CONTROLE NEBULOSO DE VIBRAÇÕES EM SUSPENSÕES VEICULARES UTILIZANDO AMORTECEDORES MAGNETOREOLÓGICOS
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- Suzana Valgueiro
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1 CONTROLE NEBULOSO DE VIBRAÇÕES EM SUSPENSÕES VEICULARES UTILIZANDO AMORTECEDORES MAGNETOREOLÓGICOS Gustavo Luiz C M de Abreu, Rodrigo Salles Maturana Universidade Estadual Paulista - UNESP Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Engenharia Mecânica Av Brasil, 56, Centro, Ilha Solteira-SP, Brasil gustavo@demfeisunespbr, wchdigo@gmailcom Abstract Magnetorheological fluids (MR) are capable of changing their rheological properties when a magnetic field is applied One of the most important applications of the MR fluid is in vibration dampers, mainly used in construction, automobiles and other mechanical systems subjected to excitations that cause unwanted vibrations This work aims to contribute to the field of vibration control in vehicular suspensions using MR dampers, evaluating the performance of fuzzy and optimal (LQR) controllers Keywords Semi-Active Control, Fuzzy Logic, Vehicular Suspensions, Magnetorheological Dampers Resumo Fluidos magnetoreológicos (MR) são fluidos capazes de alterar suas propriedades reológicas quando um campo magnético é aplicado sobre ele Uma das aplicações mais importantes do fluido MR é em amortecedores de vibrações, utilizados principalmente na construção civil, veículos automotivos e outros sistemas mecânicos sujeitos a excitações que provocam vibrações indesejáveis Este trabalho pretende contribuir com a área de controle de vibrações em suspensões veiculares que utilizam amortecedores MR, avaliando o desempenho dos controladores ótimo (LQR) e nebuloso Controle Semi-Ativo, Lógica Nebulosa, Suspensões Veiculares, Amortecedores Magnetore- Palavras-chave ológicos 1 Introdução Em diversas aplicações de engenharia os sistemas mecânicos envolvidos estão freqüentemente sujeitos as excitações que provocam vibrações indesejáveis De uma maneira geral as técnicas de controle utilizadas neste tipo de problema podem ser classificadas em dois grandes grupos: técnicas de controle passivo e ativo No caso de suspensões veiculares, por exemplo, os amortecedores passivos são projetados para cada tipo de veículo e não permitem ajustes de desempenho em função do tipo de pista de rolamento ou mesmo do tipo de operação desejada para o veículo, seja conforto ou estabilidade (Kafafy et al, 212) Em geral, uma boa suspensão deveria gerar um passeio confortável e uma boa dirigibilidade Todavia, os critérios de projeto dependem do propósito do veículo Por exemplo, um motorista de carro esportivo ou de corridas aceitará uma suspensão com alto coeficiente de amortecimento para uma boa dirigibilidade, principalmente em curvas a alta velocidade Nesse caso, as vibrações são transmitidas ao motorista Já em carros de passeio, as suspensões possuem baixo coeficiente de amortecimento no intuito de se obter conforto, através da redução da transmissibilidade Assim o amortecedor passivo veicular ou prioriza a estabilidade ou o conforto (Crivellaro, 28) As suspensões controláveis podem ser classificadas em duas configurações (Kafafy et al, 212): a) suspensões ativas que são as capazes de suprir e dissipar energia do sistema através de atuadores hidráulicos que modificam tanto a rigidez como o amortecimento da suspensão e b) suspensões semiativas que apenas dissipam energia por meio de amortecedores controláveis O conceito de suspensão semi-ativa foi introduzido no início da década de 7 (Crosby e Karnopp, 1973) Desde a sua concepção, os amortecedores semi-ativos têm sido utilizados em diversas aplicações durante as últimas décadas, tais como: tratores e veículos off-road e tanques militares (Miller e Nobles, 1988) No campo do controle de vibrações veiculares, novos materiais foram desenvolvidos como atuadores possibilitando o projeto de controladores mais robustos e adaptativos às variações temporais e/ou paramétricas da planta Destacam-se aqui os fluidos magnetoreológicos (MR) (Rainbow, 1948) que estão sendo amplamente aplicados principalmente em amortecedores veiculares (Kawabe et al, 1998; Lauwerys et al, 22) e em construções civis (Dyke et al, 1996; Ko et al, 23) Na indústria automobilística, atualmente as suspensões semi-ativas com amortecedores MR já são uma realidade Essa evolução dos veículos com suspensão passiva para semi-ativa foi atingida graças a diversos estudos científicos realizados em grandes centros de pesquisa (Lauwerys et al, 22) Atualmente, é consenso que um sistema de suspensão veicular deve apresentar duas funções principais (Kafafy et al, 212): a) absorver choques e amortecer vibrações causadas por irregularidades da superfície da pista, maximizando a sensação de conforto dos passageiros e b) prover
2 o controle do veículo, bem como manter os quatro pneus em contato com a via enquanto realiza manobras Assim, os sistemas de suspensão inteligentes, sejam eles ativos ou semi-ativos, podem trazer benefícios de conforto e segurança aos usuários de veículos em geral Devido à busca por veículos mais econômicos, mais baratos, robustos, e com baixo custo de manutenção, os sistemas semiativos são o caminho mais provável para a disseminação dos sistemas de suspensão inteligente para além dos limites do mercado de veículos Existem na literatura inúmeros trabalhos sobre controle semi-ativo de vibrações em sistemas de suspensões automotivas com amortecedores MR para melhorar o conforto e a segurança dos ocupantes do veículo Sobressaem na literatura os trabalhos de (Li et al, 24) que propuseram um controle semi-ativo de vibrações de um micro-ônibus utilizando amortecedores MR e lógica nebulosa; (Crivellaro, 28) que desenvolveu um sistema de controle robusto com amortecedores MR para veículos utilitários e (Li et al, 28) que explorou o conceito de algoritmos genéticos para a otimização não-linear da base de regras de um controlador nebuloso Pesquisas recentes (Rashid et al, 211; Haiping et al, 213) demonstram que o controle nebuloso pode reduzir substancialmente a vibração vertical, melhorando o conforto dos passageiros e a estabilidade de direção do veículo Este sistema de controle também mostrou robustez à variação paramétrica Este trabalho pretende contribuir com a área de controle de vibrações em suspensões veiculares que utilizam amortecedores MR, avaliando o desempenho dos controladores ótimo (LQR) e nebuloso, especialmente projetados para a redução das vibrações de um sistema de 1 4 de veículo (Lam e Liao, 23) com amortecedor MR Figura 1: Modelo de suspensão equivalente a 1 4 de veículo As variáveis de estado do sistema podem ser definidas como: x 1 é o deslocamento da suspensão, x 2 é o deslocamento da roda, x 3 é a velocidade da massa amortecida ( 1 4 do veículo) e x 4 é a velocidade da massa não amortecida (conjunto da roda) Assim, o modelo linear do sistema em espaço de estados na forma matricial é dado por: onde x = 1 1 x (t) = Ax (t) + B 1 w (t) + B 2 F (t) (1) x 1 x 2 x 3 x 4 e A = ; B 1 = k k1 k 1 k 1 (k1+k2) ; B 2 = Os valores dos parâmetros físicos do sistema adotados foram baseados no trabalho de (Lam e Liao, 23) e estão dispostos na Tab 1 2 Modelo Linear de 1/4 de Veículo Considere o modelo de um sistema de suspensão semi-ativa de 1 4 de veículo cujo esquemático é ilustrado na Fig 1 O modelo consiste da massa amortecida, que corresponde a 1 4 da massa do veículo, e da massa não amortecida, que corresponde à massa do conjunto da roda Neste caso, o pneu é modelado como uma mola linear com constante de elasticidade k 2 O sistema de suspensão, propriamente dito, consiste de uma mola k 1 em paralelo com um amortecedor controlado por uma força de controle semi-ativa F (t) Uma entrada de deslocamento vertical w (t) modela a perturbação relacionada com a interface entre o pneu e a pista Tabela 1: Parâmetros físicos adotados para o modelo de 1 4 de veículo (Lam e Liao, 23) Parâmetros k 1 k 2 Valores 372 Kg 45 Kg 4 kn/m 19 kn/m Em todas as simulações numéricas, a entrada de perturbação w (t), a ser utilizada inicialmente como teste, é dada pela forma impulsiva definida a seguir: w (t) = δ (t) = 1 m (2) válida no intervalo de: 1 t 11 s O sistema dinâmico, representado pela Eq (1) foi simulado num microcomputador pessoal sendo que as equações foram computadas (admitindo condições iniciais nulas) usando um integra-
3 dor de Runge-Kutta de quarta ordem e passo variável O tempo de simulação utilizado nos testes numéricos foi assumido como sendo de 3 segundos, tempo suficiente para se observar a estabilização do sistema O objetivo do sistema de controle é obter um compromisso entre o conforto dos passageiros e a aderência do conjunto da roda ao piso Os procedimentos de projeto usuais utilizam critérios de desempenho baseados no isolamento de vibrações e na aderência ao piso que estão relacionados com a aceleração da massa amortecida (ẋ 3), e o deslocamento da roda (x 2 ), respectivamente (Crivellaro, 28) 3 Amortecedores Magnetoreológicos Fluidos magnetoreológicos (MR) são fluidos capazes de alterar suas propriedades reológicas quando submetidos a um campo magnético Trata-se de soluções coloidais formadas por 2% a 4% do seu volume de partículas magnetizáveis misturadas com um óleo inerte, geralmente à base mineral ou à base de silicone (Rainbow, 1948) Quando o fluido é submetido a um campo magnético externo, suas partículas começam a formar estruturas colunares paralelas às linhas de fluxo magnético 31 Modelo Matemático Para desenvolver algoritmos de controle que utilizem amortecedores MR, um número significativo de modelos matemáticos tem surgido com o objetivo de descrever o comportamento não-linear intrínseco destes dispositivos (Spencer et al, 1996) Um modelo que é numericamente tratável e vem sendo usado extensivamente para modelar sistemas que contém histerese é o modelo de Bouc- Wen modificado (Spencer et al, 1996) Este modelo é extremamente versátil e pode exibir uma grande variedade de comportamento de histerese As equações que descrevem este modelo são listadas a seguir: onde F = c 1 ẏ +k 1 (x x ) (3) 1 [ y= αz + c ẋ +k (x y) ] (4) c + c 1 e z= λ ẋ ẏ z z n 1 γ (ẋ ẏ ) z n +β (ẋ ẏ ) (5) Assume-se que α, c e c 1 em (3) e (4) são também funções que dependem de uma tensão elétrica (v) aplicada na bobina do amortecedor, na forma: α (u) = α a + α b u (6) c (u) = c a + c b u (7) c 1 (u) = c 1a + c 1b u (8) u = η (u v) (9) Todos os parâmetros deste modelo foram coletados do trabalho de (Lai e Liao, 22) e estão dispostos na Tab 2 Tabela 2: Parâmetros do amortecedor MR utilizados por Lai e Liao (22) Parâmetros Valores c a 784 Ns/m c b 183 Ns/V m k 361 N/m c 1a Ns/m c 1b Ns/V m k 1 84 N/m x 245 m α a N/m α b 3843 N/V m λ m 2 γ 2592 m 2 β 58 n 2 η 19 s 1 32 Algoritmo de Controle utilizado em Amortecedores MR Dentre os algoritmos de controle que não utilizam um modelo do amortecedor MR, um dos mais presentes na literatura é o Clipped Control ou Controle Grampeado (Dyke et al, 1996) O conceito de grampeamento do controle requer que o amortecedor MR reproduza continuamente a força gerada por uma lei de controle ativa Esta estratégia de limitar ou grampear a força do amortecedor MR em determinadas condições foi chamada de controle semi-ativo grampeado (Clipped Control) Assim, a representação matemática de v em função de F d e F, é dada por (Dyke et al, 1996): { vmax, F v = d > F, F d F, se sgn(f d) = sgn(f ) (1) onde sgn( ) é a função sinal e para sgn(f d ) sgn(f ), tem-se que: v = Deve-se notar que a voltagem determinada segundo a Eq (1) é descontínua no tempo e seu valor permuta entre os valores v = e v = v max, sendo que a voltagem máxima (v max ) geralmente é a tensão elétrica de saturação do campo magnético gerado pelo amortecedor MR
4 4 Controle Ótimo A lei de controle ótimo ou do regulador linear quadrático (LQR) é obtida a partir do modelo matemático do sistema (Eq 1) Desta forma, considerando que todos os estados são mensuráveis, a lei de controle ótimo proposta é dada por (Lewis e Syrmos, 1995): F (t) = Kx (t) (11) Esse problema de otimização busca garantir a minimização de um funcional quadrático, descrito pela equação: J = ( x T Qx + F T RF ) dt (12) onde Q é uma matriz diagonal semi-positiva que pondera o estado x e R é uma matriz positiva que pondera o esforço de controle F Assim, para resolver o problema de controle ótimo, isto é, determinar o ganho de realimentação do regulador ótimo K, neste trabalho, as matrizes Q e R foram escolhidas serem iguais, respectivamente, a: Q = 1 1 e R = 1 3 (13) onde o requisito de projeto de controle relativo à matriz Q pondera, dentre as variáveis de estado, o deslocamento da massa não-amortecida (x 2 ) e a velocidade da massa amortecida (x 3 ) Assim, o vetor de ganho ótimo resulta em: K = [ ] (14) 5 Controle Nebuloso O problema de controle usando a lógica nebulosa (Driankov et al, 1996) envolve a superação de 5 etapas bem definidas, a saber: a) Definição das Variáveis de Entrada e Saída Neste trabalho, optou-se por adotar como variáveis de entrada a velocidade e aceleração absolutas de (Li et al, 28), devido à sua facilidade de implementação prática Já, para a variável de saída, escolheu-se a força de controle F b) Caracterização do Intervalo de Valores das Variáveis de Entrada e Saída Os intervalos de valores que as variáveis de entrada podem assumir foram definidos observando os comportamentos transitórios das mesmas quando se utiliza o sistema em malha aberta (considerando v = ) Neste trabalho, os universos de variação da velocidade e aceleração de (x 3 e ẋ 3) foram definidos, respectivamente, nos intervalos de [ 8, 8] m/s e [ 2, 2] m/s 2 Já em relação à variável de saída F, seu universo de variação foi definido no intervalo de [ 2, 2] N c) Definição do Conjunto de Funções de Pertinência Para cada variável de entrada e saída, o universo de variação ou o universo de discurso foi dividido em 7 funções de pertinência triangulares igualmente espaçadas, que descrevem as variáveis do sistema através de rótulos ou variáveis lingüísticas, a saber: Negativo Grande (N G), Negativo Médio (NM), Negativo Baixo (NB), Zero (Z), Positivo Baixo (P B), Positivo Médio (P M) e Positivo Grande (P G) d) Definição da Base de Regras Neste trabalho, a base de regras foi baseada no trabalho de (Li et al, 28) que otimizou, através de algoritmos genéticos, uma base de regras nebulosas para o controle de vibrações de um modelo de 1 4 de veículo (veja Tab 3) Tabela 3: Base de regras otimizada Fonte: Li et al (28) x 3 NG NM NB Z PB PM PG NG P G P G P M P M P M P B Z NM P G P M P M P M P B Z NB NB P M P M P B P B Z NB NB x 3 Z P M P B Z Z NB NB NM PB P B Z Z NB NB NM NM PM P B Z NB NB NM NM NG PG Z NB NB NM NM NG NG e) Sistema de Inferência Nebulosa Para a transformação do conjunto nebuloso de saída em uma ação de controle numérica, a estratégia de desnebulização adotada foi o centro de área (Driankov et al, 1996) 6 Avaliação Numérica Para verificar o desempenho dos controladores ótimo e nebuloso projetados, foi construído um programa no Matlab Simulink R para a simulação do sistema descrito pela Eq 1 As Figuras 2 e 3 mostram os diagramas de blocos construídos Figura 2: Diagrama de blocos do sistema de controle ótimo com amortecedor MR
5 Figura 3: Diagrama de blocos do sistema de controle nebuloso com amortecedor MR O esquema abaixo ilustra o diagrama de blocos do Simulink R utilizado para descrever o modelo Bouc-Wen modificado Segundo (Lai e Liao, 22), a voltagem de alimentação (v) para este amortecedor MR pode variar de a 2 V olts Figura 6: Comportamento transitório de x 2 com o sistema de controle passivo, ótimo e nebuloso Figura 4: Diagrama de blocos do modelo Bouc- Wen modificado Assim, os sistemas em malha fechada (Figs 2 e 3) foram simulados numericamente com a entrada w dada pela Eq (2) As respostas transitórias resultantes das variáveis ẋ 3 e x 2 são mostradas, respectivamente, pelas Figs 5 e 6 do sistema dinâmico Já, com a aplicação da tensão elétrica máxima, percebe-se forte atenuação das oscilações do sistema, mas, em contrapartida, os níveis de aceleração da massa amortecida atingem patamares elevados Observa-se que ao custo de uma redução mínima do deslocamento da roda (x 2 ) e da oscilação do sistema, para uma tensão elétrica de alimentação máxima aplicada, o amortecedor MR gerou uma variação na aceleração da massa amortecida (ẋ 3) cerca de 25 vezes maior em relação à situação de tensão mínima aplicada (v = ), resultando, com isso, em uma maior sensação de desconforto para os passageiros dentro do veículo A partir dos resultados mostrados nos gráficos ilustrados, construiu-se a Tab 4 onde são comparados os níveis RMS de ẋ 3, x 2 e v obtidos para o sistema de controle passivo, ótimo e nebuloso Tabela 4: Valores RMS de ẋ 3, x 2 e v Condição x 3 x 2 v Controle Passivo (v = ) Controle Passivo (v = 2) Controle Ótimo Controle Nebuloso Figura 5: Comportamento transitório de ẋ 3 com o sistema de controle passivo, ótimo e nebuloso Pela análise dos gráficos mostrados pelas Figs 5 e 6, nota-se que o sistema de controle passivo, com a aplicação de tensão elétrica nula, não consegue atenuar, de maneira rápida, as oscilações Pela análise da Tab 4 e dos gráficos precedentes, observa-se claramente que o sistema de controle nebuloso apresentou resultados bastante otimistas em relação à minimização da aceleração da massa amortecida (ẋ 3) e do deslocamento da massa não amortecida (x 2 ), caracterizando-se, para o caso estudado, como uma alternativa eficiente em comparação com o sistema de controle ótimo convencional
6 7 Conclusões Neste trabalho foi apresentada uma metodologia para o problema de controle de vibrações em suspensões veiculares que utilizam amortecedores com fluidos magnetoreológicos (MR) e controladores baseados na lógica nebulosa Dentre as principais vantagens do controlador nebuloso frente ao controlador ótimo estudado, destacam-se: a) facilidade de implementação prática devido à utilização de variáveis como a velocidade e aceleração absolutas da massa amortecida (Li et al, 28), obtidas a partir da medição do deslocamento de, ao contrário do projeto do controlador ótimo que necessita da inclusão de mais um sensor de deslocamento para o projeto do estimador de estados (Lewis e Syrmos, 1995) e b) foram considerados outros valores de amplitude e perfis de perturbação de entrada e os resultados alcançados foram bastante satisfatórios e o controlador nebuloso revelou-se robusto e estável Sob o ponto de vista teórico, a metodologia de projeto do controlador nebuloso proposto revelou-se acertada e promissora para a solução do problema de controle de vibrações em suspensões veiculares que utilizam amortecedores MR Agradecimentos Os autores agradecem à FAPESP (Processo 213/2495-) pelo auxílio financeiro concedido Referências Crivellaro, C (28) Controle robusto de suspensão semi-ativa para caminhonetes utilizando amortecedores magneto-reológicos, Tese de doutorado, USP, São Paulo Crosby, M e Karnopp, D (1973) The active damper : A new concept for shock and vibration control, Shock Vibration Bulletin Washinton-DC Driankov, D, Hellendoorn, H e Reinfrank, M (1996) An Introduction to Fuzzy Control, second edn, Springer-Verlag Dyke, S J, Spencer, B F, Sain, M K e Carlson, J D (1996) Modeling and control of magnetorheological dampers for seismic response reduction, Smart Materials and Structures 5: Haiping, D, James, L, Cheung, K C, Weihua, L e Nong, Z (213) Direct voltage control of magnetorheological damper for vehicle suspensions, Smart Materials and Structures 22: 1 13 Kafafy, M, Demerdash, S M e Rabeih, M (212) Automotive ride comfort control using mr fluid damper, Engineering 4: Kawabe, T, Isobe, O, Watanabe, Y, Hanba, S e Miyasato, Y (1998) New semi-active suspension controller design using quasilinearization and frequency shaping, Control Engineering Practice 6(1): Ko, J M, Ni, Y Q, Chen, Z Q e Spencer, B F (23) Implementation of mr dampers to dongting lake bridge for cable vibration mitigation, World Conference on Structural Control 3: Lai, C Y e Liao, W H (22) Vibration control of a suspension system via a magnetorheological fluid damper, Journal of Vibration and Control 8: Lam, H F e Liao, W H (23) Semi-active control of automotive suspension systems with magneto-rheological dampers, Int Journal of Vehicle Design 33(1-3): 5 75 Lauwerys, C, Swevers, J e Sas, P (22) Linear control of car suspension using nonlinear actuator control, Proceedings do ISMA22 Leuven-Bélgica Lewis, F e Syrmos, V L (1995) Optimal Control, Wiley New York Li, R, Chen, W M, Yu, M e Liu, D K (24) Fuzzy intelligent control of automotive vibration via magneto-rheological damper, Proceedings of the 24 IEEE pp Conference on Cybernetics and Intelligent Systems, Singapore Li, Z, Yang, Y, Gong, X, Lin, Y e Liu, G (28) Fuzzy control of the semi-active suspension with mr damper based on µga, IEEE Vehicle Power and Propulsion Conference Setembro, Harbin, China Miller, L e Nobles, C (1988) The design and development of a semi-active suspension for military tank, SAE Paper (881133) Rainbow, J (1948) The magnetic fluid clutch, AIEE Transactions 67: Rashid, M M, Rahim, N A, Hussain, M A e Rahman, M A (211) Analysis and experimental study of magnetorheological-based damper for semi-active suspension system using fuzzy hybrids, IEEE Transaction on Industry Applications 47(2): Spencer, B F, Dyke, S J, K, S M e Carlson, J D (1996) Phenomenological model of a magneto-rheological damper, Journal of Engineering Mechanics 122(3) New York
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