TÍTULO: ESTÁGIO EM PSICOLOGIA JURÍDICA: OBSERVAÇÕES SOBRE ATENDIMENTOS REALIZADOS NA MODALIDADE DE PLANTÃO EM DEAM

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1 TÍTULO: ESTÁGIO EM PSICOLOGIA JURÍDICA: OBSERVAÇÕES SOBRE ATENDIMENTOS REALIZADOS NA MODALIDADE DE PLANTÃO EM DEAM CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: Psicologia INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC AUTOR(ES): JANAINA CHNAIDER MIRANDA ORIENTADOR(ES): CECÍLIA RITA BOZZO GREGORUTTI DOS SANTOS, ELIANA SANTOS DE FARIAS

2 RESUMO Entende-se a violência doméstica como ato que implique em sofrimento da mulher (física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial), ainda que não haja vínculo natural com o agressor e que seja perpetrado mesmo fora do domicílio da vítima. A criação das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) possibilitou ao psicólogo plantonista a atuação no sentido de acolhimento e legitimou um espaço de atuação ao Psicólogo Jurídico. Buscou-se analisar relatos decorrentes dos atendimentos de Plantão Psicológico realizados em uma DEAM de uma cidade de São Paulo. Foi observado que 35,29% das atendidas estavam entre 20 e 30 anos; 41,17% concluíram o ensino médio; em 100% dos casos verificou-se violência psicológica e 64,7% afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência anteriormente. Conclui-se que a violência contra mulher configura-se um problema social que implica na necessidade de atuação multidisciplinar para enfrentamento dessa questão. Pondera-se aumento de estudos que possam contribuir para a criação de ações que visem à proteção das vítimas e a reabilitação do agressor. Palavras-Chave: Plantão Psicológico; Psicologia; Violência Contra Mulher. INTRODUÇÃO Segundo Souza e Baracho (2015) o modelo patriarcal da sociedade atual é uma das causas da violência doméstica. A Lei Federal de número (Brasil, 2006) resulta da trajetória de vida da brasileira Maria da Penha Fernandes que foi marcada por agressões, denúncias e busca por abrigo e justiça, e que ficou paraplégica em uma das tentativas de homicídio realizadas por seu cônjuge (REIS, 2011; SOUZA e BARACHO, 2015). De acordo Souza e Baracho (2015) a violência contra mulher se tornou um tema específico em 1983, após a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra a Mulher aprovada em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas apenas em 2006, foi promulgada a Lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher (...), dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal (...) (p.11).

3 No Brasil, violência doméstica e familiar contra mulher é definida como ato ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica (BRASIL, 2006, p.13). E, unidade doméstica é compreendida como o ambiente de convivência permanente ainda que não haja laços consanguíneos (BRASIL, 2006). A Lei (Brasil, 2006) aponta como formas de violência doméstica e familiar contra mulher a violência física, a violência psicológica, sexual, patrimonial e moral. A violência física é caracterizada por atos que impliquem em danos físicos, enquanto a violência psicológica diz respeito às ações que causem diminuição da autoestima, humilhação, manipulação, isolamento e danos psicológicos de maneira geral (BRASIL, 2006). Já a violência sexual, é apontada como a obrigação de manter ou presenciar relações sexuais, matrimônio ou aborto compulsório, comercialização da sexualidade e proibição de contracepção; enquanto violência patrimonial trata-se da detenção parcial ou total de bens, objetos e documentos pessoais e recursos financeiros; e a violência moral implica em atitudes de injúria, calúnia e/ou difamação. A primeira DEAM foi criada em 1985 em São Paulo (RIFIOTIS, 2004), entretanto, em 2014, apenas 7,9% dos municípios brasileiros contavam com delegacia especializada no atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica (IBGE, 2016), ressalta-se também o abismo entre a criação da primeira DEAM e a promulgação da, que ocorreu em 2006, mais de 10 anos após a criação da primeira DEAM. O trabalho do Psicólogo em contexto Jurídico foi reconhecido apenas em 1985 (LAGO, AMARO, TEIXEIRA, ROVINSK, e BANDEIRA, 2009), atualmente, a atuação desse profissional é bastante ampla, pois, não se restringe ao atendimento da vítima, estendendo-se também ao agressor, com o objetivo de reintegração social de ambos (CESCA, 2018). Uma das possibilidades de atuação do psicólogo jurídico é a modalidade de Plantão Psicológico (PP), comumente, as vítimas de violência doméstica chegam às DEAMs horas após a agressão ou no auge de seu sofrimento. Assim o PP, torna-se eficaz, pois como destacam Doescher e Henriques (2012), e Farinha e Souza (2016), a postura ativa do plantonista possibilita a ressignificação das experiências. Farinha e Souza (2016) enfatizam ainda que a escuta no PP facilita a garantia de

4 direitos dessas mulheres, pois através da escuta, pode-se identificar a necessidade de acesso a outros serviços sociais que vão desde saúde à educação. Diante da importância das informações citadas, este trabalho tonar-se relevante, pois, contribui para o delineamento do perfil de violência contra mulher e, permite pensar estratégias de enfrentamento além de programas de reabilitação do agressor. Objetivou-se caracterizar as usuárias do serviço da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de uma cidade do Estado de São Paulo. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa de delineamento documental. As pesquisas descritivas apresentam características que podem ser classificadas por sexo, idade, escolaridade, além de estabelecer ou não relação entre as características apresentadas. Enquanto o delineamento documental se refere à análise de documentos, como prontuários e relatórios específicos de fonte pública ou privada e, é utilizada em casos em que o acesso ao sujeito pesquisado é difícil ou impossível (GIL, 2002). Optou-se por analisar os relatórios de atendimentos na modalidade de Plantão Psicológico, elaborados por uma aluna durante um estágio supervisionado em Psicologia Jurídica, realizado no último ano de graduação em Psicologia, de uma Instituição de Ensino Superior (IES) localizada em uma cidade do Estado de São Paulo. Os PPs foram realizados às segundas-feiras a partir das nove horas da manhã, durante o período de março a junho de 2018, com duração média de uma hora e meia cada. Os atendimentos eram realizados na sala de espera da DEAM de forma individual e/ou coletiva, assim eram feitos mais de um acolhimento por dia. Considerou-se para a análise somente 17 atendimentos. Utilizou-se como critério de inclusão os relatos de vítimas cujas demandas se caracterizaram como violência doméstica. Foram excluídos os atendimentos realizados com funcionários da DEAMs, agressores, e de denunciantes com queixas diversas que não se encaixavam na temática deste estudo. As informações analisadas foram quanto à faixa etária; escolaridade; tipo de agressão sofrida e reincidência de agressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5 Verificou-se que a idade das vítimas variou entre 14 a 60 (Gráfico 1). As mulheres com idade até 19 anos representaram 5,88%. Já as vítimas com faixa etária de 20 a 30 anos foram maioria, correspondendo a 35,29%. As mulheres de 31 a 40 anos representaram 11,76% da amostra, enquanto as vítimas com idade entre 41 e 50 anos correspondem a 17,51%; já, 11,76% da amostra equivalem à faixa etária de 51 a 60 anos, enquanto as mulheres que não informaram a idade corresponderam a 17,64% das atendidas. Diante desses resultados pode-se hipotetizar que a faixa etária das mulheres denunciantes esteja relacionada ao um crescente movimento social feminista nas últimas três décadas, que tem incentivado as mulheres, principalmente as mais jovens, a lutarem por seus direitos (PINTO, 2010). Gráfico 1. Idade das vítimas Quanto à escolaridade (Gráfico 2), verificou-se que a maior parte das mulheres atendidas concluíram o ensino médio, equivalente a 64,7% das vítimas, 17,64% das mulheres não informaram a escolaridade, as denunciantes com escolaridade correspondente ao ensino superior corresponderam a 11,76%, e as mulheres com ensino fundamental completo representaram 5,88% das denunciantes. Este dado pode ser relacionado com o fato que a maior taxa de alfabetização do país concentra-se na Região Sudeste do país (IBGE, 2016). Entretanto, vale ressaltar que o maior nível de escolaridade não diminui o risco de violência doméstica, apenas favorece as vítimas acesso à informação de direitos e que

6 possam encontrar apoio mais facilmente (GADONI-COSTA, ZUCATTI e DELL ANGLIO, 2011). Gráfico 2. Escolaridade das vítimas. A violência física correspondeu a 70,58% das denúncias. A violência patrimonial esteve presente em 23,52% dos relatos. Enquanto 11,76% das queixas apontavam violência moral. A violência física contra mulher é marcada pelo contexto histórico brasileiro, que possui uma cultura patriarcal e machista que atribui ao homem uma posição de poder e restando à mulher a submissão, de maneira que a violência contra é legitimada socialmente. É importante salientar, que em todos os atendimentos foi identificada a violência psicológica. Para Grossi e Aguinsky (2001) a violência psicológica manifesta-se de forma sutil e muitas vezes as vítimas não identifiquem a situação de violência. Conforme aponta Gadoni-Costa, Zucatti e Dell aglio (2011) a violência psicológica deve ser considerada tão grave quanto a violência física, pois muitas vezes causa danos nas relações familiares da vítima. Verificou-se que 64,7% das vítimas já tinham sofrido agressões anteriormente, seja pelo agressor que estava sendo denunciado ou por outro. E 29,41% dos relatos apontaram ser a primeira vez que foram agredidas. Já 5,88% das denunciantes não informaram a reincidência ou não. A reincidência da agressão pode estar vinculada à autoestima que, geralmente, está fragilizada, o que pode ser atribuído à violência psicológica, assim

7 essas mulheres ficam em estado de negação, submissão e medo, impedindo-as de buscarem ajuda assim que ocorre a primeira agressão (ZANCAN, WASSERMANN e LIMA, 2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise destes resultados conclui-se que a violência contra mulher trata-se está diretamente relacionada à questões culturais de forma que que transcende discussões sobre segurança, compreendendo assim a questão de gênero, políticas públicas e saúde Ressalta-se a necessidade de mais pesquisas acerca do tema, entretanto salienta-se a dificuldade para obtenção de dados, uma vez que, a violência doméstica ainda é compreendida como assunto privado. Nesse sentido, a atuação do psicólogo plantonista em espaços como a DEAM, possibilita que a vítima seja acolhida e sinta-se compreendida. Além de proporcionar à mulher empoderamento e apoio no que toca à tomada de decisões quanto aos procedimentos legais a serem seguidos. Cabe ainda espaço psicólogo jurídico, no que se refere ao atendimento emergencial de aflições e angústias, mas também na compreensão e esclarecimento de questões que atravessam o meio jurídico conhecendo assim os direitos e deveres dos usuários do serviço. Sugerem-se mais estudos que colaborem para maior compreensão e intervenções sobre a temática e ações mais efetivas que envolvam a sociedade como um todo a fim de informar, sensibilizar, conscientizar e buscar por prevenção e intervenções. FONTES CONSULTADAS BRASIL. República Federativa do. Decreto-lei n , de 7 de ago de Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Disponível em: < Acesso em: 10 de março de CESCA, Taís Burin. O papel do psicólogo judicial na violência intrafamiliar: eventuais articulações. Psicol Soc. Porto Alegre, v. 16, n. 3, p , dezembro de Disponível em < Acesso em 25 de maio de ttp://dx.doi.org/ /s

8 DOESCHER, Andréa Marques Leão; HENRIQUES, Wilma Magaldi. Plantão psicológico: um encontro com o outro na urgência. Psicol estud. Maringá, v. 17, n. 4, p , dezembro de Disponível em < Acesso em 26 de maio de FARINHA, Marciana Gonçalves; SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo. Plantão psicológico na delegacia da mulher: experiência de atendimento sócio-clínico. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 17, n. 1, p , Disponível em < 007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 maio GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª.ed., São Paulo: Atlas, GROSSI, Patrícia Krieger; AGUINSKY, Beatriz. Gershenson. Por uma nova ótica e uma nova ética na abordagem da violência contra mulheres nas relações conjugais. In P. K. Grossi & G. C. Verba (Org.), Violências e gênero: coisas que a gente não gostaria de saber (pp.19-45). Porto Alegre: EDIPUCRS, IBGE. Estatísticas de gênero: responsabilidade por afazeres afeta inserção das mulheres no mercado de trabalho. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de LAGO, Vivian de Medeiros et al. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estud. psicol., Campinas, v. 26, n. 4, p , Dez Disponível em: < Acesso em 18 Agosto de PINTO, Célia Regina Jardim. Feminismo, história e poder. Rev. Sociol. Polit., Curitiba, v.18, n. 36, p. 15, junho de Disponível em < Acesso em 27 de maio de REIS, Ingrid Charpnel. A Lei Maria da Penha e Sua Potencial (In)constitucionalidade Face ao Princípio da Igualdade. Dissertação apresenta ao à Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro como exigência para obtenção do

9 título de Pós Graduação. Rio de Janeiro, Disponível em: /IngridCharpinelReis.pdf. Acesso em: 25 de maio SOUZA, Mércia Cardoso de; BARACHO, Luiz Fernando. A lei Maria da Penha: égide, evolução e jurisprudência no Brasil. Revista Eletrônica do Curso de Direito - PUC Minas Serro. n.11, Disponível em: <periodicos.pucminas.br/index.php/direitoserro/article/download/8695/8605>. Acesso em: 24 de Maio de RIFIOTIS, Theophilos. As delegacias especiais de proteção à mulher no Brasil e a «judiciarização» dos conflitos conjugais. Soc. estado., Brasília, v.19, n.1, p , Junho de Disponível em: < lng=en&nrm=iso>. Acesso em 26 de maio ZANCAN, Natália; WASSERMANN, Virginia; LIMA, Gabriela Quadros de. A violência doméstica a partir do discurso de mulheres agredidas. Pensando fam., Porto Alegre, v. 17, n. 1, p , jul Disponível em < Acesso em 27 maio 2018.

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