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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DO TRABALHO AUTOR MAURÍCIO DE CASTRO E SOUZA ORIENTADOR PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL 1 RIO DE JANEIRO 2013

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DO TRABALHO Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes AVM Faculdade Integrada, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito e Processo do Trabalho. Por: Maurício de Castro e Souza.

3 Agradeço aos amigos e familiares, pois sem eles não seria possível a conclusão desse estudo. 3

4 Dedico este trabalho a minha filha Milena, pelo apoio e carinho de sempre. 4

5 5 RESUMO A prescrição intercorrente é um instituto extremamente controvertido na seara trabalhista, sendo uma discussão de longa data, tanto em relação à doutrina, como também em relação aos tribunais. Com o advento da lei /2006 houve substancial alteração na natureza deste instituto, pois a partir de então, o juiz passou a poder decretar a prescrição de ofício, o que para parte da doutrina não se coaduna com os princípios norteadores do Direito do Trabalho, uma vez que a CLT diz que o magistrado pode agir de ofício para promover a execução. O assunto é de extrema relevância, pois está relacionado diretamente com o ideal de justiça, bem como o de segurança jurídica, e tem como efeito extinguir pretensões durante o curso da ação judicial. Além do impulso oficial, outro ponto polêmico é a natureza alimentar do crédito trabalhista, que serve como fundamento da corrente que defende que não é possível aplicar a prescrição intercorrente no processo trabalhista. Entretanto, há uma corrente com entendimento contrário, que diz ser cabível este instituto na Justiça do Trabalho, vez que a harmonização entre as súmulas do TST e do STF é perfeitamente compatível.

6 6 METODOLOGIA O estudo aqui proposto foi levado a efeito a partir do método da pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de publicações, como livros e artigos em jornais e outros periódicos especializados, inclusive em ambiente WEB (INTERNET), além de publicações oficiais da legislação e da jurisprudência. Por outro lado, a pesquisa desenvolveu-se também através do método dogmático positivista, porque o que se pretendeu foi apenas identificar as diversas formas em que se apresenta o fenômeno-tema na realidade brasileira e o tratamento conferido a cada uma delas pelo ordenamento jurídico nacional, sob o ponto de vista específico do direito positivo brasileiro e com fundamento exclusivo na dogmática desenvolvida pelos estudiosos que já se debruçaram sobre o tema anteriormente. Trata-se, ainda, de uma pesquisa descritiva, porque se visou a obtenção de um resultado puramente descritivo, sem a pretensão de uma análise crítica do tema.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 9 CAPÍTULO I ORIGEM E CONCEITO DE PRESCRIÇÃO HISTÓRICO DE PRESCRIÇÃO CONCEITO DE PRESCRIÇÃO REQUISITOS PARA PRESCRIÇÃO PRINCIPAIS CAUSAS DE IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO NA JUSTIÇA DO TRABALHO AS DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS...32 CAPÍTULO II PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE CONCEITO...33 CAPÍTULO III PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO...39

8 3.1 DA PRESCRIÇÃO DE OFÍCIO NA JUSTIÇA DO TRABALHO DA APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO NO TST E STF...41 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 50

9 9 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um estudo sobre a prescrição intercorrente na justiça do trabalho, instituto de extrema relevância para os operadores do Direito, visto que uma vez decretada, extingue-se a pretensão do direito de seu titular. Nesse contexto, a presente monografia, em seu primeiro capítulo, dedica-se a abordar determinados temas como um breve histórico da prescrição, seu conceito doutrinário, requisitos para sua aplicação; estudar as principais causas de suspensão, interrupção e até mesmo impedimento da prescrição; verificar as principais espécies de prescrição; apontar as principais diferenças entre o instituto da prescrição e da decadência; e enumerar os exemplos clássicos de direitos imprescritíveis, com ênfase no Direito do Trabalho. O segundo capítulo revela que entre os doutrinadores e tribunais há controvérsias, até mesmo em relação às fases em que se opera a prescrição intercorrente. No capítulo final, o estudo se refere à alteração que a natureza da prescrição sofreu, deixando este instituto de ser um mero instrumento de defesa (exceção), e passando o juiz a ter poder para decretá-lo de ofício. Com isso, parte da doutrina e jurisprudência passou a defender a impossibilidade de aplicação da prescrição intercorrente, pois somente o réu inadimplente seria beneficiado com a nova regra do parágrafo 5º, do art. 219 do CPC, o que fere o princípio basilar do Direito de Trabalho, que sempre procurou dar proteção ao trabalhador, por se tratar da parte mais fraca na relação força de trabalho x capital. Ainda no último capítulo, também foram analisadas a posição do Tribunal Superior do Trabalho, que entende ser inaplicável a prescrição intercorrente no processo trabalhista (súmula 114 do TST); e a posição do STF, que entende ser perfeitamente aplicável a prescrição durante o curso do processo do trabalho (súmula 227 do STF).

10 10 Verificou-se, ao final do último capítulo, que apesar da aparente contradição entre as súmulas do STF e do TST, que é perfeitamente possível a aplicação harmônica dos dois enunciados, desde que reste configurado que a prescrição se deu por falta de interesse do autor, e quando somente a este competia promover a execução, não sendo possível ao magistrado agir de impulso. A pesquisa que precedeu esta monografia teve como ponto de partida o pressuposto de que a decretação da prescrição intercorrente é inaplicável na Justiça do Trabalho, em razão dos créditos trabalhistas possuírem natureza alimentar. Visando um trabalho objetivo, cujo objeto de estudo seja bem delineado e especificado, a presente monografia dedica-se, especificamente, às questões relativas ao direito do trabalho brasileiro e da Justiça do Trabalho brasileira.

11 11 CAPÍTULO I ORIGEM E CONCEITO DE PRESCRIÇÃO 1.1 HISTÓRICO DE PRESCRIÇÃO O instituto da prescrição surgiu em Roma, no direito romano primitivo as partes se reportavam ao juiz, expondo suas demandas oralmente, para que este as julgasse. Com o passar do tempo, o número de ações aumentou significativamente, e houve a necessidade de se começar a limitar as demandas judiciais em relação ao tempo de seu exercício. A prescrição surgiu no direito pretoriano, tendo como premissa básica a inação do titular do direito, bem como o intervalo de tempo decorrido, que era estipulado pelo Pretor, denominado praescriptio, e devendo o juiz observar se o lapso temporal foi respeitado ou não, podendo o réu invocar a exceção da praescriptio temporis, vez que o autor não fez o ajuizamento da demanda tempestivamente. Observa-se que num primeiro momento, a prescrição era um instituto de natureza meramente extintiva ou liberatória, uma vez que se o titular da ação ficasse inerte não ajuizando a ação no seu devido tempo, seu direito de ação restaria sem efeito. Posteriormente o direito romano adotou a prescrição não apenas como instrumento de perda da pretensão do direito, mas também como meio de aquisição de propriedade, mediante o usucapião, apenas para cidadãos romanos, era o que previa a Lei das XII Tábuas.

12 12 O instituto da prescrição, desde sua criação, já visava dar à sociedade um mínimo de segurança jurídica, pois é inconcebível que a parte ré fique à mercê da pretensão de outrem (particular ou Estado) por toda eternidade. 1.2 CONCEITO DE PRESCRIÇÃO A matéria é regulada pelo Código Civil, nos artigos 189/206, pois tratase de um instituto de direito material, em que o decurso do lapso temporal e a inércia do seu titular, acarretam a perda da exigibilidade de um direito. A prescrição é a perda da pretensão da reparação do direito violado, em virtude da inércia de seu titular, no prazo previsto em lei 1 (GAGLIANO & PAMPLONA FILHO, 2009, p. 455). Portanto, após a prescrição a obrigação passa a ser inexigível, mas se for cumprida, autoriza a retenção dos valores que foram espontaneamente pagos pelo devedor. Nesse mesmo sentido, Sérgio Pinto Martins afirma que prescrição é a perda da exigibilidade do direito, em razão da falta do seu exercício dentro de um determinado período (MARTINS, 2.007, p. 676). Uma vez ocorrida a prescrição, o devedor da obrigação poderá se opor à pretensão do credor, pois tem natureza liberatória. Percebe-se, portanto, que este instituto encontra fundamento na segurança jurídica e paz social, evitando-se que se promova uma perpetuação de direitos. O tempo é certamente um elemento que norteia a prescrição, mas não é o único aspecto que deve ser levado em conta para a sua aplicação. A prescrição não alcança direitos sem conteúdo patrimonial direto, portanto, são indisponíveis e irrenunciáveis os direitos de família, de estado e personalíssimos. Já as relações jurídicas que envolvem direitos subjetivos 1 CC-02: Art Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

13 patrimoniais e disponíveis, podem ser objeto da prescrição, em uma ação condenatória. 13 Para Bezerra Leite, a prescrição deve ser tratada como exemplo de fato extintivo, pois caso o juiz a acolha, haverá a extinção do processo trabalhista, com resolução do mérito (LEITE, 2007, p. 499). A doutrina define a prescrição de várias formas, no âmbito do Processo Civil, Marinoni percebe a prescrição como defesa material indireta, tratando-a como exceção, com arrimo em Chiovenda, entendendo que ela:...confere ao réu o poder jurídico de anular a específica ação proposta, mantendo no mais intacta a relação jurídica material com outras eventuais ações possíveis...(marinoni apud EÇA, 2006, p. 140/141). Para Fábio Vieira Figueiredo, a prescrição é a perda do direito de ingresso de ação, atribuída a um outro direito e de toda a sua capacidade defensiva, como consequência pela não utilização dessa capacidade durante determinado tempo. (Figueiredo, 2009, p.52). O entendimento exposto no último parágrafo parece não estar em conformidade com o direito constitucional de ação, disposto no art. 5º, XXXV, da CRFB/88: De acordo com a doutrina mais moderna, o direito de ação é subjetivo, público e abstrato, portanto, pouco importa se na prática há ou não algum direito a ser tutelado. Trata-se do direito que toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira possui de exigir do Estado a prestação jurisdicional de uma lide. Quando o Estado, por meio do Poder Judiciário, decide uma causa, faz desaparecer a incerteza, a insegurança jurídica em torno da questão debatida, independente da solução dada.

14 14 Logo, o direito de ação não depende de seu resultado fático, não importa se o autor possui razão ou não, pois o direito de provocar uma resposta estatal lhe é assegurado à luz do princípio da inafastabilidade do poder jurisdicional. Na lição de Oliveira, há dois valores fundamentais a serem considerados: a segurança jurídica e o ideal de justiça. Após decorrido o prazo prescricional, o ideal de justiça cede terreno à segurança jurídica, ficando sem avaliação de mérito as incertezas que poderiam gerar conflitos, preservando-se assim a estabilidade das relações (OLIVEIRA, 2006, p. 528). 1.3 REQUISITOS PARA PRESCRIÇÃO Visto o conceito de prescrição, analisa-se então o que é preciso para que este instituto do direito seja verificado no ordenamento jurídico brasileiro. Para que a prescrição ocorra é necessário que alguns requisitos estejam presentes, é preciso que haja a violação de um direito subjetivo violado, que pode ser em função de um contrato entre as partes, ou violação de dispositivo legal. Para todo direito subjetivo violado, caberá uma ação (actio nata), que deverá ser exercido dentro de um determinado período de tempo. Considerando-se que a paz social deve reger as relações jurídicas, observa-se que o tempo é requisito chave para que seja verificada a prescrição, pois após o decurso de determinado período, o direito subjetivo, que poderia ter sido exercido por seu titular (que se manteve inerte) prescreve. Nota-se então que surge uma nova situação (liberação da obrigação anterior, que até então era imposta ao devedor), em prol da estabilidade social.

15 15 Para a ilustre professora Maria Helena Diniz, o titular da pretensão terá prazo legal para a propositura da ação a partir do momento que sofrer violação do direito subjetivo (DINIZ, 2006, p.383). A perda da pretensão não é uma coisa instantânea, para que ela ocorra, é fundamental que a inércia seja não apenas no momento da violação do direito, mas sim em razão da continuidade, pelo lapso temporal determinado em lei. 2007, 75): Valentim Carrion, discorrendo sobre prescrição afirma que (CARRION, É a perda do direito à ação, pelo transcurso do tempo, em razão de seu titular não o ter exercido. É a extinção de uma ação ajuizável (Cama Leal, Prescrição e Decadência). (...) O termo inicial da prescrição se dá no momento em que o credor toma conhecimento da violação do seu direito e, sendo exigível o comportamento do devedor, aquele permanece omisso. Assim, o salário omitido tem a prescrição iniciada não no dia em que o trabalho ocorreu, mas a partir do dia em que a remuneração deveria ter sido efetuada. As férias, igualmente prescrevem em cinco anos a partir do momento em que terminou o prazo de concessão e se iniciou sua exigibilidade (CLT, art. 149). Se para cada direito subjetivo violado há uma ação cabível, logo, para diferentes situações há prazos prescricionais distintos, conforme leitura dos artigos 205 e 206 do Código Civil (que não esgotam a matéria): Art A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Art Prescreve:

16 16 1o Em um ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; gerador da pretensão; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo; V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 3o Em três anos: ou rústicos; I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos

17 17 II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; sem causa; IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento V - a pretensão de reparação civil; VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

18 18 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 5o Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. Por fim, o último ponto em análise, para se verificar se se trata de um direito já prescrito ou não, é se há causas que possam impedir, interromper ou suspender a contagem do prazo prescricional, cujo assunto será estudado no próximo tópico. 1.4 PRINCIPAIS CAUSAS DE IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO Apesar do ordenamento jurídico assegurar direitos aos seus titulares, como se sabe, estes direitos podem se tornar inexigíveis, ao longo de certo lapso temporal, por inércia de quem não os reivindique. É o ideal de justiça, que deixa de prevalecer, fazendo com que certas relações jurídicas não se perpetuem no âmbito social. Mas se por um lado a prescrição tende a zelar pelo equilíbrio social, é certo que há causas, em nosso ordenamento, que limitam a aplicação deste instituto.

19 19 Em relação às causas impeditivas, quando estas se verificam, não há que se falar em abertura da contagem do prazo prescricional, diferente de quando se dá nas causas suspensivas, em que o prazo que até então se encontrava, cessa, mas que posteriormente poderá voltar a fluir, reiniciando-se do ponto em que havia parado. Na lição de Ricardo Fiúza, acerca de causas impeditivas, extrai-se que (FIÚZA, 2012, p. 259): As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que impedem que seu curso inicie, por estarem fundadas no status da pessoa individual ou familiar, atendendo razões de confiança, parentesco, amizade e motivos de ordem moral. Casos em que a prescrição não se inicia: Não corre a prescrição: entre cônjuges, na constância da sociedade conjugal (RT, 526/193); entre conviventes, durante a união estável; entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Nestas hipóteses, a prescrição ficará impedida de fluir no tempo. O Código Civil de 2002, nos artigos 197/199, determina quais as situações em que se verificam o impedimento e a suspensão: Art Não corre a prescrição: conjugal; I - entre os cônjuges, na constância da sociedade poder familiar; II - entre ascendentes e descendentes, durante o III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

20 20 Art Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art Não corre igualmente a prescrição: I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção. Portanto, as causas que podem impedir a contagem do prazo prescricional, ou suspendê-lo, devem estar previstas expressamente em lei. Neste mesmo sentido, Maurício Godinho Delgado afirma que (DELGADO, 2006, p. 256); Os fatores impeditivos ou suspensivos, tipificados pela legislação, atuam de modo direto sobre o efeito prescricional; ora inviabilizam, juridicamente, o início da contagem da prescrição (causas impeditivas), ora sustam a contagem prescricional já iniciada (causas suspensivas). As causas suspensivas da prescrição encontram-se no artigo 198, incisos II e III no CCB/2002, e conforme Ricardo Fiúza esclarece são devidas (FIÚZA, 2012, P. 260): (...) à situação especial em que se encontram o titular e o sujeito passivo. De forma que suspensa estará a prescrição: contra os ausentes do Brasil em serviço público da União, dos

21 21 Estados e dos Municípios e os que se acharem servindo nas Forças Armadas em tempo de guerra. Essas duas causas poderão transformar-se em impeditivas se a ação surgir durante a ausência ou serviço militar temporário. Enquanto que nas causas suspensivas, o prazo volta a correr do mesmo ponto em que se encontrava antes de ocorrida a suspensão, caso o prazo tenha sido interrompido, este voltará a fluir desde o início, ou seja, elimina-se o tempo que já havia transcorrido, desde que não se trate de prescrição já consumada. No entendimento de Maurício Godinho (DELGADO, 2006, p. 257) sobre causas interruptivas: (...) não se trata de fatores que inibem ou restringem a possibilidade de defesa do titular do direito (como a causas impeditivas ou suspensivas); ao contrário, são fatores que demonstram a aberta e franca defesa de seu direito pelo correspondente titular. As causas interruptivas atuam sobre o curso prescricional com efeito mais amplo do que o característico da suspensão. A interrupção susta a contagem prescricional já iniciada, eliminando inclusive o prazo prescricional em fluência. A doutrina ao discorrer sobre o artigo 202 do CCB/2002 deixa claro que a interrupção só pode se dar apenas uma vez, de forma que não haja a eternização da demanda, o que só traria insegurança nas relações jurídicas. Os artigos 202/204 do CCB/2002 são os que regem as causas interruptivas da prescrição: Art A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

22 22 I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; devedor; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. qualquer interessado. Art A prescrição pode ser interrompida por Art A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

23 23 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. 1.5 PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PRESCRIÇÃO DO EMPREGADO DOMÉSTICO Trata-se de tema controvertido na doutrina e jurisprudência, uma vez que a Lei 5.859/72, que regulamenta o contrato de trabalho do empregado doméstico, não aborda a questão. A CLT por sua vez, informa que os preceitos contidos na Consolidação não são aplicáveis a esta categoria, conforme artigo 7º, inciso I: Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.079, ) a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; A constituição de 1988 estendeu aos empregados domésticos diversos direitos trabalhistas. Entretanto, no que tange ao prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois após o fim do vínculo, o legislador constitucional não o enumerou no rol destinado a esta categoria. O prazo prescricional previsto na CRFB/88 está previsto no artigo 7º, XXIX da seguinte forma: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para

24 24 os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000). A vedação, por exclusão, à aplicação do prazo referido acima encontrase no parágrafo único do mesmo artigo: Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013). Diante da inexistência de uma norma específica, considerando-se que a CLT expressamente se diz inaplicável ao caso em tela, e considerando-se ainda que a constituição não abrangeu explicitamente este direito, no rol que foi estendido aos empregados domésticos, verifica-se portanto que há uma lacuna normativa a ser preenchida. Maurício Godinho assevera que (DELGADO, 2006, P. 267): Haveria, pois, uma situação de lacuna normativa nas fontes principais do Direito do Trabalho, ensejando a necessidade da integração jurídica, restaurando-se a plenitude da ordem do Direito. Havia na doutrina, corrente que entendia que devia ser aplicado o Código Civil, uma vez que o CC/1916 falava sobre contrato de locações de

25 serviços. Com a revogação pelo CCB/2002, este entendimento perdeu força, visto que não há nenhum dispositivo no novo código que seja semelhante. 25 Para Maurício Godinho (DELGADO, 2006, p. 268): Essa posição era, sem dúvida, inaceitável, dado que propunha que se realizasse a integração jurídica mediante norma situada fora do âmbito do Direito do Trabalho. Ora, a Hermenêutica Jurídica determina que a operação integrativa busque a fonte subsidiária no conjunto normativo mais próximo, autorizando a ultrapassagem das fronteiras do ramo jurídico especial examinado somente se absolutamente necessário. Com o mesmo entendimento, insurge-se Valentim Carrion ao criticar o Código Civil de 1916 (CARRION, 2007, p. 81): Recorrer-se aos prazos prescricionais do Código civil apresenta-se como ranço analógico, depois de que todos os institutos trabalhistas de lá foram retirados há muito, permanecendo apenas as palavras vazias, mortas, como a locação de serviços, ou ações de serviçais e jornaleiros. O posicionamento que predomina na doutrina e nos tribunais, e a de que o prazo prescricional aplicável aos empregados domésticos é o mesmo dos empregados urbanos, e que foi fixado pela Constituição (art. 7º, XXIX). Na lição de Alice Monteiro (BARROS, 2007, p1026): Filiamo-nos aos que entendem que a pretensão resultante da relação de trabalho doméstico está sujeita à prescrição a que se refere o art. 7º, XXIX, da Constituição da República de 1988, embora o citado artigo não inclua este item em seu parágrafo único, no qual arrola os direitos sociais atribuídos aos domésticos. Essa circunstância não afasta a aplicação do disposto no mencionado inciso ao doméstico, pois a prescrição não é direito social, mas a perda da pretensão, logo, a

26 boa técnica legislativa não autorizaria a inserção da prescrição no citado parágrafo único. 26 A ementa abaixo ratifica o entendimento acima esposado: EMENTA: PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. EMPREGADO DOMÉSTICO. APLICAÇÃO. A prescrição prevista no inciso XXIX do art. 7o. da Constituição da República aplica-se a todos os trabalhadores, sejam urbanos ou rurais, inclusive aos pertencentes à categoria dos empregados domésticos. A não inclusão de tal inciso dentre os citados no parágrafo único do art. 7o. constitucional é justificável, vez que este dispositivo lista apenas os "direitos" estendidos aos domésticos; não havendo, pois, razão para incluir inciso que dispõe sobre "prescrição de direito", no rol mencionado. (TRT da 3.ª Região; Processo: RO /06; Data de Publicação: 10/11/2006; Órgão Julgador: Sexta Turma; Relator: Hegel de Brito Boson; Revisor: Ricardo Antonio Mohallem; Divulgação: DJMG. Página 6). Destarte, afirma-se que tanto a doutrina como a jurisprudência, entende que ao empregado doméstico deve ser aplicada a regra disposta no inciso XXIX, do art. 7º da Constituição da República, qual seja, a prescrição quinquenal PRESCRIÇÃO DO EMPREGADO RURAL Antes da EC 28/2000, o prazo prescricional do empregador rural era regulamentado pela Lei 4.214/1963 e posteriormente pela Lei 5.859/1973. Portanto, antes da Emenda Constitucional 28/2000, a prescrição começava a fluir após a rescisão do contrato de trabalho, e se consumava dois anos depois. Com a publicação da EC, a prescrição do contrato do rurícola passou a ser idêntica ao do trabalhador rural, uma vez que houve a unificação dos prazos, na Constituição Federal, conforme se vê abaixo:

27 27 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; O que gerou conflito na doutrina e nos tribunais, foi a situação em relação ao trabalhador que foi contratado na vigência da lei antiga, mas que foi dispensado após a implementação no ordenamento jurídico pátrio. A questão ganhou notoriedade em 2002, quando o TST se manifestou sobre o tema, através da Orientação Jurisprudencial 271, na qual dispunha que o novo prazo (EC 28/00) não deveria ser aplicado ao trabalhador rural se o processo já estivesse em curso. Tal disposição do egrégio tribunal foi alterada em 2005, após alteração da OJ 271, que ficou com a seguinte redação: OJ-SDI1-271 RURÍCOLA. PRESCRIÇÃO. CONTRATO DE EMPREGO EXTINTO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28/2000. INAPLICABILIDADE (alterada) - DJ O prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional nº 28, de 26/05/2000, tenha sido ou não ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da extinção do contrato de emprego. Na mesma linha de raciocínio da OJ 271 da SDI1, e com amparo no art do CCB/2002, Alice Monteiro expõe que (BARROS, 2006, P. 1032): Deve ser respeitado o prazo prescricional da lei anterior, (Lei 5.859, de 1973, e antiga redação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal de 1988). A nova legislação, que reduziu

28 28 para cinco anos o prazo prescricional no curso do contrato de trabalho do rural (prescrição esta inexistente antes da Emenda Constitucional nº 28, de 2000, salvo se rompido o vínculo há mais de dois anos), tem eficácia imediata e se aplica às situações em curso, mas os cinco anos deverão ser contados a partir da entrada em vigor da citada Emenda, do contrário haverá retroatividade da lei nova para atingir fatos pretéritos, o que é vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro. quinquenária. Portanto, a partir do ano de 2005 restou claro que a prescrição é PRESCRIÇÃO DO EMPREGADO URBANO A atual regra que regulamenta a prescrição do contrato de trabalho do empregado urbano está fixada no art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, que diz que o prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Com o advento da Constituição de 1988, a regra que até então vigia os prazos prescricionais das relações de trabalho foi revogada, deixando de ser aplicado o antigo artigo 11 da Consolidação, que preceituava que prescrevia em dois anos o direito de pleitear a reparação de qualquer ato infringente de dispositivo nela contido. Posteriormente, em 1988 o artigo 11 da CLT fora alterado pela Lei 9.658, que lhe deu redação idêntica à da Constituição Federal. Em relação às controvérsias relativas ao direito intertemporal trazidas pela CRFB/88, Maurício Godinho destaca que (DELGADO, 2006, p. 264): Outro debate relevante a respeito do novo dispositivo constitucional de 1988 envolvia sua repercussão jurídica no tempo. Hoje, contudo, já pacificou a jurisprudência a controvérsia

29 29 interpretativa acerca do efeito imediato ou retroativo do prazo prescricional urbano instituído em (se acolhido o efeito retroativo, isso significaria que o novo prazo de cinco anos afrontaria inclusive a prescrição já consumada sob a égide da lei anterior celetista). A solução foi dada pelo TST, com a publicação da súmula 308 deste tribunal, conforme esposado abaixo: Súmula nº 308 do TST PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-oj nº 204 da SBDI-1 - inserida em ) II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-súmula nº Res. 6/1992, DJ ). A prescrição do FGTS é tida como exceção, pois não é quinquenária e sim trintenária. Entretanto, a prescrição bienal deve ser verificada em primeira análise. 1.6 AS DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

30 30 Tanto a prescrição quanto a decadência produzem seus efeitos em função do decurso do prazo. Enquanto que a prescrição possui duas modalidades, quais sejam: aquisitiva e extintiva ou liberatória; a decadência se observa apenas com efeito extintivo de direitos. A doutrina, de forma majoritária, ensina que no âmbito do Processo do Trabalho, há apenas uma hipótese de incidência da decadência, que está fixada no art. 853 da CLT, conforme abaixo: Art Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. O Supremo Tribunal Federal, editou a súmula 403 que também trata da decadência no âmbito laboral, conforme esposado abaixo: SÚMULA Nº 403 É DE DECADÊNCIA O PRAZO DE TRINTA DIAS PARA INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO JUDICIAL, A CONTAR DA SUSPENSÃO, POR FALTA GRAVE, DE EMPREGADO ESTÁVEL. Para a ilustre Alice Monteiro de Barros, modernamente, a decadência é vista como extinção dos direitos potestativos, cujo exercício tem duração limitada e o prazo se escoou sem que sem titular ajuizasse a ação constitutiva (BARROS, 2007, p. 997). Maurício Godinho Delgado, faz uma observação interessante sobre a possibilidade da decadência se manifestar na seara trabalhista, independente do que se encontra fixado na legislação, conforme se vê abaixo (DELGADO, 2006, p.251):

31 31 Embora não sejam inúmeros os prazos decadenciais criados pela legislação heterônoma estatal, a figura pode assumir grande recorrência na normatividade autônoma (convenções, acordos ou contratos coletivos do trabalho). (...) Todos esses diplomas ou instrumentos podem criar prazos fatais para exercício de faculdades de aquisição de vantagens novas no âmbito concreto da relação de emprego - prazos, assim de natureza decadencial. As principais diferenças entre os dois institutos são: Enquanto a decadência fulmina o direito em si, a prescrição extingue a pretensão, não como direito processual de ação, já que este é um direito subjetivo, abstrato e autônomo, mas sim do ponto de vista material; A decadência guarda relação com direitos potestativos, que na lição de Delgado, é uma faculdade aberta ao agente para produzir efeitos jurídicos válidos, segunda sua estrita vontade (DELGADO, 2006, p. 252). Já a prescrição incide sobre direitos subjetivos; A contagem do prazo prescricional começa com a violação do direito subjetivo, enquanto que o prazo decadencial começa a fluir no momento em que nasce o direito (BARROS, 2007, p. 999); A prescrição não pode ser acordada entre as partes, tem que ser fixada pela lei; ao contrário da decadência que tem fonte autônoma e heterônoma, ou seja, pode ser combinada entre os contratantes, bem como ter previsão legal; O prazo prescricional possui causas impeditivas, suspensivas e interruptivas. Mas em relação à decadência, Barros recorda que na vigência do Código Civil de 1916 a decadência não se encontrava sujeita a causas interruptivas, suspensivas ou impeditivas, isto é, a causa preclusiva. Mas, ainda segundo Barros, ocorre que à luz do Código Civil de 2002, a decadência poderá estar sujeita a causas preclusivas, se houver disposição legal nesse sentido (BARROS, 2007, p. 999).

32 DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS São direitos que, por opção política, receberam uma proteção especial do legislador. Na esfera cível, por exemplo, temos os direitos de personalidade, que em função da peculiaridade da pretensão, ganhou o status de direitos imprescritíveis. Nessa esteira, a doutrina costuma apontar como exemplos clássicos os pedidos requerendo o reconhecimento de nacionalidade, e as ações de estado, em que se busca o mero reconhecimento de paternidade. Na seara trabalhista os exemplos clássicos são a anotação da CTPS do trabalhador, e a proteção ao trabalho do menor, este último encontra abrigo no artigo 440 da CLT, que preceitua que contra os menores de dezoito anos não corre nenhum prazo prescricional. A mesma regra encontra-se insculpida no parágrafo único, do artigo 10, da Lei 5.859/73, garantindo ao trabalhador rural menor a mesma proteção dada ao menor celetista. Na lição de Sérgio Pinto Martins (MARTIN, 2007, p. 360): Somente a partir que o menor fizer 18 anos é que começa a correr o prazo prescricional, mesmo que o ato se refira a período anterior.

33 33 CAPÍTULO II PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 2.1 CONCEITO Trata-se de assunto bastante controvertido na jurisprudência e na doutrina, não sendo nem mesmo possível afirmar a origem do instituto da prescrição intercorrente. Percebe-se que o conceito de prescrição ainda se encontra em transformação, ao passo que a definição de prescrição intercorrente ainda está em elaboração. A prescrição intercorrente é um tipo especial de prescrição, que surge ao longo de uma demanda judicial, por inércia do seu titular que se quedou inerte, por determinado lapso temporal. José Manuel Arruda Alvim ensina que (ALVIM, 2006, p.34): A chamada prescrição intercorrente é aquela relacionada com o desaparecimento da proteção ativa, no curso do processo, ao possível direito material tutelado, expressado na pretensão deduzida; quer dizer, é aquela que se verifica pela inércia continuada e ininterrupta no curso do processo por seguimento temporal superior àquele em que ocorre a prescrição em dada hipótese. Para o professor Renato Saraiva (SARAIVA, 2009, p.350): Prescrição intercorrente é a que se dá no curso da ação, em razão da paralização de atos do processo executivo.

34 2008, p. 43): Vitor Salino de Moura Eça, ao discorrer sobre o tema conclui que (EÇA, a prescrição intercorrente é um instituto de direito processual, que importa na ineficácia do exercício da pretensão em decorrência da inatividade do demandante em efetivar atos processuais de sua alçada exclusiva, por prazo superior ao que lhe foi consagrado para deduzir a pretensão em juízo. Com o decurso do prazo fixado em lei, e a inércia do titular de quem almeja ver sua pretensão ser satisfeita, surge a prescrição, que vem sendo admitida aos poucos em diversos tribunais trabalhistas, com amparo jurisprudencial, doutrinário, e até mesmo no direito positivado, como por exemplo, o art. 40, da Lei 6.830/1980. A polêmica não é somente em relação quanto à admissibilidade ou não, da prescrição intercorrente. A questão é bem mais complexa, pois dentre os doutrinadores que compreendem ser possível a aplicação deste instituto, há os que defendem a sua aplicabilidade apenas na fase de execução, e outros que defendem que só se admite enquanto estiver em curso a fase de conhecimento. Para Sergio Pinto Martins, a prescrição intercorrente só pode ocorrer após finalizada a fase de conhecimento, de modo que seja evitada que a execução que pesa contra o réu se protraia ao longo do tempo. Segundo o autor (MARTINS, 2007, p.78):... a prescrição intercorrente é a que ocorre no curso da execução, depois do trânsito em julgado. A prescrição intercorrente evita a perpetuação da execução. De acordo com a análise de Maurício Godinho, não há de se falar em prescrição intercorrente na fase de conhecimento, é sim em preclusão quando o autor deixar de praticar atos necessários ao prosseguimento do feito, objetivando a decisão com trânsito em julgado. Segundo o ilustre mestre (DELGADO, 2006, p. 280):

35 35... no processo de conhecimento, tem o juiz o dever de extinguir o processo, sem julgamento do mérito, caso o autor abandone o processo, sem praticar atos necessários à sua condução ao objetivo decisório final. A situação exposta acima, por Maurício Godinho, encontra respaldo na legislação, mais precisamente no Código de Processo Civil, art. 267, II e III e 1º: mérito: Art Extingue-se o processo, sem resolução de Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. p.42): Com o mesmo entendimento acima, temos Vitor Salino (Eça, 2008,... o fato de que o passar do tempo, aliado à inatividade do demandante, em fase de conhecimento, faz emergir também, a figura jurídica do abandono da causa, tipificada no inciso III, do art. 267/CPC, na qual a demanda é extinta sem resolução de mérito quando o autor não promover os atos e diligências a seu cargo. Em sentido contrário, encontra-se na doutrina posicionamento de que a prescrição intercorrente pode se operar em qualquer fase, em que o processo se encontre.

36 36 Nesse sentido, explica Carrion (CARRION, 2007, p.84): Paralisada a ação no processo de cognição ou na da execução por culpa do autor, por mais de dois anos, opera-se a chamada prescrição intercorrente; mesmo que caiba ao juiz velar pelo andamento do processo (CLT, art. 765), a parte não perde por isso a iniciativa; sugerir que o juiz prossiga à revelia, do autor quando este não cumpre os atos que lhe forem determinados, é como o remédio que mata o enfermo. Pretender a inexistência da prescrição intercorrente é o mesmo que criar a lide perpétua. Na mesma linha de raciocínio de Carrion (DELGADO, 2006, p. 280): Intercorrente é a prescrição que flui durante o desenrolar do processo. Proposta a ação, interrompe-se o prazo prescritivo; logo a seguir, ele volta a correr, de seu início, podendo consumar-se até mesmo antes que o processo termine. O que se observa é que, tanto a preclusão como a prescrição intercorrente, são institutos jurídicos que tem como finalidade a duração razoável do processo, bem como colocar à disposição o exercício de um direito por um determinado período. A prescrição intercorrente em razão de sua peculiaridade, não obedece à regra do caput do art. 202 do NCC, que como já foi tratado antes, diz que a prescrição só será interrompida uma única vez. Sempre que o juiz impulsionar o processo de ofício, ou quando a parte autora se manifestar no sentido de dar prosseguimento ao processo, a contagem do prazo prescricional será interrompida. Portanto, renova-se o termo inicial, em atendimento ao parágrafo único do art. 202 do NCC. Fiúza, afirma que (FIÚZA, 2012, p. 263): O parágrafo único do presente dispositivo não constava do texto original do projeto. Foi acrescentado pela

37 37 Câmara dos Deputados no período inicial de tramitação, por meio de duas emendas, uma de autoria do então Deputado Tancredo Neves e outra de iniciativa do Deputado Luiz Braz. Entendeu a Câmara dos Deputados ser a disposição necessária, uma vez que os credores se encontrarão totalmente desarmados diante dos expedientes protelatórios que serão usados pelos seus devedores no curso da ação de cobrança. Por outro lado, não parece justo que o credor veja prescrever o seu direito pela morosidade da Justiça ou por atos protelatórios do réu, contra os quais ficará indefeso. Para obviar esse inconveniente, a emenda pretende incorporar ao Projeto de Código Civil o preceito do art. 173 do Código vigente, o que se impõe especialmente em face da profunda alteração que o instituto da prescrição sofreu no projeto. Em síntese, verifica-se que é possível a aplicação da prescrição intercorrente na fase de execução, tanto do ponto de vista doutrinário como jurisprudencial. Região: Nesse mesmo sentido se manifestou recentemente o TRT da 3ª EMENTA: CRÉDITO TRABALHISTA. APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. A regra do parágrafo segundo do artigo 40 da Lei nº 6.830, de , de aplicação subsidiária no processo do trabalho, na fase de execução (artigo 889 da CLT), prevê expressamente a possibilidade de declaração ex officio da prescrição intercorrente na execução fiscal e, por consequência, da execução trabalhista. Tal entendimento se impõe na medida em que, se o crédito fiscal, bem público (artigos 98 e seguintes do Código Civil), que tem interesse do erário e proteção especial da legislação, pode ter declarada a prescrição (Súmula 150 do Excelso Supremo Tribunal Federal), de ofício, pelo Juiz (artigo 219, parágrafo quinto, do CPC), fica difícil sustentar a alegação que o bem particular (crédito trabalhista) não pode ser objeto de decadência do direito de ação e prescrição, quando o contrário é determinado, de forma expressa, pela norma do inciso XXIX, artigo 7º da Constituição Federal. (TRT da 3.ª

38 38 Região; Processo: AP; Data de Publicação: 08/08/2013; Órgão Julgador: Turma Recursal de Juiz de Fora; Relator: Convocada Maria Raquel Ferraz Zagari Valentim; Revisor: Heriberto de Castro; Divulgação: 07/08/2013. DEJT. Página 189).

39 39 CAPÍTULO III PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO 3.1 DA PRESCRIÇÃO DE OFÍCIO NA JUSTIÇA DO TRABALHO Antes do advento da lei /2006, a prescrição deveria se alegada pelas partes, entretanto, com a nova redação dada pela referida lei, que alterou o parágrafo 5º, do artigo 219 do CPC e revogou o art. 194 do CC, a matéria passou a ser de ordem pública, sob o fundamento de que deve proporcionar a celeridade processual, devendo o juiz pronunciar a prescrição de ofício. Sergio Bermudes ao escrever sobre o parágrafo 5º do art. 219 afirma que (BERMUDES, 2010, p.): Na sua nova redação, o 5º avançou em relação à norma anterior, derrogada pela Lei n , de , que só permitia a declaração, de ofício, da prescrição de direitos não patrimoniais. O 5º permite que, de ofício, o juiz pronuncie a prescrição, independentemente de iniciativa da parte a quem ela aproveita. Pronunciada a prescrição, há julgamento do mérito e o consequente prosseguimento do processo, para cumprimento de eventual condenação (v.g., custas e honorários). A recente alteração trazida pela lei /2006, que passou a tratar a prescrição como matéria de ordem pública, provocou uma série de discussões, principalmente na seara trabalhista, uma vez que o maior prejudicado com a nova regra é o empregado, que geralmente é o autor da ação, e tido como

40 hipossuficiente na demanda. Em razão disso, discute-se na doutrina e nos tribunais se é possível a aplicação deste preceito no processo do trabalho. 40 A maioria dos tribunais trabalhistas tem o entendimento de que não é possível a aplicação da prescrição de ofício pelo juiz, tendo em vista que o Direito do Trabalho tem como uma de suas premissas o princípio basilar do in dubio pro misero. Nesse mesmo sentido o julgado, recente, da 2º Turma do TRT da 3ª Região: EMENTA: PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DE OFÍCIO. PROCESSO DO TRABALHO - O art. 219, 5º., do CPC, que dispõe sobre o pronunciamento de ofício da prescrição, não se aplica ao direito processual do trabalho. É certo que o art. 769 da CLT autoriza, nos casos omissos, a aplicação subsidiária do processo civil ao processo do trabalho, excetuando-se aquilo que for incompatível com as normas processuais trabalhistas. O art. 8º, parágrafo único, da CLT, por seu turno, também prevê a aplicação subsidiária do direito comum ao Direito do Trabalho, "naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste". Contudo, apesar da existência de lacuna na legislação trabalhista, no que tange à matéria (pronunciamento de ofício da prescrição), o disposto no art. 219, 5º, do CPC não é compatível com os princípios do Direito do Trabalho. Isso porque é princípio basilar do Direito do Trabalho atenuar, na esfera jurídica, a desigualdade sócio-econômica existente no plano fático da relação de emprego, uma vez que o empregado depende do resultado de sua força de trabalho, colocada à disposição do empregador, para seu sustento e de sua família. Dessarte, podese afirmar que a norma do art. 219, 5º, do CPC, é incompatível com o princípio protetivo, visto que a pronúncia da prescrição, de ofício, pelo juiz do trabalho, beneficiará apenas um dos sujeitos da relação empregatícia, no caso, o empregador inadimplente. Ora, pelas próprias peculiaridades do Processo do Trabalho, não se pode olvidar que este possui normas de ordem pública irrenunciáveis, às quais o interesse público não pode ser

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