DIREITO DO TRABALHO. Prescrição e Decadência. Profª. Eliane Conde

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Rafael do Amaral
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1 DIREITO DO TRABALHO Profª. Eliane Conde

2 Conceito: A prescrição e a decadência são institutos que decorrem da projeção de efeitos jurídicos pelo decurso do tempo. A prescrição e a decadência surgem pela necessidade de não se manter situações jurídicas pendentes por lapsos temporais prolongados.

3 A prescrição e a decadência também estão atrelados à inércia do titular do direito. Submetem-se aos prazos prescricionais os direitos subjetivos de natureza patrimoniais, sendo aqueles que concedem ao titular uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento. Os direitos potestativos não estariam sujeitos a prazos prescricionais, pois são direitos sem pretensão.

4 O art. 189 do Código Civil afirma que a prescrição fulmina a pretensão do titular em reparar um direito (subjetivo) seu que foi violado. Art. 189 do CC - violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206 do Código Civil Prescrição ataca a exigibilidade. Não atinge o direito subjetivo, pois o devedor poderá, querendo, pagar uma dívida já prescrita.

5 Elementos essenciais da prescrição: a) existência de uma pretensão; b) inércia do titular dessa pretensão; c) manutenção dessa inércia durante um determinado lapso de tempo; d) ausência de um fato ou ato que a lei atribua eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva do curso prescricional.

6 - Prazo Prescricional artigo 11 da CLT e art. 7º Inc. XXIX da CF. Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. (Redação dada pela Lei nº , de 2017) (Vigência) I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº , de 2017) II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº , de 2017)

7 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 9.658, de ) 2º 3º

8 Súmula 308 do TST - PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-súmula nº Res. 6/1992, DJ )

9 - Possibilidade de renúncia: É passível de renúncia. Pode ser expressa ou tácita. O Código Civil estabelece que o exercício do direito de renúncia somente pode ocorrer depois de consumada. Art A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

10 Renúncia expressa ocorre quando há uma declaração de vontade exemplo - Réu, ao peticionar, afirma que pagará a dívida embora prescrita. Renúncia tácita ocorre quando o beneficiário da prescrição pratica atos com ela incompatíveis. Um exemplo seria simplesmente o pagamento de uma dívida prescrita.

11 - Da actio nata e o início da contagem dos prazos prescricionais. Lesão direito de ação extingue-se com a prescrição Qual o ao momento de início da fluência dos prazos prescricionais? Em sede doutrinária se estabeleceu que o termo inicial da contagem dos prazos prescricionais seria o surgimento da pretensão por trazer a exigibilidade do direito subjetivo. Assim sendo, o início da fluência do prazo seria o momento da violação de um direito subjetivo.

12 O início da fluência do prazo prescricional deve decorrer não da violação a um direito subjetivo, mas sim do conhecimento da violação ao direito. O ônus da prova é do titular da pretensão à demonstração de que somente teve ciência da violação de seu direito em determinado momento posterior à data da violação. Essa prova deve ser demonstrada.

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