanos em todas as suas dimensões, que deve se estender a todos e a tudo. 4 1 MARITAIN, Jacques. Humanismo integral. São Paulo: Nacional, SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, p SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, p SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, p

3 A atividade econômica consubstancia-se em dois direitos humanos de primeira dimensão: a propriedade e a liberdade. Se a atividade econômica estrutura-se em tais direitos humanos de primeira dimensão e os direitos humanos são considerados um feixe indissociável e interdependente, outra conclusão não se pode extrair senão a de que a atividade econômica deve respeitar os direitos humanos como um todo em sua perspectiva multidimensional. Salutar é a lição do Professor Ricardo Hasson Sayeg a esse respeito: considerando-se que o capitalismo, obra humana, estrutura-se nas liberdades negativas, direitos humanos de primeira dimensão, ele também é jus-humanista. Nesse diapasão, se, de um lado, os direitos de primeira dimensão, as liberdades negativas, são o que dão sustentação jurídica ao capitalismo, de outro lado, por força da indivisibilidade dos direitos humanos, o capitalismo deve conformar-se às suas demais dimensões e ao adensamento entre todas. 5 Sob essa perspectiva, o jus-humanismo professa que o correspondente objetivo dos direitos humanos é a dignidade da pessoa humana, positivada no inciso III do artigo 1º da Constituição de 1988, em que se encontram adensadas todas as suas dimensões como um feixe indissociável e interdependente. A partir da dignidade humana, deve ser construída toda construção do ordenamento jurídico brasileiro, voltada esta sempre para a satisfatividade daquela dignidade da pessoa humana - a fim de se obter como resultado maior a concretização da lei universal da fraternidade. 3 A HISTORICIDADE DOS DIREITOS HUMANOS Norberto Bobbio afirma: os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, são direitos históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizadas por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. 6 Hannah Arendt, por sua vez, expõe que tais direitos não são um dado histórico, mas um construído. 7 Nessa linha de pensamento, tem-se afirmado que os direitos humanos são direitos históricos. No entanto, à luz do jus-humanismo, os direitos humanos são direitos subjetivos naturais, decorrem da natureza humana, são inatos, concretizam a lei universal da fraternidade, do amor fraterno entre todos e tudo. A compatibilização do jus-humanismo à historicidade dos direitos pode ser vislumbrada pelo prisma do processo de positivação (em sentido amplo) dos direitos 5 SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, p BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 14ª tiragem. Rio de Janeiro: Campus, p LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, p

4 humanos. Tal fenômeno pode ser verificado pelo reconhecimento histórico da positivação de cada uma das dimensões dos direitos humanos. A origem da proteção da primeira dimensão dos direitos humanos a liberdade advém dos ideais iluministas que culminaram na Revolução Francesa e na Independência dos Estados Unidos da América e em suas respectivas Declarações Liberais do século XVIII; a da segunda dimensão dos direitos humanos a igualdade, por sua vez, decorre dos ideais socialistas que serviram de base para as Declarações Sociais do início do século XX; e assim por diante. Importa frisar as lições do Professor Willis Santiago Guerra Filho: Que ao invés de gerações, é melhor se falar em dimensões de direitos fundamentais, nesse contexto, não se justifica apenas pelo preciosismo de que as gerações anteriores não desaparecem com o surgimento das mais novas. Mais importante é que os direitos gestados em uma geração, quando aparecem em uma ordem jurídica que já trás direitos da geração sucessiva, assumem uma outra dimensão, pois os direitos de geração mais recente tornam-se um pressuposto para entendê-los de forma mais adequada e, conseqüentemente, também para melhor realizá-los. Assim, por exemplo, o direito individual de propriedade, num contexto em que se reconhece a segunda dimensão dos direitos fundamentais, só pode ser exercido observando-se sua função social, e com o aparecimento da terceira dimensão, observando-se igualmente sua função ambiental. 8 Assim, a alusão à afirmação histórica dos direitos humanos, 9 sob a perspectiva do jus-humanismo, deve ser vista como o processo de positivação (em sentido amplo) das dimensões dos direitos humanos. O Professor Ricardo Hasson Sayeg assevera: os direitos humanos servem como elemento essencial de sedimentação geral do sistema jurídico de direito positivo, consequentemente, os direitos humanos são a essência constitutiva de toda norma jurídica, como interesse implícito garantido juridicamente de dignidade da pessoa humana, de maneira que os direitos humanos devem ser aplicados a todo caso regulado pelo direito positivo, de acordo com o realismo jurídico. Significa dizer que todo caso regulado pelo direito exerce uma atração gravitacional sobre os direitos humanos para a respectiva subsunção. 10 Nesse diapasão, será abordada adiante a positivação dos direitos das pessoas portadoras de deficiência na ordem internacional e no ordenamento jurídico brasileiro, como meio de adensamento dos direitos humanos na atividade econômica com vistas em se buscar a satisfatividade da dignidade dessas pessoas em particular. 8 GUERRA FILHO, Willis Santiago. Processo constitucional e direitos fundamentais. 5. ed.. São Paulo: RCS, p COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, p

5 4 AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL De acordo com o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, cerca de 24,6 milhões de pessoas declararam-se portadoras de alguma deficiência. Este número corresponde a 14,5% da população total brasileira. 11 A tabela abaixo apresenta os tipos de deficiência encontrados no País e seus respectivos números: Tipo de deficiência População residente Mental Física Visual Auditiva Motora Fonte: IBGE, Censo Demográfico Outra relevante informação obtida pelo Censo 2000 é que das 24,6 milhões de pessoas que se declararam portadoras de deficiência, 19,8 milhões de pessoas residem em zonas urbanas, enquanto 4,8 milhões de pessoas, nas zonas rurais. Distributivamente, a região sudeste apresenta o menor percentual de pessoas portadoras de deficiência (13,1%) e a região nordeste, o maior de (16,8%): 11 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível em: < Acesso em: 15 jul

6 Particularmente no caso da deficiência visual, existem aproximadamente 148 mil pessoas cegas no País e por volta de 2,4 milhões de pessoas que declararam ter grande dificuldade de enxergar. O estado com maior número de cegos é São Paulo (23.900), seguido pela Bahia (15.400). Ainda, o Censo registrou pessoas com incapacidade de ouvir, além de quase 900 mil pessoas terem declarado possuir grande dificuldade permanente de audição. Esses são alguns dados que justificam a positivação dos direitos humanos, em especial dos direitos das pessoas portadoras de deficiência, no Estado brasileiro, como meio de realizar a satisfatividade da dignidade dessas pessoas. 5 OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Os direitos das pessoas com deficiência tem sido objeto de intensa positivação no ordenamento jurídico brasileiro, o que aponta para um intenso esforço do Poder Público para a satisfatividade da dignidade dessas pessoas. Na Constituição de 1988, os direitos das pessoas com deficiência encontram-se previstos nos artigos 7º, inciso XXXI, 24, inciso XIV, 37, inciso VIII, 203, incisos IV e V, e 244. O Instituto Brasileiro das Pessoas com Deficiência (IBDD), que tem por slogan um exercício de fraternidade, sabedoria e coragem, apresenta um rol exemplificativo de algumas das principais normas infraconstitucionais editadas no País, que dizem respeito aos direitos das pessoas com deficiência: 12 Lei 7.853/89: dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para lntegração da Pessoa Portadora de Deficiência Corde-, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências; Decreto 3.298/99: regulamenta a Lei 7.853/89 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências; Decreto 3.691/00: regulamenta a Lei 8.899/94, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual; Lei Complementar 53/86: concede isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ICM para veículos destinados a uso exclusivo de paraplégicos ou de pessoas portadoras de defeitos físicos; Lei /00: dá prioridade de 12 INSTITUTO BRASILEIRO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (IBDD). Disponível em: < Acesso em: 15 jul

7 atendimento as pessoas que especifica, e dá outras providências; Lei /00: estabelece normas gerais e critério básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências; Lei /01: restaura a vigência da Lei 8.989/95, que dispõe sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência física, reduz o imposto de importação para os produtos que especifica, e dá outras providências; Lei /01: dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental; Lei 7.070/82: dispõe sobre pensão especial para os deficientes físicos que específica e dá outras providências; Lei 8.213/91: dispõe sobre os Planos de Benefícios da Providência Social e dá outras providências; Lei 8.686/93: dispõe sobre o reajustamento da pensão especial aos deficientes físicos portadores da Síndrome de Talidomida, instituída pela Lei 7.070/82; Lei 8.687/93: retira da incidência do Imposto de Renda benefícios percebidos por deficientes mentais; Lei 8.742/93: dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências; Lei 8.899/94: concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual; Lei 8.989/95: dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física e aos destinados ao transporte escolar, e dá outras providências; Lei 9.144/95: prorroga a vigência da Lei 8.989/95, que dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras providências; Lei 9.394/96: estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Lei 9.720/98: dá nova redação a dispositivos da Lei 8.742/93, que dispõe sobre a organização da Assistência Social, e dá outras providências; Lei 9.981/00: altera dispositivos da Lei 9.615/98, e dá outras providências; Portaria 1/01; Portaria 604/00; Resolução 2.878: dispõe sobre procedimentos a serem observados pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil na contratação de operações e na prestação de serviços aos clientes e ao publico em geral; Resolução do Conselho Nacional de Trânsito 80/198: altera os Anexos 1 e 11 da Resolução nº 51/98-CONTRAN, que dispõe sobre os exames de aptidão física e mental e os exames de avaliação psicológica. Além dessas normas de direito interno, há que se destacar que o Brasil, em âmbito internacional, ratificou, em 17 de julho de 2001, a Convenção Interamericana para a 177

8 Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Incapacidade, que havia sido adotada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em 7 de junho de 1999 e que entrou em vigor em 14 de setembro de 2001; aludida convenção possui 18 ratificações dos 35 Estados-membros da OEA. 13 Além disso, no âmbito das Nações Unidas (ONU), o Brasil ratificou, recentemente em 1º de agosto de 2009, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Respectivo Protocolo Facultativo, ambos adotados em 13 de dezembro de 2006 e em vigor desde 3 de maio de 2008; ambos possuem, respectivamente, 146 assinaturas e 89 ratificações e 88 assinaturas e 54 ratificações, o que demonstra a importância do tema na seara mundial CONCLUSÃO O jus-humanismo propugnado pela Filosofia Humanista de Direito Econômico, cujo precursor é o Professor Ricardo Hasson Sayeg, primeiro Livre-Docente em Direito Econômico da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é fundado na lei universal da fraternidade, segundo a qual mais do que iguais, os seres humanos são irmãos, razão pela qual deve prevalecer o amor fraterno nas relações entre todos e tudo. Diante dessa visão, a lei universal da fraternidade é concretizada pelo adensamento multidimensional de todos os direitos humanos, direitos subjetivos inatos, que são objetivados na dignidade da pessoa humana prevista no inciso III do artigo 1º do Texto Constitucional. Não obstante para o jus-humanismo os direitos humanos sejam direitos subjetivos inatos, a historicidade de tais direitos diz respeito à origem histórica de seu reconhecimento nas Declarações de Direitos, ou seja, à origem do processo de positivação (em sentido lato) de cada uma de suas dimensões. Dentro desse processo de positivação, diversos foram os textos normativos editados para a construção dos direitos das pessoas portadoras de deficiência, sejam eles em âmbito nacional ou internacional. A atividade econômica é fundada em dois direitos humanos de primeira dimensão: a propriedade e a liberdade. Se tem por fundamento tais dimensões dos direitos humanos, o jus-humanismo conclui que incabível qualquer interpretação que não inclua as outras dimensões dos direitos humanos. 13 ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA). Disponível em: < Acesso em: 15 jul ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Disponível em: < Acesso em: 15 jul

9 No presente estudo, verificaram-se diversos textos normativos atinentes à compatibilização da atividade econômica aos direitos humanos, particularmente aos das pessoas portadoras de deficiência, como modo de se atender suas especiais necessidades à luz da lei universal fraterna. Dentre os principais textos normativos que concretizam os direitos humanos no ambiente da atividade econômica e, por conseguinte, buscam a satisfatividade de seu correspondente objetivo a dignidade da pessoa humana insculpido no Texto Constitucional, podem ser citados, a título de exemplo, aqueles que dizem respeito a: (i) proibição de discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência (artigo 7º, inciso XXXI da Constituição); (ii) estabelecimento de sistema de cotas para contratação de pessoas com deficiência: 2% para empresas que possuem até 200 empregados, 3% para empresas que possuem de 201 a 500 empregados, 4% para empresas que possuem de 501 a empregados, 5% para empresas que possuem mais de empregados (Lei 8.213/91); (iii) prioridade de atendimento das pessoas com deficiência (Lei /00); (iv) adequação das instalações físicas para melhor atender a necessidade de acesso acessibilidade das pessoas com deficiência (Lei /00 e respectivo Decreto 5.294/04); dentre outros. REFERÊNCIAS BOBBIO, Norberto. A era dos direitos, 14ª tiragem. Rio de Janeiro: Campus, p. 5. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos, 4. ed. São Paulo: Saraiva, GUERRA FILHO, Willis Santiago. Processo constitucional e direitos fundamentais. 5. ed. São Paulo: RCS, LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, MARITAIN, Jacques. Humanismo integral. São Paulo: Nacional, SAYEG, Ricardo Hasson. Texto de estudos: o capitalismo humanista. São Paulo: Edição do Núcleo do Capitalismo Humanista da PUC/SP, INSTITUTO BRASILEIRO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (IBDD). Disponível em: < Acesso em: 15 jul

10 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível em: < Acesso em: 17 jul ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Disponível em: < Acesso em: 15 jul ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA). Disponível em: < Acesso em: 15 jul

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